Você está na página 1de 200

1 1

,· PÃISAGEM
uaBWNA
·. . ~· -· :·

1 '
ARQ UITE CTUR A E URB ANIS MO

1. l'AISAOCM URIIANA. do Gordoll O<llm


2. ARCHITliC'l'URA IN NUCF., õc B,_ Z,,,/
;;. MOVIMGNTOS MODE~t-:OS BM ARQUITE<:l'IJ R,,, ~e Cl,a,l.s J,·nck,;
• A rAISAGBM URDANA MOOKRNA. de [d..,.,rt R,Jph
S. A DOA FORMA DA ~DAPS . de l(t,1111 LrdJ
6. A l.11'0UA0l!M M(lO.P.RNA DA ARQ\i1Tl!Ct11KA, de Bn,,,o Z.,i
..

Do prqjecto ao r.:<liffcio, do habitcct ao espnço envolvente.


do campo à cidade, do funcional à vangu,1rda, do pitoresco ao estético,
da utopia à realidad" - o campo de análise é imenso.
A razão de ser desta colecção ~ide na abordagem,
sob os ângulos mais divernos, das quesli\es fundamentais
da t\rquitectura e do urbanismo. Mas isso 111!0 implica, naturalmeutc,
a exclusão de e.~rudos referentes a outras épocas,
sobrcw do quando contrihuem para melhor
comprceurlcnnos a nossa.
lNTRODUÇÃO

Há uma .~érie de vantagens a considernr na reunião de pessoa.~ pam fonnar uma


cidade. Uma família isolada no campo não terá muitas hipóteses de ir ao 1eat1-o,
ao re.~taurnnl(, ou a urna bihliotec,1, enquanto que na cidade ludo isto passará a
estar ao seu alcance. Os reduzidos meios de cada agregado familiar multiplica-
dos por dezenas ou centenas de milhar permitetn imedialamcnte a criação de
equipamentos colectivos. EfecLivamente, uma cidade é algo mais do que o
somatório dos seus habitantes: é uma unidade geradora de u 111 excedente de
bem-estar e de facilidades que leva a maioria das pessoas a preferirem
- - indcpcndentemcn1e de ou iras razões - viver e m comonidade ~ viverem
isoladas .
Considere-se, agora, u impactu visual da ~idade sobre os seus habitantes ou
visitantes . O propósito deste livro é mustxar que assim comu a reuniãu de pessoas
cria um excedente de atracções para toda a colectividade, também um conj unto
de ediffcios adquire um poder de atracção visual a que dificilmente poderá
almejar um edifício isolado.
Orna construçfto isolada no melo do cam1io dá-nos a sensação de esrannos
perante uma obra de arquitccturn; mas um grupo de constn,çõcs imediatamente
sugere a possibilidade de se criar umo arte diferente . Num conjunto edificado \
ocorrem fenómeno.~ que oiio se verificam nuoca cm relação a um edit"ício
i~lado. No caso rlo conjunto, imaginemos o percurso do transeun ie: ao
afastar-se puuco a pouco dos edifícios deparn, ao virar de uma esquina, com um
edifício totalmente inesperado . E nonnaJ que fique surpreendido ou até mesmo
espantado; mas a sua reacç ão eleve-se mais à composição do grupo do que a uma
consirução específica. Imaginem-se agor.i os editicios colocados de maneira a
permiti,· o a~-..:sso ao interior do conjunto; então o caminhante sentirá que esse
espaço dclimita,lo tem uma vida própria, que a sua existência é independente da.ç
construções que o originam e envolvem e pcllSará: •Estou Aqui• ou «Estou a
entrar Aqui •. Suponha-se ainda, em relação au mesmo grupo de edifícios, que
um dele~ não se e nquadra, pela sua função , no conjunto: o caso de um banco, um
templo ou uma igreja, no meio de casas de habit;,ção por e xemplo. Se apenas
~urgir diantt, do observador, por hipótese, o 1emplo, todos os aspectos relativos à
sua dimensão, complexid.ode, cor, e outros serão bem evidentes. Se, pelo
contrário, este se encon1rar entre o casario. o contraste entre as duas escalas fará

9
r •.

corn que pareça mais real e maior: clll lugar de um templo grande aparecerá
como um templo monumeotal. A diferença de significaclo entre grandeza e
rnonumcntalidadc dll-nos a medicta desta correlação.
Existe. sem dúvido alguma, umi, arfe do relacio1wmen10, tal como existe urna
arte arquitcctónica. O ~cu o~jectivo é " reunião dos e le mentos que concom:rn
par• a criuç5o de um umbient.c, desde os edifícios aos anúncios e ao tráfego.
pas,;ando pelas árvores, pela água, por toda a na1.ure:i;a, enfim. e entrctecendo
esses e lementos de r11ancira a despertarem e moção ou interesse. lima cidade é
antes do mais uma ocomânc:ia e mocionante no meio-ambiente. Senão, atente -se
na pesquisa e nos esforços dispendidos para a tomarem uma realidade:
contingente.~ de demógrafos, sociólogos. e,1genheiros, peritos de tráfego , etc.,
empenhados no concerto de uma infinidade de factores que possihilite a criação
ôc uma o rganiw,ão funcional, viável e saudável. É um tremendo empreendi-
mento humano!
Porém, se ao cabo de todo esse i:sfor~o a cidade se 3I>resenta mo nótona,
incamclcríscica ou amorfa, ela 11!10 cumpre a sua missão . .Bum fracasso. f: como
cm1lilhar lenha para uma fogueira e esquecer de lhe deitar fogo .
'Primeiro que tudo há que afastar n ideia de que a emoção e a anilnl\yào que
proouramos nas cidades surgem automalicamente ctas soluções cicntífic3s
fomeciúas pelos homens úa Técnica (ou a parcc técnica do cérebro). Aceitam-se ,
naturalmente, essas soluções, ruas sem permitir que actuem corno vinc ulo.
Aliús, nem isso seria possível, já que qualquer solução científica se baseia no
aproveitumcnto óptimo de factores médios: há médias ele comportamento
humano, méóias climatéricas, de segurança, etc .• seu carácter fluniante, não
poderão nunca fornecer soluções taxativa., - tanto podem ser acornodatícias
como antagónicas.
Pode porlllnto concluir-se que de entre vúrias soluções cientfficas preconizá-
veis para uma cidade se pode adoptar indiferentemc nl.C qualquer wua com igual
ê xito: 6 aqui que reside a chamada flexibilidade da solução científica, e é
precisamente no modo como é u1ili.ZJ.,da essa flexibilidade que enl.ro~ca a ane do
l'Clacionamento. Corno adiante se verá, não se pretende ditar uma forula para o
uglomcrado urbano ou o mcio-ambietlle. Ape,1as se deseja descobrir meios que
permitam manobrar dentro dos limi1e.1 de rolerância. O que significa que há que
procurar mais al~m do campo estritamente científico, novos valores e novos
critérios.
i\1.Cl\le-sc primeiro no sentido da vista, pois é quase inteiramente através dele
que apreendemos o que nos rodeia. Quando abrimos a Porta a alguém, n~o é ra,·o
que deixemos entrar para além do visitante, uma rabanada de vento que faz
csvoa~ar rudo e causa um reboliço geral.
Em cerca medida, é o que s<: passa com n vi~fto: quando olhamos para uma
coisa vemos por acréscimo uma quantidade de ou lras coisas . Se olhamos para o
relógio para ve r as horas mio podemos de ixar de l'eparar no papel de parede, na
t3(ha de mogno da moldura, nu mosca que se passeia pelo vidro, e nos ponteiros
em ponta de florete. µ um mo tivo que até Cézanne poderia ter aproveilado.
Aliás, para além da sua ·utilidade, a visão tem o poder de invocar as nossas
l'Cminiscêoci as e experiências , com todo o seu coro lá rio de emoções, facto do
qual se pode tirar proveito para criar ~ituações de fruiç~o extremamen te inlcnsas.
São aspccros paralelos como e.çte qui: nos interessam pois se realmente o
mdo-ambiente suscita reacções emocionais - dependentes ou não da nossa

10

l
von1ade - temos de procurar saber como isto se prnce~~a. Há 1rês aspcc ros a
cons iderar:

J. ÓPTlCA . Imagine-se t1 percurso de um lranscunle a atravessar uma cidade.


Uma ma em linha recta desembocando num pótio e saindo deste outra rua que a
seguir a uma c urva, desemboca num monume n10 . A1é ,,qui, i.~ - no que
respeita à descrição nada de invulgar. Mas sig,Mc o percurso: o primeiro ponto
de vista é a rua; a seguir, ao crllra r no pátio, surge novo pomo de vist.~ . que se
mantém duranlc a IJ13ve.ssia na segunda ru& , porém, depara-se uma imagem
completamente diferente; e, finalmente, a seguir à curva, surge hrusc11,11ente o
monumcnro. Por outras palavras, e mbora o transeunte p0ssa atravessar tt cid~de
a passo uniforme, a paisagem urbana surge na maioria das vezes como uma
sucessão de surpresas ou revelaçõc.~ súbitas. F. o que se entende por VISÃO
SP,RIAL.

Vejamos o que significa: o objectivo que nos propusemo.s inlcialmence é o de


jogar com os clenienros da c idade por forma a que exerçam sobre ~s pessoas um
impacto de ordem cmoci<)na l. Uma rua que se prolonga à nossa frente sempre em
linha recta tem um impacto rclativamenre pequeno, porque o panorama inicial é
r.ipirlamcncc assimilado, tornando-se monótono . O cérebro humano reage ao
contraste, i.é. ~s diferenças entre as coisas , e ao set estimulado simullanea111e111t;
por dua.~ Imagens - a rua e o pátio - apercebe-se da cxisrência de um contrasle
bem marcado. !\este caso a c idade torna-se visível num senlido mais profundo;
anima-se ctc vida pelo vígor e dramatismo dos seus contrastes. Quando isco não
se verifica, ela passa ctcspercebida é uma ci,l.tdc incaracterístico. e amorfa.
Há ainda um aspeclo a considerar no que di:z respcico à VISÃO SERIAL. Se
ao nível científico ou comercial a cidade constitui um tocJo, numa pcrspectiva
visual lemos dois pontos de vista a considerar: a imagem exís1e11re e a imagem
emergente. De um modo &'Cral ap-arecem ao 1ranseun1c como uma sucessão de
acontecimentos fortuitos, e a sua ligação não passa de mem coincidência .
Contudo, tttl ligac;ão deve ser tomada como mais um aspecto da aT1C do
relacionamento a colocar ao serviço da imaginaçfto humana, com vista a fazer da
unidade um todo coere nte e dramático. Pelo processo de milllipu)a~ão a que já
nos referimos, leremos conseguido criar a par1ir da realidade inert~ uma situação
intensamente e motiva.
\
2. LOCAL. Este segundo ponto diz rcspeito às nossas rca~~ões rernnte a nossa
posição no espaço . É fác il de exemplificar: quando entranios numa sala
pensamos • cslou cá fora», depois • Estou ,1 entrar Ali para dentro» e finalmente,
«Estou Aqui dentro». Esrc tipo de percepção integra-se numa ordem de
~xpcriências Iigada., às sensações provocada., por espaços abertos e e~'Paços
fechados que nas suas manifestações mórbidas são a agorafobia e a c laustrofo-
bia. À beirn <.le um precipício àc 150 metros 1ern-sc uma percepção de
localização bem definida enquar,to no fundo de uma caverna se cxpc.-lmenLa
certarncnlc uma sensação de clausura .
Uma vez. que o nosso corpo tem o hábito de se relacionar instintiva e
continuamente com o meio-ambi~nle, o sentido de localização não pode ser
ignomdo e entra, forçosamente em linha de conta na planificaçào do ambiemc

11

1
(tal C'{)mO para o fotógrafo qualquer fouce <Je lu1., por mais inoponuna que seja).
Aliás , na nossa opinião, trata-se de um factor que ganha até em ser explorado.
lmuginemos, tlor exemplo, o pcccurso de um visitante numa vila de montanha
tio Sul da França: sobe penosamente uma ladeira íngreme e tortuosa para chegar
à terreola do cimo da montanha . Cheio de sede, dirige-se a um re.çtaurnnte para
tomar uma bebida no ten·a~o. Ao acercar-se deste, porém , verifica deslumbrado,
ou horrorizado. conso,mte o caso. que o terraço se projccta sobre um pnecipício
de 350 metros: os clememos de limit11~ão (rua) e a revelação súbita (terraço)
conferem ao faccor altura um carácter mais dl'amático e real.
Se , de um rnodo geral, na cidade não surjcm conlt'astes tão marcados, o
princípio mantém-se. Há uma reacção emocional típica quando nos encontramos
muito abaixo do nível médio do terreno ou muito acima dele. Há orna outra
perante o enccrr-.tmento - num túnel , por exernplo - e ou Ira ainda perante ,1
abertura da pmça pública. Tudo isto nos faz supor que, se os nossos ce,11,0s
urhanos forem desenhados segundo a óptica da pessoa que se d~sloca (quer a pé,
quer de automóvel) a cidade passaní a ser uma experiênciu eminentemente
plástica, percurso através de 1.onas de compressão e de vazio, contraste entre
espaços arnplos e espaços delimitados, allcm!lncia de situações de tensão e
momentos de tranquilidade. Essa sensação de identificação ou sintonia com o
mcio-wnbienrc, esse sentido de localização perante a posição (IUC se ocupa numa
rua ou num largo que faz. pensar: ,Estou Aqui. ou «vou entrar para Ali•, ou
ainda •vou sair Daqui•, mos1rn claramente que ao postular-se a cristência de um
Aqui se pressupõe automaticamente a de um Além, pois não se pode conceber
um sem o outro. Alguns dos mais belos efeitos urbanfs1icos reside m, justamen1e
na forma como é estabelecida a interrelação de amllos. Gostaria de referir o caso
çoncre10 do peicunso entre C..ntral Vista e Rashtrnpathi Bhawan ' , em Nova
De li , onde me encontro presentemente a escrever esta Introdução: um pátio
e,1orme , limitado de 3mbos os lados por edifícios mioisteáais e ao fundo pelo
Rashtrapathi Bhawan; sendo o conjunto ligeiramente sobre-elevado e o acesso
feito por uma (limpa.
Ao fundo du rampa 1,m gradeamento alto separa o transeunte do edifício
central. Tlis o cenário geral. Porem, ao iniciar-se o tr<\iecto em Central Vista,
apenas se vêm intcgrnlmemc os dois Ministérios, já que o Rashtrnpathi llhawan
se encontra pan:ialmentc ens'Obe1to pela rampa, a.pena.~ oferecendo à vista a sua \
p,irte superior. Com tal efeito de truncagem apa,ece isolado e mais .remoto. Pica
protelada a visão completa do t:difício , definindo-se <C!sim a sua posição como
Além, por oposição à do observador, situa.do Aqu i. A medida que se sobe 11
rampa, o Rhastrapathi llhawan vai sendo gradualmente cevelado, só se desvenda
por completo o mistério quando se está bem na f,•cnte do edificio e ao l'nesmo
nível deste . U já neste ponto depara-se agora com um gradeamento de ferro
fodado, cortina que mais uma vez se entrepõc ante o Aqui e o Além. Uma
sequência verdadei.rfunente extraordinária, conquanto te nha sido o bjecto de cena
controvérsia 2 •

1
Residência du V'rc.,ltl~tlh;. r«cntcrncntc Vken:gal tod&ie,
! l¼l:i, o!I i:iritcm dt: um• poMulica cnll'C Lutyc:ns e 8,lccl',
Lwrc11s. Slt étll1'i1t (1 869-J944J, :ll()ujtc<tO de Novt:1 Odl (Viceroy·ii Hn,Slf!, 19lJ)
JJaJ:,,r-, .Wr H~rbe11 (1862- 19<16}, ir<.1ailccto, projt:~mu os Secrc11rl2r Buiidmz." e L::a.~i,;,J.uj..,~ DuildjGp;
fSc<:tCluriu e EdíHclo l.ei,j.-.[ati'fO), (N. do T .J

12

1
3. CONTBÚDO. Relaciona-se este último aspccm com a própriu constituição
tia cidade: a 6Ua cor, rexturn, escala, o seu estilo, a sua natureza, a sua
personalidade e ludo o que a individualizu. Se se considerar que a maior parte
das cidac.les é de fundação antiga, apre.~entaodo na sua morfologia provas dos
diferentes períodos de construção patcnteS nos diferentes estilos a,·quitectónit..-us
e nas irregularidades do traçado, é natural que evidenc iem uma amálgama de
materiais, de estilos e de escalas .
Contudo tem-se a scosação de <JUC, se fosse possível reconstruí-la por inteiro
se faria desaparecer toda a confusão e surgiriam cidades novas mais belas e mais
perfeitas. Criar-se-ia um quadro nrdenallo, arruam<:ntos de traçados direitos e
edifícios de alturas e estilos concordantes. Se houvesse inrcira liberdade de acção
provavelm~utc criar-se-ia simetria, equilfbrio, perfeição, conco rdância, conven-
cionalismo. Nilo é essa a concepção popular da finalidade do planeamentO
urbano?
l:i o que é convencio,ialismo? Tentemos explicá-lo au:avés de uma imagem .
Imag inemos uma reunião social numa casa p,,rticular, com meia dúzia de
pessoas que niío se conhecem entre si. A primeir.i parte da noite passa-se cm
conversa de circun1;tãncia sobre temas de cac'..crer gemi: o tempo, as notícias ôo
dia, etc .. Pa.~sam-se cigarros entre os convidados , que insistem .:erimoniosa-
menEe em acender os cigarros uns dos outros, m,rs, oo fw1do, wdo isto é apenas
um jogo de boas maneiras, uma exibiçf,o da maneira como as pessoas deveriam
comporEar~,;e ... É eitt.remamentc maçador! Eis o que entendemos por convencio-
nalismo. Todavia, à medida que se vai dissipando esEe fomialismo começam a
emergir do espartilho da boa educação ortodoxa seres humanos autênticos. Então
descobre-se, por exemplo, que a ironia bcne volenlc da senhora X é o contra-
ponto perfeito da exuberância algo ingénua do Major Y, e o serlio torna-se
divertido~ animado. O conformismo inicial deu lugar a uma aceitação tácita por
parte de 10dos da disparidade, denr.-o dos limites da tolerânc ia e da convivência,
como é evidente.
üo ponto de vista do urhanista é difícil evitar o convencionalismo; m<1s le ntar
escapar-lhe corn aitificio s é, concertcza, pior do que a monotonia qw se
procurava inicialrncnte evitar. Considere-se como exemplo um programa de
realojamento para 5.000 1iessoas . Todos os indivíduos sáo 1ratados de modo
idêmico, todos recebem o mesmo tipo de casa. Se assim é, como diferenciar'/
Numa perspectiva mais geral (: óbvia a diferença entre a habitação tropical e a de \
climas mais temperados; entre o tipo de conslrução que se encontra err1 zonas
argilosas e, cm 1.onas onde abunôa a pedra; constata-se atei, q ue a religião e as
convenções socia is fa7.em variar o tipo de co nstmçâo. TI quanto mais se e.<meita o
campo de obse1vação, maior c.Jcvc ser a sensibil idade aos parâmetros locais. Há
uma grande falia de :;cnsibilidac.l.: na construção de c iôadcs, uma tendência
generalizada para recorrer a tanques e carros blindados nnde apemts fa1. falta uma
espingarda telescópica.
Ot,ntro de um enquadramento geralmente aceite, que tenha por obj~-ctivo criar
luc idez e ni\o anarquia, é pnssível jogar com todos os cambiantes ôe escala,
estilo, textura e cor, e conjugá-los por forma a criar um todo que beneficie a
comunidade. Se isso acontece o meio-ambiente não será um produ lQ do
conformismo m,r~ sim d3 i11teracção entre o Aqui ~ o Alétn.
Facilmente se verifica que um contraste de cores bem conseguido oão só põe
em e vidênc ia a consequente harmonia, como também a maior intensidade que

13

1
doi advém p~ra cada cor. existe numa tela de Coroe (cujo 1írulo nao me ocorre de
rno mento) um& paisagem quase monocromática onde, no meio de verdes
sornhrios se ve urna pequena figura vermelha. No cnca11lo essa pequena mancha é
calvez 3 coisa mais vernielha que eu já vi.
/\s csratísticas são coisils rcdulivus . Arrancada.~ ao universo real e convertidns
em projr::cms e e.~te.~ por sua vez em edifícios, ficam sem vida, mems esquemas
cridimension.tis que se pretende fa1.er habitar por pessoas . /\ maior dificuJdnrlc :lo
tentar colonizar uur tal deserto e transformá-lo, não em paisagem pum cstOmugos
;,mbulames, mas sim num habitat para seres humanos pa~~a ror descobrir como
ponto de aplicação, a entrada para o caste lo. Descobriram-se 1ri!s c11trad,1s: a dn
movimenlo, a da Joca.lfração e a do comeúdo. A visão permitiu constatar que o
movimento não é apen.tS progressão facilmente mensurável e útil para a
planificação, mas se divide e m duas componentes dis1in1as: o pnnco de visra e a
imagem 1.m1crgcnte. O bomem tem em todos os momen10s a percepção d,t sua
posição relativa. sente a necessidade de se identificar ~-om o local em que se
encontra, e esse sentido de identific ação, por outro lado, es1á ligado à 1iercepção
de todo o espaço circundante . O convencionalismo é uma fonte de tédio
enquanto que u acc ilação da disparidade se revela orna fonte de animação.
Finalmente, no meio da aridez estut(sl.icu dr, cidade-esquema, descohriram-se as
duas facetas de uma mesma realidade, quer pam o movimc11 10 (pontos de vista
-- imagem emergente) quer para o local (Aqui • Além) quer para o conteúdo
(Isto - Aquilo). Há apenas que reagr1.1par tudo isto num padrão novn, nascido do
ardor e vicalidade da imaginação humana.
Eis as regras do jogo, os seus 1inrâmetros. Falta o mais difícil: a Arte d~ Jog:tr.
Como em qualquer jogo, podcrnos reco1Ter a uma série de lances e jogadas
ditadas pela experiência adquirida. Nas páginas que se seguem, procurãmos
s istematiia.r esse conhecimento em três categorias fundamentais e ana.lisá-lo a
partir de exemplos concrecos.
Nova Deli, 1959

14

1111
l NTRODUÇ:\O Á EDIÇÃO DE 1971

Ao escreve r a introdução a esta ediçào c.Je Pais,rgem Urba11a . verifico que


pouco ou nada há a aHi,rar em relaçáo à atitude q ue exprimi inidulmente , na
Jntrodução original , escrita há mais de 10 anos.
Tem sido apontado que a nova edição tli.: f'aisaf(em Urbo,w deveria basear. se,
no panorama aclual , i.e., estrnturar-se em exemplos mod"'mos . em lugar de ir
buscá-los ao pa.~sado. Não se fez islO pnr duas nuões.
llm primeiro h•i;ar porque recolher exemplos e ntre a cons trução do pôs-guerra
seriu como procurar ag11lha.~ num pal heiro irn1.mso, revelando-se pouco provei-
toso e pouco cconóoúco, o que nos leva à segunda qucsrão, a da dificuJclade de
tal tarefa. A meu ver a mensagem inicial da primeira \:<lição não foi devidamente
transmitida. Tem-se vindo a observar um tipo de decoração urbana supetfici:il,
com base no uso de 'piloncs', da calçada, no .-eeu1~0 a zonas reservadas a peões
e numn preocupação crescente com questões de conservação histórica.
No entanto nada disco constitui a essênc ia da paisagem utha,la. É lamentável
que estes aspectos superfic iais se tenham tornado moeda corrente , e nquanto os
elementos nucleares deste Jogo do Meio-Ambiente con tinuam trimeados no seu
cofre de ouro e púrpura.
É possfvel que esta situação se tenha vindo a agravar uo longo dos últimos JO
anos, pelas ,·a1.ões que passamos a referi r. \
O hornelll é colocado perante o ambie nte. Pode achá-lo bizarro, chocante,
ilnódino ou simplcslllente feio, co nsoante a s11a pet1;0nalida<lc . O pro blema não~
novo; ma.~ será <1uc os seus efeitos não estão a pesar dernMiado sobre a actual
gemçft0'/ Parece que sim. E JJOrquê? Na minha opiniáo porque a rapidez com que
hoje se operam as mudanças veio perturbar o equilíbrio nonnal entre quem
p1ojecta e aquilo que é projectado . As razfos são conhecidas: h(t cada vez mais
pessOl\s, mais casas e lllais equipamentos; comunicações cadn vez rnai:, r:lpidns ,
métodos coosuutivos a inda mal dominados .
O ritmo a <1ue se processam b.oje as mudançils im1iede os urbanis tas de assentar
e aprender e mpi1i<.:mncnte a humanizar a matéria crn bruto que se lhes deparn . O
ambiente t mal digerido. Londres sofre de indigestão. Os sucos gásrricos , nes te
caso os urbanist:,s, não tSrn conseguido transforma,· os peda~o, enormes dessa
refeição engolida à pressa num alimento emocionalmente nutritivo. Fazemos
muilas coisas que os nOMOS avós não fa,.iam, mas não podemos dig~rir mais

tS

-
O 1>on10 e rilico.
em qvc •
cMuna maciça
IC:mlioa p.&rJ. dar
lugat t, «ihtn:i.
tsg_uiri.

16

-
dcprcssu. Quer se 1m1u do csi.ômugo, quer do cérebro. :is coisas pcoccss,un-sc
de ntro dos lim ites da condição humana. Tere mos, pois, de pru<:~der a de ttmni-
nada~ alterações organi7.ativas po1· forma a conciliar da melhor mane ira a
aceleração do progresso com a noção de escala humana.
A primeira co isa a fazer é popularizar o mais possível a Arte do Mcio-A,11.
bience, partindo do princípio que uma maior partic ipação emocional das pessoas
conduzirá m:eessariamcntc ao aperfeiçoamento do jogo: este é o cerne da
questão. O problema q ue se põe é o de a opinião pública identificar planeamento
administrativo com algo de insípido, técnico e inacessível, e s bom urbarliscl\O•
com ruas larg-~s e di1'!iras ladeadas por filas alinhadas de árvores de copas
arredondadas. E pronto! Ora é prccisatncutc o con1rário! A maneira como se
constrói o ambiente é potencialmente, uma das fontes de prazer mais genernliza-
das e mais estimulantes. De nada se1ve lnsurgirmo-oos ~-ontra a foa.ldade se não
nus apcrcet,.,rmos de que os sapal0S que parecem apertados são, na realidade,
bo tas de sete l!guas.
E xcn1plifieação? O exemplo que passo imediatamente apcesemru: é o da
c11ccdral de Sécs, perto de Alençon, p . 16. Os ~-onslrutures do gótico davam
extrema importância à questão do peso, à fonna de upoio do p0cl!O cut,ninante
da.~ estrutura.~ - a abó bada - sustentando com segur.inça o seu peso a1é ao
solo. Nesta conslnlçâo, o peso divide-se em duas parte.~ distintas . As pruedes são
sustentadas por grossas colunas cilíndricas enquant0 a abóbada, isto é , o orgulho
de toda a e strutura, parece apoiar-se em colunas tão c xtraordinariame,1te
delgadas que dir-se-ia actuarem como pára-raios da sua força de gravidade.
descarregando-a ,;:m lerrn firme. Se as paredes s ão su.~temadas pelo homem, a
abóbada é certamente sustentada pelos anjos .• Compreende o peso, sou forte•,
«uanscendo o peso, sou etérea•. «Nascemos juntas da mesma terra, apoiarno-
-nos mutuamente•. E têm vivido lado a lado, ao longo dos séculos, em perfeita
harmo nia.
Q uando se comprnt:ndt: este jogo, este d iálogo, fica-se de tal modo envolvido
nessa h3rmonia que pouco interessa saber nomes de pessoas ou o que fi1.eram e
quando o fizeram . Basta saber que foi alguém com um cerco atrcvlme,no .
E is o Jogo do Meio-Ambie nte, e, j ogo que se processa continuamt:nlc u nossa
volta. Como se vê não falo de valores absoluUlS, de beleza, de perfeiçiio, de .u1C
com s A• grande, ou de moral . O meio-ambiente que procuJ'O descre ver é como a
conversa amena cnu:c pessoas vulgares falando e m linguagem simples . Aparte
algumas excepções notáveis, a temi parece estar a encher-se de loiras apate1adas,
feitas em série , e a ser temperada de • confetti•.
Só quando se estabelecer o diálogo o público saberá deter-se para o,1vir. J\.1as
enquanto não chegar u dia feliz cm que a~ pessoas manifestarão perante o
urbanista o mesmo entusiasmo que hoje manifestam perante os jogadores de
futebol ou as «estrelas» da canção popular os risos cscarninhos que porventura se
ouçam são indício do grnu de alienação a q ue se chegou. e é preciso tomar
medidas prcvemiva~ de dois tipos.
A primeira consiste c m decompôr o ambiente . É mais difícil lutar por um
priocípio gemi do que defe nder casos particul~res . Através da (livisão do
ambienle nas suas partes constituintes, o ecologjstu pode rá lutar pelos patqUC$
nacionais, os municípios pe las 1.ona~ verdes e as en lidadcs competente.s pela
conse,v.açâo do patr imónio. Em certa medida isto já começa ll verificar-se .

17

-
A segunda passa pe lo escalo11aniea10 no re mpo de todos esses as1iectos . De um
modo seral qualquer mudança está su.ieita a ser enc arada com desa1,,rado , mesmo
perante a evidência de que se trata de uma melhoria. Nas <.:idades a continuidade
é uma carncterfat ica dcsejável. Por conseguinte , enquanto numa zona em
ex1Jansiio o licenciamento podc ser automático, nas zonas históricas mais
importantes pode ter de se contar com um protelamento acávico d:i ordem dos
dez, ou mesmo vinte anos. füte atraso não sis uifica necessariumeote ,,ma
cnelhoria tio trnçado da área, mas a1>enas um retardar do processo. É o que se
ve ,'ific3 presentemente - e não obstante ceJ'{II resistência - no c:tso de
J'ic.adilly Circus.
Todavia o oojectivo fundamental <.los urbanistas continua a ser a comunicaçfio
com o público, não tanto pela vi.a democrática, como pela via " rnocional. Como
di1.ia . certa ve1., o grande M o.x Millcl', nurn dos seus espcctáculos •Eu bem /;CÍ
que vocês estão aí .. . bem vos ouço respirar .....

18
DEFINIÇÕES: VISÃO SERIAL
O pcte1.1.rso de um extre,no .o.o ouLro
da planw a passo unifonne, ri::vcht
uino ~ucc~sãr, de pontos dr; vish,,
confor.ne se prvcurn .e>i.ea.lpliftea.r
attavés de$ta $éric de J.e.~m.
(liúu•itt da. c:a,4ue.da pari.~ direita).
Na ph,t\tu, cada sela repre.scnta mu
ponto de v~. ,\ pro_gres~ão
lu.tifonne do c,nninl'ta.ntc vil.i sendo
ponlmtda pOt um-a série de
conrns11:s si'i hito~ que tl!JH g,andc
imp,1cto vi! t1al e <lJtO vido ao
pc:rcurso (como \'l leve: cotovdac.h•
que se dí, iií> vizinho que e~
prestes a litlonru=cer 113 missa). Os
meus desenhos não co~JOndcm
ao local jndicado na pla,ua
- escolhi-a potque me p~n."l.:tm
b11~unile ~!,.resliva. Re1;.i.r1.t-sc ()l•e
os mínimos des;•ios li0
3.Jinhru»cnto. as pcqucnits "'"ritações
nus ull!ocias e t-eentrànc11s, o.ni
phmtu, h! 1u om efeito dramâtico
nio propurçional nH tc:rceira
dimensão .

li

7." \~ ~
~fl
\,~~5
d I
\\ 1

Ji ;
1'
' r--
19
OXfUA.!I

- l".i · ~~ ~ ...
' ;;;;.,4, 4-4+- ..... ,.,.., • ., .....
,.,

't
. -d:,,
•'.,.,l,"!m

/
3, 4

20
Esto.s tl'ês sequênçi:u•. OxfOC'd. lpswicl1
e Wer.tmim;ler procunun captar~ no
meio limitado e e~~1ico d:1 púgina
impressa. um 1>oucu tia cmoçito e â-a
s.tnsaç:ão de de::;cobCJ1tl que
experinleoLUJ10$ 110 at1·avc.ssrumofi uma
cidade. Oxfcxd: o cubo ( 1), o
cilindro (3) e o cone (4 ), vão surgindo
suces:.iv0men1c ltOS ~ o}hus com<,
o dest11n,J11r 4.lc um dfat'l.)a ú.t-
gcomctria de sólidos. Temos a
sensação de e,;111r >J desvenda, ,.nn
mi$lériv, de poder vi< a de,,;cnbnr
~Pt'C mais alguma coi8u ~e
continu.umos. a andar. Ipswicl\: um
2
mode.~o arc:o funciona como elemento
de :;.cpitn!Çâo oo terreno que eSHtmos a
cxplorl\f, De um lado a p1t11c dl rua
em que llOS e11cont.nunos: pat3 J6 do
~rc:o, 1) c.spnço Ronde iremos.
desembocar, tratu:itando c,11iu para
uffl.3 nova an1biê1lciu . Wc:.stmim,ter: &.
Mtnfilt:Ji.dadc das sucessivas
C<inlnc.p()s:içõc.s de <Orrt.li, píuácoJos e
3 mastros, a muUipf.Ci<h1de t~
alinhamentos e >t&mpuncn<os. seoipre
difCJ'l:'l'lles e a súbita conYetgloci11 de
cnfãücas vcnicals num nó io1rinc,do,
são apenas algumas c.h,s recompcns111
que se oreetccrn a um oJhar CJ'ÍliOO t
.scmJ)R 1.1.cn<o (não a um olhur
proguiço50, bem entendlllo).

PJafltl de, Weâ1mtn11ter C<lnt jll(ljC.l~'áO (t('I~


ponlo1 de TI••

2t

-
.·:,,

. --~~ ;:-~
~ .' ;: ,••_

:,'.~. . '
. ..
• -• ·1k ~·
;I ' '\:_;,\!,~ ., .
.. ~ .

Esca l\equéneia de t-iovo. l.)eJi (lcla..r.e


da e:,;;c.lucrda para a dire.irlt) mo.una
cl.arameme H função dos dei-:oívr.is e
elos elementos de ~p:1ração com
-
caroctc.·rísclcas de trM.\f\arêneia tla
visão scriol; neste c~oo o qut poderia
ser um::i (mica fotôiJ1Úia (eprodu.1ida
qu.vm vezes, sendo, de Ci:t<.h1 vez,
au1p)j;id3 a p;utc central ~•'ll ~ obtet
um plnuo c:ad3 vet, mais próximo do
edilicio terminal C, na rc~lidadt, mru1
sequtncia de qmuro pontOR di! vista
absoluta.mente d"i.slintos e <lifcrcnciatlos
(veju~sc de."icriçfto resr,e:cti•;a. na
Tnrroduçã(I),

22
Aprop1iação dn •~t'"ÇI> tambtm o txh:riur st en1:ont u1
oc:vpado pai'» rins ~ci»is e
Nu11\ mundo lte conceitos bem comccciaH. A OCUl>OÇÜO de
d efinêd~ as cs1radl\S dete.tmin11dos cspaçn~ ou IJ11l1us
de.stinar.se-iam ao tr-d.,t~ito de ptivilegiHcltis no exlcrior, os
pes.~ as e cotsaiJ: e os tdifidos ã.s m;i:ntos, pontal\ í<teH.is, pait.ugens
n:lliÇõcs sotiais e de trabalho. Mas interiores:, etc., ~~o ou1ta.1, l"nta.s
como a maioda da.ió riessoas ffn formas d~ apropriação do C'SP,ill,-"O,
exactament.e o qtJe lhe c<mvétn e que procurdI~mos ilu~1tar nas set~
quando lhe l:-Onvé{O, vcrifica•sc que páginas seguintes.

2J
24
TenU6rio ocupadn { Página oposta)
Abriao. svmhra, co,w1Mi! nciw e urn
ambien1.: aprazf"el s.âo ~ CNU$ltS mais
frequente, da aprop,ri,çio <lt. espaço. as.
concliç(ici-: que levam i ocupação dó
determinaJos locais. O facto de se
J.SSinal~te.m cJst:::. locais com ele mentos dt
carácter pc,n,o.ncntc pode c(lnlril,uir J)lfr&
iOOlcar os lipoAde ocupação que c.tisitcm
na ci~de e cri11r uin melo.ambiente que
não seja Jlufdo e monólono, mas ,:;im
eslálico e equipado. Pans exemplo,
,•ejam-sc as (ocog.rafüi.s da pãgirw opo$tA,
mo~nodo como umu ocupação periódica
(momc:nt<t'i de conv{vio i\ saída da missa?)
se in,;ere de umf1 foctna pcrmancn1c no
1cciclo 1.1rbano atnivés do recurso a.o
1')avimcnto. Como mobiliário para esta
flJll'0priação tc:rn()d;, por exemplo,
dcscnhoi no pavimc:ot◊, postes de
iluminttÇâíoT abrigos, enclaves, pontos
tocai, e nxínlOs. Aindn que o gr<1u die
ocup3çio do tom.tório seja rclativu,..,tc
fraco, CJ ructo de haver no rnobilitrio
sinais pcrm,u1eutes. dessa ocu~-00
confere à cid3dc um caricter mai-,
humM10 e dive.r30. da roes,na maneira que;
Df- pecsiana, nu janelas cnriqut:cem os
ediricios a nível Ji:: texrura e pl'(,)-pvrç.íío
mesn,o quando não rei::cbem luz do sol .

Apropriaçilo pelo movimento


A ocu1lt1Ção cr.tí.tica. porém, é
apenas un\9 das fonnas de
aJ>ropriação do e..spaç".O extcci(Jr.
Uma oucra coruist~ no apropriaç~t)
pelo movimento, A afameda de
ace,so à igrcju, na fotogr,1,fja da
e~uel'da, é algo de definitivv: com
princípio e fim bcrn def1n.idos e ,,un
cnráctcr ptópno. PocJc :,e, ocupad•
pelas pessoas em movimento, taJ
t.' (W lO podem ser ocup:idn.s 11s
cscvda., d.o pclouri1lhO pelo aldeão
que nclus ~e senta.

25
Priviltgfo

Vcriíic:iHe, igualme.11lc. c1uc h:\ Ji.


uha~ privilegiada., ~1.L<0:p1f'#el.s ele
o<:UJ>.i~:âu: ;i linhtt t'O Jongo d~ guarda
de uma 1x111tc 1 por exemplo. parece
co~icuir um J<Jcnl de cldção, pela
qualidade lmedio.tn d» .,.islit que pro-
por-..:iona sobre:: n paisagem. (V. O.
linhas de fo,;a. púg. l 13).

Viscosidade

Quando um locnl é simultílJl.eau,entc /


obje~o de.: uma. ocupação estálica,
pelo equipi\mçn10, e dt: uma ocup•l·
ç~o pelo 1nt1\·imcnto . ~urge: aquilo ,,
que poderemos <.-hamar viscosidade:
pequenos grupos de pessoas t:Oflvec-
S3Jldo w1ui e acol~. 1ranseu.rues N.•
rnorundi, as monua~. vendedores de
jornais e flores, etc. Os loldos COrTi-
dos, o t.,paço clclimltodo pdo p6r-
1iC(•, e o caticte:r sinuoso du r uft (em
baixo, A esquerda) (:0nstitue111 o ce-
nárkl illeaJ. Em con1rapa.nido 1 rt:pa-
re-~ co,no o espaço in~ho e veo-.
toso da fotografia da din:il• acentua il
scgrcgí\ção e111rc: c.xre.rior e ín1criot.

26
... - :', ;•·/"
~;...,:.•
..~::~::. -~-~~~-.~:'-·..
. ·-
..
\
~;
,•
:'

.-t'•
.:)-
.... .....,·.,,...
'

O encl.'tvc. Qu espaço intc,riot ,4:,etto para


o ex.tet'ior, e qve pcnuite acesso l'ivrc e
dircclo e1H1't :tLnbos.. ap«.sa:nl.a-u na
figura de. cimu como um rcciutO ou
coin11.1rtimcruo que pnde ser atcançaJo
com facilidade, embora se encontre
desviado <lo mflvlt'tlenco prim::ipul. Loctl
lranquilo, onde us pusso.:: ressoam e ;,.
tumino.sjdade é atcnutt(ht, on.de se fica
opanado do burhurlnho d• ru.t e se
1li,; íi'utn. simultaricune.1toe, o exterior, de
um ponlo de obse.JVl('io hcin sicu-ado e
i;e.guro.
/
Recinlus
O recinto é um1;1 .sínte~e da pol:uidade
entre pés e pneus, Lc .• enlte a circvJ~çâi.1
de pe!.so•s t: H de Yclculos. É. a unldatfe
tia.se du.m3 cena morfologia urf:,uua, Pow
dele. o ruído e o ritmo Upfess:l(lv du
comunicaçiu inlflesso-al, vai-vem ()ui: 11ão
,e ~be para onde vai nem 1!o11de vem: 1)()
interior, o sosscao e Jt cr3nquilid~de de
$Cntit 11ue o largo, 111 praceta, ou o ))'Mio
t~m escE1J1 hu1n::H\:1.. O rrciruo é. o
objectivo ela circul3ÇAo, u k>cal pneu on<k~
o 1rMep.o nos condu1•. Sem ele. o tr.ffeso
<Om.llN~e-ia absurdo.

27

--
Po11tA> focnl
J

Associado com o recinto e, coru


este, d&ignaodo III ocupação duro
dt:ienninado espaço, o ponto foca r
é o símboJo vertical da
convergência. Nas TUD.~ mais
unlmttdns e nos largos das
mercados de vilas e c-k111cle:;, o
ponto focal (scj• coluna ou crui.)
dc011e a siruação. $UJXe como umt'I
confint>.ação: .. b este o local que.
procurt1v11m Páre. ~ nqui.» Um
muita.~ povoações p<is.sui ainda C!ita
e ~ de.~tumbrantc, m,e,:: em
muitas ontra.11 foi-lhe rcdn.J.w eAAa
fu nção prlmonfüil pelas exiJ~nc;iH~
dc.1 trQ,uico, que o isuf;a,
trans!onoundo-se, assim, nu.111
elemento jntfifcrtnte, próprio ,1111,1
.. cwnlet- de anti<1u,rio.

28

-
Unidade:i urbanas

Na fotografia da esquerdo , ~
vcN1c élorameute o p&dr'9n &lc. orn
conjunlo mhu.no , tal como era
.:uuiga.mecrc e. até ccno ponto.
"-inda é hoje em di.a. lncerior,nente,
a cdif)QtÇiio compacta dum.a cidudc
de peões, <."Qw os seu~ recirlh)s e,
Sô'll dOvida, as :a•as HtcHs de
vi,s-co$idadt. os seus pontos focais e
os seus cothcves. Na perife.ria.
auto-estradas psr11 a.u.loinói.'eis e
1.:a1niôes, via ftrrcft e ÚOCH.S,
scrvindú e \i'ilalizaoôo a á.rea
w·bana. Este to f14dcão tradicioJlal,
na s;ua expressio mui:i cl.a1-a. ~in
~o oh.«:rva-..~e o. dcsorg.("ização
de alguns dos cde,nentos anteriores..
numa combinação <::aóLica de casas
t: vcfculor. da quaJ res.uJh• u,na
desvP1lorizHção, qu.er em rcJaçOO ao
tráfego, quer avs p,,;...

29
Paisagem J.nterinr <:
Compartimento Exterior
Eis a linha de ..,;epru'tlção. a
charnc:iru. Ata! ugQr;( temos vintlc.l a
descrever o ambiente como o
território OCUJlíldo Jlelo homem.
J.13fa SifliSf,tçú<1 dm;, :;uuJ:>
nccc$sida~cs sociais ou comerciais,
terricório colonizado e irrigado
pelas sua~ 1ede.,; \•iârü,s .
Con::.equênci.-1 11\ull!rd.l d~ssa
realidade , tambem o exterior é
colonizável: e -0~ agente!. dessa
cofoni:t1tça1) h:nbitrto hmnaniz~r o
mttis p1,ss( vc] a paisagem, à
semelhança do que jâ fuyent ein
,elaiào {l()S i11têriorcl). Chcg»dos ~
este~ ponto verificamos que é bem
pequena a diferença entJe 11<1eouo,,
e .. foi'.:,;,. e têm t.:n.ão de ser os
tenoos P~1is)tgem Interior e
Compartimento Exterior. Na
fotograffa obsetve--se a decorayãt)
(p9isagern) do pavim(snlo, as
arca<ll'ls, a singular estrutura onde
-..
~~
se enconcra o homem, coherh1
upen~s pt:ht i,ihc'.ibi,i<ht. <h> céu, (i

t;T· alameda da direita prolongando-se


até aos monte:; longínquos; esrn.mos
. .~. ~~~.:....t1:, penmk um int<.!rior <1uc tem todas
as caractcristícas espaciais duma
paisagem. No dei:enhú inferior ,
pelo Cúutr~rio, as pessoas jw,t.am e
passeiam-se sob um «cecto.:. de
ruzes e os editlcioi: do Parlameotn
qu~ dt:li,oihno .., imagem ao fundo,
paxcçcm miniaturas colocadas numa
prateleira.
Nüo se J)(Jdt: vol1~r atrás . Se
1 aocitannos que. o exterior pode ser
1
·/ : ocupado. a al'quitectura não é, em
si, o suficforttc . O exterior não
1 j
_.,_ ' ... /i . pode .ser apenas um salão para

'
., !
•:
ex1l0r peça~ individu.;)j5 C(lmQ se
ÍOSSêm l1Uf4dro~ numa _galeria. Terá
de ser um meio destinado ao ser
hum-ano na sua totalidade, que: <'1
podt:tíi recl(l.mar para si,
ocupando-o quer e~~tilticamente que!'
pelo mo\limen(ô. Ao horucm não
bal)t-a,m as galerias tlc pintura~ ele
necessita de emoção, do
dramati~mo qu.e é possíve[ fazer
::iurgir elo .solo e do céu, das
árvores, dos edificio~ 1 do.~ <ie.~ní ...t is
e de tudo ú qlle o rc)(lcia, alravés
d a mlt! do reladonamcnto .

30
CompartJmentos e rcci,ttos
txttriol"ff

fula stc,;30 1"tla.;inoa-sc com :i


00$Sll .SCrlSl:ICjÜO Ji: Posição ou s.ej~.
a mancê"' t.:011\(,) T'tt11imos pct:lllle a
()OSl~ão que oeupl\mos no
meio-ambiente, pe.n,;~1100. por
c.x.cmp1ô; «Es.1011 Aqvi dcn1m~ ou
«e~ton por ci,ua Oiuo. por boh.o
Oi~lO. forn. O.itqtJ.il(). ou aind.a,
.. estou efl.ce1rado.. ou ..escou
exposto ... Estas sem..a\.-itê, eMu.o

--- /,
······~:·.,._.~~-.

-~
t .. '
~'1.
,
,;,/.✓.,✓
·,•;,
, .....
' l:i,. .:
...• '
- - · · ,t.
__ _ . , , / "

,,,.,,.,,'

✓- .......
/
/. intinumlé:ute ligada') com o
comportamento humano de uni
, nlOdó ge,:al mas podem adngir
nfvci:i: mórt,idos, inanifes.tando-.se.
,. então, sob a fonna de claustroíohia
-1'-. ou asor.afobia. O recinto. ou
co111p.u1im<111to exr.e.rior. oonscirui,
pouivelmcntc, Q nk:io 1nais cficíl.1.
e m3Js imediato de. provocar nas
pesSOrJs i : ~ ~osação de. posição
ou de hJcn1if"talÇAO coin aqulio que
as !'Odeia. Engk>b:.:l todmi: as
componcnlcs da noção de Aqui
(que. nas dnco pfigim.1., $.eguin1.e&,
se \uâ incluir cambér11 oi reciotos
rnúll~Q,, e outros tipos de
ôclimit:\ç~\-0 espacial). Nt11. duas
íocografias superiores, a~ du3S
saída~ da mesma praça 4=111 Bordéus
ilustram ele Í(1rma bem objec1j.,,.
aquilo que se pvd.e fa;,.er para n iar
uni.a atmosfera de ('t"(.;n10 ou.
inversmneme, para que a seosação
de Aqui i;c diJiJ.a na distãnci::i:. Ern
haixo. ~ t5qvcnla., cemo.s um
exemplo qu.asc pcrfcit<' do
comp.11rtimen10 c.,:ccrior. fottado ,1
papel .Jc pun:de a três tljmeco,,.õci;.

31
,...

.......... - --::...::•-;,.
,,
/ . Recintos múltiplos

O recinto :;iutples constiiui um tifrtil


ponto Uc panida p:ir::1 oluras
.;/, variaçõe~ espaciais, derivadas desta
-~ . fonoa. Na fotog1'tllia ~uperio(
vécm•sc dois pHliOs, .>tqude em que.
'
~e encontra o observador. e outro.
mais alé1n, conendo um te.J'ceim
espaço, entre os pútio.s, deíinido
pela ílrca do cJa1.1stro. Há, assim.
três recintos di5tintos, que se
inlcrp,.~nr;tri\111 t1u10 l(1do
hrumonioso.

Editício~barreira

Neste caso i:ts curv41s djntnr1ica$ do


movimento ficam suspensas.
detidas pele) edifício cectangular que
bloqueia a s~füa, esti\bcl~cr.ndo
assitu, momentaneamente, o
(,'(JUilibcio entce. ei:.paço delimitado e
espaço fluido . Note-se, contudo,
que o editicio-barreica não impede
o tráfego de vr:ít:ulos ou pessoa~,
funcionando apenas como clcm<.,-nto
<le p(mt\Ja~:áo ou delimitação
{vcjam~se e:;t.1ts rúbricas, n,·1s
páginas 47 e 49).

32
O Esp::aço h11.!1nKhtl
Pcla interpos(ção de cortinas,
espelhos 0 11 quaisquer out,u~ fonn.u;
de i.tus.ãú, pode dar-.se B ldelo de
que o~ J).(rtdcs se di~snlv1:1t1, d:a.ndo
lugur a urn espaço inlllngiYd caai:
parcc:e rccllar à medi<l-1t que
avtmçamos e simuh2.ncuncncc.
t'echar-se na~ r>(l.ssas costas. Ne,re
cw,o, a ~1:11.:;..;tçã.o de espaço o5o :,,t
cnc.:oncr~ pa.rticularizada pela:-.
paredes do rçcLnto ~ puiru, como
um cheiro, solice Ioda II atmosfera.
É, ti,h,ct, 11 uprc~ão mais aguda
_dess.., foct.a emotiva. Os exemplo~
que ~ues.enramos - um bac
k,JK,}rihQ e o Mu$1:u de Ox,furd ,_
não nccessitfllf\, <.:tl'hnm: nlc, (lc
expUcação, bastMdo Apenas
~~c-einai· que o pl'cscnçn de
c.squclcto.s <liciiti.:1icf>1> 111) Oluscu,
contribui para aecnltl11.r Mlru'la rru1.is
o clitna de interpenerra.ção csp:ci.\l.

JJ

-
Oeiilnitação do Espaço

Os meios c.1u1: se utili'l.am 1)ara


delimitar u m espaço ou um rei::iotü
sã(). muitas vezes, de uma
íntgilidade ~x.lrc1ni:,. Um :uame
esticado, como um risco, enlre dum:,
paredes, um faixa de lona armada
i;n) tQldo. :e.in Chandigarb tive
ocasião de. ver um gmpo de:
palhotas (habitações de adobe corn
tccto de palha) ~ sorrttm1 de L,'ês
grandes árvores isoladas na
planície:. O e.spaço ce,'Cado pela.s
ãrvorcs h~vhNiC rrnn.síonn.:i.do oo
centro cívico da minúscula
C(mtunidade. Veja-se nas
fotQgrrui11.s. OpOSh,~, da Riviera
f:t'ancesa e de um rcsrauranu.~ do
Festiv11l da Gtã-l:heta11ha, como se
lorna pOssí ..·êl <1h1er & delimitação
de um rcd nto lllilizando apenas
cana de b.:antbu, e corno esta
ttdqui!e mr.\ certo euc11.11to evocaci1,·o
pelo facio de cnccrr•r urn
detet'tninado espaço ao mesmo
1emp<> que deixa entrever o que estâ
para além.

34

·· ·-- ·- - - -·--- - - - -- - - - -----,----

--
Visl~ para n txí.eriur de wu
recinto

T codo-~e detcrmir1ndo II cust~neii


de um a SOJ\Sl1!jl°SO de Aqui. i.c ., de
ide11tificHç(lo tom um dc1e.nni,tadc,
locvl, tUffll'l,..SC t vii.len(c que núu
pode debtnr de existir a ~en!wlçio
O'l>ôStD. d~ Alt:;111 e é preci~mc:nt(~
nit íonr11, t:omo se e$1.ti.hdecc :i
rchç.l o cncrc esta~ duu.s quaHdad~
que. re,-;ide o dr,:ato,ui.smo das
rebçt~~ c:sp>ici~i.s. C'.om es!es dvls
exemplos para demonsu.a:- ~ noss.a
primeira reacção pe1•;:;inte aquiJo qoe
vc1~ parv além dum recinlo. No
caso de Bath, à esquerda, o
1>->nor.lm.a exte,ior ao ~inlo su~e
como urn, dimt nsio cx.<ra,
co.quanto as âr\'ores no ja1'dim
sueco. em baiAo, 11íil') imn::~cm ter o
mesnto Qrjc;lct bravio tln que se
coconlnl fom do espaço murado:
CSS3.CSÜ Atém.

3S
Além

Í:.$laii du.a~ fotngrafia~ de~tinam-~e a


ilustrar o que prctc.odcmos
-$igr'lifica( por .. ~ellsti.ção de Além»:
é a qul:llid;-ute, de tcrto modo lírici\,
de algo que está ao mesmo tempo
prêsente e )\ftnpre fora do JlO~~o
H)c.-1m:e: C:Slit Alé11L No HHm) dn
tstrada m:.rginal de Aldeburgh
e.~tãn 1)cojectada1; as sombras das
casas. impR~gnanclo•o de risos e
calor humano. Para além fica
apenas unt imenso e.~paço va1..io.
No trlr:il> dit p1Jj.sagt:rn .'\grestr~ d»
Escócia (em baixo) a distância
9dquire para tlÓS uma certa
intimidade grnças ao muro caiado,
fina linha branca que orienta o
ollrnr para fora, pois, peh,
signiíicado qm: lhe nlribuhnos
(percurso possNcl} ela projecta-nos
para além do:; seus limites.

36
AcJui e Além

E in primeiro lugar al>01dartmo5 o


tipo de relações que existe ~••lrc 11111
Aqui c.:onhec-ido e um Além
ig:ua.ltncntc conhecido.
(°Fo(.1tlt,.ação, dcsnlvds,
penpcc:1h·u.1, estreitamentos,
delimítaçiv, ttc.) A pa11ir da p, SI
tra111rc.nns de uma set:unda ordem
ele rcblçfie:-1, entre um Aqui
conh~cido e um Além
dcsçvnhecldo do ponto m.t.i.'\ ateo do
Regent's P•t~ de Nash (fotogr•fi•
a<, [ado, em cirm,) o 1rco confere
v11rn maiot estarura e co1nplexidadc
a todo o conjunto: a JuJgar peh1 ~ua
altura desmesurada, de~tina sc 8

ccrt.ameote 3 orientar o ulhar 11ata


íVOt do pequeno pátio, levno<lu•O •
conocntrar-sc n:t irnpo,lente fachada
priocipa:J. Esta conu~posiçN.ú
intcn.siftca o et'ei:to geral produziclv
pdu 1.:vnju11to, jogando um:i pmc
dâ composição cont1<1 1t <.1ulr'.1.. A
miolita vi~uaH7,ação (figura ao lado,
cm l111ix.<1) do projecto de
Hílwsbnwur p,11ra Cambridge.
inclui esre. ponlo de ,ista: lr,na
\'ers&o 1-eform:ada da rua Trinity, l'I
partir d0 G~t S1. Macy'i:;,
011.\:unos aqui do Jrl4nd~ ftSnun de
H.av.-k.smoor para outro local, cuja
iodivid1,11lid~dt, óriéntaç5o e
catácter se cnconcram
inequivocamente definidos pelos
dois montHnc111os. em
contrapanída. a l'ICtoal rui, Trinity
passa muiro dlscrecamcn1c pçb
Scnatc J-Jouse e desapucec numa
curva quase sem se: dar- pt)r Í1.$0,
(1150 se pretende que isto SQju
c:vnsidérOO.o como uma atrematívtl,
mas apc:n,u. 11ue sirva ,,aia
de.mons1ra.r o impacto vi~uúl do
pMj<c<o d< l-!awksrnoor.)

-
- "F -~--{' · .---:s:.~-:-:"'.-~ ~ -~-~ :::

37
':

Neste conjunto r~;de,icird cm


ComwA.11 nota-se umi vibração
linear cnue dua:; enclcJ3,des, o
arcu.amento h•dt:àdü de dl"\'Orcs, pQI'
um lud<1 . e o conjunto de casas
atrb clu talude. por ouw,. St.
C1)nlJUU'3rmos 1::ste ex~mpJo c:um o
c<.111ju1110 res.idcnc:ial lírica. d1spuslt)
ao lonzv da beira da c31r11dn e
a~rto pant e,la, "'-e,ific3moi t1111::
1cm va11u1geru C\i.dentes: para alt m
de cxiscir u,m1. separação de focro
entre a estrn<.lu e us casis. tal
separ.:ição 6 bem vish·~I. A w rad:,
constitu i 1111, ele mento da paisagem
e ai. casas 0111m. comptctamc111t:
c.lislinto, embora. pc,)$$aUl estal' lado
a lado. cou,o htSIC C:llSO,

Vi~la µara u interior de um

i
reciuto

T udo o que ~ u .ser ocupado,


<1ucr po, ttôs próprios, quer pd~

~
no.ss:'\ imoginaçil:o - que nos )cv~ ,.
11eoetra.r n~.stc bHldj\4ui1LO de
Vidt:11cia - adquire, por IJd íac:to,
f~J
'
1'
1 1.
lntcnsid:-u!t' de uma cor qne.rm::: no
11;
melo da gama de cinicn~ que
,C\'CS,Lein os espaços inótpltus.
Pónicos. 'fat'llnda~ e terraços,
L1 •
., 1
,;... poAAuem. todos eles, essa
Y • ......... . - ..
c~idOOe de comunicaçl1o:
...~,}f'1- oricntt1m•m.1::; pú(a o exterior.

38

-
F'l>ealiz:sçao

O ponto ilun1Ulodo, na })tUtó cc11tr11I


do ~lflcio. guh1 <• oChar pimt focl\ c
para ciina. QuaJ scrã, afinal, o
mistério do trivial? Pelo menos,
l)hrig:a.nos a c~ga1· os oUn)ii d;i,~
pon11:1i; dos ~ - Alf (l 1n11i:-: vul;,!nr
dos objCWJs pode s-..-r-·ir p.ara
dei::pet1ar cm nós a sensação de q,uc
csum)(1S iterante t1lgo qut: oos é
exterior: podetá scc om fo.::u <le: luz
ou o ac.to de apc>nlat com o dedo.
Não t: ,a. co\Sa para a qual 1,e aponto
mas o acco evoc3livo c;k- apuutar
que sui:;cita u mr..i,S." cmoçõt:1.

Tcum:agcm
O 11fimefro plKno corta i
_pcrsp,~c,iva. alteru<h>•$:. ddca
fo<ma, o efeito oonnal da r«c:~.
P,m ve1. de c.onh:mpl•umos o
edlfkio rui tot~idadc cio 1,1:'U 1lçado1
recuado Tl!HS situ:ido !O mc:sano
n(vól em que nos enconcramos, hí
11ma uceJ\tu~~ão rnuikl m.3.l'Cada do
ptimciro plu110 e. deste para o
edifício, um SHltO b1'1J..SO(h \rTIUl
súbitu ruprura viso~f. d3do Ql'C o
relvado intetmédio (ponluado por
o hjecto.s que itjudam a subtinhar o
c ít:ic<> s radual de recessão) está
truncfldo, ú que dj origem a uma
justaposiçiio dt'amâtica do primciru
e último phm<.1s. ·remos, "6Sim. n~
urrut cena cm <.1ue $e traosp& pouco
a poucv, a dist:\m:i11 que nos scpana
do edifü:i<> longfnquo, mas um•
jusu1po51çilo pe,fcha ,li} 1,1óxlmo e
<.lo remoto, tlcvldo ao deito de
rn.1ncusem. Os dôlr. cxcrnplM QllC
t1prcsc:t1rn1nos, Ven.alhcs, e unt.>
ru:t hultmdesa, deulonstrnm

39

-
--
suficic.:nte1nente o cnc;utto deuc
hnediarismo. ObserVB•$C urn efeito
al~'('t semelhante quando. entre u,na
dclcnnfoad.:. tstruu.rPt t o
obscrvn<Jor, ê,:Js1e um plano
inlt:rt'llédio jncuueterístico, urna
nsta i:xtet1.são que nM() c.xiva o
(ilhar t comv t: o caso dc:~t.t vista
&obn: Jlorse 0\11trd5 a ponir do
parque th: St. James, ou da
pt:rspec1h;a 5-0bre o Supremo
Tribunat. em Cha1ligarh, visto d.t
margem Opô~la do lsau.

Desníveis

Uma dçscriçfao das nossas rucções


co\ôtlva.s pcm,tc a posição <1uc
ocupim~ num dclt:ffninado c.spaço
deverá, (ôr~"ôsamcruc, incluir a
QUCÃrão dos ní'o'Cis. De um modo
gcnl.l, &baixo do nível m.!dio do
cerreno. tctrN)S liensações de,
\nti.mid;adç, in(r:rioridadc,
eooc1n1rne11to ou clau.strofobla
tnquanto <.1uc acima .dc~i;c Clí~J
podemos ser u,u,1100.s de grande:
eufori tt, oo por scn33Çl1es de
domínio ot• supetio.rid.adc ou.
aimfa , untü:mo-no.s ex1Jostos ou
com verti~-cm;. O acto de desce,·
significa baixM ao encontro du.quilo
que coohecemos cnqlJ..3.nto que o de
subir implica a.teendcr ttO
desconhecido. E1U1'e níveis
sc1J1elh.an1es, m~ se.p:,.r.ldos por
uma fonda muito profunda,
es1abelccc>se uma sing" l«.r
çom,spondê.ocia: ti sua pmximi<.l:Hle
tem um carácter remoco. O~
desnfvcis. por sua \'e:z., podem t.'t:r
ulílizadas de ma.ncira fUJ1cionaJ.
para lmir ou separ~ li 11cti\·idade
do~ dh•crsos u1e11ces dutM via
p(LbJica. A llusl r.•çio mo&uA u
ccmi1ério, ~ituado vru pouco ~IÍXQ
da Catcdntl de Liverpool: um
c,uuioho unnquilo, passando
serenamente DOS pés d~ imensa
mllSa <.h~ rod,a e pcdr~.

40

--- ---- - -- . - - -------- -

-
l~nLrc-laç.;:tmen lo

Serve. tnl cuu,o o pn)res.so tlc


r 1runc,us~m. pant intcrttg,u· o csp11ço
l prú~m10 e o e~paç1"I remotf,. J\ssJm
como '-"ºª rede de l)orbolctas
,t.,-'.i,...-.1' • • ··· ' . '!"' ,oancjAda com destreza apa.nha a
'· borboleta distanLê, t.o.mbém o
,. l~ entrtlaçinnenlo apro,:ima de nô.s ,.
. : distãncr.l, inseic no n<,sso <:$paço
pcóxim<• umít ccn.t longloqua.
,,arlicuJariundo-a. ohriga:r1do-n-os a

i~ - l uma ohscrvaçÃu detaJhada 1laquilo


<1ue, alravés d3 sua trama, CQloca
mais perto de nós. As suas
3pUcaçôu ~ão C\'identc::s: aproxima.
d~ nós R paisa1,~m oo a t.idade
ton1ínqu•s, e ptm nitc selcccionar
ou rejeitar imagens con\ uma
det.enninade (in:aJicl&de. Neste
CQlllUto. vçm..nos logo à jdefa 1t
vista da c1) IUl\a tlo duque de York.
com us rom:s de Westmiu,:ter por
detrás entrch:cida pelos arcos de
Regen1·s Strcct coqjun.ll), q\lc es1á.
todo ek, um pou~~ abaixo do 11{\'cl
dos olhos. Ntsle c1tf,0 1 como em
casos semelh101te3, a ideia central é
qoe o arobieruc con&thui um todo
inte:g,ildo, ,e os meios que temos
vindo a referir inserem-se na ,anc
<la uni~n e ligw;ão ,i.:.ce tOllo dum
pa<Jrâo euerenlc, eviandin 3Ssim
que se rransformc numa amálgama
cu◊tica e: tti viul. Nos exemplof. que:
apresenrao10s pode ver-lê a f11ixa
COStcira de Ho,, e 1.:011vcrtida em
pintura mural, e uma grnu:ra
aL:góricH. icalianu, na q113J esst• ideia
se CJIConlr<l exprc~~ na
CCl'ltt'll.l
ligaçtto que HS coluru·ts tstt1l:>elec.cm
com os barcos, captura11do ·O~, por
assim dizer entre e.Las.

41
SiJhuCUl

Pode avtdi~r-sc a imponãnciu deste factor


~ partif de ocnos c;:xcôlplo.!1 ctá5skos de
rcfin~nk:ll ttt e graciosi~ladc, enmo esta
vhta de O.1ícxd (em cima) m1's
n:.star-006-3. ft.imla determinar a fun~io
subjviC"ente. a exemplo tàú perfeito. Hoje:
em dia jit wdo,: nos habilui.mc'l$
ràzoavelmc.n1c à iclcio dos grande:; bloco~
cdific>1d<>~. co,n a w» linha de cobenuni
..
inev1tavel,1te111e em 1crraço, e reconheccmc.1s
que essa linha consuiui uma sepa.-ação
dcmuütdo hrut.al tnfrt: as cstniturus
edificadas e terrenas- e ti. leveza dos
vvlume.~ celestes~ cm cc.,uttapattida, os
rcndil.htid0s, a~ tiiigrnnas e vs
coroam entos si:rv~u\ para capturar o c.:éu,
cottelaçando..sc corn de~ ligando o, 4

assim, A 1crt.a. l:::.tte efeito de


i1lle1pcnctração ~lta pa.nicul~rmcn1e
inter-c,;~nte. oum pais dé nev1'>eil'o., e
neblinas t;01na ai Cnglatcrrti. Enlrc os
1
exemplos que ap,;t:$emamos. n cobenura
<lc$tc edit1clo de Lc Corbusier (em baixo.
à csqm..-r1l11), e a de Goldcn La_n,ç (ao
centro, à cs<111en1;i)~ 1>0dem conskle.raMit: .
"h! cerro }IOnto, vcrsiõc:s C001:entp01·4.ncn.s
dos rcodilhlldOJ e da grncios.id~lle dt1.S
es.trururas clissic~ na medida cm que
procuram cap1uru o t'..:ip.H~:o cele~i.e com
basfanlc rueis convicção qt•c o i.móvet ~
escritõrios de Upper St. Manin ·s. Lanc,
nM íotografia abaixo.

42
..
Pc-rspecti~-a grandio~

Cnt~ os mcio!i q-ul! podcn)('l.,;


u1iUur p.:ira lil'~u· par1ido do AQUI
e do ALÊ:\,i, M evidcntê1ncotc a
c:onside.rar a perspêCLiva, C()mo urn
d~ m.,i~ popul:i.rcs. A Pcrspe01iw
Grundi.osr. Versalhe.:; di, íotogrttfi3
oposlw p«kh.tz cuctamcnte o
mesmo efeito que o ,ouro t:iliado
que h>.dci.v& a estrada escocc:sa, mi
11iÍgine 36, embora, no t.-aso
p,e.1entr-,, os meios utilizados scjaul
m~i$ lux~s. A liga.cin do
primeiro piam) com a p~isagem
lo,lg.ínqua indvz uma s.ensaçiO de
c1orninio e de omnipl'C5t1)Ç3.
Di~i5ãu ele esp:.ços

Quer no C:850 da pcr1.pec1l va. quer


no de qualquer outro lipo de
tJttensãv lillcu, é importante fazer
notar qvc a diviRão critre o ~ui e o
aJ~m se ~lubelccc pela bi~çãú
do ângulo de vido cm duas t>~
t,-easlvçhnentc iguais e não ~ta
di\'ii:.i.o dcii~a cxtcn~lo c:tn duas
pa.n~ de igual c:ontptimcul.ô, A
CS(~ rcs~ito, ,·,*1 . st: e
dcrnooSlrrtçõo no esqvc,na abaixo .

~)t---t.-:::~--- - -
~ rc-r-~-- , ME1b= 1
Uma cU\'iSiifJ do t!istlrtrda em dtws pane,:
tiuais n:sulra numa th"'1t'JUi11ria ,,,, Úh·
gMk, de visda

,.,---- 1
1
Õ et1i.!f;io ê7t'iri,dt~it'ãiiã'ü..;".,";o-,71a:t.._d"/s---
tdnâü Um•ar. mu,t l!/fc:Jiw1mr.r..u pmlan
I: ~Nc.• ao cílllmo piam,.

timo divisiir.> <lo fmt,1/o tlr l'i,S(lo tm .rf~


prtrtes ig11ais a1tro.rimt1 do ob1f!rvad11r o
ptNIIO de 11,m.siçiio.

Pcn.pecliva Vclad:t

fu:1c sis1c11la opc,a da 1l1ancita


ht1bi1ual~1nas a set1Sl'IÇÍJO de Aqui

43


1omit'~ 111ai:1 intCln~.i devid1') 4 ul\Ul
conma de folh::;.gcm qm.~ u,1rnu m~;s
re,noco o mundo p:ua ntén, dcl11. A
C3tcdn.1 de: St . P;tul':i. "isu. de
Chc:lpsidc, dí-no:i <Jlllnl cxt:mplo
de 1,110;, 11e1s:r..ec1iva velad3. cm que
se tlliliv- B folh;i;gt:m p;1ru ,oculrnr a
c:tcedral a.te ao momento cm que
LraM(.JORlO!i o arvoredo e
cfcparamo~ subitumcnl~. e d~ 1nuilO
peno, oom a sua êmcnsa foc:hailtt
encimada por uma cüpuJa. O
carácter cJnmúüt:O deste efeito
de\te-se uni camente ao facto de
dt:-p>mm,1~. inl?:tperadameote, com
algo que até ao rnoo,cnH.> n11~ havi;,
~ido ocultado.

J11ícia.tiva local

Uma vez que uma parrtt: tikJ


C1')11tddcr'lvc:I d11 paisagem urbana
consiste na pequtM rva 1raoc1uil~ o
na. tim11licidade do lrivil\l e do
quol i(liano. M que 3Ptovtita,
plenamente todo o ta~r1tri loc11l. É
\'l que 110~ c,co~ rf'MJslrar através
dt:sht t1101lcs1a im~cm, em que
uma requintacfa tabuleu, de lccras
doul'adas - ou~pek, menos, assim
<> ~spero - é o $rurtetcntr para
animar a ruazinha ~ l a -

44

-
...
l'trspe.,;lh•ii dclimitadu

Pl'<wuveltncmc o ml:ld vulg3J' dos


rccur.sos do s.i.stema Bcuu,r Att.~, a
" Pe1"'S.pcc(iv11 Delimilada., situu um
edir.eio e con\'idu-no~ :l J'CC\1t1r 11.
fim d,c o contemphim1o!I. ~mborn
seja de tilgu.n modo urnil atitude
inorgânica e p11nnnen1e
arqoitec<ónica., 1:1 .. rers;peaiva
UeJimitatJu .. 6 3.inda susce11tível de
uma infinidade dt: adapta; (..: s. U
ex.cmpkt que apcc~ulamo.; é o
cshoço pcupMtO pelo ~l)lôt JHlrn. o
<k:::iCTPiOfvimcnlo do~ imc(liwçõe..1; c.ha
Catedral de Livcrpvt>l, mostrandô
1111w perspccti\'a fünhallHpela
própria torre Jo mflooumcnt(r, nus o
se~rcdo 1lr.-.sta i~ e11conua..s,::
uo e.,1ormc a.n."tt de 1ran~plo,
cn..,0110 na escurnlãc. e no q1ml o
oJhlU' cio pe.io mcrgulhu como un)
miscêrio.

Ocncdo
Uma vi.ri.õ\ctce da )Jerspcçrlva
limitada é a deflexão, tjUC cotisistc
cm dt:$Í.llt.er o e•djfício li&ciname,u:e
~m 1·ett\Çlio ao eixo duma
irnpl.inc:i:çto ortogonal~ de modo a
criar no ohsel'Yador a cxpecu1.tiva de
que isso é ícil.O i,uencionaJmunte,
ou seja. que ao fim d~ 1'113. existe
aJgQ que elt ainda não vê ma.q do
qual o edifício ra1. parte lnte:grJnte.
Esca expcc1a1ivtt lKI ,nu.ito raramente
é conflmlttda, m» a dcflex.io
invarisvefmeure. wgac.a.

45

-
S3Jfinci3s e reentr'5acias
P.~h• rutt de Ryc fuOStra;•llQ:i ô
uiumo de corpos <:'onstruí<l.os.
Súlié111es e reenff:ltltes, Em lu_g:a í de
se apn:çndcT de u111)1 só \'él, 1od~ a
rua, o que acontcccria r.c as
í.i.cl1adas tf.livt~,;em pe,feiramcmc
aJinbad~, o vlhin fiei., cint,rcuh.i:do
numa complexidade e sinuosidade
que ajudaa1 o e.~pirito a ~r-se
tranquilamente:, u que, aliús, t
desejávtJ, visco 1racar~lc de uma n•a
n::side11c:ial e não de uma via p~
tráfego rodoviário.

Ac.identes

A impo,rtl.11cia de addenlc:~ numa


tua. - torn:s, c.emp,;inârios,
elementos que criem u iu tJê.i10 de
silhudw, co1~s viv:u, etc. - · n:sid~
na su:i capac:id11de de f)•ender o
oílaar, impcdincJo,.o de dcsli1,ar pa.i:a
longe, e evitando, dcsca forma, H
monoroniR. A dlsposiçao esrratê.gicn
ele: .-ciden1e.s vem d1tr s~n ljdo à.~
foCTTUii. essenciais duma
~terminid.:i. nu1 : dum determinado
local. Puis, ar~~r de existir orn
padrão. as pcsson~ mi.o ;.a ape1l:ebem
dele dcvldo I\~ prêOCUf)ações do
quotidiano, lumand<••se, a~im,
OC(.:e~sário ChMlar a atenção Pitl'll
ele. Cn-.io ((ue é priocJpaltnence
devido à ousêocia 1ft: 1-1tidcutê. Qut
muitos pMjectos falham, n3.o
obsu.ntc umn elu11Clc1tÇào m0cicuJosa
- t1ma vez coovcrthloi; eru ires
dimCT1~ .

46

- - - -- ----- -

-
..
Por1tuação

St comparai·mo.s v1110 perspcc1iv.:,i u


uma fía~ grsunatical CtJJl\ s.ujeito e
,,rcdicodo, podc:mo, utfüi:at o term0
pontuação JJti.ra dcsia:,w
detconinad~$ formas de dem~r.;açí1a
t!O e.s~o oo seio dess:i fr.a$e.
oomo mostra a figl.!11>. de (;j 111a. r'\o
lon,i:o do percurso nam:itivo da rua.
tuoto a íunção c<itno o pud,io
variuin du111 ponto par3 o c,,u.tm. e
essas vo.l'iaçóe.~ de,un su
a=>sinalatl»s por um sinal íblco.
Um» ig.it.ja, p0r c-,:cmplo, que é \1m
edifJcio c.~pecffico , é co,uo tm 1.i
intersecçãu ,10 1Uinh.1mcn1.o da ruu,
o fim de um" frase e,
simultaMamcntc:, um meio de
ocultar a fra!i.e .scauinte pela
inttoduçào de ucna pausa.

Estreitamen(os

A H.pn,xiflt~dO dt dois grupos


compactos de cdiffcio.s R:::st1lh1 nun1r.
ei,pécic: de t)res,:;ão, numa
proxjrrridudt ir1evitável do
pormenor. que oontr11su,
di1ectamente com as tl.ffl(.-Ccri:stii::a,:;
<hl pr1-1ç,u, do largo, ou d:as groodcs
avenidftS 11vm nlOdo geral~os
e.~treitamen<os pcnnitcm mNnl fl'
unui. u11rv»-ftra de recinco m,1s nr,o
impcôcm o triin:silo dos ,,efcufos
nem dos pC~$. ~judundo, assim. a
e;st&be(ecer o. o.rticulação d.i tidade.
pcl;, su>1 divl~o em zorutS brnl
definidas e clrmuneocc
diíere.nciadas. ~"' relação aos pc.~õ.;s
1êm, ainda, um c:f'chu nloito
eipc:dfico , provocaoc.Ju sensações
de prçssão ê COllSl1'1ção J)(.11.lC'O
habituais.

47
r Fluluaçlo

Numri cic.l:tdt~. 11uc é um local


htthitado, a disposi(IO ÓO$ C,Sp-AÇ\1$
onde se nlc"l\1itlle.Htam 12s pcuo:is
e.em, como j á tlisset110s. um
i m pacto difecto sobre as suas
c:rnoç()és. A ra.ciooalizaçâo de todos
os espaços unicamêntf: c m ruas ou.
11iot do que isso. oumB gn:lh11
ortogurua1 u:nifotme de ruas, p.uccc
ser contririi à ru11urc-ta hum,ma. e
ruodamentalrncntc ilógica urnrt "ez
qut: pjf1'eee não 1e basear no
ca.r:1ctcr in1rí~ de~ cidades tal
como a.s oonbc«(TJ(J-S. A <:ith1dc
1tp;e., o.io t um p;ldrão unifonnc de
ruas, m~ ~ro uma sequencia de
tJ:p)ÇOS criada pc:Jv$ pn.~prios
cdiííck><. h Ouruoçiio t algo quo
dccom: inlJ)licitan,ente de1;1e
concieito, coníum•c :iC ve no
imagem de Ablngdon. cm cimtt
o nUS$O 1.fl\tido de posição é
estimulado pelo Í Hclu dê
tcansicarmos de um c-spNço nu1plo
para u111 espaço e~t,eiw e. dai,
nov·amcotc pitr.l um esp.aço ampJo.

Onduh1ç;iu

Ondulaçllô flil.O 6 n1,>e1,a.t: u1füi1 linha


.sinuu.sa e sem ubjcctivo, mas sim o
CU~vio obl'igatório a wu eixo ou.
11()nn o lnv1$fveii::, i:-0111 vish, a.
proporcionar o prazer de colsu 1:30
ele.meneares e vitais como lu1. e
sombr~ (ú cn1urárll"I d1:t
rnom,i:rorni11), uv pruximid:tde e
distância (o oposto do para•efü.mo):
e como a leve agitaçã.O da Colh11gcrn
ao sabor de \1m11. brisa suave ou
como um mesmo pensamento
exptei:;so de vária<. maneir.c,
difertnlt-.s. Qualqvcr qoc seja a
fonm1 com que se apresente~ cei.•efa
toda a gama de po.~ibitidode~
C011lidá num.e dada $d~çio.

48

------- - -- - - - - -- -- - - - -
..
OelhnilAÇ'ãO

Nwn recinto, n:ugirnos ao facto de


n<b encontranTIO$ (;011,vl~tameme
cercados. A reacçl'lo é i.::i:1»tica: ~
patcfr do momcuto e1n que se c:nlrv
parn o l'ecinto, e dur1u1tt ,a sua
lravcssüi, o cenário mttnicm-se. e é
apenas à saídt, que se deparw.
bcuS<.:mr\e1ue. com novo ~nino. A
delimitação, relo cont,in(), con.sl5ec
no111a quebra de co,uinuidarle que
obrig~ -t olh.ar a ddcr--se. mas ser,,
blôQuear a. 00$.U sensação <le
'Pl'Oll'Q.~ oomo oo ei empto de
Buckin1Nun, em baêxo, à esqucrd~.
A di$f>OS~ 1Jus a11üncios na vjla
fr.1"'"~- em baixo, púduá ajt1d1Jr q
oornprcode,· melhor e~t;\ ideia,

49
.•.

...
A ane da l'ecessll.o depora-se-nos mu1c011
votes sob a íurnlu dt: Ulllit opan:mtc
di>crcpâncin num• pcropcctiva. As leis da
pcnpeai\'a setlo Jn)Ul.iveis et em
princípio, quatM ma.is tc:,ngc de n(as
cs1ivçr situado i,m objcao. mais dista.nh.:
ele rtM. pa,tced ..• 'íodavta, D40 w dtvt.
h.>m:.r iJl('I couu) um dado. 111 ,nc110, <1uc:
se compl'cenda. bem a o.no dA recesslo.
J:iumiuetntu, por exem1)to. os dois
cdificios da foto1rafi» owsut, (umN
~ v • de SMfflcld) Se cob!irmos
com• mM• .ahenod..a..rnertlc. u1n e l)ulru,
o ctlir'K:10 c.scuro, pm'IXC:r-nos-à rrtaito
in.11~ d~tante que o st.u. vl2inbo mode,nir,
e Lhuv~ islo dt:\'fj•~t: 11 cliícrt:TIÇS de acal.1t
cncre ambos. e, o.través da u1Wzaç.3o de
e.,;;cal.u d.ifetente~, t po,i~ível Cl'illJ' a
ilul-ão de UTN\ m.1.iur proximidade ou
ofa,tuneruo de ob,cctos cm rel•ç•o ao
,~rvadoc (ou 4t tnaiot ou m.eoor
dimensão, comu no c:uo de figuras
esculpidas nas facnodu de monummtoe
a,pt e.,cufa E 1nuiUli ve·1;es: infeii<,r à d»
figuni humt1n1t pattl (I UC CSt<)S pl\J'eÇl\ffl
mais al1Ds . •'lo cxcniplo de ~aixo, no lago
do P»tque de SI. JA.nlé!'\, ohlem~\;e urn
cfci«> de n=>slu polo mc:obrimco10 do
extremo oposto do i.,o. UCCIIXl,do p,,
ilhM, () que 1'10li ôtb.a com um n,i:,t.ériu.
cm --c·z duma cunst~1•çlu,

50
Exp<.-etati1,·a

Ex.,:uniua,emo~ seiuidvrnemc:.
aquelt!~ »i,:peccos do Aq1.1i e: do
Al~m cm qu:e o prirnd.ro é
conhecido. rr.i! não o segundo:
<'> Alé.m é desconhecido, infinito ,
misterioso, ()u escâ envoltú num~
cscuridlo inwndáve(. Consi<lc,'t=mo~
prime1,amentc o ct:is<.1 dit
txpe~tiuiva: As duas irnagcns eh.
c.sqttcr(lit nãv sx1dcm\ deixai' d=
despenru· ll nossa curiosidade
qu:mto a<• cenâl lo com que irc:mt'.>$
dcpart1r no fin ►1 I du tU3.

51
Jnt'inlto

lnfinito e ctu slu coisas


dite,emós. <.:éu é )\(1uilo <11-«: ~ vf.
1>01' ci1hu do..; telhNtlos, c0<no :1
ix:<II,çna fo101rafla de Pimlico. em.
b3.lxo. Infinito ê algo de .uu.ilo
difece,ue . Exish:m, a meu YCf". dois
pnl<:essos <lc 1mnsfo1milt a solidão
e :a imensidade rem<it.:i do céo numa
e.xpe ..iêuci.- pc~SOl'\I. O primeiro é ~
1ru:ncHgcm, j:í anteJ'io1men.te
referida . que consisle em ~uprimir
O$ pla.no.s inlenut<Jios juslapoodo o
primeiro plano e o céu, o que
eJimit1a os asr,ecl<lS uuds
COJ.Wenci(lmJi:, tleslc (,Jtimo,
permitindo realçar as suas
qualidade..(j tnt'li.!l proíundus, t:vmv 111
d~ iruagc::n:s d:i. c;sql•c rda nos "em
rcL"Ol\lar.
O sesundo rtfacfo11u.-sc com o
1terc1,1r$0 tfUt:: 1>c nsixm1. scit1ir, ou
St:ja, 11 ideia que a pe.~~n ttm S()h1t
a trajcc1órla que 1>0derú l<lllhJt. Sr:
e..m lugar d.ll contim,tcladc d~ rua
dep,r>ermos, bruscamente, com o
céu, o choque dessa l-i\JhSlilui~·ã(.1
ine'sperada far.i C-l)n, que este nos
p:nc,;a infinito c,·e, pág. 189).

~ ~~
... --
' -;: llf: :-'.
. .

S2
Do pavimeuco vulgrir e banal do
mundo ~itit3do em que vb-u.'"lOs
vi1<:lumbnt11tofi muitas vci:cs. num
rchmce. o dc~si::ouheci.oo. o catâctêr
m)stcriv!;O de U11111 ci&ldt tm quê
l udo é po$Sfve.J: o subli1ne ~ o
~ónlido. os ta~gos de aC.nio e .:•
kmeura. Não sr. titi.ta 3qui, porêm,
de Withc,t~hawc~.
..
V ão insiun<lávtt

Ncg,o. in,chêl f Stlcncio.so ~omo


um u11i11111I i:nvrmc e infuti.tamente
paciente, o vão coaterupla 0,5
lri.tnseunce~ que pas~m
dt~~pre<.1<.:up;ularncntc. p:u-a um lado
e pHr;\ o ou1ro na praça iou1ubd~ de:
sol. Esce ê o elemento ins<XJ:1,d
pt'ÓJiriú da c.scurióão total,

:;:·.t,t('.=:f~.f{Jt1f~iiti~;?;~\~1f
' ~

...
~,.
·.r.!1.
_1;' •
~-~ .
:. .•. ..~~·t'-:-'·
,~:~f.~. .~

54
Ligação e cm,t,div: u p:rrime-nto

A úllin,a secção dr.se-:,, rd~.io de


elemplos trata dos ~poc.:tu:;. th.~
lig~·JtO e conexão a quê jâ
anccriormentc nos referimos 1\0
c3f)i1ulo II Gn1rcla~1tmcn10,. . Hoje
cul d ia o ambiente COM!rufdv
cnconlrJt •l)t totahnerue f"'i,mcnlado
em zonas desconexas: C ISAS pata
lml lad(), ~rvores para o OUhl'I, i.t
ron.lis tolafultnle d~ligadas um11~
das outras, comu uma série
tksarriculado. de notas musicills
l()C"'.-tlla~ u<\ plano com um ú.nioo
dedo. O objectivo Jeslt livro C
teota,· imegrar cs.tcs ck.mcru.o.s que
co mpõc:TTI (J ;,uU,it:illt 11uma rel~çíí<1
expressiva. por (orno, i. que,
u1ili7.aud<>: embora. a.s mesmas
not~, surjam aco,'de.q e , ;equê11cfa.,;
coere.ntc.s . E não obst~me o fa.ch,
de se poder cons.idcr3r que rodo
este livro €. em s; 1lln canjW1to de
excmplo.s de lig,.çiO e C'Qf1u~o, dê
111omenlo examinaremos apenas os
settS aspte;k'>f. mais simple.s:
pavimen1açio, c:i.mloho.s pi1r1t peões
e h.:ure.íras.
As constn•çOc~ ticàs em 1e.x1u,u e
coces, asscn111m. nec~"S8-riamcn1e,
num pavimemo. Se este não palittr
de 1;,m, extendo aJfahad.a lis::t e
uniforme, elas pur :;ua vet
1"'-recemos ão dcsartit:11).-1,dm;,
4

scpar.uh1s uma da~ outras. uma vez


que o pavi.mcnlô n~o prende o
11"'8s0 interesse. Entre ~ dlvcm,s
ít1cll,1rc.s que co11cribuem p;!J"a a
unificação e c~o num11 cldade, o
pavimento é ôo.s m3.ÍS importantes,
como chmm1ee1re demournm as
duas imagens <Jpúslas..

55
Camiuhos par3 peões

JJ°a rede de caininhos para peõei


que tr3J1Nforn1ot a cidad,e numa
estmtnra transiUvel, ligu11do us
diversos locai5 JJCk" mc.k, de
dcg(aus, p()nl~, pavlmenttu co111
padrvi:s ,Ltsiintos. ou por qu1i.i:;qucr
uutros eJementos do i.vncdo que
pcnl'IÍIQJU num1cr » con1tnuid:ade e
:1:cessibilkludc. Enquanto ax viHs
,nu1urizl\das ~o nuidflS e
impe~soois, o~ t:1'minhos para
ptões, insinuMtcs: e ãged.,
(:oníccem à cidúde .:c. si1a dimensão
humano. U1hu.'> vezes são
tcnlenlcios (ousados) e
exrrovcnidos, ac<nnpaohando os
principais eixos rodoviá, ios e "~
?.0:1.as comerciai.e; . outras, retalados
e tortuosos; OlõlS, de quaJqueJ·
fo.nna. devem foITTJar um tôdo

Continuidttde

As fo1ognliu de Shepcon Mallet da


página oposta, ílu3tram de um;(
fonn.3 muim Mmplcs como se
estohdc.cc uma ligação directa e11t1e
o C-tmpo e o centro da cid~dt
.. atravê.c; de u.m çamjnbo p,rra peões .
Vejatn-se as fotogr'dÍlKS da esquc:rda
p.tn-ia dicelr~.

56

57
r
Barre-iras

O pn.:,ce~w tlc li11ção e cone.do


levN11a o problema dt sobcr se. o
f'BCIO de estaheltct:nnns
dctcnnin1tth1i ligttÇÕC1 V1tllh1josas do
pon10 de visu, vi$\W. não irá
r~pies.ental' um incot1~ie:1te J)a1tt a
fistitli:t,i.çât> dos k.K::8is onde não
deve ser pcrmittdo o livre aces:so a
pessoas ou animais. Justifica-se,
1tssi111, o rc..:urso a. ~ s - t\os
desenhos. ao Jado. podem n r-se
quatro ti11os de barrei~
s rndct.11ne1110, fos~ . arbustos e
desnivcJ , Todos eles pennitem um
acesM> vj$uaJ, maiç imJliCdem o
,,cessv ffoi.co. Urt1 d~ tipos de
barreiras mais COJTÇQtCS t, talvez. o
valado, ou f'OMO tll,C()ndtdo, da5
gr.-ndc~ pr(1pric:dr,itl1:$ n,nrii, c100
não quebra • con,lnuidade do
relvo.do - e.n, 1-efaçSo 3 unt
obscrvi:irlor sihuu1u n11 (."flS~
senbori~I - mas impede o aoes.JO
de animo.is ao!l j::irdi,ls. Em bai.to
lêlfü)$ Ulll u SpêCln do r-esti"··d of
Britain que mostra a u1mzação da
água como meio de petsuadir as.
pt:SS<)>JS H p~gl'IT 1) 'JtlC consomem .

58
.,,. ,;-

cor,n;úm)
Cntt:gQrías

NeSUt tcn:.t:ira parte d11 ~i::c~Uo de


dclinitt>es c.um1ch1remos ,:.,
qualidadcl (1Htimcc:~s tlu:il várias
st1b<livllõcs ,h, pa.i.s-:i.gcm.
Consideraremos cm primeiro lugvt
~.s grandes t:atego,fa.s ou sejam:
mctróp(1lt. cidade, ateãdJa, pah1ue,
1.0t1a ir,d\lslrial, zona n.1r3l e solv
\•irgetO. E.11n.,: $Ro o:; categoria,.::
rnwHciouai.~, mas nfl<t há qtrnl,111tl'
ce11eza de 11110 cnntinucm u e,dstir
nu s\Ja forma a1.:tuü.l. Por 001ro
lado . qufJ.lquer que ~ja c1 sua fornrn
futura, ll que parece bem a.'iSente é
I'> p1'6prio pri:,-cipio d:1
culegorização, poi, se ,ião existireu\
distinçiK:S entre as t<Ji~u.~ 1etemos
uma mistun:, eujoatl\'t\ qoi: s<> setâ
~uportâvcl ,~nquúulô 11:e resistir (IIJ
de,eJo de a vomitar. 1'A situação de
mmsi~Hí) que 1.tra"·css.,mc,:t), como
rcs••ll»do do desenv0Jvimc:t110 dús
tran1ponC$ individuais e colcctivoi;,
asse padrão tmcliciúnal t-M6 em vias
de cAtinçiio: o ccmro t.ltts i:\dodes
está rnorihu11do, devido n uma
edjficação (l<.:m►,siado comp,.cr.1,
que: nüo permhç o accuo 1'
automó\•cis. e a necessidade ,la
concentraçãu do comércio e dos
nctVC'ios numa única zona é cado
vçz mcn,oi. acentuada, 1levjdo uos
modernos mciüs de comunicação.
O p1-ocesso de nivch1mcnoo ~
rcnúinu:11(.()S tem viodo a pro,«.ar o
dc,mcmbraménm das gr&ndcs
propriedades rurais, que esr-do a ser
utili~ para alojar um i:xce.-.so
sunprc cn.::;ceute d~ pessoas. cujú
hc,n-t..,tar é. cada vc·, maior,
Nad~ $t: a~1.emelha tanto J1 cM..>
explosão cvino um fonnieucin, em
ttlv,11·0,o. com tuna i1tfinid1dc c,lc
forroig:as laeadas e visf0$3f;
correndo íchrilmemc cm t<,1da~ as
direcções: pf-pí. pó-pó, cá vc,11 óU!
Vi,..a!

J)e cima paro boíx,,:

Ml:l'RÔl'OLE
OIJAU~
,\Rr.ÁOIA

59
T
A catcgona cfc1ccrninttnle é II úhirnn
de baixo. o solo vl~cm, oo
... bin1crbml .. . Qu~m<.Ío há exten~ões
muito vasuts 1(r.s1n úllimu, IJ :,iitudc
l.ladicitln.aJ de ,,talssc1.-fairc .. fac:c à.
e~plC1r aç~o e deseavol vimenco do
solo, não con.sti1iiu1 gnmdc
("e*cupaçâo. uma vez que ainda t
poss(\'el manter o equilíbtio.
Mas qllando o próprio •hirnerhmd•
csclt ton,~do. ,•etifica-se urna
sitl•~ç.il) i111cir.;une:ute nova: todô!.
1·e1roc:edem .sobre si mc.smos e a
ex.ptin~úl"I de uma t'.ltegoria só pode
ftU:cr-$C à tU$11t das oulms. Por
oucr:,s palavnu, osgota-sc a
~1.ihilidltde, de li\-'1-e expansão, e
toma-se cn15o, nc:i.:ess»rio encarar o
ainbien1e como um conjunto
inlc:gndu de actividtldes da mesma
m:inem1. que o .sufrMjiu uni \'Cmll
veio obrig.tr o& políticos a encarar a
sockdadt: Cúul<J ul"I):, i111.e1~eç»o
pccmancnlC de n.:lttç-Ocs. e oAo
como um si!itema em que os
privilegiatlú~ exJIIOravam a.t ma.\..US
incultas . Em relação i. lngl~tm•1,
pelo menos. vimo-nos forçados a
'1e$erh·(lh1~r ú .arte do
re1acionamcnlo par, potlc:m1os
.Sôhrevrver como nação civili?.3.da.
Ni.$ ptóxinws Ir€$ págiua~ dUO-$ê
alguns exemplos das vancagcns, e,
ecn ce,1m casos, do.s aspectos
nc1a1ivos inc:ccnlr.s 1t estr-
fen6mcno

Dt dma pnrn bai.ro

P,6-RQUR
W N/\ INDUSTnl/\1..
W NARUR/\1.,
SOi.O V!RCiRM

60
,..

l11dí,.·idualiz.aç;.o da paisagt:.m
• 'i
L! m cxcmp)o m ui10 simpf~ Go qu e a.caba~
·-•--
-...,.;,.,.-
· •, · • t,'•':!-,ir
•} .,c:.;.~;;_:.i~ 1nn~ de ,·e t'enréo~uo d-<\ fo<ogr11fí:,. de

l
.ft·,
~..~ .
1.:ln1a que, embora acompantumllt) u e~h Ada
principa?, está ~cpora~o <le!-la por urf'u1sebe
cspcsu: de um la,fl', 1emos •> l'Uído cnsunh:-
cedot e: o~ pttisos <l<.1 tl'fife.g.o (1.)doviãdo. do
úulro um cu11tinl,o enenn11kior e perfeita•
menu: :seguro. <:Ot'!J u,na boni1" vista sobre
os prados. Nesre caso urn10 fica ben~ticiadt'I
o 111otorh1a COC)lO o peão O Citrteiro ci:;1ú
ligado i redr. urbana de ci)1\\inhC1s para pc-
õe.,;. O cl~mcntoch3v,c é t1 ~ehe. que fuo-
ciona como borrelra de scpantçao entre as
dl1as funçiielô, Mudelll0$ as,otadc escala e
situemo-nos.. "Ao no Qtuintu) para pcóes.
u)as ,,as g.randcs cxccnsõcs •lc p;dsagem
como~ desta vilitn atrea sobre o , •itle do
Tamisa. Uma co11tpan.1c;ào enue os Sécs.
XVII e XX rcvclfü(1qoeJt fnuéhmç:a mais
(t1<.Hc1tl di'l. ,et-.peito à mobilidade do htdivi-
duo. Enqumito que anl.Criormcn,c as lteiltl-
cu!rôes reprc5Cflla"1nn dnl proce.fôso labo.
rio:w e leoto~ hoje cm (li« relluzcrn-se ape-
nas ,-::, abom:dmento de se entrar e s1tlr dos.
transportes. A di.sl ►mein. é f;e,cundá.ria cm rc
laçii.u li nbtenção de um lugo1., sentado. A
antigíl ~mlr:11> (e..1>ultav3 nojí nosso conhe,..
cido pt\drâo de cidades ('()fflpactas e n.s1m;
-cxtcn.sõc.ç ru.i'2i.s. oomo consc:((uência da
lentidão c.."(lm que se efcctuaVf\rO ;JS de,:;Joca-
ções, o que obriga\'$ª" pe~soas a gravil1t.n:i'll
pim, o.s C'e•lh"Os urbanos. Hoje pa.~~-sc cxae1a..
mente o contr.irio: as pessoas pMCCem
que1-er fugir u1llQ..~ das 0011111: - verifie"-se
um,t tendênci1t para abandomn· õ~ pontos
nodais ctn fa\.'Or dç 1.uoa ocupaçrio ê$pru·sa
de todo o 1ercih,rio. em que pe.~1;0 1\S, co-
mida, cne(gil\ e divt:rtimentos se misturarn
num baldio unlvcrul. Se todos oo,,~rem
a <:1)n-er em scnlidns difcrcote$, o país in-
teiro ~c;)harã por se tramformar r.um
~mo ntoa(.h.>caó(ico de ckulentos cn.11tu.1.dos.
M~ vamos supor. a título (lc: hipótese. "tlle a
cidade 1r,n um limiu:, t: que a pilrtir desse
limite comcçu o campo. Ha \.·erâ afgu.m3. r&-
zâo pul'a que isto u;io seja a:.sim? Nio u1rra,
pa.sso, já, o homem fie hoje, o prohl<m• du
distâncJo:? Se ~im é. a cidade também
pode: h!r wn limile-, poi.5 o f».cco de o urbo.-
1tisa colocar um obst~culo nu111 determi-
nado ponw 11pc:n~s significa que rLe.ssc ponto
t04'b•.s as J)CUOtili come~uio a stlu,r na
mesma direcçao: é ;1 c(taçãode um ;icoocc-
ciinemo 1' partir dç urn Ci'.lOS, TI., de çc,to
modo, a u.tiliza?(>dc gruitdcs bf\ntirns pai-a
torn.31 a ,,aisagem mais nílida e 1.:rnn1ir-ccnsí-
ve.l; não é de mand tu nenhuma., um 1.o n.3$
mcrtto,

61

....__
Justaposição

A i1m1&<=rn c!a esque1d~ é um du.s


saríssimos e~empJos. de uma rclaç-4o
dirccl~ c nlre t.lm1s categori~
dlstint.ls de .paisagem· vibt e
campo. O caràcter ioeq_ui,,x:o de
cm.lH. unn, dela~ ~i refozçado dê t1Í<1
vivo encontro , não baYCntlo lugar
poro qualq_uu ambig.uidad~ . De um
Jado. o asS(Jbêsr 00 vc1lto pú1' entre
a.~ i,·voru. do ouuo o rcs:w1:1r <.K:o
de p=-4~adas na calç-uda. Oco é de
fae10 o 1ermo ,-pf(Jpri:nh,.1.
A vUa patcce fechar-se sobre si
nu:::sma, fonuandn um recinto oco
que contrf!S1fl vi va111011tc cv111 à
naruteza desabrigru.la. Na 1m.agcm
de Colr.shill (em huix1) . h esquerda)
nota~sc o mesmo tip<.l de c•>nlr..,)lc
violento, opondo, dest:i vei. o t"UtQJ
ao indu~triJ¼L E..:;rn imagem Cõns1i1ui
um bom exemplo do que deve .ser a
ca1egod1.ação da paisagem,
~n(Juitnto 4ue .i peque,u figura da
dírciH1 cvi<lencia. pc:Jo cont.rá.rio,
umi ~ob,>e:posiçio confusa de
elc:111e11tM, que ttansfoon::i tudo
num cios inc,;pn;.s.sjv,o,

62

-
lmediutkidadt

Exis~ uma pn:ocup;iç»o cons1.anle


1!:c pcvet1ir e <k: preparar com
g,rmdcs 11,.'iM>s de t.Atencão... ,
.-Cuicfado .. , t:tt: .. t>o1 1,·eie..(I
SC"ntitnos vontatlo de ultfropa..(ls1,lr'
todas esta~ con vcnçôcs <lllC $C
atravcsst.1,ll à nossn frcn1c
~eparando-nos d!l 1•:.isiigtm, e
an:;i;i111<1~ pelo con1ac:Lt'I diret-k') q1,1111;
o imccfo1h) pode propon:iornu.
,(!Ó
s<,h a forma de uin coafronro
dircd o com a. água ou "' abismo.
ê.ue cooc:cilo de imcdiatii.:idii.lml::
c:,.L~ irnplíc:iro ou quie dissemos
anccriv«neote accn:a da
conccph.1,:tlil,:a\--ão de catcgori11s e
sw,jw.tapo.siçii.o em t'unção de um:t
maior t:Ãprt.uli vidac.lt: e ch>.íe1,3.
aplk:ando-.sc :i(') conceito de:
id1,.-ntificob llid11<lr. que i,-emos referir
cm segulda.

63
,.....
1 ldcnliftcnhilidacle

N-esta página e oas quatortc que $C


lhe seguem tenlare,nos definir o
CQ11cei to de idcntifkabilidade, Ol!
scJa a idcnlld:,de inequ.fYOCi cp.ic
p()Miuem dctcnninadas cois:-is. E~ta
pttrc1h: de sílex. por exemplo,
oprcscntit uroa te.xbJJa específica e.
cniado. adquire. urn llllÍÃimo de
exprc1>1ividade ao ser Humin.-;da
pelo sol. Se co,npararmos a parte
caiada com a íitiA~ J:c alcau·ão da
base, \oi:rincaremos. um1t <.lifort:11\:H
radical. A prüneira exptimc
afinoaç.ào e alegria, M ~c~unda
ocg3\.-"âo e iudi t'ere.nça. Nn muntr.t
da co<doaria, cm b1.tix('I,
tm.'Q11traml1s novamenlc
conccntraçã<J t'. exclusividade. numi
SÍl\tese deste conc:ciu, de
ükntificahilidade. As quatii~
intrinscças <lus cordas e fios
cxpre~F.am-sc aqui de maneira
intc m;a e, como veremos oos
próximos ci:pítulos, s.iio
c:m·ii:tueddas pelos cfcit0$ da
dissirnulitç.~. upo.s.ição. ilusão,
omis.s.30, ç h:.

64

-
Se estÍ\1c1mos arcnlos a<J de1nJh1: , '=
hr.ahituanno~ o olhilt :11 saber ver o
ponoenor, ,, mundo c:on.'õuuíOO
tomn-~e ma~s intcrt:s..<ianle. e g-.mht
em qu•lidade. Hó j>'OQU"100
exem,,.os, cvmo 01> que vt.mv.-; na
imasem de cima: que parcc"m 1er
urn1:1 vida i,tópria. As p1:11-edcs, que
gcralmcnlc 11ílo tC:m g.rande
sígniíica-do à primeira vi~ta, podem
~bitamente ganhar vkht pura LlOl
ohsetvador oo:mo.
Nt1 imagem iufel'ior, pot excmJ1lo,
a pintUT,\ d~1HÍ1l3-se CXJ)te~samcnle
;i. 1t6r cm dcsluque as qualidades
lntrfoseca.s da pu-rede. O pontilhado
disperso t simplesmente a
11finnação de que a p~n:dc tem
vida, que c:01L'ilitu( um:1 superflcic.
Nc.s,a perspct.:civa, a presente
imaf{t1n dcverd if>Jduahnentc
adquirir c1.111·ess5o.

65
í Cidadt ,..c,-.la
/\o lon~ <h•.s pcúxlmas páiinas
c.xnmJntitt:mos os d iW (S<is lipos dt
qualidadeg c.1uc in,Hvic.luaHzruu urua
vil.a ôd ciduch: . Trlilti~sc de um:i
selecção muito pequeua, que se
destina uilic11nu:111c 11 ~stimul3.t 110
lcilor o desejo de descobrh' e
explorar por si pfópric,. NêSlil
irtlagem de 8in1linglu1111,
coexisl~rn. l;1du a lado. dois
mundos complec.amente difer-enles;
-a rua movlmeut!ld>J e ruidosa que
t:1lruvessa :, zona do comércio e doi
uegõcios e que~ em dctc::.rminacJa
ahuta, .segue: ~lé à ponte sobre o
ça.nal. cuja bacla ~ $ Ht1lCió$M t:
dcsema Cf'hlliO 1.111111 f.lidu(lc 5CCl'OI:).
Utbilnitladc
M:uu:h..,cr Squm pode
cQm;Klcr1r.,sc uma sfnce:sc dx
quaHdadt e. do CílnkleT da vida
urb.:tna:: proporção. e legância e ttlla
ckl'\sK.laJc. a par do requin1c de um
jacdim põbli<-o com vegetação
exubfranlc.

66
., .
Comple'>:idndo

Trata-se. tah~.z. dtt qt.Jíllldadc q~•c


1cm sido mcno$ bem co111p1 eendlda
(Ou mais rur:imcnlt: r1osta cn1
l'l'ática) na cont1h1Jçio
c:ontetnporinc~. que l)Jlrtce não
1r nvnca a)C:111 do que é 6b,io: o
po.inc.l modub.dô. os rc,iculado~ da1
focha.d.as-cortina, 1:t hi1nalkh1de d3s
t:r.tndcs supe1flcies cm tons ,.li!
l)llSlct. com a .-;ua suo.vlílude
exasp.!ranlc. A c:,ompfexldaile, peJo
com1'á1io. é um meio 1lc ca1jvar o
olhur. r1r u,ni., dimensão cxu·i:1 que
apcn11s se m•nifcsl& como n:.suhado
do re.conbccimcoro e expc:riêneias
de u,n verdadeiro profissio m,1, e
não atnl\'ÓlJ dos expediente,
g.1·osseiros do ~mHdor.

<.:orrecção
A comx:çãQ ua.::ce do n:spci<o
11\Útuo que deve cxisJir entre os
mcmbrvs de uma socicdi.de
evoluída. nio !'iignifica.ndo,
p0<1an10, o mesmo que bna
cc.hi<:1:tção. O nosso cxcmplô i uma
tabuleta lilgu su1preelldcn1c que
pode,·ia ser considc:r..da deslocada
m.nm1 rua modesta. mas, c-inmo
exemplo du o·•baJho de um
~en-.Jheiro. ma.ntéul o semldo da
COl'?'CCÇâO. Este nunca é u,na
impo~ição, 1-rui.11 sim uma
po~sibiliditdo 111: livre exprcsslo
num t:11quacl1'í11t\Cnlo civili~do.

67
r
i ~'.r!i~i;;I~
. • ..._
.~Y. ._;
Ncst:is imagens apcr,::çbctt10-nos de
uma força que se impõe lpCS.ar da
im."'<>l"llpêtêdcia estilística do
conslnuor, ou ( (ltr. símple1rncn1r. "
uttl·o.passo.. Coosau~ões dc.ste upo
s:in ~ólida::; Cúu)<i mclu,~.

68

. - -----------------

-
Au 110.r.setrrnos ll:.\S ru.r; de bcn11is
a1inhndos. pn~ Lisas e
fe:J)esuttç6u sirnples. o olhflr
cnn::da-.sc subitrunc:nle num objccto
c..U.fli\"a8,antt que o ínlriga e füscim,
como uma odivic1h:.a visual. O JIC\$\C
de ilumin~!;Ü<l de Si. Neots. cm
cima, ou l\:j ho.s(eS éltU'cJa.ç~das dum
11x~ento 1:11\ Somi::rset. cm ~ xo~
sl:\o imagens qu(' n:a>ad.amos p-Or
muilc, tempo. L:{Kl")() pcqueoos
ca1dos q~ encontramos, tigiittados
b n,t.1pa dias d~pois 111: um passei<>
pdo c:Mmpo.

69

-
r
l.á (õra, o rumor::j»r da folha,"i.:m ~
o onc;luhtr d~ trepadcir.1. lu~uriG,n1e
~ú sabor do vento; ma!> por lrAi do
vidro, <• ~il~nejo ç a luminosidade
tênuc cm que e,~. i:solOOa. a
pfa:nt:1 solilária.

O pavAn hrtu11;U

Um local à bc:irv do Tamii;u que


~ aparece comu c:11cantOOo. A
folhagem dc:n~a ~ de mu ,•erdc
op.;+eo. a bord11 da cerc3 <lL' u\ade:ira
de om b1.tnco Jí\ Íll(1, 11ão há
1

\fiv' aJma. E a pequem• Qbertun ;t0


íundo apcn~s conduz au ~iltncio
que pulJ'a sobre 'l/01~!; que nunca
mo.is se ouviram.

70
Exposição e l.solamf'nto
~pa~os vazlos. 9tat1des 1?1.tcnsõc,
de céu, geotnelril: e.is. alguns Jos
faclôtes q:ue oomrihucu\ para uma
s.çnsaçi.O de Ct fl"jlç.í.v e:
isolamcnlo. As lt:mpc:.lvdcs qu.:
iutpu.seram e deram Iorm1:1 a c!-UI
~•, conslruc;5o re<roccdem para ncs.
:::" ,. conceder, púr um momento. a
liht.tdadc <lc <.• v~>-itar, ~mhora o
1<,ct1l pe.rtençtt, m, rtalid3de, ao
• m3r,

Jntimit..lr1de

Vcge1ayão e.xubcratU~ um recinto.


um pequc~ftO 1ecttngulo de céu, eo
culol' da consirui;OO e m tijolo.
conjugam-u aq11i numa atmosfcnt
de interioridade, ínthm, e cordial. a
u11ta imagem lrruliibordante de
YÍlJtlidade e cttJor luimano.

71

--
Ilusão

Até 11~ora tculo~ vin<lo a cxamitta,·


3S diferentes c:;ite.gorias do
1otio-ambientc. os se\1s HSpectos
c,11<1tivos. e a noçí\Q de
idcn1ificab1li<li\de.. ou Isto. O 11o.sso
~egumlt: é explorar as n:laçõcs tflln:
Jsfo e Aquilo por forma ~ descvbrir
nov~s 1'ituaçõê~ cxpr-::$f.iv15 é novas
tanoções.. O pcirnti(O exemplo que
aprcsentamM. a Hui,;üo, cor'1t-lstc em
!Ímuh)r que hlo é Ac1uilo. Todo!!
sabemos que ~ :;l.lperficic da âguo
cm ,~pouso é pcrfctlamcncc Jllana.
e, no cncantÓ. atrnvés d~ un-uc
t n:idaçio 1mpcrceptf\'cJ da~ pan:des
do c.-oquc (cuja aJluna t,
ge.ra.lmence, vnlfocmc) l!riou-se a
iludo de que o nl\reJ dfl igua csllÍ
inclinodo. htn é Aquilo.

Mctárur1,1

Sem o acrevin1ento da 11u!ão. a


Metãfor:\ a1)enas insinua que Jsto
,1 é A.quiJo , deixando, assim.
grande. mM1e11\ pan; a mgcsir.c,.
j Nos !rês ex.crnplos qur.
apteM:ntamos nc.su: c3pfwh.), as
pos~ibilidiiJ~ do podef' de sui;.eMã1.,
1 oão Sft(J tão amplamente ~xplorl:ldi).~
00010 se desejaria~ mas lni11t11tlu;m
1 pclv menos a ideia dó que as
granadas de m1ilh3IÜ• (figura chi
1 ei::qucn:l.a) dispoSt3S cm v<>lta do
memorittl à gucm,. podcri~un ser
i pU011es; n cnocmc cs1rurunt cireular

1).,
72
11
encarada «uno um Coliseu,
enquadra-sr: perfeitacncntc no
C:$pirllO de 1900, que levava a
prcocupityâ.O de clabott!t e
onlamenttr ao ponto de tom::eher
csh:~ ga.sómcuos em traje de óg0r;
e fl casa~ inglês {em baixo)
poderia perfeitamente ser o '!;eu
c::isteJo. Embora. n.áo sejam pcrfeit<JS
(e pudcri>ut1CM apontt:1r (IUtros ain1lu
mais ba.nais} "'~ exemplu~
constituem. mcs-rnv M.Sl:in1, l111111
liitha de oriii::,uaç:5.o pacl'I u
-<de,g:ilU'cr•.
Por a.hum da prcpuí-1çíi(I dn f·c~tiv:-.1
õf Hrir.ain foi-~ ~dldft 11111a
soluçíto dccor)Jtiv11 pa1·a Whilch111l
Coun. cdiíicio que con(n)utava
direct.amente - embvrn, da
rna~ u opru:ita do Tamisa - ~
zona de ,m,{or mc1Yüocnto do
fes.cival. i\ pane superior d:-..
conslruç.âo t'ot'mava um feixe de
to~. flcch.i~ e espigões. e
lt.lla\13.-!e, na rcalicfo.cle, d::: uin.i
cslrutuftl ,omàntica e hcrâldictt.
Ha'tia que h)rnu,· es~a interpretação
evklentc. o c1oe procurei làur
çok,cand\'J numeroS3S btmclcll'u:,; e
t-st1ncl~e1r.i ()01' entt'C os illtrin<.-1'<k>$
deme.ruos e.to cul'(uuue,lto. e uma
iturni1la~ú.n que dcixavN. m1 c~um a
b3SC (lo c<li llcia: à 1\ohe !\pen~,;~
desu.cava a silhue1n de um:i
estrutura heráldicfl pain,ndo !.Ob1-e n
riv.

73
......__

-
Indício

DclcrminadôS objcclos 18,n a


panicuhtrith:1dê: de su 310 mc:~u\o
tempo e\·ocativos e abiotucamcnre
inconfundíveis. O barco da im3gc:1n
da csquc1tla~ por exemplo, é uma
iofomJaçio sobre a região que aqui
VCtTU)S i:l{>t':ll:S em pane. A
ex ploraçáo de,.u fenómeno tão
L-<lnhecido para lkíinir ou realçar o
c•mí.ct.ct de cada toe.a) pvd~ria ser
leva.dl' rnui,o mai.; longe.

A nin1ismo

AmwE~ d1) atlimismo, tcmvs


ncwamenlc 1\ afir111u~üo de que
18'<> 6 Aquilo. A s ui;•~•io de
q,uc umx portu. ~ um rosto (cm
halxo, à esqut:t<ht) ou, ru~s
dircctú1ne,ue, que um11 jwncb e. uma
boco (cm bui(O, I> direr<a) pode
trnlli;mitir-nos um1t s~n.~ 5o de
osirotnhe.7.a; mas cct1As
manifcst11.çóês: de .lJ'Jimismo, J)O(
se,em inoponunas. eaosam apcmu
(rrit<lÇÚú.

74

----------- - - ----- - -
r l

Omis.s,.:"10 sig.nific:t1.th tt
1

Nc.su i.:ate<1ofiu
o
incluiu\1)/l o.s el'.~ico&
que se vcrifi..::am 11uando ,i;e om;lr. o
objecto significa1ivo, quer porque
is~•> tt::fon;a o seu significado, q1tcr
porqm~ elt: oão C cs1ritamcnle
ntcessârio, pode,1do a sua fun(••
sór desem.P(.nhath1 por unut <tUtr1'
c.:ul:;:.. Nl) exempJo tlc cima, a
parçrlr: dl> C-Wllp31l:'trio da igreja
:;ul,.lõlitul l'I crut, c:1nbora csrn e~c.eja
imr,Hcit3 na siiu[IÇão. ( Note-se
como tt lk.&SC.neia. da cnrz. - cuj a
eltiSlênc.-i111 apcnai M: prcssup<le -
libertou. de c,:r10 1111)do. o esculh)1·
na su11 conoepçelu 111, Cal\'~do.)

Objocto.~ ~plifkati"·os
IU objec1os vul&ul'e~ que se
dcsa"-i.:--.im f,eq ut ntcrr1t::n1e cr,mo
esc-ultur»:; ou cores vivl'!s, pc,r
e xemplo , <lt~viJo ~ sua força
intrínseca. Aqui rcíeri111(H~s mais
ao mobllifü io urbMo, e HCtú.él~
elementos csu,,ll.uai~ que
1,.ieral01entc não St": e videt\d:im a
este ní\'(:l. do que proprü,rncute a
objectos de: produção anislic,. c.·0100
t:.SCu ltur3S . C311RZCS, f(C.

75
''

Uma vez por outca, os edlfkins


(que t'! Tl'l gemi obscrv;ur'I l:iS
con"cnçõc.s, êntcgrnndo-sc na
paisagem tlob a foin1a de
ll:nJuitedurn) apuret en1-11,, s c:(.11110
um~ outr.- fomla de ~rt-e. e na
medidi'.1 em que i:.so acootece,
~1d,1uirein sigt1Hk!ados novos., <1ue já
~ão rc~idos por no\'os padrões. O
farol da fiiura de cima et'gue-.c:e.
isolado, rk;J i,•as1idao d a c-0:,,tu, C(uu
a sua base Bcn Nichotson ~ os
voJume~ i nterpe11etra11te.i; d a
csm11urn !iup:.:rior.

76
Geometria

Tlllltbém a gevrrltlria ~ Hga co1h u


<(UI.! h::,nns vindo • dizer ••O~
(dtimos capírutos. Di?•S4.~--ia que a
imensidão e a otdem Ncwtonhmas
00 céu se faz.em tcntii' na
paisagem~ incutcando,.Jhc 1u1. suu
~a. 3 sua independênci:i e II l>ll:l
wu.«ecidadç. da 111c :s11u1 manefra qut
a entrada. do Dirc-.::ior na m:ilo
cr.uuform;i. u hu,burinho d-.:: urna
elas.~ trc-.::quic1we turbulenta num
siltn-1.: iu ,col\cencrado e atcnw.
A,sjm. ftnnbéo1, 3 cradicion~I
puisogein ingh;~a 1 das áfvores
pc<111c11u, e vHn.s aconchcg~, se
minsfonna i:1H algo de radicalmc:nlt:
dit'e1>tnct. comv res.u.ltado da
gcOlflt!lri.o. que tSIM fuu1orcr1s
sugerem.

77


....- -

SolJr-c-,,osição de u..ço,t
Aiuda 110 funbho dcstt lipo de
rcl~ch,.m411111:11(0, v-eremo& t'lgora que (sto c
Aquilo podem cue.xiscir. De.Mie que se
cc:une\-"OU a levar o plam~~u'lc:::uto u1·bano a
sério. uma daf.: principais diligências Lem
sido .\ do t\loj11rm::nto das pessoas cm
1.:~lls ui~Jadu e com sol, ~itua.das loo,g,.::
da sujidade, du ruído e do mau chcim d11
indUstria. M"'s 11.pc.~ut de nll'l,!uém se opor
seriameote a i, 10. o f'ilc:to é ((UC a
·segregação e o :,.nnamenio continu~,"n •l
rnaticar-sc. pondo cn1 ri.-sco as grandes
unidade,; da 1)Q~ta vid11 SU(;ial. No Wes1
End k>ndrino há cada vez mais cscrilórios
e ,neoos residênci1's e ld ll'<>S, ve1i fica_.s,c:
um\l <:01outação permancn1c de autê11c;cos
eX~n::Hos dl! pessoa~. e um/\ granc.lt

oposição. por p•rte destas. à edif,coç5o de


umo lgrtjt\ ou de ttrn b1tr ná rua onde
mvnml, pOI' causa do 001'.!l.bo. A1I: hi
juristas que ufinnam ser uma viot:i.i;ao dtt
lei permanecer .se: im◄h·~I no~ pa~~eios.
Uma vida M>Ct:!I a. sério. pon;m. net:ilú
com a ft'IICSm11 us-cutolida-de ~ vaot:,~cns
da convlvênciK e •>li :;eu~ incon,•e,1;en.cu
O bala,tço final t'C \'CJa..sc conip~ , .
Este e~boço dó um desca,.•ol,.icncnto
possíveJ pata J3iu,lcs\Jc:, oo Tamisa (~m
cima) constitui um bom c_.eropkt de um..
sol:ircpOsiç~o de U."0$ pela implantação (11:
rc,idêm:ias nmnu :tOJlll dt 0.1:mazé.ns,
enquanto. por outro IMdo, 11:1 dulls irn.igeos
de r-nwça (em baixo) são a slnll:S<.~
pclfcíla dessa Htitude, que considera o
t~,aço exterior <.:omo propritd:u1e de
lodos:: d~~ jogadores de bttults. mJtS
t.imbém do c<11nhoio. quando c,.:e o requisita.

78

11111
Cônltnstes

NI\ óltitna pa1te desta relação &-


exemplos k11tare11~ uk"lslnrr qu:.-: o
01u11do de inter-rel a ~ complexas
que t.emos \indo a descobrir, com il
sua dh-c~<lade d~ c:.ue:gorias.
cJim-.is tunbic11tais, e.~ilM e
matel'iai& de c;onSlruçffo, p::naih: n
crittçi\<.1 de s ilua,;õcs urbanM
e,araordinM1unenre. e:<_pre.s:slv-as
'\!.!. atr,'(,vb. do rcllk-ivm,nneut(l de tôd1H
ess:::s ÍMCU)ce~. Enquanto q11e
~~
-~
11
iute,acção cnl rt: Aqui e AJém
' !; pf\1duzia u1n determinado 1ipo de:
,.
(tnsão cmocin1ta.J, o cootras1c cn1rc:
....,;__ ~ Isto e AquiJo i,:IJ,llla numa formo
i:i~. tlç letL'-H<l. que se uµutifesca a nfvet
IPI ', de codH a eShutm·a cspach-tl, Como
~ vtrã ao lonl:'.o do.s nove páginas
scguioc~s. podi:cfi lrul0.1'-$e de uma
qucs1l'tu de escal::t. (.)is1c.,ryiio.
implantaçih> de lirv0tts ou
public1d.3de: mas o cíciu-. de
contffl5(c l"Cfi:ide sempre na ilusli,(l d e
que. Isco é Aquilo.
N~ fotoa,,·o..fia de Bt11h (em cima) o
conjtinto de edlfleios Vilori11n0s~
Clás..i;ieos o Ciótico!. forma uma
imagcrn tSo natural e anlena como
a de um11 S4la de estar. Nn
fotografia de O,11,rofd (em baixo).
partifüam a mesma rua ú \'tlUO
edifício Ch1redon e um gnrpo de
cnnscruções n'u.>de.uas e de aspc~MJ
b""'""lé domé3'i«>. l'; possível que
em Ingfatena já estejamos
acostmna,-fos a e.ue tipo de
coc1ti·aste, mas se U:plltmos com a
mao, >1lternadamcnrc, I'\ púrtedireita
e a pnrtc c$que,da d1 fiJIUI".
pode.remos ter u.ma noção mais
c hmt do inespcm:k, tlu situação.

79
~na. lmngcm da l:ity exempUfica
delcrrninad<1 tipü de ílul:ncit1 l'Ítmico1.
cntn.: c:diííci,,s. ncsu;: c~.so o
tt.nlltado de uma repetição
»cidental dê âogulo.~. ele1ne11h):-.
horiwnt.ais. escadas. cujo padfão
impõe, momentaneamente, o seu
titmo. Em ooixo à düelta,
verifica- se c,utlumecllc u cou1 n1,rio.
ou seja , a segrc~ação tot'1J de um
edific i<i e llt relõf:ÇiO wm llut t)
rodeiam. Não é 18J"lk> ft ~ par~Qo
ctiada pe!a dis.tãucb que no:i. cllo~a .
f Oâ~ 1) lmn'C:it;1 íon ua.du pc::bs: ru~
circumlantcs: t>c 11J1umas destas
resid ências ci ves.~m :i.1dô
i111planh1dat' nu rt lvHdo, teria sido
possí\'cl cstil;lcfcccr II ligação.
criWldo um stntltnento de
c:o,nuniJu<h: . Eu'! i.:()111rap11rlid11, a
ince,nçlo ~lc um mon umento
antigo na ~scrurura co,uempocl.Ltea
do exemplo de C;uucrbury, ~.
csqucr,ta, resulta bastante feliz.

....
,

l\ escala, ctnto cu, tdmclos com()


tm estrutura--: e 4rvores, é dos
im.ilruinentos pri,1cipab: na a:nc: d.l
Jus1oposiçâo, e já Hnleriom>encc nos
referimos a e.~ meio u pr<>pôsito
Je =ssilo. E,o,la n4o é
dirncnsiu, iuas sim n dimensão que
um cdtfkio rei\•iodica,
im..,liei,amentc, nos 11<1.uos oJhos.
Na gru11dt! majoÔi.l dos usos são
r.ui!>.t~ i11~tpllrii\'ei.s, um ('.tfirtek>
gr.rndc 1cm uma .:scala g.ram,h: e om
pequeno. uma escala pet(ufM . .e
na.$ íruntcin,..1 eJ1tre ambos e nu
tom,a comq 11.s tchv.:iona, que de,,·r.
iot.e,vir a pt liCfa do arquj1...:c..·te'J . Cm
baixo, à direito., o ediflcio do
csçri1ório IJJHll'e.OU• $U 1nais vtt.StO
devido à m:,mipul~.i.u ela: escala.
n,n cima. à c.squcn.J,. a
jus;1~is:ão de dU.'l$ escalas
comp)cum1t:111e dll"erente.~ - sólida
e inaciça a da prtrc.~11t, de: silh&r,
mais modesca► mas nto meno:s
afirmn1iv;1, a d a b;,uaca - pxtc
consldcrar-:se mnu hna Afntese desta
q1u•Hdade. Tanto a p:m~clo 1.:1)1110 a
b3J.TIICV lêm as sua~ esca.fas
pfóprias, ficando , no eJ\IB.nto.
v"k,ri:,,odu pelo focto de serem
vistas c111 i:<>njunto~ o qvc é pndie
torna-se m~.i<ir. o qu.e é pequeno,
m1ti8 1,equcno . Vc:riflCú-..u. Ulnll
s.itu1:1ç.i<1 ~n1dbantc cm n:h1çi\() .o.o
1>rojccto para a~ lmedi.açõcs. iW
catedral <lc Uvorp0ol (em bruxo, •
csi1uerda) em que é p~teute UI.na
j,1staposiyíio entre o doméslia> e n
monumental,

81


r

Um cuao "'p<:cto de c,pcci•I


i,11eruu pa1·a o urWmi~ta 6 a noção
de csc,.h1 cm ,lc:scnhv otl)Uut'>. O
c:aso citado por Ebbc S•dolin ~
Wondertr in /Â}ml,,n) 1 que
transcrevemos, é cxcrcmamcnlc
elocidati.Yú, na mi1lhíl opinião, para
lodos os que se OCllP>llfl c1e nO'vl!S
wt>anizações .. São ~uas as palavras
e o desenho: .. E.:~te pequeno 1>arque
.Dtua..sc mcsrnc.1 à boin1dt.1 Tumls.a.
entre O,elsea Embankment e
Cheyrr-e Walk. E um local
delicioso. çbcio d e árvores velhi\s ~
floodo.-.as, estátuas de personagens
íaum>~~. l}rincux de jordim, um
jardim de pedras,<.~ uma vish,
direcca M)bre um ontigo Jml>
clenomin~tlu Tl1K King's 1-l#rod ,m,f
t:ighr IJ,JII.' Um local, enfim, qu.:
rntl'ect Stf viiitndo, ondt, 0:UildO GO
pruCT iltt L'.Olllefilpluçijn da
naturez.a, disfrutM1os 1ambtm da
oompaohia ogl'~dúve1 da.-. pe~ooas
dt:; Chelsc11. Contudo, se ttuisennOC>
encoJJtr.i-lo no mapa, teremos serias
dificuldade~. Aonde ficará esse
pequeno pan1uc, que não ('iguT11 no
volumosíssimo e. a todos os
resu.nces títulos, mui fidedigno atlas
de Loodn~s, obtH t,n grande. esca.la,
que se estende: ao longo de 131
1Nlgina.<:!? Deveria e.litar neste saio:
PQ\s o Embwnkme,u e~Lá ;u1ui. e
aqui ... ah, cá está ele, um sinal
tniuúsculo, dn iamanho de: uma
cPl.bcçit cio ttlfinclc pe11ucnu. jun10
do canto Inferior c,qucrdo. por
haixo da palavra .. Walk• . A.rtJ1:1ts
um pon10 ti JtSsinM.hu u1T1 pcrquc
intciro ..o
Uma advt1'lê1)Cir. p.1ra os
desmbanisttis.

r ( .. Vtpc11:ndl'I pcir l.oMru,.)


J .. A C11t,e,i;a du Rei e O;to Siuo, ..

82

- --- -·- -- -


Ui.storção

A distórçâo intcn .
por meio do ".1n c1~naJ do escala
unp~ ~ oatttumo
...cto de tHna ,'WVL,,
jol' .,--. ter ú
TUtlú.rtU ou -•- v cnc,a súhihi d·•
· - -• UI,,; um.a ex • "
u1\;.AI. ~nquanto p~nênda
peta rcduçü•, ,roque a dtstorç&o
mhfü1nua. 1 duz um et'e.lto d.a

&3

1
integração de ár~res
fa)lre' os diversos clc:111c:11to~ narurais que
compõem a pai.1=a2iesn urbana • .t iir~ore é,
~ dúvida, o ,fluis frequente, e a n:.htção
entre: âtvores e cicJ1utes lc:,n uma kmga e
rtspci1ávd tradição. A ideia de <,ue, tal
.:~mo os edifícios, >1S Grvo,es eram
vcn.Jádc:iras t!stru1uras. lr.Vltvv V sua
di$posiç~(• ~eguado padrões
arquit.ec<ónicos e à $1.13 inte(pcnc1r~çiio
cv111 o~ e.lemearos c:on:struídn~; ,no.s hoj,c
em tfo• ace-ita-se a árvore por si irle~1n:1,
co1u:ldcran<lo a c.:<,) nu).-uma prese nça vi\'IJ
que hu.bita entre nós. Jsso poss ibilitB
novas rcl~ç{,ci t nhe a nossa arquileelt11'111.
orgãnkit e ti~ eslmtura.,,; n&urals. O
cxtrnplt) de cima mostra o ,·ofwne criado
por um 1.:onjuutn de 4rvores, o qm:• lêm
um significado muilll {.41tK:Ular. como
tod<J;S sabema...; h! um c..vnlru$te entte
t'eeinto e csp;tÇ<t, e.tpa'° este no t(u<d sie
pl)de entrar e uir. A casa, estando
insi:,rid.a nesse C.SP3QO, t1jud1t a ct'ia.r um
"·olu.mc csirutural semelhante «o do
p(wtico ditssko q1ic se v! no esboço.
O par.a1eto entre a folh>tge111 i: M
rendilh.i,.t,h.J.s, nesca imagem do J';.)p.in1ha
(em baixo) t.radui~»e 1lUm .dneronismo
íugK1 que ê notáve) na medicb em que
nos' icnpO<: \JIH etwo!vêmcnro muitO
superior ao norn,111. f-tá todo um campo
de c:$LUd(') a expk>Tar no ,,u~ re.~peltn l1
rexturu o híhi~ de crescimento tias
âtVOfM, pois, ~ c~la$ apresentam
diic:rertçM caractcristjc~s. podeodo sei'
fasrigiada,s uu pendentes, de linhl\S
~métricas- ou curva~, e· de aspccco
lUSlrOW ou avclucl~clo, h:uubént a rua
relação coin oi:: edlficios pode ser
extraordinariarriC:1He expressiva, qu~
cuu\o excensâo do seu CQrl.C.eOdo, quer
como omà deíiniç!o por conuaste.

84

-
I

Neste ê:<empJc\ '1!C<.:~> (em ci1oa), flS


krvores slio o p:-rpel de parede \·ivo
que decon• a vasta geome1rl11. dos
Silo$ de CCfCHi!.,
O óhimo exemplo. tttlvtz o ul3is
co ~. ~nos rropoJt"ian,ado ptlo
d«orador de exteriores. A árVOft
rot coh>c.1d11 ,10 centro da vila
exact.amc:nre ,tQmcsuta fornltt que
om.s j:amt de fkn-es no centro de
uma JUcsa, e pcln mcs111a raz.i1.>:
p0rqu~ t '-'Crde. e fresca e contn•i.ihl.
com a c~n•tut'a perma."lcfltt ouc tt
rodeia. ·

85

1111
~ e.ttreo~e11te agrn.dã,.·cl desenhar
ou supe1ficies brancas
si,bn: poqx:-1
com um hipis bem afo1dv. N1::sh1s
du:;s van:ndos de Chchcnham a
Jf'M.- i~idMdc e: tcve•,.ti do.!. suardo~
cm ícno íorjlldu 1lc.srnc1-N>c' cv111
11i1idc'l, do fuodo branco dns pnredes
e II serpente du huucl',, IIUli~ fome(:
mbUsu.. desliza com o movimento
cfllcímlt: de um .sácirn sob M tdbuu,
rodes e ,,ttfüáritis cio 1tsSc11lu.

.: .~~~~~*:~
,, .
, a
-g
...- .

.
. •
__,.
.

..,_..:.
'.

86
Publícldl<le

A ~ublleldadc l ama 11ues1àc>


c:·un1n,vc~ oo rnt>ndo urbilnfstlco
porqt1c cn•ol ve du1:1s q:uesrõcs
funda.rnentni$: a noç-lo de:
C01n:o;..n. e a ,iu,1icbde cs:pccmca
dc:&&c mc:.io ru J>31n&C'IO wbtna.
P11ra Aqueles quo c:11caram •
at'quilcc1ura como coha sagra1lu, a
íigu1a de ci1na .lSsumc, ccrtamcote ,
as pn:>purç-Oc" de w.n ncrUéiio.
'íod.iv,a, a pul>licid•b: é hoje '""'''°
L"tunn p:ute jott.lV'&ntc d-11 nolla
soc:icc1a.ck, e uão t~m auim
cablmcncu os uspecht'\ morais da
questào. Açchamo I• L'\lmO um
dl!Klv, e: 6 n«ta pcnpccdva q1.&.C 11M
s.orac, " fachada de. cinu.
inteira.mente L-c1hcrtw de cam2cs,
cujo encanto e viv~itl•tlc:
enriq~cn, excraordinruiamt~nte a
rua. t:m bttiÃu sugt,rt•M um
dc,c,,volvim cnto de: QITTCIICI
fUJ'ldlimc:ntalnlffllC noaumo pwr11 n
centro da cidade (,•lccadilly Ci""'·us,
Tin~, Squruc) cm ttuc: o jogo
w.rrc.ahsln de fomuo. Ju1.i:s, e
movimcnro lrammile, 1)3!1 vêm da
mensagem pobrt\.-itG.ria. a tcnU.fio
de que II nnite t de c,pectl!Cutn, de
dive..1lmcn10. Arquhecrura·r NJi,o
potlcdom<1, dispcn,,.-1,, e rer crn
$CU lugkr uma $âbrfa c.strUhlf'a qut
wvissc ~ base panas
Ylri"Çóo•• da publicida& ?

..-..,'<:\
' ~~
.,.. ~\
r, ~ -• :'~:;~~
,i ,v ·1.
(

•.
,
y

A7

-
.,.

lntegra~itu discr~ta
- L e .• :, Jntt~miss.io do hoorncm
na mnure1.1t SC-111 C..l\J..~r exce.ssivn
penurbação. São de: purticufar
iutere.<.se hoje t.m <lia, cm que a1é
0$ k,c.:-..,is moi~ ns,estes do pai!>
estão a ser lnvudid<n, pela
CfütSl1'uçãoi as duas focognfw que
apresentamos~ e que ajudr;im a
.sublinhar as dif"-"uhhulei inet'e,ne:s a
c~ln questão. A imnACm da cosut du
Córscp, c:10 c-im.:i, é notável na
1nedk11 em que as constru!i=fte!=. st:
i~,em pelfeicamcntc ntt i.1111(1.sfcra
agreste ,t., poisogein Jtél3 fonna
compacta como cstiio dispos1a1 e:
peli1 s ua l()caHz.ação periROsa,
mesmo 1t bcin, dos penl~1.co.14. ~é
estivessem uma centena de ,ru:1rus
mais .a1ri~, tudo est3fia perdido:
ccriamos t1pc;n~~ 0111 suhúthio
p,-etencioso e imp,crtigado (o r11,c se
nos afigura ~r ju~tamente o cao de
algllma.s ccntrnii nucleares: em fo~t:
de construção nos kx.ai.s mais
i~oluda>~ do pai~).

Nu c,.1u:t1t1llo de baixo es1á implíci1a


uma pequena aclvc:rlêuciu aos
JXl:l.,agJstas: eis um bMco p(1blico
(cm Bid~c<in Hill) que nào o-ansmire
de mudo algum a irlef» de que o
~oto está ocupado oo digerido ix;Ja
Cll,nnra local. Um b.'lnco. que
quftlquer v(11janlc p()dí.- rer déixad<•
fie., p.'lnl tnís.

88

-
A TRADIÇ,\0 PUNCJONALISTA
A quarta e l•ILima sccçáo de.i;:13 reJ~ao
ele exemplos rcfc.-re-~ não umto i,s
v!t'ln~ jogada.$ possíveis, como tis
qualidade..-. i.utrl0$?'CaS das coisos -
cons1nlÇOc$, pontes, pavimcnu,s,
lelltrn'ng. 1t01mcno~:1, etc .• qu<.: r.111
coojumo consdcuc:11t o aml.,i~nte
CQQSUllldo.
Vamn.i;: té11la1' ell.l)llc:nr melhor. V1nnoo
supor que cstain(l.S 111.1m .. pub.. londrino
que encerra às 2.3 h<.m1:;. A ocna altu..--a
o dono anuncia • Últi m~ rvdoda .. . e,
potu,.:o dep<ii5, .,\•.amoi fech.ar:• . NcJtc
momento, po.forá pegnr on P3no l.Vlll
que esteve a Jimpar os cc,pos: toda a
noilc, e este,ldê--lo sob,e M tomci,·as
da máquina de ce~ja- ~ escc tipu de
"~sto que melhor repin:-scu1.i n tradlçâ<J
fon1.:iumdi~. é inequívoco, cor1ci~o. e
reveta uma pmfond-a economia de
rneios: co.kx;:ar s,,tin: o 1,alc:io um
cana~ com as palavr.t.s «Desculpe.
dems sh,do IAfde,. seria rcco~1' 11 uma
,-oluçto prcu.:nciú~a, ambísua e
c;ompllcadn, /\ l r.t.<.liçito íun.cioo.alisra.
pelo conu1Jriú, esu\ 1ml:iufd.u de urna
ci:na oscCicitt JX>pula1.

E.struturH
Attui, tudo o que é intrim;eco às
coisas. íalA por ~i. Na pcqm:ua pottte
~ bre o Tamha. 1t relação i:ntrc o~
ingu1os é inceirrtml~nli:: convinccncc. e:
signiíic.lltiv.:as p lacas <.lc 111etaJ
destacam~se pi,Hadas • ni:-tro. Ol1ci.nas
como as dti figura da esquerda.. qoe 5ie.
cv11stroem desde: o Séc. XVrJI ,
rc\'chuo hem a lcgiti111idiadc da
tradiçio. O con.ftonlo de.'ôu~s excmplus
com o tla ponte grm:xeira e })e:'iado da
l'íp.. acima, de.çtioa-.sc a uccflt\lac l'>/i
~~pei::tos de singeleza. vigor e pn:t:i:,;n(J
dtss-. 1.rJ-diç-ão.

89


,.
Guard~s
As g,uacdas sãt) utiUiadas, antes
de mais e f\Jtldan1entaJmcnk, como
av,sos. visua!s Lvlocados em s(tios
p<,1\1:1,cialmcntc pcrigQSú1', e só em
segundo lusat como barreiras
fü.ic3S propri~uteucc dita&: na
rca.lid.xle. OJ mci<Js 1)1:tis 1:imples
slo sufteic1ne..1 pal'tl transrnilit css,e
aviso. A g1n1rd11 cu\ l'e,,o desta
1)1.xtUé-'1 ponte (cm L:i111a) apenas ~e
nu-,11ém enq11t1nu,1 a cootiouldadc d»
margem o jtlStiíicu , e ttão t mt\i~
que uo1a simplissima t:strutúl'A . As
guard~~ 11\etUica.i; dt\.s quatro
focopru'ias <la esque1da são
1lclicadas Hnhas traçadm:; ú() lone,o
dos pontos de inaial' perigo; não
si,cl como
as barreir-ts p1-etencfosa1>
e ~.is, da.o:; fotografias di
direita, que estão totaJrncntc à
ina,g_em da tr,1c1diçá<1.

90

-
I

Gradeamento~

O o~fcctivú d1.11n gradeameJltO é


de.limitar a propriediltle, exdui ndo
dela pcsso~i.$ e ~nimais indescjâvcis.
A cerca de csw..:as, com oi:: seu~
topo:; p<ultfagudos e Q i\~pecto
aprum~1du -1.1u~ restJha do conu-astc
enirc o preto e o branco é, talve.í':., a
mais ,rntiga. forma de v~da~ão. não
deb:;>ndu, porém, ti.e .Sêr das mais
eficuics. 6m baixo. à csqot:rdtJ.
lemos o exemplo duma barccirn
compõsitil,,. consticulchl pul' hfocos.
de pedra 1naciços, que são o
suficiente p:lra servir de aviso ao
tráfego . uttidos pú1' sim11fes
Cút1'eo~;;. qué ::.::: destinam a alcrw.r
o peão dfatraído. fato são exemplos
de medidas directa~ e pníti<.:w; <[Ur: é
pú$Síi,•el l<Ht'lar 11c:1n:1 evitar ~d<lt:n1cs
e q1.1c nadtt 1êm a ver com a guarda
+ -
.-
. . . . . . . . .. . . . .
- ,. 1cbuscada e pomposa da figul'.:,
>1haix.<t.

f~El;~~i:?~~;-~-<--~i-':\;{~i',,?_.:;pi~~~s.~.

91
Oe~raus
ra,a ""ludi::s. <111c rcgn..:ssl'm do ma,
cm llias th: 1cmpcst.1dc, C$1C5
dcznus surgirão. 111\'l\1~velme,11c.
como un, 1101'h) de ul, nuv. nm Cótlo
" Cll$iU, ~ que.~ aqui vcmor. d5o-no5,
no seu conteXLO, utno. Ideia lm.stau1c
clara d3 qualida,lc •111~ esuunos il
tcnlítr iso~\r. A5 fotografias do
fundo fflMlmm dô1S a~p~CIC.1~
dislinl~ de um~ mcsl'11a conscruç;~o
(cm que o dircc10 - à esque1'd>1 -
e o supêtfluo - ~ dirr.ica, ::;ãc.1
Oló$1rat.lus liuto o lado} (ver tamliém
ln1c.~ração Discret.l).

92


!

A orm1mcnluçti-.1 1rn c1)nstrução


t'CC'On''efrequentcmcocc à pincu.ra a
prc::to ~ hruuco, 11rocesso que pura
1tlém d" ~\•~ funçíto pcópriw ~'Qnforc
ôs csti.·uttlíl'IS m:.tis nlridcz e um
af.()e<::U\ (e111aLado.
l sw '-'triíicll 5C sobn:tmlo ,1uum1o o
facror seguran('a tem umtt
ifllfX')ftânela Cl!f'ilaJ. como. por
,cxcutpk>, n(M, pork,~ ,,u u;-. ost rJda.
l:'.ste pom,onor do pono ,1c Lym,,
Regis mostra.nos a uciHzaçAo de
pl'lcc<les 1,r...n-t.'l\s c<,11111) r<.1r(11u de
sioa.lizaçã-o. A vivad<ladc e 1tk~&ri11
do pceto e bca.nco e~tti bem pa1en1e
na pr.t(Ut:mt l1;1;rr,1cu dê: pr;"Ji~ 11a
figura inferior. Na figurJt do n,eio.
o--. dois grosi;eiros quadrados
110 muro ruocio,uun
ciji;,dos
U'l.mbém oomo sin:d , e R .sua
geometl'ia, embora incipieore.
k~vtM'l(JS a cvm.:luit qut" C$tio .ali
.:om um fim determinado e não PN
me1'ô aca.~o.

93
Te~ura

Um oú:1\t 10 cxc~,;~ivo tJc


:u-quitcccos t.tm anch,do dcmBSiado
ocupado, oos Caltimos pm')!l. com ús
proj,~coos em gn111de ~sub -
pJanos clirectorcs, p1.ainoo nacivnais.
plaoos côsmicús. ccc •• excluindo.
muita:, vetes m i1lte.ftss,c~ de
àmbilo local e parllcúlil(. Em
co•1&equêncfa diRlo , o srqui<ecto
comcçlJll a pcnfo·r a cap::1ci1luclc dr.
vet diccc1t11n.e1lte (as coisas) pois
~peuas (a.,) YC: ,ntlHalml~nle. t:n1
muítos ltsptCtos é c<.11110 uma
cri11.o~a. que a(IÓS O pc."l'ÍodO ÍnicfaJ
de pnrtt•· desinibido que lhe
ptoporciom1 a erpcriéoCla v,sual
dircc1a, vl o seu in1e1'CSs.c! vi.suar
atrofü1.do ptJa soa preocupaçã<.1 do
;tpreodcr ((IU 11eja. pela Sl,,lôl
crc,scencc Cl'IJ'llic-idadc iotc:lectual)
com deitos dcs11SC1'0SOS psni 1M 5-uas
capacillti.tles cti.uiv:t:i. A
cvn:-:.ciê.i:1cia d1J$ aspect~ 1éc11ico,
i,>csa gr.u1demc01e 6'0hre o
~,rqujtccto, cuja noção de:
rospuo:::abilklwk, 1JOd.: assumi, a
di mcns~o e as c~ructertsticas de:
úOla in'lposição em vez de funcionar
corrlô um c.slhllula!m:, l.h11;)
arquiteetura vcnh.deiramente
cittH'essi\'P e viril só poderá
tlore~ce, quam(o, mi pri1ic:u, o~
impcndivos de vn1etn .social St:
coojugarc 111 com a ~ li$fação
~ oal. com o p<azcr .su.si.: itado
pelo ptóp,io proceSSfl crlachv, para


a1€m 1h, considt:rnção elo objcclivo
em vista. Não hâ qualquer m..:iti\'O
ptil':l que. e..-.sa alegria espo111â11t:i-\
scjf! üdti cc,,oú pemitios>i. já <ruc
sem o prazer sensual a prática da
arquitêetura degenera
incvi1avclmt.:11h: riunl a rQtiníl .sc:m
sentido. ou, quando mt1üo, num
exercício de roer.a agiJidade
inle)cctual. Nesta p:;rspc:i.:tiva. os
cxcmploi de texturas que
apres.eoLJur1()~ surgem~uos romo um
estítnulo a descobrir o p1-mon11m1
quotidiano.

,.
: : ... : . -'.'\ , _., L ellering

A 1)aJtir do 1ll(11"nen10 cm que o


pregoeiro deixou de .-.e maoife.fü1r
orahnence t'las cidádes, e p:•.ssou a
1Hfüz1-1r cllrl~zc.s que todos podiam
ler., nu nca mais os ripo.:; de leira
pararam de se mul1iplici,r1 quer cm
qmmlirl;ult!, ((t1t:r i::m variedade.
Não há, por assim di2e1·, om 6oiw
metro da paisageo urbáruJ em qur.
nà<J 8e vt:ju o nome <lc uma casa,
uma tabutera. um l etl'eil'o de
êSl1'tl.dil, Utn pluc:ard p ublii::i1liriu,
uTO painel p ara afixação de
cartazes. uma placa indicando o
ttajeclO dos autocarms, ou o m:um::
de uurn rua. Os tipos tlc letra mais
funcionais são os que , através de
um espaçamento ~dequado dos
c~mu::kre:;, 1ransr11ik~m chuurncntc
as suits indicações à distância a que
se pretende que .~ejam lidas. l'odecá
trfJtaJ'-;Ç;t: de um tipo gr(1:;S<"1, preto e
bem destaca<lo ou, altcmmivi.tmcntc
grosso e br~nco, sob1-e fundo n-egro:
ou podetA $1:r tuh tipo esguiú leve e·
bem <leHm::,ado, si:: it indica~:fü.> a
uansmitir for secundária C(TI reJaçã<.l
à do mai~ encorpado. Muitos
cariai.e~ de. teatro novecentist~
exibem esl~:; lipús, que acê à da1a,
não p~ucccm ler ~itlt) ultràpt1$$1t1fos.
De um modo gcraJ podem
cun8idêrfJ1•-s.e como modelos de
imitação rru1ito !õuperiores aos
contemporA11<:0S ê uirtdu h<1jr. hã
uma enorme Vflri.cd~dc desses tipos
~mrigo~. uli!izados prineipaJrnemt

95
pelos Jeiloeirvs, autoridi.ti.lc!>
porluiirias -e pintores de montras e.
cabulclN. ~m cootr;>~IA'! com a
selecção de indicativo~ robustos e
11iri~ das ti2,utas do csqucrth1 e
pá,ain~ ~n1c:ri<,r, M doiJ: exemplo!,
da dlrtit3 <:On t lituc m CJl,;1(.;fHIIIC.nl c ,.
º"""'º· o tipo ~e letra bllSIOMdO
que se "{: nv 11vi~o ê qut hoje ecn
di3 se udliza com <lcmt~si»t1H
írtquência. é de um funcionalh mo
in.scnsível, e moslr.i-~e tmalmeok
despersoní.lhzado e dcspro"i'1o da
.rubus~ez do exemrilo da página
anterior. As letni1> cfa l oj& de
moda.li. por sna vez, apresentam-se
dcfomulda~ e debililadis. e ignoram
o impcnuivo primordial da
h:gihiUdade .

~,..

'"
1
. ;(~
' ..~.'·. . .
.
.:,. :..::.::.. "'

MEN
W ORKI NC .
OVERH EA.ó_;

96


ClarC'II

Acé mC'i•M os pormenores mo.l,


imia,rufi.can1es, na rua ou no CIPl(O
públlO(I, dc,,c,n em, lntcsra,lo, ,u
paÍSlllOIU wb1nw "°
dcseLnpcnhatem l'S M12t funções
indhiduo.fs. Este bancg <:irculu ou
• ch•P• ondulada do canteiro (ÍOO>
in...,lalltltl<flle at.ú<O) '3o .,-,,bos
,eprncncuivos da Vlll•
complexidade de pormcnvr que se
nv~ dep11r11 nos j1uúi,u e h•rgoJ
pilblk~ t qu~ é frcqocn~ dt.signar
por orM.rnental. Sdecciooá1noc.
Q.(e.s dois c.r.emp)us 1,ela fonu~
adc11u1d.a oon"1 e.vitMJO etJa
des.i1n11\1,o . pn1J)C')rcioni.-ndo 1
~1muttanc11 ,nen1c. r •tmprc di::ntnl
do ruucionai..l~ um c nrlquecJmcnh,
ntUJIO ~uptt')CX". E.oue muitas
{OOIIU) OOl\$0'\J~ possivei.c., e.5US
s1nitMdos p úblicos pM~Cem ~nllr
a cxprc:A~ividad~ do vigur
runciOMI. O.s doi; u cmpl<,~ d 3
di-rc.1ta denu)ll..,c;tram hem o qut:
aconl«t quanJo se. pcfdc essa
darczi- de p,copó~ito •


r A rmt

A sinoJiz.ação Jlas ru~~ i!eve Ser


claru por forma a transmi1 ir de
imcdhmJ um:t indicação inoquíVUta
As letra.s bnmc1:1s plnlàda.c.
direc:hJfue,ue $Obre a supc:rficic ,.fas
virtS, pui. •létu de •~
n:pre.setuattm qnikfnt'.r ohsc.á.::1110.
siluam eftellvomente a S\lt'l
measag,cm TI<J k1cul de mais fácil
leitura. A.~ vlM a propri(!Uhse ík.st=
modo, dll pl't:U'I e branco nã.utico.
Os pilones, semáforos e caodeerf06
são os elemet1lOS vcnicais mais

--
.

-
.-!li. : ,
~...,'-
,:: .
•"
,.,

frequentes nas estrodC\S. O seu


grande o61ne,o pôe exii;Enci:1.s de
simplic:ida.de t: clareza,
justiíx:M<lo~sc , assim. que a
1lmbologia da e~rr.ado Se 1cnh11
in~pirjtilc.1 Uiu largamente nt tradição
nát11kn do preto e bl'.'.lltco. Nlih
deve ser difícil se-p..e.rar o lrigo ilo
joio (lig:11rMs da dio::ila. poc
excmpto) ao k>ngo dest~ J)tígl1l1l.

98


!
''

a y:':tceta r,clvwJa; r.::chadli

ESTUDOS GERAIS: l'Ki\CETAS l'ARA TODOS OS GOSTOS


As praretas {pri\.·adas), c:1l\ tempos )i)Caí de
privilé~k,, tomaram-se depois <h, guerra, cm '-(li.e
os seus gra1lc:am~nto::- meuí.licos foninl 1ecicnctos,
cspu~:o~ ptiblicos. (la:o é ~intdo dum truhalho
escrho cm J947 )
é pooc:o pr0vá~l. e de ,esto indcSt:jh·el. que:
rcgres.,;em todus à sua anu:rio,· fun(io, r;)as n5o
foram p<1r enquan10 t=nu1tciadas J)f'Of,Ostn., dr:(ioiti ..
va.<: no .scnlido de as 1Ml•1:Jt.ar ás ntcc.\.c;idadcs cio
t11t1a sociedade 1rans.fortnl\liu. Estas píigi11.as dc-
rnonsant,n, com o auxílio de i~)(c:inp1os c5,-0Jhidos
cm Londres, ulguma.s 1ulaJ1taçõcs pcustvcis dcshu
pr11ccta.<: de m()(lu a 1>odcrcm cootribuit 1niro a vida
tal como ela é llCtualmenlt n:u tid.?dcs ingle~a.oe;, As
pracet35 cspcdticas qw:. são tQmàdas como cxem-
pk, são simbófü:as e us~cl.t~ unka1oence pa.ra t'fci-
C05 c:xcnlplificativos. O Jlos~o objccti\tO !Cr.\ o de.~
chegftf " um:i mc:1odologia. u,1i\~I. Otix.en10.s
da(o, no cntfmto, que não propomos aht,m•!i1es 1lOS
ca~o11 em. qoc:~ logo ~ pa.ctid{(, cootinua a c.K.iS:tir
uma con.~nâ.ncia tnrre futlção e unidade arquitçe-
tó.nica A~sim, e: quando a praceta otao~m um

99

1
,,.
J,

.:-:-:
<·•:;
~::.?."•;'
,.._.,;.
,,;;;,,,
·"~:.
:,é
•..


...

car.íctcr rredominantcmcn1c residencial. po<lc:r~ no cn1an((), a progrcssivu t1~swr,u"&imeruo da,;


bem guan.tnr o ~o carácter scmipri\lado, delimJ. soas cantcl(';rlStica.~. Se Mayfalc é um local qaro e
tada t ptOC:Cgida pcfQS habituais gn.de1::1nlt:ftto1.. c::xclusivo. onrão Gtusvenor Squate 3J13reoe-nos
A dt:riva~ão em relação 11 praceta fcchat.la ê. u definidt) no ACU renasocok Cllrklcr púhlioo. A
j'Jf2'CCttl semipriv-'da de C3!áclcr nuüs abetto {sem presença d1t Embaixada Americana e, dunmte »
i ra<1eamenro) e pro1egida apenQS pçk> cecur1.o à guerra, do qúancl 1cnentl n1ó•,eJ da~ tl'opas amcri-
Jocalii 11ç.to criteriosa <lc íaixa..< vcsc1ais, ou de can;.c,s ein I.ng.ta1erra. k vou as au1c,1ricfadc11.:: munici-
desníveis no p1.vimen.m. Em t»tirrn, relativamente pais a crgucrt:m wn monumento ao pn:sidc::ntc:
trcJoquiJos, cslc &é,nen> de pncct~i n!\o nec~is.ita R~veh,. projccto que tem conrado oom um
gcr.llment.e d~ OUIIOS sistemas de protccção. i:: esta i\Jupiu o.poio da população. Pon1uc nRO Ílt.f.f!r dê
imunkl&d:c podo r.nCõl'aj:lf a cxpcriêucia.~ a a{;•çl de Grosvcnor S<1ut:irc Unl verdadeiro rccan<o ;,,m1eri--
útsenho urbano . n1-1 pn,cura de soh1p()cs meoos canô'1 )Ião tanto a América no trivial, a que os
ftQl(}ém icas. curopc:1.1$ se habiru.aram; o demento de 1'1:íerêucia
Po.;;lcrcmos ~mbicio11af. uma fonnu dt org-o.njza. seria prcft"Tcnciat,nem~ a 5. 11 ncnkla, e nlu a
çBo da cidade, que co11div.a a uma •li.strihuição Broadway . A melhor comida americana. cincm..,
mui~ equitati\•a de priviJég.M, o que cm termo:,: de qualidade. \'.:Unes e fontc:s (rous n';\o máqu.inas de
l•rb~nísti~os. se traduziria cm prnc~tas arborizadas bebidas). Em ocasiões especiais a Embaixada
e reservadas ,-pçna,s-"º tcll,ulCo local. Amefi.ean3. poderia orguni1.ar gu..rthn panie1 no
Enquanto a praceta cosmop<)lha é um loca) que l_.rg;o. U1n recanto de Lon<ln:.s <1uc seria ;um::ric1:1n<1,
nãu deve ptrtettcer em exclw ivo -11.t.1~ p<u>cos que tanto p1u~ o~ Jrnhitantes de LondJ'c-1, como para os
b3.bitnm o:i: prétlios ..:irêundnntes.. tal oão impl.Ca, próprios amcrit:aOQS.

JOO


a p,Meta pübli..::11
101

L _ __


.....

O Lcicesce.1 Squa~ aitoc1;ntista seria virrual-


me.nie hnp<l$6Í\'e1 de rcconcltlor com o seu aclu:1.l
aspr.-:cro. urna scJvt1 ruido.,a de 1ritn~j1u, semáforos.
publicidade e catlà;r,e.~ grit:inlcs. As tCJ\lativas que
i;;e ~-ar.uo antes- d~ guerra no s~ntido de o
p~vr como jardim vedadõ, e1oln)rJ1. prov~ ~
louvável boa voncade e dc:1en11inaç!o da.s aut~.
eles.. l"t:dunduram sempre num fraca,:,;o. Aca.lxlvw
pur gerar uma semaçâú d::pritncntc de. impedi
n,ento, o idci.t de 11ur: se inibiam as Jlt~<h)13 JJOr
mutivos cm1.dos. Seria bem melhor ub«cr a. no~·!o
de c,paço e à-vontude eliminando n. vedaçSo e
pavimtfll1i11do o loc:•1 na sua loçalidade. Cx iii-lc u111
numero suílcienlC dcça.féJ cm volta da 1nooefn p:l.lu
e.ue es1uço pôdê-r ser 11provc:iUtdo com e.,;pla1latfas,
U f1~am:ir11 fncnccs.a. e todos cotnrldos suspensos

102

-
.'

a pr.-.:eta qU:Mr•neutar: pruc.:c:tu munlcip:-1

entre fl!) r.,vo,es poderiftm ,.,.,-Se&unar p,ocuçao da


cb,1va. e du.s píis~~.nos. O que nos ptm:1."é mllico
iôlporuntt , no cnt1nto. é 4ue: o urbal'Ustn compn~~
<:nd"' ~ m,:cirlirox>. do coc:INU \tisw.l que est~
desta D3Uln:t.a )io ~ V t : I S de ucrcc.r. r.ntharJ
veja 3 Up<tss.lo c.scõcia.:a du taberna, nlo t segvnt..
mcncc ra,tAo ~ufieien10 para Jl,c vinir us cosw.
üw acrh·id~ule,. pi.nl ,nefhor ou p1m, r,ioc- , ra1.em
p:at1e. in1e.irancc da vidH utb~na. e como 1al 1.ê1n
uma l.'Qlltrihuiçúo importante a dai. pua o cnriqoc•
clmtlllOdo PJ.l5llf:"II
Nwna poütica de a.nn.JO de esi>aços pllbliL'<>.J
que ~ ()r't:teada comp1ct•, deverá hiJver IUS,!lJ' para
tudo. induiudo 3S mMifc1tações de pun> 11H')1H1.-
roet111-Huno As cnnitn1çõci existe.sues, e a, por
po,,tu, ~ q••o C\l1uro c,uãctu de Ruucl
Sqvare: ,1c~m sec ..s:im1,11'4ne:amcnic mon:UMrMl.31 ie
à ,esca.la 1h1 cidade. Os ~hrtclo5 qoc o cnquRdn.rn
são Írftnt,mlet1te mulçoi e nMJQumeota1:.,: U)nd01\
Univc~l1y. os h<,léis lmpcri•l e Ru~t1ell. e blocos
mais rcccnt.u ck cscrirorios, Omlc t:Ãi1.ca u1na

103

-
.,,.

: 1
1

mudança c.fi:>c:~rnfvd na udliZ3.ção e carácter dos cqni,·~ it di-it:r que 110 e n<:onlm enlrc um l:\xi e:
limites do Jargo parece ru.oúvel sugeril' llllhl 1111~ um peão, o táxi não se meterá à frente do peão. A
ração geoeraJil,ílda de carácter de modo a recuperar tentaú\-a de pce..:;efva1· algun~ metJ'O!. quad.tad0$ de
a iutensidllde que um tt.ãn.sito de extrema de.usidade zonas pretcns.:trnenlt': ven·lc:;, se1.:as e chc-..ias de
pode produzir. Ou seja. o mo,tulllt:111àlisrm.> deverá gatos. em largos pliblicos de menores dimeruôes.
invadir aquele ~~ cvm os seus n,.-cursos à não vale com certei.a a pe11a. Parece 1t\ai.,ç compcn..
geou1etria e a sistrnn•s axfais, a fontes, bancos e sadot p.avirm.,"TI1ar h,1<1-t -'l zonil.. corno oo c::aso de
escultur.-\S, e assim ptoduzir um efeito cosmopolita Tcmplc Coum , o que sublinh:irâ a atmosfera local
cfa.n.> e i:ndlsc;utlvel. e a pmpciedade aos peõe.<õ; J:ealç-arii iguabnentc u
6ecco de ,,uc cs1es h1rgos se hJrna.ram propriedades
Com :a tt<'Hl,tAAWIÇ5o do trio.sito e 3 fragmenta• de lodos. A pmccta pública rcprcs,cnta o wpo--ieou
c;»o d.a t:idl!ldc em unidode8 t'u1lcio1u:ii~ idi:.ntiíicá- pQd.rio neuti:o que variará de 300rdo com as coodi•
vci,;, o movimtnto de vckulo$ om. cA<.lll z.ona ç{ic.., do loe:.111. Pode1·, t Sct a c~.ala da. cidudt: Lvrno
Jimil&r-se~ t,quelc.s (tuc de fae,o se justifica que llí no e~ 1Jc R~•$$CIJ Sqvaro, (~xdu5iva como em
estejam, elimin11ndo-sc, em icande 11arte, c,s Ouxos Oro$venor Squa1'e, popular como Uicc.stcr
de :m~\>e.~11tl1ccuo. Ainda a~1\im. cm, determin11.dos Squan:, <1u liMScgo.du e l«al co,no ncSlc c:-.cmplo
latb,'Os. clcvcrã ser dada pri1,ricl11dr. i,o peão- o que de Manchc.icr Squ,m:,

104

-
rONTOFOCAL re\IDI.. Ero tfnh1s >JS é1loca.s i.:01n ex.cepção da nOf.sa.
é isco • O P<.whry Cro.ss em Silishc.ny. que Vêu1us
/\ noção de c.1<:h1dc..:omu um l ocul de reu11iiio, de nu it1;:ur11 2 , e em figuras na.~ p5ginas seguin1r..s,
eootaetiJ ,;ocl.o.l, de pooto de cnconuo, foi u::,,umi1lH scrvc,nos como ex.ernplo do tipo de processos que.
como inconlruvcr.:;;1 uuavés da Jtisc6ria da DOsJa nos nosso, tem~. podem p(lr em perigo os
d vilização atê ao s~c:ulu XX. r:.ss• reunir.e, podt:tia u.ad ickrnai~ l,K;l(,b (lc reunião.
surgir tanh) no t'onun de Pompeia como à voltrt <.l v A ob~crv-.ção sua,ece que um ubjecto fixo pode
pclofüinho. sttn rH, cnlibllo perde< o seu car~etcr atrair objcccos mõveis: na figura 1. cm MioeJ1~d ,
1le rinial prõprio do honu:m; trab1va-se sitnult.a• Soruetse1. a, él'VOl'C:;. ;ifn1íram pi\r.1 Junto de lÍ uma
ncAineote de um ritoe.dt um dircho. 1 Nem sequer, ba.U:.nça e umu ph1(;a gravada. Toma $e óbvio que
de uma, ma:neir.( gcr»l, se 10,·,,ava Hecessátio expJi. os moüvo.s clc&ta (Ji,sposiçúo se enoon1nm nv de•
e.ar .se 0$ mOÔ\'OS dc.s.sa rcuniãu 1:-n.un litúrgicos ou sejode serarrumodoe de oãoocupa~paços livre&
prôfaoos. O homem ê grea4rio e é ni;.tural que se coo• objccto~ isaladn"' sobre os qnajs as riessoa~
~ . {bnch a ritc .inda ri&.)11, oo origin!tl). poderiam tropt.":çttr.
=- r·-
-
~ ,~-.i't'=--
<i'
...... . . ....
-
, \ .
"l.l
hl"
~ :.. rtr. ,~~ ~ ~~.. tt·
::. ~ ~
.,.

1 ~: -:

105

L
4

No encanto. o objectn mais móvel-numa cidade e pos, oo,no se. vê u.a tig. 3 da p;tg. antcriur. ,em
o ser hu,no.no e, por razoes possivel,nente diíen:n- Orvicta. ]ltllia. l'ocquc u l1omemé 1rcg<írio. mas p~1ta.
~s, ele própriú necer.sita de poder ancoral'-..'>e nl\S <> ser cotalm1:nle neccsslt.\ do pro1cx10. Jo incidente
vúrias 3Clivkll'ldcs c,;&erio<es. cvu\ecciais, n:crear.i- ou tfwna âncorn. No ~ de l•111a kf\iorç, pcxlc=r-.se-ia
va.i e ,S(l,Ciois. Pr~--cr unicrunen1c çspai;os Uv~ de diur q,,e da providencia oombra e ahri~o. e no ca'S()
modo a ttue est;s activich1<les possam siirlple.smcnte ô:- um merc:ado coberto, p<tdet-~-ia dizer o 1ne.,;mo.
exlstix não é e111 sl $Uticientc. Q -<:;;.Jlaço u. .-re C'ómo No entanto a âncora é mais cio que uma atrncçào
d emtnto duma l:it!Yde é e..,sencial. nl.:is neccssih, Utlicarnc:nrc de cill3ch:r utilitário. Por construtão é
u•mbém de ser povoado c1)m objcctos de modo k imóvet, e k1go, por uadiçào de U.\O, H.m,x .St' num
JIC~mir os n uxos dissociados de pessoM cm gru- ponto de enconm, por todos • L-c(lê.

106

-
O 'Poullry Cros.s é um1 cçnstru-ção intc rt.% mRie,
e tM'lbem basf;m1e ru,tiga., e dadas em1s duas
catact.ufsticas:, a feliz relaçl:ío entre phmet:i e nlé-
• füç. crilrc r.nc:ora e pcs.sou , encontfa-se cm ~n,udt:
periEO- O proc.:csSt) é o .sc&uintc: c..da VC% mais
tfânsita é. forçado l'ltnn<~ dn vias e os t~paços
livres ~uo ..:obiçados. pelo.., tngcolieiros. Pt:rmu.t
ii:to apl~rccht:111« de Pooltry Cross, figu1-a 5, e 110
p1-ecioso pusciu que u envolve . A única raiUo que
o~ impede de confi.sçi,ircnl imcc.lit1L1unentc esse
espaço é .l ôbstinnda constm~:iíh, que ~ descobre
).Cr uma valio.sR p~a orquHeccónic1t, e que se deve
pcolcger. Ê enrão vcchula.. fig-ul'3 6. cl o trãnsêto
:.prox.ima-:;e. L>ivorciac..111 ~gorc1 d11 :sua íullçâo,
Hguarda a.pcn:..s a Jua retirada fini-11(1Bf4 um putque
pí,blk:,,: eoquantn que nas cid:;dcs NS multid0i:.i;
circulam~ <t trânsito 1u,1111i:.11ta um pouco <1c "eloci-
chtdc, e mais uma füthl <I» cütsd.e do p;io é
:.manc1tda, figura ? . e ma.b uma ~ se pccde um.a
âl\cora n11111 e~paço u~n:. reJizmentc n11<1.t d if.:to
aconte:ceu ainda em Salisbury, mas podcrâ o;o
tard11r.

6
7

O Poult,y Cross eJT• Sali~bucy vem iJLl.!-1ru.c esta


opinião tmh1. vez que, co,nn i,;e pode vcófic,u· na
figura 4, u bimcai. do merca<.to. 11100tad:ts à :wa
somhra, t.êro os scn.s próprios toldos~ t1iio i·ecor-
rem l'IO c:diJlcio ·em si pu~ 111otecção contrh as
elementos. Rcc()t1em sim, M suo imobilid11elc ..,
.segurança, DO mci,u da maré de mi nsi10 e cr:u,.
5CUQ1çs-.

l07

l
·P

A noção <k delimita,ão 1 C<lnlO é indic~Wt na


página 49, di~tinguc-se do. ttoçio de rei.:.into, página
'l7, comr.n 1}111do .. percurso .. com ,chegada... A..
o<Jção de dcJlmitHção COITCSpOTKlc A divhio do
sistemo do cld3dc lioeur(rua,, passagens, t i-:".) c:m
JlOrções cocn:nr.e...-ç e vhmah1u:11te comprccnsívcjs,
retendo-se no c;nhmto, 3 noçll\o de percu.f~. Um
,ecinfo. pf)(' ou1ro lado. t:v11~ tn um mu.oôo pruprio.
íutimo. virado pm-a si próprio, csil\Úco e au!o.-.!ufi.
cknte.
Assim, uào !.t prucock que a noção <.lc esp:1ço
cl~limicado c.sr~ja associada au l'él\\atal' de uma
pcn;pcctiva. como nv ca.";O de Bm:k.ingh,un Palacc
:,o fundo do Mall. Por aqui o senrJdo de pcrouso e
de t'On<inuidHdc e1:u'i. a.uscnlc, enquanto a noção de
ddirnitação é dad>1 r et;i. articulação do 1oovimeuto
(a pcrsptx.:tiva dclimi1:(&)H vai tec:.iir no ca(Tlpo da
(~limicação). Um t'difkio ou um tnUfO que nos
tnrns,nlte a noção de de.limitação em ae1-a1. trans-
mite igu11hneote. umu ideia de antccip11çAo.
O espaço delimitado é com:equência de irJCgu4
JJridadcs uu iissimetrias de traçado~ em que o
trujeclO do ponto de pa.tlda ao p:mto dr: chtgtida
não é autóntatic-amcnle oíértcido ao olhM, cumo
u.-, malha ono,unal. ê.mis 1.rrc1uh1ridades dividem
o peteutSO nu.ma .scquêctci3. de proposhts visu•is
[t'ÇODhc<:fvei,::• cada llUJ't efcctiva.meo.tc. e por vc,
,.es surprcl--nílo11temeate, anicul-.d.it à ,;eguint-e, de
lltúdo que o ptr(:urso a 1.lé é enriquecido ~tnivé~
c.liiS suhdjvisõcs criachls~q~ são :i cscaltt humanft
d11 propost.t de incidcntc.s
do itntido do dcscucolar ou da rcvcJ,-i;.iio
da identificação

Um exemplo ~ilnples dç .;clc:•ntific;:ção.. ob-


lém~1,e comparando os ce.ntros de Glouccstcr e
Chcslcr. à esqDC:Jda. i ntl;l(1s semelhMtes cm
planta.. Em Gk>tlcester as duas princip11is artérias
cru't'.ém•se cm ângolo recro por tal forma que et
Clouas1er
visitante fica confuncfü.lo, nWo encoruni rcfcrên•
eia.~. um:t vez t(Ue o cruz:uncnlo as:suôk: o me~mo
aspc:cto vindo de quc1lquel' uma das quatro t nlr<\·
das. E•ti Chestet, por outro h1Jo, o c.ruzamento estâ
ligeiramente de3íuado, iic:mdo a pt:rspecli".a <'bs·
lruída por elctnentos. Cl)O!itt'lddos que propon:io--
nam rcferêt1cia.1, cfarifi.ctindü o s;itu.ação.
1.sto por s( :-;ó 1:e, ia suficiente J»ttJt jusaificar um
aí'11Uamenco cm n::.lação ao -.uaçado lógico.. e
lilleut 11\a"i pode.ri ainda faze.i,·.se. notar que u
edifício situado no desfaument() ~e-•e.ncontra cm
'posição cha,-c e , consequentemente. Urrnl lal
k>ali0t!j.áO podcrii. str vc1.1pad3 por edifícios. qttc
gcr:tlmçnle ~eenruMn o caní.crc::r urf,ano da cidade
Cbester - edifrcio da C~11la11:1 Municipal, izn;ja, hotel.
gnmdc anun,:ém, crc .• cce..

l08

-
T

. · -

..
. . . ... ••• 4 . ~

A fo toi:1.1fia acim.t. 1 duma ceou Lípica de aldeia Só rJela compatação cou\ caso.s em qu,c estes
(Easc Ouhington). tradu-c a aplict1çio da noçãv de recursos nuô ~ão cxp(Or'ados, corno quando Mi torai
espaço dellmilado. A conslroção mai.s avan.ç.ada CQnfol'midiule com o tn1çado da via . (ver figu ra
eont~m eíicaunc;ntc o ol harc:nquanlO o pcmn~:, d a aeirn,), ê pos.f •el apcn:<bonno-no$ da dm:rcnç•
ç:;trad11. oontinua. E oo e,uanto, não tomamos enh+c a J)4)4_;3o de <.i~payo delimitado e unia simpteJ
taOIJIS \.'tlCS C!lk tipo de ~ \11'.'iO a.pC:tUl$ como llOI m udança <lc: di1'eCÇ30.
d ado?

1
,uo , . snx...t A scquênci:i qvc a sc1u.ir- mosLt.iOlOS, em
l3hmdt'o rd r-urum. t.:ohte ,em poucas ce111cms de
mcm,s. nada menos que seis dlícrenrcs e(eilos de
e..".p~os delimitiidOs, todú5 e1ci obscrv>idos 80

L_
lnngo dM rtlO. princi~J.

109


...

1 - O por/il quíldrado •
,naciço do edifício do
Crowo Hotel está
voltado p>trn a rua
p 1focipai do lado d(1 rio
S iour. E o que nós
,remos não é urn .alçado
[úteral, corno potlcrfamos
cspen:n\ inas o alçado
princip;1l. A11ui estâ
exactamenlc o cipo dê
cntracià que utna cidade
mercantil ót;.vr:riu ter,
com uma consm1çáu
(ho1eJ} 11u1:, oh~lluindo ,a
r,erspcctiva,
S:i1HuJta11e3mentc nos
conviclu ~ eotrar. e nos
enche de cxpcc:Lativa e,n
relação ao que se
cnçonm, do out.i:o lado.
/\ passagem e~treihL.

2 - . , , a larga-se à
mcdich1 que a rua
continua cm ,Ljrecçüo ao
ce.otro e a pcrspccliva é
bloqueada pela inflccção
súbita <.lrt tua principal
para a direita. A noção
de <.lelimilú~ào
transfonna umH linh,t
1\t1111a .superficic , uma
cstradH nuut local, largo
ou praça.

'.l - Um local, comutlo,


.que~ t: de.$p(etencioso e
humano na esi::,da, e que
não ~ e.1;tático. O J:«go
proprirnneme dito cria
um rccinlo eslútico, cujo
efeito imediato é
convidar o tl'anse\Jl\tc a
acomoth1t-8e, nem que
:;eja num banco dt:
ji\rdim; a delimitação
cria tamb~m um recinto,
que o olhar (e o .::orpo},
é r(ll'çado a percorrer. e
logo l-1 t,.:msitai· pa.fa o
i;eguincc. À medida l(llê
este se materfa.liz~. o
úhirno de$intes_nM,e,

1
4- ,\ medida que 1e
ci,cu~ a cidndc é-oos
rcvdada~ não toda de
um~. vct.• mas com
cocrênci»:. (A leu~ A é
u1n ponto 11~ rcíêr~tci_.
paru a fotogmfot 11
seguir. em baixo. A<1ui o
pn,x lmo kma i
introd112ido n;i ({U3lidade
de llJTI fllWO ek:.rm:nh,)
ctnico apin:<:endo
oblit1uament<.~.

S ....... G lc1nos agor11 ,1111


cJCemplo c:hm, do tipo de
SC(Juência tom1;1(ht
possivcl pelo uuliz&,--,lo
d.i noçAu de delimltação.
O súhito aJárgame11to e a
lnflccçiio na e.1itrnda,
produ-zcm mui~ um.1.
senxação de supt:rfícle.
do que de li.tlh1 1 e o
t)lhar tom11~8e confloeacnk
(b chegada at~_.._,;-' do
l'6bito uparecimcnto 1los
pa.ços do n1unicípio. N11.
ri:"Jidade) no l:nl.uuo,
não há um largo. Tudo
isto se p11~sa "ª run .

111


6 - E à rr:êdida que i
1,oss11 imagc111 do Joca\
se complct.a~ a u-me d:i
igreja , t.'Omo cli,nax, é•fl<:1:-.
fJJ)aJnu::me re>1etacfa.
Graças à in.Ocq:ão na
eslr.id:a, chl OCtuit tomo
dc.mJdeiro ele,ncntu dt)
recinto !lAlcs de .. .

7 - ... eúlt'armos nu
lacg:1 rui prfo,cipal cm
que tudo nos 6 nwe.lado.
Est, é 11 conclusfio da
suce.~são de cspaçcs
dcliroit.a-do.s qu~
fo.rm11.vtt.nl una sério de
itC<"Httecimcntô~ visuai~
dntruá1icos RUJTIU
scquc'.': nchl coonh.-nl-Jda
que nos ofc~c~. numa
ddicio.sa cscMl:t
doméstica~ um tcnçc'\
exemplar de f)aisage111
urba»a. Aci<le,naf ou
prcnn:ditBdo? Àituele..i;
que invariavelmcnlc
~pondcm ucidenral,
dc'li::remos rcc:vnfar que
os ianêOs Has111rd,
arqnicecros.
ccco,,strufram .l\ ~idade
na sua 1010.lidadc. ~
utn incêndio que a
\l(:va~LOu no século
XV!ll.

1
1
! 1(2
UNHAS or,: t'ORÇA Sul iclglesa sã.o 11tili:z>Jda.s para demons1raro tipo de
;1c\!~> que 11()de ~r cmpn:cndido pclu ucb,,in\::;t1J
A funçOO essencial ,ti: u,na cidade deYc lOfflat-se conscicotc do .sigiliticado de's:sa rel~çã.o, de modo a
evidente, up68 uma simplc:. vis·ta de olhos pd1:1 crio.r ou a prescr•wr uu, amhiea~ urbano de quaJi.
plalltil.. Jsw resulw obviamente porque a otg4lliza, d!lde.
ção ch)i:: ~us clcmc111os ,enectc ccni1s Jiuhas de Começaremos c:oul tMxham., um l<k!tl vude o
lbrça que rq-,reseocam ig1111J111e11te um.a combim1... cnc.vnlru etltre mar e terT".i forma um anfi1,,..'atro
çãa de cin:un:d,ucias que cstivenun oa origem da m\tural con,endl) o pono. e a morfolu-gi& da cidade
cidade. Inversamente~ quando uma t:lda.de se re. não pode cvilar seguir a f.ua Unha de forçM do111i-
\'ela inc11ructe1·1stica e amorro1, este fracasso pode, nan1t:.- 1\e.".te caso a org.ant,.ac;OO de uma cornuni•
cm gera]. ser localizado cm qut1lq1Je< falha na dadc cm turno da aave:ga~1o, 11 <1uul ju~tiflca o $U3
rch.1çã<i entre fom,a e fuoção. cm que as Thll1a.,; de existência. Nisto re.".ide o carácter tlc Orixhwu ,
forç~ se tomtiram CODÍUS$.$, ou de.snparcccnon. lsto c~ler e1.,e que se cncúntra J' expresso de fonn,,.
explica o cuiclcr amorfo de hmto.s c idades roccn- incquívuca ê vigorosa. T udo () qu.e resta ao ,rrt»t.
tcs, mas indica também a oponunid1;1d1:: oferecida l\is<a é intcm.:ificar visuatmenlc u ret.ulrado, por
ao utbanisf.a, Uma. vez que o i:.ua mls.sio é de, em fon na :1 extrair un• má-.imo de dmm.atisrno e de
qualquer caso, re.,olver contlitó:". e locarizar fv11· lôgict1.
çM~ vivas, e umK ,,~. que a mctoclof<lgfa que segue em Fowcy. o uo.s..:;o se~un•lo cMmplo, a Hnh:t
é inc\'itavelme.nte um, de pa.rticu13!Í2ftÇAv, «.> êxito de fol'!;:l tem llinda como carácter ilvruina11te a
com que ele identificar e: in1erprecar vCsuMlmt.nte ;)S 3Cithid.9de inrensn. ao longo da cost11 mas, aqui, as
mais signifital.ivas lif'lh:tS de: força dete.1Tnln3J'á cm ~ttuçõcs ::! pêmhasoo& descem lflrtct:.tmcn<c parl'I
grSthde pane se i! t.i.dude irá. ser morfologic-~entc Jt água, e na au8énci;k dum cais contínuo, urn-1
carM:lcrizacfa e inteligível . bmi"Cira nasce cnrrc 11 população e M<.juilo que
E.s1a oportuoidade surzc ,oai!. fucilmc:Nc cm rcpr<::senta. de facco a vctrl.adeira linha (lo fvr'Çà, a
relaç!\.o à cidadt:. po,· exemplo \10111 cithde tipk:a- coMo.. E5ca<hu1Ms do i11terior ocasionalmc:ntr. dHv·
men1e marítima. t~rn qu.e as linh,s de forço t~m -Jhe acesso. mli'$ ftii<l uistc u m paredão msrgirud
uma rclitç"'l óbvia e imedl.1t11 com as linh.1:1$ de con1fnuo. Aqui aparc,;e-,·,o~ unicamente como oc--
demarca,;ão nn ~ntido geogriilico. A vcrdttclcirw cessMiti, a articuJasão entre estes vários J'lú11tos d~
«raisoo d 1t~. 1 da cidad<.~ C(J,Slciru é a linJt~ ao ac~<..«>, e $t•rgiri.t et11ão o Yerdadei.ro cadc1e:1· ti.e
lonb"() <1.1_qual &e enc('l1Hrnm terra e ~gua, e iuo Fowc:y, t claro e::;hutumdo.
cxplicaxá Uilve-1. que nas cid!ldê-5 costeiras a pets<J· Locx~é um caso mais complexo, e m que vfirius
nalidade rcsis1x melhor do qoc c1n quaisquer ou linhas de for4y11 ope.ca-m simullt1Ticamente, ~ a II\J'CÍ1:1
trns. Nas página$ ia:cguirues uês cid.tdes da costa du uí'baniSCJ. loCii de ~s ~ep3rnr e assegurar 3 C3da
uma a so.., Ul)rci-sáo topvgrático. própria, cnriqut•
' N.T. em Mltcts ,-n originsl. ccndo de.ua fomm o carâc:lt::r da cidade

113

l
\
~ i~
.\ 1
' ~ ti.:'
..~ Mi
'• !' .. (
. -! ,.
~ .. . l

114
l:Jrixhrun

Um cx.cclcn1c l~J.enlplú
de animn.;5o e cro:áctcr
que ~urgc1ll quando as
linhas de fort.1-1 n11Lurais,
decotnntes da origem e
funç.io 00 ::tglomcrado.
encootram unl eco
imediam na snti
lopografia. O ponu (púg.
anterior) é ú centro ro11J
do agfomctudo.
cnmun.údo cm 6()Ca)cos
ao lc,11go da crlSdlda que.
fonna um anf.itcatm
naturxl. e
simuhtincu,oemc um
centro :wc.:iul e laboraJ~

1 115
L_
.
i~~-·2:: ·.
·.---·~. ~ ;.:J,:t-
:~... . ·\;,~ .
"t

e)~ vi~iiaotes Jt~s1-.eiwn oo em .relação ao pono, llc


kmcu du t:~is e eucar.vn ,uOO.o a que a paisagem
o lot.a corno um rospl1-1lltlescr.n1e da.
cSptctáculo aberm; "'ela~ beira-mar não seja
colorid.Ms e ,dcg-rc~ ohRtl'l.lfda poc Ilia.<.
pavilh6cs combinando-se CSCVt'"S ele vja1uoo
~1lm O!ô fetlexos do sol e.-.1iicionadas. O 01banista
nttS 11s1ts du.s u.ai.voias p(ldc:. c:on1udo. trahall,ar
c riam o cfeho ao nível do -.:unj unlo
estimulante d uma consautdo. procurand o
ani.cmlcl)\ t-tl mos fora ohte.- a máxima
1ndustria1 coerência visut1l . lfmfl
pennaoe,1~ mt.111e. cn/ltt, das csuaté_r:;ias possíveis
Nesh.1s cin:LJn:dnciu$ não é atra\rés da ,;ua cri.ação,
CCSl:a mais. ao urb.ani.sta UTIIH vci que,:
que maace, um 0Jlu1r presente.mente a mnioria
«.lcnlo L-crtifo:Jtoclu -se d ili coust~
qt>e I presente faixa enYOlvcnt.lo o pono de
compacta e condnua de Brixham é e m tons de
c<n1,::trtt~Ot:6 ertv(1fven1es c.-.M:lallho e de cinze,110
nAo ~ alterada: e (Pl"i· 1U1lcrior). O cfcilo
provlde1)ci.:tt o fomento umfü:ante da crfa-;50 é
de lugurc.$ de mo~,,·ad<l na figura de
esu.,cfonanlCflto ocultos CÍIIIH,

116
a.rqt1lc.ectura ribcirinh11 tlc
.6,.
fow~ y ,nel'gulha, com lógica t
dr11.matis100, directanttn1e 6'1>
estu4do: cm muit06 c.as,os o
pitrtdnc,·f>roJonga~sc o '-"On.:irltui
a ptre<.lr. da própria habi14siu,
M 3., s6 cm alguns pollta/i é
pcrrnllidn o acesso público ~
á!-ua, com ,, ~sultado de que:
r~wey perde a oportunid<Jdt'l
de Ciif!lilr n 1n:1ximo de
,..itatidtt<.l<: i:: ca.ractu uma '-"Z
que o ponto sotilil.lrncnte mais
inteuso se lt,ea,liza j USfamcnte
oo longo «h• 1nargtm.
O objectivo do urb,-mi:;u,
dc"tci ser o de garantir uma
mrug_-un cx<.:ihml~ stm t\O
t:ntanco destruir a cvnli11uidH<lc-
a.rquitet::tó1üca. Uma mJ.nclra
de o conseguir seria
com;lruiJ1do um caminho de
peões, :11co,nt.sanbando as
sug<s<õe:i da propria
1opogcnfia , ani-culando os
acessos jS txi!lte.ine.c; de modo
comu & a constiuiir uin passeio
cootíouo . As fotografia~
m<J.'ilrwn Côma e.c;ce passeio
~1pareccria H <liícreutes oh-eis
t~in que o aceuo f
prcs<.~ntcnlc,11e ine..1dscente.
~mclhan1c l)llssei<l
integsar-se.-ia petfcilamcntc n.a
aduul o-.--crurura de f'o wcy, que
runcion:a. c.ssf"ln~i11l111ente
volta.da para o pd10.

Looe

Uma ~ilu~ÜQ maii. complexo.


do que cm Orixh;un ou c:111
Fôw.::y, j6 que essa linha cm
dctcnuin111ln altura se
.-
_.,.
,i;ubdividc cm 1lm1s,
acomprtnhando uma delas o
:,
. ~
tio. ç >.-~gui,ldo :a outra ao
,. longo do nw- (ver o frhlpa da
pági.oa SC.ltnintc). T1.mto o rio
wmo o m.lr t~ a sua
indiv(duali,ludt: es1,ec:Crica e
.:. .°:J exprimem bem q11c • vidx
~. ,;'1,_-1
social se. proce..u a basic.vncntc
.-. no longo d:::.-.,.,as dull.., linhas .
cada uma com o seu curfK:ecr,
mn..1 respon..sá1,-eji cm conjunto
peJr, ç.xish1nciu de l ooe.

118

1
1
....i.

NB freote p8Ilt a mar há


Uffl3.-pruia (0.u I TIH fi8,Uí3.
cm eim11) protegida nmn
do:; la.dos por mu poo1ão
u,ti6cial e no outro por
mo pro1ongtido braçu
rochoso. Na irenc~ para o
cio funciona a lot~ (t• e.sq.
n. 0 2a) 1:tmçlhm\le 11 de
1:Mxhanl. A iom, de Looc
que consicler.i1nos
mcdioc1;e é a e:tiemão dti
heir1Mio situada 1:111teR de
High StrCÇt se afastar para
a ma.rt.oe.m pru:1:1: pet\etNlt
no in<crior do agk,,,net'íldo
e e,n direcção à praia.
Seritt nci.te ponw que o
c.atácc.er linear da 111nr3em
dc.,·c:ri.a e;scnr mais
:u:CMundô, OnLle a
p0putação devia tCl'
m11ivres oportunid:t<.le::; de
\'(ver uma vidit de
bei(a-rio, 1anto física
coroo materialmente. M11s
de [acl.O aqui o linha du
margem 1~rdcu•se
d~ixando uma .ih:m\ de
nin.gatm.-. usada ~ fas
.lUtoridade$ Jocais pau
p(O\'Cí e s1nclonatnento::;.

i 119

L
...,

. (~~~; ~
,.
: ''--.Z,t;· · _
·.- .. ; " 1• ~
•.. .. •f .,
~
' • '. t .1
• • 1,
. ...... ...,.
..·.:·.·=~· ~
: : . <. ~ ~
' •t1~1,,
• >",
(1-, . ;•~ ;,. :
..
,: i'
. . 1., . • •
·p .''. _.,.
·,.;.
\ ..
,.
-11, . "
\ •,<t/ ' .
).~.::i;,.• • '
"'i'',i
'>-"1 ij,I,·.:,...
• '"'t,•.,•. '• .. :
:~íf
.
t i''>'':' .
,',, !',;

'

120
O que de f aclo (!.((Ui foi. falta é
um largo pa~seio
a1.:<'tmp,anhar.1d<1 o rio, uma rua
comercial fomumdo um
1,rolongarnc::nto do <.:~ntrc,
principal de corné<cio, ao
Jongo dr1 h~~e di:i! encosta, e
em que os huhitantcs poderiam
pâf.:~tat·-s-e 3 sombra das
árvores, coll~cienu~s de
panilhM ~ vida do rio.
q esboço da páginu :Jotcrior
sugere cont o o carácu:r de..~te
troço ..:ai,,ilul de Looe pod~riu
ser recuperado, all~raodo 3
lúcali2ação dos
cst,11::ionarn~ntos e em seu
lug~r inSl;(lJtrtdú unl pa.~seio
coino legítimo local de réunião
de pe.~c.adore.o:; e não
pescadores~ Sl)h ;:,$ r..,1ores,
haocas de peixe ~ rt:.St.. urant-es
domimun o áo, pcl10 dl'I lota.

Um conto mon1l. Efn


cima: a idílica paisagem
do rio ime,liacamente a
m(uitafttl! de Lu1)e;
bosquei; ce1ndo i at<.~ ?!.
borda da {igua. Ao lado:
o aglomerado
prop.riaineJ.tte dito:
simultar.ie.1:1,u)êl\te vlra<lo
pat'a o rio e p>1rà o mar,
fJll'IS der\SO e compnCh'l, o
que nos porec:e muito
importante n:=$ta~
situaçfie ~. Tanto a(1
longo do rio, como do
mtu', 3 oet1Jmç;i<1da
ent:m h1 fa:z-sc por
terraços, plataforml\s
suce.~siva.s . Em baixo: o
pri11d1>io linear
>Jbandoro:ido; as cn1.:(1s-ta.~
p1'6x.imas ,arrúínada:s cl)m
construções isoludas,
com iníloências
negaciva.s s<>hte a pn)pria
vila de Looe; tlas
enc:oslas por trá~ da vih1,
a ocopação cm ten-aço
foi abanúúnada,
perdendo-Sé: as~im o
trifase sobr~ a linh i,
q1,.1a( U)oe, obtdecendo ~l
~tracção invisível da
beira-mm·, devia todiJ a
f sua personalidade.

l 12 1
,:
.. .-:·:
~ ~ ---:
·4::
·,
·',.,":.
-. .·,
_.,;(
.',I

'.;;

t
...,,.,,
.,_; .'
;

.'
1.

L
1'
1~··
'
1

········~ ,
. 1. . ·.; : ·,.'~
.
- - ~- ---···
.

122

-
PÉS R PNRU'i impé:rativ,,:r- 1éc1,icos do cooULCto une o P•\·hnl:nto
e o pni;u e.lo 11utvmóvcl.
A vida na rua é cm1u11,t.ir.lltlH por pacede.l.c.u:rada O movimc1uo no interior de urn ediírcio ê
e: cé-u. O céu, e.n Jl~rmaneLUe mudança. ,s e:mpe• .sobretudo p.ed~n::. sc,ldo os choque$ 0<:dsioMb e
na~, velhas e esb1.>n.>1Jd111s, oo OOV3$ e brilhantes: a.s tragédias 11imla m.üi ru1•:1s. No impa.,;se ou no
o,•ariedOO~ de estilo e de pc:rfiJ, de Ce:xcuca, cor t pátio exterior. cs1a relação é airi•fa .aceirávcJ, pois u
carácter. O pavime,tto: inonoconi.a asfaltado. ca,ro só oca1ionalme111~ ilí penetra e t1íio in1trfcrc
Encabeçado pek, c-UTO de bombeiros e pc)I'.' c:om o p!âo. Ma!:, 11 01e1licJ~ (ltlt: ') OIÜVCJ'SO do pelo
3n1l)Ulâ.u cia, penetrando por trJd1' U parte, O ilUlO- ,-e. vai reduzim.lo a cscrcltas faixas (1c p~io'dum
móvc:.I tcnl-t.e in.tjnuado nas nossn1 c.: i<.huies, tr.tves- ludo e doulro dwna g13nd.e a,Cirla. ele qu<:: U'ltne
Sid. j3Rfiru e praças. A riquei,o. e variedade do ct.1idadv; u 1>e-E_;uraui;a e i n1frni1lHtlc: que encomra no
pavimen(O foi submersa num fluxo 11u10,00vel e os iotel'ior lransfonna~sc com demasiada r-tpide1. JIO
habi1an1es avenlurur.:inl-Só a .i.air dos prédios por dt~espem do$ &:ess..1do!i.
sua coma e risco, av~nçaodo dt ilha em ilha , Temos .tssi11, duas Cóllset(uêucia:; da invasão
procuraudo J•AR\l:adeil'as. semâforos e Í1'i.u~ ,t;epa- geral du noss.as ci<ltdcs pelo au1omóvcl:
ra<lorns. a) o 11esa11a1ecimenco da diveí$ldade e da pcrso
Se con!ldcrannos qvc os anu:a11lé1ltn~ ocupam natidade d'" $Upc::rficie.i; {1-3Vhnentadus;
ccrt:~l de u111 1en,-o da superfície dum ((mtrtcirJo h) a invas.4o das zonas resc:rvti,IN.s ~ ~s.
11om1al. fica.mos wm urua ideia do despertlicio a O pont(1 o.), todavia, não está de nlOdo algum
que esta idade mcc:anizada nos obriga. t:m lugar impHcim na cxistên<:ia do ttânsito awrunóvel, uma
dum.e. lumnonill cncn; paredes extctioros e p,twi• vez que .,;e a cficicnlc orglini7..llç:iiô do mcl)t11<1 ío~i;e
inemos, cm que o pavimento fal'ia a al'Liculação ou esl\lÚH<.h1, u1n11 ~oluç5o poderia ser cnconm1dn. qnc
di\lioçiio entt'I? element0s ru-quilcct6t1)C()$ e ~a a contemplasse a u1Hi1.aç:Sio de difut.lUe~ mo~ti:li!l
exp.te$5:àV dos diferente~ espaços entre edilic;K1:;, de pavimentaç!io. consvan<c: <,1 u$f> ttue se lhe.o;
fic;1.sc com a ideia ele qué os edific-ios são maquc~ prclcude cont~rfr. Um 14pis <lc cor é mais facil
ttl.$ csca,·rnpachadas sobre uma ard~a. mente oocootratfo noo inc.tt'ior da sua caixa 1e o
Exis1c \I H)il vasta goo,a dt 01a1criais possh·c:(~ de exterior do hí1lis corrcspundet à cor d.a mi.na, em
1111licar, na revitalização d11s 1>11pe1'fícies pavjmcnv vez. de fc.r simplesmente o nome <.lt1 i.:or lá escrilo.
uul11A da cidade. oa imposiçio do c11mpri1oeuto do Da mc-.sm~ ,oaneira. um eódiio uniYcrsaJ de
cõdigo de ci.reolaç-dO automô\'CJ e, purque indlc~un coc-es e p001'ÕC3 indic:an(IIJ J'ui:,s de ~cuido ónico,
:ifect:\Ção a diferentes uso,;, na o.dopção ele corr1- csr.u:ionamentos, atravcs,::tmenlo de peões~ ecc.,
porta1nentos padcões. pennhiri11. um;, leiltlU m3is fklJ da rua, intro<.hr..
Ulgt:) de pedra ou de betão dcmN"t:Mido wnas zli\d(') slmultancamen1e wna oova estétic3 funcio~
unicamente parJ. p,~oes, ca.lçad:1, mosaicos, 1ijo nal na ru,isagem urbana..
h::iros, saibros, relvados. Podem ser Claros ou Em primeiro lugar-: um sisccm3. de prioriõadc.s
escuros, irn:gul.'. 1 1",:. ou lisos. simples ou cmuplica- para dirigir e coqu3drar os ílux.0$ mot.01i1.ado.~. Em
dos. A.s po~sibifüh1dcs pi,ra. o desenho são imcm.as. scgui<l.3, u,n código para êmpôt 0~1c:. ~ist.cm11, *'
;'<ll) e111a1110 acru3lnx:ntc são Iodas SJtCtiticru:ta~ aos qual as convenções fo riatn pa1te jmegrantc da rua e:
servjriam po.ra cnaltcc,e;r <1.s editidof. à sua volra.
Por c,11,cmplo, umo rua ou um IBrxo re.51:r-,.Jd(I a
ltescnado ~ pcdt~ foixui; de cat,ada J>eões poc.lt.-rh, ser pr()tegido por uma fai~J\ de
dcJimihmdo os .ac~ calçada delimitin(lo os St:u.s acessos. O código
Por vezes há ocasiões no meio das quais um scrlH: n~r·1hum veteuJo pode Bt:f3Yt:.$$itr u Cl:llçodo.
cm que é <.k:sej~-ívt:1 laje-do asseguca a Os desenhos d;\~ y,lishw anterior e seguinte v~111
prarUi< absoluta passo.gt,m de peõ,• (unia i1uf\c1•~r ess.a inccnç.,o.
priorid(\tl!! áO peão. por \-e.t que a calçada
exemplo c.rn wmo de irregular. não, füciHta o
c~1cdrai~1 e cm casos movimc:nlv de peõe.,;). A
cspcc)l)ii coroo esoolas. calçad• t ,qui
largos e ~j;unentos par11 coni:lldernda como
f1 teroeir:,. idade. No ahcrr11t1iva ao relvado.
cnhmto 6 es..wociaJ No interior t.leslKS faixas
garantir o ..CC$SO a tlc: pt ocecç5o o urbani1ha
ambulâncias e ll canos tem II lil.>i:rdade de
de bomi.1eiros, o que escolher o mtt(crial e o

L,.,~" '" '•-


elimina n hip~lt~e de padrão. O códi10 :secfa:
batreiras físicas. O para vekula.!i
d~c:nho da página mo<orizscll)s, u calçad3
antcJ'êor ilustra wt\ sisnitica CJRCT.n .AÇÃO
PROI BIDA.

123
;5. -cr·
',, ,,t. ' -.
> /:. ,.
1 . .. ,, ,
•, '•/
,
,t

aos que lêrn alsum mo<ii.10


para lâ estar.
E ti&tem doii pot1tos II n:nlçar
oeste caso: <•) A c;;;c4.~~e1. de
movimcnco a11tomô"'el lert\
cocoo oot1sequência o sublinh11.r

1
do carácter essencial dmné~rieo
e re.ddencial de toda tt wm•.
(h) Os col\dutores que de fac10

f penetrarem nit zon», cstw1do


• en\ casa», terão o c1;id~to e ,1
admitindo esta situ.3Çâo, ~1cn(fií<.• que d ificihnesue
l'tiorid~dc :1 peões admitimos igualmente qua)quef surgem ql•anclu se está ~11,
1ríinsilo. De~l.i fonna. umu rua 1e1·tlt6rio estranho. isto e.
Ninguém ne~ o direito à que teria o mo"imcruo de uma t(\Jundo 11;;0 tememos ser
existência do lninsito cãpêdo d01,ia de automó~is~ dos seu1 rcconhccjclos e íwte1nos o que
(:"Omv parte integrante da vida htibi111ntcs, J)8$$a u cStà.r hem nos apetece. O código
urOl'Ula • .e oo entanto u invl\siio ocupado durontc todo o dia si:.riu; :l árc2 a pavimentar com
genua.U1.ad.a dc!itc tipo de ~oin 1rle1~k> de at1•a1,·e.'isamento 1!\jc:s signilica prioridade a
1r.lúsitc,, H .sua apropriação utifiu. cvmu til(llho, 011
Q llC N Dcmarc~• no
J1"ôes.
de coda.~ as vii(s dt.:
lll'TOJ:>W'U<: para con1omar llm cruzamento pavimeoco, oo ca~o de
circttl:çlo, que nos leva a impottanre. O exemplo acima existircn,, scri}l,n dthrnchtt( uci
proresrllr. PHrccc-nos muüo (em que o Jm•lto de vi~t.a ctitério do urb3JliS(fl, ~ <.'
hum.ario e c:omp1-ee11r;ível :a corresponde à seio do mapa), lb;eoho, é utilizado. uma
vont:tclc de le,•ot o .11ulvmóvtl mostra-nos uma rua, ou largo, c-stn :-ita foix.a de calç ado. (O.S
acé à pana dê a.:i\~14. mas em que o mtwimeoto é. re.c;trico m), com marcos intt=rv;ihu:t n,.

124
f

RESTRIÇ(IJl:S Ç()C$. não u})U)lutame.1ce indispensáveis, se uadu-


ziu como que no cli111ioal' d(IR restrições; al,r..
rain-se _perspcctivu cJum mw:du de Lin:ulaçâo
Os r.natcnais à dilposição do urbimis1il, pedras, OW.s Hvm. Actunlmtnte., e à medida que as reuri-
cinu:nto. madeira, mettil, alcatrão. reJva, cm ,·â. !;õeS se acumulam de:, flOYO, l.&S autoridade.~ inunici-
rios estados. pro1cgi<lt1 ou nio, é t:levações. JÍg_ua. pai,:; começam novamente a kmbrar~sc - entre
pessoa'f, são afinal QS R'IO.teria.is de que este mundo 0\llras coisas - das ,;ua,. vedações, e isto toma o
é feito. A sua 11\is~üo urb4n.o. t dispor e sicloce:ionar momento oponuno. ~,. o enuncill.dO do que
t.stcs blocos de mat<.~rfa de:: rrumcir.c a. preeocll~ndo JX#lc.ria ser cbam.3do uma teoria diu rtstriçõcs. A
:,s uecc.~sidade!õ da rnça htin\lt13 cm termos ,lt: veda.ç&o f um• martêi:r.a de.criar uma restdção, m3s
abrigo e comllnil:açijes. htar e rftu.o.J. criar uma .i~ re.striçiõcs são de mullos tipos. Por vezes ~ã.O
paiM1.e,em Ut'bana à escala humana; unv, ptt.isnge111 \1nk11nlc.nle. de ordem moraJ . como no ca.so ôc um
11rb>mli huma.r•i~a. Embor:i mula,~ problcma.s se relvado delimitado p(tf urn lancil de pedra., que é
possam situar ao nívcJ d:ts gnutdcs <'tf~liei:: 1 como 001no um11 ordem implícita tle .,nãn pisjl'r • rclYa...
pf)r e.>.emplo a localização de anérias principlUs, na Aonde Q c:,,:p~n e o di!itanciamento são con.sidcra,.
Ycrthtdc 11. .)Uit; <:vncfl::ti;:a.çHo depende frequente• óos desejáveis. e~hJ paJ'ece ser uma roluç!o nccitá..
rru::me de liAC,iros pormcnoR~s tlc rniÇ;t;adt>, o que vet, e.mbon:,, a aceitação de rcslfl\."i~s de cariciei'
ut1'1'C)", 0$ arqui1ectos, por ena-e as ,,-árias íonn8ÇÜ('.5 mornl pressup(11lha uma scx:iedadc dfapos!ti 11 cunl•
cuja :teelviitu<lc: cvn1.:orrc pllta a. imagem finol da prir este lipo di: C<,ovcnções:.
cidade, sejam 0$ linicos corn a perccpçSH') h'\tl11 do Expedjente1 de carácter ,mtis t)pe1'.lciooa.l s!o o
seu significad.1'), Chamada aqui como ilustruçflv ÍOS80 r..scondrdo e a ãgua. mas há casús cm que os
deste princ:ípic,, tt TU!STRIÇAO é uma siruaçao imperativos r--,,to puiSA,SÍ!iticos como funcil~na i~
reduzida pela maiona dos u:rbani.sl~s a uuhJ mera cx.ige.m um obscáculo vh1uul t)U uma s.ensação <!e
tluestrio de vedações. gradeamentos, s<.~bes ou cer.. ddimil.açit'\, e 1le&tes cas.os ira(.)c;i111e,ltos.ou muros
t.:X':i. AssilJl pcrs('d"ljvado, n [)l'Oblema parece de poderiam cvcntm1l11lttlte contribuir posilivameoce:
simples resolução, mat "' sutt .ipliciiçâo na cidade ~ :J resolução do prôlile.ma. Os apon.tameotos
pela 111it<'i iose:nsíveJ dos engenheiros 11os Sê:J'l,'i.ços que~ Séguem tentam, ni'o r.anco enunciar prind-
mumcipais. r:5u)ta nu1n dnA ca~os mai.i flag ramcs plos gerais, como explorM os n:cuaos visuais da
do crime visual. Uma dti.s cvnb:c:ttu.ê.r1clas ittcetes- re..,1,ição cncaratla como uma das n1ullas canas na
~111cs du gu,en·a foi que o retirar de mui1.as \.~ mttnga do ru.quitccl<.~.

l_ 125
...,.

Gr:.1leauu!:11tóS
Desde: a gue1'1'11. a.lrura cm que os largo.s pc1de.
ram qottse na l<Jt ülid:.dt os SoeU$ ,:radcrunentos c,0
feíro fundido, muil~ jhcraçõe., ocorreram . C'.omc.
çou pelos abrigos, à supcrf'tck: Oú 11emienkm1:los.
e cm -seguida a relva cedeu o iu&ttr l1 g1Mdc;
lamaçais. Com o (iro da gutrfll ns fol'ÇU da urdeni
i1npuseram-se uma \/C'Z mais suh n (~)tillu dt; \'t:d:1.

~ ~
çô<.~s (le :iu,unee cen::as de madcin. Aconk:clo c.:om
frequência. no entaulO, que e.mborn as pro1,riecfa,.
d~s aúo tive.uem sido a] ien1-1,L\i;, itS p e$St)l1~ lt ql.Kln1
. . .... ... . tl>le!i, privilé8,i0fi s,e destinavam. tinhtHn sido f.u~.

,~ A uruídas pãr cr.cfltórios, embaixadas, c:lubcs, esro.


Ili.., OLl ou1ro.s moradores. Mui1(1 rar.unenie <=OOSr.}..
g:uinrm até hoje o~ proprietários satisfazer as 11()~
- ~ = -. ':""__;:;.•.-,"
,~
V
exigtnciA:i int'l\ldtJ7,ida!; pof uma sociedade Cfl\
mudanç:t e u conse11u~nlt:..S movimentações da
popuJ,.çl\O urbCUUl, Uma vc~ sa.Lisft:i1as as oovas
u.j_c:tnci1t~ poslú~ à~ pn1cetas, dctcrmimufa.s ques.
tôe..'i irão &urgir l(trnnlv 1,1<1 i.eu tl'açado e manuten-
ção. Na.i; páginas sc1tJtntcv
SÍth e,u1nciada~ pro-
post~s que dize1n direccamcntc rcspcitv a .a.mi.las
e:::c~s questões.

126

l
!

Plaotío

O n1;poeto imponantc du 11rl,u.1tto e do. sebe como


fonn:• <lc J'(',strJ;âo. e1,;1á em que devem constituir
um obstáculo tTsito inwpcl.íi.-el. Permitir que se
J1.(1i-e.str\te rali, 011 rcnrc ao eh~ é () mesmo que
admitir que <.1.s cites, de qut.m nOO se pode:: esperitr
ri!speico pelo a.:;pectu t1l01111 1ks:te tema, pos,:;am
de ... asta,· a,:: boa,:; üuc.nç~s do paisagishi. Em pfi-
mciro lugar é occcssâfia u.m1t criteriosa escolha das
espécies veg_ccais, e em sr:gui<lia uma num1.1teoc;ãn
Rtenfa ê cuid;·1dô$á. As espessas sebes verdejantes
funciC1nardo efic:flzmcntc de modo a ocuJt3t um
intefior de tal m:meita gu.e m prazeres que <J
pui.sitgi.s tu aí d eposimu, constituirão ele facto uma
surp~a. o ttuc~ tlt: resto c:unsutui um COcnponeJ\te
importruitc da técnica p:ús.agíMica in,;lrM.

Nrt fvlogndiu H din!iUl,


Oelgro.vc: Squ.,., •pós ,,
,roti1~r dos ~tadcamçnro,
e ante~ d1 colôc.a~
dum~ vc:<lllÇllo m• is
11iuste:ra. l:!~ sebe
csp,cl>i,.it e arbórea. cujo
allnh:uncnlo é gHranlido
por c:Slucas. t. 1naii; aJla.:;
qtrc um hónleOl. teria
constituído aclequad.11
garantia de salvaguarda
dos prd.zcres interiores
do jan!im, desde que
coJ\venientemente
cuith.1d1t e mimttdv.
Constitui na époc·a uma
c()ntrfüuição ,eal à
puisitgem urhàmt
cnvof"entc - densa
\'egeu1~ao, tronsbordante
e inah1Cr11lw pela
conccp,~o ornamental <lo
jai'Clinei,n tnunicip3l.

À eSt1 . um troQO do
g.ca.dc.amento corrido d~
llcdford S•1v•n:. Um
bom i:-x.c.mplo duma
restrição fl~i ca, bem
desenhada, ~. nestt: t.:HW,
valemlo muito a pona
m3ulcr.

127

L . -- - ------ ----
, .

RC$lrlÇ'ÕC:'1 4'1C:nll~s

Es1<~ sistema de pass3do i.lwrre tem silfo qu.iS(


tocaJmcnte lgno,•4.do 110 ~ - XX . Conccbidú pa;a
penniti ,· o desfn111tr d\lmi\ paisagem contíuua seru
bancirt1s, o fosso e.scondid0. sul,stituirulo o fflUro
ou sebe de Jimi1.e do jardim, mvt:k111 nus que t.od:t li.
N.1cul'êi!.it era ml'I jardim e que, multo Jisonje_iJ.i-
1ocntc. se trata~-a dum}tzrdi11 tUt.gluis' . O factu do
fosso, sec..1 ou com lii;u)l. $r,r i&t•almeatc tfica1,
0{
~:·.·.J~.' .
·:;:.::,
.,A p.ar.t unta pc::~1i"°a próxima. ou Jongroqu>l, uio
lt.~m. no ~ntanto. sido devidamence: reet)Ohc,cJdu e
utiHz.300. f:, COJltudo, parti<::uh1r1ncnte 1tpTOJniatJo
1•~1a resolver muit<.1-s d<.1.s problemas que~ pbcm aio
-~- -- p.11Í$agi:sl11. Para um largo sem vedaçõe.$, (',.tn (fUI:
.A nio é «~jâvel ~ sebe ou o cô,nMfl corno guainfas
do segaedo, <1 fosi-1'> n:velíl.~nus. o essencial, cn..
qwmlv simulltin<.~a,ncntc o valoriza~tomando-o de
accs.so rcJ:1dvamente dit'icil.
1
F.rn fríl.llc#.$: uo oci.giuul (N. do 1·.J.

128

1
!

O ía.lso outeifo cons1iluiu•.sc nuuI recu,so tnltilo


utili?.ado nv :;éc. XVlll para fon,cntar ponco.s
•uJiciumüs de inte..ressc cm p.ti~ag:en.s. plana.~. Ero-
bora quando utilizado pelos di.s<,..ipuk,s ,lc: Capabi-
lily 13rown 1 nco.b3sse por t-edundar numit m()nuto~
niu, o:. pmx111c& de S1. Jamc"s e Grte1) e.,n Lond,es
têm alguns bons exem1tlos de desnível:; it0Hgjm1lj ~
vos. O faJ.'-O ou.te-iru 1Qm.11·5C p.1aiculacmcn1c útil
pâr.:a eviLAr ô '"l)CC.IO omamcn!adú do «j a,difl)
municipal• . Como sisrema de resoição, os dcsní
veis se.cão ta!ve'1. o mai~ :;ut.,1ilme1u~ persuasivo.
1'uixndo o olhar e o Jtmlnr rto sentido e.la voutadê dh
paisagista. e sub"ituindo o J)laco do .. não ptSaf a
relva- porom talude, de que u ,n~ioria das pessoas
n111 cidudt: fogem Cú nlfl J►1 l)Cstç .

' la11celo1 B(own (171 1\..Sl)v~~a e .11qul1ec10


i111Jts 1 c:onhccjdn pc1a , kunh.-, de .C:npa_bifü?• 8 ,'Qwn
pc.h1 , 1111. prá1ica de ava.lit,:io dJ., •C2ptl(idod<:!t de um
l,oç1.I,, , (N. da T.)

129

1
O PAVIMENT O JA a1.1ui foi refieiido que o pavimcnu,, poderia
cons1l111ir um11 supcrficie de li,SilÇM por entre ~ t
O c.:iminho •tlo-íe,·ro quando wr1l11, c:umstruiu O voltG dos edifícios, tnl') nesse caso ddve.till recu~
sat-.SC i 1« apmu uma faix.11 ncucru de w..1,[alto
s.cu próprio pcrt."l1~ p e ~ c . UJando a.s clda•
limitd~ por pa.uei.M. Oevc.câ !Cr (:on,siflcratla e..Q
dts enuc si, ao p!'tSSO qc,: o vele.talo de co1nbu.stao
sockdodc com .,. cllitrciO< e, pela n:llllrcu doo
í•.&-lo -,urou
in1c.1na usou caminhos e ruu jS c:dstcntçs e .o
rara si prõprlo um acuso prM-
lcii111k1 1nravés de 1()(1::,s as cidadeN i11gle~o.•. À
seus dt..1n(1,cis. escala, 1cxltsnt e q....,hdadtJ rc,a.u.
prolh,,ir Cf1mo efeito~ a soc1abilidadc e a bumogc ,
J>rlmeint \'iSI.• i.110 poderia pn.rcccr um dcstn\'oJví ncidodc.
rne.,uo 1131ur.J o, babltante$ de cidades e tldcbs MM ndo se pode íi.zi:r n!Kla di$l0 se não tiver
continuam I potlc:r íazcr "'!> 3u.i.4t L"Otltpca.1. ou • pcc:viu.menre o pcw:ie.r dt: aJtc,ar as çmoç6cs (porque
a douuo modo c:ootimani em te.tra de oiuguém. um
VJSÍHIT taM uns dos outros. :\fM o nw de ~,aço mof1D numa paa&em e,icmwdo<a; l. inlltil
veículos pr<J•i<l-=ou • qualidadt da vida urt>an1
nu.ll\ dos seu~ NlpcCll}S ntcnos óln·ios mas mols h1.n~"r uma placa de bt1So como pavimento entre
imporlaote.il - rc'1ringiu scvc111mcn1e u dircilo U cdlfíejus e. só ('Ofqoe ~ contínua, pcnskr •p•c d3í
Jh,'rc rcuni1tl'J . A l1be.l'd3de de se poder parar pl\ru 1em11aii homogcncicl1olc). () "ovimento devi! ron.
1rlbu,r c:oan o seu prõpdo c-ac'=icr o pcr,<111alid11dc.
l'Ottversar, de n:uniik>, de AO tt~if em liberdade- no
1:Jl~rior. podem nio pmt:eer muilo importante~ ..n
em que propri,,d,,de es(l<Cl!ICO pcd<n:mos cncoo,.
ua, o Kgrcdo e lin&uiJriol,,cJc do pev,01eo1<>-pai...
todo úus ilDJ>eRII- do 111NpOnc. mas ê umo du
razões porque a, pc~i vi:o.•e.1n em cidade.~ e não !,'Offl /
i~ladamen.lc - p11.ra podcn:,n ,ovt.r v~ pn.i.tc'l'd.
Scd c111~ reside, como aJguns defendem, omca-
,lu ~ial. Enquanco a distinç8o cntn; inlcriór e mence nos cnc1mlo:; 110 de::-1.ttt.ste e e,nc~·, Ou
rc)lidi1, na variedade de m»criais a cnlflA:&~r.
exterior dcwi::riu ~ " de St'llU e nlo de gêacto.
tomou--s,c no presente: u difcte•\\• tiltn!; ABb&Jr.o e muit<>5 d0$ c.1ulliS :..o hoje em dia obsoletos parn as
soos runc6cs rr.th<ion•o.? Na minha oplnlllo. n
••l""•l,M>· Os tdif!cios agrup■m-sc mas não cuns e.6St'11Clal não 1e eDCODltl nestas chtl'l1 hip(ilc.-.c,r.
tiha:rn c,d=ide1; (,(i oos falta conswir çasu vu-ad..-u
p3.t! umn li,,htt de c1nninho-dc- rctr0.
t:.xistem dois aspcçtos muito reh.c:ivt,Md1,s cc,111o 1) Em Ol)C)Sjçlo tO ~tfHTcln, cuja volumcn1• e cnl'lfi•
diteito de 1'tunl6o· o pá.meiro iplica-!C :ws habi gunçio ê liObrrtodo de '"'ru,eia geomércica,, ~ mMula,.
uinc~s ct.i. c:i<lltftc. e o seguodO ao$ editicioi que a çio ca pavãneno i muik> Das pnmlli.-. 111 pow:ivd-
compoom Do ponro de >Ull (do) •i-1, u '"""" lMCIX. mais subtil. TratJ--te dom . folb.:ado,. cm l.'ft.Kt:riaJ
pctda ro(nrb 6 • nwtralizoçto do pavimento, <lu ~ que c:obn: o eU.mca10 ~ ,-11ra1 e fonc da
cs.paço entre '-'Oflstniçio. que &!b.ou de con,;tltuir pai~om urbana: .a modcl111çlu da wpcr6cx. k:rr-~lrc:,
uma supcrftclc de lígaçiu pHri\ se tr11n5[Qnm•r blO c,ausmitc .iio (),'IYimcnlfl uma ccrtl au,a:clfidadc e uma
numa supec1lc:le de scpo.r•çAo. Transfortn01••SC lm:verincia i1.consi:queú(., ,
IHmbém duma 1upet1Tcie tlArtlcu111riz3da numa s:u,. 2) Um• \'CZ. que e x . - ~ ~ WII.IU IOIJ'(ffk-i~,
pemci<:ga,érica. tOdo o p1 trabalho e dc..<w:owi1'1do • dum dlmciu6o. Ele
!\ primeir.1 reocção de quem se apaccoc cio wn'°e,l,Cc• stgrt'.P, aca,u;a, rffl'Wl ~ di~ QCCA~ , de
vwloc do pavin'ltnto como um cenàtio potencial f purt>c, • ~ ~id~ eucunUW' uhl 11~aU/
de o orname'OlKt, Assicn. • rtllúndM flotldas, e pe.afeilO COOSU'aSk- pano cuhi,mn rignm,.n dn cditlcio.
rombém o uso de certo modo atbhdriu da calç1ula llu ~..e e, paVÜlklllO µú.lUldO ()ti textu1•11tfo CO!ll ..J)"'1toes
cm pudtóe.~ dec0tati.\'0S, o que. cmbon. nao tdo
bonho, 1cm no entanto CJrisem no nle::8mO de~j-n
de movbnc.aeo. MJ.btt • •® c.lt1,;cpdoui1J1h:1 )upctí.ciili-
d>dc7
ornamental. Os padrões disunros íonnod,n pM
difrn:,Ud ,uar.triaas lla5CeJJ.1 da sua utillz.açlo.
3) Mal do q"" 'l"Ül'JU º"'"' ,i,.....,. po,- <b
at,ma., pm:wi ~ MUr\'" Jc e.apara.são e u1c:11$3o - Esta
Tm,-gi.ncmo, w uknt~s do 111vl1nento agindo de qn&bdatlc p()tlcrnos Cl'lcnntt.i ta não só na vaov• pr.;1
modo instintivo ou prcdcstinndo, e cm sc1uhla p;,aviutcucudo., «imo rn.m~m 110 peqoe•o troço om,nttl'I
regi1~m~ o,; $eU$ movimentOJ, O result3do scrfa r.ado eom motivos. que é polll'td rupn,codcC' uo passeio.
um «padrlo clr movi.tr'lcncu .. cfll que o uw du ao dnbrlt a e,,quin.a No primcuv cuo ua&»-K de um~
p■vimcmo t rroduildo por pa<lrilcs c:onrtituí<loo pOr ar• ...,,..... oo ..,,...io ,1, amo .....,....,.
cores ou cexru~ Indicando ai difetUtfi?S aca.vida- 4) ~ e. ~ I J t M 0 6 0$ nl'lte,~. JHitlJ•
def:. l:Jil.a8 v11nJttAo. desde o n:ieurso a sistenu.1 de landn que a liiU foa(lo cJu;c-,lhiu pc).u e rcliililend.a.
restrições (,upcrtrclc, ruaosu). alô símbolo, con- JmJ)()C nos oma ~n.a dl11clrlln1 na cnnc:crçln de um
'f'cncionais (pa.,11.asen, de pe6es em 2ebru), pa,. p~viwé,itu, t:ét:i:tt í..c10t (\Uts \iOn(el'(l, ao po,vjmemo o seu
Jand(l por !).r!iid11içl\cs que podem s,e,r- 1nu~gredido.1 c:artac:r ft.04
e,u xcgur--,-. se cxcq,ttwmU t ~ funções pc:·•
nw,.
'I rióclicas . E se esubc&eccuem coNCmo,
esses p3drões poc1e.rfam fon,ectr a dua.-. dimeruóu
tudo o que J•tcSCntemcnl c _.\ndl( cÃiic tr€s..
As páainu seguintes confinníun os ~ t o s
3U"1 enuJ1Ciad<n. A, ima,g:cns são todas do mesmo
loc•I. Wood.,tock no Oxtordshiu.

13()
Aventura
A jvstiíic.ac;ão de.ua
.-.ecç!o é chtv11ar tt
1"11CCl~áo l)ílt:I ti
exprcssi\'idade do
pavimento .::orhú
pa(st1gem e revelar li iO..'\
existência indtpendente e
pt'ôptia, Não se tnua
cxdusivamente de uma
coisa sobr!! li qual
t:ditícios se erguem :::
cam.i:; cifeu!am , uma vez
que CCTT\ pe'l'SOJla)idade e
viu~lidadc prôprlÃs,
cmbo111 e..~queejdas hã
multo,

Padrües íttue:i.ouais

Ai; dificuldades da
comluçao sohre cal\,"tlda
fazem dela 1nwt
superfície óbvia para
c~L.aclonamento, óbvia.
nl\o para u uri,iitil,isla,
Jl\3l sim para o cun1lu1ur
do vetculo. qoc n~ ó
r«nL1u1o a ~.ta. l:ls o
principio do p,drá<l
l>.1s.e3do na funçlu.

13 1
-- ln1itituind o
o código

O p~sscio atraVC$sa 3
nm, e um b(,m aviN>,
Lanto para o pt-ãa como
pora O t:<11\dU(Qf, é dad1.1
pdu faix.B de calçada.
entre ~ ben,rui ooso e as
Jages tio passeio. ApCJl.i,;
urn exemplo de como
vários materiais, i:.e
codific.3dM, poderiam
sei' instituíd.o.t.
conlrih11indo pu,·u um
cód.Wo vi~ual ela qtr<tifa,
c:slabelcccndo
COn\'eOÇÕC:.S.
l:omporta'™ntos e.
fünices.

Materiais

Um1;1 ima,gcm coe,emc,


composta por .sete
elementos difer~ntcs,
ank \llados por uma
-~
--~~-~
~ .supcrJl1,;ie comum e pela
. ' ·-. chtfeza de fll.nç6cs. A
-.....;,,.-,,.. _
c-aJçada cede o lugar a
l3.Sc5, julllO à cnlr.:i.d.:l
(11)1 edifício~ na 2.0n11
comen:fal, ~nnitiodo
utaior olaW.cidatlc d~
movimcnh> ~ de u,v.

132
T J\rtlcullitçio
'1

.'\J'ttctltai;lit) do
toovimenlo. atta'i'ts ci('
um COJ\ll 'âMc rrnti~
intenso entre superfkic1
e dfol inlrudução de
1écok.ts ,tircccionai). A
rua é a mesma. ma~ u~
lojas é~e.'3.fll o Jugar à
ho.bitação. de 11\C>do que
a e-alçada rcgrc.s:.w
mugi1mndo as laa:cs do
passeio. O resultado
confoma a
ln~cpcnd!ncio do
-pavimento e,11 1tbção ao
cdif1cado.

Oescontrxcção

U~ imagetn Jl.l o muito


mbana, na q u4'I J,odemos
ver o~ dols aspccro.s d<•
livre cn~ll'O, pacrt
pessoas e pwrn edificio.s.
A í;ai,;a estrcila dô
J>M:Sciv é utiltz.--c.·11\ c ( 11rlt)
modcratlvr. os tubos de
queda ocasion1-1is, as
irvort:s à beira <h, rua,
exprimem cfa.1'3mC;Hc ;i
naru,·eza ._lo,11é.1<ica e
inforinal do bairm,
Compart-sc islu rom a
:;o~ da monotooiK,
q LliC se tr1tdu.r. em
m,c;ados .s,tando.rdi2:ados
p t'nt todos o.s
QJT\JJu1ientos. urbur.ni ou
não. intoletantcs e
redutores düR variações
urhaoas. atê li
onifunnil.ação.

133

L
, ____

1J4
(

Ut~~URBANISMO

Se ruc foJse pedido pa,·o dc:ri11ir o conrejlô 1lc


p,is,-icm urlmn11, dirir, <1uc um cdífido ~ ""1ui1~c-
tur1. mali doii. .seriam j6 pal~ostm u,b,.na. porque a
relaçot0 cntrt dois ç1lifkiu1 pr(u:imos i. sufi.:icnte
P""' libtnar • Mtc dn país:igcm urb>loa. As rela-
ções entre os cdificil'J$, e o cS(~I!.,'() en1rc cic,, ~an
f.JU.en.õcs que imediut»mcnlc se illiguram impo1'•
1mtcs. MultiJJliquc~sc lsto à e.~la de um:a cltlmlc e
('lbtém-se a ttrtc do amhienre urbano: a.s possibHi-
dao,lcs de rclacfoll.i\:Ho aumenr;im. juma.me.1>k CQ10
as hipóte.,;es a explorar, e <Ji P-"rlklos a lomar. Atê
Ulll pe.t,[UCOO grupo de t:<l(fí.cios pode as..tumir Ullltl
expressão pn1ptia, e ser espaci,U:mcntc cstimu-
fame. Mas Hlr~vés da ob~frvHÇâo da cidade co11:;-
truídk pela cspccutaçãô ou pelas aulhridwfles )oc:ais
é-.sc ÍOl'Çad<• o cr,in.slatar que es111 concepç-ão de
1>aiS-aS~fn urht1nt1 não ctm sirlo re..li:J.lfit.ida {no
mclhOT dos CBSOS). Côntirmamol ainda mima fa~
primi1iva em Qué " c:c1ilk,o isolado ~ por ~I a
totalidad~ t lir1t11idffl.fc do urbanismo. Se pen!lnr•
roo$ os <:<.lifícios como lttru &, alf3.~lô, rc:p1u'(i
rnos que ela~ 1lâo sau uti]iz.adas par-a íormir po.la•
VJ'3~ coert:nies. m~s .slm gritos ul1)nóu.mos e de.$0•
litdôs de AAAAAl ou O<XX>O~E quamo à5 nuvas
cldades desenhada.') por arquite:ctos t:ontcmpotã-
ueos par, quebrar o velho jogo do AAAA-0OOO?
Vil.mos aqui avaUá-las, ret.XtTTa1do 3. esto inutgcm .

1:".'q,,,•~•,' 1 h;,"
*'· ' P.Cgfn.\ Mtetior: \ll1lJ. \'ltitoa da desurbanii.ação ln!Çll o
.eu fl'ÓflriO p<oct9.o pl1blico, a. memória de uui
llgfnmctlldo rui jnJI-. de:ns\di\l'tc:,
O vcnJ.adcJm ohjc:cdvn da vitima da misfri• indusrri3J f
.: . .,. . • . 1 o c:ampo. com a su.a fflM'ldla idOM.I, lig. 1. anqUld.Mj
. • I •~, • if • •• - pur ár,..u,u que ~m bi:lj1r u p;:qu1:111t hoMll, 110 wm
,:f',.),,."'4L!•1.J.. J 4 dos ticotdei de .. ~~ ai!Mu~e es1ci CI\Sft•,
·· ~ .... ·..;~ ~ ~ ~.. Arqui1ecmn... •• imve.cávci:1 Ct)nquantn 1udicio11~.
.• Vemos aqui a @tncsc de uma rua cheia da~ tais
, ma.radi«..""- Na tig. 2, Sisb. Lime, t.:m Stevc0age. 181
_.,.,.,
•-1'<'-"':,
-. , '
. 1
' como cr• e ai.oda t, p:l.1'11 além doi; limite~ con..,11\ltdo,,
Na íi!;un 3. sqe o nO\'O a.linhamcnt.:i ... e cnm ele,
. 1,. desvianece..se o enc:snto, 8 mtdidu q_ue a:. caliin~ de
i;onbo ~ ntolripUcam ate a<1 hori:.t.Otlle. AMA ...
OOCXJ... que si: pa!SOu'.1 (4)

135
,.,..- -

r·:·r-··~=
-~ ..--,.,..,..
..
4

...
5 6
? 8

O 1m1l,,ie•tc rt:,ultàide dn isolacloni~mo pode $CT s"f1cicnbmte1UC lar~0) 5Mra cumcr as .n.ut1il1õcs que.
ani.lÍ$ado n1 pcr.\-pectill• uêrea ~ telal de Adcytieh.l. cm f.z.cm cumpra,: cru Oxklrd Stre,e.t; Ma.s" dc1. xelins a
Htmcl Hcmp~ Ncw Tuwa. (fi,g. S), que rc-Y't'la uCIH\ jim:J,, (}\tadnda: 1! .S.:guran11:u1i1.e. que nG.u. Plantar n:h-a
1t\o gcnen:,a oc1•p~Çio Jo .sioao, ou iwles. o.ia ~ntão'? Mu a c~lvo. tem qat, $Cr conado. r'lantur m,rus~
ue:upaçêo, \jl.lt 3 int'cliz. dot,-a de casa .se vt rcdu.:t.idl\ a 'l'autbém exigem nu11t11euçàO, (ti;;. 8, Hcmd).
Iatet a.s s11J1S cnmpru e ni loja11 ili..11.:f3nrc~, {fig. 6) . A
ucjJidadc dn Ollmêrcio cte~te tipú n11s planú.i~
c3nl\disnu C cumplCC:tldYCI. ltl;rlS cncontri,lo numa
pequen• ~il.lade h)t!csa 4ti vtm dcmunsoar que s-:
perdeu cuui]mi!M~ o conlrült> d..t csc-n.la, do
rlciieuvolv~ntn. Ouuv p<oolcma derivJdo'\i:sr"
mc:umo gigantismo tJc c.sieaiA é • q~5;1Jo de sabe( o que
1
f~, «1m todo o solo que nio 6 ocupadft com Um xelim, 11.n cimbio em Julhu 79, e,1uivalia
conmução {fir. 7, Steve:n, gcJ. F.aur ruas'! Basltt :ipmxiw.àdamcntc a 5 eac11dos; J jw-da ,. 0.91" mcrnJJ,
f.i iê,lu rd.itivamcmc e!.Ln:i1as, F11tt:r passeios cnlio'! Não eitqtleCCl" que a 1. • edição delitC li\-TO duu1. cfo
Se a nr.a i esrrcita. os pasSeíos de"·er"'40 s-cr larKu.S, 1961. t,;. do"/'.)

IJ 6
!

Sej:."I <:01no for, s imp,t!S:$.10 p(incip111 d• de:j urhanl1.1çlu r.ombriu». 1uja1 e 11slixi3n1c11 que: !ICj&m u c.iiJades mais
e 11 do .-lese~mpa,tto, a .stN~O que M fl(qucnoi; anti&,U. 1tll $ U:t ml\i<)1'i11 R\1'nltm ~ t• vinu.Jc:.. 1.1ue
cclificios de 2 pi.$0$ dn de longe dems~iado ft'Pft'.)Cflltl o elcnicntn c11,r,cnç\ol i,crn u ~u.d tuna cidl(lie
i.nsip.:nitica.nw,; e tcmporárioA p:aa poJcr t.:ump::tir com hfô s.tr,1 ci,bctc, e com o qual u (u.1111. de ar E um maf
J1 monu.mcnLaJ;it.adc dom:i:naote tJos esparui. A4uilo a m,-i,or d amcmo$-lhc u •C$llência• do ul'b.YIC\, Onde -..:-
que merw~ convill;, é a um ~~i.o a pé; o pob1e pe1'o cui:otVf• nas nov1ts oidu..dc,? Ou &tà ri1,c liS nnvu
c.i.,:be-~ de ~ o 1,,~1Mte uma illfiniil:utc 1crn\:e1 cidldcf; aio conc.:e-bidas e<1n10 t1 ee_,-dvn du ci,Jlldc.s
1
d:: M k nsóes ritrttadas px 8/:'l(ldcs l~gos de cimento. r,adicio:iutês, e po,tru)(('I como net,alh•o Ja -=tsSi2ACla..
Deve ser deiÃ-ario cb ro, que o c.aráctcr t'ortemcnte wb;ma? Não e ncomramoii nclui. lr,t\'OS dis,o. Em ~ u
cn·lioo destas o ~"ÕC!I não ê <.Jirigido aoli" lu~, OO.t1.SC:'1t:m103 o crc..~cimen(O de um novo kkaJ,
uquh~tos, vm.il 'fCZ ~ue na sua Hlà.iotiíl, os edifícios qoe podcri1' ser d~rito t:0u\0 ~1'1 .-bs~a,ma:r-: o culto
c-m 11-i ~ bc:m w~'lll1fo:1: péfül é, (JU:C oo Plano dO i.sobcionlimo. ll <.-umo se o m.lvimcoto para Co,~ da
C1(rál <W uqvite:çt0$ k.jam víti1'13S d:lS Sll:l$ própri•~ cidade. loC reaiiza.':se por pessoa:s e,•Hamlo-t<e
l)('lll))~wt"_. ~ - ioe,1pijcavctmcnt,~, l\limcnca.-n esta cuidadosamente. umas ils outras, i:- (areado de conta que
(ehtc 4e dit,pen."io, juncamente com a ideia de que oio escão ro~inh;is. O fC$Ulla.do é u,u ~ ~ o , o prar..:i::!0.1:0
6 mut:o ll&f:tdbcl oc, vizinhM, e de que a cidllide iJu.l õo UuJan:eulo concentrado. ;a amlrcse dirccta t.h
111:.ri• aqud• qi,c ocupa - 011 dc11ocup11. - 1,1.w ..cs:iiêucitl• do urhano. que J\~suHa como coiu:cq:UCoda
dci;campadn (íl,g.. C), Scc"'nas:c}. dcJ itl1pulso social. MudanclQ do lsohciunWno fisico,
lhna du ct.r.Cle1f~ eli"'nci11L\I d1::1 um awlomtndo p3,1,11 a.<Juirn a que~ V(ldcria cb..imu dt i.sobciOC1ismo
tr•liu:c-~ 'OUIO CClt:'1JldN dtl pt.:;SUILS e Sta'Vi~s ltMC:ntc ps.icoíngico. cma.>111n1mn~ ua1 exemplo C$daroccdoc tio
:'I t,c.ar um • ~ t c(vi,;:',)i,, (°l(,t mt1ho sol)rcocup:w:bs, trau1mcn1u <fa.(lo J umll 'll!ll•~ i~;,:ja: c:m H u '°""· N..:w

L_ 137
'
.·~
..
,':;~

. ,,:.._....i>-
, ·t:~··~
. ; :~:-~.
. ~· - .. '• . ,.,..,.,:...~-··. ~
. -11 ~-h~· "' · --:- -~
• , ; .. , •,; · ~ ,~· . - . ""· • -..Jiil'I. -

.
..·~·-;
-:,
;- .
•t
;
:-:

'
1


10, 12, 14

138
l

Town (cidi11k ri,>va de Hadow, n,.. 10). Os urbanistas


csfor,;aram cl::1.1•1unr.nrP. poc !irar partiJo deslll
4
~

pté-e.x.istênda, ms$ pcnsiw~~ia qui:: umu (·onstruçâC>


l,)csta ual.ureza M::ri11: tomada cnmo um ❖Wtt O p;'JJ'it
estimular o de:senvúh•i1uc-,1lu, impond:n •sc como locsl
(1c J\?UOi~o. papd qu.e a.s igrejas sempre
rtc:SP.mpen.ti.vam JlO ur1Jc1uis1uo em Inglaterra. f'c?o
c-onrrãrio, foi codeada pOC :t:011<1s \'t:rdes, quando me!tmu
()cus não exige m3iS qu~ um .-icct 1: i:: tu<l<I& .-is
h.:ihitaçõcs têm as trMeims vi1i1clas pard ela . De 1ui
maneira que mc~mo oJ. pontos l'lc visJa mais
inU:ress.a.'l.tes sobTe a igccja (cmbor~ intu1om1,1idos
invoJunr:i,ios. Ni:,lltr o
1.tbruptau1cnle, fi!:,11). pam:cm
c1c:mp)o. wna ruu. comercial, cm Stc\·cnage (fig. 17:),
mostc:>-1\0S C<lniu ::ie tam;ou aos vcntn.~ um outro
possh·el ce11110 1>u Jocal Je ~~~iü.cs. ~-claramente
aoro-spagsdo, na simplts COnlirwaçio Jo 11.linhamcntn
lias hahi1sçõc.s, E.m lllgar de ::;ervir como um local de
cr:msreRação. 1ranforms,sr. nom alir1Lar11euto
prulong~o. em que ns edifícios fazem bidJá uns atrás
tios u utcos. Ainda outrn açpcccQ rui l'ksia 1egrn!,o\o podê
sc:c enoonll·ado n;..is moradias em Hcmcl, fig. r:L
Qusndo s~~ <egis(M\ vari~·óes de 1jpulogi.ts, tendem a
s11rgir relit;õcs cmrci os demeutos edific,1do~ que
podem t,er u1ili1.ados etc fom1a eíi<:'a:t. para .u1imar u
conjunto. Aqui, pelo conrrári(l, tic~-&e com \1 idieia de:.
que os etlifidos descnntísm uns dos outros, que .l
cuhtbur.tção múl ua é ai..ctu. impr«i~1.
~ló COnltáriU. quaul.Jo os edifícios ,ãn idénfic<:1s, sem
pfeocupações dê c.1linha.:uenw.s e w:. cot.a.<t, n.in i;c nhlém
w M variedade mas sirn uma muuownia. lamcnti.vcl e
triste. AAA .... 000 .. .
, .. O nq:,.."n Uhinio exemplo~ o ceo1ro cí·.'lco õe
Allcy(ield, l-lcmcl Hcmpsccsd, fig . 14, <ui.de tewo:; a
gr.,1a ilusão l1e um largo contendo, sensatameute loj<1s.
ca(és, cinema e i.i;rcji;.. :Sn cnumrn, <:m h1gru- de -unt
largo ~omo clúlUlx Jo bain-o, n seu pontC) ccmtríll e
principsl, es1e é relegado parn um Jadu, C\'ita.ndo. mt
1ncdíds 00 pos.s(vcl, uma rel:içâ<1 di,ecta coca ,is
h.1hi1açôcit- que c m J>rincípio rte ve S<?t1/ll'. (fig. 15.}.
17
Interlúdio ent nh111chhl11d

As nova.(õ cidades uq1ti n-:foridas estão cm oposi-


çã.o ubsolula com toda a tradição do urbaoi~ou)
inglês, ou, de reS;m, com qufflquer utb~nismo, O
u,ba11ismo ingl& tem sido lraclicionaJmcntc ma.is
.. aberto~ (no p~ssado}, que o url>Jnismo europc::11:i,
mas este tipo de espaço$ des1.x1~rtos (:ontudiz e
compn)mete tod>11t ideia de cidade. Pcto conuârio,
lJhmchJand no Northumbedand, embol'a uât) pm;se
de uma aldeia, apn=sentú c.>(ti(deristicas urbanas
m uito c::vide1Jt~s. Com base na fotografia aé1-ea
(p1Jgina seguinte), foi esboçada a segc irttc:: ~equêng
eia de pontos de vistif de f1101lo ~ iluslrax as sua.s
catacteristicits «;sscnciais.
(fig. 16), .tproximação da t:ntralla. A .ibertucll revela
uma cxislCocia u rbana. oa pai:..tg:eJJl r tlral.
(fig. J7). e.utrada, ~om o p~1C:llJS:O bloqoeado, à frente,
por uma oonscru~do, o q,,e sugere a noçil.o etc cccinco, a
cs(Nços 11inda poc ctçscobrir.
(fig. 18), an virar a e squioa. o upaçu ~larga 1 Um àCre = 0,•105 hcc1ares. God'.s ac~ (o a..:ce de
stuprc:enden1eme.nte, tenaimwdu ou1ua gàr<~a(1ta escunl ~os) é o cemih!rio. (N. do T .)
e: ~oovida1iv1:1. ? Entcnda•be .,do res10 cb F.umpa. (N. df'J T.}

f
l 139

L
(fig. l 9). uesce re<:i111n cncon!T.:l!no, o comé,cio a orn
tadu e u,o p::isscio, l&r1,n, que- ~ cnct,e de: bAncas <::mt

1
dl~ <11$ m~rcado .
(Oi, 20), C:ll(jU3.'llo QIIC. se 00$ 'i(ll.armo~. u «:dT,LO
domf:sti...'"O ê-rsos rt:ffbdO ,
(fig. li). a .s2itfa. Ail)l't:'l 11qui, não nu, ê a.111esetUM.1

.e ~m• ptUpc.<:ljva ioccrmlnâvcl. m<11> si1A Ul't11' pc:r.spcujy3

~:
- .
cn4uudrada pcJI) cdifi<:tw.J1.>.

.,,.._,-"'~·· . 1!... CompAl'CffHle u.s perspectiv~ aórc-a.'i da pâgi111.1


.seguinte, a de Dla%s.d1land, tig. 12. e a dá (.111)1,1o~a do

~~-~~~
centro pu:• 1 cidade oov1 de Cnawley, fig:, 27-i. A,
:iib-:mb.1:.~ ao pl:l.r1a..-nentu pt11ootl•> sr.r
di:w~lmencc npru;u,s. Na v1i1n.ell,, o c-cncm f lDf1owJn
coutO um espaço esseot:ialme,ul, mbtn0. cm opMlçl\o
. r ·· _).-· ao e:sp,aç<1 Cllllen1;iu.l.i,>e1,ce ntra1 que o rotkfa; é
p:wimemado o Jtiu tri,oripdn. Impõe-se <:Ou\O p11.1c.l11.to
. . .. / \_+-·
. humano e cumu Qcdtrn. P.tn aJCm d1:no, o edifiewJu

19 -· ' ----.::. (oj concebido ~ tnasmitiT umi UV\'ú.O de rccin10, de


•wuçh~ . e de cxpn;ssi·.i.tlade 1\11 p1oe,rc5..:;j,-a
de$CObetta do Cjpt,Ç\l e ik1 oso. S5o CM.e,. os e!emcal:):s
u,
c:om que $C const:v~u, c:icb•dcs• .. um e.x.eruplu m3iS
recente o lei1ur é nmlClirlo pars o WdJ l.b.D Efü1(e,
Oltham. cunscruidU em 1915 (plt. 166). A abo1dagem
eni Cr.awlt-y. p<i( oucm lado. pan::ce 1eS\11!:'lr r.m
e~ J,uh•o (.o r-cpõdio peb, C:Oildições que gcrJlm
eug~n'.lfamcntos e: sob'l''OQCUJ.)\'IÇ_jo ns~ mc:1.rópules. !:
ocsa• ('Cnpe'l1ivs ser.1 v1ov1wclmcntc um ~uu. E uo
(Wltan10 ê vazia de tcttsáo, c~prcss.ão. rcâuto. °"
so.rp?Qiu.:. lodos (IS c lemcnlos ctit.io lá pre1t111-tJ, 111á!ô
o enC..:at: n<i isolimentn ê tJc W otdeu1 que J\CJ\bAmos
puc fie:-;.· r.om 11,quilo do tpJ:&I ~1iroos: 11m cnnjuncn dr.
.
,,0 r t>as.. Arvn-re., e edilicios. Em h1e;;1r de paiS11.J'eu1 wbllJl.8
temos t> cullo da arl,orit,.ç:M'I~cm lugar de ruas
ritm.adai. AAA!\, 0000, o cm 11.tloiar de uma
"'; ~ CODCl!J)Çâu d'1 cid:1dc cnmo wi, tu»:u' ;v.occhetadc> e
vivo . em que os. cidadioi. se P'->',ktn rc1M1ir para hcbct,
j<J~3.l'. convcrur e: eol'eU,e,c.ie., , coqia.-o psnictpai11"

..
1 t. .' no roslior dni prh·i.lê.gios da. civilluçiu. o lia vida
~-·,
:,...:;.:'fi,
i,oci.al, não leltJUS c.,ua.~ 11a,.i~; ou melbor. (k.ai1)0S co,11
a ideia de que lOdo$ oo outros cheinun nlal e por l$Sll•
e,.~-
,,. . ; ~n'lim que no1 11(1'$tcmos defes u 11uU.s _vossívcl.

...· ' .....,


:•. -·"
' Tr-ffl.:ifldO p:irn () vocabulário u1ba..,rsrico, este nrlo
u.v,.sform1' •SC numa ~ltil ct.si.dencii l de bai.u
20 dcalSicl,idc - os rc&ullltÔOS são tlcplnrivcl.a - do!tas Jc
c.aM1. cnm os l)Cs llüddos. op:ni.--in., CU jDt.h,1$ cJe
cic:llsmus foq;~ "'"'-' i:a1mntoáveis ~ U1d pidas, ~
scn~~p:'iu deprimcn1c de k: , er uw prô\'Ítt<:iono oo
sol,mba•o numa pai.siaiecu 1.1ue 1\~0 pcnc:nce nem i
ciMttc nem ao campo, e II impossibifid9'.W de alguma
'f'-'""i t.: dlct,ar ao verdadeiro c,impo. que csca lnv-..são
~uburhana H1.1uidol1, R~sulNll'ln final - couJn:io
itinerante. e O(\·:irncorl).$ clc..dos a pa,g.u- p(u hcc1nr~$.
de passeio,t dc.snccc.s.'Cirios.
liln s1.1m1, as cid.adc::s novas. à. p3.l1t llln:l J-lOSsfvcl
rneJhoru nl')t proje<.,i os das L11bil:\9Õcs., Av.en;.UDtn
ctfGim po«0 em n:lavão ~s :1ntleAl opcr~õo;
1C'Qdenciaii. E, 110 scnrldo cm que ..,;1:batn p0r oc:,por
umu extensà<J mnior de prc:doso tcm:,iu, representam
mesmo ,,m cctrt>cc1.:i,u. Na pet19CC1ive do qu,; o teu
uomc lhe.~ exi;.c:. çiJad.es oovas, :arcsar de loda u
cl\crgis. sclmini-Arlliva, puhlicidtdc e dinhei;u t.1ue nclu
1
,, se gai;tõu.. u Qüe íl()dcria 1cr sido umu i111pvt1m1te
1\'t:allm'l resultou em nada. e mcno.s <,ue. 11ad:1 - e. pu1
cnqoan<o. sem qu11l((uer pt<Jlesw.

)40

\ -- -
!

141

L
A .. REGRA GERAL• geral .. ll3S LVfn11ras nau é ~ubs1i111ido par3. cumpr~s
cri1crins~s: d~ 11lesma man1::i:a o si>1::ma da .. rcg::1t
Sm Inglaterra, o p,oprit:tâtio au~nte é a ma,Klr geral .. . em urb-ani~lll1 não é: u.m .1,1bstitoto er~z
,naldiçDo da p.lsnge111 furai. O aritigo pnlp<ieuirio , para a prNli1.-a de uma m'l.e- da pt1hiagem. Fcl~1heotc
o homem que n criou: foi extimo à íocya de o t:S}\ilÇO rurul não foi uittda in1ejrarutntc uhmnlo..
lmpOSCos. e os nov<>s proprietários., as a.utorid~de~ 113.do. Ai1\da sobrevivem uqUélas aldci,u que CJ:UJ~
municipais ou cc:ntf'jli~. hablum na cj<lad~ ou oos dam humilde.mente o i:.eu pedi\,"() de canipO e que
.seus nnedon:~. Consequentcment.e, o scn<ido da cs1âé'I preparadas para v defonJer contr:'l ob11lldo2.i•r
pf(1pritt respon$ahilid adt:, que nasce do conh.:ci. dcscnfre.:ido t..fo u,banismo da Hegra geral>< . 111:-
mcnlo ç do amor- a umtt decennin.11da J>:ll'CCl1t fOOS dcscre\'~r a(1ui um <lesses C8503,
tü.Stica, nQ(I está pl':St:llte, e f: ~ubstitufdo pot um Bingharn's Melcombe, 3. cas1:1 de C3mpo do
t:1>ntrok1 ,tc.rahneme bentfico. mfi6 remoto: é a ft'lJ'tdlia Oorsct, é co11foJ'tB"eCe. aconc:hcgada. Te!'II
diíerença entre um pai e um p3.dtuto. (Ê rl'eqt1cntc em sj ~ 111•io. um <:crto «channe,. e coc<.111tr,1-sc
ettco11tcar.sc uma a.fdei;t que pelo uu ar 1UTu1nadi-- aninlu>.d a infor-,naJmc nlc oum ,.,i-, e!,paçoso. O
nho e cuidfdo, imedh1.l1t.1nentc se demarcn do facto de ser um edifício clHs..,ificado~ ó uma indk:a.
pvnorttm» geta.l de decadtncia, dcn.mnoa.ção e \:âo do i,cu reconhecido vaJor, O vale cm si, é de
de.seu.ido e vir-se " descobrir que a;loda é da uma g.ran<lc heJeza. t:, t:.'!nco quanco ~ubcrnos.
re.spousabilidade de utni\ famflia). cru.:unt1õl•SC, proposto para elu5ifi..:Hçât) comú
A isto se 3Crt'sce,ua que u 1u<oridade~. quase sendo 1lu .. m3ls alto vaJor p!UsugíAtico• . M:1~ e1úu
por definição, estão mais mtc-re,:;~odas Jl-A arte de se trm aquj de d uas. cnridaides sep1-1rudas. cd1fk:iu e
go\•c.rnuquc t1 ll arte de urhanizar. e o que aconh:ce vale:_ se se <kscmi o caquudramcnto, utioge-s.e o
à paisiisem scn1 a fesulti:tnlc poHtic:K da... VÂnl.'IS cdfficio , e peJa mc$111ll ordem de ideias. se f\c
fo1ças cru f)IMe:OÇt'I, Por um Jndo há p~~ que sul'>stitui o cdiftcio por uma central de tncrgi.t, o
ntt\icem das 11cce..c:sid1,dcs: em httbilaçâo, C$tações vttlc:- é atingido. Nas lc(Td.~ do pruprierârio , ao
eléelricas. cl1..-cLrificaçAu re,roviária, insl.Bhtçôe1. fundo, a 1.·e miuar s 1.erspcçljv9 SObfc o vule. e1ct
miUtn.tt;li, auoporto.s, estrlWl$ e pa:rquc:6 de esta~ c latamcn1e vi.-:.ívcl lllR itlit1lt.amc;r1cc-. cotaJmcnh: in.
cionamen10. traMmissoiu de rádio, explonlçJío de congrue.1itc de 11\<11·adias. O proprie1,no pfamou
1\tinér.O.~. etc .. E pôr outro lo.do há ptt:~"-ties prove.. uma faixa de cas1anhe:iros. <1ue fu.nciomun como
uieo.tcs de e,rupos que tcnt"m 1•rescrvnr e& paita- cortina, d6 modo ti <1cultá-ltu e a prcsc.rwT a
gi:1n, como o C.P.R.n. 1 . tmidQde do wlc.
Núô é pon1u110 i::uprccn,ftnte que 11s a.ucoridallt'.$, A ameaça 6eguinte, a <1uol de resto nos diz 11,qui
na sua lcntatiV'I\ pl\r;;: conciliar estas prçs54)e.') numa ,na.is din:ctamcn1c respeito, suriiu qua.r11lt..1se du-
única rcs1llhl.11te . rçt.'(Jrtllm l gr.11\dC-$ pri.r•d1koo cohriu que a Central Etec111cily AuthotityJ se
que, duma maneiro. tttral. ou funcionam ou tentam prupuoha fu.cr pelô vatc uina nova linha dt 1\lta
fazer 1.lo mal o menos: a .,regro. geral• em urba Tensãu jlÍ que acontecia estar Hô caminhu euhe
ni1:mo. P()ole e Ycu\'i l. Como tt.$ultado de fCuitiões ecu:rc
J~o no cnumco não pode p3SS3r dum alibi p.ira o as: tri!s partes inlcrt.Ssadas, u pmprictârio, o G:abi-
1,aisttghua imagio~tivo. É cx«utatlo por- proprictH- nece de P1aoeamcn10 da Allt3I<tuia, e a Centrul
rios auscc,tes que lê.ln &penlJ~ um conhc:c.imenro nlectricity Authority, cooconJuu-se num trajecth
mx.,ginaJ di:t u1•1e dz p:,i,;ap.em, 1:. uaruro..l qt•e tudo ahcrnarivo qvc evicav~ o vale e 1.tn;vessavi tcaas
isro ucabe l)l)t conduzir a abusus e eseAnch.los. ará"cis. com urni, Cú t t'I mllis at1a e csc~sSôs h:abi-
Talvez p0s.-wnot1 esclarecer esta .shuaçr.o com um tanteti:. Arotdo esse que foi po:ste1 lonnCJ1lc re~in-
p::que.no cxem1\lo. A famiHa S111ilh, de ofm) ma. dido e, na altura em que csLa.~ linhas foram
nc-ird ~ral. cofo~ocarneiftl assado io domingo. A esc.'rita,. a silu~!rkO c:ra cssu.
sr.ª Smith, nocnhmlo, como boa dona de casa, .1c Não ru,.sentido! Pelo rnctU',, não í11~ sentido
não enconlna um Cl'IJTlciro com bom aspcck,, com- eoquanto fliio 1\0s apeTL,:bermos ,tu que a Aut«r(1ui.1
pn:t (IIJ.tra cois>i qualquer. A sr.ª Smilh adoece e o eslã a tentar prc~er'Varo "N(wde Do~, e que tt1d.Q
s.r. Smith vai às L'(Htl].)1':lj. Ele Jlão .sMJc quase nada indkit que a ~reira g.era(,, n ap1tc;u aqui é que se os
sobre cunu) fazer compras. mas ~Mlc qu.e geroJ.~ p0stes de electric1diul~ o~rldcm , devem pcml..(1té -
inente ao Jonüngo corocn1cameiro. Ottal m.:inel,·a t:cr escond~k,$. Consequientetncntc tli=vtm e..,.i,ar .,
que insiste cm comprar uroa perna dec-ameiro, que hurit()C1ce e, custe o que cuslar, otrucssnr o~ vales.
ac'lba pol' s.cr um d~.,as1rc. O tist.cmit tio -regra f pn;ciso con1er canteiro ass»do aos dor,1i11~s
1 Ca,usacil of thc t-1n::.etvarion of Rurlll E."'le,lsnd, ort•· ? S.chedulcd building. :i.o oriein1I, o qoo ug11iftc1 que
ni;,.açiu "1iv11da fund~ cm 1926, visa l'I prole("Çtr!0 d1i ~ca:on<tl\ cntre OSC<'ml de 170 000 .. ft~d b11ildinp .
pás.li ern rur.a.l cun1r.1 ,'\ ~ ali~aç» de ~estal! obnis (c."'t•• ()li ~ja cdlHciO! de rc«,uhcddo interesse 21rl)1Ji1..tCl6c1i.,
d.1s, a plorll\Oes mjl\elru, redc:s clét11ica~), rnas ~:t$l!ntd CU:), (N. do T.)
iguttmcnle um rapei 11.clu~'l&c no .es!nrç.o 1k. ptc~rviUlâo
de pcqueuas. cldadei. ~ 1ldciu . e dn~ 1eus. cdlti..-:ios e ! Empresa pU.b lM.:a tfütribuklvni de cncryiú eléctri.~
mooufl'lfnto~ histúrico,. f,V. du T.)

142


{

,oe.smo ~l•t n(J~ cn\'eoene. Pi.U'CCC c:videt1te que :.l


l.inhu A. t', deveria evitar o "'ale e seguir u trnjecoo
vllCmfllivt.l. Se as..~lm aoontcu:r, ticarli c11tcmfül o
que a imposiç-lv ucótica eh .. regra icral» o1io mais
será CA>lcrn.d.o . mesmo q uimdo aplicada cor11 a
melhor das boas vomadcs.

Nota: A ., rtgtll 1<err1/,. JKr<Íeu esu1 baUJlha. A


(i11/l0 A. T. w:1uulmcmc em:onlm-..>tt 5 km mais "
1HJrle. passando JWrtumo oo largo de Ringham·s
,\-lelcombe 1.· do seu vnle.
1

1
l

A e.~.• • Atu~ ))c(Jtntc. Próximo do n6!1,


Bi,1t.,i\jm's ~ctc-ombc. A nossa ve.a·spec-ti"'I sotn a
proprii:darle MCMIU,1-e bloqucaJa ai, fuodu pOr \WJil
JiMS di.susnte Jo 11,or:1.dfas e construções ruraiJ. 1'a fi,!:.
à di.reit:l, cm cima. u pruprit.tá.tio pblllOP um
.ali.nhattteulo ile cu111nhcim.:. os quais. com u WIIIPo,
ocultarão es1es ot"difiâO$ e cowribuitio p.ara pto:;orvlll' a
uoidl'lck; do vale. M-.s e.t:ufa tOOo perdido se a lil'lhll A.
1'. pJevlsta (ftg. i ~ - c:m b.uxu} fos~:e coucrtfü.oda 1\.
l'\ltcrnatin ~ a ci,~ slmplc~mente p11rüd~ da
loC)Oi:rafia de mudo u p10CG&e1· t> ~ctifTcio e n ,11.lc do
Clie'~lo ()1)5 fio!I. A allcmwiva u um ls3jecfo ~
lnn~ de um valt 11.ào L):'IS.,A ncccs~ameote au lu1t~
tl11:: nrt11l cumead11.: C a aJk'm.tli\·:\ à .. rqra zcnl", e
1raut-i1e dl.l explorar s.<, pos:!!ibiliditdet dit (OpOgta611 ~ dn
rele"'ª 1.•u111 al~úma <ies,tnn., e sabnr.

143

L _

1
... .,,

..MF.üRA {if'.RAJ..,.

Pu·spectJv3 do jal'<fol'I dt
Bin~hl\m·s M{~lcombc,
mottmndo como 01
de. A. T . virurTl
)IO.ltff
dctfip,r o
cnquadCllmcnto dum
imponantt e c la~~itic;i<Jo
~,,,.

Os po,,cs ele A. T.
acon,panhando a cstrnda
do wüh:. A imposição dA
• rc111 1or•l• ...,.,.,,.
que ••,..m ""°'
m:.iuria du 1 ~ . a
pela
Lna.iori" dM vC'ZC).

J>1::r,1~ tiv3 do vak


mo~nmdo como a
11Jis:a,&em blM.'Õlic~. serin
c:$11llloç:lda pelos poslcs
de A T ., O!. quais
incllkru.duu:rue. devido
à necenldadc de; ,-:gerir
c 1r1 linho 1ecta 5e.D1PfC
que l)Olfsf\'CI, 1.eriam
tendblcL, a conar &;; urvas
e <l rffl\lOC'2t. pon;.U1tO , O
aboc de :Íl'orc,.

144

-
f

AUAP'T AOILIOMlF.

Os po,ic, <lc A. T .
a rc<:H rijlH tSIQ ('M3
isoJiufo, 11111s jA que r.e
nata. dl'I eieolha tlc 11111
mar 111c11or, p<1ucns
pc.-:"')soas podçri11.r'('I
serr-ame11te sustentar que
c~(ê é u m ln:\I u u1i1)i.

A cstrndtt. <lura..nlf!
g1-and-e pane do seu
pe(!:ur.~(.I, _; p1otesid.a l'°t
um~ sebe Hlla rrue oculta
• linha de A . T. que a
;icoinpanha por trás.

Nos pon1os cm '{Llc a


sehe se lnteaompr.. ~
Jiuha de posce.s seria
escondida pela incJin3ção
da ycm_:,nle, \.'UlllO moocra
este diagr;un:t. fi. este
lipo de paisagismo
r.:uidadoso que nos faz
falt:1, e.m Ju_gat do
paisl'lgil$l1MJ da • n::grn
ACrl'IJ,. .

145


ILUM!N/\.Çt\() PÚB.LICA nando os edifícios ridtc..-ult'IS e miniau.1.rizadoi: ou,
como cm Klngsv..-ay, p. 146. falha como contributo
~l,l ucçâo ,..,.,m,~
dirigjr a no~n atenção maês para a complexidade da paisagem (que uma rede
p.va O icnt)GCl0 prvvt)i.:.udo pela inst3Jação de sist-e• dctxnk tem obilgHÇit.> t1t: fazer por $er 1lcma.~iad1-.
mas modernn/1 de ilominuçiio públio \Ubânu do tímida e insigmfic:ante.
qut. propriu1oenc.e. plVa o <Jcscnho du peças e dos Unidade ci.oélica; Ou st.ja, a unidode do movi.
candeeiro!, b, cvide,ueine.,ue Jm1,ossf vel disM>Clat ,oe,uo . A 11 1aioriu da,. R:des, c:n.,;unlrum-sc, clôlro,
este~ d<lis aspcctQS, jii tjúc. C'On'lO em qu11k(ue1' cm viii qt1e de t1ma maneira geral tcruismitcm um
outro uspc:ctú da paisagem urbMa, tú duas !a.c:cms movimento Ji11e.air. M::as, e o~ e~tudiosm d::i pai~a-
que nos t.iizcu) <espeito: ptimtjramerne, o de..,tnho gt111 urhumt S1:1.bct11•nu bem, há 111ui1v$ v111ro:.: tipo~
cu1 sL e . cm St!gurukl lugar, w rch,ci<fflaçáo ou de recintni:: uti>arMU:: pn,çu, •i.:NJi$$Wlt .. •1, rotuutln,
m<Jnu.iem dos clcmcnlos desenhados. No cnttnto, espaco1 delimllados. etc . . que rcprtS<:nlM\ e~p3-
e d-c rnomeutt), devemo8 louvar o u abalho do çM di= 01aum mndo t srltti('C')s . Nes.-::e~ Jncai:, to,-.
Council Of lnduslriid Design I no ip:rír:.ic,:o~mcnm na,sc impon11n1c que ftS n...,tr:s, sobro1t11lo (I(•. diu,
çlu de::.enho . d3:s pc.i;as.,. _c.~oonccntra.'T!10--oos 110 não venham in(t(ferir e- destmir estn qunlid11de
cícilo global do montagem das i~fk:-.. t~sl~tic:Jf, t n..t)lw:ndo 11tOOUJ1t<!:11h) ~ 1111 SêU próprio
Há tJol:, ludo:-. a COtl$idera1 nesta que:-.tào: ~::. movimento.
11onuas técnicas de instalação. e. as ex.igêm:ias Rigor. há ahuras e luga,e1; em que é diííc1J
pvi.su1;ística5-.. t,::C011C'iliat $:tfu::r mnu r.:de mlúdo;i1a ~um U1h
ln:m1JvçOc:s n:ccotes (pós-guerra} na Grfi,.füt:Ju- dctc.nninado espaço. PtTI$C-sc numa ponte ccccn(c,
1\ho bn.,eiam~sc no princípio da cvhão cm siJhucca,, uma pe,.a c.scuJpida cm bccão armado, e por mulJo
QU do tumi nô~id.ode da M.q.>tifiC'ie du rua.,;, Uma q~ se teme. o sistema ct'adiciooal de iJutniu.-ç.ão
vez. que t: cc.:unornii:11mcnlc: iurpussh·cl ,'.11,oulur ►i ttlravés de fontes de luz i:oh.:,cad<ts ~ubre poste.1.,
luz do dll\, cm que 1.\ supccficic da vinc os objc<.:tos vem contrariar as qualidades próprias dessa c.~tru-
que .<1~ tnCC>ntra,n M)bte ela são visto! Cl'idltnenslo- lUHl. V"n também à ideia ce11os Juga1e:. como o
ntilrncn1e e: c-0111 e<•r, w 11tcemu1ivt1 é u..:ul' u1nu Lvr1juu1odc R»dcliffc: Cameru em 0.xíí,n1, e volta a
intensidade mais frM:11 tlc lu~ de mQIIO ti Ífl.ZC•ll\ pa.rcccr difitíl reconciliar a pr.itica profissiooal
retleclii' sobre a supt.rfície da via de mnneira hnbltw. com o caso ponlcular. Por outras pala-
unifon11c, de llll m<Mkt que quulquer Ohjc:Clo $()hrt vr.-s, e como 0.'1 U(l~i:01': ei<empk1s vi,'»O de.inons-
ela seja visto como uma. silb11CCa que o olhxr pode trar. de quA~lo cm qu1tntlv lvm:, :;e neoossúio
interpretar como .seodo homem, cão, caao, obsr.í.- recomr • soluções que fogem às •~sras. mesmo
1.:ul1), t:IC. (Cl)100 \'êlll de~IO u(l Britis h Siandllrd que isso sign.iliquc Alg~•m Sl-\t:riíício, e um de.ur.o li
Codc of Practicc CP 1004:1952), 1 inventividade. Se, por conscguin1c, o ucb:lnisra
O s istema baseia-se nU111a ilnminação (tnifom1e a\·ançar es1eJ poncos como tstenci.iJ~ para 3 cria-
e.la supe1fície da vi.a; não deverão exisci< zonas de çit<, e pn:Ser-..,a~ão de o,·ulon:s urhum)s, e simult.t-
csc11ri(lão. P ilrH ~ obcercsae di::ito, t•8 fontes de.luz T"K"",.arnenlc o cngr.:nhein.> d ec:tnllécnico sustcnlar
devem ser 1oc-aJ.iz.3das com um certo rigor 11mas cm que a •iluminação eficien1e,, vem em pri.meim
rêlnç~o à~ ouh2..~. oob,ewdo em curvas. /\ alrura, Jogar-. e nã<:t fol' flOSsível qualquer roinpromi.SS1J.
{nclin1\çãv e lvc::ali~o 1..X111it:ç u111 o assu111ir' 1mui lcre-J'TlOO<".ntio cbl:g,1110 a um impas$C. Felizmente a
..:enft lncvíc1,bt.lidadc . Junlem•SC fl isto as ccc.:omcn- 1ituação não é estática. Mesmo assumêndo a vaJi-
doç6e• do Code Of l""°cice no. O>Cnnte õ• co10• d3de permattente da •;isâo em sHhuera., wna iasis-
(du;: !'(mies de 1u1,) para vias do (i,•upo J\ (7 .S m) e lêoc.-ia do «Code of Pr<1C(ice.. , ~ul ? .5 m e 4,S m,
do Gn,po R (4 ..'i m). t: lt:lll(JS, t: ltl IOdi\ 1\ :,u:i. rcspc:ctivamcntc para \•ias dos Gropos A e B,
amoridadc e incvu:ibUidadc um moderno sistema npartce.-no$ como a onunciação forçad a de uma
llc lluminaçJK'I põblica, que dedila nrl'avl.~ da regn que 11em $!etn111~ pode,.J ser a.plicada.
ci1h1de c..-oroo uru c_xél"till> de foo ul!~S g\Jc:m:ir-.s. Pmccc cvillcnlt lfllC v ~scncial c.slá cm a.tin~
Observemos agora o outro lado da qucsH\o. o g.ir...se. uma llumina~Ao supe11icia.l unilOffllt. e n,o
Jado da paisagem u~na. Uma instalaç-ão dgida e c:1U especitiCul' COf11u ~e pretc.11de vtin~ir 1111 íluml-
$flll c:$Crupu106~ e u realidade daS: c idades e vila,-, n,w;ão. O sis1cmn. TIO entanto, encontrou o lCU
~íi<J obviamcnlc incomp~rivcis. 0 ,1rtut maneira ge.. Waterloo em M.ilborouih (WiJts) ondt uc,iou um
ral há três. exig.mcias que o urbanista coloca oo
engenheiro electtotécnlco.
Obter: unidade de e..-.cala
unicla<le cinét\C;\ • Ocg<1ujsmo e, i:-tcto cm 1944 com • fitrl11.íd.ulc de
rigor i11uod orirde3;g,urrs q_oaliticados n~iod(Mria.~~~bck-cer
;)((t1Jdmás spmvadas em di'sign i.odusrrial f/1. do T.).
Uni,d:u.lc de escala: a rede deve acompanhar' a < Códi~o que reUn~ o coujuooo de: ncwmu ing!es:ts e1n
csc;.la da via ou do reciuco . Tl'a111:gredir eflle. o,igor para t:'-uc.la a<:1iv\d,,de soctori&f. (N. do T. ).
p,riucipiv u:aabi.rá pur rcsulcar numa rçdç que oo J v. ti. Royall're.::.-.:,;:nf ,cmHaxtoo~ll:Oecliffcin
chun., au:nç&> .sobre .sl própria como consequência di~puSlu ao longo dum .aJinhamer.tu ol'I croi:;;su,,•r (N. do
d!\ SU3 GIIUfO ou c11ve1·0-aduru es1ni,,1100r~, ,or~ T ).

146

1
!

prucc1entc. Embora Hl,gh Stcee1 seja uma viu do A Ju'I.. Pucquc niJlB,uEm melhor do que eCe 5Gb6 u
Gnrpo A, as fottles d e lu? fora11, 1hori~11s a uma flcxi bilidl\de que"~ sua:, ~luçóeS pôde10 lilJ:).u111ir .
~ rei.ativa de- 6,00 111 <lt modo :s. prt5CNlt :1 t:ncora,· o projccto de uma instalt'çSo <.~lécuico
11iúdadc de escala, após insir.têncfa ae..~se- se.,nido como umu cie.ncia tuc:11, parece-no~ t'or,;lldo, e
(b cRoyaJ Fine Arte Comi~1ioo. ' Tanto mai, que a conduz « OP!:ÕM d1,gmã1icas. En,;~nrr 111011 i1'sti\b,-
.. vis.ão tm $ilhueu1 .. é t m .!>i, uma fonn:i pouco ção eléC(J'ica Corno um t.fffl)tnto dcs!ig_ado do
$ll~fa16rit1 dç iluminAÇ5o. Se uma ~ilhue.1:1 $iVcr tedd<1 urhanô, conduz inevil"'\-eln1c!lte a abuso1; 1e
auis de uma. $Cguttda $ilhueui, :-i6 sc:rí ~ish·d uma oponunillgdcs perd icb~, e considerar a luz c1,mo
delas, e ~~are1,,os i::nUl(J pcr.anlc o pcri~o dos sendo de uma rilllr-.:i oature:z.a, eru relaçâ() à luz das
roo<oris,as scrcn1 ineapa~s de lacaliz~u il te.mJ)() montra~. d<is J•fojr.c1orcs de i11.1.minaçi<1 de f.lcha-
pecx.s que surj.mt 1)0'tnls de ou1ocam,s. Actual~ <l.Jis, ou dt1 iluminação de CHsftS puticu:Jarts, v~m
mente, oo entimto, já se encontram cm Case de contribuir para a esterilitb.clc da pais:igem . O que
çO(lle.ICÍalização fo ntes de Ju1. mai!l potenlet, (tl.9:: se torna necessário fázcc, eutatt, é in1cgnir (1
21.sscguram uma maiol' ap(O)timação à \•iSítO 1ridi• iluminação p ública no teeido e na penonaHdode
mei.tsional noema!. Com a implantação destas pi'ópda de cndo ag_lometado. ranto de dia cum<J dt:
uo"as foo1cs mudará scgurame.nce toda a cotnpli- nvite, 11lúnipuf•11do a luz. e as f.u~ fontes com
cadH disposição da!i accuàiS ft.mh:s d e «visão de inteiro conhecimento e ded~ a c-ssc, me111uo~
stthuela•, já qut qu.anco ma.is abundante for a hn_ agJomerados e cidade~.
,ni.ior Ocxibil.idOOe se pode esperar' dt.1conjunto da,
rede.
A muncJ de ludo isto começa a tomar-se õbvia..
Nós limítamo-oos a f:iz.er um apelo »Ocidhilidtt<lc. • CÜmiuD.ocomcl\1'$c:1cr wni1ul1l\'<>.criacbcm 19'14,pani
O cng:e.nbeim electnnécnicu, mtt.l lenha. a COD.1J)(e-- a5$1,lir • Ucparumcnto~dt, 1:i~1a.:Snarrawê,sdt: y.wc.-~e, ~lnc
c:nsão dJI J»Jisa1çm urbai,a, cesponde, manir,uhmdu qucstõc,: do .. impurtil.nnu u.rtú.1tl"11 pütilk:.1 ... (N. tM T.1.

• Code uf Prndil.'V»

A vi~ào ~ilhueta, na qual a


supetíícic 1tumir1t1dl, t1kS
vias nos uansmitc, como
silhue1~. os objectos que
sobrl: cb, sç encvntutCT1, ~
ittcquivocamentc a pior
Rlle:nutiva. Conseguir uma
itumjn~ção em que nijo se
perca a noção do
uidimensicmal fol
co11Sidcr.Klo como pouco 2
plausl•el. A fig. 1, mostra opções de ilummação com
o absurdo de se tentar obrer escassa se..isl.bilidade. ou
urrtá V\$ió ,wnn.lll atr.1 vés da mcwmc., hNl•iii. num
i)uminaçio anificial; d1;1í v univci,o (fia. 3) cm que
. Cod.e of Pr.l«ice•, bosca~o ludo •• rogo pela.,,.,..,
oll . visJo silhueu1.. (tig. 2), prô1wi~ lei~. dei~wndu
que nas n ~ c~do.1. pot.11:0 i::,;ru1ço para om.t
re~uln írequcnrcm<:nlc em vbAo ,lc conjunto.

a
147

1
As llllicht•ft~
na pai~ogem:
escal1t
Todos Q\IO~tnos uma bo.:i
iluminação. e cstamo11 em c«t
qt1~ o res:4.eho pt:\>J pai$.;tgcn1
uâo a c.xd ui. Há três
exiS;lnchu que o urt>anislu
dc.vc impor ao cleC'lrOtécnico,
A primeira é conscr,.•ar o
::i:t:nlido dll O$C.ilfa. É uma
noçio (azoave1mente simples:
ex.emplv~ de ins1alnçOes L'Om
uma esc;11l.H ad~quac13 à
silu1tçlo encontnuno-los em
Hllficl<l (118. 4), Oulwich
(fis. S). e Pinilico (fig . 6).
--·•.....:.... Em haixo cncvnlran.t•SC
,'••
registaclos•tt·ês h-1it~$. dOi$
~ -, .;,•:. deáes (fiJi$. 7 e 8) çm que ••
fl, 7 inscalai;ão t cxcesslvameõl,lc
8, 9 grande, e um, cm Kin,g;sway
(l'ig. 9), crn que a i:nm1li.~ilo é
dc:nl 3~iado p~ue11a ~
insi.~ ilicantc.

148

1
Ur1id~de ci11~tica

A unidade cioética é
talvez o•~is difícil do se
analisu, mas não deixa.
no eJJtanto, de ser
essencial parà f.l
paisagem. Na fig. lO, à
c:~q., h:moi:. wna aldefa,
c m que a ru~, de
comércio transnútc uma
nCJ~:~o de rcci,u.o, dad3
polos cdiflcios rccuO(k,s,
e, po.,~ al! ,n ela poute, •
nôSsu yx:~pccliva é:
obsm•ida por
arboriz3Çãn. A 1>miAa.Sem
t e~rátjca, enq1131110 <111c
a red~ rlc ilaminaç-!o.
aclapcada na fis. t 1, a
atravessa d: um ludu 110
outro. A unidade cinêtica
• e;tirt.,ç,,,Ja.

10

11

149
IL_
Rig0r

Há süua(õcs em que uma


i-n-s1alação m,tli<:inual não é du
todo precii,,a , e cm que, énlhOt3. :t
luz seja ncc~~,qária. uma n!df' de
i11.11oioação nunc:a ro,itribuic~ p.ar;,
a purez.11 d3 p3isaacm. Na Pont du
Canoo.scl. cm Pati~. a Uufl'lêrrnção
é conseguida 8U'>tvés de fontes. dt:
hu mon1ada:-; :i;obrc postes
ltlescópicos, que sobem ao c1til'
d~ n(lite. Na fig . 12, o<> alto. na
pont~~ ~ol,1-e .:> .\.1cusc. em Oin.aru,
úS fontes <lc luz estão c:ocutruíd,...s
13 14 nH 1nópria guarda (\let cone
trMsvc.rsi.1). f\!'a Rack:Jiífo
Camcra, em Odord (fig. 1~),
seri~ •~rxh\vcl ver p<i::.ta tm
práliCJI 2 ú11ica sotuçàu p<:$Sivtl. à
itumin3-Çáu c1,in l'fojeccorcs
<fig. 14). Toe.las ~sla!i soluções
custam de rocto um poua, mais.
mas cspt~nM;e vivamente umA
certa tlexfüiJidallc: e10 rel3Çflo a
l~SSl:':S 5 % adick)nai-,s.

150

1
Para uma maior
Jlexibilidade

Ma) se aprcndt~tt avaHa..·


devi<lamentt 1\ paisagem
url10na , cstú dado t)

primtúo p.'.\$SO no
,enlido do flexibilidade.
~hrlboruugh in$lulí>EJ
rcc.cn1cmcntc uma
i 11AU1.lnção de Huotinaçào
p(iblic:~ 1; n• qm: A$ fonlc.,
e.Mão à discAncia de
1 lS, 10
6,00 m do pa\•imeoto
( fig. 15), conlntrianlt:lllC
ao Code of Practlcc, que
reccnne1xl:i UJ.na di~tãnda
de 75 m - li& · 16), As
fi)!,s. 17 e 18 m0$<tNl1
1 que a m1)1e.11ic.ie d~ via:-.
pode) SCT il111nin1elx de
m~neira unlfonne. :,pesar
d••~ \'.iufaçh~ aflu.('H
l
11 lt

das fontes de l llZ,

numênasão experimen1al
junt-o a St. P.in~r11s
utilizando fonte$ mais
porentes. vem sup.e.rit'
tfttt- nos urasa,vnus d}l
teoria da evislo
silhueta...

15\

L
f'l u il,ilidade

Aprescrilú.u\O!I em ba.ix<l, com o fTl.itior f)rG1.tr,


unl~ f'l.ll'l.((UCtc preparada por dois engenheiros
eJce1t(l1écnico,, e. R. llickocll, M. e., B. Se.
A. K.C., F. 1. .E .• l: J. T. Gruady, paca Hu.strl:lr
uma sun pttli:~Lta s.obrc ilumi1\~ pública ii
,,Association of Pu.1Aic Ugbting EJ,gineers».
Acreclium11n que o im.pllC(O -.·isu.aJ, da rede de
iluminat&o pública. 1cm , de dia como ele nQj1c,
raT1ta imJ>01tãncii1 como n.s su:-cs vi11udcs
cicntíficll, usaram c.stu maquctc pm'lf JIOS
1rans-mitir e:sla idein..
<.:it1mos r, O,. Loopold Mn.k, Jc Vi.en:'I, , nbre •
tncalltitÇilU CX.achl das t'ooles lumiJlOS/\S, na
ll&,, 2t , à c.<q.: a ~mbm sob s entrada, e noJ
des;i'ailS, f,-:rodtat ú e~menm tbnnaJ, en(juMfO
a hn liOhn: • Ocm:.ita sugere o elcm::.nto
, imptrieo de.ita f'iura. Qualquer 111uJanç11 n2
loc2li:i~:iu do. fonte de luz anuit,&i.a ,:,s:La
~ . w A pessoa cnc~gvt: <}3, ilumioação.
rocn a sua C'!'Xpcrlenoiu. J1;1v(:,4 s11bcr k>c:s.tiá-la.
~ rnor1n Anhtcr 1;1fcilih comn este. e ~b-fí
se am.:ir 11 ~ua ..:i\h:ade, ,~ /\ ~u• profl.SlôÍIO

A, tiguras 22 e 2'.\ (em balxo) moSlr.un a mesma forgo do munictpio ih1111i,1udo por fontes
1.:ena co1n difet'entcs cfoj(r,~ de iluminaçâv. O.a colocadas ern pôSJe-s, 3. 7,50 111, e iluminação cm
csq. para a 1li.reita; uma via corn as ronces a con~ofa na pm &a11 dd autocarro. Publicidade
6,00 m de aJtura, de modo a conservar a ilumlnad.a com projcx:cvrc,;, hem como .um b)oco
arbori1.ação. Pcrspccti"a ()baruida pc:1r vitr~l de de apanamcnt~. Monumcnu, »Guerra iluminado
isreja. Um" lante1ua vcrtiCRI. " IU,SO D\ Po' projectorcs col<)L;udo~ dentro <.la jguw que o
fu11cionando c:UnKJ farol para çondu{()1-et nos rodeia.· Edifício com í,u.:h11dt1. - cortin.3. c<mk:odo
,,ri.nt:ip»is cJuzamc:nto.s. Jl'wni.nação e rn t:n11~la ji o sislem.a de. ilwninação cio e~paçõ 1111.blico
110 poqucno cditlcio recuado. A tot'fc da igrejM. crt\'Olventc, ilo1uina11do-i::e lntcrionncnlt: ilC'I cair
iluminada pot 1,inpa<ta.s de nc•;atil'o, de sótliu. O da noice..

152
'/

PUBU CIDADR UE RUA ponan1r. do séc , XX (ID.1'3. a pais11gcm urha11a. De


no\te veio criar uma p11isagem inlciramenfc uova,
EsttJtnho., pa<.lrõc~ l•~lram ~ clu..,, ímensos an(m-
Os anúocios e publicidades 11aS ruKS. embora cios tnmsmitem as- 1ílcimGs notíci11s, h>r.es brillu:1m,
qua~e totallhente iA,nor.Mios pck>:s u1·banist1t1:>, consM svbem e ,lescem, dci..undo o cilA(.tino perfeita-
lituem uma CQOtribu.ição (ba.mw1e óbvia e Fre- mente. fascina•fo, eaqu11n10 o urb~ni.sta, apac::nlc~
quente) pata a p~fr~nsem urbjr'la. Toma.-se muilo mente, Se: mantêm impt.rt.ucbávcl. Toma-se qu"sc
difícil, fo lheando os clcsenhos de perspcctiva de dt'...<:neccssário referir qm: coda cslll puhlicidiU!e
possí vd;'.: cida<.lts rlovas.. c,,conrn1 qualquer ~re- deve s~r cuida(.)o:sa,nenu:. controlada, e que o llpo
rência 3. puhlictdadc. C. no cnll:ITih'> esta parece ser. de obs4-enidadc das figi:;. em cim11. se: di:,ve.n, evitar 1
ao toeio de umta cois:,, a contribuição m11is im- todo o custo.

C:nl cima: ri,Kuru11ru.\1ente a evitar. ~m l,alxo: Drolldway, mau '°'to e vitaJidndc:; ll


tOl'l1ldl ruai:s corno eslíntolo d u Qt1c cnmo moddo ('\'ct
~r

pá~ k7),

153
Mas p01·de ptinc toda :i publicidade. aquando d<1 ~entalivos de 3t1nde paste das objecçúcs levanta-
arn:icijo urbMtsrico da~ novr'lS cidades. seri.a um das ã pubJícidadc:: c.xtcrior, no catupv ou na cidaúe.
prclencio.sismo, reminiscente dos tempos cm que o Al'f'.UIHenlo 1. O cavalo 1:>no-K:o de Uftíugmn e o
projccliua ignorava tudo n que escapas.se ao ~u Gig;m(c de Cto,e Aboo.s úo incoognienres.
gosto riesso.1- Quru1do, vehl. primeira yez. o,; Vcinus. são d1ocu11-
()s 111.n uro grande!> :.raumcntos utilii;i.tJos icr.i:J. te.\. E 110 entanto não véul dc$figunr a J'laisagan.
lll!!TIIC par3 C0-11lnrri.sr I publicidade <lc C\Hli Gfie't os 1,e.k., C..'<.mlririo, justificmn-na pch1 ineongftlêncla de
.seguintes: escalas. Mas se o Cavalo tlt411CV Munci3!\~ L1rn.t
l. Os amincfo~ .$Ao incoogrue.nth r. pottllflto maiea de:: Whis.k.y , e o vulvroso Giga,ne l•m pro~
contr.itios wo bcm-e.stat das pupulaçóe..i. dulu p:u-a tomar as pc.s.soas nu1i~ jo..,cns, seriatn
2. Invade,n O$ espaços públicos, e os hahihlutcs incongrue111es mim ouu-o M:ntido. Temos u$Sim
n:iO lêm oum-. remé<.lio senão repnntr neles. d\"li~ tip(ls ílc incongn.têoci•s. u rna vistJ&l, e o ull'fl
3. BanaJizam o >1111bicmc e vtnl degradar o élicn. Vohruido à cidHclc: cm Vaitity Pair, com as
gosto populHI. sutts: loja, e ruo.s éhei~s .Jc geme, teatros e uJõei d'I!
4 . Dh;ti.icm oscoDduto-resc os u1cn~lõ: do.s \·ias. d:inça~ o segundo 1ípo de incongrutnci:a...\ dc:$)tpa•
rccc como por t]1Cunto, A.s pessoas L'on1inua.m a
Vale tt peno .:u1rdisar este., argumentos um por .tostar de COl"llpntr e vender, de àrmnc:ior e rtpa.rat'.
uJ"11, uma vez <1uc podetu ser con.dder.idus rcpre-- Fa,. parte da nos..u civilizltção. A 1)uhlicidadc é

154
I

A d~cor~o de cditlc:in\
t.ltl\'êll -.la publici,da,,:f,e.
~riu nu dc~cnhada. pode
sc:r t0•ls 01"8-':tiiad$1 ou mal,-
infonnal. mas de qualqu~r
(l)rrn3 1rlldu1;.~ num
11-:Ji~illlU ~ 1iQllCl:\ C!U
cor e fomua.. ~uc pudi:
~sultJr et)C-.rllajor.

1
1
....... _,, ... -. .

nc~!ite Cú@\ wn factor nonmd dtt vitlu o.:as cidades. gru:ro populir, (lut: já dê ~i . nlio 6 particuhumen1c
Rcf>ta,nos a),i.i,n~ apenas a incongruência visual e cduc.ado, ma.4; ccrn um granc1e 111éríto, a sua viuJi.
aí esrâ algo que scgur;4,mence o utbanista se deveria c-hule. Encerra,· a publicidade 1tu11\a cami~a de
a.pn:ssar a ~har como uma impurl~tLte: ajuda. Se. rorças, rcslringi-lu, uâo virá bcncfi&:i.ur <1 go~t<>
Í<K po:ssê.,1cl 111) leitor encarar a ci<ht•lc cumo uma v<>11ular, e por ouuu l»do, ~tjra.the a su:4, vitaH..
paisagem cons1n1fd1:1 pt:lo homem, podemos tentar •~ele. A saída e,f;I~ Kgumina=ncó em deixar que
1t,11l~pú1' os cavt\Jos bra.ntos :: ~ 1dgantes das 10dos se numife:.\ltm, já qut: .t expressão O cm s.i
montanha~ pai'~ u1n Ú(>O de pub1ici1h1dc: de pi:dta e uma forma de et.lucuçlio . Desta mimeira, a (>Of)Ula.
co.l, sem perda de itllt,gridade. çiv e a publicidade cv<ituir.00 cm con.junlô,
Arçumenco 2 . I! inteiramente verdade que , Ar111mcnlú 4. Os 11nú.11cios vêm distrair os
pubfü:idad.e iov3de. espaços pllbJicos, 1na.-. J>3rece condutorc5. Qua11do cal ai.-ootece. !ão de '3cto
1.1111bém •fií1cil er,coniror outros locRi.s onde 1:e prejudiciais, e o urba.nista dcYC to1fül~lo e m cn,,~i~
J>OAAa convenicntcmcnh~locoli:r..at. (lcn1çnô, mas c stet. perigos :siio fn:,que111õ111c:r1lc:
Ar111111e11to 3. A publicidade vem deg,-ado.r o ex.l'lgcr~dns peJa f:.teçio 3nrlpl•blicidade.

155
l'

li PAREIW.

Quatquer fiClivid.o:d~ C'OOfonn.a-se. de algumri dade. uma tentação, 8(l$ que t8tn a coosttu-;i!o no
ml'ncira, comoslirni1csüo maisapru-priado, e 11~s-te s1mguê, 1ml como uma folha viric111 de p.i.pcl
ca~ o u atamento que se d.1 às paredes e scmc- rq>ccscnltt uma a1Jei1tu.1-a f)3.fa o M ista. O controlo
lhttnlc. No entanto. o pri,nclm a$pec<.o de!.te t rafa.. adequado parece tc!li<lir n-o êufoSê que '-t: quer d.'t.r,
mcnu, qu.c nosoçorrc Ca rcntativa de tirar o mbi1no ou nu rca\faliação que se l)íl!!emle f,ezcr, de u1ru,1
p;irtido, dentro do,; me,,ciona<los limites. Assim, e função . Os pndrilé.~ geométdcos rcpcli1iY\>$ (az.u ..
PJllll lc.>m!llr um exemplo tro.dleional, é frt:qucntc lejo.,;, por exemplo), fonm1 p<0vave!men1c e voca-
tnconrra.r•se uma parede de sílex.• , as pequc:r,t1s dos pt:h• n:pte~ntàÇâo lírica, cmbon1 dr11111/1.tica,
pcttr>i.s .tm:d<mdOOas COOl-;Lilui1\do-$.C nu.ma cexcura da eslmtura tnulicional. Mas accualmentc, t\ varic-
agradável. No QllC djz f<:$pcito » cstu p;;,-redé, ô d~dé de métodos con5trniivo.">, de que ditr.pomos
aspecro pl'ineipaJ. to da textura, e nc$tc scntic.lo ela penni1c em..-,:,raro de.i;afio do vazio sob perspcdÍ\111$
t: Ci\iadu, nlfo Eeir1T.e11ta, ou ve.rmtlha ou azul, mas d.ifecentes e mais tipn)priada~. O me:indro 1cm tido
branca, porqoe deste modo se ext1"1ti o m~t iulo 11111 cetto êxito no prc$tmlc; é uU.o direccional e
pa1tid<1 dos con1,.1stes luz/sombra nn textura. Den- 3.IT1biciu~v de espaço e pode ser aplicudo n<h,
tro de6!.u limit1'Ç,>c!.s, 0<1 que ,-er.peit3 nos ma.ttclais grandes blocos nos c.11.1oi~ rtfoi:-ça o 5e-orido do ponc
do oonstrucor locAJ, e dri arqui1cc1ur>1 pupula.r: no e homogeneidade.
que c~ita oo 11 n\ais adequado» , este é o CN.ximo A pin<ur.1. fllU1-a.l mi c.omo ó b11b{lu.itlroet1<.~ aceite,
partido que 6 possível oblt:r. Pa~ -mt ,~sível isto é, uma ycn;ão ampliadil da pintur"J. d<.~ Cl:IWt)clc
afi.-mar. em ülrlma anâJ.isc. a prcscnçti deste não see1lcouta oo ãmblloclcs1a un(ilise, e mbora .se
tlcrfadein) efeito, duma mancint ou do~•tra, cm considcn: ,,ue. o <racamento l.lu uino. paiede é
qu11lqucr siluação t. l c dc~nho utbaJ10 bem conse-

l
semptt. nvm t;c:-rto seotido, um!'I pintur.11 mural.
guido. Serâ este cn13o o pritneiro m)pêl!lt) dó Mas, par.1 sermos cJ1+.m$, o trtu:amcnlo de uma
dispvsiçâ<J; C'I seg_und(), que pode evcntuaJmcn1c parede, oo .1en<ido cm que aqui o cn1çndc,oos,
não passar de uma ftict:b• 1(0 primeiro, diz respeito nasce do intrínsi:co na constn,çi<l, sej11 c.lc reflexos
Hc\ que u poderia ch.1m:tr o desafio do cs~ num vidro, o patlrão de uma cslOJhn'a met6Jica, ou
1 vlWo. Triata-~e de uma concepçâo u--crcmamcnrc \lJnH sit11ula~o !111 corutruçáo.
j simples, ma:. difícil de cxrlicur, porque .sujeita il Uma d.cscri~-ik) visual deste.;; aJ:gumcnto:s, Cl)mff
int~l'pre13Ções erradas. O pcriao cs1á em ser-se pihlda a panir de cxc:rnplos 1r.-1dicio11ais e moder-
tOTl\$1.tlo 0011l i) adepto da amamencaç5o. na qual o nos, cnc:oatta-.sc. nns ~sinas seguintes.
verdadeiro ,ii:nifi<.itdo de wn41 eStrutu,·a é C3DlU·
flado alfavl, de um tratamento itTClcvttnie das
supcríit:ics. Manli!m-se. no entanto, como ccno,
que uma .supctt'kir. vaziu oferece uma OpoJtuni- " N. dn T.: w11-ll buill or llinf11,

157
Olhur cm pOrmcnor-
\
'· Tsvlcmos ln 11~l parte <le
\ ....,..
_,.,.,., parede (fig. da esq.J,
n:1iccm-o.Jo do seu lcxlo
,~ to,1sideremo~ esse
fragmento como um
desenho . Ao utili:1.ar e~,~
11r<>cess<i poden,os <cntar
Jivrar~nos de rnuitos do:.
preconceitos cm refação
.a<>uataine,no de
p,irr.dcs.• próprio do
urbanismo e da
conshuçko, prec<inccitos
esses que nos impedem
de a considerar com<1 um
pintor o foria. Q1Jais s,fo
as c,-\r~crcrlstic:l'!s do
desenho·/ São
ca.i·acte,ísricas de cor e
<lc texlttr.-\, sombu1 e
motivo, e a noção da
estranhe1.a ine(e.Jlte de
fonnas e:,trulUrtJi$ e
1 mecânicas. Uma parede
especialmente pcepatadi,
~ra rr:cehe1• o r,osso
olhal°, cobt~rla com
tapeçarias ou pínrura:.
murais, é geruhne111e
con.s\llcrada de forma
admirativa e :trema. Se
üllianno~ par;J as pan:des

-; I
/ '
.,--! / \
1 1
c:omc.1 pttí<t tlescohos
(como nas figuras ao
lado), ~las Lonuun-S6
1li::sc:nhc.1.s, ilb~tnu.:fos
/ j ·; J \ 'l. seguramente. mas não já
f I I l ·, 1.·-.. __ triviais (lU vaz iQ~.
tfmt11 fotoe,,nfi.a. i.:u.rim:a.
repre,sento.ndt,
obvíameoti:: 1.1m3
maquUht<ge bastante
indiscn:.1Jt, ma.s iocluído1
aqui para sublinh:at o
elemento csstl\<:h,I dn
disposição cériii.:11 nr)
traclmel"ltO da:: grandes
supecf't<.-ic,s. Tudo se
passa como se ª"
qu3lidades pláxlit:1ts
lives~m decidido que
qocriam ser vlst3S -
admiradas - e fü•cs;em
l•lm,p11ss:.1do os .seus
lln'litc.s tradiconais..
of'erecendo•se à ru;(.
Nos oxcmplo.s seguintes
o ren\a <b suped'ici~
L'(lnlO pinluru vu
baixo relevo t
desenvofvldo cam
1:.xe.inpll'l!i 4ue prol!'ur.t111
dcmons1rac a ntuurcz.a
afinnach·a de um
h"atatnento adequudo d,a
supt:rfície. Encontru
uma palavra concisa,
para i~co' afisura..f.é
diftci). Oslenlação,
con<tm jã uma pesod•
CM"&-' de sigt1iÍt<:tt.cfo,
coquanlo imagem,
mparect demasiado
tírnid1,1, fuce U
ln"·cnti..,idadc e às
ofirmaçõe, n serem
viSlllS,

1, o oposto da
vulgaridade - prc10 e
bnmco, Soleifa em
b t'onz-:: polido,
enriquccl,1-t l:oro Wlt.a
e.;,. de lUUk:jo. s um
gesto par';!. com a rua,
d cscnh»d(, pn M:r vi~to,
compo~o por cJçmt:ntos
C-61rururaís, dos quais se
1ira o m~int pai1id~,.

159
!ti --·--· ·
ti
=- íl ª

t, 3
4, 5
2, o contru~te cntl"C o luz, n.ada m11is simples
cuidado e ,. jndifcrençu. (para qu.em pensa ne.s1c
3, cm lug_ a r de: um SC11lido) elo que cspc:tD:t
tratan1c:11to uniíc,nne. a u:m pau no rchoco
fachada é obl'igatht Y húmido e urar pll,tido do
brilhar, I\C..:Cnltl.;lJ'l(Jo .sol.
ttx 1t1n1..~ contrastattt.cs. S, a parede c<KDO
4. numa inundaçliJ> de tapcc;o1fa.

160
f

•·. Tirar p;trli,to da.:;


' supedkies

Dois t.xcmplo~ de
padrõi:s lnvcnH1dos
(fig, . 6 e 7), um bt:irul
trdhathado. e u111a
cntrathL lJrlliz.anóo
recurso.s n10biJi1.ados
pa(a wn de1ermin~lo
~lc.:rnpo, for.3m
cru.das imagens <1ui: ,lo~
rc~m o olhar - um
beical, uin l'\<iC1), uma
moldul';.i de: poii11 e u,1n
'pil»r s>ilicmC. A intcn('ft<> ·
é cloro: parnfrase.,nclo
,notJ\'03 tuncioJuis, o
espaço nu íoi rc:-mim~d<J .
O olh11r niio escorrega,
m.as, pelo contrário,
6 d.clém-Rt, intrigudú, e
llCS(C C(tS(J nij,o pela
c~xcura, mos pelo molNO
7 invcnladt.). Podécn-,e
encontrar mai, <:Ãcmplos
uas pâginas $t~ulnces.

~ ·~ •• l ~ -.

~ ·~
• ·'?~~
. ',
•!

' ,
Lf}f_;. :
~

li)

161
r-.sca fncclu <lu cacame1110 de
superff.:.iei Implica um mais
elcvtldo gfau de t;ile11to \·ismtl.
Aqui, o ênfase recai sabre o
ck.._<.e:jo primili\l~ de pt<:cnchet·
vazios, tmbora u detiniçio de
va:zio tenha variado
obviarr,:nlc ntravfs do,;
tempos.

.• .. ---
Dada uma su~rflck vjriem, 3
manelra mai~ f6ci1 de a
.. . ., :à[Í[i,
•~ • -~:• f
: ,-., ,.:, ,,
Y•;h.,,.:i,~:/;~~""'• "V
..........---,...
prccnthet $.erâ com uma linha
con.rír.u.-, cursiva, rem.inisccJ1t~
dum garatuj<I infantil. ~ão é
,. surpreendente que o i:xem1)l0
da !ig. 8, onde st vt \.lffl l::I
faixa de reboco pinllldo,
represente uma anriga ll'flt
ruraL Na fii, 9, enconm1111os
8, 9 (na c,,.-poi.içâo (!e Paris de
193n 11mà venllo
Ri 10, ll coot<,m1porinca des1a mcsm2
idci:1..
Duas Y11rioções li:ndo a pcdr»
como moLivo. N a fig. 10 ,
desa.tentos Jl.0 reall.smo, e de
fulirno leve. \lti1í7.0•SC o rromJH
,. o,dl para simular a pedra ·=
pira a 1orn:1r um c.fen1enco
pc.,deroso no I l'aramcnto da
supc;rffcie. NN fig. 11.
e.nconlromos um exemplo a
meio c1n11inho cn1J'ê a textura e
padrão inventado. uma vc~
(.1
que as juntl\S. exagcr.\da.i;,
formam um &1.enho JioMr que
se i mpôe cofflCI n motivo
domina.nte.

',
~- 1'1rar o m•i0C' f\O.t'tldv

PEDRA: Pcncncem ao p,uado os


dias em que• pedra •rt utillz>Jla do
i.lma rnanei:ra gc1u:ral17ad3, como
matcriaJ re~i,tentc~ ftC.lo•lmtntc é
,nuico mais frequente a sua u1ildn-
~ijl) como reve,,;timeoto. N11 na. t2,
cnéQntt.imoJ unu. empena nesst1
ccodiçõcs, ~m fcnc:stração ou de>
v,os do rcc16nguto. t:m t"UlltO 3.S•
pcccn d• pc:dr,I ~ CODlttUfiO acmot
t III su• u.:iliuçio em oposlção à
e.stnnura, uma opoilçâo nobre e
rica, o a.rquéti(i..:I d4 qu1d se pode
encontrai.• nn fl11 J3, um exemplo
L~dicional demonttraru1o dois tnt•

...
ta.mento::. diWnlO\, AmOO'.i se cons.-

~
tf#i~'...~:....;·~,· titucm t:tr: padrõc~ M1rnados, un1
em que a pt<t,u smr:, como iJlc::f..
dente no reboco. e o oulro em que o

,
~
_ 12, 13 tébi>C<l ;;e consli1ul em morh-o pnr
entre 1\ pêdra.
14, 15 TllOLO: Esta cunsirução1fi11 l 4J

..~
Atinge urn cítho de
mon~i>mO pelt rcp<1içóo

-½1· lmúl<n<e duau pcqveoa nnlda6: -


o tijolo -e porcfciuu :nui10

. ·.-~--·=~
h,ci~5 de: aunço e recuo ditados
pela escatl4 dt.ua unidade.
.. , t TIN"fA: T~Jve~ melhor do que
q,1.dquer outro 11..:.abumcnto, a tint~
plCSla•st iqullo • ~u• chamámu,;
pouibili<llldc de o,1cnl10Çlio QO
tratal!)en~o de ,tur,erficJcs. U:»a d3.1
dclfci.-s de Londtc"- é o tnC(Jnlro
com terraço,: el tfü:i,Oos,
rcc.;m-pintadu:, a 6Jeo, que hrilhi:,m
fütgurimte.s ao .sol primaveril ( 11
fig. 15 estJÍ. d.e ac:ordn com em,
1r3diçio).

' ..,.:
'
cxkrior, onde é privilég:i<I dô homem da rua
scnt~Nl(~ e C(ttlf.e.nlj>lâ-1.as - o 'ILlC: contêm (Jll~C
todo o .scn1hk, da<1ueJa palnra mft.&ic1:1 , contínen-
ta.1 . /\ razão para i.sto ct11.-onua-se n!o na pcrsonaJi-
<.l$cfo tl.Q ina,~~- mas no se:u cl ilHO., e poUC1> foi
pos.sivct ÍKZC-l' u t'S~e tespcito, Nlt'. .. ld.M.ic dai
tecootogia, cxc:c.:ptv tcan~por o cx1crior para o
iDlcrior, i;,omo J)0l' vezes foi fcilu dL1nln1e a época
georgiana (R;,uu:,lutll e Leicestcr SqoMc Rotun<la),
lloje em dia, no cntAnlo, ,tio lá pr.1ücamcnte nada
q 11c ni1(J se 1.oss,ai. f32Cf' çm rel.:(ç.i\o u<1 c litoa, o
significado cJMO Q.14 ainda para ser in1cirttme111c
Oômpree-.ndldo. Urn poncu de imagin~ão nos c.::.-
qucmM de combate tto 1mtt.1 tempo e muda.rio.nu
rapidnmcrue, de vici.idos nu muilo ,nau tcmpo,
O CUMA INGLf/.S para vida.dos no melhor dn~tempos. já que chu~11.
ouvcn:s e ,-aios de soJ - J:l"'f» oâo menciom1r <1
O desejo de tnu1:sp,mtill' pera .as aoc:tvidadu ncvvt:lrv e .a 1\elJlina que ~1ontl e ns seu~ ninigo~
nonnais do dia-a-dia it Natureza é um rom8nli~"""•: imJ)ressionist!ls 1rouxcr.1:1n p,ec:ipitadamcntc pa111
p1qocni,1ues, aca1llp31nento!. e bailes ao ar t1vrc. Lt>r11!-rej\ 1 pal'a mccgulhw 1108 1->eu:. ereito!; - se
Ape.sa.r d11.s suas bil.rbas. 0 Cih•alheiro da tis. aclmn, transforrm,riam, e.ru praurc.s cspantvlios ~ partir do
,,u~ ~e parece com Ramsés. mantém 1.101 cor.tçiio dt momcn10 cm c-111e tie e,.;civessc llbcno e.la obrigato-
rapt1·tinl,o. A cidade, por ~u lado, tnu,sbonla com rtt.dade de se recolher H c:asà para t,l'ocu.rar abrigo.
beleza e ,lnmJ.H. lr.ifc:go, 1nutcidôes, o do. e uma r~e é um problema cspe1.:ific11me.ue iugj!s: ru~o
sé, ie dt. ouuas coisas. MM qu1mdo € que se tt:m vak: de n,uin ric.ar à espera que um quahcucr
\Imã ôflO•lunid.lde de estar scnu,do a olhar imr... americano surjtt 1..·0111 uma ideia brilhan1t~ para o
esl3s mttTM'-'ilhc1:.? Embora pa,·eç.a contraditório, a n:,s(.11,,.er. AquiJo qu.e se p<ddu:lê é uma ot'ctt~i"'H
maioria das ch.huJcs cs.lffo virJtd1ts para si rne~mas, (hmç1-1da pt.)t especialWS) cm rn1térh1 t.fe equip,t-
e não pal'a ,., e>!cerjoi-; cada pcqurna c.:éluhi está mencos de cxccriur <1uc tl'an~forn1em num pntzt•r o
contidtt cm :.i pn',pria n:is cidadc.s inglesas. \: iiwel'1to inglês. As st•~sltles que ~e sc~ucm nS.o
poucos ing1e1cs ,e apercebem do uhii;11h) (\ue existe c1•'1Cam a~ pos::;ibilld:idcs~ pdo c:outrúrio. a lnceo-
cntn: a~ rua, J)(Õpria.-s cidades, virM.IJa$ pHtH o çào foi produzir e~hoço~ que:. cstimuh:m 1n., ~Ôi4c.lu
interior, e ,u cidi.dc:-$ eur01ieüis vhada., para o re:,; de mobiliário urbano.


O:. prolÓ1ipoli a. b e e 5ão Abrign!i nato1&Js. Num
sistenw tr-.:1llkiona.is c:Jima temperado M grsndcs
ingte.se~ pa,3 ôetítutar o iftl'UO \"enffltS 1k RI CMILJ"
c:x.tcrior, sob condi9ÕO$ rw utcrior siu u cliu..·v. c 11
I.Uno.Úêrica'\ advcr!IM. Ó ~llu ~-b mo dur<111le 11
~i$1ema a ê engenho!\o , msi. iavtcoo, as lempe:1";Jtu1\is
ler.ide .a imobili.z.ar-sc cm 1ttrn !Cmprt s~o tii.o bahl.~s,
con,equiuc-ja da íenu, em , que l('lmem impos.Sí\•el
ou de pl3nlft.S hepOOeiru. O c&11r,,;c ~ ntadn an ar íiYtt.
1iis1tma IJ !isi caro, ~ nlo cm LcvnnUl.•K cntio esta
tli.nlic:J.ru como em c.,paço. questr.u, purqu.e nio
O siutu~ e ê coc:ancadoT cOJ>Slr'Uh um abril1(> que
ma, rouco priôco. j;í c.iue () c::xcbia o VffllO e a dn,,..~,
-."COio e I chu'la o iouli(ita.m emhora a.sscsur• ndo i\
<Nrulito ,;rl&J\dc parte dn vcmlaçãci? A e ngenhoca da
ano. t1g,.. d po."sui um leme que a

164
f.

urlcn11 M .iwo1Y3n cum 0


vcmo, Jci mndu a
diminull\.)lt~ os cfc«os, e 0
so) <1ue houvu po.Jc:.ré
aqoccê lt poc- ln:ad'11:'1\~.0. Ê
feito em p,trsp..1 1 mold~!I),
.:om o lt:,nc cJc •lumfoiu. e
moo:::#1O sobre wnD (.:alh~
de bronic: mn$tr:i-aft
adcqoado para J•rdln11,
e:nbcrtun:s cm lt:ITIIÇO,
pa..'i.seius, pontõe~. ou. n11
reulii.l.ide, p,va qualttuQf
aítiu. Na fig. e V«nOS t'Sla
11\eSina. jde:ia~ um J'DUCft
mois dc!,C;llvohida, curn
.-quccimcnlO soiar at.r<1v~~
da cnbcrun . laul-O a
Hdcín ~tfo~ve.1, majs
intima. (Ci1, g), como o
cump;utimcu10 (fit,. t). ~ o
tm\ p-Ot:IJM-X e Alumínio. AbriJtQS
1.;om 1\1' C:Mdiciunado,
Podem ,:cr IJô vwios lip)s,
o mai1, i.lmple:, d~ q_uad
re.sulUl Lluu1a •nodifi~
do abrigo 1\.V.1-at, pela
l ~ de IICtUCCimcnlo
sob.r Jh"l~ da cobcrtur.1
(fig. t), e dwna vc:111tlh1s.: ã<.1
cf,cu,. Nwn poul!lc,, uvm
g parque, na Soulh Bruflc, ern
lei('ei;Ct::t Squ(lfC ou no,
j PriJ1ce•s G;irdcn.<J. uma
111oeda de shcpcnc:t na
1'Jlnh11ra da.rã dm:i10 a dua1
horu de sut Rtúúcô, e 11
chu,•& na nras
pro'fidcuciari O f:Sl)CCtá·C'll lo
:dôr n0 eJUerl'or. Ahrigo11
ttklebicos. Qn:,,lqucr janelv
pode ser conside;ada um
~bligo mcoinko, utu,1 ve:t.
que~ rx,d-c Íéi.;hà! Qt.1Md.o
o lempu 1:1.tú. muito frio~ou
dti ebuva,
Há muitas ,ctivid.ldcs.
h C:OftlO cnmt.r e d lOCj.V. ljUé
se podem perfci1•uC11le
dcr.cnvolvtt ao u.r (iv,c,
qu.ndo o lt:tt'lpO ,i is~
w.nvida, E.s1(111ura,, roui«ivu.s
Oll dt?Sfü,P.n le!I, jã udli.zudllS
em 11Jgun!: cates oumo o
C(llisfa nos C.ul\)JOS F\lf~ns,.
riram o máximo pirttdt> do
tempo. ro, e.xcm(llo, um
AJ.5.o dr. ba.ile com pattdt~
de.11izaotes (6J;t. b e i): Unl
fC:$-U\&rantc e: "m b.a: com
j k
p ~ deslh,.,nte~ (ligs. J e
1::), ctn (t'lC ,t1c.x i ndicam c,n
pla1lfa L! 1.ona:; em 4ue as
p.11edc, de,ti~o.m, 11$ íiSC:lS
'- pf.:r:.·p~x eom plelU.eJas.s. a zona Jt b:ri, ou de t.eTViÇOS.
rtiin.a ~crílica UWISp.ifCf1.C. o puntt.l\~(I II m na de estar.
tinia ou inoolor, com e M scta11 fnJic;m1 t"".uttpas.
r.$~<:W"!S$ va,i..'\ftdO cnl.R" 1
e 25 mu, . (N. do Y. )

165
l'RECF.DlêNTES 11.l'STRES ílt:.at>foy n.i To"'-o Pl:m-ni,,g Rtview, é o Well H:ilJ
Estatc. crn Eltham. cons1n1fttv en1 1915 . O tic-
gundo deste$ t:'~t::IHJ)los, construf<lo em 1953, é
t::mbora n3o ~irtda um11 ime popuJar. poclcM;e-ia Redg,-ave Roaú cm D1:1sildoo. t:m.born pcqutuo. é
chwnar h:sitimamcute à pah:.11:,tem urb:ma um, om coso exemplar de coroo se pode fa,:er um;i,
OOV-d a11c, no 1:entido crn que nunca a.1é &b'Oril cinba revolução p..,cffiea oo meio de uma ::;eh'il de rce,u..
i;ldo uplicadri U escala T1acional. O que, lodtavia, lameLllações e pu~urL'i através de uma accntul:ld3
não qut::1' di?.Cr 1,1ue não tenha 5ido aplicada ntslt: política visual. Um arquélipo ,,~n ~e,·ve só par:,
século, indivkluahneote, por tirquitectos de grande úcrir v desenho, surge tam~111 cnmo um i1leSpt:,.
sc.Tt.S.ibilidttdt: e visio. Uma &nó.li.se cujdadosa do rodo mas agraclávi:1estímulo ao urt>ani5ta que podl:
<k::sr:nho de conju.nto.s Tl!s\deilcí:Ui urbano~ e s.-u- inrnginal" estar :1 uab•lhar isolado. i:!.stes exemplo~
burb~nos trrui11 it supe11'ícic o rr,-ba.lho de urb8nis~ funckm1m1 e.x.acramente como arqllétipo,'i, e como
1a,; de outn) modo dcsco1lhecidos. A<1ui ficam dois tal. te.ri.o sempre Juaar em qua!qt•cr •nloJogia de
c.x<~111pJos. O primeiro, já ap0ntado por S. L. G. dí::Sc=nM ulbano.

191S WEI.L HAl.1, l:Sl'ATE. ELTHAM

A,Quitccto,
)dr . (m.ah lmle SlR FRANK) DAINES A. J. Pílt:Hl!R. G .
E. PHILUPS, J, A. HúWDi;N E G. PARKJc:K.
Aqui a dcnsid11t.le varia dMde 3 ion:11 wcrde urbonu. U cu.i
cnmpacca e de11$0. ptod~lZindo ri:bilns coolraslcs, E1te
csbo~ roo~1rn o l'l(,,.$Cftmlar de 1utessiva.:. peeipeetivu ... ,i
11ntedpa,ção •.. S~IJindo do ttaçaJo $i.nuoso do at'l\11'mcnto.
Uma e ~ adiâoi,a( surge na ~ como ,. NI atí.
•ttk•tada. O C~rt!A ~ a empena; 11 o. di{e@Jã~
aa:o:uw1rto ~ cur.•1 nu arru:uuento, CfWl_oaoto ~ .~~ ~':'l~- ~
uucu, 1etém n olh.!11', de modo 3 ()llC • ~ i c . u1 11
di.minuc:ndo geumi1rico e.,.•i(Mdo simuha-ncanum.te t'I)
1,,.11(Jnntnnia Ja rua-pact,!k>. _ _. __ .•.-/

a , [

166
,.

'llc.~.',~f~ejs 3ct1U\l-3.l)do a. sirmo.,icl:ldc da linh2, oft: ,~ce


op0sição 'aos talude:s- S\tS\.o!, do 3j3.rdi:nado). Em certas
id.A alé mesmo junto à rua, uma bcn:sia chocante n~
facioni s1a.. ', ma., que ~ga grandts divide,tdvs em
IJ.'Ula. /

.
J '
. ·-,,.,... . ~- -~-~~- . -~.:
..
6$11 opc.r~ ralha, Md.1vi~nh•cl elo$ 11505 ~Sldtndai,. 1-H umA
cattncl1. imensa de: lqJu flU u m ~ • le.um1 lnc:tlcaç.~ de que ab posio11s lev1m
vma vkh1 ICK'llal, PrucurlMC: pnr todn n lodo n tnldn ou ., r$1lco da: loja qué nunca
iis,:u,:oc.

Nfto foram rtllact•~~es do · 1~c·~1~-; e.s1e es.~.____ ~


lllO.<ttn.-no, WUM> uma ~ _1foi utilli.ada l):'ifA criar uma ~
noç-io de ttéirlto na. tona em que a rua,, con1nma.

Nttlll
Se os esM.tmn.s podem siet ~ritos 0011\u abstrac-
ções jor(dka.~ consuuídas $ohrc vãdus pC\;ccdcn~
ces, então poderoosd.itcrquc t1ntu nesrn opcra~o
°'
oomo cm Redg~vc RNd ~uil(ctos. consegui-
ram repOr à ~•;;1ricdadc DU .absc,~çôc~~- um.i ve:t
que cm ambos o.e; c:a.sos fonm permitida ekCii:()•
çües a a)inhuncnlw, se11 a,. qu.ab ui conjunctnl
não 1c·ril\m TCSull.ildo.

167
11:

•• ••
O lo1eatot1110 dospmmoto,es, cm dma, prottui uma pe~pe-aiV\ infir,d;i,:~I
Sllzcri.odu que nln .!iC pat't, 5m haixu, a ptl>pc,st.a 00$ at"qui1e<m. •. As
c n ~ nançlW.as sogcrcm n::i;inlos e: n ldllido do individuW: igual.

.i-"--~·-··. -'~'
-~ t1oç!n de pttlt 1).Ç~-.. l}.u vivo aqUJ• •
......,S!!~rmenon:ii1 di dc.scn.b~ oa rtáç,r sio~ c:ut pJmcic>:> lugar o 1,n1{'meutu
--~ mtini"c:~sclos-: cru ~cundo o u~ dos csp,.aços ujmdiMdo,s .i ao
(

1 168

[
(

Embon <003 a n.ia se~'\ 1'lbl'Mgicl11 como ,,m1. uni~ pdn


olur, isro ê, é simples. e íacilmcntc comprron~YCI, pode
no cntulto ser comparada a um .acorde compo@ flOI"
\'Úi.at DOlls difcrcnles. Por WJ\ htJo .i. Jlfcn:nciaç:!iu eotro
N.t e p~u. em que. e$UI' úld111u e~olho. u K-U pnSpriú
pe r'IO: e Dão 1,c enw11lca iu~pelu.ve lmtutc lil!IÔO ao
nsit0. Nc$tt t~o ...t mo,.Jo $UbitMlct11c ~baMonir o
crn ditc<ÇftO )$ hAbl1~çõe:s.
AA'llJlm.cnto

--·-

'l'atnbém a cor é utiliT.ada para s11hlintl-1.r o.s elcrr.cnto!I dn


u-.içadu, pinhmdo-~ tJs cdükJos mW av.1nçadu$ cum core.,
dik1eutes d(IS (;OrJ)VIS principais.

A p&isag,cm orbana 6 vista 0411j n~o cnn1n dceof1Çlv. """" ..-OmQ uut ~ lilu uu
esLnl.lagcma pma prccAK:hirru::neo de e,p11.çn~ va1.io!I cun1 calçada:. ~ Yi:tl:1. r.orn,:, u Me: c.Je
M ORAI, utili.ur u.u.ledais •em bruoe,.. - c,~111, 6rvorc!I e N"' - dt t10t1o o, crinr \1n1 ombitJ11e
\'ivo e lnmtiOO.

L_ lli9
;\lcst~ sequência de cds fO(ogr:.íi1:1.s observamos o e ncontro do ~gcsal e d()
con!õtruido. t\ verticolidHde nua •..

INTEGRAÇÃO :OA ARVOUE Uumlnnção pliblica. A p11i.~agc::rn k>roou-sc p~ da


arqoitectura. A nel:çssitlm.tc de enriquecinlcr.co
/\ »rvon; e o edirteio sempre nu1.11tivcr1tm c.nlft ~i loma.« clara a pru1ir dlt hllroduç5io pelos arqui-
1,1,0111 relação e1:peCiMI, uma ve-,. que convel\Cioo1tl• tcctos de puedei. e11\ curitariti., úc mosaico>">. lUu-
rncntc são a~ d u1ts maneira:, geralmente ect:-ilc::$ de rah, de policn..unja, e u1mbém atravt$ dú uso de
porunat a pais~em; e c.:omo c:il chet~mam 3. um pltu1111s 1lt.: interiores e cxterioJ-es. e evidemcrn:.-:ntc.
encetldimcoco. /\..'i $ir.,.o~s, à p,u,e inu,lanças pas:• da á.rvorc. Hoje em dfo 11 ~rtc de cumbinru- edlficio
:=mgciras da 1nôda, coo<inurun n.~ mesmas, e11quim10 t lirV<l<f basei.õ\•Sc numa relação em que a árvv<c
os edifíci(IS uontinuain u •Iterar.se cmo nov:rn L'cde a sua riqucz:\ no edifício, e c:111 que o cdif,cio
~CJl()logiM e fw1yoes. Bstas ilher.içõts atingiraru faz. realçar as qual\d.OOes- arquitçt;tónicas da á1vore.
uma dirrurnnü1) que pede umft reav:tliaçào d-, rela- de modo a C<m~lilufrcm um conjunto.
ção entre ambos. No pH.ss1:1do, os t.dificios eram
coocebêdos como completos em si mc.1mm., e A primeira obf.el'\+açãu a refações árvore.-edU'i,ei~,
Cúnlinham em vultinx.ttla e alça1los 11ma vnricdadc fazer oo e:,;r.aln:l~chucnlo diferentt:$.
de model~l:iv, lnci.den1es e ccxtur::is que us 1omav~ c1uma refação (k.jtC tipo
obc:is de 1:1nc auto-liuÍlCicm:cs. Hoje cm dia o diz respeito lt. fomu da í-iJ. >, dirci1a. cditlcio
ateo e ârvorcs baixa;l. O
acquitecto tenta re1h1iir a e~rrutunt ao mfnin)(l, e o composiçáo. Nen1 lod,s
efe.ito de trur,cmm.:nw
COtoJirio de.~b.1 lcndtncia é que pouco ma.i6 rcsla. i,)j Hrvorcs são
pode 5CT us.'Kk> po.rn
plU'I intrigar O olhti.r dú <fUC um dbgfjt{Tl8. Esta cs•,rcnlcadas, ei:1)()njas <lc
mudaJ1S.,."W pode.nu~ obscrvá.Ja na$ l'igs, cm cinrn, à banho espeuid~s sobre dissociar.
eAq.: hrdo o que era ancilar ctr\ relação ao t:difício. uLn pali1u. mas. pelo Fig. da e xttc:111,t dtn:ita.
i ncluindo a cscolw1.i, foi cmpurradt) para o exre.. contrário. :ipcesentam editicio baixo e fü'votts
rior - Adão e Bva expu!sos dõ j:mlim (ou meU1c.,r, varied3de~ e.spMiosu. itll~ts. O o4si:o,ti 1111
de cas.i). Conclusão: a pai1.o~cm cxtuio, tumft~SC Na~ fi1,ur?ts 110 fundo d3S gaiola dÓu1·.11.dH, um
muito mais hnron3Jlte paoi o ruquitec-10, v seu pâgino., 171 172 contraste de horizo:m1is e
pe<fucno mundo. sobre: o p.1.S.selo t: o c.:~tndce;,r. de cnconuo.n,.!(;e qu>Jlm ver1ict1is.

170
, .. do cdifi'do obctlccc ~ ~tlti lei.=; estiutur:ús própritts, eoq_u.anto a
ve3e10.ção em crescimento subit~mt:nle revela t\ sua própria

. . .,,

./,/ ,1,
'· '.· .,.
., , • '!'

/ . ..,:1.

171
... 1.'C rticalldnde c111inen1c: o fan~K.v cruidelal>rn é 1.:c..1mo um $íntilc d&.
leis est1u1ur11is da vcgeraçiio.

À e.sq. cm bai~o. \
edifícios e .»n•orçs 1;
baixas. Um efeito
C<Jnslruído â medidú, ' I
pequeno em e::K:ala o
íntimo no <.:nrâcter. ·~ :
À direita, edillciu.s e
iin'Urc.s QJ1as. Efclroi:: de
movitncfllo e de ritrrio
JH'Od.utidos pelo MCClltUar
'
do dcmenr<& vertical.

172
Sombra

T2l~z. o exen, ph) mais


d ir«IO e 1.füvi<t de
uata:mcnto de supcrficles
t-tja o d.1 ptl.!edci na
so111hra. ttuund<t fJ árvore
e o cdifjcio parece
robrepor-se no mesmo
plano.

Filtro

Atrui o efê:ico cb
folhagem A muito
imp1mante. e: de toda a
••riednd• de folh>S,
dcOOe ~ pcnug:ern d.t
l!lmM.rgueir.. ~o eucalipto
polido. f'olhas
trailsHícidas ou opacas,
gigtt.nte..,; ou rnfnitna.$...

1 173

l_
., ~·
. '•
\
•: .~. •t
.. \
~~ \ ~
~) ~
..

P.àpd de 1mYl:1h: \;
gn'lluimmcntç 1~uTu.,·1J,l .1
es1a casa de vtJ1<.\ na
qual a partdc
des11pHtt~cu, nn ~ •n1ak1
em que acrua comu
superf'.c-ie q0t n!O~•rt: ,,..
IJr\•on:s próxium'i.

174
I
' .

~-~~ ~ - :·~ A culigr.11fü-t do traço


; .../. '. ..... -
.... J ( ·
v1:trb1 entre 3. sinuosid,;ulc
- ·· .. ... d<t plátano e o arabesco
:: ·... tloulmo.

De maior uplici:tção em
pai.ucr.-0$ troplcai~. c:111
qoe árvore, a 11r~ntits
expõecn u,na c~rru1ur;1.
m3h d.i,ccl:1: mn.s a
~comc1ria d:, oon..uruç.:W
combin:,.,se rom ,.
g\}Oll\ctri,1 mHis fantãs:tica
dn biologia.

115

L_
J\,lohlle

O
ar dei1n
sob de com:n1<J$ <lc
rw: ramos e foth
lsol!das. pode t.tt a.~
a.s~lhado :. un,
::~~,.SQb,e um~ p3.CCde

Escultura

~qu! 1c1ilrts de novo


~b«o pu• • <6pée.
~c:Ju ela. de um oudcte,
0 ,11ro 11pu. Pode
ti::cothid t\ oomo seser
e.~ooJhe um ol,i,tt
r· d' art.

176

1
flJ;SNÍVl\1$

A arte de jogarcn111 dilcn:nrcs níveis t umo pntta Corno fazi.Ju'? Recorrendo a u11l 1lesnívcl, rrüts a
impi..)1tt1Jlh: dti a.ric da p:ú.sagc.m u,bana. VúriaçO<s dctcnninaçio óo plano a elevar ou a baixar devera
no nível do tencno poc:te.n ocom:r ttucr úirccta- depender do efeiro pslcol(Jglco, Jâ menciouado, de
.1nentc, re.,uuante~ do perfil do k>cat quel' artifi- se i:.star acima ou ah.aiÃo do ilÍ\:et de refêrên.ciH.
c i:tlmc:11(0, sur&indo das solidmçõe., que ú urba~ Haverá então 001:ros a.spcctos com respeito l:IQ
nist:t e.leve satisfazer. Ma1; Scjai <1uaJ Cor a sua 11ível, pua além dos alpectos fum::ic.mais e psicoló-
01·lgcm, a~ m:;.!u;a., re.Dcçóe6 aos níveis são acenrua- gicos? A ~ é sim, e: <.1 terceiro as::pe.ct., diz
c:hls autos dt: mt1is pcfa s.cnsibilidade parcjcu.(1:1.r que, respeito às qualidades objccti\'as e p urnmcn1e vS.
sentimos e m relaç~ 3 1lOS.Sa posição no mundo. t.u3.il'. hterente.s a um mundo que pvr muitas ca,.ões
Qu:ilquer local tt:m o seu nível de refetê11cia, e se: l'\."CU6i\ ~ :;ct plano.
pode-se cs.ttir sobre ele, para cima ou pata baixo. A mais simples de iodas consi111e ~m ver, cn1
(Scrii preciso atendet tamhén\ a que cada pessoa estar com.ciente. da oodUl.ft\:ÃO do tcm:no - n
1.raospo11a hahituu]rn(:ntc o seu pcóptio oívet de cultiva, do olhar do escultor. Quantos tugaros, M
rt:fe.rêm::ia). Estar acima do nível de n:Iccincia primeira visc11 planos. rcvctrun apó>: tluli:. cuida.
produz uma sensação de uu.luridadc- e privilégio: dosa lnspecção o ondul3J' subtil que dH vitalidade a
estar abaixo,
uJlu.1 st:m~f\çi.o de: intimidade e J'9'0ttc- u1na imogern? 1610 pode ~r rna:is facilmente aper..
ção. 1.:cbiclv tlC houvc.r um nivcl que lhe Jirv.1 de n::fc:rên~
.E.5ts.s sensações ptMruJ,õem um.11 rcl.ç:Ao r:mJho eia. cm relaç5o 30 qual possa $cr medido ou
dirccta cnu·e o observmfor e u seu melo ambieme. compo..-ado, ou um indicuc:lôc - uma guarda(\'. d .
O prazet da .se11$>1Çiio de autolid:ide e pri"tli.légio é Gtntr<.IJt~, plig. 182) que~ re,'cl;I o que acontece
de w11a nnlurcz:1 bastante d ifereute do pnmer de para além do horiz.ontc imedia.to.
O111JU$ cíchoJ da pait;0gdm urhnnH - o brilho da O facco de uma S11I>erfície inciim1dt1 estar cm
textura de uma parede, (1u o pcrfü de uma lelfa no OV1ivr evidência do qllC um• .supcáícic hori1.011tal
lilnõockt de um11 loja. No primeifo ca~ o ol.JScntll- pode ser aplicado de forma útil pata criar uma
dor cslá comprometido; no i:.tgundo caso. pode noção dê: espaço. sobn!'ludo "1J1Nlt há multidõt,i.
considetar-r.e. cofnú 01t1is •li~htnciado. E no entanto Os visitantes à Soulh Bank :[xbjbitio,, le1l1brt1r
1;11nhcu 8:lit> cfcilw: legitimas e desejáveis qbc valem .se-,ão das encostas relvada.~ que f'um.:km11vam 1:\0
N. pena r.xplorar. hem cm <1posic;üo lls t,:upc.rfícics pavimenuw:h1.~. e
Os objeclOS ~dquirem significados att.a\·és da que pennanc<:iam verdejantes JWlame,tte p<1n.1m~
!\:ua rd&çio com nf•;eis. O edifício pseudomonu- não eram pisadas. E..ua que.s;t5o iutruc'l11z oum1
rne11ht) é colocado no alw de uma encosta. taf maior, a da elegn11cin dn dc~nívcl . A lmn$l.ç.fo é.
como a estátua é co](>Cada no pedeslaf. Daí a frr<(ucn1cmc;ntc acompanhadt\ por uma C'OClíu.d,l de
dificuldadr de desenhar edH'ício~ em encosta; não 1ccJ.sdrio.s dcsnccossãt'los - frisos, guard11S e se-
h~ n)\•çJ de referência, e reslJ h Hl(l fn..'<(llCOICme.nte bes - q,ue oh.11cun:~C6rn uiS vinudcs reais da 5Ua
na :.unblguidade. P.in, .\lém da.s relaçõe.., óhvt.;i:.. a:cumotria e homogcncid3.dc. Considerar um.a t:n•
entre edirteMJ~ e níveis hâ multas ~uhtil~z.11, a que costa como um espaço vazio, um vácuo vi.waJ qu-e
~e J>(>ílc recorrer na pr.litie:.a; t:n1.:on1rMmOJ como u deve tentat' embelezar.. deoota precis~ame,ue u
exemplo a utili.zaç.io de um duplo IMco de escndas mesmo t":spírito c1a<rneh:s que procoum c:nfr:ilar a.s
em St. l'au.J's Ca.cbtclntl, o que pcrmi,e o.o edlfTcio rotuodru com pedrinhas.
usar u skylin1• Jondrina cotnn pcdê~lal. Osdes11l-.·eis devem dai· utn contiibu.to ~tiW> à
O recurso 11 de&ofveis, lcm, como é evidente, pai$.lil:gcm urbana. Já se 11cenlue)u ~ui que o terreno
usos puf4mcn1e funcionais (v. d ...rei;triçõe~,.. é UTll3. unidade na qual se introcJuzcm rupluru com
111t.c. 12S). m:u mesmo na.5 m!i.ltiJ1faS utilizações e..1C:cess.iva frequênci.a, e parece apropri3do começir
íun'-!iontus do de.Jtnível. casos há cm que .se pode a n~ dign:s~o pe::lo.s desttfvei.s com a id.eia <k:
escolhei' entn:: soluções alremativa.i., em t( Ut: a que embora os aívcis pv~~mo variur, nio rcrcmo.J
quesnto não poderá, honet;Cai>lc:ntc, ser resolvida necessariamente de ser seus C!>Cr-.tvus.
t=Xclusiv:amente cn,n n::íi:n:ncias a requisitú.'l uciH~
tários. Al>sim, por exemplo. pode ser d.cstjávcJ
separo.r UIIJ espaço com cadeiras e mesas, de um
es1u,ço de circulação. ,1a.n, parque ou numa pl'aça. 11 J..inM do hor17.onco c:uuslruíJo. ~V. dv 1'.)

177

1
Acima d o nível
'1
1
P.111hora a lermino)ogia
polrth.~ silue :i po.s.iç~, dt
unu1 pC$$0,i cm krmos de
e~gu.etd'il, di.rçirn ou c:cntro.
uma d~ricacão mai:8
habitual e mat~raJ é a de t~hu
acima ou abaixo. Sltuimos
u~r111~ pe!!~oas .iciml'I de nCi:) 1
próprios, cu,ns-ide1am~ owra~
como tendo um~ nl.c nti\hdt11dc
bAixa. A consciéncia da
csuuura reh:iriva encontr»-Se
ent'ait.nda na n.,tun::·1.11 hllib.in1t

178

1
!

Abaixo do nível

Quer o se\J significado


derive da Ca!,àd~
primiriv11 ou da cscratégia
guerreirn, ou a.ii\da da
dôulrina do inícmo e do
pti_r,_fso, ntto se pode
ncg•r que. no própr;o
interior da cidade
Cl'Julêmpor~neu, a
consciêncUI do aivel
estimula o cid~dán.
AJmra equivale .,
J>riYilégio, pruíundidode
a intimidade: o
argume.nro é troduz.icio
peló1$i fütogrítfo-1s
píC'5t!11(C$ .

179

1
1 1

Ad rna do riivel u,ua silnptcs p"-.laJomrn pda sua lo caliz.tfii<>. O


oobrc c.tevllda, mas hargu ::;obrt r:11::vttclo em
Não é some:,u,e a vi.!ltil $UÍlciententen1e n1~rcatlt1, Agdc (cm bai xo à e.sq.).
que $C &em -de cima .. , Cônl<'I l ll) lflOlhc ôe ,:;urge-no~ de imediato
mas ta.mbêm a noçru> de Minchci.d (cm citn:1 à comu .algo de s(ogular,
Yantagem. :a ~1\54).âO de csq.J. Hoveri um focal q\lc merece
qu~ k tsh1 rtUlfHI pl)~i(,;9<J !legutamc:nk um umi visita, e a:,
(.lç priviJta:io. um!I bo:i e lcni~nlo htdico e cdific>içõt:s
pos1,1o instinrivo em tudo iSU), despreccnciosas de
inde1>t.ndel\temt111t de se porque ê exactanle,me Salom.anca (em haixl'>. 3
olh~ir uu n.rto pMM a coino ;i pl:l.ixão infantil dir-.), lucalh-:;i,,I»~ omnu
visto. P,;xJe ser mu.ilo de trepar aos muros. M coco~,a suave. do
cl(cita1Hê t e1.1imutan1e~ duas figu1".ls de bH)xo evidenciaidas pelo
corno nos mi:radouros ôc múSLr<\rn•nos Q\lC canto Cl"',.«.;miet1t(J de ~~niti~ e
.South Bank (em cima, à locais , como edificil)S, e.scadn que v~m
dir.), ou mais ,n.odestn, as.!.ume1n ~igoificwdo cx33e,a, o~ de,11rveis.

180
'.
,
; .. '\
' . :;.·;,:-
.
·,
"" \ :.
. ·.t!,
;i-:1 '.
'. .~. -
. .. • '·a;:.' 1r ? • ~...\


j . ,,

.~· ·- · o: /"J
' -
·..-t "
' . ••
"
.•

""
1· . .

\.
1 ,•

Abaixo do ní,d

Em contraste co.-n as
~upe,ticies
sul.m:•clcvadas, as znons
situadas a um nível
i1)ferfo, as$umcm um
,.;pc:clo <)e intimid:,de e
acoacliego, que 1.od• ,,.,,
aproveirado
(u11e:iv11ahncnfc pari'I
transmitir uma no~üo
privacidade, c<uno

1101>U1.
ru:>: em Frauç-t (desenho
~ h,du); ou sochtlnu:.1.lle ,
como na experiência c.1uc:
dá pelo nome de ~nh
tiallk e.d1lbiüon, (fig,
eul ciutaJ. Como isto 110s
o
PHJ'Cl:(,~ ÇQII~CtO -
pequeno JocaJ urh>1n(J,
tomado amigo e conciso
pela s;upc:Tfíc-tc
rcf>Hi.uufa!

181
,.

1
---i-~'I'"•
,.••·· .. _.,. ..
~

,1
l'
1
r

ligeira inflexão uu. cunto 11a excmplll, eul Sl9vote0, ,ta


f'iSUl'O. de cima cm Lymç HoJanda (na pág. l:it'guj11k"
Dt:.:;cn::vcnu~ " ertih, Rt:Ji$, tun cou'imão que em cima), demonstra-nos
p1icolõ~ico que diícrcnlcs segue um limih: e 11~ que não hii ru:cessid.ade de
níveis oos ptovocam; nqul. revela :iquilo que acontece cnmufla.r c~tl' mud1mça; o
estaremos ocup:td<.1S pmi ttlém dô no.W> viul)r ge.omtttico.
u.nicameruc com as n1as hori1,onte. imediato. E.stfl é ~ j11n1,m,m11c cmn a coesão
implic~~ ,,isuaü; . 1: entre p~rspecth·a do escultor. que emcr&c c.111 unií\M'l11Mfadc:
csras. a primcir~ t: ,_ de ,n&teti:ús. indk-:1-no, n
observação da ondulação, vin111lc ,ta solu.çlo dirtcta,
da vitaJidade que ttansmite que atin,-c t'I dignidade tlu
à paisagem. Até o Eleg;'.«ucia monu,nenral. Um oucro
pavimento de um pátio 1ra1amCfl10. c.m Durrntoot
,S.anha i1l\t(e~~e COn\ O O plano iocJinado que ltnc (fig. ,o lado) vai buscar o
CÃ.isiéncM de J"reno~. Mm; dvi$ desníve-i$., sc:u channe à modelação
jusiamtntc pocq\le os fundonalmcnlc imí<il, é orgãn)C(i ela ICTTJI e do mul'O
dcsnfveis são muitas veu& geralmente considerado tim de supone. qoe ê avivado
subds, lomtH:lt: mui10 l)4)f•lo tJ)Qrl<t na paisagemt e c:o:o tinta br.ltlca ju..~camente
i i111crcssancc colocW" zutm.his, t mui10 fn;q11C"11ie nos sítios ,ulcc1wttf~. Nat!u
'i o elemento ve,'<lt\deiramcntc raze.~m.se tentativas para o d~ especial? Sera apenas
'
1 horizomal que r'evelu uma c1nhr:h::,ur. M411,, estt IIHIN pan:dt: CM:ca?

l82
L
AQUI" ALÉM

Num~ planície é construída uma casa; ê un~


objccco que se destaca sob,e a ~U(lêrfícii:: pbma. No
inretiM h.á divis(1cs, volumes: mas do exterior nãl)
sH.o (1h\'ios. Tud,, <.1 c1ur: vt:mos é o objccco, Muitas
casas conscruídas cm conjwuo fotJfüllU ruas e
fJraças. Delimitam esr,aços e >lSSiru ..to~ volumes e
cspus:vs interiores junla-sc um novo factor.. . <is
espaços exteriores. Enqu.1:nco o~ voluulê$ e divi-
1 : sões interiores 1 t;âo ju~tificados no sentido pura-
1 meuh:: fonci(1m1I d:~ construção e do abrigo, Jlão hã
uma justificação tão dlrecc:a pal'a o e$púÇl)/voh1mc
exterior. Será acidental e margi,ull? Num universo
' .1 de pu,·a macerialidúde o m>l1so ambiente asseme-
llhlt-St>ia ao )eilo tlum. rio cheio de pedra.~, sendo
1
as pedras o edificado e o rio n tráfêgO, la.nlo
01oco1faado como pede.~tte, que púr entre ek s,:
escoa. Níi tt:illi<l>Jde, e~ht conccpção de fluxo é
faJsa, uma vez que as pessoas são, por u.uurez~.
posses.dva.~. Um g1upo de pês$A)lel.S reunidas, con-
vers~mdo oo passeio, c,olonizam aquele lugat, e
obrigam o 1ranseuntc a desviar-se. A \'ida sod al
não está limitada ao in~ri<lf' do edifícfo. Aonde
quer que as pes.soas se: n;unam, no me.reado ou no
rossio, surgirá sempre uma expressão do S-OCiftl, N
identificar a acth-•idade . Merc.:1<10. po ntc.l foca(,
detioem clanlnit:11le p;◄ s.scio , e por a! fora. Pol'
oulras p~lav111~, o cxtC'.rlor é articulado em St11::essi~
vos csp~os, tal como o ioteriot, rrli\S por motivos
t>l'ópdos. !'ode.nos Ct)nSctLttt:Jll(:mcntc postular um
ambicnlr. ttrtic:ulado, cm opo.~ição àquele que t'.
apenas urna pane da _ç,ur1ed'ícic: d» lena, sobre o
qual pe...:;~oa~-fonr1igas e: vciculos se agitam 11enna-
ne111ementc, e o edificado se encontra distribv(do
ao ~aso, Consequemememe, ê11l Jug;ir de um
ambiente infutine e fi ui,d1>, teremos t1m ambjente
.:irticufadQ resultu111t:. dit paniçáo dos fl uxos em
a<.:rivkll:lde <.~ lazer, cm n1a~con·edor, e pt'aça-me1·-
cado, vieJa e largo (e todas a.1- suas v;"tri.;mtes),
O resultado pr~tico d.e1:>ti\ ~cticuJação da cidade
cm purtcs idcntifiq\\'ciS cscá cm que, mal ~ cri::i.
um Aqui, temos logo q_ue admitir urn A)ém. <.~ é
jLL~lumcnte 111) tn,titmc;ntv ç jQgO destes doi~ con-
c,eHos cspriciais que surge grande parte da expres-
sh·idadc \1rbana. Nos de..(õenho~ das páginl'ts sç..
guintes há algUJlS arguin-entos rclcvanccs pal'a e..~te
o~o do esp.t~:o n1-t pais.agem urbana.

184
T

Aqui e alé10

O recinlo comm uhlo.


~ que: e:lcmcntor,
divide o espn~ e:m
Aqui ç Ali l>,:,st,· lado
tio uco, em Ludlow,
cncontrarno-nos num
uni\•c~, prc.scnte.
tlil'CCIO e t\ãO C:(Hnplicad,,
- no no~so uni,·crso.
() OU(l'Q lado e dif~n:ntc.
mamcndo de algum
modo uma \'ida própJ;,.
(aJgo que é retido). r::
~ssirn como a J10pa dum
barco, visívd ~o dob,·ur
de uma c:;<1ulna. nM
indlCH a proximid;uk do
mar (vasto. pc:nnancntc}.
também o lum.:ao d ii
ign::jH tnuufonna u111
simpJes recin10. (it c~q .
em lxliixo), no jogo do
Aqui e Alên') là dir.
cm baixo).
1
1

185

L
l'rolong~m.wto do intttrior
1.a•·:a o exfcriur
O coroJãn o d:e 1\Jdo ãstO
C4Contra.~sr na c~ R' O
cJ(ter ior de volumes inte riores
No uaJO de u1n ed.dicio
públi&,'\I, C l ll ~i.x.<i, tt
aluth:imano das fachadns ct.
ru3 t interrompido poc
um
a>r po ,na.111 a \'iOÇad<,. !fta:
lfedvz ""uel•
íon çio.
l,suolnlCllcc, no coite
lntL d'ft. d.al de uÓl:il f\1
1' ele
comércio {en, baixo. à csq .),
observa.mos como, de um
lado., • esq . ltOlOlli ;qJe'l\à..:
. ti5
111C1111ni5 d,.s h1jH i. cnq ullDfo do
outro. 3 dir•• os 1oldos e
carrinhos dos vmdedort.J os
dtli a\tt tm um n:ci uk) que
1r"ni fun1111
1t roa. dum dis: urso
Con tiuu l,hulg e)()ada.l
6rido de intcnor/exteriol' num De 111n • íon n» sc,nt:lmo'lh,! , emb
tXpJessi\"O me.ceado H.n
dt, supcnor, esta pcnp.."'Ctiva do ora numa csica.la
Gre towich,
mercado de
em cln ~ ttad.u:,
~ i c1k ), º"'" in1c:rticuçãu '-'Omwn~
em ctuic e quatid3dc.s da luz e
Cõcuittmdl\(k
ple u de volumes
o cooceito de exterio1' e i,u.tr do.s nw eriai,; negnm
i.l'Jr.
1•u.t,tlco e priv ado
Sublinham .,,._,
dif~rtftÇ2~ as Yintt,
cataeCcríslKtl$ h&adaã a
~lo ros (fo amb íe1ue.
ca.rac:rertsticai de CU(".
cu.r1'C1er 1 0~11-, etc ••
Ncslo cuo , a mudança
"crá c:ntr t um Aquj
1Victoda Stroet) e um Ali
pri••do ou scmipnV3do
(Wc sim ,nst eJ· Cathed r,d).

'-••w 1o,,,...1-..._
dic lll'IU ,.tfc 1,(.. .....,

1
,

U 111 ()l.111'0 o.-.pectc) 00 ~~i,11ç1:,


e.o.os moiU ritdo nurn
111erçado de Kingsron, cm
c1ur. d.õi5 slt1tmas esp3C,b:I
scmcJhanlc-. CÃÍSle.i:tl lado i&
lado. Pnmcinmu:ntc o lv"'l'
do 11.\t1c~do. ao qual v8Q
dar vá.riM., pcque.,13~
lt'QJLS\'Cl"Sfti,, vai .l!arga1idO
a16 :.io centro de L-omérdo,
enJt,nind.,-cidu c:oru torres e
c•.,5:tÁctH'II, O céu ê a
cobertura de~ ulãc, ftQ 111
livre. \im1u ,,;:rto do
Meta.do eneontnt·St: "
~ o Whe0:f1btaf, que tcn,
i8tullmcnlc IIIIIU ,.011a CCllllll
111ovimen1odt1., o uc~ à
qu.al se Íúf. 3CJ'3 Vê:! de um
tlutiro i':t_lm:dof. l:sf:."I tona
ttuttal u.m o Siel• próprin
du, uma CUpuJa
envldn.ç,.do. No Vc.rio a
casa cst6 1tbt:1u dum lado e
dout,o, e rto 3JraVt:s${1-h1,
tem~~ 11 (M:teepção nítida de
unidade 4k:s1Ji t1c:,c1uêa\cia de
Ç>f,aço,I
RLA

i l.,.1.r

ni-.:r,....Wl,
tftll,-J.l Ju ll~C.:ado

187
EspoÇ(I e íufi.nito
1
l A .sensação do lnfinjto
não é oormalmt:THC
1,1 apat'êà.lc no céu que ,:;e
vê wbrc os telhados.
Mas quGJldh subi1amcnte
se vê i:iu 11(mdc
ru)r11111hncntc seíia de
~-rar que !\e awlassc,
isto 6. ttô uivei do chão,
sw-gc então uma situQ~~o
de choque. e uinM
sensação de infinito.

As mad.eirfl.s trabt\lhada,:.;
erguem-se para asr.fT~r <.1
espaço, as e.s;bcllm1
<..-ohrnas e w ...c:dação
enquadt►1rn-no. a.-.
abertura!' mH: paredes
expõcm•DO , Por trás, ;J~
entrados 00111 gclosia~
revelam.nos a cama1.b.
seguin1c de. tspaço
irHerior o b ~ , e a.1
j»nclas cnmplctanHWl.

188
!

Projccção
O espaço. sendo ocup>.lvel. provoq1 li ..:o(oniz,;1;_:ií.o.
Pode tiraN>r. pnrtidú desta reacçU<i. delimitando
espaços de modo a obter os resultados desej;1d<is.
Nesta perspecti\'a do B»FlCO de ln,slatetJ'a, o pórtico
gra11dk)~<•. i, t:•Sq ., imptcssiom• rnuih) inai:: do que
qualquer edjfício maj1:sh)80 e maciço.

Espaço funcional

Não h~ melhor maneira de subJinhRr um fac.:t<J


urbano, 9.QtlJ9. nQ1' ~xcmplo mn teat1'0. do que
O,,flexãn ceder-lhê o ::;i::u próprio espaço (fig. e10 haixo),
Qnan<lo uma pcrspcctiva e rematada por u1fü1 que ganha vida e se ~niuHl com encontros.
construção peq,e11dicular ao seu i:dxo, o espaço conversa. te.nsão e. movimento.
d~ recirHO compk:ttt•sc. Mas uma mudança na
oncntação desse ~ it'icio final, como neste caso
e.m Edimbutgú, cm buixo, cria por associação
um esp~•ço secundário. Um espaço que olfo se
vê, mns se sente de\·erú l~ estar, e10 írentc ao
edifício.
~ . .':;,
,~.· ¼...i=-
...,,. ......

r • , •
: :"!;:1f:.'
1•::'·"''" :;_.-~<.
..\ \Q.,.. ..
.-'~ o!.--i~1..--~
:}§}rj\ir~
J., .. ..... . •
:-··!<,, , ...';;r-
·:i ;,.,: :i .:::·~~t
.J.'..".~;,. '· ': :,.-. '? ;.,',_
;i
' ..
,
.......
f_.
·"~
'
..
.. ,:1\. .q•
,,,,,.

190
T


-J
1
l;\,IEDIATIClllAU.t:

P<)derâ 5er ma.is pmdcnt::: ,~, mil escudos nõ


banco <111c na àlgibeira, mas ~l~s no hol::;o é m:üs.
excita11te, Ág,1a. c:Qu e edifícios não são afc:c::tàtfoS
pt)I' co,1sideraçõcs de prudêtri.a, Estão Já p;1ra
pieoo,lr,,ava a t.;1fadc como um museu coin f ) I . ~ •
çf1e1> SCft.\ONlas, umo palestfa acompxnhttd'I. 1le
slides. A chave pane o nosso conceito acm3.I de
pai.c,agem w ·bana rc:sidc num argumer,to sim1de~
serem ,1pn:ciadl'1~ oqui e agora, oo nunca tnais. Não mas sorprccodcmc que nos dii que os \'-árfos
h5. um Banco dt! Depósitos Visuais . Ao contacto componentes da pais"lgein nâl> purl~m ser dis...",0Ci3-
vi1>11.tl d in!clo e 11trc bomcm e ambi~11te cham1m~H do.c.. E a.inda. qu-eo:; resuhados dajustaposlç{t0 siio
mo::; ttt1u i d~ linediattC;dadc, uma cp.wlidade que se c:-m si (pelo mcn<•s) Hio ex.citante~ como Oi próprios
a5.:1e1neJh:\ à pr.átlc-. Viclaria1la de Abcnvrm;. A objec(o! juslaposcos - e frequentemerlle são-no
<lil'trénça eínre tmbas ~lc ob'fi~meme cm qvc 1-1 e
ainda mal.--.. nem1 óptlc.a qut:: lentamos TC'\-eslir a
ptti.s1tgl:10 urhano. UJ>im a prd.ticti$ 111ai.'l org4nkas palavrt1 lmc."'<liac~ci1l~<k~ do seu sjgnificado píÕprio e
do Q\lC as possf.,cis no u,b3nismo viclorl11no, que dis1in10.

.4 c:squc f'(b . Rbkeney: cm bsiia, L,;-.•o


..-,:-t.

191

-'---
,. Agua Jcveria ~tr ;ipn:cnsivtl d<l 01:-iior mimem
po~~í \·cl de loco.i~ 11a cidade (o que 1llt0
A tiguo fomcce•nos o r..xçmplo m,l,t>S óbvio. .-.ignifica um horizonte pennanenlt:mcnte
p OJ'qlJt: :1 mt.nl\i~:ão cnm! t$1fl e a te.ira constitui cobc:rro de ásm1. mas talvez. o braho da

11 o maior oontr~k psicolt\gico. Cid:.d~ à


hcirn-mar tlcvecia,n viver sobr,: o mar, 1l<\
sentida> ~rn que M prcse1\Çlit \•isivct do vcnmo
remini$C:i:ncin, ou a indicação do abismo. ao
fu111fo cJç uma ,u~).
Para a eidu<k do litoral. o mm é a .~ua ntvio

192
r

1k SI:!'. ~ me,mú qu;mJo os ~eus halillautes à ::.\Jperfície da águH. E::;1ives.se tud<.1 em


\. ive:m ~fn ~:,,sinh~ts ilconchcgadas com o seu segurança, protegido por gul'rdas e cnnlciros, i;
,,p:.,o:lho í.k t:.í.dio , <'ClntO qualqueJ' fomili:, do a água perderia a sua ptofundidad-e e htilho, ;J;o;
tnt;!1fo1'. rltuKa é 111n;1 <.:iih1de do iruerior; 11)011H.111to1s ret:u>1ri;n11, e o veuto :;oprnrj;t
cn,:,u11r,..:-,,t: i1 ht~\rn do ahh;mo t face a llm doum1 forma.
horiz.,; m( (Or,:-.cante m.is cuiimáti.:o. li-fa.s hã outras combinações possivcis, a ímimn
O mc:.mo p:'l-del'-l:t -ii <liier dn iodivírhu) n um incerpenetra~:al) ~111re jardim e ncea;l<l e.1n
..:a\:-. ,ú •1i:1..: p;.1ni e :-.h~ ;) fCOSflV principal C!it nrâ Urnonc. t1áli'¼ (cm cinu1), em que <>::. dl'>is
c,:,111t:c1unldil na Jinha de demarcação emr-e ten-,1 elemento!- jogam um com o outro ao longo
~ ,lg ua, 1::: -u C'.'1.p::'riêm:ia CiflOCi(lu»l de$1tl lcnsóc.1 duma 1inl1à de dematcaçâo reconada, com
1.p .1c tr:111s 111ilt! v ~<":ntidv da imcdhl(icid~dc. Es ta promomóríos. e taml>ém ~,1n1vés de del'iníveis:
•:onL&içfü> •,•bual e <"lllúti va püde se, inelh()r o leito do mar sobe, ~ superfkii:: em terra é uni
l'(l1b~!•,uid-.1 o milimlu g u;mhi~ ;1v longn d a linh:.1 terraço; todas a.s. peíSpcctivas .são cxpi<.1radus.
de rJ,:m;m;a,~ân. como cm Norfülk. l•:íg. 190, M11i.s p,'.!Tlo da é<1ncepção inglc5-a está a relação
r,nd~ :-.e po(fo c:-.w.r Junto ao limite, ou me::;mo ·"isual dirtcHI c;orn o rnar, mais ·,.·ioleoto. e que
dch1u~:1c.k• :-.utm:· a í,r,ua. esp~il:<111110 vs b;t.r1.:<.1.s ,:;e tOl'llil indlspcnsávc I rn1tnler íi,,;ic.:ametltê
t'1U haixn, apoiado m>:-. p<.1sl::s llc t1marração. A af:.1.s,1~do dú edificado . Ma~ a s uperfície
i111:·di<ll idd;id::- poJ~r~ :-.cr definida como um pavinwntad;i , t: ;,,i ausência de gt1ardas, dá-nos
lk b11.i'i,li' mt:nrnL Uma g1·.ande. p:.ute do imJnlCl(I u,n acesso psk ológi1.:ú imediato oo abismo, em
d.i lme<li,11id<lade ~urg.:.~ dv gra\1 de çontr.:tstc, Liir10.11e. a esq . Aqui,. a t:alçada reprodui ,.1
t.:t1!11(1 p(1(k1110'.l c1b:.c 1vnr em Lseo . cm ltália. pcqmma únduJação I tanto na forma como no
rtit!• 191. O limic-: da co1blf1J-yáo urí:mm, brilho, ,m1.s, é. tão sólid-' quanto a onda é
(Ut:fi ntJa ..:,)mu urh;vm P'.!bl pn:.sen\'n dr. líquida, 11m <.1pú$10 que (eforça a ~et1::;açãú d:1
1·::.n(l..;,: irc1 .... e ,·in,.r1n:s 1. ~eométrko ,e i•ros imidadc.
1111anitam~ ntt' prnk)111,,.;1do. ~•pôe-:,,;e d iret:tam,:,u e

193
C6p ulaii;

Oos mais óbvios


cx.~mplo~ da Natureza.
aos c:u,:mp!os m11is
õbvios da arquih:ctora - •
<1.i áuu~ ao monument<.,.
P:u,, onde quer que ~ vá
em t-lorcnç11 o Ouomo é
o Mo,1umenl0 lnc::vitávcl.
Est::í sc,opre ru-e~e,He •
.... ·-· - .. ,.•//: rematando.pc~pecl(vas.-
coin a gfa1tdiosidadc do
SCll v <,1lu 1116. li um.a
.:/ personalidade
a.rqu.iriectócüca, umn
~: pn;scnça tãú júvial t t"lrno
i•• • um homem gordo e
hc.111~chei(OO, tão
' n mJinétíc.t e
detproporcion~h• corno
w l'I halão que ~nha ícihl
um~ «tc~c:nl fotçad,,
no nos,o próprio quintal.

194
A mensasem deste livro é que bá muito dive1timento e muita vida a ~'!lcont,·ar
na paisagem construida. O leitor poJerá retorquir, «sim, ma~ você correu mundo
para encont1ar exemplos. Venha ve,· onde eu vivo , nos subúrbios de Liverpool
ou de Manchester, nos no•os subúrbios de l'aiis ou nas malhas onogonais das
cidades americanas. Veja o que se pod~rá faier com tudo isto •.
De acordo . Ma.~ não andei a correr mu,1do só para fazer um livro corn
ilostraçôcs, que pode ser lido e esquecido. Os exemplos foram mancados com
um objectivo, objectivo esse que tenta expor u arte da paisagem cof,struída, a
qual se tivesse sido compreendida e levada à prática, teria evitado os desastres
_ acima rc.feridos. A razão de ser deste livro ~.tentar mostrar. a pessoas COIIJO t> •.•
leitor aquilo QUe têm andado a perder, e de tentar criar um ponto de p,lrtidu para
aquilo gue poderá vir a ser. M,;smo que o leitor viva na mais boniia das cidades ,
a mensagem continua a ser igualmente necessária: existe uma arie do. raisagcm
construída. Este é o arf,'llmento central da paisagem urbana 11Jas perdeu-se pelo
caminho, foi abafado por «certos urbanista.~», que o tentanun desvirtuai- e
tlpiílcar. A sua prática tem-se resumido por um lado ao emprego da calçada, e à
conservuçao, e por oulro lado tem resultado em u!Crajes e poluição visu,11. Na<ia
disto, se me i permilillo aponlií-lo, dii respeito à arte do ambiente. E
consequentemente, dez anos volvidos, torna-se necessário ,·ecomeçar. Ago.-a é a
altura de conceber um instrumento muito mais realista. Graças aos .-eferidos
«urbanistas•. o assunto já nüo é desconhecido. ~s e ncontm-sc associ11do a
lim itações e exortações. O poder geruclor cen1rnl continua ausente. A arte de
compor o ambiente deverá agMa ser mais clarJmcntc dcíinida, as suas regras
enunciadas , e os seus produtos típicos tomad0-~ familiures par:t uma i;randc
maioria da pcpulação. Este será o tema do meu próximo livro.
R á uma cctta corrente de opinião que evita a sis temati1:açlo est~tica,
convencida de q ue um pássaro no ar nunca será o mesmo quando apanhado. Há
uma outra corrente que tem tendência para acreditar que se não foram definidas
notas, e c.scabclccida uma gramática musical, não se conseguirá nunca toc.-ar uma
simples melodia, para não falar já de um Mozart. Isto parece-me evidente. Sob o
risco de nos repeti1mos deixemos bem definido o cam110 desta actividade.

A. O ambiente é coostcuído de duas maneiras . Em priJT\ciro lugar, objectiva-


mente, através do senso comum e da lógica baseada nos princípios bcncvolences
da salldc, amen idade , conveniência. e privacidade. Isto pode ser comparm.lo a
Deu~ criando o n11Jl)dO, como alguém exterior t: su perior à coisa criada. A
segunda maneira niio se opõe a e.sra. t,. a execução da criaçito empregando os
valores suhjectivos daqueles que habitarão o rnundo c riado. Sem desrespeito,
podemos comparar a Deus enviando o seu Pilho p11ru viver sohre a terra como um
homem, descobri-la , e redimi-la. Ma.5 estas atitudes são complcmenrare.ç. Para
tomar um a simples am1logia , i.s latirudcs do hem-estar público que são paralelas
quando observadas sobr,; urn mapa, reduzem -se e desaparecem parn p0nms de
fuga, quando ohservadas pelo iodivfduo isolado . Não há 3gui qualquer distinçüo
moral, ambas as observações são verdadeiras. A verdade está onde você esliwr.
• Neste estudo nâo nos preocuparemos cou, valores ohjectivos, que aparente mente
estilo tlorescentes. Preocupar-nos-emos sim com a inquietante situação subjec-
tiva .

195

.- - --- ---------------
Sornos testemunhas da extrema dificuldade de mudança de uma ordem tle
verd ades para outm, isto é, da objccciva ben<:votencia das câmaras municipais
para • resposta e <.;Xperiência pessoal especialmente quando, nesie mundo
enlouquecido, há tão pouco tempo para adaptações .
A principal reivindicação da PAlSAGE.M U RBANA é 1cr contribuído parn o
levamamence da estrutura do mundo subjectivo. Porque se não estiver regi&tada ,
a que é que nos podemos ajustar'? A opiniões, tnodas , ou à moralidade pessoal?
Que difícil que é ajusta,mo-nos à ambiguidade, e que p,;:rda de lcrupo!

B. Qual t o uo.~so ponto de par1ida? O único pouco possível será seguramente


tl'açar os caminhos pelos quais o ser huma no se relaciona com o que o envolve;
regis1ar as sü°á.~ u.fim,açõcs. Não as" opiniões -grondiloqucntes sobre 11 Arte ou
Deus ou o Compu1ador, mas as afirmações morais sobre as nossas próprias
vidas. A observação das reacções humanas à vida em si poder.í ajudar. Uma
criunça nasce, chegou , tem fome, chora , do,mc. Esm inteirJmenre indefesa e
arro:;ante. Mais tarde a criança cm cre.scimenro começa a discernir coisas for~ de
si própria, coisas que são quentes e outras que são frias, por ve:GCs há lu:t. e por
vezes escuridão, há coisas grandes que se movem cantando . O jovem c resce na
família e aprende os direitos e deveres da vida em famíl ia. Quando não se devem
fa:,. er perguntas ou ficar acordado até mais tarde, como gunhar o consentimcmo
do pai , e por aí fora. Ainda mais tarde, como adulto , decide seguir a sua própria
vida, casar e 1ornar-se responsável pela organização da ~ua família.
/Is nossas reacções rio ambiente são muito semelhantes e podem ser c)(prcssas
cm quatro afinnações:

\ . Eu estou Aqui, estou nes1e quarto, ai,-t>ra. Consciência do c.s paço.


2 . Eles estão Ali . Aquele edifício é encantador ou feio. Co~ciência de
temperamentos e de carácter.
3. Eu compreendo comportamentos. Andamos numa teia de pcr.spec1ivas q11c
se abre m à nossa freme e se fecham nas nossas cosias; há uma es1ruwm
temporal.
4. E u Organizo . Posso manipular Espaços e Temperamentos, con hecendo os
seus comportamentos, para p(odu,;ir a residência humana. Tudo muito bem e
muho bonito. Mas o que se passa se simplesmente afastarmos tudo isto, e nos
propusermos começar a desenhar'

anti 1. Não há nada a que se pertença, unicamente um rteserco . Não-babil.lções


que se rnult iplicam 111é ao 1to1·i.ron1e e u1n vazio contínuo. A Expulsão do Paraíso .
a,,ci 2 . Não há nada com que comunicar. V ivamos pru:11 es1c ou para aquele
lado mas é tudo incaracter(stico e despersonalizado. Ninguém chora ou ri .
Estendemos urna míio, mas não obtemos rcspo~1a tio exé rcito silencioso .
anti 3. Um ambiente 1.10 ignorante e liio d~ ajei1ado corno uma caixa de
embraiagem estmgada, ucna paisagem tão c atastrófica corno uma casa de
co=ção pan1 meninas.
anti 4 . Batatas fritas como único acompanhamen10 .

C.. J\ nossa primeira ac~o parn criar um s iste ma devt:rá seguramente ser a
or~,anizaçüo deste campr, d~ modo a que os íi:n6m1>nos possam ser c lassificados
logicamen1e num AI las do ambiente . l\té :u111i, lemos uma coluna de afirmações,

196
f
à esquema . Na linha superior potl.,mos registar as diferentes escalas do ambiente
1 n que nos ,amos referir . F.m primeiro lugar, há o mundo físico do comprimento,
IArgura e altur.. !lm seguida, a dimensão tempo e cm terceiro lug11r a ambiência.
Com estes dois v()Ctores, horizontal e vertical, podemos conSt{Uir uma &'TClha ou
Atlus elementar, que, com pressupostos sólidos, deverá poder crescer imensa-
mente.
T"mdo chegado ao co11ceito de i\tlus , cons ideramos então a quarta afinnntiva,
a que diz. respcitO à organiz«ção ou maniplllação. Se considerarmos o !\tias como
um ficheiro de pal ~vras (vis uais), então a or~,anização serú a a,1e de juntar uma
palavra a outra de mono a construir um discurso lúc ido, que seja inerente ao
problema "specífíco do ucscnho. E é es1c g lorioso sc n1ido da cornunicaçAo que
nos fa2. a todos falta Por amor de Deus, digam alguma coisa! _ . ..
Po.-lc-sc constatar que nao é mais complicado que um livro de receitas: e u,
p rimeiro lugar faz-se uma lis ta dos ingredientes, em seguida descrevem-se a.<
suas reacções ao calor ou à água, e em seguida juntam-se e pronto, aí está uma
forma de piio.
A única difcre11ça está em que aparentemente a maioria da.< pessoas tem um
di;scjo por comida (JUC justifica o aparente111cnte inesgotável fornecimento de
livros de recciras enquanto que o rneio-ambic11,e não suscit11 de momento
qualquer desejo. Não é, na realidade, surpreendente. O diálogo parou quando a.<
virtudes ambienta is da arquítcctura Victoriana foram subscituídas por ouoas
virtudes mais pessoais como a verdade, honestidade e auto-expre.<;São . Vê-se
aonde isso 110s levou, está wdo nborrccidíss imo . l'crdemos o nosso público.
Temos de juntar, separar, dividir, ocultar, revela,·, concentrar, diluir, p~nder,
libert11r, atrasar e acelerar. Jogar a bola de um lado para outro. começar a mexer
os músculos entorpecidos. Há muito que fai er.
À parte a vida humana, bá poucas coisas mais comoventes do que o
nascimcmo de uma ideia no cérebro humano. Subitamente, no húmus rico do
pcnsamc,110 uma ideia afimia-sc à luz da compreensão. O telefone entretanto
toca, não , ní\o lemos grifos <h: antracite , só temos nozes. E a ideia pe rdeu-se.
tvfuico frequent~mente perdida pura sempre. Os deuses que deitaram os danos
tremem de fruslfllÇão. O 11os~o mundo produ7. continuamente conceitos, ideias e
soluções, mas uma grande parle murcha e morre enquanto o re~tame vai juntar-iae
à montanha de papéis. O gue se 1.orna indispensável é um quadrn de referencias
em que estas ideias sem residência possam morar; um equivalente ambiental para
a • Shelter», 8 Mganização privada inglesa gue t~nta atacar o prol.>lema úa
hahitação . Na minha opinião, há ,una imens« perda de fertilidade que (leveda ser
contrariada criando uma agência de coleccíonamento, classificação e recupera-
ção de ideias .
Ae.tbamos assim 1ior ter uma caixa de conceitos e uma gama de jogadas
possíveis, um lodo láo coordenado e infernamente autoju.<tificávcl como um
c,iscal. Uma am1a com II qual podemos mancar-nos ao isolamento e enlrnr cm
concacco com os educadores, com os mass-medi" e , finalmente, com o público.

197

- - - - -- - - -- - - - ---- --------~- ---·-----


,.
r
ÍlsDICE Kl<MISSIV()

/\be11ur:u: - 191 Cr.ntrvs - ..,..d. ce:otm dD cid.xle


v .d. upos;ção, dcsurbaui:,,no. JloCt~pccliv1:1 C~u - v.d. infinito, <elltodot
Abrig,,s - 164-$, 238, 275 Cicl•~• - 59
~-.d. cncluvc:s, awopriação Cidnde., novos - 134-41 , lM 69
Acidente - 4(1 Cidade ..c.-eta - 66
l\doptabilidodc -- 145, 151 \•.d. r«:huo. aquj e altm
v.d. ~<ibref>O~iç5o de usos Cliin~ iugtê.s, O - l 64-5
Adro ,_ v .d. igreja CoJoniz.açao (du espaço) - ,1 .d , a1,10111iaç:at<.1 (e.lo
Agricu1tuta - 60 e.<paço)
v.d. v,n.a rural
Comércio - 4~ , 64, 67, 120, 136, IJK, I.H <t.
A~u• - 26, 41, so. 58, 63, ó<i, 10 n, 74, n, 186-7
MY. 'IO. 9'.l, IUl, 113-2 1. 150, 183, 190- 193 v.d .• 1e11e'rin&:
v.cl . litoral Cotn11aílimemn txterio, - ]0.4J
AJ:tmcd.as - v.d. ,tc.s.nív~is, i111ediaiticicfude, v.d. jardins, ~ -~
linha vitral. caminhos para ~ . lito-ral Complexidade- 67, 154-5
Além - 36 C'.o=á<> - 5;.7, 80, 111-8
v,d . A11ui e /\.lêm
v.d . pnimcnto, 1:a111i11hos Fifr.l pt:(~, nias
Alpendres, IÍ<ri<>s. pórlicos - 26, 4 1, 81. 8-1, Conjunlo residencial - v .d, RcsidcociaJ
ll0, 172-3. 18&-9
Ar,i,ni~M - 74 CMleúdo - 59-88
Anliocios - v.(I. pt1blicich1de C0111l,1uidade - 57 , 186
Apropriação (do tspaço) 23-30 Cnntii\uldade espaci.aJ - 186
A1)rumo - v .d . nltidtz C.ontrt-1~tc v.d. pero e b<MCO , .:ontrn.stes.
ju<iapollção
A<codos - B, 27
Contr8"l~ - 79-HM, 155, 170-179
Arcádia- 59
Cor - 7S, 81. 87 . 154-5, 157-63. 1(,9
/\n:o,- 19.20 , 31, 35, l7, 52, 56, . 185-7
Correcçõo - 61 . 146-52, 157
l\tticulaç:io - 133, 184 9 Olpulas - 20, 44, IR7, 194
A,v,,n,., - 24, 11, 2s, 34, ,s.
43 , 58 , 69-60,
62, 66, 72, 80, R1, 84-S, 99-I05, 120. 124,
127. 129. 167-8, 170 76
Aqui - v.d . Recinto Uelle,ão - 45, 110, 189
Aqui t Além ..- '20, 36, 5-4, 1&4.9 v .d lnJl~ii<> I IO
Assenro11, bm1cos - 24, 25, 27, 30. 46, 86, 88, lx:grau,, escadas - 91. 94, 117-8, IS2, 1n.
97, 102.3, 164-5, 168 182-3
v.d. desr1fvci~
Dclimi..çio - 32, 47, 4Y, JOH-12, 139-4()
Banl:OS - v.d . assçntus. Oclimit•~1io do Espaço 34
Barreiras - v.d. l{e3triçõcs Dcnskl;ulc . v.d. rt..<ildt:Jtei:i.l. dcsucbqi,nismo,
&ira-mar - v .d, Jhonil u11Ja11ídadc
L>esn!vcis - 22. 39.A0, 4.S, :12, 56, 72, 7 4, 77.
RJ , ~i-3. 117-8, l2H-9, 166-9, 117-183
C;efês - \' .d ; r~s1auran11~ ~ ~ufb;ini.~mo - 134-41
Cruigrafia - 86, 11s Dispcc,io - l'.14- 141
v.d. traço 175 Distorção - KJ. 156
Cu;oç,io - 36, 64, 93, 9R, 115-6, 157- 163, 183 Divisão de CSP:\~1)~ - 43
v, d. superficic ._..<l. pe1'!ôJ)CCUVt1
(",aminliM - 45, 56-5"/ , 7 1, 94
v.d. i.:.\minhos para 11eõe~
C,mtnho• pac. péé\e., - 50, 57 E<.l iríci<1-l)arreira 32
v.d. pavimento v .cl. ddintil3Çlo
Categoria, ld• paisagcm)- S9-63 cdiílciu c:omo escultura, O - 76
Categorias u,t,,mas - 59 &p.,ço e infinilo - L8H
<:enlfí> da cidade - 57 W1«1aciva - 51

199

-
&lifleios público , - 49, GS , 110. 167, 186-'/ lmetliue:icidúd~ - - 190•94
Elo:trickh1d,e - v.d. p<J:;tes de t:1«11lcidatlt: I..Jído - 74, 182
l:ocl:ivcs - 27 lniciatlva local - 44
".d. recintos lndOsttia - 00, 62, 73. 78, R.S, 162
E1lCO:Slõ1. -~.d. dc~t1ívcl v.d. zonti industri,J
r.11trdaçamc1110 - 34, 1 1, 1Rk fri1c:s,::tçào discfda - SS
Esodas - v.d . dcg1aus, 1lc~nfvcis futer~ncm~o - :'O . 186
t:«-ol:, - 8 1 R3, 146-8, 1.56 . 171,72 Jnlimid &ô,: - 71 , 179-81
t!:strilórios - 42 v.d. rccim,o
l:!SCl'IIUra - 38, 71, 74-l, 76. 83. 101, 103. lsoC:amcnto - v.d. cx)Xi'li).5.0 e isohunen10
1S6, 170, 176
v <l. ponto füc-al, obj(;éli,-o sl~nificaüvo
E.spaç1) funcional - t 89
E~puço inc."11{:-íve! - :tl Jn"1íns •- 35 , 37, 43, 66 , 70-71. '16, 82. 97.
l:SIJ&~ior.amêlltO - 98. l 16, 119-21, I.'.' 1 99-104. ll~-9. 175-6. 193
Esfrt:ittmemos 45, 47 . 48, llf , 122 v .d. parot:'i . , ,vorr:;s
v.d . :lfOOS Juslup<><ição- · 62. 88, 171-72
Estnuunit - 89 v .cl. \'.<lntr-.t.sll:s. imedlatkidi,de
Exposição o isolamcn10 - 1 1, 1801 190..92
1 1?11.1crior e incerivr - t 87
,, .d. a<[Ul t 3~m
• J.<11ering, 9l,6. 153-6
E.\ lrnvog.tnci.1 - fl9
Liguçi,o e çonex;io - 80, l )'1.'20, 124
v .d. complcxi<.h,rlc 67
Y.d. caminhos pant pc~$, tun.'i
t.i111itaçào - v.d. tdiftciovhaneim, u nhlmies
uri:rn.tlai
Linhas dr: fot<;ll - J ll-21
i Fcncf:.lraçôcs -
163. 174
30 , 64, 68. 70, 74. 83, i4, 158.
J"'cal -· 23-5R, 111.g.1
J Flo,es - v .d. janhns
F1uidci - 26, 32
fl utuação - 48 M,,rcos - ..; .d, pilooes
v .d. ondulai;fiu M tldfüca - 72.3
focalização - 39 Meirópole - 59
".d. pou1uap.o Miscéri<i - 53
footes- 56 Mobiliário urbano - 40, 43, 52, 69. n,
15, 76.
v .ti. porHo foc aJ 8S, 86, KK , 97
Y.d. as.sc.ntoi, ()()OCO fo1:;.I
~·lonu11\ento ím:vitl\vel - 194
~ lovimcnlo - v ,cl. CQIUinhos paro pçõc::S, \'iJão
(jeomciritt-21 , 71 ~77. 175 seruil. lT~fego
v.d. arcos MuM\ - v,11. paredes
Giiantis.no - 8l, 156
Gr:ideamcn1os -90, 99, 117, 126 , 175 , 193
v-.d. rcwiçOe...;; Ni1iJe>.- 38, 57 , S8. 63 , 70, 77. 97, 177, 163
v.d. rêMtiçõcs
N/vcl - 177•83
ldcruificahilidadc - 64-'78 v.d. privilégio, d.csní'9eis, in1imldadc
v.d. pomJCnores. objcclo significa.úvo, Ní,·t:•$- v,cJ. <lc:~ní""--is
pan:<lt:$ NOSlalR.ll• - 70
l~"'i • - 19, 21, 27, 40, ,!2, 44-4l. • 7-8, 57.
68, 75, 79. 81 , 84, K,. 112, 124, 128, 13R.
141, 152, 133 . 186, 194 Omi.~ rigniti~ativa - 71 .
lnl'i»i10 - 52. 11 , l 8R Ornamc:utação - 33. 44. 46, GS. 61, 69, 71 ,
lluminoçõo - 39, 7.}, 87, 98 , Mó-52, 153 83, 85, K7, 153 6, 157-63, 171-73
llwniaaç5.o com prl'>jéctorcs - ,,.d. ilumin:iç..o ,•.d. CS(.."1,lflura, pan:de, inicialiv11 local,
l'lu,nina~Uo pObHca - 146.52 .. Jeuecing•, oorrccç-ão, pubJlcidade.
v.d. ifomü111~üo p,n-.dos
Ilusão - ~3. 72

200
Rampas .... 22. 93, 82-3, 192 .
Obje~tos significalivos - 75 Recinco - 27, 29, 31, 32, 34, 3.5, 37-~4,
Olhar t'ln po tmenor - .., .tl. púnl\eJlor-es 99 104, 139-4\), 164-5. 179, 18 1, 184-9
Ondulação - <18, 167, 177-R~ Reenttãncias - 46, 49-50
Ostcnt;Jçito - v.<l. ontamcnta~:)\l) v .d . salit'.m~i::is e ct:ólltr~nc1a:-. 46
Rede eléctJ'ica - 60, 14:'.-5
Rcgrn geral - l42-5
Relvado- 35, 38, RO, 99-101. 136
,, .d. jacdins
Residencial-59, 88. 121, 123-4, 134-41 ,
Pais,.gem - 36, 37 , 38, 40, 50, 57, 59, 63, 66, 166 .9
77, 84,5, SR, 121, 142-5 Rosh,ur,mes - 30. 58, 102. 120, 165
v .d. edifícios púhlicos
Pai~agcrn io~i::riot - 30
Rc$1>·ições - 58, 90- 1. 125-9
P>Jisagem J'ucal - v.d. zona rural 60
Rotunc;fos - v.d. ponto fo-.:a[, tráfego
Paisagem urban:i. - 135
Paredes, nmros - 2d, 33, 35, 36. 5 J, 53, 57, Ru• ... 29, 47, 55, 78. 80, 108-12, 134-•II
64, 65, 77, 81, 84-5. 86-7, 93, 94-5, 151-63. V.d . pavimcrll<.1
165, 176", 180, IR3 Rudeza e Vigor .. 68, 75
Parqucs-43, 50, 60. 72, 99-1 04. 125-9
v.d. jim.lin~
Passttgens - i,·.d. arcos , cstreitamóntos,
caminhos par..-. pi::6e...i;
SaliêJtcias - 19, 46, 109, 166-9 , 1R9
Suliências e rccnn»11cias - 46
P:Hio - v.d. rc.::into.caminhos.para p,sões. v .d. ~aliências
unid~des urban~s
l'avimow, - 25, 30, .lH, 40, 51, 55, 56, 71, Sal\itârios pCíhlicos , ~ 97. lS I
77,99 -104, 122-4, '130-34, 136 Sebes -·• 61. 127
v.d. caminhos p1t1.>. pefle:- ,...d. rc~rricõe5õ
l'erspcctiva - 22, 43, 44, 45, 145 Scgrcgw;Ho...:. v.d. pontes. restrições, <.:flminhos
v .d. delimilação para peões, unidades mbamlS, pt'aças, tráfego.
l'erspectiv;, delimitada _, 45 Silhueta - 42, 147
,.. .d. perspc<.:ti,.·a Sob!l,p,:,sição de us.:,s - 78, 114-20
Pel'Specuva grar,dioi.a - 43 Solo virgem - 60
\' .d. pe(!(.pecrh·a Subúrbios - ,,.,(, i::utegocias (de p11is~1f!etn),
Perspecfü•.3 velada - - 43-4
categorias urbanas. residência!. dcsuri:a~11is11\o
v.d. per.spectiva Superflcic -- v.d. cor. tcx.Wtl:I,
identiflcabi)idude, parede, c:1:1iaç>ío

Pilonc$ - 40. 43, 52-3. 78, 98, 101, 122, 124 ,


183, 190-1
,, .d. marcas Telhados - 42, 76, 165
l'onto fe<:al - 2R, 105-7 '!'moços - 26, :14, 5!\, 77, 86. 115-~, 138.
Ponrnação - 28, 32. 3i . 4'7 IXO,
Ponncnon;s - 65, 158 v .d. pri\•llégio, resi:dend~.1. caminhos p~tra
v.d. oth::ir em ponncn,,r peões
l'ortas -· 45. 54. 74. XI. 159, 161 Tc.:rrilltrio ocupac.k1 - 25
Ponõr.s - 19. 22, 31 , 35, 37, 52. 54, 80 v .d. >1p1'<t1)riação do espaço
Posição (rehtiva) - l3-5S, 177-83 Textura ... 94-5
Pústef. de elcctricidade - 60, 142-5
p,,.,.., -
43, 58. 59, 66, 79, 81 , 99- 104,
v.d. pavimento. idçn1iíicabHidH<lé:. parede
Toldú:-. - 26, 9'1, 34
180-91, 185-8
v.d. rccinm, pc:u1LO focal, rcs1riçõe:;, caminh<JS uad(ção iLtnc.ionaJisla, A - 77. 89-98
para peões, unidade!i urbanas Torres- 39. 40, 47, 57, 75 , 103, 171-72.
Prcctdeute.s ilu!itres - tÓÓ-9 IR5-G
l'reto e br•~<o - 93, 98 'fraço - 67, 84. 175
1,•.d . cor, etiaçao Tráfego -- 29, 61-62, 78, 106-7, 122-4, 169 ,
f>rivilêgio-29> 77, J7'1-83 184
J:>mtongamcnlo do inccrior p:i1-a. o exu~r:ior - 186 'frucagcrú - 39. 40, 51
l'Ublico e privudo - 186
Publicidade - 49, 153-6

201

- - -·-- - - - -- - - - -- -------------
!

Unitl:1dc cinélica - 149


Unida<lcs urhmta.i. - 29. SJ, 122-4, ISl
v.d. rccinu,, Cà.LUjn.hos para peões, praças VLcoo..;,dOOc:: - 2G
Urbaníd•dc - 59, 66. 139-41. 191
Visão S<rial - 19 ,2?., 57, J08.J2

Vão - 45. 54. 8 1 Zooamemo - 29~ 122--4


V,:daç&?; - 90-9 1
v .d . (.'3fegoria.~ ( dti pftisap.em), c;i11:go1iM
v.d. resuiçõcs w1>a-.tla$
Verticalidade - \'.ti, ponto focal, pontuaçílt), Zon:t..1 1ec,~oti "'ª S v .d, recinto. ,iardi.n,.
IOITeS
huimidmlc, praçl'I

1.

1,

l
202
,

ÍNDlCE

Você também pode gostar