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Unidade Curricular de GE
3º ano
GESTÃO ESTRATÉGICA
PLANO ESTRATÉGICO PARA A EMPRESA
“FOURS SEASONS FAIRWAYS”
Docente:
Professora Georgette Andraz
Alunas:
Alexandra Paul, 68437
Joana Romão, 68389
Mariana Caldeira, 68392
ii
Agradecimentos
A realização do presente relatório não teria sido possível sem a contribuição de algumas
pessoas. Posto isto, pretendemos agradecer a todos os que nos apoiaram, direta ou
indiretamente, na concretização deste trabalho. Não podemos deixar de agradecer ao
Sr.Diretor Jorge Oliveira, pela disponibilidade que demonstrou em fornecer as
informações necessárias para a concretização do relatório e por ter facilitado a
comunicação entre a empresa e o nosso grupo.
Por fim, um muito obrigada à Subdiretora da ESGHT, a Professora Ana Martins, pela
disponibilidade e preocupação que demonstrou perante o nosso grupo.
iii
Sumário Executivo
iv
Executive Summary
This report was developed within the scope of the Strategic Management Curricular Unit,
the study plan of the Degree in Management, at the School of Management, Hospitality
and Tourism of the University of Algarve. The same has four distinct parts. In the first
part, the characterization of the company under study was carried out, as well as the
strategic objectives of the company. In the second part of the work, the environment, the
competitive context and the analysis of the company's resources were addressed. In
addition, we have also developed a SWOT matrix. In the third part we developed a
portfolio planning model (BCG) and suggested some strategic alternatives for the
development of the company's business. In the implementation of the strategic analysis
and the strategic formulation, the necessary conditions were met to respond to the
strategic problem posed by the Director General of the FSF, Mr. Jorge Oliveira.
v
Índice
Agradecimentos ...........................................................................................................................iii
Introdução.................................................................................................................................... 1
vi
3.2 Análise e recomendação das alternativas estratégicas de desenvolvimento do negócio
da empresa ............................................................................................................................. 32
4. Resposta ao Desafio .............................................................................................................. 33
Conclusão ................................................................................................................................... 37
Referências................................................................................................................................. 39
Índice de Gráficos
Índice de Tabelas
Tabela 1 - PESTAL........................................................................................................... 8
Tabela 2 - Quota de Mercado. ........................................................................................ 11
Tabela 3 - Volume de Negócios do Setor. ...................................................................... 13
Tabela 4 - Taxa de Crescimento do PIB. ........................................................................ 13
Tabela 5 - Grau de Concentração. .................................................................................. 13
Tabela 6 - 5 Forças de Porter. ......................................................................................... 18
Tabela 7 - Pontos fortes e pontos fracos. ........................................................................ 20
Tabela 8 - Área Financeira.............................................................................................. 22
vii
Tabela 9 - Área de Produção........................................................................................... 24
Tabela 10 - Resumo da Análise Interna. ......................................................................... 26
Tabela 11 - Competências Centrais. ............................................................................... 27
Tabela 12 - FCS/ Competências Centrais. ...................................................................... 28
Tabela 13 - Valores do Ativo. ......................................................................................... 33
Tabela 14 - Grau de Envelhecimento. ............................................................................ 33
Tabela 15 – Indicadores. ................................................................................................. 34
Tabela 16 - Auxiliar à matriz BCG. ................................................................................ 45
Tabela 17 - Volume de Negócios da FSF. ...................................................................... 45
Tabela 18 - Volume de Negócios dos Concorrentes....................................................... 45
Tabela 19 - Volume de Negócios dos Setores. ............................................................... 46
Índice de Matrizes
Índice de Esquemas
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Lista de Siglas
AF – Autonomia Financeira
BP – Banco de Portugal
GE – Gestão Estratégica
OE – Orçamento de Estado
ix
RL – Resultado Líquido
x
Introdução
Nos dias de hoje, a Gestão Estratégica tem um papel bastante importante para as
empresas. Isto porque é através da mesma que as empresas encontram respostas que lhes
permitem enfrentar as turbulências do mercado, visando a sustentabilidade e a criação de
vantagens competitivas.
Desta forma, o presente relatório tenciona dar o seu contributo para a compreensão da
importância que se deve dar à GE. Para tal, foi-nos proposta a integração no projeto
Academia+Empresas 2022, tendo em vista dar resposta ao desafio lançado pela Four
Seasons Fairways.
Para a realização do trabalho, foi imprescindível o contacto com a FSF, de modo a obter
a informação necessária. Posteriormente ao primeiro contacto com a empresa, no resort,
o diretor geral da mesma, Sr. Jorge Oliveira, facultou-nos o seu e-mail pessoal e contacto
telefónico para o esclarecimento de eventuais dúvidas.
Posteriormente passámos para a formulação estratégica, que teve como base uma matriz
BCG, de modo a podermos fazer recomendações estratégicas com vista ao
desenvolvimento da carteira de negócios da FSF.
Por fim e com base em todas as informações obtidas nas fases anteriores, demos a nossa
resposta ao desafio proposto que consistia em fazer uma apreciação crítica relativamente
à política de investimento da empresa, entre o ano de 2015 e 2019.
1
Todo o relatório apresentado é fundamentado através das referências bibliográficas
mencionadas ao longo do mesmo.
2
1.Apresentação da empresa
A Four Seasons Fairways, cuja designação social é Min Leach - Propriedades e Turismo,
Lda, conta com 77 moradias e 55 apartamentos, 2 restaurantes, 1 bar, 2 piscinas
aquecidas, campos de ténis, ginásio, loja de golfe, minimercado, cabeleireiro e outros
tratamentos similares, entre outros. De referir que o minimercado começou por ser gerido
por uma empresa com experiência na área até 2014, ano em que a própria FSF assumiu a
gestão do mesmo.
Atualmente a FSF emprega 149 colaboradores, entre os quais apenas treze são
licenciados, dois têm uma qualificação pós-secundário, nove concluíram o secundário
profissional e os restantes colaboradores não têm escolaridade superior ao secundário.
1.2.1 Missão
3
1.2.2 Visão
Ser o melhor aldeamento no algarve com qualidade ímpar. Uma marca de referência no
turismo nacional, reconhecido pela sua qualidade de produto e serviço.
1.2.3 Valores
- Responsabilidade social;
- Paixão;
- Empatia;
- Inovação;
- Eficácia;
- Assertividade;
- Criatividade;
- Trabalho em equipa;
-Respeito.
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1.2.4 Objetivos estratégicos
2.Análise Estratégica
A realização da análise PESTAL tem como objetivo identificar os fatores, sendo eles,
políticos, económicos, sociais, tecnológicos, ambientais e legais, que afetam o
comportamento dos consumidores. As respostas obtidas através desta análise são também
muito importantes para as empresas, uma vez que estas têm que se adaptar às mudanças
provocadas pelo mercado, em resposta às necessidades dos consumidores.
5
PEST (AL)
Para além disto, o Governo autorizou o gasto de até 10 milhões de euros, em campanhas
digitais, de forma a promover Portugal enquanto destino turístico (Portaria 38/2022, de
14 de janeiro).
Importa referir também que Portugal apresenta uma grande estabilidade política e
legislativa, garantindo também elevados níveis de segurança para todos os seus visitantes.
Por fim, a governação por duodécimos, em vigor desde janeiro do presente ano, causada
pela não aprovação do OE pode afetar o setor na medida em que os apoios serão recebidos
apenas em partes e não num todo.
6
2.1.3 Contexto Social
Uma vez que os clientes da Four Seasons Fairways são maioritariamente famílias no
verão e pessoas com idade acima dos 50 anos no inverno, aspetos como a diminuição da
natalidade e o envelhecimento da população também provocam um impacto menos
positivo para o setor.
Importa referir que o aumento da procura por Portugal enquanto destino turístico foi
fortemente influenciado pelo golfe, uma vez que o país foi considerado como o melhor
local para a prática deste desporto, em anos anteriores.
Por último, o Algarve, que é geralmente conhecido pelas suas praias, tem também
potencial no que toca ao seu património arquitetónico e cultural, riqueza gastronómica,
produtos regionais e artesanato.
No que diz respeito à tecnologia, esta facilita a rápida transmissão de informação relativa
a destinos turísticos, assim como permite conhecer melhor os clientes e fidelizá-los.
Promove também o desenvolvimento de novos sistemas de reservas e pagamento,
simplificando os processos entre a empresa e as partes interessadas, o aumento de
plataformas digitais e um maior cuidado na proteção de dados. No entanto, há que ter em
consideração a possível ocorrência de ciberataques.
7
melhoria da qualidade ambiental. Todavia, as alterações climáticas, o esgotamento e
degradação dos recursos naturais e a destruição de paisagens continuam a ser
preocupações atuais e cada vez mais visíveis e difíceis de controlar.
Tabela 1 - PESTAL.
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-Velocidade na - Ciberataques. -Maior eficácia e
transmissão de eficiência na
informação (10); prestação de
Fatores -Sistemas de reservas e serviços.
Tecnológicos de pagamento;
-Aumento do número de
plataformas digitais
(10);
-Maior cuidado com a
proteção de dados.
Fontes: Reportório do Politécnico de Leiria (10) e Reportório do IPVC (11).
-Preocupação ambiental - Alterações -Maior
(7); climáticas; consciencialização
Fatores -Aprovação de medidas - Esgotamento e no que respeita ao
Ambientais de conservação e degradação dos ambiente;
melhoria da qualidade recursos naturais -Captação de um
ambiental (7); (7); nicho de mercado
-Destruição da mais preocupado
paisagem (7); com a
sustentabilidade.
Fontes: Reportório da Universidade da Beira Interior (7).
A análise da estrutura do setor de atividade irá ser realizada tendo por base o intervalo de
tempo de 2015 a 2019, pelo facto de a pandemia, que ainda está presente nos dias de hoje,
tornar os valores irreais. Todos os valores que se seguem foram retirados do site do Banco
de Portugal, através dos quadros do setor, no qual foi inserido o CAE-55117-Aldeamentos
Turísticos com Restaurante.
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2.2.1.1 Evolução das vendas do setor
Gráfico 1 - Volume de Negócios do Setor.
Milhões
150
100
50
0
2015 2016 2017 2018 2019
2019
2018
2017
2016
2015
10
Através da análise do gráfico, podemos verificar a evolução ocorrida no que concerne ao
número de empresas no setor, entre os anos de 2015 e 2019. Desta forma, apurámos que
no ano de 2015 existiam 151 empresas, valor que se manteve intacto no ano seguinte. No
entanto, houve uma variação de 2 empresas, tanto ao nível de entradas como ao nível de
saídas, de um ano para o outro.
No ano de 2017, a maior variação ocorreu nas saídas de empresas, uma vez que o
indicador teve uma diminuição de 50%. Quanto aos restantes parâmetros, do mesmo ano,
estes alteraram-se de forma menos significativa, uma vez que só entrou uma nova
empresa no mercado, o que fez com que o número total de empresas passasse para 159.
Relativamente aos anos de 2018 e 2019, existiam 163 e 177 empresas no setor e
ocorreram 6 e 10 entradas de novas empresas e 10 e 1 saídas, respetivamente.
Sendo que a quota de mercado representa a parte do mercado que é detida pela empresa,
foi feita uma análise para a FSF e para os seus três principais concorrentes.
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Gráfico 3 - Quotas de Mercado.
Quotas de Mercado
15%
10%
5%
0%
2015 2016 2017 2018 2019
Posto isto, é visível que o Elegant Family Hotels possui a maior quota de mercado em
todos os anos em análise.
De notar que, durante o período em estudo, tanto a Four Seasons Country Club como as
Dunas Douradas Beach Club possuíam uma quota de mercado superior à de a FSF, no
entanto, esta tendência sofreu alterações no ano de 2019, quando a empresa em estudo
conseguiu igualar as DDBC e aproximar-se bastante do FSCC.
Importa ainda referir o facto da FSF ter vindo, ao longo dos primeiros três anos em
análise, a perder quota de mercado. Este facto pode ser motivado pelo aumento pouco
significativo verificado no volume de negócios da empresa, conjugado com a crescente
entrada de concorrentes no mercado. A contrário, no ano de 2018, apesar de o volume de
negócios manter a tendência anteriormente descrita, o número de entrada de novas
empresas reduziu para metade face ao ano anterior, levando a um ligeiro aumento na
quota de mercado. Por fim, no ano de 2019 registou-se um aumento na ordem de
1 849 049€ do volume de negócios, originando o aumento significativo na quota de
mercado da empresa em estudo.
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2.2.1.4 Taxa de crescimento do setor
Tabela 3 - Volume de Negócios do Setor.
Após a realização dos cálculos necessários, é possível afirmar que a taxa de crescimento
do PIB é de 4,5% (poderá consultar os cálculos no anexo 2).
O ciclo de vida da indústria corresponde às várias fases ocorridas num determinado setor.
Assim, torna-se imprescindível dar especial atenção à fase do ciclo de vida em que se
encontra o setor no qual é desenvolvida a atividade, de forma a melhor adaptar as
estratégias ao estágio de desenvolvimento.
Com vista a percebermos em que fase do ciclo de vida se encontra o setor em estudo,
analisámos a taxa de crescimento do setor, a taxa de crescimento do PIB e a evolução do
número de empresas. Consequentemente, concluímos que o setor se encontra em fase de
crescimento, pois a taxa de crescimento do setor é superior à taxa de crescimento do PIB
e o crescimento do mercado está a atrair novos concorrentes (o número de novas empresas
é sempre superior ao número de saídas, durante o período em análise).
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Considerando que as empresas apresentadas anteriormente são as quatro maiores no
segmento de mercado onde a FSF se insere, podemos afirmar que estamos perante uma
indústria fragmentada, uma vez que o somatório das quotas de mercado destas
empresas é inferior a 50% em todos os anos analisados. Visto tratar-se de uma indústria
fragmentada, nenhuma destas empresas tem uma influência significativa sobre a
indústria. Este fator pode provocar baixas barreiras à entrada, economias de escala
relativamente inferiores e pouca diferenciação dos serviços, motivado pela elevada
heterogeneidade técnica, tecnológica e de escala entre estas empresas.
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Contudo, é possível atenuar os efeitos provenientes da entrada de novos concorrentes
através de barreiras. Quanto maiores forem as barreiras à entrada, menor será a ameaça
de entrada (Porter, 1980).
Segundo Porter (1980), existem seis barreiras à entrada numa indústria, nomeadamente,
as economias de escala, a diferenciação do produto, as necessidades de investimento, a
política governamental, o acesso a canais de distribuição e, por fim, os custos
independentes de escala.
As economias de escala refletem uma barreia à entrada de novos concorrentes, dado que
ocorrem quando o crescimento da capacidade produtiva de uma empresa gera o aumento
da quantidade produzida sem provocar um aumento proporcional dos custos de produção.
Assim, até um certo ponto de quantidades produzidas o custo diminui.
Desta forma, os novos concorrentes teriam que produzir grandes quantidades com vista a
evitarem custos mais elevados que as empresas já presentes no mercado, o que constitui
uma barreira à entrada destes no mercado por não terem capacidade para tal.
No que respeita às políticas governamentais, estas podem ser apontadas como uma
barreira à entrada dado que podem existir constrangimentos legais (nomeadamente,
licenças, acesso a matérias-primas e normas de segurança).
O acesso a canais de distribuição pode também ser entendido como um entrave à entrada
de novos concorrentes, uma vez que, para conseguir utilizar os mesmos canais de
distribuição da empresa já existente, se carece de condições mais favoráveis, que na
maioria dos casos levam a uma diminuição da rentabilidade.
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Através dos fatores independentes da escala, as empresas já existentes no mercado
conseguem estruturas de custo que não podem ser utilizadas pela empresa que pretende
entrar no mercado, constituindo isto uma barreira à entrada.
Desde já, importa referir que produtos substitutos são todos aqueles que pretendem ser
uma alternativa a produtos que já existem no mercado. Assim, a existência destes
produtos representa uma ameaça para os produtos que já existem, na medida em que
influenciam as flutuações dos preços e consequentemente a rendibilidade do setor.
Para além disto, a entrada destes produtos/serviços constitui uma ameaça ainda maior,
quando os mesmos fazem com que os produtos existentes se tornem obsoletos.
Os clientes têm um papel fundamental no mercado, uma vez que forçam a diminuição
dos preços e exigem uma maior qualidade e quantidade de serviços nas empresas.
No que respeita à empresa em estudo, importa fazer a distinção entre o poder negocial
que é detido pelos operadores turísticos, pelas agências de viagens e pelos particulares,
na medida em que os primeiros possuem o poder negocial mais elevado, seguidos das
agências e por fim, os que menor poder para negociar têm, os particulares.
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iv. Poder de Negociação dos Fornecedores
É através dos fornecedores que as empresas obtêm tudo aquilo que necessitam para o
exercício das suas funções, proporcionando assim a melhor experiência possível aos seus
clientes. Assim, o seu poder negocial depende da sua capacidade de alteração do preço e
da qualidade oferecida, do número de fornecedores existentes no mercado, do grau de
diferenciação daquilo que vendem e dos custos de mudança que existem para os clientes.
Como resultado destes fatores, a FSF encontra-se perante um baixo poder de negociação
dos fornecedores em virtude do grande número de fornecedores existentes, de os produtos
oferecidos pelos fornecedores não serem diferenciados e de os custos de mudança não se
verificarem ou serem praticamente inexistentes.
A rivalidade ocorre quando existem muitas empresas que oferecem os mesmos serviços.
Segundo Porter (1998), a rivalidade numa indústria aumenta quando um ou mais
concorrentes sentem a necessidade de aumentar a sua quota de mercado, ou descobrem
uma oportunidade de melhorar a sua posição no mercado.
De acordo com o mesmo autor, a rivalidade entre concorrentes é influenciada por fatores
como o grau de concentração numa indústria, taxa de crescimento da indústria, grau de
diferenciação e custos de mudança, capacidade da indústria, implicações estratégicas e
por último, barreiras à saída.
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A taxa de crescimento da indústria quando elevada permite que as empresas aumentem
as suas quotas de mercado. Por outro lado, quando é reduzida, provoca uma maior
rivalidade no mercado, fazendo com que os concorrentes disputem os clientes entre si.
No que toca às barreiras à saída, devem ser considerados os custos fixos de saída, as
barreiras emocionais e as restrições governamentais.
De uma forma geral, podemos afirmar que a rivalidade do setor é elevada, uma vez que a
média do grau de concentração para o intervalo de anos em estudo é de 26,8%; que a taxa
de crescimento para o CAE em estudo é de 9,7%; que a estratégia por parte da FSF passa
pela renovação das vilas, com vista a atrair público mais jovem e que as barreiras à saída
são elevadas, pois os custos fixos de saída são elevados, fazendo com que as empresas se
esforcem para se manterem na indústria, bem como as barreiras emocionais
(nomeadamente a lealdade aos colaboradores e identificação com o negócio) e as
restrições governamentais (por exemplo a proteção dos trabalhadores).
Força Atratividade
Ameaça de entrada de 1,8
novos concorrentes Escala:
Ameaça de produtos 1 1-baixa;
substitutos
Poder de negociação dos 2 2-moderada;
clientes
3-elevada.
Poder de negociação dos 2
fornecedores
Rivalidade entre 1
concorrentes
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Analisando a tabela 6 podemos concluir que a atratividade do setor em estudo é
moderada, visto que a média das cinco forças de Porter é igual a 1,56. Isto justifica-se
pelo facto de tanto a ameaça de entrada de novos concorrentes como a ameaça de produtos
substitutos serem elevadas, bem como o poder de negociação dos clientes e fornecedores
ser moderado e a rivalidade entre concorrentes ser relativamente elevada.
Segundo o corolário do modelo de Porter, quanto maior a intensidade das cinco forças
conjuntas menor a rendibilidade potencial da indústria, pelo que o setor em estudo
apresenta uma rendibilidade moderada.
Quando bem executados, os fatores críticos de sucesso são fulcrais para garantir o
desenvolvimento e o crescimento de uma empresa. No entanto, quando os mesmos são
negligenciados, podem conduzir a empresa ao fracasso.
Deste modo, consideramos que os fatores que determinam o sucesso da FSF são:
-Localização, dado tratar-se de uma zona segura, silenciosa, com uma aparência luxuosa,
com fáceis acessos e próxima da praia e outros pontos turísticos.
-Eficiência dos Custos, visto que se a empresa conseguir obter os materiais e serviços
essenciais à atividade a um custo baixo, conseguirá praticar preços inferiores.
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mesmo podem elevar o reconhecimento da marca na mente dos clientes, o que, por sua
vez, levará à diferenciação e à criação de vantagem competitiva.
Uma vez que a Four Seasons Fairways se trata de um Aldeamento Turístico de luxo, na
Quinta do Lago, foram detetados os seguintes concorrentes diretos, de acordo com o site
do Dinheiro Vivo: Elegant Family Hotels Sagres (Martinhal Quinta do Lago Family
Resort), Four Seasons Country Club (Propriedades) e Dunas Douradas Beach Club.
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Minimercado x x x x
Piscinas comuns 2 2 2 4
em algumas
Piscinas privativas x x
vilas
Preço 1 900 € 3 745 € 1 750 € 6 664 €
Proximidade à praia 2,2 km 1,9 km 2,5 km 250 m
Restaurantes 2 1 1
SPA e centro de bem-estar x x x x
n.d: não disponível Fonte: Elaboração Própria.
Importa referir que, para uma comparação mais próxima da realidade no que toca aos
preços, simulámos uma reserva (nos respetivos sites de cada empresa) para uma estadia
entre 1 e 9 de setembro de 2022, para 2 pessoas.
Após a análise detalhada da tabela, podemos concluir que a Four Seasons Fairways é um
resort de referência, pois cumpre todos os requisitos referidos anteriormente. No entanto,
tanto o Elegant Family Hotels como o Dunas Douradas Beach Club se aproximam
bastante no que diz respeito à diversidade e qualidade dos serviços oferecidos pela FSF.
Posto isto, o que distingue estes três resorts é o facto de os preços praticados pela empresa
em estudo serem inferiores e a mesma dispor de dois restaurantes, o que não se verifica
nos restantes, uma vez que o Dunas Douradas Beach Club tem apenas um restaurante e o
Elegant Family Hotels não tem nenhum. Por outro lado, a FSF tem apenas 20% das suas
vilas/apartamentos preparadas para receber pessoas com mobilidade reduzida, enquanto
os restantes espaços têm todos acesso adaptado.
Por fim, a Four Seasons Country Club, quando comparada com os outros concorrentes, é
a que dispõe de menos serviços. Os únicos pontos em que é considerada superior à
empresa em estudo, são os que respeitam aos acessos a pessoas com mobilidade reduzida,
à flexibilidade do horário do pequeno-almoço e ao preço da estadia.
21
2.3.1.1 Análise Interna
i. Área Comercial
Através da tabela 2 é possível observar que a empresa que detém maior quota de mercado
é a EFHS-Martinhal, durante os cinco anos em análise. Contrariamente, a FSF é a que
possui a menor quota de mercado em todos os anos estudados.
Por fim, a FSF é a empresa que apresenta a maior gama de serviços, quando comparada
com os três concorrentes analisados.
22
A partir da tabela 8, podemos analisar vários indicadores que nos mostram qual a empresa
com a melhor estrutura financeira. Deste modo, no que concerne aos rácios de liquidez,
solvabilidade e autonomia financeira a FSF é a que possui os valores mais favoráveis
quando comparada com as restantes.
No que se refere ao rácio da liquidez, podemos dizer que esta permite saber se a empresa
tem capacidade em fazer face aos seus compromissos no curto prazo. Assim sendo, todas
as empresas, com exceção do Dunas Douradas nos anos de 2015 e 2016, têm essa
capacidade, uma vez que este rácio apresenta um valor superior a 1.
Por outro lado, é o Dunas Douradas e o FSCC que se destacam nos rácios de RCP e da
margem de lucro.
Em relação ao retorno dos capitais próprios, importa referir que esta procura avaliar a
eficiência e capacidade de gestão dos investimentos dos detentores do capital da empresa
em termos de produção de resultados financeiros. Posto isto, quanto maior o valor da
RCP, melhor será a performance da empresa na utilização dos investimentos dos seus
proprietários. No Dunas Douradas, empresa que apresenta os maiores valores no que
respeita a este rácio em concreto, a RCP atingiu o maior valor em 2015 (230%) e nos
anos posteriores tem vindo a ter um decréscimo, atingindo um valor mínimo de 13% em
2019. Isto significa que, em 2015 e em 2019, por cada euro investido, os investidores
tiveram um retorno de 2,30€ e 0,13€, respetivamente.
23
Finalmente, a margem lucro corresponde àquilo que a empresa obtém depois de
descontados os custos inerentes ao serviço que presta. Desta forma, quanto maior a
percentagem de lucro obtida maior a rentabilidade do serviço. Através dos valores
apresentados na tabela, é possível aferir que as empresas que têm uma maior margem de
lucro são o Dunas Douradas (2015, 2016 e 2019) e o FSCC (2017 e 2018). Já a FSF
obteve a sua maior margem de lucro no ano de 2016 e nos anos de 2018 e 2019 atingiu
valores negativos neste rácio.
24
Quanto aos custos com o pessoal, é o Martinhal que apresenta os valores mais baixos
durante o intervalo de tempo em estudo. Neste ponto, a FSF é a segunda empresa com os
valores mais elevados.
Por fim, no que respeita aos outros custos, a empresa que apresenta os valores mais
favoráveis é a FSCC, seguida da FSF (2ª empresa com os valores mais baixos).
No que concerne à área dos RH, podemos dizer que a empresa é constituída por 79
mulheres e 70 homens. A média de idades apresentada situa-se nos 48 anos, sendo que a
idade mínima é 23 e a máxima é 81 anos. Já a média de anos ao serviço é de 14 e apenas
28 colaboradores se encontram vinculados com a empresa a termo certo (os restantes
encontram-se em regime de contratação sem termo).
No que diz respeito à área tecnológica, a FSF pretende poupar energia, tornando as suas
operações mais sustentáveis e instalando painéis fotovoltaicos.
Apostando nas novas tecnologias, pode tornar mais eficientes todas as tarefas a realizar
por todos os colaboradores, podendo desta forma despender o tempo poupado com os
seus clientes.
25
Tabela 10 - Resumo da Análise Interna.
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2.3.3 Identificação das competências centrais da empresa
Pontos V R I O
Resultado
Fortes Valioso Raro Inimitável Organizado
Complementaridade
dos ✓ ✓ ✓ ✓ Competência Central
Serviços
Capacidade
Financeira
✓ ✓ ✓ ✓ Competência Central
Hospitalidade,
Acolhimento e ✓ ✓ ✓ ✓ Competência Central
Segurança
Qualidade
dos ✓ ✓ ✓ ✓ Competência Central
Serviços
Qualificação Igualdade
dos RH
✓ Competitiva
Fonte: Elaboração Própria.
Através do modelo VRIO é possível identificar quais os recursos que tornam uma
empresa competitiva face às demais. Posto isto, decidimos analisar os seis pontos fortes
que melhor determinam o sucesso de uma empresa no setor em estudo. No caso da FSF
consideramos que esta se distingue pela complementaridade dos serviços que oferece,
bem como a sua qualidade, uma vez que permite aos seus membros/clientes que usufruam
de tudo aquilo que necessitam sem que haja a necessidade de se deslocarem para fora do
resort, contrariamente aos seus concorrentes.
Outro dos fatores que permite à empresa ser rara, inimitável e organizada é o facto de esta
ter uma capacidade financeira equilibrada, o que lhe dá a oportunidade de negociar custos
mais favoráveis com os seus fornecedores, tornando os seus preços mais competitivos.
27
No que concerne à hospitalidade, ao acolhimento e à segurança, torna-se importante
salientar o facto de todos os membros/clientes se sentirem em casa, possuindo tudo aquilo
de que necessitam para umas férias de qualidade, tendo garantidas todas as medidas de
higiene e segurança dentro do resort. Outro motivo que reforça este sentimento, são as
relações estabelecidas entre os membros/clientes e os colaboradores.
Quanto à localização, apesar de existirem muitas opções na área geográfica em que a FSF
se encontra, mais nenhum concorrente consegue ocupar o local exato onde esta se situa,
não conseguindo obter desta forma as mesmas vantagens no que respeita aos acessos.
Por fim, a qualificação dos RH não pode ser considerada uma competência central, pois
não é um fator raro, uma vez que qualquer resort pode apostar na contratação de pessoal
qualificado de modo a igualar os restantes concorrentes. Por este motivo, este ponto forte
não resulta numa vantagem competitiva, mas sim numa igualdade competitiva para a FSF.
Localização 5
Perceção
da Higiene 2
e Segurança
Qualidade dos
Serviços/ 5
Atendimento
Escala de 0-5. Fonte: Elaboração Própria.
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Analisando o grau de correspondência entre as competências centrais da empresa e os
fatores críticos de sucesso do negócio, obtivemos um grau de adequação estratégica de
80% (os cálculos referentes a este resultado encontram-se no anexo 4).
Matriz 1 - SWOT.
Análise Interna
Pontos Fortes Pontos Fracos
-Ambiente acolhedor; -Grande dependência do mercado
-Boas infraestruturas; britânico;
-Boa reputação entre os -Hora do check-in e check-out;
clientes/membros; -Não são permitidos animais de
-Bom atendimento; estimação;
-Bom estacionamento; -Qualificação dos RH;
-Campos de golfe e ténis; -Acessibilidade a pessoas com
-Diversidade nos menus dos restaurantes; mobilidade reduzida em apenas 20% dos
-Existência de spa e ginásio; aldeamentos.
-Higiene;
-Jardins;
-Kids Club;
-Localização;
-Minimercado;
-Modernização dos equipamentos;
-Piscinas interiores e exteriores;
-Preço;
-Segurança;
-Transporte resort-praia e resort-Quinta-
Shopping.
29
Análise Externa
Oportunidades Ameaças
-Aumento da reputação da empresa -Carga fiscal sobre as empresas;
através do investimento na Quinta do -Ciberataques;
Lago; -Elevada oferta de aldeamentos no
-Aumento do uso de novas tecnologias; destino;
-Clima; -Forte competitividade em destinos
-Companhias áreas com voos de baixo emergentes;
custo; -Fraca rede de transportes;
-Crescimento de novos potenciais -Guerra Ucrânia/Rússia;
mercados; -Incerteza a nível da conjuntura
-Crescimento do turismo em Portugal; económica europeia;
-Diversidade de recursos endógenos; -Maior consciencialização no que se
-Facilidade no câmbio da moeda; refere aos hábitos de consumo (pessoas
-Grande percentagem de área protegida; menos consumistas);
-Locais de interesse turístico nas -Muitos concorrentes;
imediações; -Oscilações na inflação;
-Maior consciência ambiental; -Oscilações no preço do petróleo;
-Novo regime de Proteção de Dados; -Sazonalidade.
-Possibilidade de articulação com outros
setores de atividade.
Fonte: Elaboração Própria.
Desta forma, consideramos que os pontos fortes que se destacam na empresa em estudo
são, nomeadamente, o ambiente, o atendimento, a modernização, a qualidade e a
diversidade das infraestruturas e equipamentos e sobretudo a localização.
No que concerne aos fatores que a empresa não pode controlar, a Four Seasons Fairways
devia aproveitar o clima favorável da região, bem como a diversidade de recursos
endógenos para cativar os seus clientes. Para além disto, o facto de o turismo em Portugal
se encontrar em crescimento e as companhias áreas proporcionarem cada vez mais voos
a baixo custo, constituem aspetos que incentivam a vinda de turistas.
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Todavia é importante considerar o impacto económico das oscilações na inflação e da
grande carga fiscal aplicada às empresas, tal como a presença de muitos concorrentes ao
seu redor e a sazonalidade a que o setor se encontra sujeito.
3. Formulação Estratégica
Matriz 2 – BCG.
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Legenda:
A1 – Aldeamento
A2 – Minimercado
A3 - Restaurantes
Analisando a matriz BCG obtida no ponto anterior, relativa à carteira de negócios da FSF,
podemos afirmar que esta se encontra desequilibrada no período em estudo. Isto porque
a empresa não possui negócios em todos os quadrantes da matriz, nomeadamente, uma
vaca leiteira que financie os dilemas.
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convertido em abatimento nos valores das futuras estadias, com uma validade de 6
meses).
4. Resposta ao Desafio
Para dar resposta ao desafio proposto pelo diretor da empresa FSF, Jorge Oliveira, que
consistia em fazer uma análise crítica quanto à política de investimento e realizar
sugestões quanto à manutenção da mesma, começámos por verificar as variações dos
ativos da empresa.
De um modo geral, entre 2015 e 2019, as variações ocorridas no total desta rubrica foram
sempre positivas, uma vez que existiu sempre um aumento do valor real do Ativo.
Posto isto, considerámos importante realizar uma análise ao grau de envelhecimento dos
ativos da empresa, de forma a percebemos se são necessários novos investimentos em
equipamentos.
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Outros AFT 86% 82% 78% 66%
AFT em curso 0% 0% 0% 0%
Total 19% 20% 20% 21%
Fonte: Elaboração Própria
A partir da análise da tabela 14, podemos afirmar que, de um modo geral, a FSF apresenta
um grau de envelhecimento dos ativos que detém relativamente baixo (entre os 19% e os
21%). No entanto, no que toca a Equipamento Básico, de Transporte, Administrativo e
Outros Ativos Fixos, a empresa conta com um grau de envelhecimento acima dos 66%
(Outros Ativos Fixos Tangíveis), chegando mesmo aos 100% a partir de 2017
(Equipamento de Transporte), como é possível verificar através da tabela. O reduzido
grau de envelhecimento a nível global justifica-se pelo facto de os Terrenos e dos AFT
em curso não se depreciarem e os Edifícios terem depreciações acumuladas iguais a 0%
ou 1%, ao longo do período em estudo.
A existência de AFT em curso é motivada pelo início do Projeto Silver, em 2014, que
consiste numa renovação das vilas e infraestruturas do aldeamento a dez anos, indo de
encontro ao pressuposto do indicador, que transmite a existência de novos investimentos
dentro da empresa.
Tabela 15 – Indicadores.
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Este indicador aumentou entre 2015/2016 e 2018/2019 e diminuiu no ano de 2017.
Embora o Ativo tenha aumentado ao longo dos anos, a variação positiva entre 2015/2016
justifica-se pelo aumento significativo do RAJI (749 804 euros). Pelo contrário, a redução
significativa do valor do RAJI de 2016 para 2017 (412 050 euros), provocou uma
diminuição no REA. No entanto, o valor mais baixo ocorreu em 2018, onde a empresa
teve um REA de -0,42%, motivado pelo valor negativo do RAJI. Todavia, não recuperou
consideravelmente no ano seguinte, uma vez que o valor obtido para o REA foi de -
0,23%, uma vez que o RAJI se manteve negativo.
Posto isto, procedemos ao estudo da rendibilidade dos capitais próprios, pois esta procura
avaliar a eficiência e capacidade de gestão dos investimentos dos detentores do capital da
empresa, em termos de produção de resultados financeiros. Assim, quanto maior o valor
da RCP’, melhor será a performance da empresa na utilização dos investimentos dos seus
proprietários. No que toca à FSF, a RCP’ sofreu algumas oscilações no decorrer do
período em estudo, tendo aumentado entre 2015/2016 e 2018/2019 e diminuído nos
restantes anos, atingindo um valor negativo no ano de 2018 (-0,22%) e um valor máximo
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de 2,26% em 2016. Estas oscilações devem-se às variações ocorridas no Resultado
Líquido correspondentes a 699 435, -284 361, -706 898 e 143 838 euros, no período de
2015 a 2019, respetivamente. No último ano em estudo (2019), o valor deste rácio foi de
0,14%, o que significa que cada euro investido pelos proprietários foi convertido em
0,0014 euros de resultados líquidos.
Relativamente ao custo do capital alheio, importa referir que este tem em conta todos os
custos suportados pela empresa no que a financiamentos e empréstimos de longo prazo
diz respeito (inclui juros e comissões). Posto isto, analisando o rácio no que toca à FSF,
este apresentou um valor nulo entre 2016 e 2018, tendo atingido os valores de 1,1% e
0,02% em 2015 e 2019, respetivamente.
Assim, analisando a tabela 15, aferimos que a FSF, no decorrer do período em estudo,
apenas conseguimos calcular a alavanca financeira nos anos de 2015 e 2019, uma vez que
nos restantes não existiram juros. Assim, nos anos mencionados anteriormente, a empresa
não era alavancada, pois o REA foi inferior ao custo do capital alheio. No entanto, visto
que as contas a que tivemos acesso são relativas somente à Min Leach, propriedades de
Turismo, Lda. e não às contas consolidadas do grupo Four Seasons, não pudemos realizar
estes cálculos de forma precisa e completa. Porém, o facto de os valores do REA para os
anos de 2018 e 2019 terem sido negativos, leva-nos a acreditar que a empresa passou por
algumas dificuldades financeiras nestes mesmos anos.
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Conclusão
O presente relatório teve como objetivo central a elaboração de um plano estratégico para
a empresa FSF. De forma a tornar este trabalho mais desafiante e a pôr em prática o
conhecimento adquirido ao longo da licenciatura, optámos por escolher o desafio que
consistia na realização de uma apreciação crítica relativamente à política de investimento
da empresa. Posteriormente também realizámos uma análise à política de financiamento
da mesma. Posto isto, entrámos em contacto com a empresa e marcámos uma entrevista
de forma a reunir o máximo de informação possível acerca da mesma, onde também nos
foi proporcionada uma visita guiada ao aldeamento.
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conseguirá impulsionar pelo menos um dos seus domínios de atividade para a posição de
estrela.
Por fim, para dar resposta ao desafio foi necessário começar por analisar as variações
ocorridas no Ativo. Assim, verificámos que o total do Ativo esteve em constante
crescimento durante o período em estudo, uma vez que tanto o Ativo Corrente como o
Não Corrente têm aumentado também, com exceção dos anos de 2017 e 2018, onde
ocorreu uma diminuição do Ativo Corrente.
Importa também referir que, uma vez que não existem gastos financeiros e uma das
rúbricas do Passivo Corrente possui valores elevados, acreditamos que a FSF se financia
pelo grupo hoteleiro/empresa mãe a custo zero.
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Referências
Referências Bibliográficas
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Anexos
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Anexo 1 – Taxas de Crescimento dos Setores
Aldeamento:
𝑉𝑛 = 𝑉0 (1 + 𝑖)𝑡
186 913 000 = 129 027 000 (1 + 𝑖)4
1
186 913 000 4
( ) = (1 + 𝑖)
129 027 000
i = 9,7%
Minimercado:
𝑉𝑛 = 𝑉0 (1 + 𝑖)𝑡
1 363 674 000 = 1 053 566 000 (1 + 𝑖)4
1
1 363 674 000 4
( ) = (1 + 𝑖)
1 053 566 000
i = 6,7%
Restaurantes:
𝑉𝑛 = 𝑉0 (1 + 𝑖)𝑡
3 358 005 000 = 1 827 351 000 (1 + 𝑖)4
1
3 358 005 000 4
( ) = (1 + 𝑖)
1 827 351 000
i = 16,4%
𝑉𝑛 = 𝑉0 (1 + 𝑖)𝑡
214 375 = 179 713 (1 + 𝑖)4
1
214 375 4
( ) = (1 + 𝑖)
179 713
i = 4,5%
Nota: a unidade dos valores apresentados acima é o milhão.
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Anexo 3 – Cálculos auxiliares para construção da matriz BCG
Taxa de
Quota de mercado Posição Diâmetro
Crescimento
Domínios
Principal
FSF de Mercado Competitiva (x10)
Concorrente
Aldeamento 0,03399 0,11761 9,7% 0,28902 0,92183
Minimercado 0,00025 0,00138 6,7% 0,18447 0,07977
Restaurantes 0,00044 0,01696 16,4% 0,02587 0,10475
Fonte: Elaboração Própria
Volume de Negócios
2015 2016 2017 2018 2019
dos Concorrentes
Aldeamento
17 861 084 19 187 908 20 446 516 20 735 719 20 964 144
(Martinhal)
Restaurante (2
1 261 209 1 638 272 1 897 645 1 978 375 2 088 821
passos)
Minimercado (Jafers
1 591 357 1 651 436 1 702 712 1 656 489 1 686 934
Vilar do Golfe*)
Fonte: Sabi
*NOTA: foi utilizada uma ponderação de 15%, uma vez que só tivemos acesso a dados
do volume de negócios total da Jafers. Assim, foi dito pela docente para utilizarmos esta
ponderação, de modo a aproximar os valores à realidade.
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Tabela 19 - Volume de Negócios dos Setores.
Volume de Negócios
dos Setores 2015 2016 2017 2018 2019
Aldeamentos 129 027 000 162 154 000 180 531 000 184 827 000 186 913 000
Restaurantes 1 827 351 000 2 205 606 000 2 684 461 000 2 988 700 000 3 358 005 000
Minimercados 1 053 566 000 1 126 152 000 1 199 274 000 1 264 957 000 1 363 674 000
Fonte: Banco de Portugal
20 ∗ 100
𝑥= = 80%
25
46