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UNIVERSOS KARIRI

O R G A N I Z A Ç Ã O : C A C I Q U E E P R O F E S S O R A A N D R E A

K A R I R I E P R O F E S S O R A L E T Í C I A K A R I R I
UNIVERSOS KARIRI

Organização

Andrea Kariri e Letícia Kariri

1. Literatura indígena - 2. Poemas indígenas - 3. Escritores indígenas

Edição e Projeto gráfico: Editora Mbotirõ

Coordenação: Antônio Fernandes Góes Neto

Diagramação: Lucas Blaud Ciola

Revisão: Cinthya Priscila Ferreira Verástegui

Daiana Teixeira

Indaiá Sartori Ramos Bezerra

Rosi Araújo

Textos

Povo Tapuya Kariri

Ilustrações

Estudantes Tapuya Kariri

https://www.facebook.com/editorambotiro
KARIRI
S O S R E V I N U
1 O P R O J E T O U N I V E R S O S K A R I R I

4 P O E M A S

O S T A P U Y A K A R I R I : M A I S D E

38 D E Z A N O S N A L U T A P O R

E D U C A Ç Ã O

41 S U G E S T Õ E S D E A T I V I D A D E S

64 A P O I E O P R O J E T O
O PROJETO UNIVERSOS KARIRI

É uma Coletânea de Poemas e Ilustrações que dá visibilidade à


resistência dos povos originários. Todos os poemas foram escritos e
ilustrados pelo povo Tapuya Kariri, por isso se chama UNIVERSOS
KARIRI, em prol da arte-educação indígena Kariri da Aldeia
Gameleira na Cidade de São Benedito (Ceará), organizado pela
Cacique e Professora Andrea Kariri e pela Professora Leticia Kariri.
Ele está articulado em torno do propósito de unir pessoas que têm
em suas vidas a arte como um dos principais instrumentos de Luta
e Resistência.

Teremos a liberdade para usar a tecnologia a nosso favor e faremos


isso compartilhando os nossos poemas e desenhos com o mundo.
De forma livre e acessível, qualquer pessoa poderá se conectar ao
nosso e-book e usar em escolas indígenas, salas de aula,
universidades, escolas, redações, saraus, e toda forma de
experiência artística e cultural. Assim, estará se juntando e fazendo
parte do Universos Kariri. O livro pretende atingir os mais variados
públicos e locais, fazendo com que a Cultura dos Povos Originários
seja desmitificada e ganhe visibilidade. Será um encontro e
reencontro das pessoas com suas próprias raízes.

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O livro é pensado de forma a ser um instrumento que vai gerar apoio
à arte-educação Kariri.

Ele ficará disponível no site www.universoskariri.blogspot.com, com


livre acesso para todos que se interessarem em ler e terá uma
sugestão de apoio sem valor mínimo estipulado e/ou ações
voluntárias (veja mais informações na página 63). Assim, pode ser
gerada uma renda que dará à comunidade Tapuya Kariri condições
de realizar atividades artísticas, como:

manufatura ou compra de materiais artísticos sustentáveis (argila,


frutas, pigmentos naturais em geral);
apoio para o plantio de árvores, plantas e ervas de onde se
extraem tintas naturais (urucum, jenipapo, etc.);
práticas e estudos da Arte e Cultura Tapuya Kariri;
visitas de intercâmbio a outras aldeias que tenham projetos de
arte;
contratação e/ou trocas de saberes com outros artistas indígenas;
gravação e filmagem para pesquisa com os mais velhos da
comunidade, para que possam registrar e compartilhar seus
conhecimentos sobre arte e artesanatos, cantos, danças, toré, etc;
organização e participação de eventos para que a comunidade
possa expor suas artes dentro ou fora da aldeia;
promover o acesso e capacitar a comunidade para o uso das
tecnologias para que possam gravar CD de músicas indígenas,
produzir filmes e documentários, editar livros, desenhos, fotos,
registrar histórias, contos, músicas, etc.).

Ao final deste livro constam sugestões de atividades didáticas para


trabalhar o tema dos povos originários em sala de aula ou outros
espaços, bem como legislação indigenista, leis de defesa dos direitos
indígenas, a lei 11.645/08, entre outras. 

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POEMAS

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Meu Território

Oscar Paulino de Luna Tapuya Kariri

Quando eu tinha quinze anos,


tinha prazer no coração.
Não conhecia nem cidade, nem capital.
Não tinha inveja
de quem morava lá.
Minha oca coberta de folha e palha
para poder morar,
me alimentando das matas
dentro de todas as fronteiras,
nem passo fome, nem sede.
Tudo isso tinha lá:
Alimento e água.
Me curando com folhas, cascas e raiz, 
que eram os medicamentos.
Hoje me sinto muito doente
com a revitalização de nossas terras,
com máquinas e fogo aqui dentro da minha aldeia.
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O Ancião

Francisco Otávio Tapuya Kariri

Um velho sonhou
que via seu esplendor em contar histórias
com tanto amor.
Transmitindo alegria
e sabedoria, por onde
passava via um sorriso
tão bonito, de se divertir
e servir.
Explicava o que via,
nos tempos de arisia,
como sua vó dizia:
a vida é uma poesia.

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A cultura muda todos

Victor Tapuya Kariri

O lugar onde vivo


cabe muita cultura.
Cultura é aprender,
esse é o meu viver.
Mas para viver a gente sua,
pois a vida é como uma canoa,
pode afundar, derrubar..
mas o mais importante é sempre levantar.
E para viver precisa ser de coração,
mas nunca derrube ninguém,
pois na vida somos irmãos.

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Aprendiz na vivência

Cacique Andrea
Na luta não nasci, mas da luta renasci.
Com persistência e resistência, na luta permaneci.
Da luta nasceu a vontade de vencer
junto com meu povo sofrido, mas aguerrido.
Lutando pelo nosso torrão, onde conquistamos
saúde e educação.
Nossa nação, sofrida por não poder falar.
Hoje falaremos para que nossa terra
venham demarcar.

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Tapuya Kariri

Laisa

Quando eu me entendi,
a minha realidade de crescimento
trabalhando com meus pais, meus avós, meus tios,
essa terra tinha um pouco de conflito.
Então, eles já diziam para nós, garotos, que era
difícil.
Como era que vinham acontecendo os conflitos
sem ter terra para morar, sem ter onde trabalhar?
A gente vivendo cercado de posseiros
que se dizem donos da nossa terra por direito.
Por nossa organização, começando desde a escola,
abriram nossos olhos para nós lutarmos.
Foi aí que começou a perseguição mais forte.
Mais de cinquenta homens no terreiro da casa do
Lissé,
seis de outubro, próximo à eleição,
onde queriam matar o nosso pajé.
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Uma das histórias Tapuya Kariri

Antônio Henrique da Silva

Um dos lugares importantes para nós, indígenas


eram as matas e os nossos rios.
Nós tínhamos nossos alimentos e medicamentos
naturais.
O nosso toré era muito diferente do que dançamos
nos dias atuais.
A nossa escola não é essa que estamos estudando,
era uma casa.
Nosso ritual sagrado nós oferecemos para os nossos
Encantados
em respeito à nossa luta.

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A luta é muito grande

Ana Mirian Paulino da Silva

Nos velhos tempos


nossas matas não eram assim.
Tinha muitas árvores e animais,
era um lugar lindo.
Agora não tem, só vemos a imensidão.
São poucas árvores que ainda existem nas matas.
Antigamente, nossos velhos contam
que de lá tiravam seus alimentos.
Os índios viviam felizes, agora não,
porque o branco chegou e acabou com tudo
expulsando todos os índios,
querendo tirar nossos direitos da terra.
Mas não vamos parar de pedir: demarcação já!
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O preconceito com os indígenas

Emanuel Silva de Sousa

Há muito tempo atrás, nós Kariri,


lutávamos para conseguir os nossos direitos
de viver uma vida boa
com as outras pessoas.
Não querem nos aceitar
e nunca vão querer.
Essas pessoas preconceituosas...
De preconceito não queremos saber.
Há muito tempo, os índios
pediam ajuda para os encantados.
Todos os dia de luta, com nossas orações,
venceremos
contra aquelas pessoas que sempre nos traem.
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Povo Tapuya Kariri

Antonia Gabriele Sales Ribeiro

Antigamente tinha mais conflito,


agora acalmou um pouco.
As pessoas ainda falam dos índios,
mas somos muito mais fortes que este povo.
Fizemos algumas retomadas
para conseguirmos algumas conquistas.
Deu certo e, agora, nosso povo é mais unido.

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Os terreiros sagrados

Francisco John da Silva Lima

Os terreiros sagrados
dos Tapuya Kariri
são muito antigos.
Lá o índio vivia, dormia, caçava
e também bebia água dos rios.
Eles levavam a vida assim.
Lá também existem seres sobrenaturais
que são os espíritos dos nossos ancestrais.
Esses espíritos chamam-se Encantados,
que nos defendem do Mal.
Os terreiros sagrados são buracos
no meio da Mata.
Lá dentro fazemos oferendas
como velas e outros objetos,
porque os espíritos merecem,
pois nos defendem de tudo que não presta.
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O povo Tapuya

Francisco Lucas Honório da Silva

O povo Tapuya antigamente


era muito xingado,
e os índios não diziam nada.
E, aos poucos, essas pessoas foram se afastando e
choramingando.
As pessoas que xingavam,
aos poucos, foram se chegando
e se reconhecendo como indígenas.
E os outros foram arreando.
Na escola entraram muitas crianças
e fomos conseguindo mais coisas.

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E os Tapuya Kariri a cada dia
estão mais cheios de confiança.
A escola indígena sempre teve seu Oscar, seu Otávio,
Andreia, Neguinho, Coti
e outras lideranças.
Os troncos velhos gostavam de ir visitar as cafurnas
para orar para os encantados.
E ainda hoje eles vão lá nas cafurnas oferendá-los,
porque é dos encantados que tiramos nossa força.

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A Luta dos Tapuyas Kariri

Geovana Rodrigues da Silva

Foi difícil alcançar os objetivos


pelo preconceito das pessoas,
porque somos indígenas
e esta gente é muito maldosa.
Acham que precisamos de um corretivo.
A luta foi grande,
pois passamos por muitos obstáculos
que cruzaram o nosso caminho.
Conquistamos muitas coisas boas.
Dentre elas, uma escola, que agora é
respeitada.
Ganhamos também uma equipe médica e
carros dos pacientes.
Com o aumento de tanta gente, agora é assim.
Lutamos com dignidade e transparência.
E ninguém tem coragem de se meter com a
gente.
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Nossa cultura

Keven de Lima Sampaio

Há muito tempo
nossa cultura
era motivo de chacota,
mas agora somos respeitados.
Mas ainda tem gente que não gosta.
Os outros nos olhavam com outros olhos,
como se fôssemos diferentes.
Ainda não somos muito respeitados,
mas agora me sinto orgulhoso da minha gente,
participo dessa Aldeia.
Quando queremos uma coisa, lutamos para
conquistar.
Mesmo que demore, conseguimos ganhar.

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Lutamos todos juntos, nosso povo é muito unido.
Se quisermos alguma coisa, lutamos juntos.
Nossa escola foi um fruto de uma luta que demorou
anos, mas conseguimos, graças à nossa persistência.
Tenho orgulho de estudar nessa escola.
Nada é fácil,
mas com luta e persistência, nós conseguimos.
Veja nosso exemplo.

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Uma luta inesquecível dos
Tapuya Kariri

Maria Clara da Silva Cândido

Nossa terra era repleta de árvores,


mas agora tudo mudou
por causa do homem, que a deformou.
Acabou com tudo o que Deus criou.
Agora o que restou foi só um pouco
de tudo aquilo que já existiu.
E o homem, que não teve dó nem piedade,
nem tudo ele destruiu.
Acabou com todos, um por um.
Ainda hoje, o homem não parou,
continua destruindo o que restou.

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Que mundo é esse, com pessoa tão cruel,
que se aproveitou e pensa
que está rasgando uma folha de papel?
Mas os Tapuya Kariri são índios fortes
que estão aqui e ali.
Uma aldeia com pessoas que nunca vão desistir.
Que tal pensar um pouco e se juntar à etnia Tapuya
Kariri?

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As histórias da luta indígena

Yohana Silva de Mesquita

A luta indígena começou assim:


os posseiros queriam tomar tudo.
O que tínhamos, pegaram da gente.
Procuravam pessoas para trabalhar para eles.
Quando achavam, se pagava pouco.
Os índios plantavam e quando o inverno chegava,
eles tinham que dar renda para os posseiros.
Os posseiros vinham nas plantações e pegavam o
que não era deles.
Nessa época, a música era toda diferente,
a gente visitava os buracos dos Tapuyas.
A gente visitava os nossos encantados,
cantávamos o nosso ritual sagrado,
cantávamos para os nossos encantados.
Brincávamos nos buracos dos Tapuyas
enquanto visitávamos os nossos terreiros sagrados.

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Nós, Tapuya Kariri, trabalhamos com plantas
medicinais.
Nossos antepassados eram muito diferentes.
Hoje compramos medicamentos,
hoje temos de tudo que a gente queria.
Hoje nós estudamos em uma escola grande e bonita.
Graças à etnia indígena Tapuya Kariri,
nós estudamos em uma escola nova,
e, daqui para frente, nós
e a nossa Cacique
faremos muito mais para conseguir.

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Os Tapuias Kariri: mais de 10

anos na luta por educação.

POR CACIQUE ANDREA

Na década de 90 Sr. Chico pai Zé, continuando a resistência de seus


ancestrais, retomou e reorganizou a luta coletiva pela defesa dos
direitos indígenas, que incluía a educação indígena Tapuya Kariri. No
início do ano 2000 liderou uma fase de articulação local, que tinha
um grande sonho: a demarcação de suas Terras e a Escola Indígena
Tapuya Kariri. Ele dizia: " meu sonho é levar alfabetização para todos
nossos parentes , e ver todas essas crianças sabidas e defendendo
nossos direitos" . Sua luta incluía a diplomacia com as instâncias
governamentais e autoridades competentes, e os demais
movimentos sociais organizados (ongs, sindicatos), e contou com a
assessoria e solidariedade de advogados e outros povos indígenas
do Ceará e de outras regiões do Brasil. E então coletivamente
articulou e fundou a associação indígena Tapuya Kariri, e fez os
primeiros ofícios reivindicando a educação escolar indígena Tapuya
Kariri, protocolado junto a Secretaria de Educação da prefeitura
municipal de São Benedito, que resultou na primeira sala de aula.
Depois a mesma foi transferida para uma casa doada pelo Sr. Tio
Cê, que também era aluno do EJA da aldeia, dentro do território
Tapuya Kariri, e no ano 2019 foi inaugurada a Escola Indígena,
segundo as reivindicações e conquistas do movimento indígena
oficialmente organizado.

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A primeira indígena professora foi a Andréa KARIRI. Na época era
formada em magistério, e aceitou o convite do Sr Chico pai Zé para
realizar as atividades relacionadas a Educação, reuniões, aulas,
cursos, organizar a comunidade, matrículas, e defender nossos
direitos.
Hoje a escola se chama Francisco Gonçalves de Souza, em
homenagem ao principal defensor: o cacique Chico pai Zé, e a Andréa
Kariri hoje é cacica da aldeia e Diretora da escola indígena Tapuya
Kariri.

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES

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Educadoras e Educadores...
Neste material encontram-se algumas informações para
pesquisa sobre as culturas indígenas. Há inúmeras formas
de aproximar esse conhecimento de crianças e
adolescentes, sem incorrer em estereótipos. Portanto,
aqui vão algumas sugestões:

Sentar em roda para apreciar a leitura dos poemas


nos aproxima! - E é costume entre nós, de preferência,
ao ar livre!
Não precisa bater na boca fazendo "uh,uh", nem fazer
riscos no rosto ou usar cocar de papel. Nós também
não fazemos isso. Cada grafismo e objeto tem um
significado diferente...
Pesquisar, experimentar e comparar as diversas
brincadeiras, artistas e artes indígenas durante o ano é
mais valioso do que pintar o rosto no dia 19 de Abril.

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Conheça a Lei 11.645/2008

"Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de


ensino médio, públicos e privados, torna-se
obrigatório o estudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena." (ART.26).

§ 1o  O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá


diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a
formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos,
tais como (...) a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da
sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,
econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2o  Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos


povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o
currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e
de literatura e história brasileiras.”

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm

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Indígenas têm direitos!

“São reconhecidos aos índios sua organização social,


costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger
e fazer respeitar todos os seus bens.” (Constituição
Federal, ART.231).

A Constituição de 1988 reafirmou direitos originários e


imprescritíveis às terras tradicionalmente habitadas pelos
povos ancestrais do Brasil e o direito à pluralidade étnica,
superando a ideia de assimilação, que entedia os
indígenas como populações fadadas ao desaparecimento.

Para saber mais, pesquise sobre os artigos 231 e


232 da Constituição Federal.

Link - Artigo 231:


https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_08.09.2
016/art_231_.asp

Link - Artigo 232:


https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1
988/art_232_.asp

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As Terras Indígenas
O direito originário sobre as Terras que tradicionalmente
ocupam é uma das principais reivindicações dos povos
indígenas na atualidade. As garantias de demarcação,
preservação, segurança, fiscalização e monitoramento são
grandes benefícios para todas as culturas indígenas e não
indígenas, pois é comprovado que há maior
biodiversidade, florestas preservadas, fauna e flora
respeitados. Os povos indígenas são guardiões da
florestas!
Pode-se pesquisar em livros ou na internet sobre o
assunto, comparando com reportagens recentes para
depois expor em rodas de conversa e /ou debates.

Fonte:
https://www.socioambiental.org/pt-br/blog/blog-do-monitoramento/a-
demarcacao-das-terras-indigenas-e-decisiva-para-conter-o-
desmatamento-e-manter-funcoes-climaticas-essenciais

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@universoskariri 49
Não existe só uma cultura
indígena!
Cada povo possui uma cultura própria, com costumes,
idiomas , artes, etc., diferentes entre si .

No Brasil, existem aproximadamente 305 povos, que


falam mais de 180 línguas.

Pesquise no seu estado quais são os povos, onde ficam


suas terras, quais línguas falam e quais são seus costumes
e reivindicações.

Sugestão de pesquisa:
https://pib.socioambiental.org/pt/P%C3%A1gina_principal

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As culturas indígenas estão
em nosso cotidiano
Pesquise as palavras indígenas encontradas nos poemas e busque
seus significados.

Pesquise nomes de origem indígena que estão na região em que


você mora (ruas, bairros, cidades, estados, rios, frutas, plantas,
animais, etc.) e a história indígena dessa região.

Monte um mapa apontando onde fica a sua casa, onde fica a sua
escola e onde estão esses locais que têm nomes indígenas.

Faça um mapeamento cultural de origem indígena


da região em que você mora.

Use um mapa, como no exemplo abaixo, ou clique no link:


https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?
view=detalhes&id=214278&fbclid=IwAR3Qh6FpoV7CyeVPy-
ZVZw_TNUOQWoJDokayW2zrAnSNWIBYP0AyFD1hrIE

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@universoskariri 53
Todas as culturas se
modificam ao longo do
tempo, mas continuam
existindo.
Muitos indígenas vivem nas cidades, estudam e
trabalham. Também há muitas aldeias urbanas pelas
cidades. Na sua cidade também tem?! vamos
pesquisar!
Indígena não deixa de ser indígena por usar roupas e
aparelhos eletrônicos!
Muitos aspectos da cultura indígena são a base da
cultura brasileira. Vamos conhecer, valorizar e
respeitar a diversidade!

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Mulheres Indígenas
Em muitas aldeias as mulheres têm se reunido para lutar
por seus direitos. Muitas têm conseguido participação
política e se reúnem para proteger as florestas. Os Tapuya
Kariri, por exemplo, têm uma cacique mulher.

Vale a pena pesquisar sobre e se juntar à luta! Toda


menina e mulher, indígena ou não, devem ser respeitadas.

Pesquise sobre o Dia Internacional das mulheres


indígenas (5 de setembro) e sobre a Marcha das mulheres
indígenas.

Links para pesquisa:


https://www12.senado.leg.br/institucional/procuradoria/comum/dia-
internacional-da-mulher-indigena

https://www.youtube.com/watch?v=wEl4Z8kA-28&t=113s

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DATAS IMPORTANTES

20 de janeiro: Dia Nacional da Consciência Indígena

7 de fevereiro: Dia Nacional da Dia da Luta dos Povos


Indígenas

9 de agosto: Dia Internacional dos Povos Indígenas

5 de setembro: Dia Internacional das Mulheres Indígenas

12 de outubro: Dia da Resistência Indígena

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@universoskariri 59
FICA A DICA

Apoie a literatura indígena:

Adote livros de autores e autoras indígenas em sua escola;


Convide escritores e escritoras indígenas para palestras;
Pesquise sobre escritores e escritoras indígenas;
Indique e incentive a leitura de livros de autores e autoras
indígenas;
Sugira que a biblioteca de sua cidade adote livros de autores e
autoras indígenas;
Conheça e inclua as obras de mulheres indígenas escritoras;
Promova saraus com poemas indígenas;
Selecione textos indígenas para propostas de redação;
Promova oficinas literárias com textos de autores e autoras
indígenas;
Incentive a Ilustração de textos escritos por povos originários.

Conheça mais nosso trabalho e converse com a


gente pelos links:
Facebook: www.facebook.com/livrouniversoskariri
Blog: www.universoskariri.blogspot.com
Instagram: @universoskariri
email: universoskariri@gmail.com

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Escreva novos poemas
inspirados no Universos Kariri
Título:
Seu nome:

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APOIE O PROJETO

Associação Indígena Tapuya


Kariri

DADOS BANCÁRIOS:

Banco Bradesco

Agência: 744 - 7

Conta: 33210-0

CNPJ: 10.188.666/0001-79

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