Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
br
NEGOCIAÇÃO
ESTRATÉGICA
Licensed to EDUARDO ABREU SALOMAO - eduardo.salomao@arcelormittal.com.br
Negociação Estratégica
Sumário
2. A preparação da Negociação
2.1 O diagrama da Negociação
2.2 As perguntas da preparação estratégica
4. A Engenharia da Persuasão
4.1 O conceito
4.2 O processo
4.3 A arte da comunicação
4.3.1 Conquistando a confiança: a técnica do rapport
4.3.2 Descobrindo valores
4.3.3 Entendendo as direções de motivação
4.3.4 Abrindo opções: a técnica da segmentação
4.3.5 Conduzindo para o sim : a técnica do Pacing & Leading
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
A grande tensão na negociação é quando apenas uma das partes tem o problema
e a outra parte a solução. Quando esta equação existir vai haver um desequilíbrio de
forças, pois a relação é de dependência. O jogo de forças vai se equilibrar quando as
partes forem interdependentes, ou seja, ambos têm problemas e ambos consigam se
cooperar para que o resultado final gere soluções para os problemas mútuos.
Sempre que lidamos com um desnivelamento de poder, não há interdependência.
E este é o ponto central da negociação estratégica. Sempre que iniciamos uma
negociação devemos nos perguntar existe algo que eu tenha pelo qual a outra parte
necessita de mim? Se a resposta for negativa, o cenário será de submissão ou então de
“truques, mentiras ou apelos emocionais”.
Para que haja interdependência precisamos pensar sobre o problema da outra
parte. Negociadores experientes quando percebem que não existem problemas, eles
criam problemas na mente do outro negociador para criar a interdependência.
De acordo com Rackman (2009), um negociador de alta performance se
diferencia de um negociador mediano pela sua capacidade de fazer perguntas. No
quadro abaixo é demonstrado o seu método de vendas pelo qual ficou conhecido
mundialmente como o método SPIN Selling.
Pergunta
s/
Situação
Perguntas
s/o
Impacto
Necessidade
Perguntas
s/
Explícita
Necessidades
Soluções
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
pensar que “resolver o problema deles é problema deles”. Para superar essas limitações
é preciso compreendê-las.
Julgamento prematuro
Nada é tão prejudicial quanto o senso crítico pronto para resistir contra as
vantagens de qualquer idéia nova. O julgamento trava a imaginação.
Sob a pressão de uma negociação iminente, seu senso crítico tende a aguçar-se.
Uma negociação prática parece requerer um raciocínio prático, e não idéias
extravagantes.
A busca da resposta única
Se o primeiro obstáculo ao pensamento criativo é a crítica prematura, o segundo
é o fechamento prematuro. Ao buscar desde o início a única resposta satisfatória, é
provável que você provoque um curto-circuito num processo decisório mais sábio em
que faria sua escolha dentre um número maior de respostas possíveis.
A pressuposição de um bolo fixo
A terceira explicação de por que tão poucas boas opções na mesa é que cada um
dos lados encara a situação como essencialmente excludente: ou eu consigo o que está
em discussão, ou você consegue.
O problema deles é deles
Um último obstáculo à invenção de opções realistas consiste na preocupação
exclusiva de cada um dos lados com seus próprios interesses imediatos. Para que um
negociador chegue a um acordo que atenda a seus próprios interesses, ele precisa
elaborar uma solução que atraia também os interesses próprios do outro. Todavia, o
envolvimento emocional com um dos lados de uma questão torna difícil atingir-se o
desprendimento necessário para conceber maneiras habilidosas de satisfazer os
interesses de ambas as partes.
Em uma negociação complexa, a invenção criativa é uma necessidade absoluta.
Em qualquer negociação, ela pode abrir portas e produzir uma gama de acordos
potenciais satisfatórios para ambos os lados. Portanto, gere muitas opções antes de
escolher entre elas. Invente primeiro, decida depois. Procure os interesses comuns e
interesses diferentes a serem harmonizados.
O próximo passo é definir um critério que ampare as nossas decisões. Se antes
de negociar com alguém ambos soubéssemos o que é justo e o que não é justo, nós
anteciparíamos rapidamente as nossas decisões.
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
- Na eficiência
- Nos custos
Procedimentos Justos
Quando os interesses são conflitantes é necessário encontrar Procedimentos
Justos. Um procedimento define quem faz o que, antes da conclusão de quem fica com
o que. O que pode acontecer é que os resultados podem ser desiguais, mas ambos têm a
oportunidade idêntica de decidir o jogo. Por exemplo, a antiqüíssima forma de dividir
um pedaço de bolo entre duas crianças: uma corta e a outra escolhe. Nenhuma delas
pode queixar-se de uma divisão injusta.
Outra variação da técnica do “um corta, o outro escolhe” consiste em as partes
negociarem o que acreditam ser um acerto justo antes de decidirem seus respectivos
papeis nele. Numa negociação de divorcio, por exemplo, antes de decidir sobre qual dos
dois ficará com a custódia dos filhos, os pais podem chegar a um acordo quanto aos
direitos de visita daquele que não a receber. Isso dá a ambos um estimulo para
concordar com direitos de visita que os dois considerem justos.
Ao refletir sobre soluções acerca de procedimentos, examine os outros meios
básicos de acertar as diferenças como:
- Fazer revezamentos
- Tirar a sorte
- Contratar um árbitro ou um mediador
- Contratar um avaliador profissional
Deixar que a outra pessoa desempenhe um papel-chave numa decisão conjunta é
um procedimento bem estabelecido, com variações quase infinitas.
Negociação Estratégica
2. PREPARAÇÃO da NEGOCIAÇÃO
Às vezes, podemos achar que a preparação não seja importante. Já que sabemos
que não podemos ser forçados a aceitar um acordo , vemos pouco risco em dizer:
"Vamos ouvir o que o outro lado tem a dizer." Se gostamos, podemos aceitar, se não
gostamos, vamos embora. Ao longo dos anos, entretanto, verifica-se que os riscos de
estarmos despreparados são altos. Como saberemos se devemos concordar, a não ser
que existam alguns precedentes ou outro parâmetro qualquer para avaliarmos o acordo?
Como saberemos se devemos abandonar a negociação, se não tivermos alguma idéia do
quanto poderemos nos dar bem em outro lugar?
O mais importante, talvez, ao estarmos despreparados, é deixar que a iniciativa
seja sempre do outro lado. Reduzimos a possibilidade de apresentar boas idéias e
argumentos que solucionarão o problema rapidamente e para a satisfação mútua.
Privamos ambos os lados da nossa criatividade.
A preparação geralmente leva tempo - mas com ela é possível ganhar tempo.
Um negociador bem preparado pode reduzir as questões a serem acordadas, formular
opções elegantes ou avaliar tentativas de ofertas com muito mais rapidez e sabedoria
que um negociador que não tem conhecimento do terreno. Em média, achamos que
deve-se gastar em preparação a mesma quantidade de tempo que se espera gastar em
negociações face-to-face. Evidentemente, alguns assuntos são tão triviais que não
merecem e nem requerem grandes preparações. Outros, entretanto, envolvem cacifes
muito altos, muitas questões e, talvez, várias partes. Nestes casos, uma preparação
extensa é uma boa idéia. Seja qual for a situação, investir tempo em preparação
provavelmente economizará tempo a longo prazo.
Muitas pessoas se sentem preparadas se sabem o que querem e o que aceitarão.
Mas se nossa preparação consiste em criar uma lista de desejos, como um
posicionamento de retirada mínima, só estaremos prontos a declarar exigências e fazer
concessões. A preparação posicional leva à negociação posicional. Focalizando naquilo
que pediremos e naquilo de que abriremos mão, nos colocaremos numa negociação
adversária, do tipo soma-zero. Mas esse tipo de preparação freqüentemente não nos
permite descobrir soluções criativas que aumentem o bolo antes de dividi-los, nem
trabalhar lado a lado para solucionar um problema conjunto.
A preparação posicional é a maior fonte de estresse e ansiedade durante as
negociações. Podemos achar que se investimos tempo e energia no planejamento de
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Um bom resultado de uma negociação pode ser constituído por sete elementos
veja figura 1 abaixo. Quanto melhor lidarmos com cada elemento, melhor será o
resultado.
PREPARAÇÃO
PICO
PROBLEMA INTERESSES
- Analisar impactos - Buscar as Necessidades
mútuos. Humanas Mútuas
- Encontrar Alternativas - Explorar o posicionamento
de Solução - Sondar os interesses
- Separar os Fatos das subjacentes
Estórias
CRITÉRIOS OPÇÕES
-‐
Fundamentar o game da - Atender aos interesses
negociação mútuos.
- Utilizar a Lei da Coerência - Combinar recursos
- Estabelecer o cenário de similares e diferentes para
justiça e ganhos múltiplos produzir VALOR
DISCUSSÃO
3
P´S
PROMESSA PESSOAS
- Condicionar o acordo -‐
Captar Estilos de Negociação
- Estabelecer os limites - Estabelecer confiança
- Utilizar a Lei da Reciprocidade - Sintonizar valores e crenças
- Garantir satisfação mútua - Extrair processo decisório
PERSUASÃO
- Trocar informação
- Estabelecer o frame/reframe
- Ouvir ativamente
- Utilizar Pacing & Leading
Negociação Estratégica
INTERESSES. Seja qual for a nossa exigência ou nosso "posicionamento", nós e dos
demais envolvidos na negociação queremos um resultado que atenda aos interesses
subjacentes - aquilo de que necessitamos ou a que damos importância. Quanto mais
tivermos pensado a respeito de nossos interesses com antecedência, mais provavelmente
os alcançaremos.
OPÇÕES. Um bom resultado deve estar entre os melhores de todos os meios possíveis
para lidarmos com nossos interesses diversos. Por opções, queremos dizer acordos
possíveis ou partes de um acordo possível. Quanto mais opções colocarmos na mesa,
mais provavelmente encontraremos uma que reconciliará nossos interesses a contento.
CRITÉRIOS. Não queremos ser injustamente tratados, nem queremos com os outros.
Encontrar padrões externos que possamos utilizar como espadas para persuadir a outra
parte de que ela está sendo tratada com justiça, e como escudos para nos protegermos e
não sermos lesados, será o grande “guarda chuva” da persuasão e a promessa.
Negociação Estratégica
PERSUASÃO. Um resultado é melhor se for alcançado com eficácia. Isto requer boa
comunicação, à medida que cada uma das partes procura persuadir a outra. Precisamos
pensar sobre o que queremos ouvir - e o que dizer, com antecedência. O grande segredo
da persuasão é fazer com que a outra pessoa acate uma proposta com percepção de
ganho. Para isto é necessário que haja mudanças do game inicial. Esta mudança vai
exigir do negociador uma interação profunda para entender os mapas mentais da outra
parte para depois reverter o game de forma saudável. Neste capitulo vamos entender as
técnicas que deverão ser utilizadas para que esta reversão de game seja feita.
PROMESSA. A qualidade do resultado também pode ser avaliada pela qualidade das
promessas feitas. Os compromissos assumidos provavelmente serão melhores se
tivermos pensando com antecedência a respeito das promessas que podemos realmente
esperar, ou fazer, na etapa final ou no encerramento de uma negociação.
Negociação Estratégica
PROBLEMA
ü Estou ciente do impacto do não solucionamento do problema? Sei dos riscos?
ü Sei o que eu farei se não chegar a um acordo?
ü Sinto que devo chegar a um acordo? Presumo que eles devam?
ü Sei o que eles farão se não chegarem a um acordo?
INTERESSES:
ü É provável que nos desentendamos sobre nossos posicionamentos, nossas
exigências?
ü Por que quero o que quero? O que está me movimentando?
ü Priorizei as questões que me são importantes?
ü Estou confuso: “Qual o meu conflito interno?”
ü Deixei de considerar o que eu iria querer se estivesse no lugar deles?
OPÇÕES
ü A situação aparenta que alguém deva ganhar e o outro deva perder?
Negociação Estratégica
CRITÉRIOS
ü Preocupa-me o fato de que possa ser lesado? Estou sendo tratado de maneira
injusta?
ü Ajudaria se desse a eles argumentos convincentes quanto à justiça de minha
proposta para com eles?
ü Terei que explicar a outros por que aceitei um determinado acordo? Eles terão que
fazê-lo?
ü Existem críticos que provavelmente perseguirão a um dos dois ou a ambos?
PERSUASÃO
ü Sei o que quero ouvir?
ü Estou disposto a ouvir ativa e enfaticamente o que disseram?
ü As mensagens que quero transmitir são claras?
ü Já pensei a respeito de como falar de maneira que queiram nos ouvir?
PESSOAS
ü Nosso relacionamento de trabalho provavelmente será difícil?
ü É possível que eu seja defensivo ou antagônico com essa pessoa?
ü Esta negociação poderá prejudicar nosso relacionamento?
ü Poderá ser difícil para eu falar de dinheiro com eles?
ü Trata-se de alguém com que terei que trabalhar no futuro?
PROMESSA
ü O tipo de comprometimento que realmente espero no final da negociação está claro
para mim?
ü Estou me aproximando do momento de tomar uma decisão?
ü Há mais a fazer depois que ambos dissermos “sim”?
ü Está claro para mim quem tem a autoridade para assumir os comprometimentos?
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
De outro lado, quando a pessoa tem a disposição introvertida, suas atitudes não
serão reguladas por objetos, mas sim por fatores subjetivos. A disposição introvertida
observa sem dúvida, as condições exteriores, mas elege como decisivas as
determinações de caráter subjetivo.
Enquanto o tipo extrovertido cinge-se sempre àquilo que recebe do objeto, o
introvertido cinge-se, sobretudo, ao que a impressão exterior opera na pessoa.
A distinção entre introvertido e extrovertido não cobre todas as diferenças
observáveis na personalidade. O introvertido recua e hesita de uma maneira definida,
que não é forçosamente igual à de qualquer outro introvertido. O extrovertido relaciona-
se com o mundo através do seu intelecto, do seu sentimento, das suas percepções
sensoriais ou das suas sensações. Na luta pela vida, cada um deles serve-se do que Jung
chama de “a função mais desenvolvida”.
Considera ele que há quatro funções, por meio das quais nos orientamos no
mundo:
o pensamento, que nos faculta o entendimento e a apreensão do significado;
o sentimento, que pondera e valora;
a sensação, que é percepção através dos sentidos;
e a intuição, que nos adverte das possibilidades futuras e nos fornece
informação sobre a atmosfera que rodeia toda a experiência.
As funções pensamento e sentimento Jung define como tipos racionais e as
funções sensação e intuição Jung define como tipos irracionais. Os racionais são
julgadores, ou julgam pelo pensamento ou pelo sentimento. Os irracionais são
perceptivos, agem através da informação que for percebida por eles, ou agem através
dos sentidos ou agem através da intuição.
Vamos agora descrever a dicotomia de percepção com as funções sensação e
intuição:
A função PERCEPÇÃO :
SENSAÇÃO
ü Foco em coleta de dados e detalhes, através dos sentidos: tato,olfato, visão,
audição e paladar.
ü Os dados tendem a ser práticos e realistas.
ü Suas crenças são fundamentadas por experimentação.
ü Absorve informação e dados de forma seqüencial e passo a passo.
ü Necessidade de ver e compreender as evidências antes de fazer generalizações.
Negociação Estratégica
ü Suas histórias são bem descritivas e reais pela quantidade de detalhes e pelo uso
de todos os sentidos.
INTUIÇÃO
ü Preferência por coletar dados através do sexto sentido. Geralmente apresenta
dificuldades em explicar como conseguiu a informação.
ü Curioso e observador em relação a projeção de cenários futuros, oportunidades e
novos padrões.
ü Tende a ver conexões e possibilidades através de diferentes perspectivas.
ü Sente-se confortável ao fazer generalizações com informação relativamente
limitada.
ü Suas histórias apresentam sua própria interpretação, e sua imaginação é repleta
de associações incomuns, conexões, imagens vagas e lições de moral.
ü São as chamadas pessoas criativas.
A Função JULGAMENTO
PENSAMENTO
ü Conclusões são obtidas por meio da lógica, do raciocínio, da objetividade.
Organizam suas idéias em grupos para definir, categorizar e nomear as
informações.
ü Linha de raciocínio fundamentada em causa, efeito e lógica: “se isto, então
aquilo”. As conclusões são obtidas com rapidez, sendo guiadas por regras e pela
lógica. Tendência a enxergar poucas alternativas – “ é isso ou aquilo”, “certo ou
errado”.
ü Geralmente faz várias perguntas. Problemas são resolvidos através de modelos,
estruturas, procedimentos e até mesmo por regras.
ü Facilidade em definir problemas, determinar metas, estratégias e delegar
responsabilidades.
SENTIMENTO
ü Escolhe e organiza idéias e percepções racionalmente, conscientemente, e então
faz seu julgamento em relação a elas, com característica similar à do
pensamento, mas a base e o processo para a tomada de decisão são as pessoas
envolvidas.
Negociação Estratégica
Quando Jung definiu estas dicotomias ele definiu também que toda vez que
utilizamos demasiadamente uma função, o ponto de dicotomia é o nosso lado “sombra”
e portanto toda vez que precisarmos utilizar deste ponto, teremos que lidar com um
desconforto ou então gastar uma energia descomunal para exercer o ponto da função
com excelência. Em negociação vamos chamar de pontos de “armadilhas”
Negociação Estratégica
DECISOR
SENTIMENTO
INVENTOR
EXTROVERTIDO
SENSAÇÃO
IMPROVISADOR
PROVEDOR
INTROVERTIDA
SENSAÇÃO
EXTROVERTIDA
NARRADOR
HARMONIZADOR
PENSAMENTO
EXTROVERTIDO
PENSAMENTO
INTROVERTIDO
Fonte:
Estilos
de
Negociação.
Hirata
(2007)
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
4. PERSUASÃO
Um dos mitos sobre as pessoas com grande poder de persuasão é que elas
nascem assim. Ora, pense um pouco: Ninguém nasce falando...muito menos
persuadindo alguém de alguma coisa. É apenas um conjunto de habilidades que
aprendemos como aprendemos todas as outras coisas. Cada um de nós tem
predisposição para determinados conjuntos de habilidades, mas ninguém as domina
totalmente sem treinamento. Os grandes comunicadores lhes dirão que assumiram o
compromisso consigo mesmo de buscar, estudar e aprender, porque saibam que para ser
um mestre é preciso fazer tudo isso. Aprendizado e lucro estão diretamente
relacionados. Quanto mais você aprende, mais você ganha em termos de satisfação
pessoal e financeira também.
O segundo mito é que as pessoas persuasivas possuem fala macia. Alguns até
têm. Mas muito mais importante do que isso, é a sua capacidade de serem grandes
ouvintes. Saber ouvir é vital, por dois motivos.
Primeiro, porque as pessoas sentem-se bem quando sabem que estão sendo
ouvidas de verdade. Na maioria das transações comerciais, e até nas nossas interações
cotidianas, realmente não somos ouvidos. Em geral, só sentimos que estamos mesmo
sendo ouvidos apenas nos melhores momentos de um relacionamento. Ser ouvido é uma
experiência importante que as pessoas gostam e querem mais.
Segundo, porque ouvir é uma ótima maneira de descobrir o que é importante
para uma determinada pessoa. Esta é a informação que nos diz se elas precisam ou
poderiam desejar o que temos para oferecer.
E se saber ouvir é tão importante, o que esta habilidade tem haver com
persuasão? Esta pergunta pode ser respondida com outra pergunta: Como você resistiria
a uma oferta que consiga agregar valor para você baseado em seu processo decisório?
Se você me disser que é impossível resistir, você entendeu o que é Persuasão.
4.1 O conceito
Segundo Luecke (2005), persuasão é um processo que permite uma pessoa ou
um grupo de pessoas a fazer mudanças nas pessoas em termos de atitudes, opiniões ou
comportamentos. E isto pode acontecer em uma simples reunião ou pode acontecer
através de uma série de reuniões planejadas. Conforme Luecke, a persuasão é uma
habilidade que é essencial para o sucesso em qualquer relacionamento, seja nos
negócios ou nas relações informais.
Negociação Estratégica
O PROCESSO DA PERSUASÃO
COMPORTAMENTO
PROCESSO
EXTERNO
INTERNO
ESTADO INTERNO
O
QUE
SENTE
?
-‐
Sensação
-‐
Impacto
emocional
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Neste capítulo você obterá técnicas capazes de reagir de maneira eficaz aos outros e de
compreender e respeitar o seu modelo de mundo. Você notará que a comunicação é
circular; o que fazemos influencia outras pessoas, e o que elas fazem nos influencia. E é
impossível que isto não aconteça. Cada um pode se responsabilizar pela parte que lhe
toca neste círculo. Como estamos sempre influenciando outras pessoas, nossa única
opção é termos ou não consciência dos efeitos que provocamos nas pessoas.
O processo de comunicação
OBJETIVO
ADAPTAÇÃO PERCEPÇÃO
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
ou um café
Neste exemplo, verifique que se a pessoa disser que quer uma limonada e você não tiver
a limonada, o resultado final é o não atendimento da solicitação. Mas se houver a
possibilidade de fazer uma pergunta, podemos entender que a pessoa deseja uma bebida.
Uma bebida é uma segmentação para cima de abrange outros sucos, refrigerantes, cafés,
cerveja, etc. Quando você segmentou para cima, foi possível lateralizar para fornecer
mais opções para o pedido bebidas. E quanto maior a segmentação, mais opções você
pode encontrar, pois estaremos nos níveis das necessidades básicas de Maslow (1954).
O mais interessante na técnica da segmentação é a possibilidade de se fazer uma
mudança de percepção do problema. Quando esta percepção se altera na mente da
pessoa, o negociador re-enquadrou o problema de outra forma ( em inglês nós
chamamos de reframe). Esta mudança pode fazer com que os valores ali antes
negociados podem ter outro significado, algumas coisas podem perder totalmente o
valor e outras podem se elevar substancialmente.
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Negociação Estratégica
Glossário
Rapport Técnica de persuasão que objetiva criar sintonia mental com as pessoas
Negociação Estratégica
Bibliografia
Jung, C. G . Tipos Psicológicos – Ed. Guanabara Koogan S.A. – Rio de Janeiro,
1960
Fisher, Roger. Como chegar ao sim: negociação de acordos sem concessões. 2ª
Ed – Rio de Janeiro: Imago Ed., 1994.
Longin, Pierre. Aprenda a liderar com a programação neurolinguistica. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 1996
Luecke, Richard. Power, influence and persuasion. II. Series. Harvard Business
School Publishing Corporation, 2005
Hirata, Renato. Estilos de Negociação: Editora Saraiva – São Paulo, 2007