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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ADRIANO PERES GAMA - 17028642


JESSICA BARROS LOPES - 17028913
KAYLON MATEUS MARCONDES BEZERRA - 17028644
RAYANE SUELLEN DE SOUZA DA TRINDADE - 17028914

DISMORFIA CORPORAL: ANOREXIA

BELÉM
2020
ADRIANO PERES GAMA - 17028642
JESSICA BARROS LOPES - 17028913
KAYLON MATEUS MARCONDES BEZERRA - 17028644
RAYANE SUELLEN DE SOUZA DA TRINDADE - 17028914

DISMORFIA CORPORAL: ANOREXIA

Trabalho apresentado da disciplina Dimensões Sócio -


Antropológicas da Educação Física no Esporte no
curso de graduação de Bacharelado em Educação
Física da turma 3NNA.
Docente: Prof. João Evandro C. Martins Neto.

BELÉM-PA
2020
ANOREXIA

É uma doença que faz a pessoa enxergar o próprio corpo de maneira distorcida, acima
do peso, a partir daí, leva o indivíduo a ter atitudes de risco com o exagero em dietas, abusos
de exercícios físicos, indução de vomito para expulsar as refeições e até mesmo com o uso de
medicamentos, onde a anorexia é uma das patologias que mais tem crescido. É um tipo de
transtorno caracterizado por uma restrição alimentar auto imposta, que pode levar o indivíduo
à morte por inanição. Sendo assim, muitas pessoas, principalmente adolescentes e mulheres
jovens, frustram-se por não conseguirem responder aos anseios da sociedade de consumo, e
passam a apresentar problemas psicológicos, que pode vir a causar transtornos alimentares.
A obsessão pela magreza ou perfeccionismo ligado à autoimagem, surge da
necessidade de estabelecer um controle absoluto sobre si mesmo. A necessidade de emagrecer
ou conseguir um “corpo perfeito“ impede que se tenha uma consciência de si mesmo, o que
leva a uma batalha interna que causa angústia e sofrimento. Infelizmente a distorção da
imagem corporal impede uma percepção real de si mesma. Depressão, ansiedade, estresse,
fobias que levam pessoas sempre buscam um “alivio” para essas tensões geradas no dia-a-dia,
e algumas delas vêem no alimento a “solução” para esse verdadeiro caos emocional, e acabam
por criar métodos de autopunição, usando o alimento como “instrumento”; seja restringindo-
o, ou ingerindo-o compulsivamente.
Segundo Charles Lasègue (1874/2001), cria-se um novo modelo de funcionamento
familiar, absolutamente centrado na sintomatologia anoréxica, estabelecendo o vínculo entre a
paciente e seu público, dado que ele já considerava central na manutenção de qualquer
sintoma histérico. Da mesma maneira, a implicação da família na manutenção dos sintomas
era destacada por Charcot, para quem a separação entre a paciente e os familiares era
condição para qualquer tratamento de sucesso. Na verdade, fica claro para qualquer
observador externo que a insistência dos pais aguça a resistência da anoréxica.
O Ministério da Saúde, no ano de 1997, baixou uma resolução que apontou a
Educação Física como profissão de nível superior da área da saúde, junto com outras
profissões (SANTOS, 2008). Segundo Souto e Bucher (2006), os profissionais da área de
saúde deveriam ser preparados para orientar seus pacientes em direção a uma prática
alimentar saudável sendo preciso, para isso, uma humanização dos cursos e um trabalho
integrado entre os profissionais envolvidos na assistência ao paciente com transtorno
alimentar.
As deficiências de vitaminas e minerais são raras na anorexia nervosa, devido ao uso
frequente de suplementos e à diminuição das necessidades. No entanto, Castro et al, (2004)
encontraram deficiências de zinco e ácido fólico em adolescentes com anorexia que não se
reverteram após o tratamento, de tal forma que os autores recomendaram a suplementação
destes nutrientes.
Su e Birmingham (2004) relatam que as consequências da deficiência de zinco são
muito semelhantes à anorexia nervosa, e que a suplementação com zinco promove maior
ganho de peso e redução da ansiedade e depressão.
Em alguns pacientes, é extremamente difícil atingir as recomendações nutricionais
apenas pela via oral. Nessas ocasiões, a alimentação nasogástrica pode ser recomendada ao
invés da intravenosa, que só deve ser utilizada em situações nas quais há risco de vida. A
alimentação nasogástrica pode acarretar, contudo, retenção de fluidos, arritmia e falência
cardíaca. Apesar de a maioria dos autores não recomendarem a nutrição enteral ou parenteral,
Robb et al. (2002) relataram que o uso da sonda nasogástrica noturna pode trazer ganho de
peso mais rápido do que somente com a alimentação oral.
O tratamento para a anorexia envolve intervenção multidisciplinar, com a atuação de
médicos, nutricionistas, psicólogos, terapeutas de família, educadores físicos, entre outros.
Alguns grupos recomendam a prática de atividade física orientada como componente de
tratamento de recuperação de peso, reduzindo a ansiedade, elevando o humor e auxiliando na
alimentação. Diversos estudos abordam a prática da atividade física supervisionada em
tratamento de anorexia nervosa, porém divergem em relação aos possíveis benefícios. O
exercício físico sistematizado acarreta diversos benefícios, tanto na esfera física quanto na
esfera mental do ser humano, em todas as idades, seja através de uma ação preventiva em
pessoas saudáveis ou terapêuticas em pessoas doentes.
Com as práticas de exercícios físicos que podem evitar doenças cardiovasculares,
acidente vascular cerebral tromboembólico, hipertensão, osteoporose, obesidade, doenças
psiquiátricas, entre outras. Devido à relação dose-resposta entre exercício físico e saúde, os
indivíduos que desejam alcançar benefícios adicionais na melhoria da sua aptidão física e
redução do risco de doenças crônicas podem se beneficiar com a realização de uma dose
excedente à mínima recomendada. Entre os benefícios dos exercícios sobre a área emocional,
estudos evidenciam resultados que possibilitam a redução da ansiedade e da depressão, a
melhora do autoconceito, da autoimagem e da autoestima, aumento do vigor, melhora da
sensação de bem-estar, melhora no humor, aumento da capacidade de lidar com estressores
psicossociais e redução dos estados de tensão.
REFERÊNCIAS

1 - Cumming, G. C., Fernandes, M. D. C. G. C., Campana, A. N. N. B., & Júnior, C. G.


(2009). Experiências e Expectativas em Práticas de Atividades Físicas de Pessoas com
Anorexia Nervosa. Movimento (ESEFID/UFRGS), 15(2), 69-85.

2 - Farah, M. H. S., & Mate, C. H. (2015). Uma discussão sobre as práticas de anorexia e
bulimia como estéticas de existência. Educação e Pesquisa, 41(4), 883-898.

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