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O imperador Leopoldo II, avô paterno de Leopoldina, registrou as máximas


dentro das quais Leopoldina e seus irmãos foram criados: :
É preciso inspirar-lhes (aos filhos) a única paixão que de-
vem fomentar, isto é, a da humanidade, da compaixão e da
ânsia de fazer a felicidade do seu povo. É preciso despertar
o seu sentimento a favor dos pobres [...]. Os príncipes de-
vem convencer-se em primeiro lugar da igualdade dos ho-
mens, de que todos têm os mesmos direitos e de que eles
devem sacrificar àqueles toda a sua existência, suas inclina-
ções e seus divertimentos a qualquer oportunidade [...].
“Hoje em dia, quando um dos nossos herda o trono, já não
se trata, como outrora, de uma propriedade devidamente
adquirida – mas sim de um cargo, de uma pesada incum-
bência e é preciso quebrar-se a cabeça para reinar tanto
quanto possível de acordo com os desejos dos seus súditos.
(OBERACKER JR., 1973, p. 12 e 13)

O mesmo imperador ainda sugeria:

É preciso começar, estudando cabalmente o caráter das cri-


anças, formá-las segundo as suas tendências; mas antes de
mais nada é necessário conseguir-se a confiança dos filhos,
torná-los sinceros e francos e inculcar-lhes a aversão à men-
tira, à dissimulação, às artimanhas, às bisbilhotices, et coete-
ra. (OBERACKER JR., 1973, p. 12 e 13)
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Imperatriz Leopoldina—Criado por @casamaceno 7

Esse material foi criado por


Valéria de Maceno
Capa
Gisele Daminelli

É proibido reproduzir, publicar ou distribuir, por qualquer meio, todo ou parte desse
conteúdo.
Art 184 do código penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
VALÉRIA DE MACENO
2023
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Imperatriz Leopoldina—Criado por @casamaceno 9

Em um reino muito distante daqui

Leopoldina Carolina Josepha Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena nasceu


no Castelo de Hofburg , em Viena, Áustria, em 22 de janeiro de 1797, no seio da
mais ilustre e nobre casa reinante da Europa de seu tempo, a Casa de Habsburgo.

Nós vamos estudar aqui, meus meninos, sobre um grande império, e sobre uma
menininha que se tornaria a nossa Imperatriz.

Encontre no mapa, onde está a Áustria:


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A Arquiduquesa da Áustria

A arquiduquesa Dona Leopoldina (esse foi o título que ela ganhou ao nascer,
por ser princesa austríaca) desde cedo, revelara-se apaixonada por botânica e por
geologia. Aprendeu a tocar piano e desenhar, gostava especialmente das pinturas
existentes nos salões chamados de Bergl Rooms no castelo de schonbrunn.

A menina herdou do pai o hábito de colecionismo: colecionava moedas, plantas,


flores, minerais e conchas, que eram enviados por Maria Luísa, sua irmã e melhor
amiga. Você tem alguma coleção como a de Leopoldina? Que tal registrar em um
caderno uma coleção de pedras ou de moedas? Ou de folhas e flores?
Leopoldina viveu em meio a arte, e conheceu o escritor Johann Wolfgang Von
Goethe (conhecido por sua grande obra, o livro Fausto). Um grande músico que
nasceu e viveu na época da nossa Arquiduquesa, foi Schubert. Vamos apreciar sua
musica, e imaginar como era nos tempos da casa dos Habsburgo.
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O noivo

Naquele tempo o pai de Leopoldina— Francisco I— era Imperador de um


vasto território, e a família já reinava há mais de quinhentos anos. Um hábito na corte
(corte é o lugar onde o rei e as pessoas da casa real moram) em que a nossa
arquiduquesa cresceu, era a participação em récitas teatrais, óperas e balés. Além da
diversão, as crianças eram desse modo, treinadas para falar em público. Procurava-se
com isso que perdessem a timidez de estarem diante de uma platéia, além de
exercitarem a fala e a impostação de voz, artes que, como figuras públicas,
precisavam dominar.
Como você pode ver, a nossa princesa foi educada para ser um dia, rainha,
casando-se com um príncipe, e ajudando a governar uma nação.
E por falar em casamento, você “não acredita” com quem ela se casou?
Você sabia que em 1816, eram os pais que escolhiam os noivos para as
princesas? Pois é! Leopoldina tinha dezenove anos quando começaram as conversas
entre seu pai e o Rei de Portugal, D. João VI. Sim, agora você descobriu que o noivo
era D. Pedro I.
Mas naquele tempo, também não existia celular, e não dava para enviar uma
foto ou mensagens. Por isso, Portugal enviou um representante até Viena, para cuidar
de todas as coisas do casamento, e também para enviar um retrato do futuro esposo.
O Marquês de Marialva foi até lá, e presenteou a Sereníssima Senhora Arquiduquesa
com um pequeno retrato de D. Pedro emoldurado com dezessete brilhantes grandes
quadrados e acompanhado de um colar com oitenta e dois brilhantes. Toda a corte
ficou maravilhada com a beleza dessa prenda.
Desenhe aqui o colar com o retrato de D. Pedro
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O casamento

Não existia ainda avião nos tempos dessa história, então as viagens, como você
já bem sabe, eram feitas de navio, e demorava-se muitas semanas para chegar ao
destino. Por isso, o casamento dos nossos pombinhos—Dona Leopoldina e Dom
Pedro I—aconteceu por procuração. Procuração é quando uma pessoa representa
outra através de um documento. O casamento aconteceu no dia 13 de maio, mas D.
Pedro não estava lá, quem o representou foi o tio de Leopoldina, Carlos, antigo
generalíssimo dos exércitos austríacos que enfrentara Napoleão.
O marquês de Marialva providenciou um grande baile para comemorar as
núpcias reais. Enquanto ouve a descrição dos detalhes da festa, tente imaginar a
beleza que foi:
Na entrada, foi construído um templo com um pórtico sustentado por seis
colunas como num templo greco-romano, e tinha uma enorme escadaria ladeada por
duas estátuas gigantescas. Na porta estavam os brasões de armas dos Bragança e dos
Habsburgo.

O templo e as salas eram iluminados por dezenas de milhares de velas, todas


colocadas em cúpulas de vidro. O interior destas, revestido de dourado, fazia com
que as luzes das lâmpadas brilhassem feito ouro. O baile foi tão magnífico e
grandioso, que foi comparado com “as maravilhas de 1001 noites”.
O marquês de Marialva contratou Joseph Wilde para compor as danças, e a
música que fora composta especialmente para a ocasião se chama: As danças para a
festa do baile brasileiro. Uma polonaise (uma dança lenta) que até hoje marca a
abertura de diversos bailes da Europa.
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A viagem

Depois do banquete e de muitas danças, chegou a hora de partir. No dia 2 de


junho, Leopoldina foi rezar na Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, suplicando por
uma viagem tranquila.
D. Leopoldina, portanto, deixara Viena e a família sob a impressão de grandezas
e festas deslumbrantes, sendo mesmo invejada e considerada uma felizarda. Era a pri-
meira vez na vida que D. Leopoldina via o mar. A viagem se estenderia por longos 86
dias, tendo passado por diversas tempestades.

Nau D. João VI,


que transportou D.
Leopoldina e sua
comitiva de Livor-
no (Itália) para o
Rio de Janeiro.
Franz Joseph Früh-
beck.

A comitiva era muito numerosa: damas da corte, camareira-mor, mordomo-


mor, seis damas, quatro pajens, seis nobres húngaros, seis guardas austríacos, seis
camaristas, um esmoler-mor, um capelão, um secretário particular, um médico, um
mineralogista e um professor de pintura. As demais bagagens da princesa eram
compostas de quarenta caixas da altura de um homem com o seu enxoval, livros, suas
coleções de botânica e de mineralogia, bem como presentes para todos os membros
da família real portuguesa.
Quando a nau ancorou no Rio de Janeiro, D. João, acompanhado de toda a
família real, veio a seu encontro e lhe entregou mais um presente de noivado: uma
caixa de ouro cheia de ricos brilhantes lapidados. Ao entregar o presente, o rei teria
dito: “São frutos desta terra. Vossa Alteza vem para o país das pedras preciosas”.
(OBERACKER JR., 1973, p. 99).
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Em um reino muito distante daqui

Faça um traçado ligando a Áustria, passando pela Itália, até chegar no Brasil
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O reino das pedras preciosas

Chegada da princesa Leopoldina ao Brasil, ao fundo o mosteiro

de São Bento. Jean-Baptiste Debret (1817)

Museu Histórico Nacional/Ibram/MinC/nº 043/2017.

Desembarque de D. Leopoldina no Rio de Janeiro, 1817.

Museu Histórico Nacional/Ibram/MinC/nº 043/2017.


16

Os próximos capítulos
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Continua...
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