Você está na página 1de 1

Trabalho da disciplina 1 – T1 – Psicologia da Arte

Profa. Ma. Luciana Marolla Garcia

Aluno: Júlia Segura Teixeira RA:181032627 Curso: Artes Visuais

Reflexões sobre a utilização de abordagens da psicologia


em produções no meio artístico

O campo das artes visuais, independentemente de sua natureza com aspecto caótico,
exige de seus executores um amplo conhecimento em diversas áreas do conhecimento
para ser concretizado. Sendo assim, pode se afirmar que é uma esfera de pesquisa
transdisciplinar. Abrangidos nessa pletora de transdisciplinaridade estão incluídos
estudos de história, geometria, anatomias diversas, semiótica e não menos importante,
psicologia.

Com os conteúdos abordados no decorrer da disciplina, é possível aplicar pesquisas de


diversos teóricos da psicologia e psicanálise no desenvolvimento de obras visuais e
construção da figura do artista como profissional. Nesta discussão em particular, coloco
a mim e minha produção como um exemplo prático da ação de diferentes vertentes da
psicologia dentro da construção de um processo artístico.

Ao analisar produções pessoais, foi possível identificar três teses distintas presentes
fundamentalmente nas obras: Atadas pela estratégia de Gestalt de composição
imagética: A teoria de Vygotsky sobre o que constitui a imaginação humana, a relação
de Freud com a arte surrealista e a construção de Arquétipos de Jung. Estas por fim, são
agregadas a parte estética, através da estratégia gestáltica de composição imagética.

Uma das formas da qual Vygotsky descreve o processo imaginativo, permeia o conceito
de fantástico por se apegar a elementos retirados da experiência anterior do ser humano.
Utilizo-me deste, para a criação de personagens antropomórficos, porém sempre com
elementos míticos e fantasiosos. Simultaneamente, outra descrição de tal processo
imaginativo: embasada em ligações emocionais, tem igual peso e importância no ofício,
pois tem consequências diretas para com a reação estética do produto final.

As teorias de Freud relativas a exploração do inconsciente estão diretamente ligadas


com um dos movimentos que mais inspira meu estilo de produção, o surrealismo, onde
muitos artistas trouxeram a concretude fragmentos da psique, sem um compromisso de
filtrar a composição afim de faze-las verossimilhantes ou menos melancólicas. A
representação mais sólida de um sonho lúcido.

Por fim, ainda dentro da estética surrealista, são frequentes as representações


arquetípicas, que associadas a teoria de Jung, contribuem para a elaboração de
personagens mais complexos e capazes de serem receptáculos da narrativa que eu
decidir fabricar.

Um bom profissional da arte, busca ser capaz de assimilar essa ampla gama de
princípios e concepções, com objetivo de agregar ao seu ofício. Seja este em uma
produção física, acadêmica, no âmbito da educação ou até mesmo na função de terapia.

Você também pode gostar