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Escoamento Isoentrópico

em Área Variável
Prof. Carlos Alberto Rocha Pimentel
UFABC
Motivo do Estudo: Estudar o efeito da variação de área sobre o escoamento isoentrópico.


��

�� ��

��
�� ��
�� �� ��
�� ��
�� � ��

Prof. Carlos A. R. Pimentel / UFABC


�� � ��

Hipóteses:
� ������
Ø Escoamento permanente 1-D ⇒ = �. Ø Sem trabalho de eixo ⇒ = �.
�� ��
�� Ø Sem energia potencial ⇒ �� = �.
Ø Escoamento adiabático ⇒ = �.
��

Ø Escoamento não - viscoso ⇒ � = �.


2
Ø Sem forças de massa ⇒ �� = �.
Aplicando as equações de conservação:
Ä Equação de Conservação da Massa
0
� � = ���
��� + � � ∙ � �� = 0 ⇓
�� constante
�� ��

�1 − �1 + �2 �2 = 0
�1 �1 �1 = �2 �2 �2     1
Ä Equação de Conservação da Quantidade de Movimento Linear

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0 0 0

���� + �� � ∙ � �� = ��� �� − � ∙ � �� + � ∙ � ��
��
�� �� �� �� ��

�� � ∙ � �� =− � ∙ � ��
�� ��

�1 �1 − �1 �1 + �2 �2 �2 �2 =− − �1 �1 + �2 �2 − ��
− �1 �1 2 �1 + �2 �2 2 �2 = �1 �1 − �2 �2 − �� 3
�1 �1 + �1 �1 2 �1 + �� = �2 �2 + �2 �2 2 �2     2
Ä Equação de Conservação da Energia

0 0 0
� ������ 0
�� ��� + �� � � ∙ � �� = ���� �� − �� ∙ � �� + +
�� ��
�� �� �� ��
0 0
� �� ∙ � �� − � � ∙ � �� + � ∙ � ∙ � ��
�� �� �� ��
�� = ���� + + ��

�� � � ∙ � �� =− � � ∙ � �� ���� ⇒ ������� �������
�� �� ��

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⇒ ������� ���é����

�1 2 �2 2
�1 + �1 − �1 �1 + �2 + �2 �2 �2 =− − �1 �1 �1 + �2 �2 �2
2 2
�1 2 �2 2
− �1 + �1 �1 �1 + �2 + �2 �2 �2 = �1 �1 �1 − �2 �2 �2
2 2
�1 2 �2 2
� 1 � 1 �1 + � 1 + �1 �1 �1 = �2 �2 �2 + �2 + �2 �2 �2 ÷ ���� ��. �
2 2
�1 � 1 2 �2 �2 2
+ �1 + = + �2 +
�1 2 �2 2 4
Da definição de entalpia

�=�+
�1 2 �2 2 �
ℎ1 + = ℎ2 +     3
2 2
��
�� = � +    ⇒   ���������

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5
Ä Equação de Conservação da Massa
�1 �1 �1 = �2 �2 �2     1
Ä Equação de Conservação da Quantidade de Movimento Linear
�1 �1 + �1 �1 2 �1 + �� = �2 �2 + �2 �2 2 �2     2
Ä Equação de Conservação da Energia
�1 2 �2 2
ℎ1 + = ℎ2 +     3
2 2
��

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�� ��
�� �� = � +    ⇒   ���������

������� �

��
��

Para fecha o sistema de equações para um gás caloricamente perfeito:


Ä Equação de Estado
�2 = �2  � �2     4
Ä Entalpia
ℎ2 = �� �2     5 6
Ä Entropia
�1 = �2    ⇒   ���������    6
Portanto

Variáveis Conhecidas Variáveis Desconhecidas

�1 �2 �

�1 �2 �

�1 �2 �

�1 �2

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ℎ1 ℎ2
�1 �2
�1 �2 �

�� �

Temos 5 equações 6 incógnitas. Portanto, o sistema é indeterminado.


Para o sistema ser determinado uma das incógnitas deve ser especificada. 7
Efeito da Variação da Área sobre as Propriedades do Escoamento
Da equação de conservação da massa, temos
��� = ���������
ln ��� = ln �
ln � + ln � + ln � = ln �
Diferenciando
� ln � + � ln � + � ln � = � ln �

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�� �� ��
+ + =0
� � �
Da equação de Euler para um fluido compressível em escoamento permanente e não viscoso.
��
+ ��� = 0

��
=− ���
� ÷ ��

�� ��
=− 8
��2 �
�� �� ��
Como − = +
� � �
�� �� �� �� �� ��
= +    ⇒    = 2−
��2 � � � �� �
�� �� �2
= 2 1−
� �� �� ��

�� �� ��
A velocidade do som é definida como: �=
��

��
=
��
= ��
� �

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�� �� �2 � ��
= 2 1− 2 �
�= ⇒� = �
� �� � � �

�� �� �� ��
= 2 1 − �2 ���
=−

� ��
�� ��
= �2 − 1
� �

Relação Área - Velocidade


9
Temos também
�� 1 �� �� ��
=−
= ��� �
� �2 − 1 �
�� 1 �� �� 1 �� 2
1 ��
− 2=    ⇒    2 =    ⇒   �� = ��
�� �2 − 1 � �� 1 − �2 � 1 − �2 �
�� �� �� �� �� �� �� 1 �� ��
= +     ⇒     = −     ⇒     = −
��2 � � � ��2 � � 1 − �2 � �
�� 1 �� �� 1 − 1 + �2 ��
= −1    ⇒    =
� 1 − �2 � � 1 − �2 �

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�� �2 ��
=
� 1 − �2 �
Se combinarmos a razão da massa esecífica e da velocidade podemos eleiminar o termo �� �.
Temos então

�� �2 �� �2
= =−
� 1 − �2 � 1 − �2
�� 10
=− �2

Desta equação, podemos observar que em baixo número de Mach, a variação da densidade será
bastante pequena, enquanto em alto número de Mach a variação da massa específica varia
muito rapidamente. Isto significa que a massa específica é aproximadamente constante em baixo
regime subsônico e as variações de velocidade compensam as variações de área.
As seguintes informações podem ser retirados da relação área-velocidade:
• Para o limite do escoamento incompressível, ou seja, para , a equação da área-
velocidade mostra que �� é constante. Ou seja, a equação de conservação da massa para
escoamento incompressível.
• Para 0 ≤ � ≤ 1, uma diminuição na área resulta em um aumento na velocidade, e vice-versa.
Portanto, a velocidade aumenta em um duto convergente e diminui em um duto divergente.

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Este resultado para escoamentos subsônicos compressíveis é o mesmo que para escoamentos
incompressíveis.
• Para � > 1, um aumento na área resulta em um aumento na velocidade e vice-versa, ou seja,
a velocidade aumenta em um duto divergente e diminui em um duto convergente. Isso é
diretamente oposto ao comportamento do fluxo subsônico em dutos divergentes e
convergentes.
• Para � = 1, �� � = 0, o que implica que no local onde o número de Mach é unitário, a área
da passagem é mínima ou máxima. Podemos facilmente mostrar que o mínimo na área é a
única solução fisicamente realista. 11
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Escoamento
Escoamento Subsônico
Supersônico
�<�
�>�

� Decresce Cresce
� Decresce Decresce
� Cresce Cresce
12
Entrada de Ar Tubeira
� � � � � �

�<� Cresce Cresce Decresce Decresce Decresce Cresce

�=� �∗ �∗ � ∗ = �∗ �∗ �∗ � ∗ = �∗

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� > � Decresce Cresce Decresce Cresce Decresce Cresce

13
Escoamento em Entrada de Ar
(Diffuser)
Difusor Difusor
Subsônico Supersônico

� increases � decreases

Podemos definir um
difusor como qualquer
duto projetado para
baixa a velocidade de
um gás que entra.

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Escoamento em Tubeira
(Nozzle)
Tubeira Tubeira
Subsônico Supersônico

� decreases � decreases

Podemos definir um
tubeira como
qualquer duto 14
projetado para acelera
a velocidade de um
gás que entra.
Relação Área – Número de Mach

Escoamento Sônico

Em qualquer
secção do duto
Tubo de Laval é uma passagem
que transforma energia de
pressão em energia cinética. �
M

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�∗ V
�∗ = �
� ∗ = �∗

Da equação de conservação da massa entre �∗ e �, temos


�∗ �∗ �∗ = ���
� �∗ �∗
=
�∗ �� 15
Como �∗ = �∗

� �∗ �∗
=
�∗ ��
Para a condição sônica, temos

� �∗
�� �� �� �−� �

=

=

� = 1    ⇒    �∗ �∗ = ∗
∗ ⇒� = ���∗

�∗
�� �−� � �� � + � ��
=�+ �  ⇒  ∗ =   ⇒   ∗ = �. �
� � � � �

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� �
�� �−� � �−� �� �+� �−� ��
= �+ �  ⇒  ∗ =  ⇒  = �. ������
� � � � �∗
� �
�� �−� � �−� �� �+� �−� ��
= �+ �  ⇒  ∗ =  ⇒  = �. ������
� � � � �∗

�∗ � �∗
=  ⇒  = �. ������
�� � + � ��

�∗ � �−� �∗
=  ⇒  = �. ������
�� �+� ��

16
�∗ � �−� �∗
=  ⇒  = �. ������
�� �+� ��
� �∗ �0 �∗
=
�∗ �0 � �
Elevando ao quadrado
2 2 2
� �∗ �0 2 �∗
=
�∗ �0 � �

∗ ∗ � �� �−� � �−�
� � � � � = �+ �
Sendo �∗ = ∗ ⇒ = ∗⇒ = � �
� � � � �∗ �
�+� �
�∗

= � �
2 ∗ 2 2
� � �0 1 �−�
� + � ��
=

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�∗ �0 � �∗ 2
2 2 �−1 2
�−1 1 + �
2
� 2 �−1 �−1 2 2
= 1+ �
�∗ �+1 2 �+1 2

2
2 2
2
� 2 �−1 �−1 2 �−1 2 1 �−1 2
= 1+ � 1 + �
�∗ �+1 2 � + 1 �2 2
�+1 �+1
2
� 1 2 �−1 �−1 2 �−1
= 2 1+ � 17
�∗ � �+1 2
�+1 �+1
2 �−1
� 1 2 �−1 2 � 1 2 �−1 2 2 �−1
= 2 1+ �   ��    ∗ = + �
�∗ � �+1 2 � � �+1 �+1

Relação Área - Mach


�=�
�∗
O número de Mach em qualquer localização no duto é

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uma função da razão da área local do duto com a área
da garganta.


�∗ �
�∗
tem um valor mínimo de � em � = �.
 1 �
Para cada valor de �∗ > � existem dois valores de �.

�∗
→ ∞ quando � → � ou � → ∞. 18

���  1 ���
Fluxo de Massa
Da equação de conservação da massa, temos
� = ���

Para um escoamento isentrópico



�0 �0 � �0 �−1
= =
� � �
1
�0 �0 � � � �� �
= � ⇒ �� = �0 � ⇒ � = �0    

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� � �0 �0 ��
�−1 �−1
�0 � �0 � � �
= ⇒ =
� � �0 �0
Da condição de estagnação
�2
ℎ0 = ℎ +
2
�2 �2 �2
�� �0 = �� � + ⇒ = �� �0 − �� � ⇒ = �� �0 − � ⇒ �2 = 2�� �0 − � ⇒
2 2 2
19
� ��
�2 = 2�� �0 1 − �� =
�0 �−�
�−1
2
2�� � �
� = � 1−
�−1 0 �0

�−1
2� � � � ��
�= ��0 1 −     �� =
���
�−1 �0 �
ou
�−1
2� �0 � � �

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�= 1−    
� − 1 �0 �0 �

Fluxo de Massa em Termo da Razão de Pressão


1 �−1
� � 2� � �
� = ��0 ��0 1 −
�0 �−1 �0

1 �−1
�0 � � 2� � �
�=� �� 1 −
��0 �0 �−1 0 �0 20
2 �−1
��0 2� � � � � ��
�= 1−     
��0 � − 1 �0 �0 �

O fluxo de massa depende somente pela expressão que esta dentro da raiz. Este termo é
chamado de fator de escoamento(flow factor).

2 �−1
2�2 � � � �
�= 1−
� − 1 �0 �0

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Portanto
��0 � ��0 �
�= =
���0 �0

• Crescendo �0 decresce o valor de �.

21
Fluxo de Massa em Termo da Razão de Área
Da equação de conservação da massa, temos
� = ��� = �∗ �∗ �∗

� � �∗
= �� = �∗ �∗ �∗ =
��∗
� �
� �∗ ∗
� ∗
� � ∗
� � ∗
�∗ = �∗ = ���∗
= ∗ ��� ⇒ =
� �� � � �∗ � �
�∗ � �
= ⇒ �∗ = �
�� � + � �+� �

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� �
�∗ � �−� � �−�
= ⇒ �∗ = ��
�� �+� �+�

� �
2 �−1 2 �−1
�0
� �+1 � �∗ � �0 �+1 � �∗
= ⇒ = 1
� �� � �0 ��
2 2 2

�+1 0 �+1

� �0 2 �−1 � + 1 � �∗
= 22
� �0 � + 1 2 ��

�0 2 �−1 � + 1 � ∗ ��
�= �   
�0 �+1 2 � �
ou
�+1
� �0 2 2 �−1 � �∗
=
� �0 � + 1 ��
�+1
�0 2 2 �−1 � ∗ ��
�= �   
�0 �+1 � �

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Fluxo de Massa em Termo de Número de Mach
Da equação de conservação da massa

� = ��� � = ��� ⇒ � =
��
� � � �� � �� 1 1
= �⇒ = = �
� �� � �� �� � ��� � �

�= ⇒�= ���

23
� �� � 1 � 1 �0 � � �0
= = �� = �
� � � � � � �0 � �0 �

�� �−� � �−� ��
�� �−� � = �+ �     ⇒    � = �
=�+ � � �
� � �−� � �−�
�+ �

1
� � �0 � �−1 2 2
= � 1+ �
� � �0 �−1 2 �−1 2
1+ �
2

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� � �0 �
= �+1
� � �0
�−1 2 2 �−1
1+ �
2
� �0 � ��
�= �+1
�  
� �0 �
�−1 2 2 �−1
1+ �
2

24
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Gráfico

� �� � � 25
= �+�
� �� �
�−� � � �−�
�+ �

Função de Impulso
Nos problemas de propulsão é conveniente usar a função de impulso(�), definido como
� = �� + ���2
Para um gás perfeito
� 2 � �
��2 = � = ��2 = 2 ��2 = ���2
�� ��� �

� = ��� ⇒ � =
� = �� + ���2 � ��

� = �� 1 + ��2 �

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�= ⇒�= ���

Em � = 1 ⇒ � = � , portanto �

� ∗ = � ∗ �∗ 1 + �
Combinando as duas equações acima, obtemos uma expressão adimensional da função de
Impulso
� �� 1 + ��2 � �0 � 1 + ��2
= ∗ ∗ =
�∗ � � 1+� � 0 � ∗ �∗ 1 + �
� �
�� �−� � �−� �∗ � �−�
= �+ �     ⊥     =
� � �� �+� �+� �−� �
�+�
� �−�
26
� � � �−� � � �−� � � �+ � �
= + � ⇒ ∗=
�∗ � � + � � + � � � �−�
�+ �
OBS:
� �0 � 1 + ��2
� 0 � ∗ �∗ 1 + �
�+1
�−1 2 2 �−1
1 1 1 1 + � 1 + ��2
2
� � �−1
�−1 2 �−1 2 �−1 � 1+ 1+�
1+ � 2
2 �+1
�+1
�−1 2 2 �−1

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1 1 1 1+ � 1 + ��2
2
� � �+1
�−1 2 2 �+1 �
�−1 �−1 �+1 2 �−1
1+ �
2 �+1 2

� �+� �� − � − � �−� �
− = = =
�−� � �−� � �−� � �−� �

27
� �+� �� − � − � �−� �
− = = =
�−� � �−� � �−� � �−� �
� �+�
��−�

�+� � �−� � �
� �+� �+� = �� � + � �
�+� �−�
�� �−�

�+� � � � − � + � + � − �� �� − � + � + � − �� �−� �
�+ − = = = =
� �−� �−� � �−� � �−� � �−� �

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Portanto
� 1 1 1 1 + ��2
=
�∗ 1 1 1 �
�−1 2 2 22 �+1 2
1+ �
2
� 1 + ��2
=
�∗
�−1 2
� 2 �+1 1+ �
2
28
Outra expressão adimensional é obtida fazendo

� = �� 1 + ��2 ÷ �� �∗
� � � 2
∗ = ∗ 1 + ��
�0 � �0 �

OBS:
�+1
�−1 2 2 �−1
� � 1 1 1 + �
= 2 =
� �−1
� 0 �∗ � − 1 2 �−1 � 1+
2

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1+ �
2
�+1 �+1
�−1 2 2 �−1 �−1 2 2 �−1
1 1 1 + � 1 1 1+ �
2 = 2
� �+1 � �+1
� − 1 2 �−1 � � − 1 2 �−1 �−1 2 �−1 � �+1 2 �−1
1+ � 1+ 1+ �
2 2 2 2

� �+� �
− =
�−� � �−� �
29
�+1
1 1 1 2 2 �−1 1
= �+1 1 =
� �+1
�+1 2 �−1 �−1 2 2 �−1 2
1+ � � 1+ �
2 2 2

Portanto
�+1
� 2 2 �−1 1
= 1 + ��2
� 0 �∗ �+1
�−1 2
� 1+ �
2

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�+1
� 2 2 �−1 1 + ��2
=
� 0 �∗ �+1
�−1 2
� 1+ �
2

30
Fluxo de Massa Máximo
O fluxo máximo de massa ocorre quando � = 1 ⇒ � = �∗ , temos então
�+1
� � �0 1 � �0 1 � �0 2 �−1
= = =
�∗ ��� � �0 �+1 � �0 1 � �0 �+1
�−1 2 �−1 �+1 2
1+ �+1 �−1
2
2

�+1
� �0 � 2 �−1

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=
�∗ ��� �0 � �+1

�+1
�0 � 2 �−1 ��
���� = �∗   
�0 � �+1 �

Pode-se ter também


�+1 �+1 �+1
�0 � 2 �−1 �0 � 2 �−1 �0 � 2 �−1
���� = �∗ = �∗ = �∗
�0 � �+1 �0 � �+1 �0 � �+1
31
OBS:
�� = �� ���
�0 � �0 ��0 �
= = �0 ��0 � = �0 ���0
�0 � ��0

�+1
2 �−1

��
���� = �0 ���0 �   
�+1 �

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32
Escoamento em Tubeiras
Escoamento através de uma tubeira(nozzle) ocorre em uma variedades de aplicações de
engenharia.
Ä Tubeiras convergentes são usadas para escoamento subsônico e sônico.
Ä Tubeiras convergente-divergente são usadas para escoamento supersônico.

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�+�
� � � �−� � � �−�
= + �
�∗ � � + � � + �


�� �−� � �−�
= �+ �
� �
�� �−� �
��
= �. ��� =�+ � 33
�∗ � �
��
= �. �
�∗
O gás começa a escoar quando
�� < ��

Para uma dada forma de tubeira, existe somente uma

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solução isoentrópica para o caso supersônico.

Em contraste, existe um número infinito de possíveis


soluções de escoamento isoentrópico subsônico. Cada
solução corresponde a um valor de �� , onde �� ≥ �� ≥
��� .
Nesta condição o escoamento a
Condição Sônica jusante da garganta é subsônica
�=�

34
Ä Quando a �� decresce ⇒ A velocidade do escoamento na garganta cresce e, portanto, o fluxo
de massa cresce.
Ä O fluxo de massa na garganta ⇒ � = �� �� ��
Ä Quando a �� decresce ⇒ �� cresce e �� decresce(a porcentagem de crescimento de �� é
muito maior do que o decaimento de �� ). Como resultado � cresce.
Ä Quando �� = ��3 ⇒ Condição sônica na garganta(� = 1).
� = �∗ �∗ �∗ = �∗ �∗ ��
Agora, se �� cai mais ainda, abaixo de ��3 ocorre um novo fenômeno ⇒ As condições na
garganta não mudam(não há troca nas propriedades). O número de Mach na garganta

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permanece constante(� = 1).
Ä Consequência ⇒ O fluxo de massa permanece constante quando �� < ��3 .
Ä O escoamento na seção convergente não tem comunicação com a pressão de saída �� e, este
não tem meios de saber que a pressão �� continua a decrescer. Portanto, o fluxo de massa
pelo bocal atinge um valor máximo quando a garganta está sob condição crítica, ou sônica.
Este fenômeno é chamado de escoamento engasgado (choked flow).

35
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Pressão de Saída

Quando o escoamento alcança a condição sônica na garganta ⇒ Fluxo de Massa Constante

36
��� < ���

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A pressão de saída ainda é muito alta
para permitir um escoamento
isoentrópico em toda seção divergente.

37
��� ⇒ Onda de choque normal na saída –
Neste momento o escoamento através de toda
�� ⇒ pressão ambiente
a tubeira é isoentrópico, excerto na saída.

�� ⇒ É ainda superior a pressão


isoentrópica na saída da
tubeira(�� > ��� ).
Overexpanded – Super
expandido

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O j ato d e s a í d a é l e nta m e n te
misturado com o escoamento ao
redor sem passar por qualquer tipo
de onda.

O jato de saída ocorre através da


onda de expansão na saída da
tubeira (��� > �� ).
Underexpanded - subexpandido
38
39

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Condição de Saída
�� ≤ �. �

Modelo de Escoamento �� = ��

�� ⇒ Pressão Ambiente(Back Pressure)


�� ⇒ Pressão de Saída
�� ⇒ Mach de Saída

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Este modelo é caracterizado pelo completo
escoamento subsônico, até a condição sônica.
Desde que a condição sônica é alcançada, o fluxo �� = �. �
de massa máximo ocorre e o escoamento no
plano na saída torna-se independente da pressão �� ≥ ��
de retorno (�� ).
O citado acima só é válido se �� > �∗ ou �� = �∗ .
Se �∗ > �� , uma expansão surge de
�� = �∗ até �� , fora da passagem do
escoamento.

Ä Estas figuras, demonstram que as condições de fronteira física para um escoamento 40


subsônico é ambos �� = �0 e �� < 1(i.e., �0 > �∗ ) ou �� = 1 e �� = �∗ > �0 (i.e., �0 ≤
�∗ ).
Condição de Saída
�� ≥ �. �

Devido a velocidade do escoamento na saída


ser supersônica as condições na fronteira
mudam. O escoamento que chega no plano de
saída é desconhecido da pressão ambiente.

Se �� ≥ �� , uma expansão surge


entre �� e �� , fora da passagem do

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escoamento.
�� > �. � �� ≥ �. �
�� > �� �� ≥ ��

Se �� é somente ligeiramente maior do que


�� , as ondas de choque são anexo com o
divergente da tubeira na vizinhança de seu
plano de saída.

41
�� > �. �
�� ≫ ��

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Se �� é muito superior do que �� , então o
sistema de onda de choque movesse em
direção a passagem do escoamento, e
pode eventualmente formar uma onda de
choque normal.

42
��
= �. �
����

��
= �. �
����

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��
= �. �
����

��
= �. �
����
43
44

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Túnel de Vento
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Embraer KC-390
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Túnel de Vento Supersônico
��� = ���

�1 = �1 �1 �1 = �1 ∗ �1 ∗ ��1 �2 = �2 �2 �2 = �2 �2 ��2

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Para um escoamento permanente através do túnel
�1 = �2
�1 ∗ �1 ∗ ��1 = �2 �2 ��2

��2 �1 ∗ �1 ∗ Condição sônica na


= segunda garganta.
��1 �2 ∗ �2 ∗
�� = �
47
Ä �∗ é constante para um escoamento adiabático.

Ä O escoamento através de uma onda de choque é adiabática, não isoentrópica.

��2 �1 ∗ �� ∗ = �� ∗
=
��1 �2 ∗


� = ��� ⇒ � =
��

�1 ∗ �1 ∗ ��1 ∗ �1 ∗
= ∗ =

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�2 ∗ �2 ��2 ∗ �2 ∗ �� ∗ = �� ∗

então
��2 �1 ∗
=
��1 �2 ∗

48

�� �+� �−�
∗ =
� �
� �
� �−� � �−�
�� ∗ = ���     ⊥    �� ∗ = ���
�+� �+�

��2 �01
=
��1 �02 Através de uma onda de choque
oblíqua a pressão total

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decresce, portanto
��� < ���
A segunda garganta sempre deve ser maior do que da primeira
��� > ���

Somente, no caso de um difusor ideal(�0 é constante) ��2 = ��1 .

49
50

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Dinâmica dos Gases

FIM

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