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Universidade do Estado da Bahia-UNEB-campus II- Alagoinhas-

Ba
Curso: Licenciatura Ciências Biológicas
Disciplina: História e Cult. Afro e Indígena.
Prof.: Josevandro
Acadêmico(a):Amanda Luz e Marianne de Souza Ferreira

Resenha

Título do Artigo Científico: Com quantos paus se faz uma canoa: Território de
infâncias originárias e Literaturas Indígenas Implicados à Educação no campo
e do texto Cartas dos Guardiões e Guardiãs da Terra e do Céu: Experiências
de escritas Originárias de Crianças Indígenas;

Dados bibliográficos: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, em


Abril de 2022. Por Profa Dra Marina Rodrigues Miranda;
Profo Dr. Damian Sanchés Sanchés;
Profo Esp. Fábio Guss Strelhow;
Martanézia R. Paganini ;
Nádia Juliana R. Serafim;
Fernanda Monteiro Barreto Camargo.
COM QUANTOS PAUS SE FAZ UMA CANOA: TERRITÓRIOS DE
INFÂNCIAS
ORIGINÁRIAS E LITERATURA INDÍGENAS IMPLICADOS À EDUCAÇÃO
DO CAMPO.
O artigo nos faz pensar e discutir a origem de diferentes saberes através da
escrita indígena, dos saberes herdado da cultura dos povos originários,
através das memorias ali retidas no meio cultural e na oralidade. Este
trabalho faz com que o publico alvo pense e recapitule suas raízes, as suas
memorias culturais, o que nos faz voltar a nossa infância, e é uma sensação
tão reconfortante.
A autora nos diz que, para tecermos qualquer opinião a respeito da literatura
indígena devemos ter o máximo o de respeito a ela “Literatura” e ao
pisarmos em território não habitual devemos nos despir de pré-conceitos e
nos abrir para ideias marcadas pelo saber contido nas histórias e nos
conhecimentos herdados. Os autores também enfatizam a importância da
oralidade, para os povos originários e comunidades negras. Através da
fundamentação de (SARMENTO, 1997, p. 12). As escritoras afirmam que o
imaginário da criança é como um terreno fértil e valioso, que os saberes
transmitidos a eles através de contos, narrativas, lenda etc. Não se apagam
na volatilidade do tempo, A partir do olhar dos autores indígenas e sua
metáfora nos dá conta do quanto se foi perdido na construção do nosso
identitario, o quanto é importante à literatura indígena e a memoria coletiva.
Cada autor indígenas revela em sua obra um pouco da sua etnoidentidade e
cultura através das suas narrativas sobre a natureza e tradições culturais do
seu povo.
A escrita desses autores (Yaguarê Yamã, Daniel Munduruku e Ely Macuxi),
trás a tona a nossa criança interior e desperta em nós memorias e o desejo
incessante de nos descobrir enquanto filho da terra aprofunda-nos no
conhecimento cultural de cada povo. O artigo nos faz pensar e refletir sobre
a importância e a singularidade dos povos originários e comunidades
tradicionais através de seus escritores.
CARTAS DOS GUARDIÕES E GUARDIÃS DA TERRA E DO CÉU:
EXPERIÊNCIAS DE ESCRITAS ORIGINÁRIAS DE CRIANÇAS
INDÍGENAS
O artigo tem como objetivo visibilizar os povos indígenas mostrando a
realidade vivenciada pelos mesmos em pleno tempo de pandemia. Os
autores relatam-nos sobre o abandono dos povos nesse período e da falta
de comunicação com eles, então pensando na educação que começava a se
moldar de modo remoto, houve alguns questionamentos por parte os
professores da UFES preocupados com a educação indígena naquele
período resolveram criar o projeto tupiabá, que permitia que pessoas de todo
o país que Sá de todo o mundo escrevessem para as crianças das aldeias.
Gerando assim a educação compartilhada, conhecendo desse modo outras
raízes culturais em espiritualidades ambientais, nesse sentido surgem
conexões com os povos originários e acredita-se que a partir do conhecer do
universo do outro, se construiria um processo coletivo de construção e troca
de saberes.
Percebe-se que com todo o cuidado que aquele momento exigia, os
idealizadores se dedicaram incansavelmente a cada etapa do projeto,
fazendo acontecer através de mediadores em cada aldeia que o projeto
estava sendo aplicado.
O resultado desse projeto é literalmente uma obra de arte, conseguimos ver
através das cartas das crianças indígenas, como eles estavam lhe dando
com aquele momento, o desejo de se comunicar com o meio externo, as
cartas nos trás emoção, desejo de afagar a cada um e protege-los de todo o
mal sofrido. Para os povos originários a natureza é sagrada, é o saber de
tudo, sendo eles seres da mãe-terra.
Os autores deixam claro a nossa divida com a natureza e com povos
originários. e nesse sentido buscam dar voz a esses povos oprimidos e
inferiorizados, que são vítimas de uma violência tamanha feita pela
sociedade capitalista.
Vale muito apena ler esse artigo e acompanhar o projeto, através do seu site
e instagram, lá estão expostas algumas discussões e conclusões, extensões
do projeto assim como imagens que nos deixam ainda mais curiosos a
respeito do projeto.

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