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Um dos maiores historiadores do Brasil, Boris Fausto morreu nesta terça-feira (18), em São

Paulo, aos 92 anos. O velório será na Funeral Home, na região da Avenida Paulista, a partir
de 8h de quarta-feira (19).
Sua principal obra, "A Revolução de 1930 - historiografia e história", publicada pela
primeira vez em 1969, é considerada ainda hoje um clássico das ciências sociais brasileiras.
No livro, Boris propôs uma uma interpretação nova a respeito das classes sociais e das
forças armadas. O livro saiu depois do AI-5. Na época, um editor achou arriscado publicar.
“Dava bem a medida do tempo”, declarou Boris no documentário Boris Fausto lançado em
2018.
No mesmo documentário, o historiador e também cientista político, comentou o filme
"Amnésia" e falou sobre "memória" e "história".
"Eu vi um filme, o Amnésia que tinha um personagem que só lembrava do que
imediatamente aconteceu e ele era manipulado de todo jeito. Então, acho que radicalizando
na ficção, pode haver é um desinteresse, uma desvalorização da História o que é uma forma
de amnésia", disse.
Boris Fausto nasceu em São Paulo, no dia 8 de dezembro de 1930. Primeiramente, formou-
se bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, em 1953. Depois, em 1966,
gradou-se em História pela mesma faculdade, onde se tornou doutor em 1969. Foi professor
no Departamento de Ciência Política da USP e colunista semanal do jornal "Folha de São
Paulo". Também integrou a Academia Brasileira de Ciências.

Nome do atleta não foi divulgado. Ministério Público


divulgou que foram cumpridos 3 mandados de prisão
preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16
municípios de 6 estados.
Por Michel Gomes e Danielle Oliveira, g1 Goiás
18/04/2023 16h05  Atualizado há uma hora
Foto mostra Ministério Público de Goiás em casa de investigado na
Operação Penalidade Máxima — Foto: Divulgação/Ministério Público
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (18), o Ministério Público de
Goiás (MPGO) divulgou que um jogador confessou ter participado de
esquema de manipulação de resultado de um jogo entre Palmeiras e
Juventude. O nome do atleta não foi divulgado.
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O MPGO divulgou que foram cumpridos 3 mandados de prisão
preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6
estados. Segundo o Ministério Público, estes são os detalhes dos
mandados:
 Goiás: 1 atleta investigado. 1 mandado de busca e apreensão;
 Rio Grande do Sul: 2 atletas investigados, mas ao total são 3
mandados de busca e apreensão;
 Santa Catarina: 2 atletas investigados. 2 mandados de busca e
apreensão;
 Rio de Janeiro: 1 pessoa investigada, não é atleta;
 Pernambuco: 2 atletas investigados. 2 mandados de busca e
apreensão;
 São Paulo: 2 atletas investigados, sendo no total 10 mandados de
busca e apreensão e 3 mandados de prisão.
LEIA TAMBÉM:
 Veja quem são os alvos de operação que investiga manipulação de
resultados de jogos do Brasileirão
 PRIMEIRA FASE DA OPERAÇÃO: MP investiga grupo suspeito de
fraudar resultados de jogos do Campeonato Brasileiro para se
beneficiar com apostas
 SEGUNDA FASE DA OPERAÇÃO: MP cumpre mandados de prisão
contra suspeitos de manipular resultados de jogos do Brasileirão e
cinco campeonatos estaduais
Foto mostra Ministério Público de Goiás em casa de investigado na
Operação Penalidade Máxima — Foto: Divulgação/MP-GO
Entenda como agia o grupo
O MPGO, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e
Inteligência (CSI), já apurou que o grupo criminoso conseguiu manipular
resultados de jogos de futebol após subornar jogadores. A investigação
mostrou que os jogadores recebiam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para
que realizassem ações específicas durante as partidas.
Na primeira fase, a investigação mostrou que o esquema funcionava da
seguinte forma: os apostadores faziam propostas para atletas marcarem
pênaltis nos primeiros tempos de cada jogo. Caso os jogadores
aceitassem, era feito o pagamentos do “sinal”. Após a partida, caso o
pênalti tivesse sido feito, os jogadores receberiam o restante do valor
combinado.

Promotores do Ministério Público durante coletiva sobre Operação


Penalidade Máxima 2, em Goiânia, Goiás — Foto: Danielle Oliveira/g1
Na segunda fase, o Ministério Público descobriu que o grupo investigado
pedia também aos jogadores que eles tomassem cartões amarelo e
vermelho, além do pedido para a derrota de um time.
De acordo com o MP, há indícios de que as condutas solicitadas aos
jogadores tinham como objetivo que os investigados conseguissem altos
lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, usando,
ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar o retorno
financeiro.
A investigação começou em novembro de 2022 após uma denúncia feita
pelo próprio Vila Nova, que é vítima no esquema, segundo o MP.
Primeira fase da operação

Ex-jogador do Vila Nova Romário e empresário preso em SP estão entre


os denunciados pelo MP, em Goiás — Foto: Divulgação/Vila Nova e
Reprodução/Redes sociais
A operação "Penalidade Máxima" foi deflagrada no dia 14 de fevereiro
deste ano e, na época, cumpriu nove mandados de busca e apreensão,
sendo dois deles em Goiânia e outros em quatro estados. Durante a
ação, o empresário Bruno Lopez de Moura foi preso temporariamente, em
São Paulo, suspeito de ser responsável pelas apostas e de intermediar
contatos com jogadores. Bruno deixou a prisão após uma decisão do Tribunal
de Justiça de Goiás (TJ-GO).
A investigação do Ministério Público apurou que um jogador do Vila Nova
teria recebido um “sinal” de R$ 10 mil para provocar um pênalti no
primeiro tempo de jogo. Se o pênalti fosse marcado - o que não
aconteceu, ele receberia mais R$ 140 mil. Como a marcação não foi
feita, o apostador teria começado a “cobrar” o jogador pelo prejuízo na
aposta.
No dia 16 de março deste ano, o g1 mostrou que, após o Ministério
Público de Goiás (MPGO) oferecer denúncia e a Justiça aceitar, os
investigados em esquema que fraudava resultados de jogos do Campeonato
Brasileiro se tornaram réus.
Ao todo, oito jogadores e mais seis integrantes de "núcleo de
apostadores" foram denunciados por corrupção em competições
esportivas, entre eles, o empresário Bruno Lopez de Moura, que chegou a
ser preso em São Paulo, e o ex-jogador do Vila Nova Marcos Vinicius Alves
Barreira, conhecido como Romário.
Veja quem são os oito jogadores que se tornaram réus na primeira fase
da operação:
 Mateus da Silva Duarte, conhecido como Mateusinho (jogador do
Cuiabá);
 Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário (ex-
jogador do Vila Nova);
 Joseph Maurício de Oliveira Figueredo (jogador do Tombense);
 Gabriel Domingos de Moura (atual jogador do Vila Nova);
 Allan Godoi dos Santos (jogador do Sampaio Corrêa);
 André Luís Guimarães Siqueira Júnior, conhecido como André
Queixo (ex-Sampaio Corrêa, atualmente no Ituano);
 Ygor de Oliveira Ferreira, conhecido como Ygor Catatau (ex-
Sampaio Corrêa, atualmente no Irã);
 Paulo Sérgio Marques Corrê (ex-Sampaio Corrêa, atualmente no
Operário-P).
Boris Fausto — Foto: GloboNews

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