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CADERNO DE QUESTÕES - AVALIAÇÃO VIRTUAL - [AV1]

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINORTE


PROVA
AV1

VALOR DA PROVA: 7,0 pontos

CURSO: DIREITO TURMA: 22620191N

DISCIPLINA: 1706 - DIREITO PROCESSUAL PENAL I TURNO

PROFESSOR: EDUARDO BARBOSA LIMA CANUTO MAT ( ) VESP ( ) NOT ( X )

ENVIO: Até 20:00 do dia 15 de ABRIL de 2021. Prova ( ) Trab. ( )

QUESTÃO 1

1
O curioso caso real, aconteceu em 2018 na Paraíba, vejamos a íntegra da notícia:

Um homem de 29 anos, preso em agosto de 2017 por tentativa de homicídio, foi solto pela
Justiça após a vítima contratar um advogado para soltar o réu. A história aconteceu na cidade de
Sousa, no Sertão da Paraíba, no dia 24 de janeiro, e divulgada nesta quinta-feira (1º) pelas partes
envolvidas. O motivo é que a vítima, Sebastião Felizardo, 39 anos, decidiu perdoar o ex-colega de
trabalho Hugo Ferreira, que foi preso pelo crime.
João Hélio, advogado contratado pela vítima para soltar o suspeito, explicou que nunca tinha
visto nada parecido na carreira. Em 22 de agosto do ano passado, Hugo trabalhava como
flanelinha e esfaqueou Sebastião durante uma discussão, segundo a Polícia Militar. Um policial
militar passava no local e conseguiu prender o suspeito em flagrante.
Depois de ser ferida, a vítima correu para dentro de uma igreja, onde foi socorrida e
encaminhada para o Hospital Regional de Sousa. Sebastião chegou a ficar quatro dias internado
na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Recuperado dos ferimentos, ele passou a fazer parte de
um movimento evangélico e perdoou o Hugo Ferreira pelo crime.
Depois disso, Sebastião conheceu João Hélio e fez a proposta para o advogado para ajudar
o agressor. O advogado demorou a entender que Sebastião queria ajudar o homem que tinha
tentado matá-lo e não para reforçar para que Hugo continuasse preso.
“Hugo já estava preso há uns quatro meses. Falei para Sebastião que a parte da acusação
era com o Ministério Público, que não havia necessidade da minha participação no processo, mas
então ele explicou que queria minha ajuda para soltar o seu algoz, e não condená-lo”, relatou o
advogado.
“Ele chegou para mim e explicou que havia perdoado de coração o que Hugo havia
feito com ele. Na época Sebastião era morador de rua, usuário de drogas, vivia vulnerável",
disse advogado.
Pouco depois da conversa, o advogado fez um pedido de soltura e a audiência foi realizada
no dia 23 de janeiro, com participação de Sebastião Felizardo. “O próprio Sebastião manifestou ao
juiz, no dia da audiência, que gostaria de retirar o processo, pois havia perdoado Hugo”, explicou
João Hélio.
Ao fim da audiência, o juiz José Normando Fernandes decidiu revogar a prisão preventiva
de Hugo Ferreira.
Atualmente os dois trabalham juntos no movimento evangélico e são amigos. Hugo Ferreira
está desempregado, à procura de trabalho, e Sebastião Felizardo trabalha como vendedor
autônomo. Para o advogado, o desenrolar do processo foi a “maior história de perdão" que ele
conheceu.

Endereço eletrônico da reportagem:

https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/vitima-perdoa-tentativa-de-homicidio-paga-
advogado-e-suspeito-e-solto-na-pb.ghtml

Considerando a situação narrada, bem como os estudos acerca dos temas objeto da
questão, responda, conforme o que se pede e de acordo com as instruções apresentadas, a
seguinte sentença abaixo:

O perdão do ofendido, no direito processual penal é um instituto jurídico poderoso e possui


como principal efeito a extinção da punibilidade. No caso real acima exposto, nota-se claramente
que a intenção da vítima é perdoar seu algoz e para tanto, contrata advogado para efetivar seu
intento tão sublime. Assim, podemos concluir que, o referido perdão oferecido por Sebastião, se
aceito por Hugo, ocasionará a extinção da punibilidade e o consequente encerramento do processo
sem julgamento do mérito.
2
1. Valor: 0,5 - A afirmação está:

2. Valor: 0,5 - A base, legal e ou jurisprudencial, que confirma sua indicação acima é:

3. Valor: 0,75 - Justifique suas afirmações anteriores:

______________________________________________________________________________

QUESTÃO 2

Segue reportagem na íntegra:

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro se disse “perplexo” e “indignado”


com a decisão do Ministério Público Federal (MPF) de retomar as tratativas para acertar um acordo
de delação que pode prejudicar o advogado Carlos Zucolotto, seu amigo. Para Moro, há em curso
uma tentativa de atacá-lo após sua saída do governo.
“Causa-me perplexidade e indignação que tal investigação, baseada em relato inverídico de
suposto lavador profissional de dinheiro, e que já havia sido arquivada em 2018, tenha sido
retomada e a ela dado seguimento pela atual gestão da Procuradoria-Geral da República logo após
a minha saída, em 22/04/2020, do Governo do Presidente Jair Bolsonaro”, escreveu o ex-ministro
em nota enviada à imprensa.

3
Investigação
Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (3) pelo jornal O Globo, o procurador-geral
da República, Augusto Aras, desengavetou uma investigação sobre suposto pagamento de US$
5 milhões em propina a Zucolotto, que foi padrinho de casamento de Sergio Moro e sócio da esposa
do ex-ministro. A denúncia já foi investigada pela própria PGR e arquivada em 2018, sob conclusão
de que a prática de crimes não foi comprovada.
Com o desarquivamento do inquérito, Aras pretende voltar a negociar uma colaboração
premiada com o advogado Rodrigo Tacla Duran, apontado pela força-tarefa lavajatista como
operador financeiro da Odebrecht. Ele próprio afirmou ter pago dinheiro ao amigo de Moro para
obter vantagens em uma delação premiada, posteriormente frustrada, com a Lava Jato em 2016.
Entre elas, uma suposta redução no valor da multa delatória. Duran está foragido no exterior desde
2016, quando foi alvo de um mandado de prisão determinado por Moro.
A nova negociação ocorre em um momento de tensão entre Moro e o Planalto. O ex-ministro
passou a adversário do presidente após ter pedido demissão do governo alegando que Jair
Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal para blindar familiares e aliados
de investigações. As acusações levaram à abertura de um inquérito, que tramita no Supremo
Tribunal Federal (STF) sob relatoria do ministro Celso de Mello.
Confira a nota de Moro na íntegra:
Sobre a matéria “Aras retoma delação que atinge amigo de Moro”, publicada no Jornal O
Globo, nesta quarta-feira 03/06/2020, venho informar que:
Os relatos de Rodrigo Tacla Duran sobre a suposta extorsão que teria sofrido na Operação
Lava Jato, com envolvimento de um amigo pessoal, Carlos Zucolotto Júnior, já foram investigados
na Procuradoria-Geral da República e foram arquivados em 27/09/2018, com parecer do então
Vice-Procurador-Geral da República (Notícia de fato 1.00.000.010357/2018-88).
Na ocasião, o relato não verdadeiro prestado por acusado foragido do país teve o destino
apropriado: o arquivamento. Como sempre frisei, ninguém está acima da lei, por tal razão,
disponho-me a prestar qualquer esclarecimento que se vislumbre necessário sobre os fatos acima.
Contudo, causa-me perplexidade e indignação que tal investigação, baseada em relato inverídico
de suposto lavador profissional de dinheiro, e que já havia sido arquivada em 2018, tenha sido
retomada e a ela dado seguimento pela atual gestão da Procuradoria-Geral da República logo após
a minha saída, em 22/04/2020, do Governo do Presidente Jair Bolsonaro.
Lamento, outrossim, que mais uma vez o nome de um amigo seja utilizado indevidamente
para atacar a mim e o trabalho feito na Operação Lava Jato, uma das maiores ações anticorrupção
já realizadas no Brasil.

Endereço eletrônico da notícia:

https://jovempan.com.br/noticias/brasil/moro-perplexo-decisao-desarquivar-
inquerito-zucolotto.html

Considerando a situação narrada, bem como os estudos acerca dos temas objeto da
questão, responda, conforme o que se pede e de acordo com as instruções apresentadas,
a seguinte sentença abaixo:

A notícia trata de desarquivamento de inquérito ordenada pelo Procurador Geral da


República. Ressalta-se que, conforme determina a legislação processual penal ordinária, o
desarquivamento de instrumentos de investigação, especialmente os derivados de inquéritos
policiais, após seu encerramento por falta de base para a denúncia, poderão ser reativados a
qualquer tempo, porém depende, necessariamente, do surgimento de novas provas.

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1. Valor: 0,5 - A afirmação está:

2. Valor: 0,5 - A base, legal e ou jurisprudencial, que confirma sua indicação acima é:

3. Valor: 0,75 - Justifique suas afirmações anteriores:

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QUESTÃO 3

Segue reportagem na íntegra:

Um balanço de janeiro a maio deste ano do Disque Denúncia 181, o telefone de denúncia
anônima vinculado à Polícia Civil em Minas Gerais, apontou que em Divinópolis a denúncia mais
efetivada pelo canal é relacionada ao tráfico de drogas. Em seguida, assim como em todo estado,
estão as denúncias relacionadas aos maus-tratos de animais. Os números foram levantados pela
Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Segundo o balanço realizado pela Polícia Civil no período, só em Divinópolis foram 392
denúncias relacionadas ao tráfico de drogas. Em todo estado o telefone já recebeu 22 mil ligações
na data avaliada. As ligações relacionadas ao assunto somam 16.064.
5
Disque denúncia 181
O 181 permite que denúncias anônimas, sem qualquer identificação, sejam feitas para a
Polícia Civil. E o crime mais denunciado em Minas Gerais, assim como em Divinópolis, é disparado
o de tráfico de drogas, segundo o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da
Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Leandro Almeida. "O Disque Denúncia
funciona 24 horas por dia em todos os municípios mineiros", relatou.
Ainda como aponta o levantamento, logo após o tráfico de drogas, o segundo maior número
de registros no Estado é de maus-tratos aos animais, seguido de jogos de azar, e uso de armas.
Os registros relacionados aos maus-tratos de animais preocupa os voluntários de
Organizações Não Governamentais (ONGs), como aponta a protetora de animais, Adriana
Sbampato. "As ONGs recebem e infelizmente temos o poder investigativo. O que a gente pede é
que a pessoa reúna provas, faça filmagens e ela mesma denúncia à polícia", pontuou.
"Muita gente nos procura pelas redes sociais para fazer denúncias e muitas vezes a
pessoa relata medo de fazer a denúncia. Queremos alertar as pessoas que mesmo diante do
medo, o mais correto que ela tem a fazer é denunciar", relatou a protetora de animais, Suyane
Junqueira.
No ranking de denúncias do 181 em Divinópolis, outros números chamam a atenção como
a denúncia por foragidos, poluição do ar e jogos de azar.
O 181 estabelece um prazo entre 15 e 90 dias para uma resposta e o denunciante com um
protocolo pode acompanhar todo a ocorrência, como ressalta Leandro Almeida. "A denúncia é
anônima e a pessoa recebe um protocolo de acompanhamento", finalizou.

Endereço eletrônico da notícia:

https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2020/07/07/trafico-de-drogas-e-o-crime-
mais-denunciado-pelo-disque-denuncia-181-em-divinopolis.ghtml

Considerando a situação narrada, bem como os estudos acerca dos temas objeto da
questão, responda, conforme o que se pede e de acordo com as instruções apresentadas, a
seguinte sentença abaixo:

O assunto da reportagem é a ferramenta, muitas vezes eficaz, do popularmente chamado


“Disque Denúncia”. Porém, importa observar que, tecnicamente, trata-se de Notícia Crime Apócrifa,
ou seja, informações prestadas por qualquer pessoa do povo acerca da existência de infrações
penais de ação pública. Assim, ressalta sua importância na elucidação de crimes e por esse motivo,
a Autoridade Policial instaurará o Inquérito Policial logo que receber tais informações.

1. Valor: 0,5 - A afirmação está:

2. Valor: 0,5 - A base, legal e ou jurisprudencial, que confirma sua indicação acima é:

3. Valor: 0,75 - Justifique suas afirmações anteriores:

______________________________________________________________________________

QUESTÃO 4

6
Segue reportagem na íntegra:

A Polícia Civil pediu nesta quarta-feira (10) a prorrogação do prazo de investigação do


suposto arrombamento ao apartamento em que Najila Trindade morava em São Paulo. O período
inicial de 30 dias para os trabalhos terminou sem uma conclusão e isso motivou o pedido à Justiça
para estender o tempo do inquérito. O caso é importante porque tem relação com a acusação de
estupro feita pela modelo contra o atacante Neymar.

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Foi durante o arrombamento que Najila afirma ter ocorrido o furto do tablet que continha
imagens feitas no quarto em que ela se encontrou com o jogador em Paris. A gravação seria do
segundo encontro com o atacante e provariam o crime sexual, de acordo com a versão da modelo.
As investigações do sumiço começaram em 6 de junho, dia seguinte à suposta invasão ao
apartamento – imóvel que ela deixou em 1º de julho. O inquérito foi conduzido na 11ª Delegacia, o
prazo para apuração era de um mês e venceu no sábado, o que fez a data mudar para o primeiro
dia útil seguinte. Como foi feriadão em São Paulo, o pedido da Polícia Civil foi feito somente nesta
quarta.
Agora, o Ministério Público será chamado a se manifestar e, então, o juiz decidirá se acata
o pedido ou sugere arquivamento da apuração. A investigação do arrombamento segue em sigilo
porque tem relação com a acusação de estupro. Por este motivo, o resultado de uma perícia para
descobrir se a porta do imóvel foi forçada não foi revelado.
A Polícia Civil insiste na busca pelo tablet porque as imagens podem definir o rumo da
investigação, caso contenham uma prova contundente. O vídeo original estaria em um celular que
Najila perdeu no dia de seu primeiro depoimento – 7 de junho.
O inquérito que apura estupro corre na 6º Delegacia de Defesa da Mulher e também aguarda
resposta da Justiça a um pedido de prorrogação de prazo. A solicitação de mais tempo foi
necessária porque a Polícia Civil aguarda o resultado de perícias e das imagens do circuito do hotel
onde teria ocorrido o crime sexual e que foram apreendidas pela polícia judiciária de Paris.

Endereço eletrônico da notícia:

https://gmconline.com.br/esportes/futebol/policia-pede-prorrogacao-de-prazo-em-
investigacao-de-tablet/

Considerando a situação narrada, bem como os estudos acerca dos temas objeto da
questão, responda, conforme o que se pede e de acordo com as instruções apresentadas, a
seguinte sentença abaixo:

A reportagem tratou, certamente, do episódio policial mais discutido do ano de 2019 e o


Direito Processual Penal foi o pano de fundo dos debates. Sabe-se, no meio jurídico-penal, que os
prazos para o encerramento do Inquérito Policial, muitas vezes, são diminutos, especialmente em
casos complexos e de difícil elucidação, e especialmente por isso, cabe a Autoridade Policial decidir
sobre a prorrogação da ferramenta investigativa, necessitando da manifestação do Ministério
Público, apenas nos casos de prorrogação quando o indiciado estiver preso.

1. Valor: 0,5 - A afirmação está:

2. Valor: 0,5 - A base, legal e ou jurisprudencial, que confirma sua indicação acima é:

3. Valor: 0,75 - Justifique suas afirmações anteriores:

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BOA PROVA!

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