Você está na página 1de 37

11.12.

2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/1

IV
(Informações)

INFORMAÇÕES ORIUNDAS DAS INSTITUIÇÕES


E DOS ÓRGÃOS DA UNIÃO EUROPEIA

CONSELHO

Sexto relatório anual sobre a execução da Acção Comum 2002/589/PESC do Conselho, de 12 de Julho
de 2002, relativa ao contributo da União Europeia para o combate à acumulação e proliferação
desestabilizadoras de armas de pequeno calibre e armas ligeiras

(2007/C 299/01)

INTRODUÇÃO Refiram-se também, neste contexto, o Programa da União Euro-


peia para a Prevenção dos Conflitos Armados, que preconiza a
ajuda ao desenvolvimento destinada a combater as causas profun-
das dos conflitos, o Programa da União Europeia para a Preven-
Em 12 de Julho de 2002, o Conselho aprovou a Acção ção e Combate ao Tráfico Ilegal de Armas Convencionais e as
Comum 2002/589/PESC relativa ao contributo da União Euro- Orientações da União Europeia relativas às Crianças nos Confli-
peia para o combate à acumulação e proliferação desestabilizado- tos Armados.
ras de armas de pequeno calibre e armas ligeiras. Esta acção
comum prevê que sejam analisadas anualmente as acções efectu-
adas no âmbito da mesma. Foram elaborados desde então cinco A UE, que continua na vanguarda do combate comum e da acção
relatórios anuais. prática para prevenir, combater e erradicar o comércio ilícito de
armas ligeiras e de pequeno calibre em todos os seus aspectos,
está também empenhada na implementação a nível da UE do cor-
respondente Programa de Acção das Nações Unidas. O financia-
mento da UE (através dos Estados-Membros, do FED, dos fundos
A UE é um dos principais intervenientes e contribuintes na luta da Comunidade e dos recursos orçamentais da PESC) continua a
contra a proliferação e acumulação ilícitas de armas ligeiras e de ser uma das principais fontes da assistência financeira à imple-
pequeno calibre (ALPC) e respectivas munições. Na sequência da mentação do Programa de Acção das Nações Unidas.
Estratégia Europeia de Segurança de 2003, o Conselho Europeu
adoptou, em 15-16 de Dezembro de 2005, uma Estratégia da UE
de luta contra a acumulação ilícita e o tráfico de armas ligeiras e Durante a Conferência de Análise do Programa de Acção das
de pequeno calibre e respectivas munições. Este documento acen- Nações Unidas, a União Europeia apresentou, em 30 de Junho
tua a necessidade de que a UE assegure a coerência entre as suas de 2006, uma panorâmica global das suas acções em apoio da
políticas nos domínios da segurança e do desenvolvimento, explo- luta contra as armas ligeiras e de pequeno calibre ilegais. Nesse
rando ao mesmo tempo os meios de que dispõe nos planos mul- contexto, os representantes da Presidência da UE (Áustria), do
tilateral e regional, no seu interior e nas suas relações externas. Secretariado do Conselho/Gabinete da Representante Pessoal do
Serve de orientação política para as actividades da UE neste domí- Alto Representante e da Comissão Europeia apresentaram a polí-
nio, através dos vários instrumentos ao seu dispor, bem como tica global em matéria de ALPC, baseada na Estratégia da UE rela-
para as dos Estados-Membros. tiva às ALPC e respectivas munições, e explicaram de que forma
essa política está a ser concretizada na prática através dos vários
instrumentos.

A Estratégia da UE relativa às ALPC continua a ter em conta a


Acção Comum 2002/589/PESC, que tem sido utilizada como O presente relatório abrange a Acção Comum 2002/589/PESC do
base para acções específicas desenvolvidas em África, na Ásia, na Conselho e o Programa da UE para a Prevenção e Combate ao
América Latina, nos Balcãs e, mais recentemente, na Ucrânia. Tráfico Ilegal de Armas Convencionais, aprovado pelo Conselho
Desde 1999, foram atribuídos fundos PESC num valor aproxi- em 26 de Junho de 1997, centrando-se nas actividades efectua-
mado de EUR 14,5 milhões, através de decisões que dão execu- das ao longo do ano de 2006. Foi elaborado pelo Secretariado do
ção à referida Acção Comum. Conselho e inclui contributos nacionais dos Estados-Membros.
C 299/2 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

O presente relatório divide-se em três partes e um anexo: Trabalho e o Ministério da Defesa. São organizadas com regula-
ridade reuniões em que participam representantes deste
— Parte I: abrange as medidas tomadas pelos Estados-Membros ministérios.
para solucionar os problemas relacionados com as armas
ligeiras e de pequeno calibre;
BÉLGICA
— Parte II: trata das medidas internacionais de execução;

— Parte III: abrange a participação nos trabalhos de organiza- Em conformidade com os seus compromissos internacionais, a
ções internacionais e regionais. Bélgica adoptou em 8 de Junho de 2006 uma nova lei sobre armas
(publicada no Jornal Oficial Belga — Moniteur Belge — em
— O anexo enumera os pontos focais para as ALPC, a nível 9 de Junho de 2006) a fim de controlar melhor, nomeadamente,
a posse de ALPC por parte de civis.
nacional e a nível das instituições da UE.

I. MEDIDAS NACIONAIS DE EXECUÇÃO BULGÁRIA

ÁUSTRIA Não foi adoptada nova legislação. A actual «lei sobre o controlo
da actividade comercial externa no que respeita às armas e aos
bens e tecnologias de dupla utilização» estipula e define, em por-
O controlo das exportações de armas melhorou grandemente menor, os mecanismos da cooperação nacional e da coordenação
com a nova Lei do Comércio Externo de 2005 e a regulamenta- inter-ministerial e inter-governamental, bem como as formas e os
ção subsequente de 2006. Após a entrada em vigor da nova Lei meios de intercâmbio de informações entre os serviços adminis-
do Comércio Externo austríaca («Außenhandelsgesetz») em Outu- trativos e de aplicação da lei pertinentes. Continuam válidas as
bro de 2005, o respectivo regulamento de execução (Jornal Ofi- informações acerca de medidas legislativas fornecidas nos relató-
cial Federal II, n.o 121/2006) entrou em vigor em princípios rios nacionais de 2002, 2003 e 2005 sobre o Programa de Acção
de 2006. Esta legislação de execução harmoniza a concessão de das Nações Unidas em matéria de ALPC.
licenças com as disposições pertinentes do Código de Conduta da
UE relativo à Exportação de Armas e torna essas disposições obri-
gatórias para os profissionais austríacos. Além disso, define os ter-
Mediante a alteração de 9 de Maio de 2006 à Lei sobre o Con-
mos «corretor» e «actividades de corretagem» em consonância
trolo dos Explosivos, Armas de Fogo e Munições, foi introduzido
com a Posição Comum 2003/468/PESC do Conselho relativa ao
na Bulgária o cartão europeu de arma de fogo. Este cartão é um
controlo da intermediação de armamento.
documento oficial emitido a uma pessoa detentora de uma licença
de porte e utilização de arma de fogo quando essa pessoa passa
O Regulamento austríaco relativo ao material de guerra e a lista do território de um Estado-Membro da UE para o de outro Estado-
de equipamento militar que não seja material de guerra, elaborada -Membro. São indicados no cartão o número, o prazo de validade,
pelo Ministério da Economia e do Trabalho, estão em conformi- os dados pessoais do titular, o tipo, marca, modelo, categoria, cali-
dade com a Lista Militar Comum da UE. A lista austríaca é cons- bre e número de fabrico da arma de fogo, bem como informações
tantemente actualizada a fim de se adaptar à formulação da Lista sobre o tipo de arma de fogo para o qual o cartão foi emitido e
Militar Comum da UE. Nos termos da nova Lei do Comércio sobre as proibições ou autorizações estipuladas nos Estados-
Externo, a exportação, o trânsito e a corretagem de bens constan- -Membros da UE em causa.
tes da Lista Militar Comum da UE estão sujeitos à exigência de
uma licença. O comércio intra-comunitário de bens constantes da
Lista Militar Comum da UE está sujeito — com algumas excep- Embora durante o período abrangido pelo relatório não tenham
ções — a um procedimento de controlo. Não é concedida assis- sido introduzidas alterações no sistema de controlo das exporta-
tência técnica para o desenvolvimento, produção, manipulação, ções, foi lançado em 2006 um processo de revisão da legislação
utilização, manutenção, armazenamento, ensaio ou proliferação em vigor no domínio do controlo das exportações, tendo em vista
de sistemas de armas convencionais com capacidade militar se a adesão da Bulgária à UE a 1 de Janeiro de 2007. Este processo
essa assistência for contrária a medidas restritivas previstas em de revisão tem como principal objectivo assegurar a coerência e a
Posições Comuns ou Acções Comuns da UE, resoluções da OSCE conformidade da legislação com as disposições da UE nesta maté-
ou resoluções vinculativas do Conselho de Segurança das Nações ria, bem como melhorar a sua aplicação prática. Na sequência
Unidas. Além disso, o Ministro da Defesa promulgou um regula- dessa revisão, foi alterada pela Assembleia Nacional búlgara a
mento que enumera o material de guerra e outro armamento que actual Lei do Controlo das Exportações de Armas e Bens de Dupla
são tidos em linha de conta para efeitos de destruição. A lista Utilização (alteração que entrou em vigor no início de 2007). A
baseia-se nas definições da UE e da OSCE. «nova» Lei do Controlo das Exportações mantém todas as anteri-
ores medidas de controlo das exportações aplicáveis ao comércio
de armas e, além disso, reforça as medidas de controlo das reex-
Procedimento portações, do trânsito e das actividades de corretagem (seguindo
estritamente a Posição Comum 2003/468/PESC). Em conformi-
dade com a Posição Comum da UE, todas as actividades de cor-
Na perspectiva da presidência austríaca da UE, foi reforçada a coo- retagem devem ser acompanhadas do registo do corretor, sendo
peração e coordenação entre o Ministério dos Negócios Estran- também exigida uma licença individual para cada transacção de
geiros, o Ministério do Interior, o Ministério da Economia e do corretagem.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/3

A estrutura do sistema búlgaro de controlo das exportações con- na República estão proibidos de fabricar ALPC, a menos que este-
tinua a ser a mesma que a descrita nos relatórios anteriores, mas jam na posse de uma licença para o efeito, emitida pelo Chefe da
com um reforço do intercâmbio de informações entre departa- Polícia. Essa licença específica é concedida aos cidadãos em con-
mentos. A Bulgária segue a política responsável no domínio do dições previstas na lei. Tais condições incluem, nomeadamente, a
controlo das ALPC e aplica as medidas estabelecidas pelo Pro- apresentação pelo requerente de um certificado de registo crimi-
grama de Acção das Nações Unidas com vista a prevenir, comba- nal de que resulte a ausência de antecedentes criminais, a averi-
ter e erradicar o comércio ilícito de ALPC, evitar o tráfico e as guação de que a detenção da licença não representa perigo para o
reexportações indevidas, tendo em consideração a observância próprio, para o governo e para a ordem pública, e, por último, a
dos direitos humanos no país de destino final, a paz internacional sujeição a um exame médico junto de um serviço médico oficial.
e a estabilidade regional. As medidas visam também prevenir a O fabrico, a posse, a armazenagem e o comércio ilegais de ALPC
utilização das armas para efeitos de repressão interna, de actos de são regidos pela Lei 113(I)2004. A lei prevê penas que podem ir
terrorismo ou de criminalidade organizada. até 15 anos de prisão e/ou 25 000 libras cipriotas de multa pela
violação das suas disposições.

Em 2006, a Agência Nacional das Alfândegas organizou vários


cursos e formou 50 funcionários aduaneiros no domínio da luta
contra o tráfico de armas, com especial relevo para as ALPC. No âmbito da Direcção-Geral da Polícia de Chipre foi criada uma
secção especial de registos (cadastro nacional de armas) e existe
uma base de dados electrónica que facilita a partilha de informa-
ções sobre ALPC com outras autoridades competentes no seio da
No que respeita às actividades nacionais em matéria de ALPC UE, de organizações regionais e de outros países.
durante o ano de 2006, o Ministro da Defesa búlgaro apresentou
as seguintes informações:

REPÚBLICA CHECA
— Em relação ao que já foi dito em relatórios anteriores, não se
verificaram alterações nos sistemas de controlo, prestação de
contas e segurança dos depósitos de armamentos do exército
búlgaro; As categorias de armas constantes da lista do Anexo à Acção
Comum do Conselho, de 12 de Julho de 2002, relativa ao con-
tributo da União Europeia para o combate à acumulação e proli-
— Não mudaram os números que já haviam sido indicados rela- feração desestabilizadoras de armas de pequeno calibre e armas
tivamente aos excedentes de ALPC e respectivas munições no ligeiras e que revoga a Acção Comum 1999/34/PESC
exército búlgaro; (2002/589/PESC) estão principalmente ao dispor do exército
checo e, em menor medida, de outras forças de segurança (Polícia
da República Checa, Serviço de Guardas das Prisões e dos Tribu-
nais, Serviço Aduaneiro, Serviço de Informações de Segurança).
— Não foram conduzidas operações de destruição de ALPC e Não são divulgadas ao público informações sobre o número de
respectivas munições durante o ano de 2006. armas detidas por essas forças; o tratamento dado a tais armas
(utilização, conservação de registos, armazenagem) não é abran-
gido pelo âmbito de aplicação da Lei do Armamento (Lei
n.o 119/2002). Quando deixam de estar ao serviço das referidas
CHIPRE forças, as armas passam a ficar abrangidas pela Lei do Armamento.

A exportação, o trânsito e a retransferência de ALPC são regidos


pela Lei 354/2002 («Regulamentação das Exportações de Defesa A posse dessas categorias de armas para utilização civil está sujeita
de 2002»), com a redacção que lhe foi dada pela Lei 602/2004. a isenções concedidas pela Polícia da República Checa (Inspecções
As referidas leis estão alinhadas pelo Código de Conduta da das Armas, Munições e Explosivos no Quartel-General Distrital da
União Europeia relativo à Exportação de Armas e pela Polícia), nos termos da Secção 9 da Lei do Armamento.
Declaração 2000/C 191/01 do Conselho. As exportações e reex-
portações de ALPC são controladas sob a supervisão do Ministé-
rio do Comércio, Indústria e Turismo, e o trânsito e retransferência
de ALPC são da alçada da Autoridade das Alfândegas e dos Impos- Até 31 de Dezembro de 2006, os titulares de licenças de armas
tos Especiais de Consumo, nos termos do disposto na legislação na República Checa receberam 627 autorizações de posse ou
aduaneira. porte deste tipo de armas. Em 2006, foram concedidas aos titu-
lares de autorizações de armas 110 novas isenções. Os titulares
de licenças de armas foram autorizados à posse ou porte
de 791 armas deste tipo (principalmente para uso em filmes ou
A importação, a aquisição, a posse e o transporte de ALPC são
teatros, ou por agências de segurança privadas). Não foram con-
regidos pela Lei 113(1)/2004 «relativa às armas de fogo e armas
cedidas novas isenções aos titulares de licenças de armas em 2006.
não de fogo». A referida lei está alinhada pela Directiva 91/477/CE
A Polícia tem autorização para controlar as medidas tomadas
alterada e pela Declaração 2000/C 191/01 do Conselho.
pelos possuidores de armas para prevenir a perda ou o roubo das
suas armas e assegurar uma manipulação segura das mesmas. A
Polícia dispõe dos devidos poderes para o fazer, inclusive tem o
O fabrico de certas ALPC é regido pela Lei 113(I)2004 (Parte III, direito de efectuar inspecções no domicílio do proprietário da
artigo 7.o(I). Nos termos da referida lei, os cidadãos ou residentes arma.
C 299/4 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

O comércio destas armas está sujeito a vários actos legislativos, especiais. Cada arma está registada com um número de identifi-
nomeadamente a Lei do Comércio Externo de Material Militar (Lei cação específico. A polícia pode ordenar que a arma seja marcada
n.o 38/1994). O negociante deve obter primeiro uma autorização com o número de identificação se não tiver sido marcada pelo
da Autoridade Licenciadora do Ministério da Indústria e solicitar fabricante. O registo inclui também informações históricas que
depois uma licença separada para cada transacção. Cada pedido possibilitam a localização de informações sobre os anteriores pro-
de licença é igualmente examinado pelo Ministério do Interior, à prietários da arma.
luz de considerações de ordem pública e de segurança interna, e
pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, em função dos inte-
resses de política externa. Em 2006, a República Checa autorizou
a exportação não comercial de 238 armas deste tipo, todas elas As informações sobre armas de fogo perdidas, etc., são também
exportadas para países da UE. Em todos os casos as armas foram comunicadas ao Sistema de Informação Schengen (SIS).
exportadas para esses países da UE com o seu consentimento pré-
vio. Em 2006, nenhuma arma proibida foi exportada nessa base
para países não membros da UE.
Todas as associações de tiro dinamarquesas são além disso obri-
gadas a estabelecer os seus próprios registos de armas, que devem
Está a ser elaborada uma alteração à Lei que regula o comércio incluir informações sobre todas as armas de fogo na posse da
externo de material militar (Lei n.o 38/1994 alterada), tendo em associação e dos seus membros.
vista reforçar significativamente os poderes de controlo conferi-
dos às autoridades aduaneiras checas.

Recentes iniciativas legislativas

DINAMARCA

Em 2006 não houve iniciativas legislativas no domínio das ALPC.


O Ministério da Justiça dinamarquês administra a legislação dina-
marquesa em matéria de armas e explosivos, o que inclui também
a regulamentação sobre as armas ligeiras e de pequeno calibre.
Em 1 de Outubro de 2004, entrou em vigor uma nova lei que
estabelece regras sobre o transporte de armas entre países tercei-
Segundo as disposições da legislação dinamarquesa em matéria de ros (ou seja, outros países que a Dinamarca). Essas regras intro-
armas e explosivos, as armas e munições não podem ser impor- duzem a proibição de transporte de armas, etc., para os países
tadas, fabricadas, adquiridas, possuídas ou transportadas sem uma abrangidos por embargos de armas da ONU, da UE ou da OSCE.
Além disso, é proibido o transporte entre países terceiros que não
licença do Ministério da Justiça ou da pessoa autorizada pelo
tenham emitido as necessárias licenças de exportação e de
Ministro para emitir tais licenças.
importação.

A legislação estipula também que as armas ou explosivos de todos


os tipos, incluindo munições, não podem ser exportados sem Além disso, em 14 de Junho de 2005 o Parlamento dinamarquês
uma licença específica emitida pelo Ministro da Justiça. Esta dis- aprovou uma lei que introduz, designadamente, regras sobre a
posição abrange também as armas ligeiras e de pequeno calibre. corretagem de armamento. Esta lei estabelece que ninguém pode,
sem licença do Ministro da Justiça ou de pessoa por ele autori-
zada, negociar ou organizar, na qualidade de intermediário, tran-
O Ministro da Justiça autorizou as autoridades distritais policiais sacções que envolvam a transferência de armas, etc., conforme
a nível local a emitirem algumas das referidas licenças no que se definidas na legislação nacional sobre armas e explosivos, entre
refere às armas ligeiras e de pequeno calibre (posse de armas de países não pertencentes à UE. Além disso, é proibido comprar ou
fogo, etc.). vender armas, etc., no âmbito de uma transferência entre países
não pertencentes à UE, ou, na qualidade de proprietário das armas,
etc., organizar tal transferência. A proibição não abrange as acti-
vidades efectuadas noutro Estado-Membro da UE, ou fora da UE,
Bases de dados e registos
por dinamarqueses residentes no estrangeiro. A lei dá execução à
Posição Comum 2003/468/PESC do Conselho, de 23 de Junho
de 2003, relativa ao controlo da intermediação de armamento.
A polícia dinamarquesa criou uma base de dados electrónica cen-
tral (o Registo de Armas da Polícia) na qual todas as pessoas auto-
rizadas a possuir armas de fogo estão registadas com base nos
pedidos de licença recebidos para armas de fogo e nos registos de Recentes iniciativas legislativas
compras de espingardas de caça de cano liso, etc. O registo con-
tém igualmente informações sobre armas perdidas ou roubadas.

A fim de melhorar as medidas nacionais de investigação criminal,


O Registo de Armas da Polícia inclui todas as informações rele- a polícia dinamarquesa tomou em 2006 a iniciativa de um pro-
vantes, inclusive sobre a categoria e o tipo de arma, o fabrico, o jecto nacional em matéria de ALPC, o «Projecto Armas de Fogo»
modelo, a marcação (número), o calibre e as características que diz respeito ao rastreio, actualização e registo destas armas.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/5

ESTÓNIA Legislação recém-aprovada e revisão do funcionamento, na prática, da


legislação vigente

Em 2006 não entrou em vigor legislação nova em matéria de A legislação de Amnistia das Armas de Fogo foi aprovada pelo
armas ligeiras e de pequeno calibre. Parlamento em fins de 2003 e entrou em vigor em 1 de Janeiro
de 2004. Esta legislação tem por objectivo reduzir o número de
armas ilegais e não registadas na Finlândia. Desde que a legislação
entrou em vigor, passou a ser possível entregar à polícia armas de
Foi iniciado em 2005, e concluído em princípios de 2007, o pro- pequeno calibre, munições e explosivos ilegais sem que tal acar-
cesso de alteração e adaptação da Lei do Armamento (em vigor rete consequências jurídicas, na condição de o material entregue
desde 31.3.2002). Esta lei estabelece as bases e procedimentos não ter sido utilizado num acto criminoso. Durante o ano
jurídicos para a manipulação das armas e munições, a concessão de 2006, ascendeu a cerca de 4 000 o número total de armas de
de autorizações para armas e munições destinadas a ser utilizadas fogo entregues.
para fins civis, a utilização de armas e munições para fins civis e a
remoção de armas e munições do uso civil, os requisitos para
stands de tiro e campos de tiro, bem como as bases e o procedi- O proprietário de uma arma de fogo ilegal pode também solicitar
mento para o exercício da supervisão estatal nesses domínios. uma licença para poder ficar com ela ou transferi-la para outro
titular de licença por intermédio da polícia. As armas que o pro-
prietário não deseje conservar ou transferir para outro titular de
licença são desactivadas ou cedidas ao Estado. Algumas são ven-
Em Junho de 2006, as forças de defesa estónias destruíram 6 000 didas em leilões oficiais pela polícia a coleccionadores e outros
pistolas velhas. titulares de licença para detenção de armas.

FRANÇA
Existe no seio do Ministério dos Negócios Estrangeiros uma
Comissão dos Bens Estratégicos. Trata-se de um órgão licencia-
dor composto por representantes dos Ministérios dos Negócios Corretagem
Estrangeiros, da Defesa e dos Assuntos Económicos e Comunica-
ções, do Conselho da Polícia de Segurança, do Conselho Estónio Foi redigido um projecto de lei que estabelece um regime de auto-
Fiscal e Aduaneiro e do Conselho Estónio de Aplicação da Lei. A
rização prévia para as operações de corretagem e que será anali-
Comissão dos Bens Estratégicos atribuiu sempre muita importân-
sado dentro em breve pelo Parlamento. O referido regime de
cia à promoção da formação relacionada com a questão dos bens
controlo aplicar-se-á às pessoas residentes ou estabelecidas em
estratégicos. No Outono de 2006, foram organizadas na Estónia
França e incluirá sanções legais. As operações de compra e revenda
aulas teóricas avançadas sobre o sistema internacional de controlo
efectuadas no estrangeiro por pessoas residentes ou estabelecidas,
das exportações e o controlo dos bens estratégicos, destinadas aos
estudantes de assuntos fiscais e aduaneiros do Departamento de que escapam aos procedimentos de controlo das exportações,
Finanças da Academia da Função Pública. serão submetidas às mesmas condições.

Foi também elaborado um projecto de decreto de aplicação des-


tas disposições. A instauração de um regime de controlo a priori
FINLÂNDIA das operações de corretagem vem assim completar o controlo
exercido sobre as pessoas singulares ou colectivas que actuam na
qualidade de intermediários.

Cooperação, coordenação e troca de informações entre os serviços


administrativos e os serviços de aplicação da lei Embargos

Foi elaborada uma proposta de lei de alteração do Código Penal,


que será analisada pelo Parlamento dentro em breve. A proposta
Em Maio de 2006, teve lugar uma reunião do Grupo de Coorde- define o conceito de «embargo» e prevê sanções penais caso haja
nação Nacional de Peritos em matéria de ALPC. O referido grupo violação de um embargo ou de medidas restritivas.
integra representantes dos ministérios implicados no controlo do
armamento, no desarmamento e na não proliferação de ALPC,
bem como representantes de organizações não governamentais Outras iniciativas
nacionais que se ocupam da questão. O grupo debate, entre outros
assuntos, a política finlandesa em matéria de ALPC, a implemen-
tação das disposições e regulamentações nacionais, regionais e Ao longo dos anos, a França tem vindo a conferir cada vez maior
mundiais e a assistência bilateral a projectos no domínio transparência ao relatório anual sobre as exportações de armas
das ALPC. O grupo reúne-se regularmente sob a direcção do que apresenta ao Parlamento, e que é divulgado não só em França
Ministério dos Negócios Estrangeiros e conta com a participação mas também no estrangeiro (embaixadas e organizações interna-
de representantes do Ministério da Defesa, do Ministério do Inte- cionais). O relatório descreve as práticas nacionais de controlo e
rior e do Ministério do Comércio e Indústria. São convidados a as actividades internacionais no domínio do controlo das expor-
participar, quando necessário, os representantes de outras autori- tações em que a França participa. Inclui ainda uma série de esta-
dades (alfândegas, controlo das fronteiras, etc.). São regularmente tísticas, inclusive sobre exportações de armas ligeiras e de pequeno
convidadas organizações não governamentais. calibre.
C 299/6 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

ALEMANHA GRÉCIA

Para o ano de 2006, o objectivo fixado no âmbito da política de


Foram regularmente organizadas pelo ponto focal nacional reu- combate à criminalidade foi o aumento do número de confiscos
niões do grupo de coordenação nacional para as questões relaci- de ALPC ilegalmente detidas e transaccionadas, através da elabo-
onadas com as ALPC. Nestas reuniões participam peritos em ração pelas autoridades policiais competentes de planos de acção
matéria de armamento e controlo das exportações oriundos de especificamente concebidos para o efeito.
ministérios, da administração, de organizações não governamen-
tais e da indústria, com vista a tratar de questões relacionadas com
as armas ligeiras e de pequeno calibre, incluindo as respectivas A. Os esforços centraram-se em dois alvos:
munições. O grupo debate, entre outros assuntos, a política alemã
em matéria de ALPC nas instâncias internacionais e regionais, a
assistência multilateral e bilateral, bem como a implementação (1) controlo do comércio legal de armamento, em todas as suas
das disposições e regulamentações estabelecidas a nível nacional, fases (importação, transacção, posse, utilização);
regional e mundial. As reuniões são presididas por um represen-
tante do Ministério dos Negócios Estrangeiros Federal.
(2) intensificação, em cooperação com outras autoridades com-
petentes, dos controlos destinados a apanhar e confiscar
armas ligeiras e de pequeno calibre ilegalmente importadas,
Foram tomadas várias iniciativas no que respeita à cooperação transaccionadas, possuídas e utilizadas.
entre órgãos administrativos e serviços de aplicação da lei a nível
nacional. Essas iniciativas abrangem a legislação recém-aprovada,
mas também a revisão do funcionamento, na prática, da legisla- (a) Medidas tomadas para controlar o comércio legal de ALPC:
ção vigente. Esses esforços incidiram também regularmente sobre
medidas de formação. Em 2006, as referidas iniciativas incluíram — O Ministério da Ordem Pública gere uma base de dados elec-
os seguintes aspectos: trónica, que é a Autoridade Central Nacional para o intercâm-
bio de informações e tem capacidade para receber e transmitir
directamente informações sobre todas as armas legalmente
transaccionadas e possuídas. Essa base de dados é constante-
A fim de dar execução à Posição Comum 2003/468/PESC do mente actualizada a fim de incluir todas as mudanças de
Conselho, relativa ao controlo da intermediação de armamento, a posse.
Alemanha alterou a sua legislação em matéria de exportação.
Cada caso de corretagem de armamento relacionado com armas
de guerra e outro equipamento militar localizado fora da Alema- — Todas as armas desaparecidas — quer tenham sido perdidas
nha requer uma licença. Em princípio, a legislação alemã em quer roubadas, desviadas ou detectadas — são inscritas nesta
matéria de corretagem de armamento baseia-se num laço territo- base de dados, para serem confiscadas ou utilizadas como
rial, ou seja, não é aplicável em casos que não tenham uma liga- prova em processos penais tendo em vista a sua identificação
ção com o território alemão. No entanto, quando cidadãos no caso de serem apanhadas. Esta base de dados contém o
alemães instalados na Alemanha se lançam em operações de cor- historial de cada arma, desde a sua importação até ao seu
retagem no estrangeiro sem ligação com o território alemão é último detentor legal (registos de armas).
obrigatória uma licença.
Além disso, facilita o intercâmbio de informações sobre ALPC
com outras autoridades dentro e fora da Grécia.
A fim de implementar o Instrumento das Nações Unidas para per-
mitir aos Estados procederem, com rapidez e fiabilidade, à iden- — Foi estabelecido um número mínimo de controlos mensais a
tificação e ao rastreio das armas ligeiras e de pequeno calibre, a efectuar em cada empresa legalmente envolvida no comércio
Alemanha começou a adoptar várias medidas relativas à marca- de armas. Os dados dos controlos são objecto de uma verifi-
ção nacional e às práticas de rastreio e respectivas normas. cação cruzada na base de dados electrónica.

— São estritamente seguidas as disposições da lei aplicável —


Tratando-se de exportações de ALPC militares para países não Lei 2168/1993 — e das decisões ministeriais pertinentes. Esta
pertencentes à OTAN ou à UE ou para países com estatuto equi- regulamentação constitui o principal quadro regulamentar da
valente a países da OTAN, a Alemanha continuou a aplicar o Grécia para as questões relacionadas com armas e armamen-
princípio do «novo por velho», a fim de assegurar que, sempre que tos. A Lei 2168/1993 foi alinhada pela Directiva 91/477/CEE
e pela Convenção de Schengen. Nalguns casos, este quadro
possível, o destinatário destrua as armas a serem substituídas pela
regulamentar inclui disposições ainda mais rigorosas
nova remessa, em vez de as revender. De um modo geral, não são
(artigo 15.o da Lei 2168/1993 e artigo 272.o do Código Penal,
concedidas licenças de exportação de ALPC militares a utilizado-
com a redacção que lhe foi dada pela Lei 2928/2001).
res finais privados.

— Na Grécia, o comércio legal de armas ligeiras e de pequeno


calibre (importação — exportação — comércio e trânsito)
A Alemanha assinou em 24 de Outubro de 2006 a Convenção do requer uma licença especial emitida pela autoridade compe-
Conselho da Europa para a Prevenção do Terrorismo. tente, de acordo com o disposto na Lei 2168/1993.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/7

— Existe uma excelente cooperação com outras autoridades armas/armamentos constituem elementos de prova em processos
repressivas da Grécia (autoridades portuárias e aduaneiras, judiciais, cabendo aos tribunais competentes decidir sobre o des-
organismo de repressão da criminalidade económica), bem tino a dar-lhes, nos termos do artigo 16.o da Lei 2168/1993.
como com as autoridades militares, o que permite trocar
informações com as autoridades competentes dos países de
onde as armas e armamentos são importados ou transporta- HUNGRIA
dos para a Grécia.
O sistema de licenciamento húngaro compreende três vertentes,
com procedimentos bastante rigorosos. O sistema inclui as
(b) Medidas tomadas para controlar o comércio ilegal de ALPC:
seguintes etapas processuais:

Dado que a cooperação bilateral a nível regional e internacional é 1. Licença de actividade (ou seja, registo dos negociantes)
considerada indispensável para a prevenção e a supressão do
comércio ilegal de armas e armamentos de um país para outro, a
Grécia assinou acordos de cooperação policial com os países vizi- 2. Os negociantes registados que tencionam encetar negociações
nhos e participa em organizações internacionais, regionais e bila- comerciais com parceiros estrangeiros têm de obter previa-
terais (Iniciativa Adriático-Jónia, EUROPOL — INTERPOL no mente uma licença de negociação que lhes permita passar às
âmbito da SECI — Iniciativa para a Cooperação na Europa do negociações e concluir um contrato.
Sudeste).
3. Em seguida, para executar um contrato, o requerente tem de
obter uma licença de contratação (autorização de
— Os veículos e as pessoas que entram na Grécia são controla- exportação/importação).
dos nos pontos de entrada estabelecidos.
O Gabinete Húngaro de Licenciamento Comercial está manda-
— São constantemente efectuados controlos nas fronteiras ter- tado para emitir todas as licenças relacionadas com o comércio de
restres e marítimas (em cooperação com as autoridades por- equipamento militar, incluindo munições e serviços. Os pedidos
tuárias) a fim de evitar importações ilegais de armas por de licença são analisados e concedidos caso a caso. No sistema
pessoas entradas ilegalmente na Grécia. húngaro de controlo das exportações de armas convencionais não
existem «licenças abertas» ou «licenças gerais». As licenças são emi-
tidas após ter sido dada aprovação pelo Comité Inter-Ministerial
— Os casos descobertos são cuidadosamente investigados, a fim do Comércio Externo de Equipamento Militar (a seguir designado
de detectar e desmantelar as redes que possam estar implica- por «ICTME»). Este órgão é responsável pela orientação política.
das no comércio ilegal de armas e armamentos. Têm assento no ICTME representantes de todos os ministérios e
autoridades nacionais pertinentes, incluindo membros dos servi-
ços de informações.
— São tomadas medidas especiais em zonas com graves proble-
mas de comércio, posse e uso de armas, em cooperação com O Decreto do Governo 16/2004 (II.6.) inclui regulamentação
as comunidades e os órgãos locais. sobre as remessas em trânsito, em que se aplicam as mesmas
regras processuais que no caso das exportações. Tal significa que
todos os pedidos de trânsito têm de ser previamente apresenta-
Está actualmente em curso um processo de alteração de algumas dos e que os mesmos são avaliados com igual cuidado, caso a caso
disposições da legislação nacional de base em matéria de arma- e em função dos mesmos critérios que os pedidos de exportação.
mento, tendo em vista introduzir novas regras, como por exem- Só as empresas estabelecidas na Hungria têm direito a solicitar
plo o registo das pessoas que actuam como intermediários nas licenças de trânsito. No caso de equipamento militar letal, balas
transacções de armamento (corretores — corretagem) e a defini- reais, explosivos e outros bens perigosos, as licenças de trânsito
ção de actividades específicas que deverão ficar sujeitas a controlo obrigam o expedidor responsável a uma escolta de segurança
e a licenciamento. armada ao longo do itinerário de trânsito, desde o ponto de
entrada até ao ponto de saída do território.

No que respeita à marcação:


O fabrico, a posse, o comércio, a armazenagem e a transferência
ilegais de ALPC constituem uma infracção penal. Os grupos, as
empresas e as pessoas envolvidos nessas actividades ficam sujei-
— Não existem na Grécia empresas que produzam
tos a identificação e a instauração de um processo penal.
armas/armamentos para uso comercial. Existe apenas uma
empresa estatal que produz armamento para o Ministério da
Defesa. Tendo em vista controlar a corretagem de armamento e evitar o
desrespeito dos embargos impostos a nível da ONU, da UE ou da
OSCE em matéria de exportação de armas, bem como o desres-
— No que respeita ao método de marcação do país produtor, a peito dos critérios estabelecidos no Código de Conduta da União
Grécia apoia o sistema de marcação NATO STANAG 1 059. Europeia relativo à Exportação de Armas, o Decreto do
Governo 16/2004 (II.6.) tem em conta as recomendações e os
Guias de Boas Práticas das organizações internacionais pertinen-
Número total de armas — armamentos confiscados pela polícia tes, bem como a Posição Comum 2003/468/PESC relativa ao
grega em 2006: 1 179 (88 espingardas automáticas/espingardas, controlo da intermediação de armamento, aprovada pelo Conse-
303 pistolas, 114 armas de mão, 674 armas de caça). Tais lho da União Europeia a 23 de Junho de 2003.
C 299/8 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

A alínea c) do n.o 2 do artigo 2.o do referido Decreto do Governo Quanto à importação de armas ligeiras e de pequeno calibre, os
estipula que «para actuar como representante, agente, corretor ou requerentes que não possuam um certificado válido para a arma
intermediário no que respeita a equipamento militar ou assistên- de fogo em questão devem obter uma licença de exportação junto
cia técnica militar, quer dentro quer fora do território da Repú- do Ministério da Justiça, da Igualdade e da Reforma Legislativa.
blica da Hungria, as licenças exigidas são: a licença de actividade, Caso exista um certificado válido para a arma de fogo que se pre-
a licença de negociação e a licença de contratação.» tende importar, é exigido um documento de acordo prévio
(artigo 11.o) para que a arma possa ser introduzida no território
do Estado, em conformidade com a Directiva 91/477/CEE.
Tal significa que a Hungria controla, tanto dentro como fora do
seu território, as actividades de corretagem efectuadas por corre-
tores que sejam residentes húngaros ou estabelecidos no territó- Actualmente, não são fabricadas na Irlanda armas ligeiras ou de
rio da República da Hungria. pequeno calibre. É delito fabricar armas de fogo sem que se tenha
sido registado para o efeito pelo Ministro da Justiça, da Igualdade
e da Reforma Legislativa. As armas de fogo que se encontram em
Tal como no caso das exportações, também no caso da correta- território irlandês foram, em princípio, marcadas em caso de
gem todos os pedidos são avaliados, nomeadamente, à luz das dis- fabrico fora do Estado. Pode suceder que algumas armas de fogo
posições do Código de Conduta da União Europeia relativo à mais antigas não estejam marcadas, cabendo, nesse caso, à Garda
Exportação de Armas. O Gabinete Húngaro de Licenciamento Síochána proceder à sua marcação. Os comerciantes de armas
Comercial conserva, durante um mínimo de 10 anos, registos de devem manter registos de cada transferência de armas de fogo
todas as pessoas e entidades que obtiveram uma licença para acti- durante, no mínimo, cinco anos. A recolha e a eliminação de
vidades de corretagem. Além disso, é elaborado um registo dos armas ligeiras e de pequeno calibre são da competência da Garda
corretores de armamento, mas o registo ou autorização para Síochána e das Forças de Defesa da Irlanda. A gestão e a segurança
actuar como corretor não substitui de forma alguma o requisito dos arsenais são da competência do Ministério da Justiça e do
de obter a licença necessária ou a autorização escrita para cada Ministério da Defesa.
transacção. Ao avaliar os pedidos apresentados para poder exer-
cer a actividade de corretor, o Gabinete Húngaro de Licencia-
mento Comercial tem em conta os registos de participações Pela Lei da Justiça Penal, de 2006, foi adoptada uma vasta gama
anteriores do requerente em actividades ilícitas. de alterações às Leis sobre Armas de Fogo, 1925-2000.

IRLANDA Algumas das disposições da Lei em matéria de armas de fogo


ainda não foram postas em vigor pelo Ministro, incluindo aque-
las que prevêem licenças de três anos para as armas legalmente
Em 2006, o Ministério da Empresa, do Comércio e do Emprego detidas, normas mínimas para a posse de armas de fogo por par-
elaborou nova legislação sobre os controlos das exportações, a ticulares e comerciantes de armas e normas mínimas para o
qual foi publicada em Janeiro de 2007. Uma vez aprovada, a nova alcance das armas de fogo. O Ministro pode igualmente, por
legislação virá modernizar e reforçar o sistema irlandês de con- Decreto-Lei, restringir determinadas armas de fogo e munições.
trolos estratégicos, bem como garantir o pleno cumprimento das Sob certas condições, podem ser apresentados ao Comissário da
obrigações internacionais assumidas pela Irlanda em matéria de Garda Síochána pedidos relativos a uma arma de fogo que seja
controlo das exportações. objecto de restrições.

Não existe legislação específica sobre armas ligeiras e de pequeno


calibre. No entanto, em conformidade com a legislação irlandesa ITÁLIA
em vigor, a importação, o trânsito, a retransferência e a exporta-
ção de armas ligeiras e de pequeno calibre de e para países da UE
estão sujeitos à obtenção de licença nos termos das Leis sobre
Cooperação, coordenação e troca de informações entre serviços
Armas de Fogo, de 1925 a 2006, e dos regulamentos CE sobre a
administrativos e serviços responsáveis pela aplicação da lei
aquisição e detenção de armas e munições, de 1993. As exporta-
ções de armas de fogo para todos os países estão também sujeitas
à Lei sobre o Controlo das Exportações, de 1983, e aos Decretos
adoptados por força da mesma. Actualmente, o Decreto aplicável Em 2006, teve lugar uma reunião do Grupo ad hoc «Armas Ligei-
é o Decreto sobre o Controlo das Exportações, de 2005, que inclui ras e de Pequeno Calibre», que foi criado em Itália em Junho
as pistolas e «respectivas partes componentes» em relação ao equi- de 2000, sob a coordenação do Ministério dos Negócios Estran-
pamento militar geral. geiros, e de que fazem parte representantes dos Ministérios com-
petentes, dos serviços de aplicação da lei e das associações
industriais nacionais envolvidas.
Para a exportação de armas de fogo, existem diferentes requisitos
jurídicos, consoante o destino. Caso não possua um certificado
válido para a arma de fogo a exportar, o requerente deve obter Os debates centraram-se principalmente na preparação da Con-
uma autorização de exportação junto da Garda Síochána (polícia ferência de Revisão do Programa de Acção da ONU contra o trá-
nacional). Além disso, para as exportações com destino a Estados- fico de armas ligeiras e de pequeno calibre, marcada para 2006,
-Membros da União Europeia, é exigida uma licença de exporta- na implementação do instrumento multilateral sobre marcação e
ção a conceder pelo Ministro da Justiça, da Igualdade e da Reforma rastreio e na execução da posição comum da UE sobre as activi-
Legislativa. No caso das exportações para países não pertencentes dades de corretagem. Foram também tidos na devida conta os
à UE, é exigida uma licença de exportação a conceder pelo Minis- debates realizados noutros fóruns multilaterais relevantes (Pri-
tro da Empresa, do Comércio e do Emprego. meira Comissão da AGNU, OSCE, Acordo de Wassenaar, G8).
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/9

Nova legislação Nos termos da Lei sobre a Circulação de Armas, todas as transac-
ções que envolvam armas ligeiras e de pequeno calibre estão sujei-
tas a licenças de exportação, importação ou trânsito para bens
Pela Lei n.o 146/2006, de 16 de Março, a Itália ratificou a Con- estratégicos, licenças essas que são emitidas pela Comissão de
venção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transna- Controlo dos Bens Estratégicos. O certificado de utilizador final é
cional e respectivos Protocolos, entre os quais o Protocolo contra uma das condições prévias para a exportação e o trânsito pelo ter-
o Fabrico e Tráfico Ilícitos de Armas de Fogo, das suas Partes e ritório da República da Letónia. Os requisitos e as condições do
Componentes e de Munições. A legislação italiana sobre as armas certificado são estabelecidos em conformidade com o Código de
de fogo foi alterada em conformidade, em especial no que se Conduta da UE relativo à Exportação de Armas e aplicam-se tal
refere à manutenção de informações sobre armas de fogo por um como previsto na Lei sobre a Circulação de Bens Estratégicos.
período mínimo de dez anos e à marcação que indica qual o país
de fabrico.

A Lei sobre a Circulação de Bens Estratégicos, de Maio de 2004,


Outras iniciativas destina-se a garantir o controlo da circulação de bens estratégicos
de acordo com os requisitos nacionais e internacionais em maté-
ria de controlo da exportação, da importação e do trânsito.
Em 2006, as forças armadas italianas destruíram as seguintes
armas ligeiras e de pequeno calibre, identificadas como
excedentes:
Em 2006, a polícia confiscou, no total, 569 armas de fogo. No
contexto de diversos delitos, a polícia apreendeu armas de fogo
— 770 pistolas Beretta, mod. «34»; ilegalmente adquiridas e armazenadas: 16 pistolas/revólveres, 16
carabinas, 14 espingardas de cano liso, 2 espingardas de pequeno
calibre, 1 pistola pneumática e 2 pistolas artesanais.
— 93 697 espingardas Garand M1;

— 37 390 espingardas de assalto FAL BM 59;


LITUÂNIA
— 8 231 armas diversas.

Total: 140 088 armas ligeiras e de pequeno calibre destruídas. Em 6 de Abril de 2006, o Parlamento da República da Lituânia
alterou a Lei sobre o Controlo de Bens Estratégicos, adoptada em
29 de Abril de 2004. As alterações dizem respeito, nomeada-
mente, à lista de restrições da emissão de licenças e à definição de
LETÓNIA «corretagem» (alteração assinalada). Desde 1 de Julho de 2006,
data de entrada em vigor da Lei alterada, entende-se por «correta-
gem» a condução de negociações ou a organização ou realização
Desde 2006, não foi introduzida nova legislação sobre armas de transacções, por pessoas singulares e colectivas residentes ou
ligeiras e de pequeno calibre. registadas na República da Lituânia e por filiais de pessoas colec-
tivas estrangeiras e outras organizações, no decurso das quais os
Serão introduzidas dentro em breve algumas alterações à legisla- bens incluídos na Lista Comum de Equipamento Militar pode ser
ção em vigor tendo em vista tornar mais eficazes os controlos das transferido para fora do território da República da Lituânia, do
exportações. Assim, por exemplo, será adoptado um novo pro- território de outro Estado-Membro da União Europeia ou de um
jecto de Lei sobre a Circulação de Bens Estratégicos, que definirá Estado terceiro para qualquer outro Estado terceiro.
com maior precisão as instituições de controlo, as suas responsa-
bilidades e a cooperação entre elas, bem como os termos utiliza-
dos na lei, nomeadamente «corretagem». Está igualmente prevista
a adopção de novos regulamentos destinados a estabelecer as lis- A Lei Provisória sobre a Entrega Voluntária de Armas, Munições
tas nacionais de bens controlados, bem como as condições para a e Explosivos e a Legalização de Armas e Munições entrou em
emissão de vários tipos de licença. vigor em 1 de Outubro de 2006 e é válida até 31 de Março
de 2007. A Lei isenta de responsabilidade civil as pessoas que
decidam entregar armas, munições e explosivos detidos ilegal-
A Lei sobre a Circulação de Armas, que entrou em vigor em mente, estabelecendo um quadro jurídico para retirar da circula-
Janeiro de 2003, regulamenta as questões relativas às armas na ção civil armas, munições e explosivos ilícitos.
República da Letónia, de acordo com os requisitos internacionais,
e harmoniza a legislação nacional na matéria. A Lei define os
direitos e os deveres das pessoas singulares e colectivas no que res-
peita à circulação de armas e respectivas partes, de munições, de A lista de países sujeitos a embargos da ONU ou da UE foi cons-
explosivos e respectivo equipamento, de engenhos especiais e de tantemente renovada. A lista actual consta da Resolução n.o 237
produtos pirotécnicos na República da Letónia, determinando do Governo da República da Lituânia, que aprova a lista de Esta-
igualmente a classificação dos artigos em causa para garantir a dos para os quais é proibida a exportação ou o trânsito dos bens
segurança individual e pública. A Lei não foi alterada desde 2003. enumerados na Lista Comum de Equipamento Militar, bem como
Em 2003 e 2004, foram aprovados alguns actos legislativos a corretagem em negociações e transacções relativas aos referidos
suplementares em matéria de circulação de armas na Letónia. bens.
C 299/10 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

A Lei sobre o Controlo de Armas e Munições está a ser revista, autoridades públicas. Pode ser exigido aos armeiros e comercian-
nomeadamente com o objectivo de, entre outras alterações, garan- tes de armas que facultem ao Ministro da Justiça uma cópia do
tir o pleno cumprimento do Protocolo sobre as Armas de Fogo. respectivo registo. É o Ministro da Justiça que estabelece as quan-
tidades máximas de armas e munições que os armeiros e os
comerciantes de armas podem ter em armazém.
LUXEMBURGO
Em caso de motins, ajuntamentos suspeitos ou perturbações da
ordem pública, o Ministro da Justiça pode ordenar o encerra-
Não foi introduzida nova legislação em 2006.
mento ou a evacuação de lojas ou armazéns de armas e munições
e a transferência do conteúdo para um local especificado.
A base jurídica pertinente encontra-se na Lei sobre Armas e Muni-
ções, de 15 de Março de 1983, e no Regulamento Grão-Ducal
de 31 de Outubro de 1995, relativo à importação, à exportação e As infracções à Lei de 15 de Março de 1983 são puníveis com pri-
ao trânsito de armas, munições e equipamento especificamente são de oito dias a cinco anos.
destinados a utilização militar, bem como de tecnologia conexa.
Os referidos actos foram publicados no Mémorial, diário oficial do
Luxemburgo. Está em curso o processo de revisão da legislação Exportação
vigente.

Quando uma arma é comprada no Luxemburgo para exportação,


Armas proibidas o armeiro solicita ao Ministério da Justiça que conceda ao vende-
dor uma licença para a exportação da arma, isto é, para a trans-
portar do local da compra para a fronteira. Os pedidos de licença
de exportação de armas, munições e equipamento especifica-
O artigo 4.o da Lei sobre Armas e Munições, de 15 de Março mente destinados a utilização militar e de tecnologia conexa
de 1983, proíbe a importação, o fabrico, a conversão, a repara- devem ser acompanhados de uma licença de importação interna-
ção, a aquisição, a compra, a detenção, a armazenagem, o trans- cional ou de um certificado de utilizador final. Em conformidade
porte, o porte, a transferência, a venda, a exportação ou o com o Regulamento Grão-Ducal de 31 de Outubro de 1995, na
comércio de determinados tipos de armas e munições. Não obs- sua versão alterada, a forma e o teor dos documentos em questão
tante esta disposição, o Ministro da Justiça pode, em particular, devem ser definidos pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, do
autorizar: Comércio Externo e da Cooperação.

a) a importação, a aquisição, a compra, o transporte, a deten- Ao abrigo da Directiva 91/477/CEE, relativa ao controlo da aqui-
ção, a venda, a transferência, a exportação ou o comércio de sição e da detenção de armas (artigo 11.o), o Luxemburgo informa
armas e munições que sejam antiguidades, obras de arte ou os outros Estados-Membros envolvidos sobre as licenças emitidas
objectos decorativos ou que se destinem a fazer parte de uma tendo em vista a exportação para os seus territórios.
colecção ou mostra; a autorização pode ficar subordinada à
condição de a arma ter sido desactivada a título permanente;
O serviço de concessão de licenças pode exigir que os pedidos
relativos ao trânsito de armas, munições e equipamento especifi-
b) a importação, a aquisição, a compra, o transporte, a deten- camente destinados a utilização militar e de tecnologia conexa
ção, a venda, a transferência ou a exportação de armas e sejam acompanhados de um documento no qual as autoridades
munições para fins científicos ou didácticos; competentes do país de proveniência dos artigos atestem que é
autorizada a exportação para o país de destino declarado.

c) a importação, a exportação ou o trânsito de armas do estran-


geiro com destino a outro país. Os pedidos de licença de exportação ou trânsito devem ser acom-
panhados de uma declaração, assinada pelo requerente, em como
a operação de exportação ou trânsito será realizada em confor-
midade com o pedido de licença. Após cada remessa de artigos
A autorização pode ficar subordinada à condição de as armas em abrangidos por uma licença de exportação, o exportador tem de
causa não poderem ser utilizadas para qualquer outro fim além facultar ao serviço de concessão de licenças, num prazo de três
dos que acima se indicam. meses, uma prova de que os artigos chegaram ao país de destino
autorizado e de que o importador recebeu autorização de intro-
dução no consumo.
O Luxemburgo não dispõe de nenhum sistema nacional de mar-
cação para utilização aquando do fabrico e/ou da importação de
armas ligeiras. Não existem fábricas de armamento no país. Os A prova consiste num documento emitido pelas autoridades adu-
armeiros e comerciantes de armas e munições têm de manter um aneiras do país de importação, certificando que os artigos expor-
registo de armas que saem e entram, com a indicação da marca, tados foram declarados para introdução no consumo, ou em
do calibre e do número de série de cada arma e dos nomes e ende- qualquer outro documento pelo qual se comprove que os artigos
reços do fornecedor e do comprador. O registo deve também foram directamente recepcionados pela autoridade habilitada a
indicar o número e a data de emissão da autorização ministerial. fazê-lo no país de importação ou por qualquer empresa que actue
É obrigatório apresentá-lo a pedido de qualquer representante das em nome dessa autoridade.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/11

Destruição de armas POLÓNIA

O método utilizado no Luxemburgo pelo exército, pela polícia e


pelas alfândegas é a destruição de armas por corte, efectuada pelos
depósitos de armas desses serviços. O metal cortado é todo ele Medidas jurídicas
colocado num contentor e transportado por empregados dos
depósitos de armas para uma empresa siderúrgica onde, na pre-
sença de testemunhas, o metal é fundido em fornos de fundição
electrónicos. Seguidamente é elaborado um relatório. O sistema jurídico polaco respeitante às transferências de armas
não contém disposições específicas sobre armas ligeiras e de
pequeno calibre. As disposições jurídicas em vigor constam da Lei
MALTA
de 29 de Novembro de 2000, relativa ao comércio externo de
bens, tecnologias e serviços de importância estratégica em termos
Malta tomou as medidas adequadas para adoptar dois novos de segurança do Estado e manutenção da paz e segurança inter-
Regulamentos: 167/2006 e 168/2006. O primeiro Regulamento nacionais (versão consolidada: Diário Oficial 229/2004,
destina-se a proporcionar cobertura jurídica no que se refere à ponto 2315). A referida Lei estabeleceu um sistema unificado de
importação e exportação de equipamento que possa estar relaci- controlo da exportação, importação, trânsito e serviços conexos
onado com a pena capital, a tortura ou outros tratamentos desu- no que respeita a bens e tecnologias de dupla utilização, armas e
manos e degradantes. No essencial, o Regulamento proíbe a assistência técnica (1). O Ministério da Economia está a proceder
prestação de assistência técnica relacionada com a reparação, o a um estudo do sistema com o objectivo de introduzir alterações
desenvolvimento, o fabrico, a montagem, os ensaios, a manuten- que o simplifiquem e o tornem mais rigoroso, fazendo simulta-
ção e quaisquer outros tipos de apoio técnico para esse equipa- neamente com que passe a ser mais favorável para os
mento. Além disso, ninguém é autorizado a importar artigos exportadores.
enumerados no primeiro anexo ao regulamento, independente-
mente da origem desses artigos.

Tão-pouco são concedidas autorizações para receber assistência As disposições da Lei de 22 de Junho de 2001, relativa à prática
técnica relacionada com os artigos em causa, nem a pedido de da actividade económica no sector do fabrico e comércio de
particulares, nem a pedido de organizações. explosivos, armas, munições, produtos e tecnologias utilizados
pelas Forças Armadas e pela Polícia (Diário Oficial 67/2001,
ponto 679, com a redacção que lhe foi dada), foram adaptadas à
A exportação dos referidos artigos também está sujeita a autori- Directiva 91/477/CEE, de 18 de Junho de 1991, relativa ao con-
zação, independentemente da origem. A exportação de artigos trolo da aquisição e da detenção de armas. A Lei de 23 de Junho
susceptíveis de serem utilizados para a prática de tortura apenas é de 2006, que altera determinados actos legislativos no contexto
autorizada para um Estado-Membro da UE ou qualquer um dos da adesão da República da Polónia à União Europeia (Diário Ofi-
territórios associados e para utilização por membros de forças da cial 133, ponto 935), modificou o artigo 3.o através do adita-
UE ou da ONU em operações de manutenção da paz num deter- mento de um novo Capítulo 5-A, que obriga os comerciantes que
minado destino. No entanto, os serviços aduaneiros têm poderes
transportam armas e munições no território da UE a confirma-
para verificar a autenticidade da declaração, sendo as infracções
rem as autorizações de transporte, incluindo as autorizações pré-
puníveis por lei com uma multa de montante máximo de 5 000
vias. Estes documentos acompanham todos os transportes de
liras maltesas ou com pena de prisão por um período máximo de
ALPC e munições com destino à Polónia em proveniência de paí-
cinco anos.
ses da UE e vice-versa, bem como em trânsito pelo território da
Polónia. Pretende-se desta forma certificar as autoridades dos paí-
O Regulamento n.o 168/2006 transpôs o Regulamento (CE) ses de origem e de destino que o comerciante está autorizado a
n.o 1330/2004 e, no essencial, incorporou-o na legislação nacio- exercer actividades relacionadas com o comércio das armas e
nal de Malta. A lista do equipamento militar é dividida em 22 sub- munições especificadas nos documentos.
categorias, todas elas sujeitas a autorização antes de o artigo ser
exportado. A lista abrange, nomeadamente, o equipamento e as
munições convencionais (ML1-ML5), os veículos terrestres e res-
pectivo equipamento (ML6), os agentes químicos e tóxicos (ML7),
Em 13 de Junho de 2006, o Conselho de Ministros alterou o
materiais energéticos, navios de guerra, aeronaves, equipamento
anexo ao Decreto de 23 de Novembro de 2004 sobre as proibi-
electrónico, equipamento de energia cinética de alta velocidade e
ções e restrições das transferências de bens de importância estra-
equipamento blindado e de protecção.
tégica para a segurança do Estado (Diário Oficial 109
de 28 de Junho de 2006, ponto 750). O anexo alterado contém
Tratando-se dos referidos artigos e de equipamento de dupla uti- uma lista dos Estados para os quais é proibido exportar armas, em
lização, o serviço competente vela por processar o pedido pelos aplicação de sanções da ONU e da UE. Entre as principais altera-
seus méritos próprios e em plena conformidade com a legislação ções ao Decreto, contam-se a aplicação de um embargo ao Uzbe-
nacional e com os compromissos internacionais. quistão e o levantamento das sanções contra o Afeganistão e a
Bósnia e Herzegovina.

PAÍSES BAIXOS

(1) Versão inglesa e leis e regulamentos pertinentes disponíveis na Inter-


Em 2006, os Países Baixos não procederam a alterações da legis- net:
lação relativa às armas ligeiras e de pequeno calibre. www.mgip.gov.pl/GOSPODARKA/DKE/English/Laws/ExportControl/.
C 299/12 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

Medidas administrativas contexto da luta contra a acumulação e a proliferação de ALPC,


bem como da prevenção do tráfico. Em 2005, foi criado um
grupo de coordenação constituído por representantes do Minis-
Antes da obtenção de autorização/concessão para actividades tério dos Negócios Estrangeiros, do Ministério da Defesa, do
relacionadas com a produção ou o comércio de armas e muni- Ministério da Administração Interna, dos Serviços de Informações
ções, os comerciantes são obrigados a frequentar cursos de for- e do Ministério das Finanças, o que contribuiu para uma melhor
mação e fazer exames adequados. O Ministério da Economia articulação dos trabalhos de todas as entidades envolvidas.
organizou 31 seminários e cursos sobre o controlo das exporta-
ções de armas e o sistema interno de controlo, destinados a
comerciantes de bens, tecnologias e serviços de importância estra-
tégica, incluindo ALPC. Nas acções de formação organizadas em Nova legislação
2006 participaram, no total, 672 pessoas de 130 firmas. Foram
também incluídas as questões abrangidas pelo Programa de Acção
da ONU sobre as ALPC e pelos documentos pertinentes da UE. A concessão de licenças para a importação e exportação das cate-
gorias de armas enumeradas no anexo à Acção Comum do Con-
selho é principalmente da responsabilidade do Ministério da
Embora a Polónia nunca tenha exportado, até à data, sistemas Defesa.
portáteis de defesa anti-aérea (MANPADS), foram tomadas medi-
das para executar plenamente as recomendações do Acordo de
Wassenaar que constam do documento «Elementos para o Con- Para cada transacção que envolva armas ligeiras e de pequeno cali-
trolo das Exportações de MANPADS», tendo sido adoptados pro- bre, deve ser obtida uma autorização dos serviços de licencia-
cedimentos com vista à sua eventual exportação no futuro. Os mento (no Ministério da Defesa ou no Ministério da
pedidos de licença de exportação de MANPADS serão tratados em Administração Interna, consoante se trate de armas para utiliza-
conformidade com a supramencionada Lei de 29 de Novembro ção militar ou para utilização civil).
de 2000.
Cada pedido é também analisado pelo Ministério dos Negócios
Relativamente aos arsenais, foram adoptados, a todos os níveis de Estrangeiros, tendo em conta interesses de política externa, entre
responsabilidade, procedimentos adequados de gestão de inven- os quais a observância dos critérios consagrados no Código de
tários e controlo contabilístico. Foi igualmente organizado um sis- Conduta da UE relativo à Exportação de Armas.
tema de informação e comunicação regulares entre esses vários
níveis. Cada arsenal é obrigado a manter os necessários registos de
todas as ALPC armazenadas a partir do momento em que assume Em 2006, entrou em vigor um novo quadro jurídico que abrange
o controlo das armas, ao longo dos vários movimentos do stock, a produção, a reparação, a importação, a exportação, a transfe-
até que seja esgotado ou desactivado. rência, a armazenagem, a circulação, o comércio, o licenciamento,
a aquisição e a detenção de armas ligeiras e de pequeno calibre,
Execução respectivos componentes e munições.

A regulamentação aduaneira polaca não sofreu alterações durante


o período abrangido pelo relatório. Em 2006, os serviços adua- A Lei n.o 5/2006 estabelece um regime abrangente que inclui san-
neiros continuaram a reforçar os controlos nos postos de passa- ções penais pela detenção ilícita, pelo tráfico e pela corretagem de
gem de fronteiras (terrestres, marítimas e aéreas) para a detecção todas as categorias de armas incluídas no anexo da Acção Comum
de casos de tráfico de bens, incluindo ALPC. Foram instalados do Conselho de 12 de Julho de 2002.
alguns scanners de raios X para carros e também para camiões. Foi
consagrada especial atenção às fronteiras orientais da Polónia.
Estas medidas permitiram aos funcionários aduaneiros detectar e ROMÉNIA
prevenir o tráfico de 42 armas ligeiras (espingardas e pistolas) e
de 145 728 munições.
Em 2006, não foi adoptada nova legislação sobre armas ligeiras e
Em 2006, o Serviço de Guarda das Fronteiras desmascarou ten- de pequeno calibre.
tativas de contrabando de 49 armas de fogo, 1 755 munições
e 66 granadas; deste total, 34 armas de fogo e 685 munições
foram confiscadas depois da zona de passagem de fronteira. O
valor das armas e munições em contrabando eleva-se, no total, Continuam a aplicar-se as informações sobre o quadro jurídico e
a 8 860 PLN. O Serviço de Guarda das Fronteiras deu início a 19 as medidas legislativas que foram prestadas nos relatórios nacio-
procedimentos preparatórios no que respeita a tentativas de con- nais no âmbito do Programa de Acção da ONU relativo às ALPC.
trabando, 12 das quais na fronteira oriental da UE. A Roménia dispõe, desde 1993, de legislação adequada e de um
sistema administrativo apropriado para o controlo eficaz do
comércio de armas ligeiras e de pequeno calibre.
PORTUGAL

O sistema nacional de controlo das exportações é constituído por


Cooperação, coordenação e troca de informações entre serviços um quadro jurídico, listas nacionais de controlo, uma autoridade
administrativos e serviços responsáveis pela aplicação da lei nacional de controlo das exportações e outras instituições públi-
cas, princípios, procedimentos, processo de autorização, registo,
Foram prosseguidos os esforços no sentido de promover a coo- actividades de licenciamento e controlo e documentação de con-
peração, a coordenação e a troca de informações entre serviços trolo das exportações, bem como cooperação e assistência
administrativos e serviços responsáveis pela aplicação da lei no internacional.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/13

O controlo das exportações, importações e outras operações com Além disso, de acordo com o instrumento internacional destinado
armas convencionais é regido pelo Decreto Governamental a permitir aos Estados identificar e rastrear, de forma atempada e
n.o 158/1999, aprovado com alterações pela Lei n.o 595/2004. A fiável, as ALPC ilícitas, adoptado pela Assembleia Geral das Nações
legislação romena contém, o que é significativo, disposições sobre Unidas em 8 de Dezembro de 2005, a ANCEX criou o Registo de
corretagem internacional de armas que incorporam as disposições Armas Transferidas. Deste documento constam os registos das
previstas na Posição Comum 2003/468/PESC aprovada pelo Con- exportações e importações de ALPC, com número de série, tipo,
selho da União Europeia em 23 de Junho de 2003. No caso das quantidade, origem e outras informações pertinentes acerca das
actividades de corretagem, todos os pedidos são avaliados, entre transferências.
outros elementos, à luz das disposições do Código de Conduta da
UE relativo às Exportações de Armas.
ESLOVÁQUIA

Todas as operações de reexportação de armas convencionais,


incluindo ALPC, estão subordinadas às disposições do Decreto No contexto da execução, a nível nacional, da Acção Comum da
Governamental n.o 158/1999, aprovado com alterações pela Lei UE relativa às ALPC e do Programa da UE para a Prevenção e
n.o 595/2004. Combate ao Tráfico Ilegal de Armas Convencionais, foram adop-
tados os seguintes actos:

O primeiro passo a dar é, segundo a legislação romena, autorizar


A Lei n.o 179/1998 Col. de 15 de Maio de 1998, relativa ao
as empresas a transaccionar armas convencionais. Os pedidos de
Comércio de Material Militar e que altera a Lei n.o 455/1991 Col,
licença são analisados caso a caso. As licenças são emitidas tendo
relativa às Actividades Comerciais, regulamenta nomeadamente
em conta o parecer do Conselho Interinstitucional para o Con- as condições para o comércio de ALPC militares, as condições
trolo das Exportações, Importações e outras Operações Comerci- para o exercício de actividades de corretagem e o funcionamento
ais com Bens Militares, de que fazem parte representantes de todos das autoridades administrativas estatais nesse contexto. Em 2006,
os Ministérios e autoridades nacionais competentes, incluindo a Eslováquia implementou plenamente todas as normas legislati-
membros dos serviços de informações. vas nacionais pertinentes.

As autorizações para o trânsito internacional, o transbordo e o São as seguintes as autoridades nacionais envolvidas no processo
exercício de actividades não comerciais com armas convencionais de implementação:
são concedidas caso a caso.

1. Ministério dos Negócios Estrangeiros;


Na Roménia, a execução da legislação nacional envolve vários
Ministérios, representados no contexto de actividades internacio-
nais em matéria de armas ligeiras e de pequeno calibre, mas é a 2. Ministério da Economia;
Agência Nacional de Controlo das Exportações (ANCEX) que con-
tinua a assumir o papel de autoridade de coordenação no domí-
nio da legislação sobre controlo das exportações. Em cooperação 3. Ministério do Interior;
com o Departamento da Luta contra o Terrorismo e do Controlo
do Armamento (Ministério dos Negócios Estrangeiros), a ANCEX
participa em todas as actividades internacionais relevantes. 4. Ministério da Defesa;

5. Autoridades aduaneiras;
O Ministério do Interior e da Reforma Administrativa —
Inspecção-Geral da Polícia Romena (GIRP) — controla a forma
como as pessoas singulares ou colectivas recebem autorização 6. Serviços de informações.
para obter, possuir, deter, portar e usar armas de fogo e munições.
Simultaneamente, em conformidade com a Lei n.o 295/2004 rela-
tiva às armas de fogo e munições, que foi harmonizada com a As pessoas habilitadas são obrigadas a abster-se de transaccionar
Directiva 91/477/CEE, a GIRP mantém um registo de todos os material militar na medida em que tal possa prejudicar os interes-
portadores legais de armas letais e não letais, actualizando igual- ses de política externa, segurança ou comércio ou os compromis-
mente a base de dados do Registo Nacional de Armas sos internacionais da República Eslovaca, ou ainda os interesses de
(www.politiaromana.ro). organizações e instituições internacionais em que a República
Eslovaca seja parte, membro ou participante.

Embora em 2006 não tenham sido tomadas grandes iniciativas


em matéria de ALPC, o Governo romeno continuou a efectuar um As infracções à Lei relativa ao Comércio de Material Militar são
importante trabalho de sensibilização junto das empresas e dos puníveis com multa de, no máximo, 10 milhões SKK e/ou prisão
particulares que exercem actividades na indústria de defesa naci- de, no máximo, oito anos.
onal, a fim de melhorar a compreensão e o cumprimento da legis-
lação sobre controlo do armamento. A ANCEX faculta estas
informações aos comerciantes através do seu sítio Internet Em 2006, a Eslováquia autorizou a exportação de 7 908 ALPC,
(www.ancex.ro) e organiza vários seminários e ateliers sobre o no total; no mesmo ano, elevou-se a 4 644 o número de ALPC
tema. importadas.
C 299/14 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

ESLOVÉNIA Real n.o 1782/2004, de 30 de Julho, relativo à regulamenta-


ção do controlo do comércio externo de materiais de defesa,
outros materiais e bens e tecnologias de dupla utilização, e a
Na Eslovénia, são vários os Ministérios envolvidos na execução da incluir no referido Anexo as alterações das listas de controlo,
legislação nacional e em actividades internacionais no que respeita aprovadas nas correspondentes listas internacionais de muni-
às armas ligeiras e de pequeno calibre. O Ministério dos Negócios ções (RCTM e AW).
Estrangeiros continua a ser a autoridade coordenadora para a rea-
lização e a coordenação das actividades internacionais a respeito
das ALPC. O Ministério do Interior controla as exportações e b) Em Outubro de 2005, o Parlamento espanhol instou o
importações de armas ligeiras e de pequeno calibre, cabendo ao Governo a publicar no prazo de um ano uma lei sobre comér-
Ministério da Defesa proceder ao controlo das exportações e cio de armas destinada a reforçar as disposições do Decreto
importações de ALPC utilizadas para fins militares. Real n.o 1782/2004, de 30 de Julho. A nova lei deverá dar
execução e remeter explicitamente para o Programa de Acção
da ONU para Prevenir, Combater e Erradicar o Comércio Ilí-
No seu sítio Internet, o Ministério da Defesa publica anualmente cito de Armas Pessoais e Ligeiras em Todos os seus Aspectos,
relatórios sobre as exportações e importações de armas. A polícia para as correspondentes Resoluções da AGNU e para o Pro-
e a administração aduaneira da Eslovénia são responsáveis pelo tocolo contra o Fabrico e Tráfico Ilícitos de Armas de Fogo,
controlo da fronteira do Estado e dos postos de passagem, efec- das suas Partes e Componentes e Munições, Adicional à Con-
tuando controlos directos das mercadorias que atravessam a fron- venção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Trans-
teira estatal. Em 2006, a polícia lidou com 238 infracções penais nacional (aprovada pela AGNU em 31 de Maio de 2001),
de produção e comércio ilícitos de armas ou explosivos (152 em mais conhecido como «Protocolo da ONU sobre Armas de
2005) e apresentou queixas-crime contra 261 suspeitos (161 em Fogo».
2005). Em 2006, registaram-se 22 casos de infracções penais per-
petradas por grupos criminosos organizados, contra ape-
nas 4 casos em 2005. A polícia detectou 192 infracções penais
(127 em 2006) através da sua própria actividade. No mesmo ano, Na sequência do pedido do Parlamento, o Governo espanhol
a polícia destruiu 637 armas de fogo confiscadas; do total de aprovou, em 29 de Dezembro de 2006, uma proposta de
armas apreendidas, 72 foram doadas ao Museu Nacional de His- nova Lei sobre o Comércio Externo de Materiais de Defesa e
tória Contemporânea. Bens de Dupla Utilização. A proposta está a ser analisada e
alterada pelo Parlamento, prevendo-se que entre em vigor em
meados de 2007.
São regularmente efectuadas reuniões e sessões de coordenação
interministerial em matéria de armas ligeiras e de pequeno cali-
bre, assumindo cada Ministério um papel activo em função das Os principais aspectos da proposta podem ser resumidos do
suas competências. seguinte modo:

A Eslovénia adoptou legislação de base em matéria de ALPC na — Em primeiro lugar, a legislação espanhola nesta matéria
década de 90. Em 2005, através do relatório nacional sobre a exe- passa a ser uma norma equivalente a uma lei, o que virá
cução do Programa de Acção da ONU, foi apresentada às Nações criar um instrumento para exercer os controlos com
Unidas uma panorâmica global do quadro jurídico nacional sobre maior eficácia.
as armas ligeiras e de pequeno calibre. Desde essa data, e mais
especificamente em 2006, não foi adoptada nova legislação. Não
obstante, o Ministério do Interior apresentou formalmente ao
Ministério da Justiça uma iniciativa com vista à alteração do — Em segundo lugar, a Lei actualizará os regulamentos
artigo 310.o do Código Penal — Produção e comércio ilícitos de sobre o comércio externo de materiais de defesa e bens
armas ou explosivos — no sentido de incluir a aplicabilidade de dupla utilização de acordo com os compromissos
extraterritorial do Código Penal em casos de alegada perpetração assumidos por Espanha nos fóruns internacionais e no
de infracções penais desse tipo. A ideia subjacente à alteração pro- âmbito dos regimes de não-proliferação.
posta é que a infracção penal pode ser cometida se o seu autor
introduzir armas ilegalmente na República da Eslovénia e/ou se
intervier na revenda de armas a partir do estrangeiro. Está previsto
que as propostas de alterações ao Código Penal sejam abordadas — Em terceiro lugar, a nova Lei alargará o âmbito dos con-
a nível governamental e parlamentar em 2007. trolos a todos os tipos de armas de fogo, incluindo as
armas de caça e de tiro desportivo, suas partes e compo-
nentes e munições, em aplicação da Resolução 55/225
aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas con-
ESPANHA tra o fabrico e tráfico ilícitos de armas de fogo, das suas
partes e componentes e de munições.

Apresentam-se seguidamente os factos mais recentes em termos


de nova legislação e/ou regulamentação: — Em quarto lugar, a Lei seguirá explicitamente os oito cri-
térios do Código de Conduta da UE relativo às Exporta-
ções de Armas, bem como os critérios adoptados pela
a) Em 12 de Janeiro de 2006, foi aprovado o Despacho OSCE para as transacções de armas ligeiras e de pequeno
ITC/60/2006, destinado a actualizar o Anexo I do Decreto calibre.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/15

— Por último, os textos legislativos incluem um compro- dessas inspecções, 8 071 foram efectuadas em instalações relaci-
misso explícito no sentido de impulsionar e participar onadas com armas de fogo e 15 656 em instalações de produção
nos processos regionais e internacionais destinados a ou armazenagem de explosivos.
reforçar o controlo do comércio de armas, em especial
com vista à adopção de um Tratado Internacional sobre Além disso, foram efectuadas várias visitas de funcionários dos
o Comércio de Armas. A este respeito, é de recordar que serviços fiscais e aduaneiros a portos e aeroportos, no contexto do
a Espanha foi um dos 117 patrocinadores do projecto programa de luta contra o tráfico de armas durante a exportação.
aprovado em 26 de Outubro.

SUÉCIA
c) Em 2006, a Espanha concluiu o processo interno de ratifica-
ção para a adopção do Protocolo da ONU sobre Armas de A legislação sobre armas ligeiras e de pequeno calibre foi alterada
Fogo, tendo depositado o instrumento de adesão junto do nalguns aspectos; assim, por exemplo, deixou de ser confidencial
SGNU em 9 de Fevereiro de 2007. O Protocolo entra em a informação relativa aos contactos dos corretores de armamento,
vigor em Espanha no dia 11 de Março de 2007. constante do registo nacional.

Em conformidade com um novo decreto que entrou em vigor em


Formação da administração, dos serviços responsáveis pela aplicação da 1 de Julho de 2006, os serviços aduaneiros suecos são obrigados
lei e dos órgãos judiciais a informar a polícia sueca sobre todas as armas que atravessam a
fronteira e entram no território da Suécia.

Os serviços espanhóis responsáveis pela aplicação da lei continu- Em finais de 2006, o Parlamento aprovou uma lei que entrou em
aram a organizar, tal como em anos anteriores, cursos e seminá- vigor em 1 de Março de 2007 e pela qual foi concedida uma
rios sobre o tratamento penal das armas de fogo e dos explosivos amnistia, por tempo determinado, em relação às armas de fogo.
e sobre a aplicação das tecnologias da informação ao controlo de A amnistia vigorou de 1 de Março a 31 de Maio de 2007. A lei
armas e explosivos. São regularmente organizados seminários tem por objectivo reduzir o número de armas ilegais e não regis-
destinados a divulgar as regras e as disposições jurídicas para a tadas na Suécia.
prevenção e o combate ao tráfico ilícito de armas e a reciclar e
actualizar os funcionários de polícia competentes nesta matéria.
UNIÃO EUROPEIA

Outras iniciativas e actividades Em 2006, foi implementada a Directiva «Avaliação da Segurança


das Aeronaves Não Comunitárias», tendo sido apresentadas três
propostas legislativas sobre medidas regulamentares no território
No quadro jurídico da Convenção relativa ao Reconhecimento da UE:
Recíproco dos Punções de Prova das Armas de Fogo Portáteis,
de Julho de 1969, e em conformidade com as disposições estabe- — Actualização da directiva CE relativa às armas (91/477);
lecidas pela respectiva autoridade de execução — Comissão Inter-
nacional Permanente para a Prova de Armas de Fogo Portáteis — Proposta de directiva CE relativa às Armas de Fogo que trans-
(CIP) –, o banco de prova oficial de Espanha, «Banco Oficial de põe o Protocolo das Nações Unidas relativo às Armas de Fogo;
Pruebas de Armas de Eibar» (BOPE) marcou todas as armas por-
táteis para uso civil produzidas em Espanha em 2006. A marca- — Comunicação da Comissão sobre medidas para melhorar a
ção de armas é uma das medidas recomendadas para o rastreio e segurança dos explosivos, detonadores, equipamentos de
a punição do tráfico de ALPC e inclui os seguintes elementos: fabrico de bombas e armas de fogo na UE.
nome do fabricante, número de série da arma, ano de produção e
sinais e logotipos de marcação do BOPE. Em 2006, foram fabri-
cadas em Espanha 280 pistolas, 22 942 espingardas (incluindo II. MEDIDAS INTERNACIONAIS DE EXECUÇÃO EM 2006
espingardas de cano simples) e 28 138 espingardas de cano liso,
todas elas marcadas pelo BOPE. Além disso, no mesmo ano, o
BOPE destruiu 1 276 armas portáteis (sobretudo pistolas ÁUSTRIA
e revólveres).
OSCE

Sob coordenação da Inspecção Central de Armas e Explosivos da A Áustria apoiou a continuação da implementação dos documen-
Guardia Civil (organismo central espanhol para o controlo admi- tos da OSCDE sobre ALPC e sobre as existências de munições
nistrativo das armas de fogo), as autoridades espanholas compe- convencionais. A Áustria organizou uma primeira apresentação
tentes apreenderam, em 2006, 7 015 armas de fogo ilegais. da Estratégia da UE contra a acumulação ilícita e o tráfico de ALPC
Actualmente, as autoridades espanholas têm em armazém um e respectivas munições no diálogo sobre segurança do Fórum
total de 291 196 armas de fogo de diferentes géneros (em entre- para a Segurança e a Cooperação da OSCE em 29 de Março
posto, apreendidas e confiscadas); em 2006, foram leiloa- de 2006. A finalidade dessas medidas era primeiro que tudo a
das 22 392 armas de fogo e destruídas 40 772. familiarização dos Estados participantes com o quadro regula-
mentar e as actividades, bem com os projectos da UE em matéria
de ALPC, e segundo lançar os alicerces de uma coordenação e
Em 2006, as autoridades espanholas realizaram 23 727 inspec- cooperação reforçadas entre a OSCE e a EU, a fim de assegurar
ções a locais onde são fabricadas ou armazenadas armas de fogo que as energias e as diferentes valências eram utilizadas da forma
e/ou explosivos (incluindo fábricas, entrepostos comerciais, clu- mais eficaz em termos de custos e de evitar duplicações dos
bes de tiro desportivo, empresas de segurança privadas, etc.); esforços.
C 299/16 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

Conselho da Parceria Euro-Atlântica (CPEA) Projecto concebido para reforçar as capacidades do governo e as
capacidades da sociedade civil para combater a proliferação das
A Áustria apoiou financeiramente um projecto para a destruição armas ligeiras no Bangladeche, Nepal e Sri Lanca (aplicação do
de armas ligeiras e de pequeno calibre (ALPC) e MANPADS no Programa de Acção das Nações Unidas em matéria de armas ligei-
Cazaquistão. O projecto liderado pelos EUA foi lançado em Abril ras e de pequeno calibre).
de 2006.
Leste e Sudeste Europeu
O projecto de destruição de armas ligeiras e de pequeno calibre
(ALPC), MANPADS e munições na Ucrânia, igualmente financi-
ado pela Áustria, continuou a ser executado em 2006. Bielorrússia — EUR 55 370 — OSCE

Nações Unidas Reforço das capacidades no domínio da gestão e segurança de


existências de armas ligeiras.
Na 61.a Assembleia Geral das Nações Unidas, a Áustria
co-patrocinou as seguintes resoluções com relevo para as ALPC: Kosovo — EUR 94 543 — KOSSAC

«Auxílio aos estados para inflectirem o tráfico ilícito de armas de Projecto «KOSSAC» do PNUD: Iniciativa para o controlo das
pequeno calibre e armas ligeiras e para a respectiva recolha», «Pro- armas de pequeno calibre no Kosovo.
blemas decorrentes da acumulação de arsenais excessivos de
munições convencionais». A Áustria votou a favor da resolução
«Todos os aspectos do comércio ilegal de armas ligeiras e de Ucrânia — EUR 25 000
pequeno calibre»
Reabilitação e protecção da zona em redor do complexo de pai-
óis em Novobohdanivka.
BÉLGICA

A Bélgica apoia vários projectos na área das ALPC no mundo, a BULGÁRIA


saber:
A Bulgária financiou um projecto para a destruição
África de 1 897 armas de pequeno calibre e armas ligeiras ilegalmente na
posse de civis, e ulteriormente apreendidas pelo Ministério do
África do Sul — EUR 216 700 — Safer Africa Interior do o Montenegro. A Bulgária doou USD 7 588 ao Minis-
tério do Interior do Montenegro para a conclusão do projecto. A
destruição ficou concluída em 28 de Fevereiro de 2006.
Projecto concebido para aumentar e reforçar as capacidades
repressivas da polícia na África do Sul diminuindo a presença de
armas ligeiras nas zonas de risco. Em 2006, a Bulgária acolheu um seminário internacional intitu-
lado «Controlo da exportação de produtos de dupla utilização e
armas»: sensibilização da indústria (Sófia, 22-23 de Maio
Burundi — RDC — Ruanda — EUR 400 000 — RECSA-GRIP
de 2006). O seminário de Sófia de 2006 integrou-se na continu-
ação da implementação do Plano de Acção Conjunto da Hungria
Projecto designado «Reforçar o apoio e as capacidades para o e da Bulgária no contexto do Programa de sensibilização do
desenvolvimento de planos de acção nacionais sobre armas ligei- Grupo da Austrália para os Estados não participantes.
ras e de pequeno calibre no Burundi, no Ruanda e na RDC».

O seminário de Sófia constituiu uma oportunidade para a troca


América Latina de informações, experiências e formação sob a forma de exposi-
ções e debates interactivos para participantes da Albânia, Bósnia
Costa Rica, Panamá, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Guatemala e Herzegovina, Croácia, ARJ da Macedónia, e Sérvia e Montenegro.
— EUR 107 800 — Fundação Arias

Projecto concebido para sensibilizar os membros mais vulnerá- Seguindo a sua política de ajudar tanto quanto pode os parceiros
veis da sociedade (os jovens) dos seis países para o impacto das da OTAN a lidar com os problemas de segurança e de defesa, em
armas de fogo nas suas vidas através de acções de sensibilização 2006 a Bulgária participou em 9 dos actuais 10 projectos do
nas escolas secundárias. Fundo fiduciário OTAN/PPP. Cinco desses projectos visavam a
recolha e destruição de ALPC:

Brasil — EUR 70 467 — UNODC


1. Fundo fiduciário Sérvia e Montenegro II para a destruição
Projecto concebido para intensificar os esforços da comunidade de 1 320 620 MAP na Sérvia e Montenegro: 30 000 euros.
do Distrito Federal (Brasília) para prevenir a violência causada
pelas drogas e pela proliferação de armas. 2. Fundo fiduciário Ucrânia II para a destruição de munições,
ALPC e MANPADS na Ucrânia: 25 000 euros.
Ásia
3. Fundo fiduciário para a destruição de ALPC e MANPADS no
Bangladeche, Nepal e Sri Lanca — EUR 100 000 — Safer World Cazaquistão: 10 226 euros.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/17

4. Fundo fiduciário Albânia II para a destruição de munições DINAMARCA


para ALPC na Albânia: 25 000 euros.

As autoridades repressivas dinamarquesas participam em várias


5. Fundo fiduciário para a limpeza de 569 hectares de solo con- iniciativas internacionais e regionais que se ocupam de questões
taminado e desactivação de material bélico por detonar (UXO) do controlo e do tráfico de armas.
no Azerbaijão: 15 000 euros.

Desde Novembro de 2006, a polícia dinamarquesa participa na


O Ministério da Defesa da Bulgária informou que as tarefas das Operação Crossfire II sobre contrabando de armas no âmbito do
forças armadas da Bulgária participantes em operações de manu- grupo de missão do Báltico.
tenção da paz em 2006, não incluíram a recolha e destruição
de ALPC.
A Dinamarca apoia o desarmamento, desmobilização, reinserção
e reabilitação de ex-combatentes na Libéria através de um fundo
fiduciário do PNUD com um total de 2,7 milhões de euros
CHIPRE (2004-2006).

Chipre participa activamente no trabalho realizado neste domí- A Dinamarca apoia o desarmamento, desmobilização, reinserção
nio pela ONU e a OSCE. e reabilitação de ex-combatentes no Afeganistão através de um
fundo fiduciário do PNUD com um total de 1,1 milhões de
euros (2005-2006).
Em concreto, Chipre apresenta relatórios à ONU sobre a execu-
ção do Programa de Acção para Prevenir, Combater e Erradicar o
Comércio Ilícito de Armas Pessoais e Ligeiras em Todos os seus ESTÓNIA
Aspectos. Além disso, forneceu informação ao ACNUR (com base
na decisão 124/2004) sobre «a prevenção das violações dos direi-
tos do Homem causadas pela disponibilidade e uso indevido
Em 2006, soldados estónios no Iraque apreenderam várias vezes
de ALPC».
armas e munições durante patrulhamentos. As operações foram
conduzidas em cooperação com unidades das forças terrestres dos
EUA e do Iraque.
Chipre informa também a OSCE sobre as práticas e procedimen-
tos nacionais para a exportação de armas convencionais e tecno-
logias conexas (fsc.del/269/06, 27.6.2006), sobre transferências
de armas convencionais (FSC. DEL/432/06, 26.9.2006) e sobre FINLÂNDIA
ALPC (FSC. DEL/14/07, 24.1.2007).

— A Finlândia apoiou o Programa sobre armas de pequeno


calibre da CEDEAO (ECOSAP) com um montante
REPÚBLICA CHECA de 250 000 euros em 2006. Em 2007 e 2008 será desembol-
sado um montante análogo, pelo que o apoio total da Finlân-
dia ascenderá a EUR 750 000;
A República Checa participa activamente na execução do Pro-
grama de Acção das Nações Unidas contra o tráfico ilícito de
ALPC. Em 2006, a Chéquia contribuiu com CZK 1 000 000 — Contributo para a missão da OSCE na República da Moldá-
(USD 47 308,17 = EUR 34 910) para as actividades do Fundo via, que abrangeu a destruição de lotes de munições exceden-
fiduciário para a consolidação da paz através de medidas práticas tários e obsoletos (total EUR 160 000);
de desarmamento. Esta verba será utilizada para apoiar a segunda
fase da base de dados CASA, cuja execução decorre de Novembro
de 2006 a Novembro de 2007. Um dos principais objectivos da — Contributo para o Programa da OSCE para as ALPC e muni-
base de dados CASA é o acompanhamento da execução do Pro- ções convencionais na República do Tajiquistão, Fase II, res-
grama de Acção da ONU por cada um dos seus Estados membros. tauro de seis depósitos de munições em seis localidades (total
EUR 100 000)

A coordenação inter-agências em 2006 concentrou-se designada-


mente na preparação da Conferência de Revisão de 2006 do Pro- — Apoio financeiro ao projecto sobre ALPC gerido pelo PNUD
grama de Acção das Nações Unidas contra o tráfico ilícito de na Albânia. O projecto começou por ser uma troca armas
ALPC e na implementação do instrumento multilateral sobre mar- contra desenvolvimento para recuperar armas e munições de
cação e rastreio. Teve-se igualmente em devida consideração o pequeno calibre detidas ilegalmente, roubadas dos depósitos
debate noutras instâncias multilaterais pertinentes (Primeira do exército durante a crise no final dos anos 1990. A recolha
Comissão da AGNU, OSCE, Acordo de Wassenaar). foi possibilitada por leis de amnistia aprovadas pelo Governo.
O âmbito do projecto foi mais tarde alargado ao desenvolvi-
mento do policiamento da comunidade, com vista a reforçar
A República Checa cooperou designadamente com os gabinetes a confiança entre as autoridades de execução da lei e o ser-
nacionais da Interpol em Lima e Wiesbaden em 147 processos viço público e os cidadãos comuns. A Finlândia financiou o
que envolveram 1 791 armas. projecto até 2006, quando acabou.
C 299/18 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

Outras iniciativas Albânia (2006)

A Finlândia contribuiu para o processo de desactivação nos


termos do mandato da Missão de Vigilância no Achém (MVA) Em 2006, a Alemanha apoiou o fundo fiduciário da Parceria para
destacando 11 peritos, cujas despesas foram de cerca de a Paz da OTAN para a destruição de ALPC, SPDA e munições na
545 000 euros. A desactivação do armamento do Movimento do Albânia. Contribuição: 107 000 EUR.
Achém Livre (GAM) começou em 15 de Setembro de 2005 e foi
executada em quarto fases e concluída até 31 de Dezembro
de 2005. Nos termos do Memorando de entendimento entre o
Angola (2003-2006)
Governo da República da Indonésia e o GAM, o GAM anuiu em
desactivar todas as armas, munições e explosivos na posse de ele-
mentos do GAM com a ajuda da Missão de Vigilância no Achém.
O GAM entregou à MVA 840 armas, que foram submetidas com A Alemanha apoia a reinserção social e económica de
êxito ao processo de desactivação. Todas as armas desactivadas ex-combatentes e suas famílias em Angola. Numa óptica de rein-
foram destruídas. serção sustentável é adoptada uma abordagem assente na comu-
nidade. O realojamento é combinado com programas de
desenvolvimento rural e agrícolas. O programa envolve também
FRANÇA a reconstrução de estradas e gera pois emprego para as comuni-
dades destinatárias e os ex-combatentes. As capacidades dos
governos locais e da administração são reforçadas a fim de desen-
Nações Unidas: em 2006, a França contribuiu para o fundo espe- volver e executar programas de reinserção. Envelope orçamental:
cial do Centro Regional das Nações Unidas para a Paz e o Desar- 11 990 332 EUR.
mamento em África em Lomé (UNREC) (EUR 77 000).

CEDEAO: a França participou no programa de apoio ao controlo Burundi (2003-2007)


das armas ligeiras nos Estados membros da CEDEAO
(260 000 dólares).
A Alemanha apoia o programa nacional de desmobilização e rein-
Tajiquistão: entre Setembro de 2005 e Abril de 2006, deslocou-se serção do Burundi. O projecto possui quatro grandes componen-
ao Tajiquistão uma missão de 4 peritos franceses (formação, tes: o empoderamento das estruturas de reinserção na
supervisão da criação de existências, fiscalização das operações de comunidade, a revitalização da produção agrícola, a criação de
destruição de munições instáveis) no contexto das operações rea- rendimentos e a reabilitação das infra-estruturas. Envelope orça-
lizadas sob a égide da OSCE. mental: 15 940 000 EUR.

Ucrânia: Em Maio de 2006, participação na missão de avaliação e


aconselhamento sobre a descontaminação (destruição de existên- Camboja (2006 –)
cias de munições excedentárias) do sítio de Novobogdanivka
(Ucrânia). De Setembro a Outubro de 2006, missão de formação
de especialistas em minas e armadilhas para a destruição de exis-
tências de munições excedentárias na Ucrânia (3 peritos). 2. a alemanha conduziu uma visita de avaliação em dezembro
de 2006 para analisar os problemas das existências de munições
e desenvolver um projecto de proposta a implementar em 2007-
Líbano: foi efectuada uma auditoria de segurança das existências -2008 sobre a melhoria da gestão e segurança das existências
de munições das forças armadas libanesas (FAL) em Março assim como a destruição de excedentes de munições.
de 2006. Após a auditoria, as FAL receberam uma formação
ministrada por especialistas de minas e armadilhas do exército.
República Democrática do Congo — RDC (2004-2007)
ALEMANHA

A Alemanha apoia o programa nacional de desmobilização e rein-


A Alemanha contribui para projectos e actividades no domínio serção (PNDR). Depois de apoiar o «Comité Technique de Plani-
das ALPC e respectivas munições no quadro de e em cooperação fication et de Coordination» (CTPC) nacional, a Alemanha afectou
com uma diversidade de instituições e organizações. A maior verbas para uma cooperação de três anos com a Commission Nati-
parte destas actividades é levada a cabo num intervalo de tempo onale de Démobilization et Réinsertion (CONADER). Envelope orça-
superior ao ano civil. Enumeram-se seguidamente as principais mental: 2 500 000 EUR.
iniciativas de 2006:

Afeganistão (2004 –) República Democrática do Congo — RDC (2005-2011)

Desde 2004, a Alemanha tem apoiado os processos DDR e DIAG


no Afeganistão, co-financiando a eliminação e destruição de A Alemanha apoia a reinserção social e económica de crianças e
excedentes de armas e munições. Envelope orçamental: jovens anteriormente associados a forças combatentes na Provín-
3 000 000 EUR. cia de Maniema da RDC. Envelope orçamental: 12 000 000 EUR.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/19

CAO (2004 –) Ruanda (2003-2007)

A Alemanha apoia a Comissão Ruandesa de Desmobilização e


A Alemanha apoia o desenvolvimento de um quadro político, Reinserção (RDRP) e o processo de reinserção social de
jurídico e institucional no âmbito da Comunidade da África Ori- ex-combatentes no Ruanda. Envelope orçamental: 8 773 000 EUR.
ental (CAO) para conter a proliferação incontrolada de ALPC.
Uma das componentes do projecto com o Secretariado da CAO é
o desenvolvimento orgânico com vista a instituir um ponto de Senegal (2005-2006)
convergência regional sobre controlo das armas de pequeno cali-
bre, harmonização das políticas e da legislação, formação, elabo- A Alemanha apoiou programas de sensibilização para as armas de
ração de soluções sistemáticas para avaliar o problema das ALPC, pequeno calibre na região da Casamansa. O programa baseou-se
e ensino e sensibilização em cooperação com organizações da numa rede de diversas ONG locais que desenvolveram uma estra-
sociedade civil nos Estados membros da CAO. tégia abrangente para enfrentar o problema da proliferação incon-
trolada de ALPC. As actividades começaram em 2005 com um
atelier de coordenação e o reforço das capacidades. O enfoque
Grande Região dos Grandes Lagos (2003-2006) principal foi a sensibilização da população e dos agentes da admi-
nistração na zona fronteiriça.

A Alemanha contribuiu para o fundo fiduciário do Programa Serra Leoa (2004-2006)


Multi-Países de Desmobilização e Reinserção (MDRP) para a
Grande Região dos Grandes Lagos liderado pelo Banco Mundial.
Envelope orçamental: 9 900 000 EUR. A Alemanha apoia o ensino e formação profissional de crianças e
jovens afectados por conflitos armados, incluindo crianças ante-
riormente associadas às forças combatentes na Serra Leoa. Enve-
Liga Árabe (2004 –) lope orçamental: 12 000 000 EUR.

Sudeste Europeu/RACVIAC (2005 –)


A Alemanha prosseguiu a cooperação com a Liga Árabe (LA)
prestando apoio a trabalhos relacionados com as ALPC a vários
A Alemanha continuou a apoiar seminários relacionados com as
níveis. Foi prestado apoio a uma reunião de pontos de convergên-
ALPC no Centro Regional de Controlo de Armas. As iniciativas
cia para as ALPC dos países da Liga. Prosseguiu a tradução para o
concretas compreenderam a corretagem e a gestão de existências.
árabe de documentos da OSCE sobre questões das ALPC. Foi
organizada uma viagem de estudo a Berlim, Viena (OSCE) e Gei-
lenkirchen (Centro de verificação das forças armadas alemãs) para Uganda (2005-2007)
pessoal do Secretariado da LA em Outubro de 2006. Para dar um
exemplo de cooperação concreta com um Estado membro da LA,
em Setembro de 2006 a Alemanha organizou um curso de for- A Alemanha ajuda o ponto de convergência nacional para as
mação de dois dias sobre gestão e segurança de existências na armas de pequeno calibre a aplicar o Plano de Acção para o
Tunísia. Uganda sobre o controlo das armas de pequeno calibre nos domí-
nios do reforço das capacidades e da sensibilização. Em confor-
midade com o plano de acção das Nações Unidas sobre as armas
de pequeno calibre e outros acordos regionais, o Governo do o
Libéria (2005-2007) Uganda criou um gabinete para coordenar o controlo das armas
de pequeno calibre.

A Alemanha apoia o programa nacional de desarmamento, desmo-


bilização e reinserção (DDR). O programa presta apoio psicosso- HUNGRIA
cial a vítimas de agressões sexuais relacionadas com a guerra na
Libéria e apoia a reinserção de refugiados que regressam e
Medidas a nível mundial
ex-combatentes através de uma reabilitação das infra-estruturas
intensiva em mão-de-obra. Envelope orçamental 10 750 000 EUR.
A República da Hungria tem participado em negociações interna-
cionais destinadas a prevenir, combater e erradicar o comércio ilí-
SADC (2004 –) cito de ALPC nos planos regional e internacional. A política de
licenciamento húngara observa rigorosamente todos os embargos
do Conselho de Segurança da ONU e outros embargos pronun-
ciados pela Organização para a Segurança e a Cooperação na
A Alemanha ajuda a Comunidade de Desenvolvimento da África
Europa e a União Europeia e apoia moratórias como a da
Austral (SADC) a aplicar o Protocolo da SADC sobre o controlo
CEDEAO.
das armas de fogo, munições e outros materiais conexos. No qua-
dro dessa cooperação, a Alemanha destacou um consultor em
questões de paz e segurança para apoiar a criação de um ponto Em parceria com outros países, a Hungria prestou assistência téc-
de contacto regional no Secretariado da SADC. O projecto com- nica e financeira para efeitos de apoio à aplicação regional das
preende as componentes seguintes: harmonização das políticas e medidas contidas no Programa de Acção das Nações Unidas. Tem
da legislação, reforço de capacidades, formação dos serviços res- participado activamente noutras actividades levadas a cabo no
ponsáveis pela aplicação da lei e cooperação com intervenientes quadro de outras organizações, tais como a Parceria para a Paz da
da sociedade civil. OTAN, o Pacto de Estabilidade para o Sudeste Europeu, etc.
C 299/20 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

No quadro da Organização para a Segurança e a Cooperação na Em conformidade com o disposto no Documento da OSCE sobre
Europa (OSCE) a Hungria assumiu uma série de compromissos as ALPC, a Hungria trocou informações com Estados participan-
politicamente vinculativos em relação às ALPC. O documento da tes na OSCE até 30 de Junho de 2001 sobre:
OSCE sobre as ALPC proporciona um quadro geral para tratar os
problemas relacionados com as ALPC, fixando medidas, normas
e princípios nos seguintes domínios: — procedimentos nacionais de controlo do fabrico de armas de
pequeno calibre,
— Fabrico, marcação e conservação de registos,
— legislação interna aplicável e práticas vigentes em matéria de
— Critérios de exportação e controlos de exportação comuns, política das exportações, formalidades, documentação e con-
trolo das actividades de corretagem internas,
— Gestão de existências, redução de excedentes e destruição,
— informações gerais sobre a gestão de existências e os proce-
— Alerta rápido, prevenção de conflitos, gestão de crises e rea- dimentos de segurança nacionais,
bilitação pós-conflito.

— técnicas e procedimentos para a destruição de ALPC


Foram consignados compromissos suplementares respeitantes a
aspectos específicos da questão das ALPC nos seguintes documen-
tos da OSCE:
Essa informação é actualizada se e quando necessário para reflec-
tir as alterações na legislação e nos procedimentos internos.
— Princípios da OSCE para os controlos da exportação de siste-
mas portáteis de defesa anti-aérea,
Medidas no plano regional
— Princípios da OSCE sobre o controlo da corretagem de ALPC,
A Hungria está empenhada num plano de acção concebido espe-
— Elementos normalizados para os certificados de utilizador cificamente para atender às necessidades do Sudeste Europeu,
final e os procedimentos de verificação das exportações de conhecido por Plano de Implementação Regional relativo à luta
ALPC. contra a proliferação de armas ligeiras e de pequeno calibre. O
Plano de Implementação Regional é uma iniciativa do Pacto de
Estabilidade para o Sudeste Europeu. Desde Novembro de 2000,
Os princípios da OSCE que regem as transferências de armas con- três reuniões de concertação anuais reuniram os principais inte-
vencionais têm também relevância para o controlo da exportação ressados a fim de examinar as medidas regionais para conter a
de armas, incluindo as ALPC. proliferação de ALPC, recolher ensinamentos e desenvolver pro-
jectos de ordem prática no quadro do Processo de Szeged relativo
às armas de pequeno calibre (SSAP). O Processo de Szeged rela-
A Hungria, em conjunto com a Finlândia, a Federação da Rússia,
tivo às armas de pequeno calibre é um fórum informal que habi-
a Turquia e os Estados Unidos, co-patrocinou um projecto de
lita os governos, a sociedade civil e as organizações internacionais
decisão relativa à harmonização dos certificados de utilizador
a desenvolver políticas e projectos de ordem prática que comba-
final no âmbito da OSCE. Foi adoptada uma decisão sobre a ques-
tem a proliferação e uso indevido de ALPC ao longo do Sudeste
tão em 17 de Novembro de 2004.
Europeu. O SSAP foi iniciado conjuntamente pelo Ministério dos
Negócios Estrangeiros (MNE) da Hungria e a Saferworld, um
Em 2004, a Hungria coordenou os esforços da OSCE para respon- grupo independente de reflexão sobre política externa sedeado em
der a pedidos de ajuda relacionados com problemas das ALPC por Londres numa conferência em Szeged, Hungria em Novembro
parte dos Estados participantes. de 2000. Desde a adopção do Plano de Execução Regional do
Pacto de Estabilidade em Novembro de 2001, tem sido um qua-
dro de cooperação complementar entre os governos e a sociedade
Em conformidade com o disposto no Documento da OSCE sobre civil.
as ALPC, a Hungria trocou informações com Estados participan-
tes na OSCE sobre os sistemas nacionais de marcação
até 30 de Junho de 2001. Essas informações são actualizadas se e Cooperação internacional e regional
quando necessário para reflectir as alterações nos sistemas nacio-
nais de marcação.
O MNE da Hungria organizou, em conjunto com o Departamento
Em conformidade com o disposto no Documento da OSCE sobre de Estado dos EUA, Serviço da Não Proliferação, Gabinete da Coo-
as ALPC, e desde 2002, a Hungria tem trocado informações todos peração em matéria de Controlo das Exportações, um seminário
os anos com Estados participantes na OSCE sobre a classe, sub- sobre controlo das exportações destinado aos países do sudeste
-classe e quantidade das armas de pequeno calibre que foram europeu em Szeged, Hungria, em Junho de 2003. A conferência
detectadas e/ou apreendidas e destruídas nos seus territórios expôs as componentes elementares de um sistema eficaz de con-
durante o ano civil anterior, bem como sobre as exportações e trolo das exportações e constituiu uma oportunidade para deba-
importações de armas de pequeno calibre para e de outros Esta- ter abordagens e preocupações regionais, principalmente a forma
dos participantes. de lidar com a problemática das ALPC na região.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/21

Em cooperação com o Departamento de Estado dos EUA, Serviço Concretamente, a Itália esteve presente nos seguintes eventos:
da Não Proliferação, Gabinete da Cooperação em matéria de Con-
trolo das Exportações, o MNE da Hungria organizou a 5.a Confe- — Atelier sobre a redução e o controlo de ALPC na Bósnia e Her-
rência Internacional sobre Controlo das Exportações em zegovina, organizado pelo PNUD (Sarajevo, 21 de Março
Budapeste, Hungria entre 15 e 17 de Setembro de 2003 (a Con- de 2006);
ferência foi o quinto de uma série de eventos conhecida como
«Processo de Oxford»). Participaram mais de 180 agentes do con-
— Atelier sobre actividades de corretagem, organizado pela
trolo das exportações de mais de 40 países, bem como represen-
RACVIAC, a OSCE, a Alemanha, os Países Baixos e a Noru-
tantes dos regimes multilaterais de controlo das exportações, da
ega (Zagrebee, 29-30 de Março de 2006);
indústria e da comunidade das ONG. Um dos principais tópicos
da Conferência foi o debate sobre novos métodos de controlo das
armas convencionais, especialmente determinados tipos de ALPC — Reunião extraordinária da OSCE sobre armas ligeiras e de
como os MANPADS. pequeno calibre em preparação da Conferência de Revisão do
PA da ONU (Viena 17 de Maio de 2006);

O acontecimento recente mais importante resulta também da coo- — Atelier sobre os MANPADS, organizado por Israel (Jerusalém,
peração internacional. A Hungria concluiu a redução/destruição 5-6 de Abril de 2006);
de 1 540 peças de MANPADS tipo Strela-2 em Fevereiro de 2006.
O projecto foi em parte uma iniciativa americana e co-financiado — Atelier sobre os controlos à exportação de ALPC organizado
pelos EUA. pelas ONG Oxfam, Saferworld e Amnesty International (Bruxe-
las, 20 de Abril de 2006).
Para fins de identificação de grupos e indivíduos envolvidos no
comércio ilícito de ALPC a polícia húngara coopera com a INTER- Outras iniciativas
POL e a EUROPOL e é membro do centro regional da SECI para a
luta contra o crime transfronteiras, para conceber um sistema Em 2006, as forças armadas italianas que participam em opera-
para a troca de informações entre os países do sudeste europeu ções de manutenção da paz multilaterais recolheram e/ou apre-
sobre o tráfico ilícito de ALPC. enderam e destruíram as seguintes armas ligeiras e de pequeno
calibre:

IRLANDA No Iraque:

— EUR 500 000 para o fundo fiduciário do Banco Mundial, des- — 12 espingardas de assalto AK 47;
tinados ao Programa multi-países de desmobilização e rein-
serção para projectos na Região dos Grandes Lagos que visam — 4 lança-granadas RPG;
ex-combatentes.
— 4 lança-foguetes;
— EUR 200 000 para o fundo fiduciário da Parceria para a Paz,
— 1 metralhadora ligeira;
destinados à destruição de armas ligeiras e de pequeno cali-
bre na Ucrânia e na Albânia.
— 1 morteiro;

— EUR 89 000 para um projecto da Safer Africa para diminuir a — 14 diversos.


proliferação das ALPC na África
Sub-total: 36 armas ligeiras e de pequeno calibre destruídas.
— EUR 10 000 para a IANSA destinados à comparência na Con-
ferência da ONU sobre o Programa de Acção contra o tráfico No Kosovo:
ilícito de armas ligeiras e de pequeno calibre, que se realizou
em Nova Iorque em Junho-Julho de 2006. — 14 espingardas de assalto AK47;

— 28 espingardas;
— EUR 10 000 para a IANSA destinados a melhorar o sítio web
da IANSA, que é um recurso valioso para todos aqueles que
trabalham em questões relacionadas com as armas ligeiras e — 2 carabinas;
de pequeno calibre.
— 1 espingarda M59;

ITÁLIA — 6 caçadeiras;

— 1 lança-granadas RPG;
Em 2006, a Itália participou activamente em vários encontros
regionais e mundiais destinados a trocar informações sobre os
procedimentos nacionais e a relevar soluções comuns para pro- — 7 lança-foguetes;
blemas relacionados com o tráfico ilícito de armas ligeiras e de
pequeno calibre. — 4 metralhadoras ligeiras;
C 299/22 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

— 1 RPG 2; — Questionário da OSCE sobre as políticas e/ou práticas e pro-


cedimentos nacionais para a exportação de armas convenci-
onais e tecnologias conexas;
— 2 morteiros;

— Relatórios periódicos sobre as exportações de armas e produ-


— 1 clavina;
tos de dupla utilização ao abrigo do Acordo de Wassenaar;

— 18 pistolas;
— Relatório nacional sobre os controlos à exportação de
MANPADS (Acordo de Wassenaar);
— 575 diversos.
— UNIDIR, UNDDA e o questionário da Small Arms Survey sobre
Sub-total: 658 armas ligeiras e de pequeno calibre destruídas. a corretagem de armas de pequeno calibre ilícitas.

Na Bósnia: b) Auxílio internacional

— 82 espingardas; A Lituânia contribuiu com 10 000 EUR para o projecto OSCE/UE


para limpar o sítio do acidente do depósito de munições em
Novobogdanivka, Ucrânia.
— 9 lança-foguetes;

— 115 diversos. LUXEMBURGO

Sub-total: 207 armas ligeiras e de pequeno calibre destruídas. De 2001 a 2004 as autoridades Luxemburguesas financiaram um
projecto liderado pelo Instituto Europeu de Investigação e Infor-
mação sobre a Paz e a Segurança (GRIP) para fortalecer uma rede
Total: 901 armas ligeiras e de pequeno calibre destruídas. de ONG africanas para a prevenção de conflitos e a consolidação
da paz. O projecto compreende a criação de uma rede de ONG da
África central e ocidental que trabalham por uma cultura da paz
LETÓNIA e pelo restabelecimento da paz e combatem a proliferação das
armas de pequeno calibre. A contribuição total concedida a esse
Em Setembro de 2006, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da projecto ascende a EUR 223 000. Em 2006, o GRIP recebeu tam-
República da Letónia organizou em cooperação com a Adminis- bém uma soma de EUR 15 000 a título de contribuição
tração Nacional de Segurança Nuclear dos EUA um seminário voluntária.
para empresas letãs e agentes do controlo das exportações «Evo-
lução dos controlos à exportação nas perspectivas da UE e mun-
dial». Os participantes foram postos a par da legislação e dos MALTA
procedimentos em vigor em matéria de controlo dos armamen-
tos na República da Letónia.
Plano regional

LITUÂNIA Malta participa na apresentação de relatórios anuais no âmbito do


intercâmbio de informação da OSCE, em conformidade com o
a) Obrigações de comunicação internacionais documento da OSCE sobre as ALPC, e com o intercâmbio de
informações no quadro da OSCE sobre transferências de armas
convencionais e informação militar. Na qualidade de Estado-
A Lituânia apresentou os seguintes relatórios e questionários naci- -Membro da UE, Malta participa periodicamente nas reuniões do
onais em 2006: Grupo do controlo de exportações de armas do Conselho da UE,
que compreendem debates e negociações sobre uma revisão do
Código de Conduta da UE relativo à Exportação de Armas.
— Relatório voluntário nos termos do Programa de Acção das
Nações Unidas contra o tráfico ilícito de armas ligeiras e de
pequeno calibre; Plano mundial

— Informação comunicada ao Registo de Armas Convencionais Malta aplica e implementa integralmente, através do seu direito
da ONU; interno, as disposições sobre embargos ao fornecimento de armas
decididas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e apoia
— Relatório anual ao abrigo do Código de Conduta da UE rela- as resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas relaciona-
tivo à Exportação de Armas; das com as armas convencionais, o comércio ilícito de armas
ligeiras e de pequeno calibre, a transparência em matéria de arma-
mentos e a transparência das despesas militares. Malta apresenta
— Informação anual ao abrigo do documento da OSCE sobre as também anualmente o seu relatório nacional em conformidade
ALPC sobre importações e exportações de ALPC e ALPC com a resolução da Assembleia Geral da ONU «Transparência em
detectadas como excedentárias e/ou apreendidas e destruídas; matéria de armamentos».
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/23

Em Abril de 2005, Malta tornou-se Estado participante do Acordo aumentam os níveis de violência armada e minam o desenvolvi-
de Wassenaar sobre os Controlos à Exportação de Armas Con- mento e instaram todos os Estados-Membros a apoiar o reforço
vencionais e Bens e Tecnologias de Dupla Utilização. do Programa de Acção das Nações Unidas sobre as ALPC.

PAÍSES BAIXOS
Malta continua a acompanhar com interesse e apoia inteiramente
a proposta de um tratado sobre o comércio de armas juridica-
mente vinculativo que estabelece padrões internacionais comuns Em 2006, os Países Baixos contribuíram para as seguintes insti-
para o comércio de todas as armas convencionais, a ser negoci- tuições, projectos e outras actividades no domínio das armas ligei-
ada nas Nações Unidas. No que respeita à corretagem das ALPC, ras e de pequeno calibre (ALPC) e das munições.
Malta acha que é necessário mais trabalho de fundo neste domí-
nio a nível mundial. O controlo da corretagem continua a ser uma
alta prioridade, dado que a corretagem e o tráfico ilícito de ALPC — Safer Africa, projecto de acção de apoio à luta contra o comér-
se encontram reconhecidamente entre os principais factores que cio ilícito de armas de pequeno calibre na África Austral,
fomentam o comércio ilícito mundial. Ocidental e Oriental;

— Centro Regional de armas de pequeno calibre (RECSA), imple-


mentação da Declaração de Nairobi e do Protocolo de Nai-
Malta apoia também a implementação plena do Programa de robi na região dos Grandes Lagos e no Corno de África;
Acção da ONU de 2001 sobre as ALPC e trabalhará para um des-
fecho positivo da Conferência de Revisão de 2006 do Programa
de Acção das Nações Unidas para Prevenir, Combater e Erradicar — Saferworld, «Diminuir a violência armada, reforçar a segurança
o Comércio Ilícito de Armas Pessoais e Ligeiras em Todos os seus das pessoas e criar as condições de um desenvolvimento sus-
Aspectos. Malta está empenhada em trabalhar contra a prolifera- tentável através do controlo das armas de pequeno calibre»;
ção e o uso indevido de armas ligeiras e de pequeno calibre, e
saúda a adopção de um instrumento internacional destinado a
habilitar os Estados a identificarem e despistarem com rapidez e — Instituto de Estudos de Segurança (IES), estudos por país e
fiabilidade as armas ligeiras e de pequeno calibre ilícitas, na 60.a investigação transfronteiras na África Austral, Oriental e Cen-
sessão da Assembleia Geral da ONU e esforçar-se-á por assegurar tral para efeitos de implementação e transferência de dados;
que o instrumento internacional a adoptar seja juridicamente vin-
culativo. Malta apoiou também a resolução 60/68 da AGNU sobre
a resposta às repercussões negativas do fabrico, transferência e cir- — IANSA, estratégia de sensibilização mundial a favor da dimi-
culação ilícitas de ALPC e da sua acumulação excessiva sobre a nuição das armas de pequeno calibre;
situação humanitária e o desenvolvimento, e que reconhece os
papéis que as mulheres e as organizações de mulheres poderiam
desempenhar nos processos de entrega de ALPC, de desmobiliza- — Small Arms Survey, «financiamento de base»;
ção e de reinserção, o requisito de as necessidades das mulheres e
das jovens combatentes e seus dependentes serem abordadas nos
programas de desarmamento, desmobilização e reinserção e o — Dealing and Wheeling in SALW, documentário de Sander Fran-
compromisso de promover e proteger os direitos e o bem-estar cken, contribuição financeira para a revelação e distribuição
das crianças no conflito armado. do documentário;

— Fórum de Genebra, «Building Peace and Security Partnerships»;

Na qualidade de Estado-Membro da UE, Malta participa na Estra-


tégia da União Europeia de luta contra a acumulação ilícita e o trá- — Asociacion para Politicas Publicas (APP), actividades contra a
fico de ALPC e respectivas munições, adoptada pela UE em proliferação e o comércio ilícito de armas de pequeno calibre
Dezembro de 2005. na Argentina;

— Saferworld, projecto «Biting the Bullet»;


Malta juntou-se aos demais Chefes de Governo na Cimeira da reu-
nião dos Chefes de Governo do Commonwealth (CHOGM), rea- — HALO Trust, recolha e destruição de armas ligeiras, de
lizada em Malta em Novembro de 2005, na adopção do pequeno calibre e munições no Afeganistão;
comunicado final, que se refere designadamente às ALPC e ao Tra-
tado sobre o Comércio de Armas. No seu comunicado final, os
Chefes de Governo da Commonwealth assinalaram a proposta de — HALO Trust «Programa de eliminação de armas e munições
elaboração de padrões internacionais comuns para o comércio de Angola, Fase 1», apoio técnico ao desarmamento dos civis em
armas convencionais e secundaram os apelos a que os trabalhos Angola;
sobre um Tratado relativo ao comércio de armas começassem nas
Nações Unidas. No tocante às ALPC, os Chefes de Governo expri-
miram designadamente a sua profunda preocupação com a pro- — OSCE, projecto para a destruição e o armazenamento seguro
dução ilegal, o comércio ilícito e a disponibilidade incontrolada de de ALPC e de munições convencionais na República do
armas ligeiras e de pequeno calibre, que prolongam os conflitos, Tajiquistão;
C 299/24 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

— UNIDIR, elaboração de um «Protocolo sobre o diagnóstico Foram afectadas em Janeiro de 2006 dotações financeiras para a
das necessidades securitárias»; implantação de um sistema integrado de gestão de fronteiras,
tendo a Polícia de Fronteiras criado um «Gabinete de Informática
e Comunicações» para supervisionar a sua implementação. A
— UNIDIR, estudo comparativo sobre a corretagem, publicado segurança das fronteiras foi também melhorada através da com-
em 2006; pra de equipamento informático suplementar, de formação em
análise de risco operacional, e do recrutamento de 1 800 agentes
suplementares para a Polícia de Fronteiras.
— PNUD/Bósnia e Herzegovina, destruição de ALPC e de
munições;
A Roménia participa em diversos mecanismos internacionais e
regionais respeitantes às ALPC, incluindo a OSCE, o PA da ONU
— PNUD/Kosovo, «Iniciativa sobre o controlo das armas de e o Acordo de Wassenaar.
pequeno calibre no Kosovo»;

Em 2006, peritos romenos participaram na primeira sessão do


— Fundo fiduciário PNUD/GPRC, contributo geral para a Grupo intergovernamental de peritos da ONU para analisar novas
rubrica 4 Armas ligeiras e de pequeno calibre; medidas de reforço da cooperação internacional no domínio da
prevenção, combate e erradicação da corretagem ilícita de ALPC.
— Fundo fiduciário PNUD/GPRC, Controlo das armas de
pequeno calibre, União do Rio Mano Os relatórios sobre as transferências de ALPC são apresentados às
organizações e instâncias competentes, mas os relatórios anuais
sobre as armas convencionais encontram-se também à disposição
— Fundo fiduciário NAMSA/OTAN PPP, destruição de armas do público no sítio web oficial da ANCEX (www.ancex.ro).
ligeiras e de pequeno calibre, MANPADS e munições na
Ucrânia;
ESLOVÁQUIA
— Fundo fiduciário NAMSA/OTAN PPP, destruição de munições
na Albânia; Plano regional

POLÓNIA A Eslováquia subscreve o Código de Conduta da UE relativo à


Exportação de Armas e na qualidade de membro da OSCE fornece
todos os anos informação sobre exportações, importações e exce-
Como nos anos anteriores, o Ministério da Economia organizou, dentes de ALPC, incluindo outra informação relevante neste
co-patrocinou e participou em reuniões bilaterais e internacionais domínio de harmonia com o documento da OSCE sobre as ALPC.
durante as quais foram expostos os princípios e a experiência da Na sua política em matéria de controlo das exportações, a Eslo-
Polónia no domínio do controlo das exportações de armas. váquia observa os princípios da OSCE sobre transferências de
Realizaram-se em 2006 uma série de seminários e consultas sobre armas.
estas matérias, designadamente com: a Ucrânia em Janeiro e
Agosto, a Croácia em Março e Novembro, a Eslováquia em Abril,
a Bulgária, a Sérvia e o Montenegro em Maio, a Bósnia e Herze- Plano mundial
govina em Junho, a Hungria em Setembro e a Alemanha em
Outubro. Durante as reuniões, foi debatido todo um leque de No domínio do controlo das exportações, a Eslováquia observa os
matérias relacionadas com o sistema de controlos à exportação. compromissos internacionais decorrentes das correspondentes
O lado polaco traçou uma panorâmica da legislação e do sistema resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
internos de controlo das exportações, tendo exposto igualmente
as considerações de natureza política que são tidas em conta no
processo de licenciamento. Foi conferida especial atenção às obri- A Eslováquia é uma das signatárias do Protocolo das Nações Uni-
gações que se prendem com o facto de a Polónia ser membro da das contra o Fabrico e o Tráfico de Armas de Fogo, suas Partes,
UE (papel central do Código de Conduta da UE) e com o Acordo Componentes e Munições, que complementa a Convenção das
de Wassenaar (resoluções e disposições), e também com o Pro- Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional.
grama de Acção das Nações Unidas sobre as ALPC. Peritos no
processo de licenciamento expuseram o funcionamento do pro- Este ano, a Eslováquia fornecerá pela primeira vez a informação
cesso polaco de controlo das exportações com exemplos práticos anual sobre exportações e importações de ALPC para o registo da
de cooperação inter-serviços. ONU em conformidade com a Resolução 61/66.

ROMÉNIA ESLOVÉNIA

Em 2006, a Roménia participou em várias iniciativas regionais e Em 2005, a Eslovénia exerceu a Presidência da OSCE. Portanto, a
internacionais relacionadas com questões das ALPC tais como a maior parte das actividades da Eslovénia em matéria de armas
INTERPOL, a EUROPOL, a Organização de Cooperação Econó- ligeiras e de pequeno calibre nesse período centrou-se no quadro
mica do Mar Negro (BSEC), a iniciativa da Europa Central (IEC) e da OSCE. Essas actividades prosseguiram ao longo de 2006.
o Centro regional de luta contra a criminalidade transfronteiras da Como tal, as contribuições financeiras infra cobrem os anos
Iniciativa de Cooperação Sudeste Europeia (ICSE). de 2005 e de 2006.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/25

Em 2005, o Governo da Eslovénia afectou EUR 100 000 à exe- compromete a afectar uma verba mínima de 1 000 000 euros (a
cução dos projectos da OSCE para a destruição de excedentes de desembolsar durante o período entre 2006 e 2008) como contri-
armas ligeiras e de pequeno calibre e de munições convencionais. buto para as actividades e os programas da CEDEAO, que com-
Em 2006, prosseguiu-se a execução dos projecto e o consumo das preende o apoio ao «Programa de controlo de armas de pequeno
verbas de 2005, tendo o Governo afectado EUR 15 025 suple- calibre na África Ocidental» num montante total
mentares para esses fins. de 750 000 euros.

Em 2005 e 2006, as despesas da Eslovénia neste domínio Auxílio financeiro, técnico e outro auxílio bilateral prestado a outros
destinaram-se aos seguintes projectos: Estados, em especial os situados em regiões afectadas

1. Tajiquistão: EUR 40 000 para a preparação de locais de arma- A Espanha prosseguiu o programa de auxílio técnico, iniciado em
zenamento de armas ligeiras e de pequeno calibre. 2005, ministrado pela Guardia Civil às autoridades de Cabo Verde
(Ministério do Interior) sobre controlo de armas de fogo e
explosivos.
2. Tajiquistão: EUR 19 808,12 para a destruição de 108 moto-
res de arranque de foguetes, financiada conjuntamente pela
Eslovénia e Andorra (valor total do projecto: EUR 36 990). Coordenação de medidas práticas com outros Estados-Membros e com a
Comissão Europeia
3. Azerbaijão: EUR 15 191,88 para a fase I do projecto de des-
truição de mistura para combustível para foguetes; a fase I A Espanha participou nas reuniões realizadas em Bruxelas no qua-
encontra-se agora concluída. dro das directivas da UE relativas às armas de fogo e aos explosi-
vos. A Espanha utiliza regularmente o mecanismo de consulta
com os outros Estados-Membros da UE previsto no Código de
4. Ucrânia: EUR 25 000 para a aquisição de localizadores de Conduta da UE relativo à Exportação de Armas. Todas as comu-
UXO e detectores de minas e EUR 15 025 para a aquisição de nicações sobre extravio ou furto de armas de fogo são transmiti-
dispositivos de destruição de UXO. Esses projectos estão a ser das ao Gabinete de ligação da Polícia Judiciária, que comunica
realizados no quadro da eliminação das consequências do aci- todos os dados pertinentes ao Sistema de Informação de Schen-
dente no depósito de munições convencionais em Novobog- gen (SIS). A Espanha participa no Programa MEDA da UE desti-
danovka, Ucrânia. nado a reforçar os controlos fronteiriços em Marrocos, no
Gabinete de Coordenação da UE para o Apoio à Polícia Palestini-
Em 2005 e 2006, as despesas totais da Eslovénia para os projec- ana e na Missão PAMECA de apoio à organização e reforço da
tos supra foram de EUR 115 025. Alguns projectos ainda se polícia albanesa.
encontram em fase de execução e as verbas remanescentes ascen-
dem a EUR 35 091. No quadro da «Operação Althea» da UE (Bósnia e Herzegovina),
forças espanholas destacadas na Combined Task Force South (inte-
Em 5 e 6 de Dezembro de 2006, por ocasião do Conselho Minis- grado na EUFOR desde 2004) recolheram o seguinte material:
terial da OSCE em Bruxelas, a Eslovénia — em conjunto com o 60 700 cartuchos, 145 carregadores (99 cheios, os restantes
Secretariado da OSCE — apresentou a execução dos projectos da vazios), 79 armas de guerra, 730 granadas de mão, 56 granadas
OSCE no domínio das armas ligeiras e de pequeno calibre, arse- balísticas, 3 200 minas e cerca de 6,1 quilogramas de explosivos.
nais excessivos de munições convencionais e misturas para com-
bustível para foguetes. O contributo da Eslovénia para a execução No quadro da «Joint Enterprise Operation» (Kosovo), as forças
e financiamento desses projectos foi igualmente exposto. Repre- espanholas recolheram 3 caçadeiras e 6 cartuchos de munição de
sentantes da Eslovénia participam ordinariamente nas visitas de caça.
avaliação dos peritos da OSCE aos países que enfrentam proble-
mas neste domínio, ao passo que um representante da missão per-
manente da Eslovénia na OSCE actua como coordenador para as SUÉCIA
questões respeitantes à destruição de excedentes de munições
convencionais no âmbito do Fórum da OSCE sobre segurança e Em 2006, a Suécia apoiou vários programas relacionados com as
cooperação. ALPC, incluindo os seguintes:

ESPANHA — Acordo com projectos de apoio PNUD/BCPR, em cooperação


com a OSCE, relacionados com a destruição de ALPC em paí-
ses da área geográfica da OSCE, como a Bielorrússia
No domínio das armas ligeiras e de pequeno calibre, a Espanha (SEK 25 000 000; ± EUR 2 700 000)
participa activamente nos trabalhos da ONU, da OSCE, do Acordo
de Wassenaar (AW) e do Fórum Parlamentar sobre as armas ligei-
ras e de pequeno calibre. — Financiamento do Small Arms Survey (SEK 1 000 000;
± EUR 107 000)
Auxílio financeiro, técnico e sob outras formas prestado a projectos
pertinentes conduzidos pelos órgãos da ONU, outras organizações — Financiamento do Saferworld (SEK 800 000; ± EUR 86 000)
internacionais ou regionais e ONG
— Financiamento do Viva Rio para um projecto na América
Em Dezembro de 2005 a Espanha assinou um Memorando de Latina (SEK 350 000; ± EUR 37 500)
entendimento com o Secretário Executivo da Comunidade Eco-
nómica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em que se — Financiamento da IANSA (SEK 350 000; ± EUR 37 500)
C 299/26 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

— Apoio através da OSCE à destruição de ALPC no Tajiquistão Por último, o Reino Unido celebrou um novo acordo de financi-
(SEK 800 000; ± EUR 86 000) amento com o Fórum Parlamentar para melhorar a sensibilização
e a supervisão parlamentar dos controlos internos das armas de
pequeno calibre.

A entidade sueca para a ajuda ao desenvolvimento, a SIDA, con-


tribuiu também para projectos relacionados com as ALPC:
UNIÃO EUROPEIA

— Financiamento da Fundação Arias para um projecto na Amé- Em 2006, o conceito da UE para a DDR foi adoptado pelo Con-
rica Latina (SEK 1 500 000; ± EUR 161 800) selho, na sequência da adopção de um quadro político para a
reforma do sector da segurança (RSS), que aliou a Comunicação
da Comissão Europeia sobre a RSS e o conceito de RSS da PESD.
Ambos os documentos integram políticas que visam solucionar
— Financiamento da Oxfam GB para o Programa de Controlo de problemas das armas de pequeno calibre. As ALPC, o DDR e a
Armas na África Ocidental (SEK 6 000 000; ± EUR 647 115) RSS foram identificadas como áreas prioritárias nas situações
pós-conflituais.

— Financiamento da Saferworld para programas no Corno da


África e na Região dos Grandes Lagos (SEK 3 200 000; O continente africano continuou a ser o que concitou maior aten-
± EUR 345 000) ção e financiamento por parte da UE. A UE contribuiu com
EUR 17 milhões, dos quais: EUR 2 milhões para a CEDEAO
(EUR 0,515 milhões da PESC e EUR 1,5 milhões do FED) para
apoiar a Convenção relativa às ALPC e respectiva implementação
— Financiamento do PNUD/BCPR para apoiar o programa de através de comissões nacionais; EUR 8 milhões (FED) ao Congo
controlo das armas de pequeno calibre da CEDEAO Brazzaville para programas DDR; e EUR 7 milhões disponibiliza-
(SEK 10 000 000; ± EUR 1 078 000) dos à UNICEF e ao CICV para medidas várias, desde a DDR de cri-
anças à protecção das vítimas dos conflitos armados (IEDDH).

— Financiamento da Unicef (± SEK 1 900 000; ± EUR 204 960) Sul e Leste da Europa; EUR 5.7 milhões (Projectos-piloto e TAIEX),
para projectos à escala regional a apoio específico à Croácia,
foram consagrados ao reforço das capacidades administrativas,
judiciais e repressivas das autoridades nacionais para a gestão
REINO UNIDO interna de existências de ALPC e munições e para o controlo das
exportações, incluindo para a sensibilização da sociedade civil e o
ensino.

O Reino Unido combate a oferta, a disponibilidade e a procura de


armas de pequeno calibre e armas ligeiras através de políticas e Ucrânia; EUR 1,2 milhões (EUR 1 milhões PESC, EUR 0.2 milhões
programas inovadores. FCO, DFID e MoD colaboram na execu- TACIS) foram afectados à destruição de excedentes de ALPC atra-
ção da política do Reino Unido, para a qual contribuem os GBP 13 vés de um projecto OTAN/NAMSA e à formação e capacitação
milhões da estratégia para as ALPC (2004-2007) ao abrigo do para a segurança intrínseca e extrínseca das actividades nos paióis
Fundo Comum para a Prevenção dos Conflitos Mundiais. No de Novoboghdanivka, em articulação com a OSCE.
último ano, o Reino Unido apoiou programas das agências da
ONU e das ONG para recolher, gerir e destruir armas e munições,
implementar acordos regionais existentes; conceber e implemen- América Latina; EUR 700 000 (PESC) para o UNLiREC para a fase
tar planos de acção nacionais, e ajudar a reforçar a capacidade da final de um programa que começou em 2001 e se destinava a
sociedade civil local. A ONG Saferworld, sedeada no Reino Unido, combater a acumulação desestabilizadora e a proliferação de
tem sido um parceiro decisivo. O Reino Unido dotou igualmente armas ligeiras e de pequeno calibre na América Latina e nas Cara-
a Small Arms Survey de verbas para apoiar a análise, numa óptica íbas, formando os formadores.
política, do controlo das ALPC e da redução da violência armada
e apoiou campanhas e acções de defesa mundiais relacionadas
com as ALPC e o Tratado sobre o Comércio de Armas, coorde-
nadas pela IANSA e a Control Arms Campaign. O Reino Unido con- Ásia: No Afeganistão, foram atribuídos EUR 26,2 milhões (ALA)
tribuiu para a formação de mais de 2 000 agentes dos serviços de ao «Projecto Munições». O projecto quinquenal UE-ASAC (PESC)
execução da lei na região da América Latina através do UNLiREC. no Camboja foi concluído com êxito.
O Reino Unido apoiou igualmente um programa progressivo que
abarca iniciativas de índole comunitária, controlo de armas de
pequeno calibre e RSS, dirigido pela Viva Rio no Brasil. O Reino Os principais instrumentos da assistência da CE para o perí-
Unido continua a apoiar a implementação do Protocolo de Nai- odo 2007-2013 foram programados em 2006. A Comissão Euro-
robi, um acordo sub-regional nos Grandes Lagos e no Corno de peia tem procurado integrar as questões relacionadas com as
África para combater a proliferação e o uso indevido de ALPC, ALPC nos documentos de estratégia regional e por país. A redac-
através do Centro regional das armas de pequeno calibre. O ano ção conjunta de planos de acção nacionais e regionais proporci-
passado, o Reino Unido financiou a destruição de armas e muni- ona aos países parceiros oportunidade de atribuírem a devida
ções e a formação na África Austral, na Bielorrússia e no Kosovo. prioridade política e económica à resolução destas questões.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/27

III. PARTICIPAÇÃO NOS TRABALHOS DAS ORGANIZAÇÕES Entre todos estes eventos de 2006, o mais espectacular foi a Pri-
INTERNACIONAIS E REGIONAIS meira Conferência de Avaliação do Programa de Acção em maté-
ria de ALPC da ONU (Nova Iorque, 25 de Junho-7 de Julho
de 2006).
ÁUSTRIA

A Bulgária também participou na primeira sessão do Grupo de


Durante a Presidência austríaca (primeira metade de 2006), a UE Peritos Governamentais da ONU que analisaram quais os novos
reforçou o seu papel dirigente no processo ALPC da ONU passos a dar para aumentar a cooperação internacional em maté-
tomando uma posição activa na reunião preparatória de Janeiro e ria de prevenção, combate e erradicação da corretagem ilegal de
na Conferência de Avaliação do Programa de Acção de 2001 em ALPC (Genebra, 27 de Novembro-1 de Dezembro de 2006).
Junho.

Quanto à área do controlo das exportações de ALPC (incluindo


A UE conseguiu que as suas prioridades — controlos mais rigo- MANPADS), a República da Bulgária respeita escrupulosamente
rosos sobre as transferências de ALPC, início de um processo da todos os seus compromissos/obrigações internacionais decorren-
ONU para as munições, implementação do instrumento de mar-
tes da sua participação e/ou pertença a todos os regimes interna-
cação e seguimento, aumento da acção da ONU contra a media-
cionais de controlo das exportações e organizações internacionais,
ção ilegal, integração das questões das armas de pequeno calibre
em especial os embargos da ONU e/ou da OSCE e/ou os compro-
nas estratégias de desenvolvimento e de redução da pobreza e
missos AW.
continuação de um acompanhamento universal no quadro da
ONU — fossem os tópicos da conferência.

Os peritos búlgaros participaram activamente no seminário orga-


Na preparação da Conferência de Avaliação, a Áustria desenvol- nizado por Israel sobre MANPADS — Medidas Internacionais Efi-
veu iniciativas da UE em 42 Estados e pediu apoio para as posi- cazes para Reduzir a Ameaça (Jerusalém, 5-6 de Abril de 2006) e
ções da UE em diversas reuniões bilaterais. no seminário organizado pela Oxfam, Saferworld e Amnistia
Internacional sobre os controlos de exportação de ALPC (Bruxe-
las, 20 de Abril de 2006).
BULGÁRIA

Os peritos da Agência Aduaneira assistiram ao seminário sobre


Em 2006, a Bulgária co-patrocinou a resolução 61/89 da AGNU actividades de corretagem organizado pelos RACVIAC, OSCE,
intitulada «Rumo a um tratado sobre o comércio de armas: defi- Alemanha, Países Baixos e Noruega (Zagreb, 29-30 de Março
nir normas internacionais comuns para a importação, exportação de 2006).
e transferência de armas convencionais», partilhando da opinião
de que é do interesse comum da comunidade internacional fazer
vigorar um tratado sobre o controlo das armas que fixe princí- Em 2006, o Ministério do Interior, juntamente com o Departa-
pios juridicamente vinculativos para o comércio das armas mento de Comércio dos EUA, contribuiu para a elaboração de um
convencionais. Curso de Formação em Aplicação da Lei, tendo em vista melho-
rar a implementação das disposições da legislação vigente sobre
o controlo das exportações de armas e de bens e tecnologias de
De acordo com o documento da OSCE sobre as ALPC, em dupla utilização.
28 de Junho de 2006, a Bulgária prestou as suas informações anu-
ais sobre as exportações de ALPC referentes a 2005.
CHIPRE
Em 2006, a Bulgária assumiu as responsabilidades da presidência
do Fórum para a Cooperação em matéria de Segurança da OSCE
(FCS). A presidência búlgara do FCS organizou uma reunião espe- [não foram disponibilizadas informações]
cial sobre as ALPC em 17 de Maio de 2006, em Viena. Esta reu-
nião lançou as bases da preparação do contributo da OSCE/FSC
para a Conferência da ONU de Avaliação do Programa de Acção
para Prevenir, Combater e Erradicar o Comércio Ilícito de Armas REPÚBLICA CHECA
Pessoais e Ligeiras em Todos os seus Aspectos (Nova Iorque,
26 de Junho-7 de Julho de 2006). Além disso, a presidência do
FCS entregou um relatório à Conferência da ONU de Avaliação da A República Checa está a participar activamente na implementa-
implementação do documento da OSCE sobre as ALPC e projec- ção do Programa de acção da ONU contra o tráfico de ALPC.
tos de actividades relacionadas nos diferentes Estados participan- Em 2006, a República Checa contribuiu com 1 000 000 de CZK
tes da OSCE. (USD 47 308,17 = EUR 34 910) para as actividades do Fundo
Fiduciário para a Consolidação da Paz através de Medidas Práticas
de Desarmamento. Esta verba será utilizada para apoiar a segunda
Em 2006, a Bulgária participou em conferências, cursos, seminá- fase da base de dados CASA, cuja implementação vai de Novem-
rios e reuniões internacionais relacionados com os problemas das bro de 2006 a Novembro de 2007. Um dos principais objectivos
ALPC, organizados pela ONU, OSCE, UE, OTAN e outras organi- da CASA é acompanhar a implementação do Programa de Acção
zações internacionais e regionais. da ONU por cada Estado membro da ONU.
C 299/28 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

Em 2006, a coordenação inter-agências concentrou-se nomeada- Anualmente, a Estónia envia relatórios ao Registo de Armas Con-
mente na preparação da Conferência de 2006 de Avaliação do vencionais da ONU.
Programa de Acção da ONU contra o tráfico de ALPC e na imple-
mentação do instrumento multilateral sobre marcação e traçabi-
lidade. Foi também dada a devida importância ao debate noutros FINLÂNDIA
fóruns multilaterais relevantes (Primeira Comissão da AGNU,
OSCE, Acordo de Wassenaar).
A Finlândia participa activamente nos trabalhos das organizações
internacionais e nos acordos regionais sobre questões relaciona-
das com as ALPC. A Finlândia participa nas reuniões e na redac-
A República Checa cooperou, entre outros, com serviços nacio-
ção de relatórios para a ONU, a OSCE, a OTAN/EAPC e o Acordo
nais da Interpol em Lima e em Wiesbaden relativamente a 147
de Wassenaar. A Finlândia fez também parte do Grupo de Peritos
processos que envolveram 1 791 armas.
Governamentais (GPG) sobre corretagem.

Participação dos trabalhos de organizações internacionais e regionais


DINAMARCA

— Destacamento de um oficial de apoio FCS para o Centro de


Em 2006, a Dinamarca continuou a participar nas actividades da Prevenção de Conflitos da OSCE encarregado das questões
ONU relacionadas com as ALPC, incluindo o Grupo de Trabalho relacionadas com as armas de pequeno calibre;
Aberto sobre Marcação e Traçabilidade das Armas Ligeiras e de
Pequeno Calibre Ilegais, a Conferência de Avaliação do Programa
de Acção ALPC da ONU e em debates importantes do Conselho — Contributo financeiro para o Seminário «Biting the Bullet» do
de Segurança na qualidade de membro deste. A Dinamarca tam- Saferworld realizado em Maio de 2006 em Helsínquia, inte-
bém continuou a participar nas actividades de Acordo de Wasse- grado no apoio à preparação da Conferência de Avaliação da
naar e da OSCE, incluindo em seminários e ateliers e noutras ONU sobre as ALPC (total: 60 000 euros);
actividades relacionadas com as ALPC. A Dinamarca participa
ainda na cooperação nórdica e báltica na área do controlo das — Apoio financeiro a um projecto regional de controlo das
armas e do tráfico de armas. A Dinamarca está a implementar o armas de pequeno calibre na Guatemala, Honduras, El Salva-
documento da OSCE sobre armas ligeiras e de pequeno calibre e dor e Nicarágua, implementado pelo IEPADES — Instituto de
as orientações para as melhores práticas na exportação de armas Enseñanza para el Desarollo Sostenible. Este projecto teve
ligeiras e de pequeno calibre do Acordo de Wassenaar. como objectivo reduzir o comércio ilegal de armas de
pequeno calibre nas zonas fronteiriças dos países referidos
(total: cerca de 30 000 euros);
ESTÓNIA
— Contributo financeiro para o inquérito sobre armas de
pequeno calibre para a edição do Anuário das Armas de
Em Abril de 2006, a Estónia efectuou uma inspecção ao controlo Pequeno Calibre (2006) (total: 20 000 euros);
de armas para o Turquemenistão no âmbito do documento de
Viena da OSCE. Os inspectores controlaram a correcção dos
dados sobre as armas existentes, fornecidos pelo país inspeccio- — Contributo financeiro para a investigação do UNIDIR (Insti-
nado. O relatório da inspecção foi enviado a todos os Estados que tuto das Nações Unidas para a Investigação sobre Desarma-
participam na OSCE. mento) sobre assistência em matéria de ALPC (total:
20 000 euros);

A Estónia é um país que participa no Acordo de Wassenaar. — Contributo financeiro para a IANSA (Rede de Acção Interna-
cional sobre Armas Ligeiras), em apoio ao Tratado sobre o
Comércio de Armas — actividades conexas (total:
Os representantes da Estónia participaram activamente em algu- 15 000 euros).
mas conferências, cursos e seminários internacionais dedicados
aos problemas das ALPC, organizados pela ONU, OSCE, UE e
outras organizações internacionais, bem como ONG. O principal FRANÇA
evento foi a Primeira Conferência de Avaliação do Programa de
Acção da ONU sobre ALPC.
Desde 2006 que a França participa activamente nos debates do
grupo de peritos estatais sobre corretagem criado pela
resolução 60/81 sobre «comércio ilegal de armas ligeiras e de
Os representantes da Comissão de Bens Estratégicos também par- pequeno calibre em todos os seus aspectos».
ticiparam activamente nos trabalhos dos grupos da União Euro-
peia para os controlos à exportação de armas convencionais
(COARM) e de bens de dupla utilização (WPDUG). Por iniciativa Pelo segundo ano consecutivo, a França, juntamente com a Ale-
da Estónia, as melhores práticas do Código de Conduta da UE manha, apresentou uma resolução sobre os problemas causados
sobre Exportação da Armas foram complementadas com um pelo acumulação de stocks de munições convencionais em
novo formato de notificação acerca da recusa de registar um inter- excesso, na Primeira Comissão da 61.a Assembleia Geral. A reso-
mediário de armas. lução foi aprovada.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/29

Em 2006, a França lançou uma iniciativa internacional para com- GRÉCIA


bater o tráfico de ALPC por via aérea, que envolveu a Organiza-
ção para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), a União
Europeia, o G8 e o Acordo de Wassenaar. O objectivo desta ini- Alguns funcionários do Ministério da Segurança Pública grego
ciativa é melhorar a cooperação entre Estados no controlo das participaram em reuniões e seminários sobre questões relaciona-
companhias aéreas privadas suspeitas de envolvimento no tráfico das com as armas ligeiras e de pequeno calibre. Um funcionário
de armas à revelia do embargo das Nações Unidas, conduzindo está também a participar nas reuniões do Grupo do Comité de
simultaneamente um diálogo com a indústria dos transportes Harmonização Técnica do Conselho da UE, a propósito da alte-
aéreos sobre o modo e os meios de aumentar a traçabilidade, a ração da Directiva 91/477/CEE sobre o controlo da aquisição e
transparência e a segurança deste meio de transporte de ALPC e posse de armas e seu ajustamento às disposições do artigo 10.o do
respectivas munições. Esta iniciativa faz parte da implementação Protocolo da ONU.
alargada do plano de acção para combater o tráfico de ALPC e res-
pectivas munições aprovado pela UE em 2005. A cimeira do G8
realizada em S. Petersburgo (2006) defendeu o apoio para esta ini-
ciativa. A OSCE também a apoiou na cimeira ministerial de Bru- HUNGRIA
xelas (Dezembro).

Juntamente com o Departamento de Estado dos EUA, Serviço da


Não Proliferação, Gabinete da Cooperação em matéria de Con-
trolo das Exportações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros
ALEMANHA
húngaro organizou um seminário para os países do Sudeste da
Europa sobre controlo das exportações, em Szeged, Hungria, em
Junho de 2003. A conferência apresentou os aspectos básicos da
construção de um sistema eficaz de controlo das exportações e
A Alemanha está a participar activamente nos trabalhos de orga-
constituiu uma oportunidade para debater as abordagens e preo-
nizações internacionais e regionais, bem como em acordos sobre
cupações regionais, a última das quais foi principalmente como
armas ligeiras e de pequeno calibre e respectivas munições. Estas
lidar com os problemas relacionados com as ALPC na região.
organizações e acordos incluem em especial a ONU, a OSCE, a
OTAN e o Acordo de Wassenaar. A Alemanha destaca periodica-
mente peritos para visitas de avaliação e apreciação, bem como
ATELIERS e seminários organizados no âmbito dessas organiza- Em colaboração com o Departamento de Estado dos EUA, Ser-
ções. Em 2006, essas iniciativas abrangeram em especial o Quir- viço da Não Proliferação, Gabinete da Cooperação em matéria de
guistão, o Tajiquistão, o Turquemenistão e a Ucrânia. Controlo das Exportações, o Ministério dos Negócios Estrangei-
ros húngaro organizou em Budapeste a quinta conferência inter-
nacional sobre controlos das exportações de 15 a 17 de Setembro
de 2003. (Esta conferência foi a quinta de uma série de eventos
Juntamente com a França, a Alemanha apresentou a conhecida como «processo de Oxford».) Nela participaram mais
resolução 61/72 da AGNU sobre «problemas decorrentes da acu- de 180 funcionários ligados ao controlo das exportações prove-
mulação de stocks de munições convencionais em excesso», com nientes de 40 países e os representantes dos regimes multilaterais
o objectivo de dar maior proeminência à questão das munições e de controlo das exportações, da indústria e das ONG. Um dos
respectivos stocks na agenda internacional. A falta de uma gestão principais tópicos da conferência foi a discussão de novas abor-
segura, eficiente e eficaz e de segurança dos stocks é uma impor- dagens ao controlo das armas convencionais, principalmente cer-
tante fonte do tráfico. A resolução contém a decisão de convocar tos tipos de ALPC, como as MANPADS.
um Grupo de Peritos Estais da ONU sobre a questão dos stocks
de munições convencionais em excesso em 2008.
O acontecimento mais importante do período recente é também
um resultado da cooperação internacional. A Hungria terminou a
redução/destruição de 1 540 unidades de MANPADS do tipo
No âmbito da OSCE, a Alemanha continuou a contribuir em espe- Strela-2 em Fevereiro de 2006. Este projecto foi em parte uma ini-
cial para o desenvolvimento de guias de boas práticas da OSCE na ciativa americana, co-financiada pelos EUA.
área das ALPC e respectivas munições. Em 2006, foram apresen-
tados os primeiros projectos de guias de boas práticas sobre trans-
porte de munições, bem como marcação, manutenção de registos Para efeitos de identificação dos grupos e indivíduos implicados
e acompanhamento de munições. no comércio ilegal de ALPC, a polícia húngara trabalha com a
Interpol e a Europol, fazendo parte do Centro Regional SECI de
Combate à Criminalidade Transfronteiriça, destinado a conceber
um sistema de troca de informações sobre tráfico de ALPC para
A Alemanha continuou a apoiar os esforços para desenvolver for- os países do Sudeste europeu.
matos normalizados para a cooperação e a formação técnicas em
matéria de gestão de stocks no âmbito da OTAN. Em Fevereiro
de 2006, a Alemanha organizou um seminário em Geilenkirchen
para desenvolver mais os procedimentos para a condução multi- IRLANDA
lateral dessas iniciativas. Juntamente com a Suíça, o Reino Unido
e os Estados Unidos, a Alemanha desenvolveu um curso de for-
mação ALPC multinacional, o qual se realizou pela primeira vez A Irlanda assistiu e participou activamente na Conferência de
na Suíça no Outono de 2006, com participantes de mais de 20 Apreciação das Nações Unidas sobre o programa de Acção con-
países e que será transferido para a Escola da OTAN em Oberam- tra o Tráfico de Armas Ligeiras e de Pequeno Calibre, realizada em
mergau a partir de 2007. Nova Iorque entre 26 de Junho e 7 de Julho de 2006.
C 299/30 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

Na 61.a Assembleia Geral da ONU, a Irlanda co-patrocinou diver- LETÓNIA


sas resoluções sobre armas ligeiras e de pequeno calibre, incluindo
a resolução 61/89 «Rumo a um Tratado sobre o Comércio de [não foram disponibilizadas informações]
Armas: definir normas internacionais comuns para a importação,
exportação e transferência de armas convencionais». Além disso,
a Irlanda votou favoravelmente algumas outras resoluções seme- LITUÂNIA
lhantes sobre armas ligeiras e de pequeno calibre.
A Lituânia participou na Conferência de Apreciação do Programa
A Irlanda apresentou relatórios anuais ao Registo de Armas Con- de Acção da ONU sobre armas ligeiras e de pequeno calibre
vencionais das Nações Unidas e presta contas à OSCE sobre os (26 de Junho-7 de Julho de 2006) e apoiou as posições acordadas
seus gastos militares. da UE, com especial ênfase nos controlos das transferências e na
corretagem.

A Irlanda é membro do Acordo de Wassenaar e o Departamento


Primeira Comissão da Assembleia Geral da ONU
do Negócios Estrangeiros e o Departamento das Empresas, do
Comércio e do Emprego participaram em todas as reuniões do
Acordo realizadas em 2006. A Lituânia participou nos trabalhos da Primeira Comissão e votou
a favor das seguintes resoluções sobre as ALPC:

ITÁLIA — Comércio ilegal de armas ligeiras e de pequeno calibre em


todos os seus aspectos (61/66);
Nações Unidas
— Controlo das armas convencionais a nível regional e sub-
-regional (61/82).
Em 2006, a Itália assistiu à Conferência de Apreciação do Pro-
grama de Acção das Nações Unidas contra o Tráfico de Armas A Lituânia co-patrocinou as resoluções sobre:
Ligeiras e de Pequeno Calibre de 2001, realizada em Nova Iorque
de 26 de Junho a 7 de Julho de 2006. Na 61.a AGNU, a Itália
co-patrocinou as seguintes resoluções aprovadas, com interesse — Assistência aos Estados para diminuírem o tráfico de armas
no caso das armas ligeiras e de pequeno calibre: ligeiras e recolherem-nas (61/71);

— Problemas decorrentes da acumulação de stocks munições


— Resolução 61/71: «Assistência aos Estados para diminuírem o
convencionais excedentárias (61/72);
tráfico de armas ligeiras e de pequeno calibre»;

— Transparência nos armamentos (61/77);


— Resolução 61/72: «Problemas decorrentes da acumulação de
munições convencionais excedentárias»;
— Rumo a um Tratado sobre o Comércio de Armas: definir nor-
mas internacionais comuns para a importação, exportação e
— Resolução 61/77: «Transparência nos armamentos»; transferência de armas convencionais (61/89).

A Lituânia apoia o Tratado sobre o Comércio de Armas (TCA),


— Resolução 61/89: «Rumo a um Tratado sobre o Comércio de juridicamente vinculativo, por forma a garantir uma regulação
Armas: definir normas internacionais comuns para a impor- geral e eficaz das transferências internacionais de armas conven-
tação, exportação e transferência de armas convencionais»; cionais. A Lituânia dará a sua resposta aos pedidos de opiniões do
Secretário-Geral da ONU.
— Resolução 61/101: «Reforçar a segurança e a cooperação na
região mediterrânica». Corretagem

A Itália também votou favoravelmente a Resolução 61/66 A Lituânia nomeou um perito para participar nos trabalhos do
(«Comércio ilegal de armas ligeiras e de pequeno calibre em todos Grupo de Peritos Governamentais que estuda novas medidas para
os seus aspectos»). aumentar a cooperação internacional na prevenção, combate e
erradicação da corretagem ilegal de armas ligeiras e de pequeno
calibre. Os peritos reúnem-se em três sessões de uma semana cada
OSCE e apresentarão um relatório sobre os resultados dos seus estudos
na 62.a sessão da Assembleia Geral.

Em 2006, a Itália continuou a implementar activamente o docu-


Outras formas de cooperação internacional
mento da OSCE sobre armas ligeiras e de pequeno calibre, apro-
vado em Novembro de 2000. Nesse âmbito, a Itália apresentou as
actualizações nacionais em matéria de troca de informações sobre São efectuadas reuniões periódicas sobre controlo das exporta-
aspectos importantes das ALPC (produção, marcação, controlos ções entre os países nórdicos e bálticos. A rede de peritos nacio-
das exportações, corretagem, técnicas de destruição) estabelecidos nais que trabalham na área do controlo de armas permite manter
pelo documento da OSCE acima referido. a cooperação entre os países.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/31

O Serviço de Polícia Criminal da Lituânia trabalha em coopera- (agora OQD da ONU) para as suas amplas consultas sobre a regu-
ção com outras polícias da UE. São constantemente efectuadas lamentação das actividades de corretagem e financiaram dois ate-
operações conjuntas, nomeadamente para prestar assistência a liers em Nova Iorque e Genebra.
investigações relacionadas com o tráfico de ALPC.

Os peritos lituanos cooperam com os representantes das ONG Os Países Baixos presidiram ao Grupo intergovernamental de
(Saferworld, IANSA), que desenvolvem a sua actividade em dife- peritos da ONU sobre corretagem ilícita de ALPC, que concluiu os
rentes aspectos das questões das ALPC sobre trocas de informa- seus trabalhos em Junho de 2007.
ções através de questionários, documentos de posição e presença
em ateliers.
Os Países Baixos pertencem ao Grupo de missão CPCD-CAD da
Foram assinados acordos bilaterais com alguns países (Alemanha, OCDE sobre violência armada e redução da pobreza, para
Letónia e Polónia), que abrangem a criminalidade organizada, as reforçar uma maior integração das políticas e programações em
drogas e o terrorismo. Em parte, ocupam-se também da coope- matéria de ALPC e de violência armada nos quadros de desenvol-
ração entre países que suscitam preocupação no que se refere ao vimento e nos programas de RSS. Os Países Baixos participaram
comércio ilegal de ALPC. em vários ateliers e reuniões sobre esta questão.

LUXEMBURGO
Um perito dos Países Baixos participou no Grupo de Peritos
Governamentais das Nações Unidas sobre o Registo de Armas
Em 2006, o Luxemburgo tomou parte nos trabalhos das seguin-
Convencionais da ONU.
tes organizações internacionais e regionais, em especial:

Nações Unidas
Os Países Baixos apresentaram em 2006 a resolução da AGNU
sobre Transparência em matéria de armamentos (61/77), que foi
O Luxemburgo assistiu à Conferência das Nações Unidas de aná- aprovada sem votos contra.
lise dos progressos na implementação do Programa de Acção para
Prevenir, Combater e Erradicar o Comércio Ilícito de Armas Pes-
soais e Ligeiras em Todos os seus Aspectos, realizada em Nova
Guia de melhores práticas da OSCE; os Países Baixos redigiram
Iorque entre 26 de Junho e 7 de Julho de 2006.
melhores práticas sobre destruição de munições.
Assembleia Geral das Nações Unidas

Na Primeira Comissão da 61.a sessão da Assembleia Geral, o POLÓNIA


Luxemburgo co-patrocinou ou votou favoravelmente as diversas
resoluções sobre as ALPC e as munições (61/89, 61/72, 61/79
e 61/66). Representantes da Polónia participaram activamente nalgumas
conferências internacionais, cursos e seminários dedicados aos
OSCE problemas das ALPC, organizados pela ONU, a OSCE, a UE, a
OTAN e outras organizações internacionais. Especificamente, a
Polónia fez-se representar na Primeira Conferência de Revisão do
A OSCE recebeu 16 500 euros para a desminagem humanitária e
Programa de Acção das Nações Unidas sobre as ALPC e nos tra-
a destruição de stocks perigosos de munições excedentárias na
balhos do Grupo de Peritos Intergovernamentais sobre a correta-
Ucrânia.
gem ilícita de ALPC. A Delegação Polaca esteve igualmente activa
no âmbito do acordo de Wassenaar, nomeadamente no novo
MALTA grupo sobre o transporte e a corretagem de ALPC e MANPADS
criado em 2006.
[não foram disponibilizadas informações]

O Ministério da Defesa Nacional deu uma palestra sobre iniciati-


PAÍSES BAIXOS vas internacionais relacionadas com as ALPC durante o curso da
OTAN sobre execução do controlo de armamentos em Oberam-
Em conjunto com o Reino Unido, os Países Baixos organizaram mergau. Representantes do Ministério participaram também em
uma sessão ministerial à margem da Conferência de revisão do PA diversos ateliers sobre normas de acondicionamento e controlo
para as ALPC da ONU. dos depósitos de ALPC e munições.

Os Países Baixos subscreveram a Declaração de Genebra sobre a


violência armada e o desenvolvimento, que foi aprovada na Em 2006, a Polónia contribuiu ao todo com 276 333 USD para
Cimeira Ministerial de Genebra, em 7 de Junho de 2006. Os Paí- os Fundos fiduciários OTAN/PPP/NAMSA. Essa verba incluiu
ses Baixos pertencem ao Grupo restrito de Genebra incumbido de 60 000 USD para a primeira fase do projecto (co-financiada pela
reforçar a aplicação da Declaração e de elaborar um plano de UE), destinado a eliminar 1,5 milhões de ALPC e 133 000 t de
acção concreto. munições na Ucrânia. (foram doados outros 60 000 USD para a
reconversão profissional de pessoal das antigas forças armadas na
No quadro da «Iniciativa dos Países Baixos e da Noruega sobre Ucrânia, e 30 000 USD à Sérvia e Montenegro para o mesmo fim.
corretagem de armas de pequeno calibre» em curso, os Países Bai- Foi afectada uma verba suplementar de 66 333 USD para a rein-
xos contribuíram financeira e tecnicamente para o DQD da ONU serção de ex-militares na Bósnia e Herzegovina.)
C 299/32 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

PORTUGAL das atividades no quadro da OSCE, onde em 2006 a Eslovénia


prosseguiu o seu papel activo enquanto membro da tróica da
OSCE cessante, o ponto fulcral foi a Primeira Conferência de Revi-
Portugal participou activamente nos trabalhos das organizações
são do Programa de Acção das Nações Unidas.
internacionais e mecanismos regionais sobre questões relaciona-
das com as ALPC.
ESPANHA
Ao nível da ONU, Portugal participou na Conferência de Revisão
do Programa de Acção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito
de ALPC, realizada em Nova Iorque de 26 de Junho a 7 de Julho Nações Unidas (ONU)
de 2006.
Em 2006, a Espanha continuou a participar nas actividades da
a
Na 61. AGNU, Portugal co patrocinou as seguintes resoluções ONU em matéria de ALPC. Como foi proposto em diversos
adoptadas, pertinentes para as armas ligeiras e de pequeno calibre: fóruns, a Espanha integrou deputados e representantes da socie-
dade civil na delegação nacional que participou nas reuniões rela-
cionadas com as ALPC do PA da ONU realizadas em Nova Iorque.
1. Res. 61/77: «Transparência em matéria de armamentos»;
AGNU
2. Res. 61/79: «Informação sobre medidas de reforço da confi-
ança no domínio das armas convencionais»;
No quadro da Primeira Comissão da 61.a AGNU, a Espanha
co-patrocinou as seguintes resoluções relacionadas com armas
3. Res. 61/89: «Para um Tratado sobre o Comércio de Armas convencionais, ALPC e munições:
que estabeleça padrões internacionais comuns para a impor-
tação, exportação e transferência de armas convencionais»;
— A/Res/61/66: «Todos os aspectos do comércio ilegal de armas
ligeiras e de pequeno calibre».
4. Res. 61/101: «Reforço da segurança e da cooperação na região
mediterrânica»;
— A/Res/61/71: «Auxílio aos estados para inflectirem o tráfico
ilícito de armas de pequeno calibre e para a respectiva
Portugal votou também a favor das resoluções 61/66 («Todos os recolha».
aspectos do comércio ilegal de armas ligeiras e de pequeno cali-
bre») e 61/72 («Problemas decorrentes da acumulação de arsenais
excessivos de munições convencionais»). — A/Res/61/72: «Problemas decorrentes da acumulação de arse-
nais excessivos de munições convencionais».
Em 2006, Portugal continuou a implementar activamente o docu-
mento da OSCE, adoptado em Novembro de 2000, sobre armas — A/Res/61/76: «Consolidação da paz através de medidas prá-
ligeiras e de pequeno calibre. Nesse âmbito, Portugal apresentou ticas de desarmamento».
actualizações nacionais sobre aspectos das ALPC como a produ-
ção, a marcação, os controlos da exportação, a corretagem e as
técnicas de destruição. — A/Res/61/79: «Informação sobre medidas de reforço da con-
fiança no domínio de armas convencionais».

No domínio do controlo das exportações, Portugal é membro do


Acordo de Wassenaar e participou, através do Ministério da — A/Res/61/82: «Controlo das armas convencionais aos níveis
Defesa e do Ministério dos Negócios Estrangeiros em diversas reu- regional e sub-regional».
niões realizadas pelo Grupo no último ano.
— A/Res/61/89: «Para um Tratado sobre o Comércio de Armas:
estabelecer padrões internacionais comuns para a importa-
ESLOVÁQUIA ção, exportação e transferência de armas convencionais».

No domínio das armas ligeiras e de pequeno calibre, a Eslováquia OSCE


participa no quadro de diversos fóruns internacionais, como a UE,
a ONU, a OSCE, a OTAN e o Acordo de Wassenaar. A Eslováquia
participou activamente em algumas conferências internacionais, O Governo da Espanha aprovou em 15 de Setembro de 2006
cursos e seminários dedicados aos problemas das ALPC, organi- contribuições extra-orçamentais de natureza político-militar para
zados pelas organizações acima referidas e outras organizações a OSCE, que incluem os seguintes projectos: 1. Tajiquistão. Pro-
internacionais especialmente a primeira Conferência de revisão do grama ALPC e AC. Fase II: 100 000 EUR; 2. Tajiquistão. Existên-
Programa de Acção das Nações Unidas sobre as ALPC. cias segurança física de ALPC e AC: 50 000 EUR.

Além disso, a Espanha continuou a participar num projecto da


ESLOVÉNIA
OSCE na Bielorrússia relacionado com gestão de existências, des-
truição de excedentes, condições de segurança do acondiciona-
No domínio das armas ligeiras e de pequeno calibre, a Eslovénia mento, depósitos, etc., de ALPC e respectivas munições. Essa
participa no quadro de diversos fóruns internacionais, como a UE, participação incluiu uma contribuição extra-orçamental de
a ONU, a OSCE, a OTAN e o Acordo de Wassenaar. Abstraindo 100 000 EUR entregue em Julho de 2006.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/33

Participação em ou organização de seminários e conferências SUÉCIA


internacionais

No domínio das ALPC, a Suécia participou activamente nos tra-


A Espanha apoiou e acolheu a reunião preparatória regional do balhos da ONU, da OSCE, da PPP/OTAN e do Acordo de
GRULAC (Grupo da América Latina e das Caraíbas) para a Con- Wassenaar.
ferência de Revisão do PA da ONU para Prevenir, Combater e
Erradicar o Comércio Ilícito de Armas Pessoais e Ligeiras em
Todos os seus Aspectos, que teve lugar no centro de formação da A Suécia participou activamente no projecto de cooperação em
Agência Espanhola para a Cooperação Internacional (AECI) em matéria de controlo de fronteiras na região do Mar Báltico, que
Antígua, Guatemala, em 2-4 de Maio de 2006. visa combater actividades criminosas transfronteiras, como o
comércio e a corretagem ilícitos, nomeadamente de ALPC, no
Báltico.
A conferência do GRULAC foi organizada pelo Ministério dos
Negócios Estrangeiros da Guatemala com a assistência técnica e Em Maio de 2007, a Suécia comunicou, na 8.a categoria de noti-
financeira do Centro Regional das Nações Unidas para a Paz, o ficação facultativa «Informação sobre transferências internacionais
Desarmamento e o Desenvolvimento na América Latina e no de armas ligeiras e de pequeno calibre» do Registo de Armas Con-
Caribe (ONU-LiREC), do Programa das Nações Unidas para o vencionais da ONU, as exportações de ALPC da Suécia em 2006.
Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério dos Negócios Estrangei-
ros e da Cooperação da Espanha.

REINO UNIDO
A conferência reuniu delegações da maioria dos países do GRU-
LAC (estiveram presentes 28 países de um total de 33). Represen-
tantes de alguns parceiros (Finlândia, Alemanha, Reino Unido, O Reino Unido prosseguiu o seu programa, apoiando ateliers regi-
Espanha), Suíça, EUA, organizações internacionais e sub-regionais onais por exemplo na África Oriental (Quénia). Durante esses ate-
(OEA, PNUD, DDA) e da sociedade civil (IANSA, Fórum Parla- liers, incentivou tanto os grupos regionais como os países
mentar sobre as ALPC, CLAVE, IEPADES) puderam participar nas individuais a apoiarem critérios e orientações comuns para as
sessões abertas da conferência; o Embaixador Prasad Kariyawasan, transferências de ALPC nos seus relatórios nacionais, declarações
presidente eleito da Conferência de Revisão da ONU sobre as nacionais e intervenções durante o período que medeia até à Con-
ALPC de 2006 teve oportunidade de intervir na cerimónia de ferência de Revisão de Junho de 2006.
abertura da conferência.
O Reino Unido co-presidiu também o processo em curso do CAD
da OCDE de elaboração de orientações destinadas a técnicos do
O principal intuito da conferência era procurar uma abordagem desenvolvimento sobre a diminuição da violência armada. Uma
regional comum, a fim de dotar de uma perspectiva regional o série de ateliers regionais terá lugar em 2007, estando o primeiro
trabalho da conferência de revisão do PA da ONU sobre as ALPC agendado para a Guatemala, em Abril.
realizada em Nova Iorque, entre 26 de Junho e 7 de Julho de 2006.
O GRULAC conseguiu acordar num documento de consenso
razoavelmente ambicioso, baptizado como «Declaração de Antí-
gua, Guatemala». UNIÃO EUROPEIA

Diversos Durante a Conferência de Revisão do PA da ONU de 2001, a


União Europeia apresentou em 30 de Junho de 2006 uma pano-
râmica abrangente da suas actividades de apoio à luta contra as
armas ligeiras e de pequeno calibre ilícitas. Representantes da Pre-
Desde 9-10 de Novembro de 2006 a Espanha esteve presente e sidência da altura, o Gabinete da Representante Pessoal do Alto
prestou apoio ao quarto encontro anual dos representantes do Representante para a Não-Proliferação e a Comissão apresenta-
Fórum Parlamentar sobre as armas ligeiras e de pequeno calibre ram a política global para as ALPC baseada na nova estratégia da
que teve lugar em Montevideu (Uruguai) (30 000 euros). UE para as ALPC e as munições e explicaram a forma como esta
se traduz em actividades concretas através de diversos instrumen-
tos. Da assistência faziam parte governos, organizações interna-
No encontro participaram 20 parlamentos nacionais de países cionais e peritos em ALPC. Deputados do Parlamento Europeu,
europeus, latino-americanos e africanos, o Parlamento Europeu, integrados na delegação da Presidência, participaram também.
em conjunto com representantes dos governos da Colômbia,
Espanha, Suécia, Finlândia, França, Alemanha e Noruega,
e organizações e instituições intergovernamentais, a Comissão Apesar da ausência de resultados na conferência de revisão do PA
Inter-Americana contra o Abuso de Estupefacientes (ICAD), da ONU, a UE reiterou na sua declaração de encerramento que
o PNUD e o UNLiREC, e várias ONG (SweFOR, IANSA, etc.). continuará na linha da frente dos esforços e a trabalhar na prática
para prevenir, reprimir e erradicar o comércio ilícito de armas
ligeiras e de pequeno calibre em todos os seus aspectos. Salientou
Na qualidade de Estado parte na Convenção de 1969 relativa ao também o seu empenho em executar o PA da ONU a nível da UE.
reconhecimento recíproco dos punções de prova das armas de O financiamento da UE (através dos Estados-Membros, do FED, de
fogo portáteis, uma Delegação Espanhola participou na sua XVIII verbas comunitárias e recursos orçamentais da PESC) continua a
Sessão Plenária em Viena, em que se tomaram algumas decisões ser uma das principais fontes de apoio financeiro à execução do
técnicas a respeito da marcação das armas de fogo. PA da ONU.
C 299/34 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

A Presidência Austríaca, o Gabinete da Representante Pessoal do A Comissão Europeia participou na Assembleia Parlamentar Pari-
Alto Representante para a Não-Proliferação e a Comissão apre- tária ACP-UE de 23 de Fevereiro de 2006 em Bruxelas e de 20
sentaram conjuntamente a Estratégia da UE para as ALPC assim a 23 de Novembro de 2006 nos Barbados em apoio da Resolução
como outras actividades da União Europeia no que respeita às conjunta UE-ACP sobre as ALPC. Nessas oportunidades, expôs a
armas ligeiras e de pequeno calibre e aos resíduos explosivos de Estratégia da UE para as ALPC bem como a lógica subjacente aos
guerra na 479.a reunião do Fórum da OSCE sobre segurança e programas de assistência nos países em desenvolvimento.
cooperação (FSC) em Viena em 29 de Março de 2006. A Comis-
são e a OSCE combinaram a realizaram uma missão de diagnós- De 2005 a Junho de 2006, a Comissão Europeia apoiou um vasto
tico conjunta ao complexo de paióis de Novobohdanivka esforço de investigação subordinado ao tema «Reforçar a acção
(Ucrânia). Na sequência desta missão, os Ministros da Defesa, dos europeia em matéria de armas ligeiras e de pequeno calibre e resí-
Negócios Estrangeiros e das Emergências da Ucrânia acolheram duos explosivos de guerra». Este estudo, realizado pela UNIDIR,
com agrado o incentivo da Comissão à elaboração de um plano compreende o mais vasto exercício de avaliação realizado no inte-
de acção global da Ucrânia para enfrentar os problemas dos exce- rior da UE, que abrange as actividades relacionadas com as ALPC
dentes de armas e munições de forma transparente e abrangente. e os restos de guerra explosivos financiadas a título de diferentes
Têm a noção clara da necessidade de ver esta prioridade política arquitecturas institucionais, e formula recomendações relativa-
reflectida no Plano de Acção UE-Ucrânia. A Comissão e a OSCE mente a futuras acções da UE.
formularam nessa conformidade um diagnóstico comum dos
problemas e da resposta necessária no caso do complexo de pai- Em 4 e 5 de Setembro de 2006, a Comissão Europeia participou
óis de Novobohdanivka. A CE lançou então um projecto, que no «Primeiro encontro internacional sobre comércio ilícito de
compreendia um pacote de medidas, para responder às necessi- armas na região africana dos Grandes Lagos» (RAGL) em Nairobi,
dade relevadas. Em 28 de Setembro de 2006, os coronéis Claes que se debruçou sobre o «Projecto sobre o comércio ilícito de
Nilsson, Coordenador da OSCE/FCS para as ALPC, e Anders Gar- armas na RAGL» iniciado pela Interpol.
dberg, Alto Conselheiro militar na Missão Permanente da Finlân-
dia na OSCE, expuseram as actividades da OSCE em matéria de Em 1 de Novembro de 2006, decorreu em Belgrado o primeiro
ALPC e de existências de munições convencionais bem como o fórum interparlamentar UE-Balcãs Ocidentais sobre as ALPC no
eventual papel da UE no Grupo ALPC da OSCE do Desarma- âmbito do projecto-piloto da CE sobre as ALPC 2005 (Plano de
mento Global e Controlo dos Armamentos. apoio UE-Balcãs Ocidentais).

A Comissão tem trabalhado activamente com os Estados- A União Europeia apoiou iniciativas específicas sobre o tráfico ilí-
-Membros da UE, as autoridades competentes dos países tercei- cito por via aérea no G8, no Acordo de Wassenaar e na OSCE.
ros, organizações internacionais, meios académicos, ONG e a Em 13 de Setembro de 2006, a Comissão Europeia organizou um
sociedade civil sobre as consequências e a origem do tráfico de seminário informal sobre os reptos colocados pelo tráfico de
armas. Esse tráfico pode estar ligado ao comércio ilícito de outros ALPC por via aérea. O seminário, destinado sobretudo aos servi-
produtos de base, como os minérios, o petróleo, as madeiras e os ços da Comissão, foi aberto aos Estados-Membros da UE, ao Par-
diamantes. Em 2007, durante a sua presidência do Processo de lamento Europeu e ao Secretariado do Conselho. Duas ONG
Kimberley, a Comissão tenciona trabalhar no sentido de um aper- (TransArms e Amnesty International) expuseram as suas conclusões
feiçoamento da realização dos controlos que permita prevenir ou à audiência. A Comissão Europeia apoiou uma base de dados des-
contrariar a utilização de diamantes para financiar a compra de tinada a reunir informações sobre estas questões no Sudeste
armas por grupos rebeldes. Europeu.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/35

ANEXO

ÁUSTRIA ESTÓNIA

Alexander Benedict Ministry of Foreign Affairs


Federal Ministry for Foreign Affairs First Political department
Department II.8 — Global Disarmament, Arms Control, Export Tel.: (372-6) 37 71 00
Control, Multilateral Atomic Energy Issues and IAEA Fax: (372-6) 37 71 99
Minoritenplatz 8 E-mail: armscontrol@mfa.ee, stratkom@mfa.ee
A-1014 Vienna,
Tel.: (43-50) 11 50 33 54
Fax: (43-50) 11 59 53 54 FINLÂNDIA
E-mail: alexander.benedict@bmeia.gv.at
www.bmeia.gv.at Ministry for Foreign Affairs
Political Department
BÉLGICA Unit for Arms Control, Disarmament and Non-proliferation
P.O. Box 176
FIN-00161 Helsinki
Federal Public Service Foreign Affairs Tel.: (358-9) 16 05 51 10
International Security Division Fax: (358-9) 16 05 60 66
Non-proliferation, Disarmament and Arms Control Directorate
E-mail: POL-05@formin.fi
Rue des Petits Carmes 15
B-1000 Brussels
Tel.: (32-2) 501 37 10 FRANÇA
Fax: (32-2) 501 38 22
E-mail: werner.bauwens@diplobel.fed.be Ministry of Foreign Affairs
Directorate of Strategic Affairs, Security and Disarmament
BULGÁRIA Division of Chemical and Biological Disarmament and Conventional
Weapons Control
Dr. Petio Petev Tel.: (33-1) 43 17 40 70
Director Fax: (33-1) 43 17 49 52
NATO and International Security Directorate E-mail: Jean-Francois.Guillaume@diplomatie.gouv.fr
Ministry of Foreign Affairs of the Republic of Bulgaria
Alexander Zhendov Street 2 ALEMANHA
BG-1040 Sofia
Tel.: (359-2) 948 22 44
Federal Foreign Office
Fax: (359-2) 873 42 62
Division 241
E-mail: int.security@mfa.government.bg
Conventional Arms Control
Werderscher Markt 1
CHIPRE D-10117 Berlin
Tel.: (49-30) 50 00 42 72
Ministry of Foreign Affairs Fax: (49-30) 50 00 542 72
Department for Multilateral Relations E-mail: 241-0@diplo.de
Leoforos Proedrikou
CY-1447 Nicosia GRÉCIA
Tel.:(357) 22 401152
Fax: (357) 22 661881, (357) 22 665313, (357) 22 665778
E-mail: ppapadopoulos@mfa.gov.cy Ministry of Foreign Affairs
Directorate of United Nations and International Organisations
Section of Non-proliferation, Disarmament and Arms Control
REPÚBLICA CHECA GR-Athens
Tel.: (30-210) 368 25 40
UN Department Fax: (30-210) 368 22 39
Ministry of Foreign Affairs E-mail: d01@mfa.gr
Loretánské námìstí 5
CZ-118 00 Praha 1
HUNGRIA
Tel.: (420-2) 241 82 324
Fax: (420-2) 241 82 026
E-mail osn_sekretariat@mzv.cz Security Policy and Non-proliferation Department
Arms Control and Non-Proliferation Section
MFA Hungary
DINAMARCA Tel.: (36-1) 458 11 05
Fax: (36-1) 375 09 22
Ministry of Foreign Affairs of Denmark E-mail: bpnf@kum.hu
Security Policy Department
Asiatisk Plads 2
Contact persons:
DK-1448 Copenhagen K
Tel.: (45-33) 92 06 93 Mr. Zoltán PAPP (zpapp@kum.hu)
Fax: (45-33) 92 18 04 Mr. Balázs GÉCZY (bgeczy@kum.hu)
E-mail: sp@um.dk Mr. Szabolcs OSVÁT (szosvat@kum.hu)
C 299/36 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007

IRLANDA PAÍSES BAIXOS

National Point of Contact Desk Officer for Small Arms and Light Weapons
Disarmament and Non-Proliferation Section Netherlands Ministry of Foreign Affairs
Department of Foreign Affairs Arms Export Policy Division and Arms Control (DVB/WW)
79 St Stephens Green P.O. Box 20061
Dublin 2 2500 EB The Hague, Netherlands
Tel.: (353-1) 408 20 76 Tel.: (31-70) 348 55 62
Fax: (353-1) 408 23 83 Fax: (31-70) 348 54 79

ITÁLIA POLÓNIA

Counsellor Emanuele Farruggia Department of Security Policy


Disarmament and Non Proliferation Division Ministry of Foreign Affairs
General Department for Multilateral Political Affairs and Human Rights Al. J. Ch. Szucha 23
Italian Ministry of Foreign Affairs PL-00-580 Warsaw
Piazzale della Farnesina 1 Tel.: (48-22) 523 92 06
I-00194 — Rome Fax: (48-22) 523 93 03
Tel.: (39-06) 36 91 40 00 E-mail: anna.tyszkiewicz@msz.gov.pl, dpb@msz.gov.pl
Fax: (39-06) 323 59 27
E-mail: emanuele.farruggia @esteri.it
Division of International Operational Police Cooperation
Criminal Intelligence Bureau
National Police Headquarters, ul. Puławska 148/150
LETÓNIA PL-02-514 Warsaw
Tel.: (48-22) 601 23 59
Fax: (48-22) 601 26 74
Non-proliferation and Arms Control Division E-mail: ncbwarsaw@kgp.gov.pl
Security Policy Department
Ministry of Foreign Affairs of the Republic of Latvia
Brivibas blvd.36
LV-1395 Riga PORTUGAL
Tel.: (371-7) 01 64 56, (371-7) 01 61 56
Fax: (371-7) 22 72 26 Ministry of Foreign Affairs
Disarmament and Non-Proliferation Unit
Largo do Rilvas
P-1399-030 Lisboa
LITUÂNIA
Tel.: (351-21) 394 62 95
Fax.: (351-21) 394 60 37
Arms Control, Non-proliferation and Disarmament Division E-mail: dsd2@sg.mne.gov.pt
Security Policy Department
J. Tumo-Vaižganto 2,
LT-01511 Vilnius
Tel.: (370-5) 236 25 79 ROMÉNIA
Fax: (370-5) 236 25 19
E-mail: dovydas.spokauskas@urm.lt Ministry of Foreign Affairs
Counter-Terrorism and Arms Control Division
Tel.: (40-21) 319 68 57
Fax: (40-21) 319 23 63
LUXEMBURGO E-mail: oncat@mae.ro

Ministry of Foreign Affairs Additional point of contact:


Ms. Tessy Seidenthal
5 rue Notre-Dame Ministry of Foreign Affairs
L-2240 Luxembourg National Agency for Exports Control
Tel.: (352) 478 24 69 Conventional Arms Division
Fax: (352) 22 19 89 Tel.: (40-21) 311 11 93
E-mail: tessy.seidenthal@mae.etat.lu Fax: (40-21) 311 12 97
E-mail: ancex@ancex.ro

MALTA
ESLOVÁQUIA
Mr. Andrew Seychell
Assistant Commissioner of Police Ministry of Foreign Affairs
Police Force General Headquarters Department of OSCE and Disarmament
Floriana Hlboka cesta 2
Malta SK-833 36 Bratislava
Tel.: (356-21) 247 800 Tel.: (421-2) 59 78 31 41
Fax: (356-21) 247 922 Fax: (421-2) 59 78 31 49
E-mail: andrew.seychell@gov.mt E-mail: obod@foreign.gov.sk
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/37

ESLOVÉNIA REINO UNIDO

Ms Irina Gorsic Philip Tissot


Arms Control and Non-proliferation Unit Deputy Head of Security Policy Group
Security Policy Division Foreign and Commonwealth Office
Ministry of Foreign Affairs
King Charles Street
Prešernova ulica 25,
SLO-1000 Ljubljana London SW1A 2AH
Tel.: (386-1) 478 12 50 United Kingdom
Fax: (386-1) 478 22 29 Tel.: (44-20) 70 08 39 28
Fax: (44-20) 70 08 26 35
E-mail: Philip.Tissot@fco.gov.uk
ESPANHA

Ministerio de Asuntos Exteriores y de Cooperación (MAEC)


SECRETARIADO-GERAL DO CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA
Dirección General de Asuntos Internacionales de Terrorismo,
No Proliferación y Desarme
Subdirección General de No Proliferación y Desarme Office of the Personal Representative on Non-Proliferation
Luis Gómez Nogueira, Rue de Loi, 175
Jefe de Área de Desarme B-1049 Brussels
Calle Serrano Galvache, 26 Tel.: (32-2) 281 80 44
E-28071 Madrid
Fax: (32-2) 281 81 55
Tel.: (34-91) 379 17 59
Fax: (34-91) 394 86 78 E-mail: secretariat.wmd@consilium.europa.eu
E-mail: luis.gomez@mae.es www.consilium.europa.eu/wmd

SUÉCIA COMISSÃO EUROPEIA

Department for Disarmament and Non-Proliferation


Directorate General for External Relations
Ministry for Foreign Affairs
S-103 39 Stockholm Mr. Luigi Narbone
Tel.: (46-8) 405 10 00 Tel.: (32-2) 298 73 21
Fax: (46-8) 723 11 76 Fax: (32-2) 295 05 80
E-mail: UD-NIS@foreign.ministry.se E-mail: luigi.narbone@ec.europa.eu

Você também pode gostar