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IV
(Informações)
CONSELHO
Sexto relatório anual sobre a execução da Acção Comum 2002/589/PESC do Conselho, de 12 de Julho
de 2002, relativa ao contributo da União Europeia para o combate à acumulação e proliferação
desestabilizadoras de armas de pequeno calibre e armas ligeiras
(2007/C 299/01)
O presente relatório divide-se em três partes e um anexo: Trabalho e o Ministério da Defesa. São organizadas com regula-
ridade reuniões em que participam representantes deste
— Parte I: abrange as medidas tomadas pelos Estados-Membros ministérios.
para solucionar os problemas relacionados com as armas
ligeiras e de pequeno calibre;
BÉLGICA
— Parte II: trata das medidas internacionais de execução;
— Parte III: abrange a participação nos trabalhos de organiza- Em conformidade com os seus compromissos internacionais, a
ções internacionais e regionais. Bélgica adoptou em 8 de Junho de 2006 uma nova lei sobre armas
(publicada no Jornal Oficial Belga — Moniteur Belge — em
— O anexo enumera os pontos focais para as ALPC, a nível 9 de Junho de 2006) a fim de controlar melhor, nomeadamente,
a posse de ALPC por parte de civis.
nacional e a nível das instituições da UE.
ÁUSTRIA Não foi adoptada nova legislação. A actual «lei sobre o controlo
da actividade comercial externa no que respeita às armas e aos
bens e tecnologias de dupla utilização» estipula e define, em por-
O controlo das exportações de armas melhorou grandemente menor, os mecanismos da cooperação nacional e da coordenação
com a nova Lei do Comércio Externo de 2005 e a regulamenta- inter-ministerial e inter-governamental, bem como as formas e os
ção subsequente de 2006. Após a entrada em vigor da nova Lei meios de intercâmbio de informações entre os serviços adminis-
do Comércio Externo austríaca («Außenhandelsgesetz») em Outu- trativos e de aplicação da lei pertinentes. Continuam válidas as
bro de 2005, o respectivo regulamento de execução (Jornal Ofi- informações acerca de medidas legislativas fornecidas nos relató-
cial Federal II, n.o 121/2006) entrou em vigor em princípios rios nacionais de 2002, 2003 e 2005 sobre o Programa de Acção
de 2006. Esta legislação de execução harmoniza a concessão de das Nações Unidas em matéria de ALPC.
licenças com as disposições pertinentes do Código de Conduta da
UE relativo à Exportação de Armas e torna essas disposições obri-
gatórias para os profissionais austríacos. Além disso, define os ter-
Mediante a alteração de 9 de Maio de 2006 à Lei sobre o Con-
mos «corretor» e «actividades de corretagem» em consonância
trolo dos Explosivos, Armas de Fogo e Munições, foi introduzido
com a Posição Comum 2003/468/PESC do Conselho relativa ao
na Bulgária o cartão europeu de arma de fogo. Este cartão é um
controlo da intermediação de armamento.
documento oficial emitido a uma pessoa detentora de uma licença
de porte e utilização de arma de fogo quando essa pessoa passa
O Regulamento austríaco relativo ao material de guerra e a lista do território de um Estado-Membro da UE para o de outro Estado-
de equipamento militar que não seja material de guerra, elaborada -Membro. São indicados no cartão o número, o prazo de validade,
pelo Ministério da Economia e do Trabalho, estão em conformi- os dados pessoais do titular, o tipo, marca, modelo, categoria, cali-
dade com a Lista Militar Comum da UE. A lista austríaca é cons- bre e número de fabrico da arma de fogo, bem como informações
tantemente actualizada a fim de se adaptar à formulação da Lista sobre o tipo de arma de fogo para o qual o cartão foi emitido e
Militar Comum da UE. Nos termos da nova Lei do Comércio sobre as proibições ou autorizações estipuladas nos Estados-
Externo, a exportação, o trânsito e a corretagem de bens constan- -Membros da UE em causa.
tes da Lista Militar Comum da UE estão sujeitos à exigência de
uma licença. O comércio intra-comunitário de bens constantes da
Lista Militar Comum da UE está sujeito — com algumas excep- Embora durante o período abrangido pelo relatório não tenham
ções — a um procedimento de controlo. Não é concedida assis- sido introduzidas alterações no sistema de controlo das exporta-
tência técnica para o desenvolvimento, produção, manipulação, ções, foi lançado em 2006 um processo de revisão da legislação
utilização, manutenção, armazenamento, ensaio ou proliferação em vigor no domínio do controlo das exportações, tendo em vista
de sistemas de armas convencionais com capacidade militar se a adesão da Bulgária à UE a 1 de Janeiro de 2007. Este processo
essa assistência for contrária a medidas restritivas previstas em de revisão tem como principal objectivo assegurar a coerência e a
Posições Comuns ou Acções Comuns da UE, resoluções da OSCE conformidade da legislação com as disposições da UE nesta maté-
ou resoluções vinculativas do Conselho de Segurança das Nações ria, bem como melhorar a sua aplicação prática. Na sequência
Unidas. Além disso, o Ministro da Defesa promulgou um regula- dessa revisão, foi alterada pela Assembleia Nacional búlgara a
mento que enumera o material de guerra e outro armamento que actual Lei do Controlo das Exportações de Armas e Bens de Dupla
são tidos em linha de conta para efeitos de destruição. A lista Utilização (alteração que entrou em vigor no início de 2007). A
baseia-se nas definições da UE e da OSCE. «nova» Lei do Controlo das Exportações mantém todas as anteri-
ores medidas de controlo das exportações aplicáveis ao comércio
de armas e, além disso, reforça as medidas de controlo das reex-
Procedimento portações, do trânsito e das actividades de corretagem (seguindo
estritamente a Posição Comum 2003/468/PESC). Em conformi-
dade com a Posição Comum da UE, todas as actividades de cor-
Na perspectiva da presidência austríaca da UE, foi reforçada a coo- retagem devem ser acompanhadas do registo do corretor, sendo
peração e coordenação entre o Ministério dos Negócios Estran- também exigida uma licença individual para cada transacção de
geiros, o Ministério do Interior, o Ministério da Economia e do corretagem.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/3
A estrutura do sistema búlgaro de controlo das exportações con- na República estão proibidos de fabricar ALPC, a menos que este-
tinua a ser a mesma que a descrita nos relatórios anteriores, mas jam na posse de uma licença para o efeito, emitida pelo Chefe da
com um reforço do intercâmbio de informações entre departa- Polícia. Essa licença específica é concedida aos cidadãos em con-
mentos. A Bulgária segue a política responsável no domínio do dições previstas na lei. Tais condições incluem, nomeadamente, a
controlo das ALPC e aplica as medidas estabelecidas pelo Pro- apresentação pelo requerente de um certificado de registo crimi-
grama de Acção das Nações Unidas com vista a prevenir, comba- nal de que resulte a ausência de antecedentes criminais, a averi-
ter e erradicar o comércio ilícito de ALPC, evitar o tráfico e as guação de que a detenção da licença não representa perigo para o
reexportações indevidas, tendo em consideração a observância próprio, para o governo e para a ordem pública, e, por último, a
dos direitos humanos no país de destino final, a paz internacional sujeição a um exame médico junto de um serviço médico oficial.
e a estabilidade regional. As medidas visam também prevenir a O fabrico, a posse, a armazenagem e o comércio ilegais de ALPC
utilização das armas para efeitos de repressão interna, de actos de são regidos pela Lei 113(I)2004. A lei prevê penas que podem ir
terrorismo ou de criminalidade organizada. até 15 anos de prisão e/ou 25 000 libras cipriotas de multa pela
violação das suas disposições.
REPÚBLICA CHECA
— Em relação ao que já foi dito em relatórios anteriores, não se
verificaram alterações nos sistemas de controlo, prestação de
contas e segurança dos depósitos de armamentos do exército
búlgaro; As categorias de armas constantes da lista do Anexo à Acção
Comum do Conselho, de 12 de Julho de 2002, relativa ao con-
tributo da União Europeia para o combate à acumulação e proli-
— Não mudaram os números que já haviam sido indicados rela- feração desestabilizadoras de armas de pequeno calibre e armas
tivamente aos excedentes de ALPC e respectivas munições no ligeiras e que revoga a Acção Comum 1999/34/PESC
exército búlgaro; (2002/589/PESC) estão principalmente ao dispor do exército
checo e, em menor medida, de outras forças de segurança (Polícia
da República Checa, Serviço de Guardas das Prisões e dos Tribu-
nais, Serviço Aduaneiro, Serviço de Informações de Segurança).
— Não foram conduzidas operações de destruição de ALPC e Não são divulgadas ao público informações sobre o número de
respectivas munições durante o ano de 2006. armas detidas por essas forças; o tratamento dado a tais armas
(utilização, conservação de registos, armazenagem) não é abran-
gido pelo âmbito de aplicação da Lei do Armamento (Lei
n.o 119/2002). Quando deixam de estar ao serviço das referidas
CHIPRE forças, as armas passam a ficar abrangidas pela Lei do Armamento.
O comércio destas armas está sujeito a vários actos legislativos, especiais. Cada arma está registada com um número de identifi-
nomeadamente a Lei do Comércio Externo de Material Militar (Lei cação específico. A polícia pode ordenar que a arma seja marcada
n.o 38/1994). O negociante deve obter primeiro uma autorização com o número de identificação se não tiver sido marcada pelo
da Autoridade Licenciadora do Ministério da Indústria e solicitar fabricante. O registo inclui também informações históricas que
depois uma licença separada para cada transacção. Cada pedido possibilitam a localização de informações sobre os anteriores pro-
de licença é igualmente examinado pelo Ministério do Interior, à prietários da arma.
luz de considerações de ordem pública e de segurança interna, e
pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, em função dos inte-
resses de política externa. Em 2006, a República Checa autorizou
a exportação não comercial de 238 armas deste tipo, todas elas As informações sobre armas de fogo perdidas, etc., são também
exportadas para países da UE. Em todos os casos as armas foram comunicadas ao Sistema de Informação Schengen (SIS).
exportadas para esses países da UE com o seu consentimento pré-
vio. Em 2006, nenhuma arma proibida foi exportada nessa base
para países não membros da UE.
Todas as associações de tiro dinamarquesas são além disso obri-
gadas a estabelecer os seus próprios registos de armas, que devem
Está a ser elaborada uma alteração à Lei que regula o comércio incluir informações sobre todas as armas de fogo na posse da
externo de material militar (Lei n.o 38/1994 alterada), tendo em associação e dos seus membros.
vista reforçar significativamente os poderes de controlo conferi-
dos às autoridades aduaneiras checas.
DINAMARCA
Em 2006 não entrou em vigor legislação nova em matéria de A legislação de Amnistia das Armas de Fogo foi aprovada pelo
armas ligeiras e de pequeno calibre. Parlamento em fins de 2003 e entrou em vigor em 1 de Janeiro
de 2004. Esta legislação tem por objectivo reduzir o número de
armas ilegais e não registadas na Finlândia. Desde que a legislação
entrou em vigor, passou a ser possível entregar à polícia armas de
Foi iniciado em 2005, e concluído em princípios de 2007, o pro- pequeno calibre, munições e explosivos ilegais sem que tal acar-
cesso de alteração e adaptação da Lei do Armamento (em vigor rete consequências jurídicas, na condição de o material entregue
desde 31.3.2002). Esta lei estabelece as bases e procedimentos não ter sido utilizado num acto criminoso. Durante o ano
jurídicos para a manipulação das armas e munições, a concessão de 2006, ascendeu a cerca de 4 000 o número total de armas de
de autorizações para armas e munições destinadas a ser utilizadas fogo entregues.
para fins civis, a utilização de armas e munições para fins civis e a
remoção de armas e munições do uso civil, os requisitos para
stands de tiro e campos de tiro, bem como as bases e o procedi- O proprietário de uma arma de fogo ilegal pode também solicitar
mento para o exercício da supervisão estatal nesses domínios. uma licença para poder ficar com ela ou transferi-la para outro
titular de licença por intermédio da polícia. As armas que o pro-
prietário não deseje conservar ou transferir para outro titular de
licença são desactivadas ou cedidas ao Estado. Algumas são ven-
Em Junho de 2006, as forças de defesa estónias destruíram 6 000 didas em leilões oficiais pela polícia a coleccionadores e outros
pistolas velhas. titulares de licença para detenção de armas.
FRANÇA
Existe no seio do Ministério dos Negócios Estrangeiros uma
Comissão dos Bens Estratégicos. Trata-se de um órgão licencia-
dor composto por representantes dos Ministérios dos Negócios Corretagem
Estrangeiros, da Defesa e dos Assuntos Económicos e Comunica-
ções, do Conselho da Polícia de Segurança, do Conselho Estónio Foi redigido um projecto de lei que estabelece um regime de auto-
Fiscal e Aduaneiro e do Conselho Estónio de Aplicação da Lei. A
rização prévia para as operações de corretagem e que será anali-
Comissão dos Bens Estratégicos atribuiu sempre muita importân-
sado dentro em breve pelo Parlamento. O referido regime de
cia à promoção da formação relacionada com a questão dos bens
controlo aplicar-se-á às pessoas residentes ou estabelecidas em
estratégicos. No Outono de 2006, foram organizadas na Estónia
França e incluirá sanções legais. As operações de compra e revenda
aulas teóricas avançadas sobre o sistema internacional de controlo
efectuadas no estrangeiro por pessoas residentes ou estabelecidas,
das exportações e o controlo dos bens estratégicos, destinadas aos
estudantes de assuntos fiscais e aduaneiros do Departamento de que escapam aos procedimentos de controlo das exportações,
Finanças da Academia da Função Pública. serão submetidas às mesmas condições.
ALEMANHA GRÉCIA
— Existe uma excelente cooperação com outras autoridades armas/armamentos constituem elementos de prova em processos
repressivas da Grécia (autoridades portuárias e aduaneiras, judiciais, cabendo aos tribunais competentes decidir sobre o des-
organismo de repressão da criminalidade económica), bem tino a dar-lhes, nos termos do artigo 16.o da Lei 2168/1993.
como com as autoridades militares, o que permite trocar
informações com as autoridades competentes dos países de
onde as armas e armamentos são importados ou transporta- HUNGRIA
dos para a Grécia.
O sistema de licenciamento húngaro compreende três vertentes,
com procedimentos bastante rigorosos. O sistema inclui as
(b) Medidas tomadas para controlar o comércio ilegal de ALPC:
seguintes etapas processuais:
Dado que a cooperação bilateral a nível regional e internacional é 1. Licença de actividade (ou seja, registo dos negociantes)
considerada indispensável para a prevenção e a supressão do
comércio ilegal de armas e armamentos de um país para outro, a
Grécia assinou acordos de cooperação policial com os países vizi- 2. Os negociantes registados que tencionam encetar negociações
nhos e participa em organizações internacionais, regionais e bila- comerciais com parceiros estrangeiros têm de obter previa-
terais (Iniciativa Adriático-Jónia, EUROPOL — INTERPOL no mente uma licença de negociação que lhes permita passar às
âmbito da SECI — Iniciativa para a Cooperação na Europa do negociações e concluir um contrato.
Sudeste).
3. Em seguida, para executar um contrato, o requerente tem de
obter uma licença de contratação (autorização de
— Os veículos e as pessoas que entram na Grécia são controla- exportação/importação).
dos nos pontos de entrada estabelecidos.
O Gabinete Húngaro de Licenciamento Comercial está manda-
— São constantemente efectuados controlos nas fronteiras ter- tado para emitir todas as licenças relacionadas com o comércio de
restres e marítimas (em cooperação com as autoridades por- equipamento militar, incluindo munições e serviços. Os pedidos
tuárias) a fim de evitar importações ilegais de armas por de licença são analisados e concedidos caso a caso. No sistema
pessoas entradas ilegalmente na Grécia. húngaro de controlo das exportações de armas convencionais não
existem «licenças abertas» ou «licenças gerais». As licenças são emi-
tidas após ter sido dada aprovação pelo Comité Inter-Ministerial
— Os casos descobertos são cuidadosamente investigados, a fim do Comércio Externo de Equipamento Militar (a seguir designado
de detectar e desmantelar as redes que possam estar implica- por «ICTME»). Este órgão é responsável pela orientação política.
das no comércio ilegal de armas e armamentos. Têm assento no ICTME representantes de todos os ministérios e
autoridades nacionais pertinentes, incluindo membros dos servi-
ços de informações.
— São tomadas medidas especiais em zonas com graves proble-
mas de comércio, posse e uso de armas, em cooperação com O Decreto do Governo 16/2004 (II.6.) inclui regulamentação
as comunidades e os órgãos locais. sobre as remessas em trânsito, em que se aplicam as mesmas
regras processuais que no caso das exportações. Tal significa que
todos os pedidos de trânsito têm de ser previamente apresenta-
Está actualmente em curso um processo de alteração de algumas dos e que os mesmos são avaliados com igual cuidado, caso a caso
disposições da legislação nacional de base em matéria de arma- e em função dos mesmos critérios que os pedidos de exportação.
mento, tendo em vista introduzir novas regras, como por exem- Só as empresas estabelecidas na Hungria têm direito a solicitar
plo o registo das pessoas que actuam como intermediários nas licenças de trânsito. No caso de equipamento militar letal, balas
transacções de armamento (corretores — corretagem) e a defini- reais, explosivos e outros bens perigosos, as licenças de trânsito
ção de actividades específicas que deverão ficar sujeitas a controlo obrigam o expedidor responsável a uma escolta de segurança
e a licenciamento. armada ao longo do itinerário de trânsito, desde o ponto de
entrada até ao ponto de saída do território.
A alínea c) do n.o 2 do artigo 2.o do referido Decreto do Governo Quanto à importação de armas ligeiras e de pequeno calibre, os
estipula que «para actuar como representante, agente, corretor ou requerentes que não possuam um certificado válido para a arma
intermediário no que respeita a equipamento militar ou assistên- de fogo em questão devem obter uma licença de exportação junto
cia técnica militar, quer dentro quer fora do território da Repú- do Ministério da Justiça, da Igualdade e da Reforma Legislativa.
blica da Hungria, as licenças exigidas são: a licença de actividade, Caso exista um certificado válido para a arma de fogo que se pre-
a licença de negociação e a licença de contratação.» tende importar, é exigido um documento de acordo prévio
(artigo 11.o) para que a arma possa ser introduzida no território
do Estado, em conformidade com a Directiva 91/477/CEE.
Tal significa que a Hungria controla, tanto dentro como fora do
seu território, as actividades de corretagem efectuadas por corre-
tores que sejam residentes húngaros ou estabelecidos no territó- Actualmente, não são fabricadas na Irlanda armas ligeiras ou de
rio da República da Hungria. pequeno calibre. É delito fabricar armas de fogo sem que se tenha
sido registado para o efeito pelo Ministro da Justiça, da Igualdade
e da Reforma Legislativa. As armas de fogo que se encontram em
Tal como no caso das exportações, também no caso da correta- território irlandês foram, em princípio, marcadas em caso de
gem todos os pedidos são avaliados, nomeadamente, à luz das dis- fabrico fora do Estado. Pode suceder que algumas armas de fogo
posições do Código de Conduta da União Europeia relativo à mais antigas não estejam marcadas, cabendo, nesse caso, à Garda
Exportação de Armas. O Gabinete Húngaro de Licenciamento Síochána proceder à sua marcação. Os comerciantes de armas
Comercial conserva, durante um mínimo de 10 anos, registos de devem manter registos de cada transferência de armas de fogo
todas as pessoas e entidades que obtiveram uma licença para acti- durante, no mínimo, cinco anos. A recolha e a eliminação de
vidades de corretagem. Além disso, é elaborado um registo dos armas ligeiras e de pequeno calibre são da competência da Garda
corretores de armamento, mas o registo ou autorização para Síochána e das Forças de Defesa da Irlanda. A gestão e a segurança
actuar como corretor não substitui de forma alguma o requisito dos arsenais são da competência do Ministério da Justiça e do
de obter a licença necessária ou a autorização escrita para cada Ministério da Defesa.
transacção. Ao avaliar os pedidos apresentados para poder exer-
cer a actividade de corretor, o Gabinete Húngaro de Licencia-
mento Comercial tem em conta os registos de participações Pela Lei da Justiça Penal, de 2006, foi adoptada uma vasta gama
anteriores do requerente em actividades ilícitas. de alterações às Leis sobre Armas de Fogo, 1925-2000.
Nova legislação Nos termos da Lei sobre a Circulação de Armas, todas as transac-
ções que envolvam armas ligeiras e de pequeno calibre estão sujei-
tas a licenças de exportação, importação ou trânsito para bens
Pela Lei n.o 146/2006, de 16 de Março, a Itália ratificou a Con- estratégicos, licenças essas que são emitidas pela Comissão de
venção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transna- Controlo dos Bens Estratégicos. O certificado de utilizador final é
cional e respectivos Protocolos, entre os quais o Protocolo contra uma das condições prévias para a exportação e o trânsito pelo ter-
o Fabrico e Tráfico Ilícitos de Armas de Fogo, das suas Partes e ritório da República da Letónia. Os requisitos e as condições do
Componentes e de Munições. A legislação italiana sobre as armas certificado são estabelecidos em conformidade com o Código de
de fogo foi alterada em conformidade, em especial no que se Conduta da UE relativo à Exportação de Armas e aplicam-se tal
refere à manutenção de informações sobre armas de fogo por um como previsto na Lei sobre a Circulação de Bens Estratégicos.
período mínimo de dez anos e à marcação que indica qual o país
de fabrico.
Total: 140 088 armas ligeiras e de pequeno calibre destruídas. Em 6 de Abril de 2006, o Parlamento da República da Lituânia
alterou a Lei sobre o Controlo de Bens Estratégicos, adoptada em
29 de Abril de 2004. As alterações dizem respeito, nomeada-
mente, à lista de restrições da emissão de licenças e à definição de
LETÓNIA «corretagem» (alteração assinalada). Desde 1 de Julho de 2006,
data de entrada em vigor da Lei alterada, entende-se por «correta-
gem» a condução de negociações ou a organização ou realização
Desde 2006, não foi introduzida nova legislação sobre armas de transacções, por pessoas singulares e colectivas residentes ou
ligeiras e de pequeno calibre. registadas na República da Lituânia e por filiais de pessoas colec-
tivas estrangeiras e outras organizações, no decurso das quais os
Serão introduzidas dentro em breve algumas alterações à legisla- bens incluídos na Lista Comum de Equipamento Militar pode ser
ção em vigor tendo em vista tornar mais eficazes os controlos das transferido para fora do território da República da Lituânia, do
exportações. Assim, por exemplo, será adoptado um novo pro- território de outro Estado-Membro da União Europeia ou de um
jecto de Lei sobre a Circulação de Bens Estratégicos, que definirá Estado terceiro para qualquer outro Estado terceiro.
com maior precisão as instituições de controlo, as suas responsa-
bilidades e a cooperação entre elas, bem como os termos utiliza-
dos na lei, nomeadamente «corretagem». Está igualmente prevista
a adopção de novos regulamentos destinados a estabelecer as lis- A Lei Provisória sobre a Entrega Voluntária de Armas, Munições
tas nacionais de bens controlados, bem como as condições para a e Explosivos e a Legalização de Armas e Munições entrou em
emissão de vários tipos de licença. vigor em 1 de Outubro de 2006 e é válida até 31 de Março
de 2007. A Lei isenta de responsabilidade civil as pessoas que
decidam entregar armas, munições e explosivos detidos ilegal-
A Lei sobre a Circulação de Armas, que entrou em vigor em mente, estabelecendo um quadro jurídico para retirar da circula-
Janeiro de 2003, regulamenta as questões relativas às armas na ção civil armas, munições e explosivos ilícitos.
República da Letónia, de acordo com os requisitos internacionais,
e harmoniza a legislação nacional na matéria. A Lei define os
direitos e os deveres das pessoas singulares e colectivas no que res-
peita à circulação de armas e respectivas partes, de munições, de A lista de países sujeitos a embargos da ONU ou da UE foi cons-
explosivos e respectivo equipamento, de engenhos especiais e de tantemente renovada. A lista actual consta da Resolução n.o 237
produtos pirotécnicos na República da Letónia, determinando do Governo da República da Lituânia, que aprova a lista de Esta-
igualmente a classificação dos artigos em causa para garantir a dos para os quais é proibida a exportação ou o trânsito dos bens
segurança individual e pública. A Lei não foi alterada desde 2003. enumerados na Lista Comum de Equipamento Militar, bem como
Em 2003 e 2004, foram aprovados alguns actos legislativos a corretagem em negociações e transacções relativas aos referidos
suplementares em matéria de circulação de armas na Letónia. bens.
C 299/10 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007
A Lei sobre o Controlo de Armas e Munições está a ser revista, autoridades públicas. Pode ser exigido aos armeiros e comercian-
nomeadamente com o objectivo de, entre outras alterações, garan- tes de armas que facultem ao Ministro da Justiça uma cópia do
tir o pleno cumprimento do Protocolo sobre as Armas de Fogo. respectivo registo. É o Ministro da Justiça que estabelece as quan-
tidades máximas de armas e munições que os armeiros e os
comerciantes de armas podem ter em armazém.
LUXEMBURGO
Em caso de motins, ajuntamentos suspeitos ou perturbações da
ordem pública, o Ministro da Justiça pode ordenar o encerra-
Não foi introduzida nova legislação em 2006.
mento ou a evacuação de lojas ou armazéns de armas e munições
e a transferência do conteúdo para um local especificado.
A base jurídica pertinente encontra-se na Lei sobre Armas e Muni-
ções, de 15 de Março de 1983, e no Regulamento Grão-Ducal
de 31 de Outubro de 1995, relativo à importação, à exportação e As infracções à Lei de 15 de Março de 1983 são puníveis com pri-
ao trânsito de armas, munições e equipamento especificamente são de oito dias a cinco anos.
destinados a utilização militar, bem como de tecnologia conexa.
Os referidos actos foram publicados no Mémorial, diário oficial do
Luxemburgo. Está em curso o processo de revisão da legislação Exportação
vigente.
a) a importação, a aquisição, a compra, o transporte, a deten- Ao abrigo da Directiva 91/477/CEE, relativa ao controlo da aqui-
ção, a venda, a transferência, a exportação ou o comércio de sição e da detenção de armas (artigo 11.o), o Luxemburgo informa
armas e munições que sejam antiguidades, obras de arte ou os outros Estados-Membros envolvidos sobre as licenças emitidas
objectos decorativos ou que se destinem a fazer parte de uma tendo em vista a exportação para os seus territórios.
colecção ou mostra; a autorização pode ficar subordinada à
condição de a arma ter sido desactivada a título permanente;
O serviço de concessão de licenças pode exigir que os pedidos
relativos ao trânsito de armas, munições e equipamento especifi-
b) a importação, a aquisição, a compra, o transporte, a deten- camente destinados a utilização militar e de tecnologia conexa
ção, a venda, a transferência ou a exportação de armas e sejam acompanhados de um documento no qual as autoridades
munições para fins científicos ou didácticos; competentes do país de proveniência dos artigos atestem que é
autorizada a exportação para o país de destino declarado.
Tão-pouco são concedidas autorizações para receber assistência As disposições da Lei de 22 de Junho de 2001, relativa à prática
técnica relacionada com os artigos em causa, nem a pedido de da actividade económica no sector do fabrico e comércio de
particulares, nem a pedido de organizações. explosivos, armas, munições, produtos e tecnologias utilizados
pelas Forças Armadas e pela Polícia (Diário Oficial 67/2001,
ponto 679, com a redacção que lhe foi dada), foram adaptadas à
A exportação dos referidos artigos também está sujeita a autori- Directiva 91/477/CEE, de 18 de Junho de 1991, relativa ao con-
zação, independentemente da origem. A exportação de artigos trolo da aquisição e da detenção de armas. A Lei de 23 de Junho
susceptíveis de serem utilizados para a prática de tortura apenas é de 2006, que altera determinados actos legislativos no contexto
autorizada para um Estado-Membro da UE ou qualquer um dos da adesão da República da Polónia à União Europeia (Diário Ofi-
territórios associados e para utilização por membros de forças da cial 133, ponto 935), modificou o artigo 3.o através do adita-
UE ou da ONU em operações de manutenção da paz num deter- mento de um novo Capítulo 5-A, que obriga os comerciantes que
minado destino. No entanto, os serviços aduaneiros têm poderes
transportam armas e munições no território da UE a confirma-
para verificar a autenticidade da declaração, sendo as infracções
rem as autorizações de transporte, incluindo as autorizações pré-
puníveis por lei com uma multa de montante máximo de 5 000
vias. Estes documentos acompanham todos os transportes de
liras maltesas ou com pena de prisão por um período máximo de
ALPC e munições com destino à Polónia em proveniência de paí-
cinco anos.
ses da UE e vice-versa, bem como em trânsito pelo território da
Polónia. Pretende-se desta forma certificar as autoridades dos paí-
O Regulamento n.o 168/2006 transpôs o Regulamento (CE) ses de origem e de destino que o comerciante está autorizado a
n.o 1330/2004 e, no essencial, incorporou-o na legislação nacio- exercer actividades relacionadas com o comércio das armas e
nal de Malta. A lista do equipamento militar é dividida em 22 sub- munições especificadas nos documentos.
categorias, todas elas sujeitas a autorização antes de o artigo ser
exportado. A lista abrange, nomeadamente, o equipamento e as
munições convencionais (ML1-ML5), os veículos terrestres e res-
pectivo equipamento (ML6), os agentes químicos e tóxicos (ML7),
Em 13 de Junho de 2006, o Conselho de Ministros alterou o
materiais energéticos, navios de guerra, aeronaves, equipamento
anexo ao Decreto de 23 de Novembro de 2004 sobre as proibi-
electrónico, equipamento de energia cinética de alta velocidade e
ções e restrições das transferências de bens de importância estra-
equipamento blindado e de protecção.
tégica para a segurança do Estado (Diário Oficial 109
de 28 de Junho de 2006, ponto 750). O anexo alterado contém
Tratando-se dos referidos artigos e de equipamento de dupla uti- uma lista dos Estados para os quais é proibido exportar armas, em
lização, o serviço competente vela por processar o pedido pelos aplicação de sanções da ONU e da UE. Entre as principais altera-
seus méritos próprios e em plena conformidade com a legislação ções ao Decreto, contam-se a aplicação de um embargo ao Uzbe-
nacional e com os compromissos internacionais. quistão e o levantamento das sanções contra o Afeganistão e a
Bósnia e Herzegovina.
PAÍSES BAIXOS
O controlo das exportações, importações e outras operações com Além disso, de acordo com o instrumento internacional destinado
armas convencionais é regido pelo Decreto Governamental a permitir aos Estados identificar e rastrear, de forma atempada e
n.o 158/1999, aprovado com alterações pela Lei n.o 595/2004. A fiável, as ALPC ilícitas, adoptado pela Assembleia Geral das Nações
legislação romena contém, o que é significativo, disposições sobre Unidas em 8 de Dezembro de 2005, a ANCEX criou o Registo de
corretagem internacional de armas que incorporam as disposições Armas Transferidas. Deste documento constam os registos das
previstas na Posição Comum 2003/468/PESC aprovada pelo Con- exportações e importações de ALPC, com número de série, tipo,
selho da União Europeia em 23 de Junho de 2003. No caso das quantidade, origem e outras informações pertinentes acerca das
actividades de corretagem, todos os pedidos são avaliados, entre transferências.
outros elementos, à luz das disposições do Código de Conduta da
UE relativo às Exportações de Armas.
ESLOVÁQUIA
As autorizações para o trânsito internacional, o transbordo e o São as seguintes as autoridades nacionais envolvidas no processo
exercício de actividades não comerciais com armas convencionais de implementação:
são concedidas caso a caso.
5. Autoridades aduaneiras;
O Ministério do Interior e da Reforma Administrativa —
Inspecção-Geral da Polícia Romena (GIRP) — controla a forma
como as pessoas singulares ou colectivas recebem autorização 6. Serviços de informações.
para obter, possuir, deter, portar e usar armas de fogo e munições.
Simultaneamente, em conformidade com a Lei n.o 295/2004 rela-
tiva às armas de fogo e munições, que foi harmonizada com a As pessoas habilitadas são obrigadas a abster-se de transaccionar
Directiva 91/477/CEE, a GIRP mantém um registo de todos os material militar na medida em que tal possa prejudicar os interes-
portadores legais de armas letais e não letais, actualizando igual- ses de política externa, segurança ou comércio ou os compromis-
mente a base de dados do Registo Nacional de Armas sos internacionais da República Eslovaca, ou ainda os interesses de
(www.politiaromana.ro). organizações e instituições internacionais em que a República
Eslovaca seja parte, membro ou participante.
A Eslovénia adoptou legislação de base em matéria de ALPC na — Em primeiro lugar, a legislação espanhola nesta matéria
década de 90. Em 2005, através do relatório nacional sobre a exe- passa a ser uma norma equivalente a uma lei, o que virá
cução do Programa de Acção da ONU, foi apresentada às Nações criar um instrumento para exercer os controlos com
Unidas uma panorâmica global do quadro jurídico nacional sobre maior eficácia.
as armas ligeiras e de pequeno calibre. Desde essa data, e mais
especificamente em 2006, não foi adoptada nova legislação. Não
obstante, o Ministério do Interior apresentou formalmente ao
Ministério da Justiça uma iniciativa com vista à alteração do — Em segundo lugar, a Lei actualizará os regulamentos
artigo 310.o do Código Penal — Produção e comércio ilícitos de sobre o comércio externo de materiais de defesa e bens
armas ou explosivos — no sentido de incluir a aplicabilidade de dupla utilização de acordo com os compromissos
extraterritorial do Código Penal em casos de alegada perpetração assumidos por Espanha nos fóruns internacionais e no
de infracções penais desse tipo. A ideia subjacente à alteração pro- âmbito dos regimes de não-proliferação.
posta é que a infracção penal pode ser cometida se o seu autor
introduzir armas ilegalmente na República da Eslovénia e/ou se
intervier na revenda de armas a partir do estrangeiro. Está previsto
que as propostas de alterações ao Código Penal sejam abordadas — Em terceiro lugar, a nova Lei alargará o âmbito dos con-
a nível governamental e parlamentar em 2007. trolos a todos os tipos de armas de fogo, incluindo as
armas de caça e de tiro desportivo, suas partes e compo-
nentes e munições, em aplicação da Resolução 55/225
aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas con-
ESPANHA tra o fabrico e tráfico ilícitos de armas de fogo, das suas
partes e componentes e de munições.
— Por último, os textos legislativos incluem um compro- dessas inspecções, 8 071 foram efectuadas em instalações relaci-
misso explícito no sentido de impulsionar e participar onadas com armas de fogo e 15 656 em instalações de produção
nos processos regionais e internacionais destinados a ou armazenagem de explosivos.
reforçar o controlo do comércio de armas, em especial
com vista à adopção de um Tratado Internacional sobre Além disso, foram efectuadas várias visitas de funcionários dos
o Comércio de Armas. A este respeito, é de recordar que serviços fiscais e aduaneiros a portos e aeroportos, no contexto do
a Espanha foi um dos 117 patrocinadores do projecto programa de luta contra o tráfico de armas durante a exportação.
aprovado em 26 de Outubro.
SUÉCIA
c) Em 2006, a Espanha concluiu o processo interno de ratifica-
ção para a adopção do Protocolo da ONU sobre Armas de A legislação sobre armas ligeiras e de pequeno calibre foi alterada
Fogo, tendo depositado o instrumento de adesão junto do nalguns aspectos; assim, por exemplo, deixou de ser confidencial
SGNU em 9 de Fevereiro de 2007. O Protocolo entra em a informação relativa aos contactos dos corretores de armamento,
vigor em Espanha no dia 11 de Março de 2007. constante do registo nacional.
Os serviços espanhóis responsáveis pela aplicação da lei continu- Em finais de 2006, o Parlamento aprovou uma lei que entrou em
aram a organizar, tal como em anos anteriores, cursos e seminá- vigor em 1 de Março de 2007 e pela qual foi concedida uma
rios sobre o tratamento penal das armas de fogo e dos explosivos amnistia, por tempo determinado, em relação às armas de fogo.
e sobre a aplicação das tecnologias da informação ao controlo de A amnistia vigorou de 1 de Março a 31 de Maio de 2007. A lei
armas e explosivos. São regularmente organizados seminários tem por objectivo reduzir o número de armas ilegais e não regis-
destinados a divulgar as regras e as disposições jurídicas para a tadas na Suécia.
prevenção e o combate ao tráfico ilícito de armas e a reciclar e
actualizar os funcionários de polícia competentes nesta matéria.
UNIÃO EUROPEIA
Sob coordenação da Inspecção Central de Armas e Explosivos da A Áustria apoiou a continuação da implementação dos documen-
Guardia Civil (organismo central espanhol para o controlo admi- tos da OSCDE sobre ALPC e sobre as existências de munições
nistrativo das armas de fogo), as autoridades espanholas compe- convencionais. A Áustria organizou uma primeira apresentação
tentes apreenderam, em 2006, 7 015 armas de fogo ilegais. da Estratégia da UE contra a acumulação ilícita e o tráfico de ALPC
Actualmente, as autoridades espanholas têm em armazém um e respectivas munições no diálogo sobre segurança do Fórum
total de 291 196 armas de fogo de diferentes géneros (em entre- para a Segurança e a Cooperação da OSCE em 29 de Março
posto, apreendidas e confiscadas); em 2006, foram leiloa- de 2006. A finalidade dessas medidas era primeiro que tudo a
das 22 392 armas de fogo e destruídas 40 772. familiarização dos Estados participantes com o quadro regula-
mentar e as actividades, bem com os projectos da UE em matéria
de ALPC, e segundo lançar os alicerces de uma coordenação e
Em 2006, as autoridades espanholas realizaram 23 727 inspec- cooperação reforçadas entre a OSCE e a EU, a fim de assegurar
ções a locais onde são fabricadas ou armazenadas armas de fogo que as energias e as diferentes valências eram utilizadas da forma
e/ou explosivos (incluindo fábricas, entrepostos comerciais, clu- mais eficaz em termos de custos e de evitar duplicações dos
bes de tiro desportivo, empresas de segurança privadas, etc.); esforços.
C 299/16 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007
Conselho da Parceria Euro-Atlântica (CPEA) Projecto concebido para reforçar as capacidades do governo e as
capacidades da sociedade civil para combater a proliferação das
A Áustria apoiou financeiramente um projecto para a destruição armas ligeiras no Bangladeche, Nepal e Sri Lanca (aplicação do
de armas ligeiras e de pequeno calibre (ALPC) e MANPADS no Programa de Acção das Nações Unidas em matéria de armas ligei-
Cazaquistão. O projecto liderado pelos EUA foi lançado em Abril ras e de pequeno calibre).
de 2006.
Leste e Sudeste Europeu
O projecto de destruição de armas ligeiras e de pequeno calibre
(ALPC), MANPADS e munições na Ucrânia, igualmente financi-
ado pela Áustria, continuou a ser executado em 2006. Bielorrússia — EUR 55 370 — OSCE
«Auxílio aos estados para inflectirem o tráfico ilícito de armas de Projecto «KOSSAC» do PNUD: Iniciativa para o controlo das
pequeno calibre e armas ligeiras e para a respectiva recolha», «Pro- armas de pequeno calibre no Kosovo.
blemas decorrentes da acumulação de arsenais excessivos de
munições convencionais». A Áustria votou a favor da resolução
«Todos os aspectos do comércio ilegal de armas ligeiras e de Ucrânia — EUR 25 000
pequeno calibre»
Reabilitação e protecção da zona em redor do complexo de pai-
óis em Novobohdanivka.
BÉLGICA
Projecto concebido para sensibilizar os membros mais vulnerá- Seguindo a sua política de ajudar tanto quanto pode os parceiros
veis da sociedade (os jovens) dos seis países para o impacto das da OTAN a lidar com os problemas de segurança e de defesa, em
armas de fogo nas suas vidas através de acções de sensibilização 2006 a Bulgária participou em 9 dos actuais 10 projectos do
nas escolas secundárias. Fundo fiduciário OTAN/PPP. Cinco desses projectos visavam a
recolha e destruição de ALPC:
Chipre participa activamente no trabalho realizado neste domí- A Dinamarca apoia o desarmamento, desmobilização, reinserção
nio pela ONU e a OSCE. e reabilitação de ex-combatentes no Afeganistão através de um
fundo fiduciário do PNUD com um total de 1,1 milhões de
euros (2005-2006).
Em concreto, Chipre apresenta relatórios à ONU sobre a execu-
ção do Programa de Acção para Prevenir, Combater e Erradicar o
Comércio Ilícito de Armas Pessoais e Ligeiras em Todos os seus ESTÓNIA
Aspectos. Além disso, forneceu informação ao ACNUR (com base
na decisão 124/2004) sobre «a prevenção das violações dos direi-
tos do Homem causadas pela disponibilidade e uso indevido
Em 2006, soldados estónios no Iraque apreenderam várias vezes
de ALPC».
armas e munições durante patrulhamentos. As operações foram
conduzidas em cooperação com unidades das forças terrestres dos
EUA e do Iraque.
Chipre informa também a OSCE sobre as práticas e procedimen-
tos nacionais para a exportação de armas convencionais e tecno-
logias conexas (fsc.del/269/06, 27.6.2006), sobre transferências
de armas convencionais (FSC. DEL/432/06, 26.9.2006) e sobre FINLÂNDIA
ALPC (FSC. DEL/14/07, 24.1.2007).
No quadro da Organização para a Segurança e a Cooperação na Em conformidade com o disposto no Documento da OSCE sobre
Europa (OSCE) a Hungria assumiu uma série de compromissos as ALPC, a Hungria trocou informações com Estados participan-
politicamente vinculativos em relação às ALPC. O documento da tes na OSCE até 30 de Junho de 2001 sobre:
OSCE sobre as ALPC proporciona um quadro geral para tratar os
problemas relacionados com as ALPC, fixando medidas, normas
e princípios nos seguintes domínios: — procedimentos nacionais de controlo do fabrico de armas de
pequeno calibre,
— Fabrico, marcação e conservação de registos,
— legislação interna aplicável e práticas vigentes em matéria de
— Critérios de exportação e controlos de exportação comuns, política das exportações, formalidades, documentação e con-
trolo das actividades de corretagem internas,
— Gestão de existências, redução de excedentes e destruição,
— informações gerais sobre a gestão de existências e os proce-
— Alerta rápido, prevenção de conflitos, gestão de crises e rea- dimentos de segurança nacionais,
bilitação pós-conflito.
Em cooperação com o Departamento de Estado dos EUA, Serviço Concretamente, a Itália esteve presente nos seguintes eventos:
da Não Proliferação, Gabinete da Cooperação em matéria de Con-
trolo das Exportações, o MNE da Hungria organizou a 5.a Confe- — Atelier sobre a redução e o controlo de ALPC na Bósnia e Her-
rência Internacional sobre Controlo das Exportações em zegovina, organizado pelo PNUD (Sarajevo, 21 de Março
Budapeste, Hungria entre 15 e 17 de Setembro de 2003 (a Con- de 2006);
ferência foi o quinto de uma série de eventos conhecida como
«Processo de Oxford»). Participaram mais de 180 agentes do con-
— Atelier sobre actividades de corretagem, organizado pela
trolo das exportações de mais de 40 países, bem como represen-
RACVIAC, a OSCE, a Alemanha, os Países Baixos e a Noru-
tantes dos regimes multilaterais de controlo das exportações, da
ega (Zagrebee, 29-30 de Março de 2006);
indústria e da comunidade das ONG. Um dos principais tópicos
da Conferência foi o debate sobre novos métodos de controlo das
armas convencionais, especialmente determinados tipos de ALPC — Reunião extraordinária da OSCE sobre armas ligeiras e de
como os MANPADS. pequeno calibre em preparação da Conferência de Revisão do
PA da ONU (Viena 17 de Maio de 2006);
O acontecimento recente mais importante resulta também da coo- — Atelier sobre os MANPADS, organizado por Israel (Jerusalém,
peração internacional. A Hungria concluiu a redução/destruição 5-6 de Abril de 2006);
de 1 540 peças de MANPADS tipo Strela-2 em Fevereiro de 2006.
O projecto foi em parte uma iniciativa americana e co-financiado — Atelier sobre os controlos à exportação de ALPC organizado
pelos EUA. pelas ONG Oxfam, Saferworld e Amnesty International (Bruxe-
las, 20 de Abril de 2006).
Para fins de identificação de grupos e indivíduos envolvidos no
comércio ilícito de ALPC a polícia húngara coopera com a INTER- Outras iniciativas
POL e a EUROPOL e é membro do centro regional da SECI para a
luta contra o crime transfronteiras, para conceber um sistema Em 2006, as forças armadas italianas que participam em opera-
para a troca de informações entre os países do sudeste europeu ções de manutenção da paz multilaterais recolheram e/ou apre-
sobre o tráfico ilícito de ALPC. enderam e destruíram as seguintes armas ligeiras e de pequeno
calibre:
IRLANDA No Iraque:
— EUR 500 000 para o fundo fiduciário do Banco Mundial, des- — 12 espingardas de assalto AK 47;
tinados ao Programa multi-países de desmobilização e rein-
serção para projectos na Região dos Grandes Lagos que visam — 4 lança-granadas RPG;
ex-combatentes.
— 4 lança-foguetes;
— EUR 200 000 para o fundo fiduciário da Parceria para a Paz,
— 1 metralhadora ligeira;
destinados à destruição de armas ligeiras e de pequeno cali-
bre na Ucrânia e na Albânia.
— 1 morteiro;
— 28 espingardas;
— EUR 10 000 para a IANSA destinados a melhorar o sítio web
da IANSA, que é um recurso valioso para todos aqueles que
trabalham em questões relacionadas com as armas ligeiras e — 2 carabinas;
de pequeno calibre.
— 1 espingarda M59;
ITÁLIA — 6 caçadeiras;
— 1 lança-granadas RPG;
Em 2006, a Itália participou activamente em vários encontros
regionais e mundiais destinados a trocar informações sobre os
procedimentos nacionais e a relevar soluções comuns para pro- — 7 lança-foguetes;
blemas relacionados com o tráfico ilícito de armas ligeiras e de
pequeno calibre. — 4 metralhadoras ligeiras;
C 299/22 PT Jornal Oficial da União Europeia 11.12.2007
— 18 pistolas;
— Relatório nacional sobre os controlos à exportação de
MANPADS (Acordo de Wassenaar);
— 575 diversos.
— UNIDIR, UNDDA e o questionário da Small Arms Survey sobre
Sub-total: 658 armas ligeiras e de pequeno calibre destruídas. a corretagem de armas de pequeno calibre ilícitas.
Sub-total: 207 armas ligeiras e de pequeno calibre destruídas. De 2001 a 2004 as autoridades Luxemburguesas financiaram um
projecto liderado pelo Instituto Europeu de Investigação e Infor-
mação sobre a Paz e a Segurança (GRIP) para fortalecer uma rede
Total: 901 armas ligeiras e de pequeno calibre destruídas. de ONG africanas para a prevenção de conflitos e a consolidação
da paz. O projecto compreende a criação de uma rede de ONG da
África central e ocidental que trabalham por uma cultura da paz
LETÓNIA e pelo restabelecimento da paz e combatem a proliferação das
armas de pequeno calibre. A contribuição total concedida a esse
Em Setembro de 2006, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da projecto ascende a EUR 223 000. Em 2006, o GRIP recebeu tam-
República da Letónia organizou em cooperação com a Adminis- bém uma soma de EUR 15 000 a título de contribuição
tração Nacional de Segurança Nuclear dos EUA um seminário voluntária.
para empresas letãs e agentes do controlo das exportações «Evo-
lução dos controlos à exportação nas perspectivas da UE e mun-
dial». Os participantes foram postos a par da legislação e dos MALTA
procedimentos em vigor em matéria de controlo dos armamen-
tos na República da Letónia.
Plano regional
— Informação comunicada ao Registo de Armas Convencionais Malta aplica e implementa integralmente, através do seu direito
da ONU; interno, as disposições sobre embargos ao fornecimento de armas
decididas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e apoia
— Relatório anual ao abrigo do Código de Conduta da UE rela- as resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas relaciona-
tivo à Exportação de Armas; das com as armas convencionais, o comércio ilícito de armas
ligeiras e de pequeno calibre, a transparência em matéria de arma-
mentos e a transparência das despesas militares. Malta apresenta
— Informação anual ao abrigo do documento da OSCE sobre as também anualmente o seu relatório nacional em conformidade
ALPC sobre importações e exportações de ALPC e ALPC com a resolução da Assembleia Geral da ONU «Transparência em
detectadas como excedentárias e/ou apreendidas e destruídas; matéria de armamentos».
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/23
Em Abril de 2005, Malta tornou-se Estado participante do Acordo aumentam os níveis de violência armada e minam o desenvolvi-
de Wassenaar sobre os Controlos à Exportação de Armas Con- mento e instaram todos os Estados-Membros a apoiar o reforço
vencionais e Bens e Tecnologias de Dupla Utilização. do Programa de Acção das Nações Unidas sobre as ALPC.
PAÍSES BAIXOS
Malta continua a acompanhar com interesse e apoia inteiramente
a proposta de um tratado sobre o comércio de armas juridica-
mente vinculativo que estabelece padrões internacionais comuns Em 2006, os Países Baixos contribuíram para as seguintes insti-
para o comércio de todas as armas convencionais, a ser negoci- tuições, projectos e outras actividades no domínio das armas ligei-
ada nas Nações Unidas. No que respeita à corretagem das ALPC, ras e de pequeno calibre (ALPC) e das munições.
Malta acha que é necessário mais trabalho de fundo neste domí-
nio a nível mundial. O controlo da corretagem continua a ser uma
alta prioridade, dado que a corretagem e o tráfico ilícito de ALPC — Safer Africa, projecto de acção de apoio à luta contra o comér-
se encontram reconhecidamente entre os principais factores que cio ilícito de armas de pequeno calibre na África Austral,
fomentam o comércio ilícito mundial. Ocidental e Oriental;
— UNIDIR, elaboração de um «Protocolo sobre o diagnóstico Foram afectadas em Janeiro de 2006 dotações financeiras para a
das necessidades securitárias»; implantação de um sistema integrado de gestão de fronteiras,
tendo a Polícia de Fronteiras criado um «Gabinete de Informática
e Comunicações» para supervisionar a sua implementação. A
— UNIDIR, estudo comparativo sobre a corretagem, publicado segurança das fronteiras foi também melhorada através da com-
em 2006; pra de equipamento informático suplementar, de formação em
análise de risco operacional, e do recrutamento de 1 800 agentes
suplementares para a Polícia de Fronteiras.
— PNUD/Bósnia e Herzegovina, destruição de ALPC e de
munições;
A Roménia participa em diversos mecanismos internacionais e
regionais respeitantes às ALPC, incluindo a OSCE, o PA da ONU
— PNUD/Kosovo, «Iniciativa sobre o controlo das armas de e o Acordo de Wassenaar.
pequeno calibre no Kosovo»;
ROMÉNIA ESLOVÉNIA
Em 2006, a Roménia participou em várias iniciativas regionais e Em 2005, a Eslovénia exerceu a Presidência da OSCE. Portanto, a
internacionais relacionadas com questões das ALPC tais como a maior parte das actividades da Eslovénia em matéria de armas
INTERPOL, a EUROPOL, a Organização de Cooperação Econó- ligeiras e de pequeno calibre nesse período centrou-se no quadro
mica do Mar Negro (BSEC), a iniciativa da Europa Central (IEC) e da OSCE. Essas actividades prosseguiram ao longo de 2006.
o Centro regional de luta contra a criminalidade transfronteiras da Como tal, as contribuições financeiras infra cobrem os anos
Iniciativa de Cooperação Sudeste Europeia (ICSE). de 2005 e de 2006.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/25
Em 2005, o Governo da Eslovénia afectou EUR 100 000 à exe- compromete a afectar uma verba mínima de 1 000 000 euros (a
cução dos projectos da OSCE para a destruição de excedentes de desembolsar durante o período entre 2006 e 2008) como contri-
armas ligeiras e de pequeno calibre e de munições convencionais. buto para as actividades e os programas da CEDEAO, que com-
Em 2006, prosseguiu-se a execução dos projecto e o consumo das preende o apoio ao «Programa de controlo de armas de pequeno
verbas de 2005, tendo o Governo afectado EUR 15 025 suple- calibre na África Ocidental» num montante total
mentares para esses fins. de 750 000 euros.
Em 2005 e 2006, as despesas da Eslovénia neste domínio Auxílio financeiro, técnico e outro auxílio bilateral prestado a outros
destinaram-se aos seguintes projectos: Estados, em especial os situados em regiões afectadas
1. Tajiquistão: EUR 40 000 para a preparação de locais de arma- A Espanha prosseguiu o programa de auxílio técnico, iniciado em
zenamento de armas ligeiras e de pequeno calibre. 2005, ministrado pela Guardia Civil às autoridades de Cabo Verde
(Ministério do Interior) sobre controlo de armas de fogo e
explosivos.
2. Tajiquistão: EUR 19 808,12 para a destruição de 108 moto-
res de arranque de foguetes, financiada conjuntamente pela
Eslovénia e Andorra (valor total do projecto: EUR 36 990). Coordenação de medidas práticas com outros Estados-Membros e com a
Comissão Europeia
3. Azerbaijão: EUR 15 191,88 para a fase I do projecto de des-
truição de mistura para combustível para foguetes; a fase I A Espanha participou nas reuniões realizadas em Bruxelas no qua-
encontra-se agora concluída. dro das directivas da UE relativas às armas de fogo e aos explosi-
vos. A Espanha utiliza regularmente o mecanismo de consulta
com os outros Estados-Membros da UE previsto no Código de
4. Ucrânia: EUR 25 000 para a aquisição de localizadores de Conduta da UE relativo à Exportação de Armas. Todas as comu-
UXO e detectores de minas e EUR 15 025 para a aquisição de nicações sobre extravio ou furto de armas de fogo são transmiti-
dispositivos de destruição de UXO. Esses projectos estão a ser das ao Gabinete de ligação da Polícia Judiciária, que comunica
realizados no quadro da eliminação das consequências do aci- todos os dados pertinentes ao Sistema de Informação de Schen-
dente no depósito de munições convencionais em Novobog- gen (SIS). A Espanha participa no Programa MEDA da UE desti-
danovka, Ucrânia. nado a reforçar os controlos fronteiriços em Marrocos, no
Gabinete de Coordenação da UE para o Apoio à Polícia Palestini-
Em 2005 e 2006, as despesas totais da Eslovénia para os projec- ana e na Missão PAMECA de apoio à organização e reforço da
tos supra foram de EUR 115 025. Alguns projectos ainda se polícia albanesa.
encontram em fase de execução e as verbas remanescentes ascen-
dem a EUR 35 091. No quadro da «Operação Althea» da UE (Bósnia e Herzegovina),
forças espanholas destacadas na Combined Task Force South (inte-
Em 5 e 6 de Dezembro de 2006, por ocasião do Conselho Minis- grado na EUFOR desde 2004) recolheram o seguinte material:
terial da OSCE em Bruxelas, a Eslovénia — em conjunto com o 60 700 cartuchos, 145 carregadores (99 cheios, os restantes
Secretariado da OSCE — apresentou a execução dos projectos da vazios), 79 armas de guerra, 730 granadas de mão, 56 granadas
OSCE no domínio das armas ligeiras e de pequeno calibre, arse- balísticas, 3 200 minas e cerca de 6,1 quilogramas de explosivos.
nais excessivos de munições convencionais e misturas para com-
bustível para foguetes. O contributo da Eslovénia para a execução No quadro da «Joint Enterprise Operation» (Kosovo), as forças
e financiamento desses projectos foi igualmente exposto. Repre- espanholas recolheram 3 caçadeiras e 6 cartuchos de munição de
sentantes da Eslovénia participam ordinariamente nas visitas de caça.
avaliação dos peritos da OSCE aos países que enfrentam proble-
mas neste domínio, ao passo que um representante da missão per-
manente da Eslovénia na OSCE actua como coordenador para as SUÉCIA
questões respeitantes à destruição de excedentes de munições
convencionais no âmbito do Fórum da OSCE sobre segurança e Em 2006, a Suécia apoiou vários programas relacionados com as
cooperação. ALPC, incluindo os seguintes:
— Apoio através da OSCE à destruição de ALPC no Tajiquistão Por último, o Reino Unido celebrou um novo acordo de financi-
(SEK 800 000; ± EUR 86 000) amento com o Fórum Parlamentar para melhorar a sensibilização
e a supervisão parlamentar dos controlos internos das armas de
pequeno calibre.
— Financiamento da Fundação Arias para um projecto na Amé- Em 2006, o conceito da UE para a DDR foi adoptado pelo Con-
rica Latina (SEK 1 500 000; ± EUR 161 800) selho, na sequência da adopção de um quadro político para a
reforma do sector da segurança (RSS), que aliou a Comunicação
da Comissão Europeia sobre a RSS e o conceito de RSS da PESD.
Ambos os documentos integram políticas que visam solucionar
— Financiamento da Oxfam GB para o Programa de Controlo de problemas das armas de pequeno calibre. As ALPC, o DDR e a
Armas na África Ocidental (SEK 6 000 000; ± EUR 647 115) RSS foram identificadas como áreas prioritárias nas situações
pós-conflituais.
— Financiamento da Unicef (± SEK 1 900 000; ± EUR 204 960) Sul e Leste da Europa; EUR 5.7 milhões (Projectos-piloto e TAIEX),
para projectos à escala regional a apoio específico à Croácia,
foram consagrados ao reforço das capacidades administrativas,
judiciais e repressivas das autoridades nacionais para a gestão
REINO UNIDO interna de existências de ALPC e munições e para o controlo das
exportações, incluindo para a sensibilização da sociedade civil e o
ensino.
III. PARTICIPAÇÃO NOS TRABALHOS DAS ORGANIZAÇÕES Entre todos estes eventos de 2006, o mais espectacular foi a Pri-
INTERNACIONAIS E REGIONAIS meira Conferência de Avaliação do Programa de Acção em maté-
ria de ALPC da ONU (Nova Iorque, 25 de Junho-7 de Julho
de 2006).
ÁUSTRIA
Em 2006, a coordenação inter-agências concentrou-se nomeada- Anualmente, a Estónia envia relatórios ao Registo de Armas Con-
mente na preparação da Conferência de 2006 de Avaliação do vencionais da ONU.
Programa de Acção da ONU contra o tráfico de ALPC e na imple-
mentação do instrumento multilateral sobre marcação e traçabi-
lidade. Foi também dada a devida importância ao debate noutros FINLÂNDIA
fóruns multilaterais relevantes (Primeira Comissão da AGNU,
OSCE, Acordo de Wassenaar).
A Finlândia participa activamente nos trabalhos das organizações
internacionais e nos acordos regionais sobre questões relaciona-
das com as ALPC. A Finlândia participa nas reuniões e na redac-
A República Checa cooperou, entre outros, com serviços nacio-
ção de relatórios para a ONU, a OSCE, a OTAN/EAPC e o Acordo
nais da Interpol em Lima e em Wiesbaden relativamente a 147
de Wassenaar. A Finlândia fez também parte do Grupo de Peritos
processos que envolveram 1 791 armas.
Governamentais (GPG) sobre corretagem.
A Estónia é um país que participa no Acordo de Wassenaar. — Contributo financeiro para a IANSA (Rede de Acção Interna-
cional sobre Armas Ligeiras), em apoio ao Tratado sobre o
Comércio de Armas — actividades conexas (total:
Os representantes da Estónia participaram activamente em algu- 15 000 euros).
mas conferências, cursos e seminários internacionais dedicados
aos problemas das ALPC, organizados pela ONU, OSCE, UE e
outras organizações internacionais, bem como ONG. O principal FRANÇA
evento foi a Primeira Conferência de Avaliação do Programa de
Acção da ONU sobre ALPC.
Desde 2006 que a França participa activamente nos debates do
grupo de peritos estatais sobre corretagem criado pela
resolução 60/81 sobre «comércio ilegal de armas ligeiras e de
Os representantes da Comissão de Bens Estratégicos também par- pequeno calibre em todos os seus aspectos».
ticiparam activamente nos trabalhos dos grupos da União Euro-
peia para os controlos à exportação de armas convencionais
(COARM) e de bens de dupla utilização (WPDUG). Por iniciativa Pelo segundo ano consecutivo, a França, juntamente com a Ale-
da Estónia, as melhores práticas do Código de Conduta da UE manha, apresentou uma resolução sobre os problemas causados
sobre Exportação da Armas foram complementadas com um pelo acumulação de stocks de munições convencionais em
novo formato de notificação acerca da recusa de registar um inter- excesso, na Primeira Comissão da 61.a Assembleia Geral. A reso-
mediário de armas. lução foi aprovada.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/29
A Itália também votou favoravelmente a Resolução 61/66 A Lituânia nomeou um perito para participar nos trabalhos do
(«Comércio ilegal de armas ligeiras e de pequeno calibre em todos Grupo de Peritos Governamentais que estuda novas medidas para
os seus aspectos»). aumentar a cooperação internacional na prevenção, combate e
erradicação da corretagem ilegal de armas ligeiras e de pequeno
calibre. Os peritos reúnem-se em três sessões de uma semana cada
OSCE e apresentarão um relatório sobre os resultados dos seus estudos
na 62.a sessão da Assembleia Geral.
O Serviço de Polícia Criminal da Lituânia trabalha em coopera- (agora OQD da ONU) para as suas amplas consultas sobre a regu-
ção com outras polícias da UE. São constantemente efectuadas lamentação das actividades de corretagem e financiaram dois ate-
operações conjuntas, nomeadamente para prestar assistência a liers em Nova Iorque e Genebra.
investigações relacionadas com o tráfico de ALPC.
Os peritos lituanos cooperam com os representantes das ONG Os Países Baixos presidiram ao Grupo intergovernamental de
(Saferworld, IANSA), que desenvolvem a sua actividade em dife- peritos da ONU sobre corretagem ilícita de ALPC, que concluiu os
rentes aspectos das questões das ALPC sobre trocas de informa- seus trabalhos em Junho de 2007.
ções através de questionários, documentos de posição e presença
em ateliers.
Os Países Baixos pertencem ao Grupo de missão CPCD-CAD da
Foram assinados acordos bilaterais com alguns países (Alemanha, OCDE sobre violência armada e redução da pobreza, para
Letónia e Polónia), que abrangem a criminalidade organizada, as reforçar uma maior integração das políticas e programações em
drogas e o terrorismo. Em parte, ocupam-se também da coope- matéria de ALPC e de violência armada nos quadros de desenvol-
ração entre países que suscitam preocupação no que se refere ao vimento e nos programas de RSS. Os Países Baixos participaram
comércio ilegal de ALPC. em vários ateliers e reuniões sobre esta questão.
LUXEMBURGO
Um perito dos Países Baixos participou no Grupo de Peritos
Governamentais das Nações Unidas sobre o Registo de Armas
Em 2006, o Luxemburgo tomou parte nos trabalhos das seguin-
Convencionais da ONU.
tes organizações internacionais e regionais, em especial:
Nações Unidas
Os Países Baixos apresentaram em 2006 a resolução da AGNU
sobre Transparência em matéria de armamentos (61/77), que foi
O Luxemburgo assistiu à Conferência das Nações Unidas de aná- aprovada sem votos contra.
lise dos progressos na implementação do Programa de Acção para
Prevenir, Combater e Erradicar o Comércio Ilícito de Armas Pes-
soais e Ligeiras em Todos os seus Aspectos, realizada em Nova
Guia de melhores práticas da OSCE; os Países Baixos redigiram
Iorque entre 26 de Junho e 7 de Julho de 2006.
melhores práticas sobre destruição de munições.
Assembleia Geral das Nações Unidas
REINO UNIDO
A conferência reuniu delegações da maioria dos países do GRU-
LAC (estiveram presentes 28 países de um total de 33). Represen-
tantes de alguns parceiros (Finlândia, Alemanha, Reino Unido, O Reino Unido prosseguiu o seu programa, apoiando ateliers regi-
Espanha), Suíça, EUA, organizações internacionais e sub-regionais onais por exemplo na África Oriental (Quénia). Durante esses ate-
(OEA, PNUD, DDA) e da sociedade civil (IANSA, Fórum Parla- liers, incentivou tanto os grupos regionais como os países
mentar sobre as ALPC, CLAVE, IEPADES) puderam participar nas individuais a apoiarem critérios e orientações comuns para as
sessões abertas da conferência; o Embaixador Prasad Kariyawasan, transferências de ALPC nos seus relatórios nacionais, declarações
presidente eleito da Conferência de Revisão da ONU sobre as nacionais e intervenções durante o período que medeia até à Con-
ALPC de 2006 teve oportunidade de intervir na cerimónia de ferência de Revisão de Junho de 2006.
abertura da conferência.
O Reino Unido co-presidiu também o processo em curso do CAD
da OCDE de elaboração de orientações destinadas a técnicos do
O principal intuito da conferência era procurar uma abordagem desenvolvimento sobre a diminuição da violência armada. Uma
regional comum, a fim de dotar de uma perspectiva regional o série de ateliers regionais terá lugar em 2007, estando o primeiro
trabalho da conferência de revisão do PA da ONU sobre as ALPC agendado para a Guatemala, em Abril.
realizada em Nova Iorque, entre 26 de Junho e 7 de Julho de 2006.
O GRULAC conseguiu acordar num documento de consenso
razoavelmente ambicioso, baptizado como «Declaração de Antí-
gua, Guatemala». UNIÃO EUROPEIA
A Presidência Austríaca, o Gabinete da Representante Pessoal do A Comissão Europeia participou na Assembleia Parlamentar Pari-
Alto Representante para a Não-Proliferação e a Comissão apre- tária ACP-UE de 23 de Fevereiro de 2006 em Bruxelas e de 20
sentaram conjuntamente a Estratégia da UE para as ALPC assim a 23 de Novembro de 2006 nos Barbados em apoio da Resolução
como outras actividades da União Europeia no que respeita às conjunta UE-ACP sobre as ALPC. Nessas oportunidades, expôs a
armas ligeiras e de pequeno calibre e aos resíduos explosivos de Estratégia da UE para as ALPC bem como a lógica subjacente aos
guerra na 479.a reunião do Fórum da OSCE sobre segurança e programas de assistência nos países em desenvolvimento.
cooperação (FSC) em Viena em 29 de Março de 2006. A Comis-
são e a OSCE combinaram a realizaram uma missão de diagnós- De 2005 a Junho de 2006, a Comissão Europeia apoiou um vasto
tico conjunta ao complexo de paióis de Novobohdanivka esforço de investigação subordinado ao tema «Reforçar a acção
(Ucrânia). Na sequência desta missão, os Ministros da Defesa, dos europeia em matéria de armas ligeiras e de pequeno calibre e resí-
Negócios Estrangeiros e das Emergências da Ucrânia acolheram duos explosivos de guerra». Este estudo, realizado pela UNIDIR,
com agrado o incentivo da Comissão à elaboração de um plano compreende o mais vasto exercício de avaliação realizado no inte-
de acção global da Ucrânia para enfrentar os problemas dos exce- rior da UE, que abrange as actividades relacionadas com as ALPC
dentes de armas e munições de forma transparente e abrangente. e os restos de guerra explosivos financiadas a título de diferentes
Têm a noção clara da necessidade de ver esta prioridade política arquitecturas institucionais, e formula recomendações relativa-
reflectida no Plano de Acção UE-Ucrânia. A Comissão e a OSCE mente a futuras acções da UE.
formularam nessa conformidade um diagnóstico comum dos
problemas e da resposta necessária no caso do complexo de pai- Em 4 e 5 de Setembro de 2006, a Comissão Europeia participou
óis de Novobohdanivka. A CE lançou então um projecto, que no «Primeiro encontro internacional sobre comércio ilícito de
compreendia um pacote de medidas, para responder às necessi- armas na região africana dos Grandes Lagos» (RAGL) em Nairobi,
dade relevadas. Em 28 de Setembro de 2006, os coronéis Claes que se debruçou sobre o «Projecto sobre o comércio ilícito de
Nilsson, Coordenador da OSCE/FCS para as ALPC, e Anders Gar- armas na RAGL» iniciado pela Interpol.
dberg, Alto Conselheiro militar na Missão Permanente da Finlân-
dia na OSCE, expuseram as actividades da OSCE em matéria de Em 1 de Novembro de 2006, decorreu em Belgrado o primeiro
ALPC e de existências de munições convencionais bem como o fórum interparlamentar UE-Balcãs Ocidentais sobre as ALPC no
eventual papel da UE no Grupo ALPC da OSCE do Desarma- âmbito do projecto-piloto da CE sobre as ALPC 2005 (Plano de
mento Global e Controlo dos Armamentos. apoio UE-Balcãs Ocidentais).
A Comissão tem trabalhado activamente com os Estados- A União Europeia apoiou iniciativas específicas sobre o tráfico ilí-
-Membros da UE, as autoridades competentes dos países tercei- cito por via aérea no G8, no Acordo de Wassenaar e na OSCE.
ros, organizações internacionais, meios académicos, ONG e a Em 13 de Setembro de 2006, a Comissão Europeia organizou um
sociedade civil sobre as consequências e a origem do tráfico de seminário informal sobre os reptos colocados pelo tráfico de
armas. Esse tráfico pode estar ligado ao comércio ilícito de outros ALPC por via aérea. O seminário, destinado sobretudo aos servi-
produtos de base, como os minérios, o petróleo, as madeiras e os ços da Comissão, foi aberto aos Estados-Membros da UE, ao Par-
diamantes. Em 2007, durante a sua presidência do Processo de lamento Europeu e ao Secretariado do Conselho. Duas ONG
Kimberley, a Comissão tenciona trabalhar no sentido de um aper- (TransArms e Amnesty International) expuseram as suas conclusões
feiçoamento da realização dos controlos que permita prevenir ou à audiência. A Comissão Europeia apoiou uma base de dados des-
contrariar a utilização de diamantes para financiar a compra de tinada a reunir informações sobre estas questões no Sudeste
armas por grupos rebeldes. Europeu.
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/35
ANEXO
ÁUSTRIA ESTÓNIA
National Point of Contact Desk Officer for Small Arms and Light Weapons
Disarmament and Non-Proliferation Section Netherlands Ministry of Foreign Affairs
Department of Foreign Affairs Arms Export Policy Division and Arms Control (DVB/WW)
79 St Stephens Green P.O. Box 20061
Dublin 2 2500 EB The Hague, Netherlands
Tel.: (353-1) 408 20 76 Tel.: (31-70) 348 55 62
Fax: (353-1) 408 23 83 Fax: (31-70) 348 54 79
ITÁLIA POLÓNIA
MALTA
ESLOVÁQUIA
Mr. Andrew Seychell
Assistant Commissioner of Police Ministry of Foreign Affairs
Police Force General Headquarters Department of OSCE and Disarmament
Floriana Hlboka cesta 2
Malta SK-833 36 Bratislava
Tel.: (356-21) 247 800 Tel.: (421-2) 59 78 31 41
Fax: (356-21) 247 922 Fax: (421-2) 59 78 31 49
E-mail: andrew.seychell@gov.mt E-mail: obod@foreign.gov.sk
11.12.2007 PT Jornal Oficial da União Europeia C 299/37