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VIABILIDADE ECONÔMICA
RIO DE JANEIRO
2008
SUMÁRIO
Capítulo 1
Introdução 11
1.1 Os paradigmas das estruturas de aço 12
1.2 As verdades das estruturas de aço 13
1.3 A melhor solução estrutural 13
1.4 Objetivos deste manual 13
Capítulo 2
Quando construir em aço? 17
2.1 A pergunta correta 18
2.2 O tipo de estrutura mais adequado 18
2.2.1 O momento da escolha 18
2.2.2 Análise das características da obra 19
2.2.3 Conhecimento de cada sistema 19
2.3 Escolha do sistema estrutural 20
2.4 Classificação das características da obra 21
2.4.1 Tipos de fundação 21
2.4.2 Tempo de construção 22
2.4.3 Tipo de ocupação 22
2.4.4 Disponibilidade e custo dos materiais 24
2.4.5 Recursos do construtor 24
2.4.6 Local da obra e acessos 24
2.4.7 Previsão de adaptações e ampliações 25
2.4.8 Compatibilidade com sistemas complementares 25
2.4.9 Manutenção e reparos 25
2.4.10 Vãos livres e altura da edificação 26
2.4.11 Proteção contra a corrosão 26
2.4.12 Proteção contra fogo 27
2.4.13 Estética 27
2.4.14 Desperdício de materiais e mão de obra 28
2.4.15 Segurança do trabalhador 28
2.4.16 Custos financeiros 28
2.4.17 Adequação ambiental 29
2.4.18 Qualidade e durabilidade 29
2.4.19 Desempenho 30
2.4.20 Incômodos para áreas próximas 30
Capítulo 3
Como construir em aço 33
3.1 Introdução 34
3.2 Configurando um sistema estrutural de aço 34
3.2.1 Tipo de aço 35
3.2.2 Tipo de perfil 36
3.2.3 Modulação e vãos livres 36
3.2.4 Tipos de laje 36
3.2.5 Tipo de vedação 38
3.2.6 Estabilidade horizontal 39
3.2.7 Tipos de ligação 39
3.2.8 Vigas e pilares mistos 40
3.2.9 Tipo de proteção contra a corrosão 41
3.2.10 Tipo de proteção contra fogo 41
3.2.11 Durabilidade 42
3.2.12 Esquema de transporte e montagem 42
3.3 Resultado final da configuração 42
Capítulo 4
Viabilidade econômica do empreendimento 45
4.1 Introdução 46
4.2 Formação do custo em uma obra 46
4.2.1 Custos diretos 46
4.2.1.1 Custo dos materiais 47
4.2.1.2 Custo da mão de obra 47
4.2.1.3 Custo dos equipamentos 48
4.2.2 Relação tempo x custo 49
4.2.3 Despesas indiretas 51
4.2.3.1 Mobilização da obra 51
4.2.3.2 Administração local 51
4.2.3.3 Administração central 51
4.2.3.4 Despesas financeiras 51
4.2.4 Formação do preço de venda / definição do BDI 51
4.2.5 Orçamento sumário 52
4.3 Estudo de massa 52
4.4 Estudo da viabilidade econômica 53
4.4.1 Investimento 53
4.4.1.1 Custo do terreno 53
4.4.1.2 Custo da construção 53
4.4.2 Despesas diversas 53
4.4.2.1 Impostos 53
4.4.2.2 Corretagem 53
4.4.2.3 Publicidade 53
4.4.3 VGV – valor geral de venda 53
4.4.4 Receita líquida 53
4.4.5 Resultado 53
4.4.6 Fluxo de caixa 53
4.5 Viabilidade econômica do empreendimento 53
Capítulo 5
Análise do empreendimento em aço - planilhas interativas 57
Capítulo 6
Estudos de caso 69
6.1 Introdução 70
6.2 Estudo de caso no 1 – edifício comercial de 8 pavimentos 70
6.3 Estudo de caso no 2 – edifício residencial de 5 pavimentos 72
Referências Bibliográficas 83
Apresentação
Propõe-se neste manual um processo de escolha que seja ao mesmo tempo confiável e rápido
para permitir as decisões corretas dos investidores. Está organizado numa seqüência de capítulos
que permitirá orientar desde a escolha dos sistemas estruturais até a análise de viabilidade econômica
do investimento.
O manual inclui um CD-ROM, contendo planilhas interativas que possibilitam a fácil simulação
dos resultados de um empreendimento com estruturas de aço, comparando com outras soluções
estruturais.
Finalizando o manual, são apresentados dois estudos de caso de obras, edifício comercial e
edifício residencial, nas quais foram utilizadas estruturas de aço. São demonstradas as razões dessa
escolha e os resultados obtidos, simulados nas planilhas interativas disponibilizadas.
Trata-se de uma publicação de referência que deverá suprir lacuna na literatura disponível e
contribuir para a análise econômica mais técnica e completa por parte dos profissionais envolvidos
na construção em aço.
Centro dinâmico de serviços, capacitado para conduzir e fomentar uma política de promoção
do uso do aço na construção com foco exclusivamente técnico, o CBCA está seguro de que este
manual enquadra-se no objetivo de contribuir para a difusão de competência técnica e empresarial
no País.
9
Capítulo 1
Introdução
11
Introdução
12
1.2 As verdades das estruturas de - o aço tem alta resistência
aço Mesmo quem só trabalha com estruturas
em concreto armado, conhece a alta resistên-
Da mesma forma que ainda existem vári- cia mecânica dos aços. Nas estruturas de aço
os paradigmas negativos em relação as estru- esta característica possibilita elementos estru-
turas de aço, existe uma série de verdades que turais com menores dimensões e a capacidade
são facilmente aceitas. de vencer grandes vãos.
13
Introdução
14
Serão apresentados exemplos relativos a
dois tipos de obras:
15
Capítulo 2
Quando construir em aço ?
17
Quando construir em aço ?
18
- Custos financeiros
- Adequação ambiental
- Qualidade e durabilidade
- Desempenho
- Incômodo de áreas próximas
19
Quando construir em aço ?
Figura 2.3
20
Uma escolha bem estruturada agrega va- Pressupõe-se o conhecimento das carac-
lor ao processo e, certamente, conduz a uma terísticas semelhantes para outros sistemas es-
decisão final mais acertada. truturais.
Essa metodologia deve ser desenvolvida
pela própria empresa, ser a mais impessoal Não é aceitável uma escolha errada do
possível e aperfeiçoada continuamente pelo sistema estrutural pela não avaliação de todos
exercício de identificação das características os tipos de estruturas ou pela avaliação com
mais importantes para a obra e sua ordenação parâmetros errados, incompletos e/ou
e pontuação, baseando-se sempre que possível desatualizados.
em experiências anteriores.
2.4.1 Tipos de fundação
21
Quando construir em aço ?
Nota do sistema – O maior valor para o Nota do sistema – O maior valor para o
sistema que gera as menores cargas e/ou a sistema estrutural mais rápido e que possibili-
menor quantidade de pontos de fundação; e o ta várias frentes de serviço na obra; e o menor
menor para o sistema que gera as maiores para o sistema mais lento e caminho crítico na
cargas e/ou maior número de pontos de funda- obra.
ção.
2.4.3 Tipo de ocupação
2.4.2 Tempo de construção
Dependendo do tipo de ocupação e de
Em princípio, quanto menor for o tempo de algumas características da obra, como o siste-
construção melhor. Entretanto, para algumas ma de comercialização, um determinado siste-
obras, como os condomínios residenciais, o tem- ma estrutural pode ser mais ou menos adequa-
po de construção deve estar compatibilizado do. Portanto, é importante conhecer bem a lo-
com a capacidade de desembolso dos calização, a arquitetura e a utilização prevista
condôminos e não seria interessante atropelar para a edificação.
este ritmo. Já para uma obra comercial, qual-
quer antecipação representa redução do tem- Descrevemos a seguir algumas caracte-
po de amortização do investimento e é bem vin- rísticas gerais dos diversos tipos de ocupação
da. Existe ainda a obra política ou estratégica, das edificações:
onde o tempo de construção é determinado por
um evento fixo, independente de eventuais cus- Edifícios Comerciais: Terreno caro, pou-
tos adicionais que uma obra mais rápida possa co canteiro de obra, modulação fácil, estacio-
representar. namento nos andares inferiores, instalações de
arranjo simples, fachadas simples. A rapidez da
Sem dúvida a mais forte característica das obra significa o retorno mais rápido do investi-
estruturas de aço é a rapidez, diferentemente mento e pode ser decisiva.
da construção convencional que normalmente
tem o caminho crítico na fase da estrutura e aca- Edifícios Residenciais: Pavimento tipo,
ba por limitar a velocidade da obra. estacionamento nos andares inferiores, pouca
modulação, pequenos vãos, instalações e facha-
22
das mais elaboradas (varandas, etc.). A rapidez, muitos tipos de edifícios garagem. A rapidez sig-
neste caso, significa possibilidade de venda nifica o retorno imediato do investimento.
mais rápida. Alguns edifícios residenciais mo-
dernos empregam paredes internas leves, tor- Universidades e Escolas: Datas de en-
nando a modulação/vãos quase tão fácil quanto trega rígidas, construção mais horizontal, boa
a dos edifícios comerciais. Importante lembrar modulação, poucas instalações, fachadas pa-
que para implantações com um grande número dronizadas. A rapidez significa a viabilidade e o
de unidades, o efeito de escala na produção das retorno imediato do investimento.
estruturas pode ser mais importante e favorável
do que qualquer outra dificuldade. A estrutura de aço tem muitas característi-
cas que são favoráveis para alguns tipos de
Edifícios Sede e Agências: Terreno mui- edificações, tais como, facilidade para constru-
to caro, nenhum canteiro de obra, arquitetura ções mais altas, melhor aproveitamento do ter-
original e atraente. A rapidez significa o retorno reno, maior área útil, menor necessidade de
mais rápido do investimento. canteiro, liberação de muitos andares simulta-
neamente, modulação com melhor desempenho
Hotéis: Grande modulação (apartamen- na fabricação e montagem, precisão favorecen-
tos), alta densidade de instalações, grandes do a utilização de outros componentes industri-
vãos livres nas áreas comuns, fachadas simples alizados de vedação e fachadas. A facilidade
ou elaboradas e repetitivas. A rapidez significa de executar vãos maiores e ocupar menos es-
o retorno mais rápido do investimento e pode paço estrutural são fatores que explicam, por
ser decisiva. exemplo, porque nos edifícios comerciais e nas
universidades a solução com estruturas de aço
Hospitais: Modulação parcial (apartamen- se encaixa mais naturalmente do que nos edifí-
tos), instalações complexas, fachadas simples cios residenciais.
ou elaboradas e repetitivas, necessidade de
ampliações e adaptações constantes sem in- Orientação para pontuação do item:
terferência com as áreas já construídas. A rapi-
dez significa, além do retorno mais rápido do Peso da característica – O maior peso
investimento, um tempo menor de interferência para as estruturas comerciais ou escolas, onde
no funcionamento e nas edificações existentes. o tipo da estrutura pode ser decisivo para o
andamento previsto para a obra; e o menor peso
Shoppings: Datas de entrega rígidas, para as edificações residenciais, onde o tipo
construção mais horizontal, grandes vãos, ter- de estrutura não é tão importante e não favore-
reno caro, algumas vezes pouco canteiro de ce a modulação.
obra, modulação fácil, instalações concentradas
nas áreas de circulação, fachadas simples e Nota do sistema – O maior valor para o
coberturas elaboradas. A rapidez significa o re- sistema estrutural que atende melhor ao maior
torno imediato do investimento, principalmente número de características do tipo de estrutura;
se otimizada com o calendário do comércio. e o menor valor quando a estrutura não contri-
bui e até prejudica algumas necessidades do
Edifícios Garagem: Possibilidade de tipo de obra.
desmontagem, bastante modulado, grandes
vãos, pavimentos tipo, rampas, poucas instala-
ções, fachadas simples ou inexistentes. Obser-
var que a norma de proteção contra fogo isenta
23
Quando construir em aço ?
2.4.4 Disponibilidade e custo dos ma- colha do sistema estrutural para uma obra. Se o
teriais construtor possui alguns equipamentos já amor-
É importante acompanhar sempre a dis- tizados, há uma tendência de utilizá-los para re-
ponibilidade e o custo dos materiais básicos duzir custos, assim como poderia utilizar sua
usados para as estruturas e para os sistemas mão de obra já treinada para a construção.
complementares porque mudanças ocorrem
constantemente e podem alterar a situação da Os recursos do construtor podem ajudar a
oferta de um determinado material e sua definir o sistema estrutural mas não devem ini-
competitividade. Algumas regiões oferecem bir a utilização de novas tecnologias, com o ris-
determinados materiais de forma abundante, e co de deixar a construtora pouco competitiva
outras, por dificuldade de transporte e/ou para alguns tipos de obra. Existe, portanto, o
processamento, praticamente inviabilizam a uti- momento certo para testar o desempenho e in-
lização de alguns materiais. No caso de existi- vestir em novos materiais e equipamentos.
rem sucedâneos, verificar sempre a relação de
custo e as condições de fornecimento. Orientação para pontuação do item:
Principais materiais das estruturas de aço são: Peso da característica – O maior peso
Chapas (finas, grossas, etc.); quando o construtor possui algum equipamento
Perfis (laminados, soldados, dobrados, ou mão de obra decisiva para a escolha do sis-
etc.); tema estrutural; e o menor quando existe pou-
Parafusos (comuns, alta resistência, etc.); ca influência dos recursos do construtor na es-
Eletrodos e arames de solda. colha.
Nota do sistema – O maior valor para o É sempre muito importante conhecer bem
sistema estrutural que utiliza materiais com o local da obra e seus acessos. As condições
ampla oferta de fornecimento e com a melhor das estradas de acesso e as restrições ao trân-
relação qualidade/custo e com o menor núme- sito, as distâncias a serem vencidas, os materi-
ro de itens para controlar; e a menor nota para ais disponíveis na região, as condições topo-
o sistema utiliza materiais que não dispõem de gráficas do terreno e seu entorno, a disponibili-
oferta garantida e que atendam as condições dade de energia para a obra e outras interfe-
e os prazos do projeto e que tenha um grande rências, podem definir o sistema estrutural.
número de itens para controlar.
A simples falta de observação de uma li-
2.4.5 Recursos do construtor nha aérea eletrificada na entrada de uma obra,
por exemplo, pode exigir o desligamento tem-
Muitas vezes os equipamentos e outros porário ou a remoção/deslocamento da linha,
recursos do construtor podem influenciar na es- demandando em aumento de prazos e custos,
24
além de, em alguns casos, inviabilizar a entrada Nota do sistema – O maior valor para o
ou a operação de um determinado equipamen- sistema estrutural que melhor se adapta a mo-
to e vir a exigir outro bem mais caro. dificações, garantindo menos transtornos e um
menor custo para as mudanças; e o menor va-
Orientação para pontuação do item: lor para o sistema que teria grandes dificulda-
des e ocasionaria muitos transtornos durante
Peso da característica – O maior peso as modificações.
para os locais distantes e de difícil acesso; e o
menor peso para os locais próximos da base 2.4.8 Compatibilidade com sistemas
da construtora e sem problemas de acesso e complementares
de fornecimento dos materiais e energia.
A maior precisão das estruturas de aço,
Nota do sistema – O maior valor para o com tolerâncias em milímetros, associada à
sistema estrutural que melhor se ajusta as con- característica de quase sempre conduzir para
dições verificadas no local da obra; e o menor estruturas mais moduladas, tem viabilizado cada
valor para o sistema que pode vir a ter sérios vez mais a indústria dos sistemas complemen-
problemas no local da obra. tares que necessitam de padronização, como
as lajes pré-fabricadas e as vedações internas
e externas.
2.4.7 Previsão de adaptações e ampli-
ações Observa-se também que a industrialização
da construção é um processo irreversível e aque-
Identificar se uma obra tem ou não possi- les que primeiro se adaptarem poderão obter
bilidade de vir a necessitar em curto ou médio as vantagens do pioneirismo.
prazo de adaptações, ampliações e até de
desmontagem, pode ser importante para a de- Orientação para pontuação do item:
finição de um sistema estrutural que acompa-
nhe essas modificações com poucos transtor- Peso da característica – O maior peso
nos operacionais e menores custos a longo pra- para o item quando a obra utiliza componen-
zo. tes industrializados; e o menor peso quando
todos os sistemas complementares são
Isto ocorre principalmente com as artesanais.
edificações industriais, onde são muito freqüen-
tes as mudanças, tais como o aumento das car- Nota do sistema – O maior valor para o
gas de projeto, retirada de elementos estrutu- sistema estrutural que favorece a interface dos
rais que passam a interferir com novos equipa- sistemas complementares industrializados pela
mentos e ainda modificações mais drásticas, precisão e modulação; e o menor valor para o
como a colocação de um novo nível de piso. sistema que não tem exigência de precisão
dimensional e não favorece a modulação.
Orientação para pontuação do item:
2.4.9 Manutenção e reparos
Peso da característica – O maior peso
para o item, quando existe a previsão real de A vida útil das estruturas envolve uma aná-
modificações em uma obra; e o menor peso lise abrangente de todas as etapas do proces-
quando não existe nenhuma previsão de alte- so construtivo e os engenheiros que já pensam
rações para a obra. normalmente no ciclo de vida das estruturas,
25
Quando construir em aço ?
estão cada vez mais conscientes da necessi- 2.4.10 Vãos livres e altura da edificação
dade de manutenção e se preparando para fa-
zer o monitoramento e a manutenção preventi- Projetos podem exigir grandes vãos livres
va e corretiva das estruturas. e/ou grandes alturas e, portanto, conduzir para
um sistema estrutural com componentes mais
Tem sido constatado nos últimos anos que leves e mais resistentes. O sistema mais ade-
o concreto armado, embora sendo um material quado deve vencer os grandes vãos e as gran-
de construção muito versátil, não é eterno e exi- des alturas ocupando o menor espaço estrutu-
ge cuidados no projeto, na execução e uma ral e liberando áreas para a ocupação útil da
manutenção programada para que seja durável edificação.
e atenda as necessidades de resistência duran-
te a vida útil prevista para a obra. E a As vigas de aço, quando travadas lateral-
constatação de que as patologias em estrutu- mente pelo sistema de lajes, trabalhando isola-
ras de concreto têm custos dos reparos sempre damente ou como viga mista em conjunto com
muito altos, principalmente devido a dificulda- a própria laje (sistema muito eficiente que utili-
des de acesso, equilibrou os sistemas de cons- za as melhores características do aço e do con-
trução do ponto de vista da manutenção e repa- creto), podem alcançar grandes vãos livres, sem-
ros. pre com as menores alturas finais. Observa-se
que alguns tipos de lajes pré-fabricadas não
Hoje, é fato conhecido que cada sistema permitem ou não podem contribuir adequada-
tem suas características e seus cuidados espe- mente com as vigas de aço.
cíficos. A durabilidade das estruturas depende
basicamente do cuidado com os detalhes no Orientação para pontuação do item:
projeto, do nível de exposição da estrutura e de
uma proteção adequada à agressividade do Peso da característica – O maior peso
ambiente. Os problemas com as estruturas de para o item quando a arquitetura exige gran-
aço são mais facilmente identificáveis e têm, des vãos livres e/ou grandes alturas livres; e o
normalmente, baixo custo de reparo. menor peso para os projetos com vãos peque-
nos e médios.
Orientação para pontuação do item:
Nota do sistema – O maior valor para o
Peso da característica – O maior peso sistema estrutural que vence com mais facili-
para o item quando as condições de exposi- dade os grandes vãos, ocupando o menor es-
ção da estrutura são mais críticas ou quando paço estrutural; e o menor valor para o sistema
se necessita de uma vida útil maior; e o menor que exige grandes dimensões de vigas e pila-
peso quando o ambiente não é agressivo e o res.
monitoramento é mais fácil.
2.4.11 Proteção contra a corrosão
Nota do sistema – O maior valor para o
sistema estrutural que em função das condi- Todos os sistemas estruturais necessitam
ções de exposição e pela facilidade de inspe- de proteção contra a corrosão para garantir um
ção atende as expectativas de vida útil com o desempenho adequado durante a vida útil pre-
menor custo de manutenção; e o menor valor vista para a obra. Esta proteção pode ser intrín-
para o sistema com a menor vida útil e/ou mai- seca do próprio material e/ou obtida através de
or custo de manutenção. revestimentos protetores, como a pintura e os
revestimentos metálicos. É aceito também que
26
toda a proteção precisa de manutenção perió- Peso da característica – O maior peso
dica que demanda eventuais interrupções para para o item quando o TRRF em função do tipo
os usuários e envolve custos. de utilização é muito alto; e o menor peso quan-
do a estrutura está isenta de proteção contra
Portanto, um cuidado especial deve ser fogo.
dado na escolha dos materiais e seus respecti-
vos sistemas de proteção. Se os tipos de pato- Nota do sistema – O maior valor para o
logias conhecidas exigirem altos custos de re- sistema estrutural que tem resistência intrínse-
paros durante a vida da obra, deve-se analisar ca ou resistência baseada apenas no aumen-
se um material que requeira uma proteção inici- to do recobrimento natural; e a menor nota para
al maior pode representar uma escolha de me- o sistema que não necessita de revestimento
nor custo a longo prazo, levando-se em conta de proteção adicional de difícil aplicação e/ou
os reflexos das interrupções necessárias e os muito cara.
custos de execução dos reparos.
2.4.13 Estética
Orientação para pontuação do item:
A estética de uma obra é sempre impor-
Peso da característica – O maior peso tante, mas para alguns tipos de edificações ela
para o item quando o material e as condições pode ser um dos aspectos primordiais, como
de exposição exigem proteção pesada; e o nos edifícios sede e alguns tipos de obras pú-
menor peso quando as condições de exposi- blicas.
ção não exigem proteção.
A estética das estruturas de aço inspira
Nota do sistema – O maior valor para o normalmente uma característica de
sistema estrutural com resistência intrínseca ou modernidade nas obras e por isto mesmo exis-
menor custo de proteção; e o menor valor para te uma tendência de expor a estrutura como
o sistema que exige alto custo de proteção. parte principal da arquitetura, com seus elemen-
tos retilíneos, inclinados, grandes vãos, balan-
2.4.12 Proteção contra fogo ços, etc.
Todas as estruturas devem ser analisadas Mas é importante lembrar que estrutura
quanto a sua resistência frente ao fogo em caso exposta é estrutura com maiores custos de pro-
de um incêndio. As normas estabelecem, para teção e manutenção. Portanto, deve-se dosar o
cada tipo de utilização o tempo requerido de nível de exposição ao mínimo necessário para
resistência ao figo (TRRF). Alguns elementos garantir uma estética compatível com cada tipo
estruturais podem necessitar de revestimentos de edificação. Na arquitetura do aço, quando
protetores para completar a resistência neces- se tira partido estético de elementos estruturais,
sária. Estes revestimentos podem ser argamas- tudo parece bem, mas se os elementos estéti-
sas projetadas, tintas intumescentes ou ainda o cos são apenas adereços, sem função estrutu-
aumento do seu recobrimento normal. Em alguns ral, o resultado estético quase sempre não é
casos os revestimentos para a proteção contra bom.
fogo podem ter também a função de proteção
contra a corrosão. Orientação para pontuação do item:
27
Quando construir em aço ?
tido arquitetônico; e o menor valor quando a Nota do sistema – O maior valor para o
estética não é relevante para o resultado da sistema estrutural que consegue os mais bai-
obra. xos índices de desperdício.
28
levado em conta é o valor presente dos diver- para o item quando a adequação ambiental é
sos sistemas estruturais, considerando os cus- considerada importante para o empreendedor
tos previstos de manutenção e reparos. ou para atender legislação ambiental.
Cada empreendimento tem uma equação Nota do sistema – O maior valor para o
financeira a ser resolvida, e a análise da taxa sistema estrutural que melhor atende a legis-
de retorno poderá conduzir para um sistema lação ambiental.
estrutural mais rápido como as estruturas de
aço. 2.4.18 Qualidade e durabilidade
Nota do sistema – O maior valor para o 2.4.20 Incômodos para áreas próximas
sistema estrutural que tem resistência intrínse-
ca aos mecanismos de deterioração ou resis- A construção em aço pode reduzir drama-
tência baseada em um sistema de proteção ticamente o impacto das atividades da obra nas
garantido com um menor número de variáveis áreas vizinhas, principalmente nos locais próxi-
críticas para a qualidade ; e a menor nota para mos a áreas residenciais, hospitais e escolas.
o sistema que não pode apresentar garantia A construção em aço, além do menor prazo, pro-
efetiva de durabilidade. duz muito menos ruídos e poeira, além de qua-
se não gerar lixo e entulhos. A montagem pode
2.4.19 Desempenho ser programada para os horários mais favorá-
veis de tráfego, minimizando as interferências
Os sistemas estruturais podem ter diferen- nas vias de acesso e mantendo em níveis míni-
tes desempenhos em função dos requisitos es- mos os incômodos para as áreas vizinhas co-
pecíficos para cada obra. As estruturas de aço, muns a toda obra.
por exemplo, tem comportamento constante,
mas podem apresentar maiores deformações Orientação para pontuação do item:
e são sempre mais elásticas para responder às
ações dinâmicas. Já as estruturas de concreto Peso do item – O maior peso para o item
podem apresentar mudanças de comportamen- quando a obra está próxima de áreas
to ao longo do tempo, são mais rígidas e por residenciais, hospitais ou escolas; e o menor
isso podem não responder bem quando peso quando não existam edificações vizinhas
submetidas às ações dinâmicas. O importante sensíveis aos incômodos da obra.
é dimensionar corretamente cada sistema, den- Nota do sistema – O maior valor para o
tro dos limites das normas e observando as ca- sistema estrutural que consegue incomodar
racterísticas de cada um. Em alguns casos o menos as áreas próximas da obra.
desempenho de um sistema em relação a al-
gum requisito pode influenciar a escolha, como EXEMPLO:
já acontece nas obras industriais e outras Para demonstrar o método proposto, va-
edificações. mos simular a aplicação fase a fase em um edi-
fício comercial de múltiplos andares.
Orientação para pontuação do item:
Fase 1 – Levantamento das característi-
Peso da característica – O maior peso cas relevantes para a obra.
para o item quando algum requisito de desem-
penho pode influenciar na escolha do sistema Fase 2 – Classificação das características
estrutural; e o menor peso quando qualquer relevantes para a obra em função da sua impor-
sistema, desde que dimensionado corretamen- tância para a obra. Foi estabelecido para cada
te pode atender a todas as exigências da obra. característica um peso (entre 1 e 5) em função
da sua importância para a obra.
Nota do sistema – O maior valor para o
sistema estrutural que melhor atende a requi- Fase 3 – Identificação dos sistemas es-
sitos de desempenho importantes; e o menor truturais compatíveis com a obra, no exemplo:
valor quando o sistema não consegue respon- - sistema A - aço
der adequadamente ao desempenho previsto. - sistema B – concreto
30
Fase 4 – Configuração dos sistemas es- Planilha exemplo preenchida
truturais para o melhor desempenho em função
das características classificadas da obra (ver
Cap. 3).
31
Capítulo 3
Como construir em aço
33
Como construir em aço ?
- Sistema todo de aço – quando a estru- 10. Tipo de proteção contra incêndio
tura é totalmente de aço sem nenhuma interação
com componentes de concreto. 11. Durabilidade
34
3.2.1 Tipo de aço mento acima de 275 MPa e atingem a sua re-
sistência durante o processo de laminação a
Aços estruturais são todos os aços que quente, independentemente de tratamento tér-
devido à sua resistência mecânica, resistência mico. Como esses aços oferecem maior resis-
à corrosão, dutilidade, soldabilidade e outras tência, com custo um pouco maior que os aços
propriedades, são adequados para uso em ele- carbono, são bastante competitivos para diver-
mentos que suportam cargas. sas aplicações estruturais.
Os aços estruturais podem ser resumidos O aço ASTM A572 G50 é o principal aço,
em três grupos: desse grupo, com um limite de escoamento mí-
nimo de 345 MPa.
· aços com baixo teor de carbono;
Aços com baixo teor de carbono de alta
· aços com baixo teor de carbono de alta resistência e baixa liga, resistentes à corrosão
resistência mecânica e baixa liga; atmosférica
· aços com baixo teor de carbono de alta A adição de alguns elementos de liga,
resistência mecânica e baixa liga, resistentes à como o cobre, o níquel e o cromo, reduzem o
corrosão atmosférica. efeito da corrosão, quando os aços são expos-
tos à atmosfera. A película de óxido formada,
Existem diversas normas nacionais e es- denominada “pátina”, se desenvolve de forma
trangeiras que especificam os aços usados no aderente, protegendo o aço e reduzindo a velo-
Brasil e as siderúrgicas criaram, para alguns cidade de ataque dos agentes corrosivos pre-
aços, denominações comerciais próprias. sentes no meio ambiente.
Aços com baixo teor de carbono Os aços NBR 5921 e NBR 5008, com li-
mites de escoamento mínimo de 250, 300 e 350
O aço pode ser classificado como baixo MPa e o aço ASTM A588, com limite de escoa-
teor de carbono se: mento mínimo de 350 MPa, todos conhecidos
· os teores máximos especificados dos como “aços patináveis”, são os principais aços
elementos de liga não excedam o seguinte: desse grupo.
manganês (1,65%), silício (0,60%), cobre
(0,40%); Além da resistência e de outras proprie-
· não sejam especificados limites mínimos dades, é importante observar a disponibilidade
para outros elementos adicionados para obter- e o custo relativo dos aços.
se o efeito desejado da liga.
Algumas informações importantes para a
O aço ASTM A36 é o principal aço desse escolha do tipo de aço:
grupo, com limite de escoamento mínimo de 250
MPa. - O custo relativo pode variar em função
do peso/m e da quantidade.
Aços com baixo teor de carbono de alta
resistência e baixa liga - Aços de alta resistência, mesmo de cus-
to mais alto, pode significar elementos mais del-
Aços com baixo teor de carbono, alta re- gados, mais leves e mais econômicos.
sistência e baixa liga possuem limite de escoa-
35
Como construir em aço ?
- Quando o limite de deformação coman- alguns pequenos cuidados podem ajudar a es-
da o dimensionamento, não haverá ganhos em trutura, principalmente em relação ao melhor
peso com aços de alta resistência. aproveitamento e menor volume de perdas.
Algumas das características dos perfis são: - Como os comprimentos padrão (de me-
- Homogeneidade estrutural nor custo na usina e na rede de distribuição) para
- Número de bitolas os perfis e chapas são normalmente de 6 e 12m,
- Bitolas sob medida quando o projeto consegue que as vigas tenham
- Prazo de entrega dimensões iguais ao comprimento padrão ou
- Comprimento padrão e sob medida seus múltiplos e sub-múltiplos (4, 8, 9, 15, 18m),
- Acabamento superficial teremos o melhor aproveitamento.
- Podemos utilizar vários tipos de perfis - De uma maneira genérica pode se dizer
em uma obra, explorando as melhores caracte- que o vigamento do piso é tanto mais econômi-
rísticas para cada componente da estrutura. co quanto menor for o percurso da carga até a
- Para perfis em aços diferentes do pa- coluna.
drão prever um tempo maior para a aquisição.
3.2.4 Tipos de laje
3.2.3 Modulação e vãos livres
A escolha do tipo de laje tem uma grande
Os vãos livres devem ser determinados influência no desempenho de qualquer tipo de
em função das necessidades do tipo de ocupa- estrutura. A escolha é normalmente orientada por
ção que se pretende para os pavimentos, mas diversos fatores, tais como: a velocidade na
36
obra, o vão livre dos vigamentos secundários, escoramentos durante a concretagem.
os recursos da construtora, a necessidade de - Necessidade na maioria dos casos de
operações simultâneas para cumprir o revestimento inferior.
cronograma, a existência de vigas mistas que
exigem uma determinada espessura de concre-
to moldado no local, etc.
37
Como construir em aço ?
Figura 3.5 - Laje pré-moldada alveolar protendida Em uma edificação para uso comercial, as
fachadas são normalmente bem padronizadas
Laje mista (steel deck) e simples, facilitando a utilização de componen-
tes pré-fabricados que podem apoiar diretamen-
Algumas características das lajes mistas te nos pilares com a utilização de inserts metáli-
(steel deck): cos (ver Manual do CBCA sobre Painéis de
- Não necessitam de forma Vedação).
- Servem como plataforma de trabalho para
a obra, funciona como armadura da laje
(necessita apenas de uma armadura em
tela soldada para controle da fissuração)
- Permitem utilizar vigas mistas
- Em muitos casos necessitam de um for-
ro para completar o acabamento
38
- Bom isolamento térmico e acústico
- Espessuras totais de 12 a 20 cm
- Comprimento máximo em torno de 11 m
Para responder às cargas horizontais de- Pelo exposto no item anterior, fica claro
vidas aos ventos nas estruturas de aço, pode- que as ligações simples (só de alma) são bem
mos empregar: mais baratas, considerando os custos de fabri-
cação e montagem. No caso de ligações rígi-
- Pórticos rígidos (com ligações rígidas, das (de abas e alma), dar preferência a liga-
semelhantes as ligações monolíticas obtidas nas ções mistas com parafusos na alma e soldas
estruturas de concreto) nas abas, que além de permitir uma boa evolu-
ção da montagem, não cria interferências para
as lajes.
39
Como construir em aço ?
Pilares Mistos
40
3.2.10 Tipo de proteção contra fogo
41
Como construir em aço ?
42
43
Capítulo 4
Viabilidade econômica do
empreendimento
45
Viabilidade econômica do empreendimento
47
Viabilidade econômica do empreendimento
Exemplificando, temos:
48
Onde: ao seu tempo de execução para uma finalização
mais rápida que pode ser representada por dois
Custo de Propriedade : Depreciação + tipos de fatores:
Juros - recuperação do capital investido em me-
Ou seja, é o valor horário que reembolsa nor tempo, por geração de receita (caso típico
ao proprietário o quanto lhe custa ser dono da- de Edifícios Comerciais, como Hotéis e
quele equipamento, valor este representado por: Shoppings Centers) e das Unidades Industriais,
Depreciação: diminuição do valor do equipa- pela antecipação do início do seu funcionamen-
mento no decorrer da sua vida útil. Geralmente to;
se calcula a depreciação considerando uma
vida útil de 10.000 horas, equivalentes a 2000 - postergação do desembolso na obra,
horas trabalhadas durante 5 anos e se define possível se obter ao se adiar o início de constru-
um valor residual para o equipamento, que re- ção de uma obra vendida para entrega futura, o
presenta por quanto se venderá tal equipamen- que possibilita melhora no Fluxo de Caixa do
to no final da sua vida útil. Este valor oscila entre empreendimento.
10% e 20% do seu custo de aquisição e a par-
cela da depreciação é calculada a partir da di- Para melhor entendimento de como é fun-
visão entre (Valor de aquisição – valor residual) damental a relação Tempo X Custo para a via-
/ Vida útil = 10.000 h. bilidade econômica de um empreendimento em
aço, é importante estabelecer-se alguns concei-
Juros: esta parcela representa o quanto tos a respeito do tema.
o equipamento deverá proporcionar por hora ao
seu proprietário para compensar o fato dele ter Todo processo de produção possui cus-
comprado o equipamento ao invés de aplicar o tos fixos e custos variáveis. Os custos variáveis
valor no mercado financeiro. são função da produção, ou seja, em uma obra,
caso se produza mais em um mês, gastam-se
Já o Custo de operação é representado os insumos proporcionalmente a esta produção
pelos custos horários do operador (salário + mensal aumentada. Já os custos fixos, repre-
encargos), do consumo de combustíveis / ener- sentados, por exemplo, pelos custos de manu-
gia elétrica, lubrificantes, tenção do canteiro de obra, são independentes
filtros, pneus e manutenção. da quantidade produzida, ou seja, do volume
adicional de produção na obra executado na-
Para completar o custo de um equipamen- quele mês. Mas existe, também, uma correla-
to, também devem ser considerados os custos ção entre estes dois conceitos, que não pode
da sua hora parada e da sua mobilização, defi- ser deixada de lado: caso sejam utilizadas mui-
nidos como: tas horas extras para se adiantar uma obra, es-
Hora parada: Custo de Propriedade + tendendo o horário de trabalho, o custo variável
Mão de Obra de Operação. da mão de obra aumentará, não só pelo gasto
Mobilização: Custo do deslocamento do em si de horas de trabalho, como pela incidên-
equipamento e sua instalação no canteiro de cia maior de encargos trabalhistas sobre estas
obras. horas extras. Em compensação, se deste fato
decorrer uma diminuição no tempo da obra, os
4.2.2 Relação Tempo x Custo custos fixos diminuirão proporcionalmente.
49
Viabilidade econômica do empreendimento
50
- Veículos clusive, a estrutura organizacional de cada em-
- Equipamentos e pequenas ferramentas presa com as obras em andamento. Porém para
em geral (aquisição e/ou aluguel) efeito didático, para um cálculo rápido, pode-se
- Legalizações, despesas contratuais, se- estimá-los, com base na média das empresas
guros, etc. em geral, que pode ser resumida nos seguintes
% em relação aos Custos Diretos (CD):
4.2.3.3 Administração Central
Despesas Indiretas (DI) % CD
Representa as despesas relativas à ma- Administração Central 5 a 10
nutenção do escritório central da empresa, ou Administração Local 5 a 15
seja: Comercialização 5 a 15
Capital de Giro 2a 5
- Honorários da Diretoria Encargos Financeiros até 15
- Pessoal administrativo
- Aluguéis, impostos e taxas de funciona- A industrialização do processo de produ-
mento ção e a rapidez na sua execução da obra tem
- Etc. fundamental participação nas Despesa Indire-
tas e, consequentemente, na formação do pre-
As empresas, em geral, destinam um ço, viabilizando obras em aço que, mesmo a
percentual da ordem de 8% de cada contrato um custo de aquisição maior que outros siste-
para estas despesas. mas estruturais, tornam-se economicamente vi-
áveis face à diminuição do tempo de obra, em
4.2.3.4 Despesas Financeiras decorrência de aspectos tais como:
51
Viabilidade econômica do empreendimento
52
- Área Líquida: Área de construção ado- 4.4.3 VGV – Valor geral de venda: re-
tada para efeito de aprovação do Projeto sultado do Valor de Venda/m² aplicado em rela-
Arquitetônico, representada pela área bruta to- ção à Área Privativa Total.
tal, subtraídas as áreas a descontar.
4.4.4 Receita líquida = Resultado da
- Coeficiente de Aproveitamento Real: Operação (VGV) – (Despesas Diversas).
relação entre a Área Líquida e a Área do Terre-
no, que deve ser d” Coeficiente de Aproveita- 4.4.5 Resultado = Resultado da Opera-
mento Legal. ção (Receita Líquida) – Investimento.
53
Viabilidade econômica do empreendimento
54
55
Capítulo 5
Análise do empreendimento
em aço - Planilhas
interativas
57
Análise do empreendimento em aço - Planilhas Interativas
58
Em grande parte das edificações o maior DO POR UM % DO VGV, TÍPICO DAS PER-
custo das estruturas metálicas é compensado MUTAS
por reduções importantes nos custos da admi-
nistração e canteiro de obras e nas fundações. Campo 10:
E quando se contabilizam os ganhos devido ao % A SER ADOTADO SOBRE A ÁREA
menor prazo, podemos ter um aumento signifi- REAL PARA SE DEFINIR A ÁREA EQUIVALEN-
cativo da margem sobre a receita, viabilizando TE (AE)
com vantagem o emprego das estruturas de aço
no empreendimento. Campo 11:
% DO CUSTO TOTAL DA OBRA REPRE-
A planilha “Empreendimento em Aço” pos- SENTADO PELO CUB
sui alguns campos que devem ser preenchidos
pelo empreendedor, conforme exemplificado a Campo 12:
seguir: CUSTO UNITÁRIO DA ESTRUTURA DE
CONCRETO ARMADO (R$/m³)
Campo 1:
NOME DO PROJETO Campo 13:
ESPESSURA MÉDIA QUE REPRESEN-
Campo 2: TA A ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO
CLASSIFICAÇÃO DO EMPREENDIMEN- DA EDIFICAÇÃO
TO SEGUNDO NBR 12.721:2006
Campo 14:
Campo 3: % A SER ADOTADO SOBRE A ÁREA
PADRÃO DE CONSTRUÇÃO SEGUNDO REAL PARA SE DEFINIR A ÁREA DAS LAJES
A NBR 12.721:2006
Campo 15:
Campo 4: CUSTO UNITÁRIO DA LAJE DE CON-
MÊS BASE DO CUB CRETO ARMADO (R$/m³)
59
Análise do empreendimento em aço - Planilhas Interativas
Campo 24:
% DA ÁREA DAS LAJES EM RELAÇÃO
À ÁREA TOTAL
Campo 25:
% DO CUSTO DOS MATERIAIS NO CUS-
TO TOTAL DAS LAJES
Campo 26:
% DO CUSTO DOS SERVIÇOS NO CUS-
TO TOTAL DAS LAJES
Campo 27:
% DOS CUSTOS INDIRETOS (ADMINIS-
TRAÇÃO E CANTEIRO) EM RELAÇÃO AOS
CUSTOS DIRETOS
Campo 28:
% DO CUSTO DAS FUNDAÇÕES EM
RELAÇÃO AOS CUTOS DIRETOS
Campo 29:
% DE REDUÇÃO NO CUSTO DAS FUN-
DAÇÕES DA OBRA QUANDO SE UTILIZA AS
ESTRUTURAS EM AÇO
Campo 30:
TEMPO PREVISTO PARA A OBRA EM
AÇO
60
61
Análise do empreendimento em aço - Planilhas Interativas
62
63
Análise do empreendimento em aço - Planilhas Interativas
64
Unidade: R$
65
Análise do empreendimento em aço - Planilhas Interativas
66
67
Capítulo 6
Estudos de caso
69
Estudos de caso
70
Campo 13: Campo 22:
ESPESSURA MÉDIA QUE REPRESEN- CUSTO DOS MATERIAIS PARA PROTE-
TA A ESTRUTURA DE CONCRETO AR- ÇÃO DO AÇO CONTRA INCÊNDIO
MADO DA EDIFICAÇÃO Exemplo: R$ 5,00/m²
Exemplo: 13 cm
Campo 23:
Campo 14: CUSTO DOS SERVIÇOS PARA PROTE-
% A SER ADOTADO SOBRE A ÁREA ÇÃO DO AÇO CONTRA INCÊNDIO
REAL PARA SE DEFINIR A ÁREA DAS Exemplo: R$ 12,00/m²
LAJES
Exemplo: 100% Campo 24:
% DA ÁREA DAS LAJES EM RELAÇÃO
Campo 15: À ÁREA TOTAL
CUSTO UNITÁRIO DA LAJE DE CON- Exemplo: 100%
CRETO ARMADO (R$/m³)
Exemplo: R$ 1.000,00/m³ Campo 25:
% DO CUSTO DOS MATERIAIS NO CUS-
Campo 16: TO TOTAL DAS LAJES
ESPESSURA MÉDIA QUE REPRESEN- Exemplo: 70%
TA A LAJE DE CONCRETO ARMADO DA
EDIFICAÇÃO Campo 26:
Exemplo: 9 cm % DO CUSTO DOS SERVIÇOS NO CUS-
TO TOTAL DAS LAJES
Campo 17: Exemplo: 30%
TEMPO PREVISTO PARA A OBRA DE
CONCRETO ARMADO Campo 27:
Exemplo: 18 meses % DOS CUSTOS INDIRETOS (ADMINIS-
TRAÇÃO E CANTEIRO) EM RELAÇÃO
Campo 18: AOS CUSTOS DIRETOS
TAXA DE CONSUMO DE AÇO NA ES- Exemplo: 15%
TRUTURA METÁLICA (kg/m²)
Exemplo: 36 kg/m² Campo 28:
% DO CUSTO DAS FUNDAÇÕES EM
Campo 19: RELAÇÃO AOS CUTOS DIRETOS
CUSTO DO AÇO (MATERIAL- R$/kg) Exemplo: 5%
Exemplo: R$ 3,00/kg
Campo 29:
Campo 20: % DE REDUÇÃO NO CUSTO DAS FUN-
CUSTO DA MÃO DE OBRA PARA ELA- DAÇÕES DA OBRA QUANDO SE UTILI-
BORAÇÃO DA ESTRUTURA METÁLICA ZA AS ESTRUTURAS EM AÇO
(FABRICAÇÃO E MONTAGEM R$/kg) Exemplo: 30%
Exemplo: R$ 5,00/kg
Campo 30:
Campo 21: TEMPO PREVISTO PARA A OBRA EM
% DA ÁREA REAL A SER PROTEGIDA AÇO
POR PINTURA CONTRA INCÊNDIO Exemplo: 10 meses
Exemplo: 90%
71
Estudos de caso
72
pavimentos-tipo, cada um com 4 apartamentos; Campo 6:
- Área privativa dos apartamentos: 50 m²; ÁREA REAL (BRUTA) DA EDIFICAÇÃO
- Estrutura metálica em perfis de alma (m²)
cheia nos pilares e vigas e lajes em concreto Exemplo: 903 m²
armado; Campo 7:
-Sistema de contraventamento em “X” no % A SER ADOTADO SOBRE A ÁREA
sentido longitudinal da edificação, apresentando REAL PARA SE DEFINIR A ÁREA PRIVA-
solução em pórtico no sentido transversal. TIVA (AP) OU, ÁREA DE VENDA
Exemplo: 90%
Esta obra pode ser executada em cerca
de 90 dias, sendo a estrutura em aço montada Campo 8:
em apenas uma semana. A fabricação ocorreu VALOR DE VENDA EM R$/m2
enquanto a construtora executava as fundações Exemplo: 1.200,00
e os blocos de coroamento para receber os pi-
lares. Campo 9:
CUSTO DO TERRENO, REPRESENTA-
Esta obra apresentou os seguintes DO POR UM % DO VGV, TÍPICO DAS
parâmetros para preenchimento da planilha: PERMUTAS
Exemplo: 10%
Campo 1:
NOME DO PROJETO Campo 10:
Exemplo: Edifício Residencial – 5 pavimen- % A SER ADOTADO SOBRE A ÁREA
tos REAL PARA SE DEFINIR A ÁREA EQUI-
VALENTE (AE)
Campo 2: Exemplo: 100%
CLASSIFICAÇÃO DO EMPREENDIMEN-
TO SEGUNDO NBR 12.721:2006 Campo 11:
Exemplo: PP-4 % DO CUSTO TOTAL DA OBRA REPRE-
SENTADO PELO CUB
Campo 3: Exemplo: 80%
PADRÃO DE CONSTRUÇÃO SEGUNDO
A NBR 12.721:2006 Campo 12:
Exemplo: Normal CUSTO UNITÁRIO DA ESTRUTURA DE
CONCRETO ARMADO (R$/m³)
Campo 4: Exemplo: R$ 1.500,00/m³
MÊS BASE DO CUB
Exemplo: Junho/2008 Campo 13:
ESPESSURA MÉDIA QUE REPRESEN-
Campo 5: TA A ESTRUTURA DE CONCRETO AR-
VALOR DO CUB PP-4/PADRÃO NOR- MADO DA EDIFICAÇÃO
MAL/JUNHO 2008 Exemplo: 7 cm
Exemplo: R$ 712,65 indicado pelo
SindusCon-MG Campo 14:
% A SER ADOTADO SOBRE A ÁREA
REAL PARA SE DEFINIR A ÁREA DAS
LAJES
Exemplo: 100%
73
Estudos de caso
74
Campo 32:
TAXA DE OCUPAÇÃO MÉDIA DA
EDIFICAÇÃO COMERCIAL (% vendido no
início da obra)
Exemplo: 100%
Campo 33:
TAXA DE JUROS (%) DE REMUNERA-
ÇÃO DO CAPITAL
Exemplo: 1,5%
Campo 34:
OUTRAS REDUÇÕES OU ACRÉSCIMOS
(R$)
Exemplo: 27.075,00
75
Estudos de caso
76
Unidade: R$
77
Estudos de caso
78
79
Estudos de caso
Unidade: R$
80
81
Referências
Bibliográficas
83
Referências bibliográficas
ASTM A36 / A36M : 2003 - Standard SILVA, Maristela Gomes da, SILVA,
Specification for Carbon Structural Steel . Gomes da. Painéis de vedação. 2.ed. Rio de
Janeiro, IBS/CBCA, 2004. 59p., 29 cm ( Série
ASTM A572 / A572M : 2007 - Standard Manual de Construção em Aço). ISBN 85-
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Columbium-Vanadium Structural Steel.
VARGAS, Mauri Resende, SILVA, Valdir
ASTM A588 / A588M : 2005 - Standard Pignatta. Resistência ao fogo das estruturas
Specification for High-Strength Low-Alloy de aço. Rio de Janeiro, IBS/CBCA, 2003. 78p.,
Structural Steel with 50 ksi [345 MPa] 29 cm (Série Manual de Construção em Aço).
Minimum Yield Point to 4-in. [100-mm] Thick. ISBN 85-89819-02-7.