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Gerenciar custos não é somente orçar projetos, é viabilizá-los

Gerenciamento de custos começa na criação do projeto, nos primeiros estudos de viabilidade, onde o nível de
precisão geralmente é de ordem de grandeza.
nosso objetivo é alcançar uma estimativa ou orçamento que seja definido em detalhamento de projeto.

Passo a passo com o fluir da idéias, a criação vai se deparando com impossibilidades técnico-executivas, e com
inviabilidades técnico-econômicas. O projetista seja ele um arquiteto ou um engenheiro-projetista pode
inicialmente sentir suas “asas podadas”. A partir daí com um universo reduzido nos aproximamos mais da
realidade, e vamos evoluindo o projeto e aumentando seu nível de detalhamento, e a precisão de seus custos.

Viabilidade de Execução de Obras

A empreitada, independentemente de seu porte, nasce de uma vontade de se reformar, modificar, acrescentar
ou construir algo. Os recursos disponíveis, muitas vezes criam falsas expectativas, em termos do que se pode
realizar.

É fundamental para qualquer projeto, um estudo que vai quantificar o montante de gastos a serem
despendidos, uma grandeza de preços. A viabilidade começa aqui, onde técnicas e métodos de construção,
juntamente com os materiais especificados para os serviços, geram estimativas que vão ser confrontadas com
os recursos envolvidos.

O desenvolvimento de um projeto deve atingir um nível que se permita calcular uma estimativa definida, onde
plantas específicas e detalhes vão possibilitar controle de custos razoáveis. A sofistificação e a urgência de
prazos vão ser fatores básicos para se determinar o grau de precisão de um trabalho.

Custo-resultado

A propalada questão do suposto custo-benefício, muito em voga nos dois decênios a partir de meados de 1960,
argumentava que os custos, de certa forma, independiam de uma análise de sua composição, pois se o
empreendimento gerava emprego, gerava negócios, a contrapartida, real objeto principal do investimento, a
obra, a construção, a reforma, etc., fica relegada a um segundo plano. É distorcida esta visão, pois o
empreendimento prescinde de real planejamento, com objetivos claros, pois as funções agregadas e
secundárias, sem dúvidas extremamente importantes, não podem preponderar sobre o objetivo econômico e
social do investimento, pois sendo o ciclo construtivo se fecha em si só. Esta é uma das causas de tantas obras
inacabadas, construída de forma precária e sem contemplar qualquer função econômica. O correto é o custo-
resultado, o único que vai trazer reais benefícios, dentro de uma abordagem macro-econômica (custo-
resultado/resultado final).
Pessôa Neto, Djalma Pinto; Gerenciamento Total de Custos, ECAD nº. 117.185, Liv. 178 Fl. 112, 1996; Rio de
Janeiro.

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