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Instituto de Química
Departamento de Química Analítica
QUI B36 - Química Analítica IIA
Titulação potenciométrica
ou
Potenciometria indireta
TITULADO
Titulação Potenciométrica
Que tipo de reação pode ser realizada potenciometricamente?
Aplicabilidade:
▪ Titulações de precipitação
Cl- + Ag+ ⇌ AgCl(s)
▪ Titulações complexométricas
Cu2+ + Y4- ⇌ CuY2-
▪ Titulações de oxirredução
Fe2+ + MnO4- ⇌ Fe3+ + Mn2+
Titulação Potenciométrica
Envolve medidas do potencial de um eletrodo indicador adequado em função do
volume do titulante.
Requesitos:
• A reação entre titulado (analito) e titulante deve ser processada por completo
e de estequiometria bem definida.
• Não devem ocorrer reações em paralelo.
• Volatilização ou decomposição do titulante não devem ocorrer.
• Velocidade entre o analito e titulante deverá ser alta.
• O equilíbrio deverá ser atingindo em frações de segundos.
Titulação Potenciométrica
Na titulação potenciométrica, o Ej e EAss não são problemas, pois não é necessário
o conhecimento exato do potencial a cada ponto, mas que a variação do mesmo
dependa apenas da reação principal. Assim, normalmente, não há necessidade
de calibração do potenciômetro por se tratar de medidas relativas.
Alcalimetria Acidimetria
Titulação Potenciométrica
• Primeira derivada
Métodos
Matemáticos • Segunda derivada
Titulação Potenciométrica Acidimetria
Método dos círculos tangentes
12
10
8
pH
0
0 1 2 3 4 5
V HCl (mL)
Titulação Potenciométrica Acidimetria
Método das tangentes paralelas
12
10
8
pH
0
0 1 2 3 4 5
V HCl (mL)
Titulação Potenciométrica
Será que estes métodos fornecem valores coincidentes?
➔ Se os dados experimentais forem “bem comportados”:
• sem “ruídos” operacionais
SIM
• com grandes valores de E ou pH na região do PE
12
0
10
12 1ª derivada -5
8
10 -10
pH
pH/V
4 8 -15
2
pH
6 -20
0
0 1 2 3 4 5
4 -25
V HCl (mL)
-30
2
Acidimetria VP.E.
-35
0
0 1 2 3 4 5
V HCl (mL)
2ª Derivada: é a derivação da 1ª derivada. A 2ª derivada altera o sinal do ponto de inflexão. O
ponto no qual passa pelo zero é o ponto de inflexão, que é tomado como ponto final da
titulação. A sua localização é bastante precisa.
150
12 2ª derivada
100
10
2
pH/V
12
50
8
2
10 0
pH
8 6
-50
pH
6 4
-100
4
2
2 VP.E. -150
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
V HCl (mL)
V HCl (mL)
Acidimetria
Titulação Potenciométrica
pH pH 2 − pH1
=
V V2 − V1
pH pH
−
pH V 2 V 1
2
=
V 2 −V 1
2
V
Curvas de titulação
Ácido monoprótico Ácido poliprótico
Nº PE = Nº de H+ ionizáveis
A mudança no valor de pH será mais nítida quanto mais forte for o ácido
1ª Derivada
Ácido monoprótico Ácido poliprótico
Nº de picos = Nº PE = Nº de H+ ionizáveis
A altura do pico está associada à constante de acidez (Ka)
2ª Derivada
Ácido monoprótico
Ácido poliprótico
Nº de picos = Nº PE = Nº de H+ ionizáveis
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O ácido fosfórico é um ácido poliprótico que possui três etapas de dissociação (Três
hidrogênios ionizáveis). Assim, espera-se que numa titulação potenciométrica se obtenha
de três PE. No entanto, só é perceptível dois PE. Por que?
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Titulação Potenciométrica
2ª DERIVADA
Exemplo 1
V (mL) pH V (mL) pH
2,00 2,05 9,80 3,87
4,00 2,16 9,90 4,50
6,00 2,33 10,00 6,06
8,00 2,62 10,10 8,73
8,50 2,77 10,20 9,50
9,00 2,97 10,30 9,82
9,10 3,02 10,40 10,00
9,20 3,07 10,50 10,14
9,30 3,13 12,00 10,91
9,40 3,21 14,00 11,17
9,50 3,30 16,00 11,31
9,60 3,41 18,00 11,40
9,70 3,57 20,00 11,48
Exemplo 2
V (mL) pH V (mL) pH
0,00 3,08 5,00 4,45
0,50 3,15 5,50 5,24
1,00 3,24 6,00 6,57
1,50 3,32 6,50 8,37
2,00 3,42 7,00 9,58
2,50 3,52 7,50 9,96
3,00 3,64 8,00 10,18
3,50 3,77 8,50 10,32
4,00 3,93 9,00 10,41
4,50 4,13
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Exemplo 2
Curva de titulação 1ª Derivada
pH /V Vmed1 pH /V 1ª Derivada: O gráfico da
V (mL) pH V (mL) pH Vmed1
0,00 3,08 5,00 4,45 0,25 0,14 5,25 1,58 1ª derivada em função do
0,50 3,15 5,50 5,24 0,75 0,18 5,75 2,66 volume médio do titulante
1,00 3,24 6,00 6,57 1,25 0,16 6,25 3,60 produz uma curva com um
1,50 3,32 6,50 8,37 1,75 0,20 6,75 2,42
máximo que corresponde
2,00 3,42 7,00 9,58 2,25 0,20 7,25 0,76
ao ponto de inflexão.
2,50 3,52 7,50 9,96 2,75 0,24 7,75 0,44
3,00 3,64 8,00 10,18 3,25 0,26 8,25 0,28 1ª Derivada
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CURITIBA
2012
DE NORONHA, B. V. - DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIAS SIMPLES PARA ADETERMINAÇÃO DE ESPÉCIES DE
INTERESSE FARMACÊUTICO UTILIZANDO TÉCNICAS ELETROANALÍTICAS
DE NORONHA, B. V. - DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIAS SIMPLES PARA ADETERMINAÇÃO DE ESPÉCIES DE
INTERESSE FARMACÊUTICO UTILIZANDO TÉCNICAS ELETROANALÍTICAS
a) Cloridrato de propranolol
O método sugerido pela Farmacopeia Brasileira utiliza 10,00 mL de acetato de mercúrio para proceder a
titulação. A fim de evitar-se a utilização desse reagente tóxico, preferiu-se adotar o procedimento da Farmacopeia
Britânica para a determinação do propranolol.
Farmacopeia Britânica: dissolver 0,250 g da amostra em 25 mL de etanol. Titular com hidróxido de sódio
DE NORONHA, B. V. - DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIAS SIMPLES PARA ADETERMINAÇÃO DE ESPÉCIES DE INTERESSE FARMACÊUTICO UTILIZANDO
TÉCNICAS ELETROANALÍTICAS
Em geral, é necessário adotar um tratamento matemático para fixar, com exatidão, o ponto final.
Para isto, foi adotado o método da primeira e segunda derivadas da curva original, utilizando a
segunda derivada para quantificação, mostra a FIGURA 16.
Resposta:
1ª Derivada – V = 6,05 mL
2ª Derivada – V = 6,00 mL
GRÁFICO RECORTADO