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Estabilidade de Sistemas Elétricos

de Potência

(Estabilidade de Regime Permanente)


Estabilidade de Regime Permanente
(Sistema Máquina - Barra Infinita)
Vt  V 0o
 Sistema: xd xl

Pe
Eq  ~ I Barra Infinita

P
 Potência fornecida:
EqV
Pe  sen
xd  xl Pm0  Pe0

Pe  Pmax .sen 0    0 
ou:
2
EqV
onde: Pmax 
xd  xl 2
Estabilidade de Regime Permanente
 Análise para uma pequena perturbação  em torno
P
de  0 :    0   ;
 Assim: Pe  Pe0  Pe  Pmax .sen 0    , Pm0  Pe0
0    0 
ou: Pe  Pmax  sen 0 .cos  cos 0 .sen  2

 Para   0 , tem-se: cos  1,0 e sen   ;

 Portanto: Pe   Pmax .cos 0    PS . ,

onde: PS  Coeficiente de Potência Sincronizante.


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Estabilidade de Regime Permanente
(Coeficiente de Potência Sincronizante)
Pe
 Note que: Pe  Pmax .sen PS Pmax .cos 0 
  
0

 Portanto:
PS  0 para   Pontos de operação estáveis;
0 
2

PS  0 para       Pontos de operação instáveis.


2 P

Pm0  Pe0

0    0 
2
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Estabilidade de Regime Permanente
(Análise pela Teoria de Sistemas Lineares)
 Considere a equação de oscilação do sistema representada
pelo sistema de equações diferencias de 1a ordem:

d 1
 ( Pm  Pe )
dt 2.H
d
 r (  1, 0)
dt
Eq .V
Pe  .sen

xd  xl

 A metodologia de análise requer a linearização das


equações em torno do ponto de operação:
r ,  0 , Pe0 , Pm0
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Estabilidade de Regime Permanente
(Análise pela Teoria de Sistemas Lineares)
 Definindo-se:
Pe
Pe  0     Pe  0   .  Pe  PS .
  
0

   0  
  1, 0  

 Substituindo-se nas equações diferenciais, resulta:


d  1 d  1
 .(Pm  Pe ) ou  .(Pm  PS . )
dt 2H dt 2H
d  d 
  r .   r .
dt dt
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Estabilidade de Regime Permanente
(Análise pela Teoria de Sistemas Lineares)
 Rescrevendo na forma matricial, obtém-se:

 d  
 dt   0  PS   Pm 
   
  
2H .    2H 
 d    0 
     
 0 
 dt   r

 Para a análise da estabilidade do sistema de equações


calcula-se os autovalores da matriz de coeficientes:
 PS 
   2 PS  r
det(.I  A)  0  det 2H  0    0
  2H
 r  
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Estabilidade de Regime Permanente
(Análise pela Teoria de Sistemas Lineares)
 Os autovalores do sistema são dados por:
1,2   j PSr 2H
 Localização dos autovalores no plano complexo:
j j

Para PS  0 : x
PS r Para PS  0 :
2H
x x
 
PS r P PS r
x   S r
2H 2H 2H

 Para PS  0 o sistema é marginalmente estável, contudo o


amortecimento proporcional a  não foi considerado e tem
um efeito positivo;
 Para PS  0 o sistema terá um autovalor positivo,
caracterizando um ponto de equilíbrio instável. 8
Estabilidade de Regime Permanente
(Análise pela Teoria de Sistemas Lineares)
 Diagrama de blocos do modelo linearizado do sistema
máquina - barra infinita:
 d  
 dt   0  PS   Pm 
   
  
2H .    2H 
 d    0 
     
 0 
 dt   r

PS

 Pe
Pm  
1 1 r 1
 2H s s

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Estabilidade de Regime Permanente
(Análise pela Teoria de Sistemas Lineares)
 Diagrama de blocos considerando um torque de amortecimento
proporcional à variação de velocidade do rotor ( Td  D ):

 d  
PS

 dt    D  PS   Pm 
Pe 
 
Pm

      2H 2H  .     2H 
 d          
1 r
0   0 
 dt   r
 2Hs s

 Para D  0 tem-se autovalores no semi-plano esquerdo


do plano complexo.

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Compensação Reativa
(Limites de Estabilidade de Regime Permanente)
 Objetivo:
 Analisar a influência de capacitores série, shunt e dispositivos
estáticos, formados por capacitores e indutores shunt, na estabilidade
de sistemas elétricos de potência formados por LTs longas.

 Modelo:
 Considera-se um sistema elétrico simples formado por duas
máquinas síncronas, um gerador e um motor, interligados por uma
linha de transmissão representada apenas por uma indutância série,
com capacitância shunt distribuída negligenciada;
 Os componentes do sistema são considerados sem perdas e as
tensões terminais são consideradas com magnitudes iguais e
constantes, mas com defasagens angulares variáveis. 11
Caso 1: Modelo de Referência
(LT sem Compensação Reativa)
 Circuito elétrico equivalente:
  
ES  E  2  E  cos  jsen 
 2 2
  
ER  E  2  E  cos  jsen 
 2 2

 Corrente e potência: Vm1  Vm0   ES  ER  2  E cos  2 

ES1  ER1 2 E 
I S1  I R1  I m1  I1   sen
jX L XL 2

2E 2   E2
P1  Vm1I m1  cos sen  sen
XL 2 2 XL
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Caso 2: Compensação Série
 Circuito equivalente:  Diagrama fasorial:

 Reatância equivalente X  X L  X C  X L 1  s ,
XC
onde s  XL
é o grau de compensação série.
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Indicadores de Desempenho
 Define-se os seguintes ganhos do Caso k em relação ao
Caso 1, em termos de quantidades no ponto médio da LT:

Ik
Ganho de corrente: GIk 
I1

V
Ganho de tensão: GVk  mk
Vm1

P
Ganho de potência: GPk  k
P1

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Caso 2: Compensação Série
 Os ganhos são dados por:
GV 2  1 GI 2  GP 2  1 1  s 
 Para uma compensação série de 40% ( s  0, 4):
GI 2  GP2  1 0,6  1,667
 Análise da freqüência natural:
– A freqüência natural é dada por:
1
1  s 2 XC
n   . s X C    s  s s
LC  X L  XL
– Em termos da freqüência do sistema, tem-se:
f n n
  s  fn  f s para 0  s 1  RS
f s s 15
Caso 3: Compensação Shunt
 Circuito equivalente:  Diagrama fasorial:

 Os ganhos são dados por:

1 1
GV 3  GI 3  1 GP3  GV 3 
1  BC X L 4 1  BC X L 4
 Ganhos moderados devido ao aumento da tensão Vm .
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Caso 3: Compensação Shunt
 Análise da freqüência natural:
 A freqüência natural é dada por:
1
1  4 s  s  2 2 s
n   .  
LC  X L BC  BC X L f n n 2
 Em termos da freqüência do sistema, tem-se:  
fs s BC X L
fn 1
 Define-se s' 
BC X L e então 
4 fs s'

 f  f
n s para 0  s '  1  Ressonância Subsíncrona não ocorre.

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Caso 4: Compensação Série e Shunt
 Os ganhos são dados por:
1
GV 4  , onde X  X L  X C
1  BC X 4

1 XC GP4  GV 4GI 4
GI 4  , onde s 
1 s XL
 Análise da freqüência natural:
 Existem dois modos de operação, sendo um com I S  I R e outro
com I S   I R . As freqüências naturais correspondentes são:
fn e f 'n 1   BC X C / 4 
 s 
fs fs BC X L
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 Dependendo da relação de compensação existe o risco de RS.
Caso 5: Compensação Shunt Fora do Centro
 Circuito equivalente:  Ganho de Potência:

GP5 1  0, 25BC X L

GP3 1  k 1  k  BC X L

 Ganho de potência em
 Análise da freqüência função de k:
natural:
 Equivalente ao caso com o
capacitor localizado no
centro da LT.

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Caso 6: Compensação Shunt com Dois
Capacitores
 Circuito equivalente:

 Análise da freqüência natural:


 Considerando-se os parâmetros BC e X L iguais ao do caso com
o capacitor no centro da linha, existem duas freqüências naturais;
 Elas são 1,22 e 2,12 vezes maior que a freqüência natural do caso
com um único capacitor shunt no centro da linha e, portanto, são
freqüências supersíncronas.
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Caso 7: Compensador Shunt no Centro
 Circuito equivalente:  Ganho de Potência:

2 Ek
GP7  ; Ek  constante
E

 Curva Potência-Ângulo:

Ângulo  21
Caso 8: Compensador Shunt Fora do Centro
 Circuito equivalente:  Ganho de Potência:
(com k < 0,5)  1  Ek
GP8   
 1  k  E

 Curva Potência-Ângulo em
função de k:

Ângulo 

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Caso 9: Compensador Shunt e
Reatância no Centro
 Circuito equivalente:  Potência:
2 Ek  
4 R sen  sen   , R  X S
P9  Pm1
E 2 XL
1 4 R

 Curva Potência-Ângulo em
função de R:
Potência

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Ângulo 
Comentários Finais
 O limite de estabilidade de SEPs com longas LTs pode ser melhorado
pela adição de capacitores em série, capacitores shunt ou dispositivos
estáticos que incluem capacitores e indutores em série e shunt;
 Nas compensações série as freqüências naturais do circuito são
subsíncronas e nas compensações shunt as freqüências naturais são
supersíncronas;
 A compensação shunt é mais efetiva quando conectada ao centro
elétrico da LT;
 Os capacitores shunt fixos não podem aumentar muito o limite de
estabilidade sem causar problemas de sobretensão em cargas leves;
 O melhor método é usar um capacitor shunt fixo e um indutor variável
controlado automaticamente;
 Capacitores série são preferidos onde a geração é hidrelétrica, face ao
risco de ressonância subsíncrona em turbogeradores.
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