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FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA


DISCIPLINA: CONFORMAÇÃO MECÂNICA
PROFESSORA: MSC. ENGª. ARIELLY ASSUNÇÃO PEREIRA

FABRICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA DE


FIBRAS DE VEGETAIS

ALUNOS: Carlos Júnior Lima Corrêa, 201702216284

Helber Jorge Bordalo Marques, 201801197806

Leonardo Henrique Lima de Carvalho, 201501353942

Leonardo Vieira Dopazo Antônio José, 2017011144968

Rogério Calado Dias, 20160131331

Valéria Tatiane Martins Leal, 201703406631

Welliton Moisés Barra dos Santos, 201702447057

BELÉM
JUNHO/2021
1. RESUMO – Os experimentos foram realizados no Laboratório de Química Geral/ Depósito de Reagentes para a
construção de corpos de prova; utilizando-se três tipos de fibras vegetais, essas são: Tururi (Manicaria Saccifera
Gaertn), Miriti (Mauritia Flexuosa) e Patchouli (Pogostemon Heyneanus). Para cada fibra foi destinada uma
determinada porcentagem. Com os corpos de prova prontos o próximo passo introduzido é o ensaio mecânico
destrutivo do material, no Laboratório de Ensaios Mecânicos, utilizou-se a Máquina Universal de Ensaio de Tração;
com a finalidade de verificar a resistência mecânica de cada material, a ocorrência de possíveis falhas das peças e
mais especificamente sua elasticidade. Este ensaio de tração foi escolhido para a informação e mensuração na
deformação do esforço aplicado nos componentes.

Palavras-chave: fibras de vegetais, corpos de prova, ensaio mecânico destrutivo.

1 INTRODUÇÃO
O advento dos compósitos como uma classe de materiais distinta deu-se na metade do século
XX, com a fabricação de compósitos multifásicos deliberadamente projetados e engenheirados, tais
como os polímeros reforçados com fibras de vidro. (CALLISTER, 2016 p.582)

Tecnologicamente, os compósitos mais importantes são aqueles em que a fase dispersa está
na forma de uma fibra. Os adjetivos de projeto dos compósitos reforçados com fibras incluem, com
frequência, alta resistência e/ou rigidez em relação ao peso. Essas características são expressas em
termos dos parâmetros resistência específica e módulo específico, que correspondem,
respectivamente, às razões entre o limite de resistência à tração e a massa específica.

De maneira geral, um compósito pode ser considerado como qualquer material multifásico
que exibe uma proporção significativa das propriedades de ambas as fases constituintes, de modo que
é obtida melhor combinação de propriedades.

O seguinte trabalho é referente aos experimentos feitos em laboratórios com as fibras de


Tururi (Manicaria Saccifera Gaertn), Miriti (Mauritia Flexuosa) e Patchouli (Pogostemon
Heyneanus), realizando-se o ensaio mecânico destrutivo de tração, para a verificação de possíveis
falhas dos corpos de prova, que podem comprometer a integridade de funcionamento dos materiais.

2 OBJETIVO
Elaborar e construir corpos de prova de fibras de vegetais com certas porcentagens para cada
material, e fazer a analisar a formação de resultados concretos. As deformações das fibras foram
observadas, conforme o teste de ensaio de tração realizado. Após os testes feitos, verificou-se as
especificações da matéria-prima.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
1. Fibras de Tururi, Miriti e Patchouli;
2. Resina Centerpol C-40;
3. Catalisador;
4. Becker e bastão de madeira;
5. Silicone para o molde dos corpos de prova;
6. Balança de precisão;
7. Capela de exaustão;
8. Máquina Universal de Ensaio de Tração;

Os experimentos foram realizados nos Laboratórios de Química Geral/ Depósito de Reagentes


e no Laboratório de Ensaios Mecânicos, no dia 12/05/2021, na Faculdade Estácio de Belém. Pelos
acadêmicos de Engenharia Mecânica, com o auxílio da professora na disciplina de Conformação
Mecânica.
Para os experimentos utilizou-se as fibras de Tururi, Miriti e o Patchouli, esses materiais foram
pesados, e cortados em partes pequenas. O primeiro material escolhido foi o tururi, acrescentando-se
a mistura de resina poliéster (15 ml), e o catalisador (1 ml), a manipulação foi feita na capela de
exaustão. Após as misturas prontas, colocou-se a fibra e despejou-se e a resina e o catalisador com a
utilização do bastão de madeira, os materiais foram colocados no silicone para moldar o corpo de
prova. O segundo material a ser utilizado foi o miriti, colocou-se as misturas de resina e catalisador.
Foram despejadas no silicone para moldar o corpo de prova.
O terceiro material escolhido foi o patchouli, junto as misturas de resina e catalisador. Para
serem colocadas no silicone para moldar o corpo de prova.
Com os corpos de prova prontos, efetuou-se o ensaio mecânico destrutivo na Máquina
Universal de Ensaio de Tração, todos os corpos de prova foram devidamente testados, com a
aplicação de carga de tração uniaxial (Kgf) crescente até a ruptura.
Conforme GARCIA (cap. 2) O ensaio de tração é bastante utilizado como teste para o controle
de especificações da entrada de matéria-prima. Os resultados fornecidos pelo ensaio de tração são
fortemente influenciados pela temperatura, pela velocidade de deformação, pela anisotropia do
material, pelo tamanho de grão, pela porcentagem de impurezas, bem como pelas condições
ambientais.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 1. Materiais referente as fibras de vegetais

Materiais- Fibras (porcentagem) Valor inicial (g) Valor final

Tururi 15% 0,85 g 0,12 g

Miriti 15% 1,16 g 0,15 g

Patchouli 15% 0,92 g 0,23 g

Miriti 25% 0,32 g 0,08 g

Tururi 40% 0,84 g 0,33 g

Miriti 40% 1,6 g 0,64 g

Patchouli 40% 0,92 g 0,13 g

Foram criados 7 tipos de corpos de prova, com as seguintes fibras de vegetais, definindo à
porcentagem, o valor inicial e final. Certo comprimento crítico de fibra é necessário para que haja o
aumento efetivo na resistência e na rigidez de um material compósito. Os seguintes resultados foram
aplicados a velocidade de 2mm/min, a uma de 20KN. Observa-se a deformação dos matérias, com as
respectivas figuras abaixo, de autoria dos próprios alunos.

Tururi 15% Miriti 15% Patchouli 15%


Tururi 40% Miriti 40% Patchouli 40%

Miriti 25%
5 CONCLUSÃO

É notório que a engenharia tem como principal objetivo transformar a uma outra
perspectiva o que já existe. Em relação a tecnologia não seria diferente, com as nossas descobertas;
pegar o existente na natureza e fundir a tecnologia para assim, desenvolver um compósito para servir
futuramente como base de estudo para o desenvolvimento de novos materiais, para assim atender a
necessidade da indústria. Realizarmos sete experimentos de fibras naturais conhecidas na nossa
região, e realizamos o ensaio de tração com três tipos de orientação das fibras na direção vertical e de
modo cortado. Observamos como cada corpo de prova se comportava e suas resistências a tração.
Agradecemos a professora Arielly Pereira, por ministra a disciplina de Conformação Mecânica com
o conteúdo e a sua vasta sabedoria.
6 REFERÊNCIAS
CALLISTER, W.D.Jr, Ciências e Engenharia de Materiais, Uma Introdução, 9°. ed., Rio de
Janeiro: LTC, 2016.

GARCIA, Amauri, Ensaios dos Materiais, LTC- Livros Técnicos e Científicos. Editora: S.A. Uma
editora integrante do GEN/Grupo Nacional, 2002.

SAMPAIO, M. B., CARRAZZA, L.R., Manual Tecnológico de Aproveitamento Integral do Fruto


e da Folha do Buruti (Mauritia Flexuosa), 1°. Ed. Brasília-DF, 2012. 76 p.; il, - (Série Manual
Tecnológico).

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