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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

AMABIA BATISTA DE JESUS GOMES


CLEIA RAMALHO DE SOUZA
FABRIULIA ALVES COSTA
JANAÍNA LUZIA PEREIRA
LUANA FERREIRA DE SOUZA
MARTA LEANDRA PEREIRA
PALOMA EDUARDA COSTA VIEIRA
VANESSA ALVES DE SOUSA
VIVIANE VIEIRA DE FARIAS

PNEUMOCONIOSES

SALINAS/MG

2023
AMABIA BATISTA DE JESUS GOMES
CLEIA RAMALHO DE SOUZA
FABRIULIA ALVES COSTA
JANAÍNA LUZIA PEREIRA
LUANA FERREIRA DE SOUZA
MARTA LEANDRA PEREIRA
PALOMA EDUARDA COSTA VIEIRA
VANESSA ALVES DE SOUSA
VIVIANE VIEIRA DE FARIAS

PNEUMOCONIOSES

Trabalho apresentado ao Curso de Técnico em


Enfermagem do Centro Educacional Equilíbrio,
.

SALINAS/MG

2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................4
2.1 Conceito.......................................................................................................................5
2.2 Causas..........................................................................................................................5
2.3 Sinais e sintomas...............................................................................................................6
2.4 Diagnóstico..................................................................................................................7
2.5 Tratamento...................................................................................................................8
2.6 Prevenção...........................................................................................................................8
3. CONCLUSÃO....................................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO

As pneumopatias relacionadas ao trabalho caracterizadas pela inalação de poeira


são denominadas de pneumoconioses. E sua diferenciação é dada pelo agente etiológico
inalado em ambiente de trabalho. A incidência e prevalência destas comorbidades no
ambiente laboral ainda faz parte da contemporaneidade.
O presente trabalho traz os resultados da pesquisa bibliográfica sobre as
pneumoconioses, elencando as principais informações sobre essa doença ocupacional.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceito

Pneumoconiose são as doenças originadas pela inalação de pó principalmente no


ambiente de trabalho. Dependendo do pó mineral inalado, podem ser desenvolvidos
diferentes tipos de pneumoconiose, por exemplo:
 Asbestose: causada pela inalação de pó de amianto.
 Silicose: relacionada à inalação de sílica.
 Antracose: oriunda da inalação de partículas de carbono derivadas do
carvão ou grafite.
 Siderose: decorrente da exposição a partículas de ferro.
 Talcose: causada geralmente por processos de mineração e moagem do
talco.
Vale mencionar que não são consideradas pneumoconioses as condições
neoplásicas, o enfisema e as reações respiratórias como asma e bronquite.
Na pneumoconiose, a inalação repetida das pequenas partículas de pó pode ocasionar
um processo inflamatório dos pulmões, danificando o órgão.
Com o tempo, o sistema de defesa do organismo não consegue combater as
substâncias, causando alterações pulmonares. Além disso, as áreas afetadas do pulmão
podem evoluir para um estado de fibrose, prejudicando o bom funcionamento das trocas
gasosas.
As consequências pulmonares de uma pneumoconiose podem variar conforme
alguns fatores, como o tipo de pó inalado, a quantidade, a presença de outros tipos de
poeira e demais condições, como tabagismo e doenças pulmonares pré-existentes.

2.2 Causas

As ocupações que expõem trabalhadores ao risco de inalação de poeiras


causadoras de pneumoconiose estão relacionadas a diversos ramos de atividades, como
mineração e transformação de minerais em geral, metalurgia, cerâmica, vidros,
construção civil (fabricação de materiais construtivos e operações de construção),
agricultura e indústria da madeira (poeiras orgânicas), entre outros.
Considerando-se estes ramos de atividade, algumas estimativas de número de
expostos foram feitas baseadas em censos recentes. O ramo de mineração e garimpo
expõe trabalhadores a poeiras diversas como ferro, bauxita, zinco, manganês, calcário,
rochas potássicas e fosfáticas, asbesto, granito, quartzo, quartzito, feldspato, argilas e
outros minerais contendo sílica livre
Para atingir as vias respiratórias inferiores as partículas inaladas devem ter a
mediana do diâmetro aerodinâmico inferior a 10um, pois acima deste tamanho são
retidas nas vias aéreas superiores.
A inalação repetida dá início ao processo inflamatório, que, cronificado e/ou em
quantidade, supera as defesas, acarretando alterações pulmonares. Normalmente
possuem um longo período de evolução para doenças crônicas, graves e incuráveis.
As reações pulmonares dependem das características físico-química do aerossol,
da dose, da presença de outras poeiras, doenças pulmonares prévias e tabagismo.

2.3 Sinais e sintomas

Os sintomas dependem do tipo e estágio da pneumoconiose. Porque, no início,


essa é uma doença silenciosa, que raramente apresenta sinais. Só aparecem sintomas
mais contundentes quando há comprometimento mais grave dos brônquios
e alvéolos (pequenas bolsas responsáveis pelas trocas gasosas nos pulmões).
Daí a necessidade de rastreamento dessas patologias em trabalhadores expostos
a poeiras minerais e névoas, a fim de identificar alterações que ainda não foram
percebidas por eles.
A lista de sinais de pneumoconiose inclui:

 Dificuldade para respirar durante exercícios ou esforços físicos intensos – tende


a ser o primeiro sintoma observado
 Tosse seca ou produtiva
 Sibilo ou chiado no peito
 Tontura
 Fraqueza
 Náuseas
 Crises intensas de falta de ar, exigindo que o paciente seja levado ao pronto-
socorro
 Baixa oxigenação dos tecidos do corpo
 Cianose, que descreve a cor azulada na boca e pontas dos dedos
 Fadiga
 Febre
 Dor nas costas
 Perda de peso sem motivo aparente
 Lesões na pele
 Dor no peito
 Inchaço nas pernas, que é reflexo da sobrecarga cardíaca quando os pulmões
funcionam mal.

2.4 Diagnóstico

Em pneumoconioses não fibrogênicas o diagnóstico é realizado por meio de


anamnese ocupacional, história clínica e radiografia.
Em pneumoconioses fibrogências os métodos de diagnóstico, a critério
médico, podem incluir:
a) silicose: anamnese ocupacional, história clínica, radiografia;
b) pneumoconiose dos trabalhadores de carvão: anamnese ocupacional,
história clínica, radiografia;
c) asbestose: anamnese ocupacional, história clínica, radiografia simples;
tomografia computadorizada de alta resolução;
d) pneumoconioses por abrasivos: anamnese ocupacional, história clínica,
radiografia;
e) pneumoconioses por metais duros: anamnese ocupacional, história clínica,
radiografia simples; tomografia computadorizada de alta resolução; lavado bronco-
alveolar para pesquisa de celularidade diferencial; biópsia;
f) pneumopatia por berílio: anamnese ocupacional, história clínica, radiografia
simples; tomografia computadorizada de alta resolução; lavado bronco-alveolar para
pesquisa de celularidade diferencial; biópsia;
g) pneumonite por hipersensibilidade: anamnese ocupacional, história clínica,
radiografia simples; tomografia computadorizada de alta resolução; lavado bronco-
alveolar para pesquisa de celularidade diferencial; dosagem de precipitinas séricas;
biópsia;

2.5 Tratamento

  Para todas as pneumoconioses existe indicação obrigatória de afastamento da


fonte de exposição que a causou;

 Tratamento medicamentoso com corticoterapia está indicado somente nas


pneumoconioses com patogenia relacionada à hipersensibilidade, como a
pneumopatia por cobalto, pneumopatia por berílio e as pneumonites por
hipersensibilidade;

 Oxigenoterapia pode ser indicada para casos que evoluam para insuficiência
respiratória crônica;

 Não há indicação de corticosteróides nas pneumoconioses fibrogênicas,


independente com evolução progressiva, independentemente do afastamento da
exposição;

 Pacientes expostos a sílica ou com silicose podem ser considerados grupos de


risco para tuberculose e ser candidatos à quimioprofilaxia, embora não existam
normas específicas a respeito.

2.6 Prevenção

A principal medida de prevenção de pneumoconioses é o controle de situações


de risco inalatório na geração e disseminação de aerossóis nos ambiente de trabalho. O
controle de emissão de névoas e poeiras se estende ao meio ambiente de modo a evitar
dados à saúde da população vizinha aos estabelecimentos empregadores.

Dentre as medidas de controle destacam-se: aspersão de névoas de água nos


pontos de produção de poeira, com sistema exaustão localizada; ventilação geral ;
umidificação do ambiente de trabalho para evitar o levantamento secundário de poeira
já sedimentada; enclausuramento do processo produtor de poeiras; substituição de
matérias-primas e/ou produtos.
A proteção respiratória individual deve ser utilizada em operações em que as
medidas de proteção respiratória coletivas são insuficientes para o controle de exposição
inalatória. O uso de respiradores deve se adequar ao tipo de aerossol gerado e fazer
parte de um Programa de Proteção Respiratória e devem passar por manutenção,
limpeza e reposição de filtros periodicamente.
A lavagem de roupas contaminadas contendo poeiras deve ser feita pela empresa
para evitar o risco de contaminação de seus familiares.
3. CONCLUSÃO

A pneumoconiose é uma doença insidiosa crônica que se agrava em


trabalhadores expostos a micropartículas sólidas dispersas na atmosfera, mais
precisamente à sílica, que não fazem o uso correto dos EPI’S. Por se tratar de uma
doença sem cura, de difícil diagnóstico precoce e receber pouca importância, a
prevenção se torna a melhor opção.
Um ambiente seguro e com monitoramento adequado de ar e poeira é o que se
espera de todos os ambientes de trabalho, mas não é o que ocorre com trabalhadores que
têm contato próximo com crosta terrestre ou poeira de sílica, gerando um grave quadro
de doenças respiratórias ocupacionais. 
É a deposição de poeiras (substâncias insolúveis pelo organismo) no pulmão e a
reação tecidual que ocorre por sua presença. Das pneumoconioses, a silicose continua
sendo a mais prevalente no Brasil e no resto do mundo, principalmente nos países em
desenvolvimento.
REFERENCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Pneumoconioses / Ministério da Saúde, Secretaria de 8
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2006. 76 p.

Pneumoconioses. Disponível em: https://www.cdra.com.br/ja-ouviu-falar-em-


pneumoconiose-entenda-essa-doenca-ocupacional. Acesso em 16/01/2023.

Pneumoconiose: O que é essa doença?. Disponível em:


https://drramiro.com.br/pneumoconiose-saiba-o-que-e-essa-doenca/. Acesso em
16/01/2023.

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