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GT7 - Pneumoconioses
As partículas mais deletérias são aquelas com 1 a 5µm de diâmetro, que alcançam as
regiões mais distais do pulmão. A quantidade de partículas depositadas nas vias
aéreas inferiores é praticamente determinada por partículas menores que 2,5 µm
(fração de grânulos finos).
A fração de grânulos grosseiros (de 2,5 a 10 µm) se depositam em grandes
quantidades na árvore traquobrônquica.
As partículas com mais de 10µm (de 10 a 15) são retidas pelo sistema mucociliar (não
passam do nariz e garganta) e, portanto, não geram doença.
OU SEJA: Quanto menor a partícula, pior é.
FISIOPATOLOGIA GERAL
Poeiras inaladas são retidas nas vias aéreas inferiores produzindo inflamação e fibrose. Os
macrófagos alveolares constituem o primeiro mecanismo de defesa celular, que atua por meio
da liberação de mediadores inflamatórios e do recrutamento de outras células. O resultado do
processo inflamatório crônico é uma fibrose progressiva e irreversível.
DIAGNÓSTICO
Avaliar quadro clínico: deve-se colher uma história clínica detalhada, com tipo de ocupação
e tempo de exposição.
• Tosse produtiva
• Dispneia
• Chiado
Exames complementares:
• Espirometria:
• Tomografia computadorizada
É muito boa para pacientes com histórico de exposição a asbesto porque é mais sensível para
detectar espessamento pleural.
OBS: Em alguns casos pode ser necessário realizar broncoscopia para obter biópsias
transbrônquicas do tecidos pulmonares para firmar diagnóstico histológico (como na beriliose
crônica).
TRATAMENTO
ASBESTOSE
OCUPAÇÃO RELACIONADA
São raros, mas existem casos de exposição indireta (pessoas que trabalharam nos mesmos
locais que as pessoas que mexeram com asbesto) e disseminação de partículas na natureza
(ex: caso que aconteceu na california a partir de proliferação crescente de residências).
FISIOPATOLOGIA
- As fibras de asbesto são inaladas e devido ao seu diâmetro aerodinâmico, atingem com
grande facilidade o trato respiratório inferior. A deposição de fibras de asbesto atrai
macrófagos alveolares, que induzem uma reação inflamatória imediata. Essa reação produz
edema de células alveolares, seguida por alveolite descamativa, espessamento das paredes
alveolares e obliteração de alvéolos por feixes de colágeno. Durante o processo fibrótico,
surgem corpos de asbesto e placas de fibrose pleural. Essas placas pleurais podem ser vistas no
RX.
- Caracteriza-se por uma fibrose intersticial difusa, que acomete preferencialmente lobos
inferiores.
COMPLICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
EXAMES COMPLEMENTARES
TRATAMENTO
SILICOSE
Seu quadro clínico varia de acordo com a fase da doença: aguda (até 5 anos), acelerada (5-
10anos) ou crônica (após 10 anos).
OCUPAÇÃO RELACIONADA
Mineração, corte de pedras, jato de areia, trabalho em indústrias que utilizam abrasivos
(processamento de rochas, argila, vidro e cimento), trabalho em fundições, empacotamento
do pó de sílica, extração e lavra de rochas, principalmente granito.
Geralmente a fibrose pulmonar causada por exposição a sílica segue um padrão dose-resposta
após muitos anos de exposição.
FISIOPATOLOGIA
FASES
EXAMES COMPLEMENTARES
COMPLICAÇÕES
Mais propensos a contrair infecções pulmonares (pois a sílica é citotóxica pra macrófagos,
então nossa primeira linha de defesa fica comprometida).
Risco elevado de tuberculose ativa (mais propenso a infecção pelo micobacterium
tuberculosis justamente pq macrófago está afetado pela doença) tratamento
recomendado para tuberculose latente nesses pacientes é mais elevado.
Distúrbios autoimunes do tecido conectivo artrite reumatoide e esclerodermia.
Silica é um provável carcinógeno pulmonar (já existem dados epidemiológicos
significativos para isso).
TRATAMENTO
Além das medidas suportivas, a lavagem pulmonar total pode proporcionar alívio sintomático
e retardar a progressão da doença.
OCUPAÇÃO RELACIONADA
Mineração de carvão, a escavação de túneis, o escoramento dos túneis e a retirada das rochas
são exemplos de atividades produtoras de poeira, que fazem com que os trabalhadores
envolvidos tenham acesso a uma grande massa inalada de partículas de carvão.
FISIOPATOLOGIA
- Esta apresentação da doença é conhecida como forma benigna (PMC SIMPLES), sem
alteração na função pulmonar, sendo caracterizada histologicamente por aglomerados de
macrófagos alveolares contendo pigmento de carvão, conhecidos como máculas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
EXAMES COMPLEMENTARES
- Radiografia de Tórax: opacidade nodular (menor que 1cm = forma benigna; maior que 1cm =
forma complicada).
OBS: forma benigna parece muito com silicose e na forma complicada os nódulos geralmente
aparecem na metade superior do pulmão.
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