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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

A Evasão no Ensino Superior a Distância EAD: um Estudo de Caso no


Curso de Administração Pública no Polo de Três Rios

Hosana Cristina de Azevedo Paiva – hosanaazevedo@bol.com.br–TRI - UFF/ICHS


Laudiceia de Lima e Silva Amorim – lau.limaamorim@gmail.com –TRI - UFF/ICHS

Resumo
As questões da EAD representam uma nova realidade da educação no Brasil e a evasão
um dos problemas enfrentados pelas instituições de ensino. Este artigo tem como objetivo
apresentar um estudo sobre a evasão dos alunos no Consórcio CEDERJ, através de uma análise
feita no curso de Administração Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF) no Polo
de Três Rios-RJ, tendo como base a utilização de uma pesquisa qualitativa, onde se buscou
identificar os possíveis fatores que podem motivar a evasão, tendo como parâmetro o
quantitativo no número de alunos que realizaram a matrícula e os egressos. Constatou-se que
os fatores mais relevantes para desistência do curso são as de origem financeira, a falta de tempo
para dedicar-se ao curso e a adaptação ao método de ensino.

Palavras chave: Administração Pública. Educação a Distância. Evasão no Corpo Discente.

1 - Introdução

A educação a distância se tornou ao longo dos anos uma realidade incontestável sobre
a nova forma de ensino, com a expansão da tecnologia e os investimentos em infraestrutura, a
utilização da internet viabilizou a EAD com outras perspectivas de aprendizagem.
O sistema de ensino a distância apresenta possibilidades de ofertar um grande número
de vagas de graduação contribuindo para democratizar o ensino superior, que para Belloni
(2009) significa principalmente rever e tornar o acesso ao ensino menos estrito.
Apesar da proposta de democratização do ensino e de levar cursos de graduação para
áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos através da integração de diversas
universidades públicas, o sistema educacional enfrenta um problema frequente, a evasão dos
alunos. Por este motivo o trabalho buscou estudar a evasão no curso de Administração Pública
no Polo de Três Rios.
O curso de Administração Pública no Polo de Três Rios é ofertado na modalidade à
distância pelo Consórcio CEDERJ (Centro de Ciências e Educação à Distância do Estado do
Rio de Janeiro), que faz parte da Fundação CECIERJ (Centro de Ciências do Estado do Rio de
Janeiro) e integra várias universidades federais e estaduais do Rio de Janeiro com a finalidade
de oferecer cursos de graduação (RIO DE JANEIRO, 2002).
A Fundação CECIERJ foi instituída através da Lei Complementar n0 103 em 18 de
março de 2002, tendo a função de gerir o consórcio, e com o objetivo atender a comunidade
fluminense, conforme estabelecido em seu Art. 20, “oferecer educação superior gratuita e de

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qualidade na modalidade à distância; a divulgação científica para o conjunto da sociedade


fluminense; e a formação continuada de professores do ensino fundamental, médio e superior”
(RIO DE JANEIRO, 2002).
O CEDERJ desenvolve projetos na área de educação à distância e foi criado no ano de
2000, tendo como finalidade oferecer uma educação em nível superior gratuita, mas com ensino
de qualidade a todo o Estado do Rio de Janeiro. Para atender a todo estado com a oferta de
cursos em graduação o Consórcio tem em sua estrutura oito instituições públicas sendo elas o
CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica), IFF (Instituto Federal Fluminense), UENF
(Universidade Estadual do Norte Fluminense), UERJ (Universidade do Estado do Rio de
Janeiro), UFF (Universidade Federal Fluminense), UFRJ (Universidade Federal do Rio de
Janeiro), UFRRJ (Universidade Rural do Rio de Janeiro) e UNIRIO (Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro), sendo o curso de Administração Pública do Polo de Três Rios
ofertado pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Os pólos onde funcionam as instituições consorciadas são mantidos em sistema de
colaboração entre o estado e os municípios no qual se localizam, sendo estes últimos
responsáveis por disponibilizar e manter o local de funcionamento, que muitas vezes não
oferecem uma estrutura adequada para a administração, tutores e alunos, desmotivando a
frequência ao local por não disporem de um ambiente de estudo apropriado, e laboratórios de
informática com equipamentos capaz de atender a necessidade dos alunos, já que alguns
utilizam as unidades para estudo. Portanto é importante que além de uma plataforma de estudo
com avançado sistema tecnológico, a instituição disponibilize uma estrutura física adequada.
O sistema de ensino a distância apesar de democratizar e oferecer um método de estudo
que alcance pessoas em lugares onde as universidades não conseguem chegar enfrenta um
grande problema de evasão de alunos, mas este problema está presente em todas as instituições
e níveis de ensino, sejam estas universidades públicas ou privadas, e não apenas na modalidade
à distância.
Fiuza e Sarriero (2013) expõem os principais motivos para adesão e permanência no
ensino a distância e as novas estratégias a se adotar para reverter este processo, descobrir o
motivo que leva a escolha por parte dos alunos por este sistema de ensino e a origem de fatores
que levam à desistência do curso, e o quanto a qualidade e quantidade de conteúdo e também o
nome e a credibilidade da instituição influenciam na adesão.
O presente trabalho tem como objetivo geral um estudo da evasão no ensino a distância,
tendo como princípio a análise de livros e artigos sobre o tema. Através do estudo do material
selecionado foram encontradas informações onde se relata o assunto de forma abrangente e
citam os principais motivos para evasão nesta modalidade de ensino.
Diante do exposto, esse artigo buscou identificar através de pesquisa documental os
fatores motivadores e através de análise dos dados obtidos junto à instituição o índice de evasão
no curso de Administração Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF) no Polo de Três
Rios, onde se observou que o número de matriculados no início reduz-se no decorrer do curso,
e aprofundando-se na área de evasão percebeu-se que existe um elevado índice de desistência,
onde um grande número de alunos acaba por não concluir a graduação.
O período analisado para esta pesquisa abrange a primeira turma no curso de
Administração Pública no pólo de Três Rios, com início no segundo semestre de 2011 até o
segundo semestre de 2017, de acordo com os dados solicitados e enviados pelo CEDERJ, e
através dos objetivos pretendidos teve-se como finalidade identificar os principais problemas

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no sistema de educação à distância que levam a evasão dos alunos e fazer um estudo deste
índice no curso.
Para se chegar a estes objetivos buscou-se identificar as causas da evasão, o número de
alunos que não concluem, ordenar os dados quanto ao número de entrantes, de trancamentos e
de egressos por período, e a partir dos resultados identificar as possíveis soluções do problema
referente ao número de alunos que não conseguem concluir o curso.
Diante do exposto sobre o tema abordado, o trabalho segue através de uma revisão de
literatura sobre o conteúdo abordado em tópico específico no referencial teórico.
Continuamente, é apresentada a metodologia adotada para a pesquisa simultaneamente com a
análise dos resultados.

2 - Referencial Teórico

2.1 – Educação a Distância

No contexto da sociedade atual em que o conhecimento evolui de forma rápida e


dinâmica a Educação a Distância surge como uma modalidade de educação que possibilita uma
forma diferente de ensinar através de uma aprendizagem autônoma.
Para Daudt e Behar “a EAD é mais uma possibilidade entre as políticas nacionais
voltadas à democratização do acesso à educação em todos os níveis de ensino e ao alargamento
da oferta de educação superior” (DAUD e BEHAR, 2013, p. 412), ela requer mudanças na
prática e abordagens pedagógicas que busquem desenvolver o potencial e interação com os
alunos que optam por esta modalidade de ensino, na qual a aprendizagem não está subordinada
a presença física dos alunos nas instituições de ensino, mas proporciona maior acesso à
educação à medida que aumenta a oferta de cursos permitindo atingir um número significativo
de pessoas dispersas geograficamente, oferecendo ao aluno que encontra dificuldades em
freqüentar diariamente um curso presencial, possibilidades de organizar seu tempo e local de
estudo.
Dentre as várias definições para o termo educação à distância Vidal e Maia (2010) a
conceituam como uma modalidade de ensino em que professores e alunos podem não estar
juntos no mesmo ambiente físico, mas que se conectam através de tecnologias de informação e
comunicação, em uma ação colaborativa. O desenvolvimento tecnológico propicia a interação
entre instituição, professores e alunos disponibilizando novas oportunidades para acesso à
educação. Ainda segundo estes autores, em seu livro Introdução à Educação a Distância são
apresentados aspectos específicos quanto a esta modalidade de ensino, pois a mesma rompe
com o modelo tradicional que tem como característica a presença do professor e do aluno dentro
de uma sala de aula, ou seja, a educação a distância rompe com a obrigatoriedade de
aprendizagem presencial tanto dos professores quanto dos alunos.
As legislações publicadas até o momento sobre a educação à distância conduzem a uma
ampliação da oferta desta modalidade de ensino, tanto para universidades públicas como
particulares.
Para maiores definições e normatizações no sistema de ensino no Brasil foi sancionada
pelo governo federal a Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), que regulamentou o sistema educacional, possibilitando a
introdução da modalidade de ensino à distância, e um fator determinante para a expansão da
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EAD nas universidades públicas brasileiras, foi a criação da Universidade Aberta do Brasil
(UAB), instituída através do Decreto 5.800/06, com o objetivo de expandir a educação superior
e promover a inclusão social, levando a educação para regiões que não dispõem de
universidades (THEES, 2010).
Ainda segundo Thees (2010) as bases legais para a educação distância foram
estabelecidas através do decreto 5.622 de 20 de dezembro de 2005 que regulamentou as normas
para o ensino a distância, no qual estabeleceu que apenas as instituições credenciadas e
autorizadas pela União podem oferecer cursos de pós-graduação à distância. Cabe a estas
instituições, o controle e avaliação dos métodos no sistema de EAD. Em relação à educação à
distância o decreto 5.622 de 19 de dezembro de 2005 estabeleceu que:

Art. 1º para os fins deste Decreto caracteriza-se a educação à distância


como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica
nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de
meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e
professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos
diversos.
§ 1º A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e
avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a
obrigatoriedade de momentos presenciais para:
I - avaliações de estudantes;
II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente;
III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na
legislação pertinente; e
IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso
(THEES, 2010, p.7).

O MEC através do decreto 5.800/06 instituiu a Universidade Aberta do Brasil (UAB)


“visando expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior”
(BITTENCOURT e MERCADO, 2006, p. 468).
Ainda de acordo com Bittencourt e Mercado (2014) a UAB foi instituída com o objetivo
de estabelecer metas às políticas e a gestão da educação superior, com foco em sua expansão,
democratizando o seu acesso, com aperfeiçoamento de gestão nas instituições que oferecem
ensino superior. A prioridade da UAB era a formação inicial de professores para atender a
educação básica pública, mas também reduzir as desigualdades na oferta de ensino superior,
formando profissionais mais qualificados para o mercado de trabalho.
Para Bittencourt e Mercado (2014):

A iniciativa de criação da UAB congrega políticas que enfatizam


programas voltados para a expansão da educação superior de qualidade
e promoção da inclusão social, contribuindo para o desenvolvimento
regional, geração de empregos e renda e possibilitando uma maior
qualidade social para o sujeito. (Bittencourt e Mercado 2014, p. 467).

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2.2- A Educação à Distância no Ensino Superior

Belloni (2009) entende que:

O aumento da adequação e da produtividade dos sistemas educacionais


vai exigir necessariamente, nesta passagem de século e de milênio, a
integração das novas tecnologias de informação e comunicação, não
apenas como meios de melhorar a eficiência dos sistemas, mas
principalmente como ferramentas pedagógicas efetivamente a serviço
da formação do indivíduo autônomo.
Sem dúvida a educação a distância, por sua experiência de ensino com
metodologias não presenciais, pode vir a contribuir inestimavelmente
para a transformação dos métodos de ensino e da organização do
trabalho nos sistemas convencionais, bem como a utilização adequada
das tecnologias de mediatização da educação. (BELLONI, 2009, p. 6)

A mediatização significa criar métodos de ensino e estratégias para utilização do


material disponibilizado para o ensino/aprendizagem de forma que estimule e facilitem ao
máximo a aprendizagem autônoma (BELLONI, 2009).
A qualidade na estrutura de ensino na educação superior a distância requer alguns
aspectos considerados importantes na preparação dos cursos, como o comprometimento dos
gestores, metodologia pedagógica de fácil compreensão e acesso e infraestrutura de qualidade
nas instituições para dar apoio aos alunos e tutores.
Para Belloni (2009) a qualificação de professores é parte essencial em um ensino de
qualidade, pois não se pode pensar em inovação educacional sem a produção de conhecimento
pedagógico e a capacitação dos docentes. O papel dos professores nesta modalidade de ensino
exige que ele desempenhe a função de orientação no processo de aprendizagem, no qual ele
passa exercê-la através das tutorias, que podem ocorrer de forma presencial e a distância.
Segundo Vidal e Maia (2010) a inserção de novas tecnologias digitais possibilitou o
desenvolvimento na aprendizagem e uma interação mais ampla entre professores e alunos, onde
este último deixa de ser passivo e passa a ser mais presente na formação do conhecimento
através de um processo mais colaborativo.
A educação à distância é analisada através da interação, do diálogo e também do aspecto
didático-pedagógico e das práticas de ensino-aprendizagem, a comunicação é essencial para um
bom entendimento entre alunos e professores, pois neste sistema de ensino uma boa integração
entre ambos torna-se essencial para superar determinadas reduções tecnológicas, que muitas
vezes impedem a comunicação devido à dificuldade que se encontra ao utilizá-las. Diante disso
a figura do tutor tem um papel fundamental, pois é ele quem vai auxiliar os alunos durante o
processo de aprendizagem. Ele também pode ser um motivador e mediador entre alunos e
instituição. Esta interação entre alunos e tutores pode acontecer presencialmente, no caso de
tutores presenciais ou em ambientes virtuais no caso de tutores a distância (HACK, 2011).
Para Emanuelli (2011), a falta de interação entre alunos e professores pode influenciar
na decisão de se concluir ou não o curso. A motivação por parte do professor também influencia
na forma como apresenta o conteúdo e na disponibilidade que o mesmo demonstra ao ser

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solicitado, mas a ausência de aulas presenciais não promove o conhecimento do aluno, mas sim
o interesse dele em aprender.
A proposta pedagógica no ensino superior a distância é oferecer as pessoas que tem
dificuldades de acesso a este tipo de curso a oportunidade de conseguir um diploma ou uma
graduação, devido à flexibilidade do método pedagógico utilizado, onde a disciplina e o
comprometimento do aluno são fundamentais para o alcance dos objetivos.

2.3- Gestão de Cursos de Graduação à Distância

O sistema de educação à distância é mais uma forma viável de acesso à educação


superior e mais uma entre as políticas nacionais voltadas à democratização do ensino. Neste
contexto de ampliação e democratização do ensino, as Instituições de Ensino Superior (IES)
buscam a ampliação de novas oportunidades, através de adaptações, inovações pedagógicas e
tecnológicas para a criação e gestão de cursos a distância. Para que um sistema de EAD atenda
a sua finalidade educativa é necessário que ele se desenvolva de forma eficaz e que atenda ao
seu propósito com qualidade (DAUDT e BEHAR, 2013).
Na modalidade de ensino e aprendizagem à distância são necessárias abordagens
educativas diferenciadas e adequadas a este sistema de ensino, onde é preciso que as instituições
de ensino implantem novos métodos de gerenciamento acadêmico, investimento e apoio
pedagógico, e também em material tecnológico, de forma a facilitar e estimular a aprendizagem
à distância.
Apesar do crescimento da demanda e nos investimentos em estrutura no sistema de
educação à distância, a desistência dos alunos na conclusão dos cursos é um desafio a ser
enfrentado pelas instituições de ensino (DAUDT e BEHAR, 2013).
Segundo Maria Luiza Belloni (2009), as transformações sociais e econômicas em ritmo
acelerado pressionam as instituições educacionais a promoverem mudanças, e o debate sobre a
crise na educação dá-se diante das demandas sociais, e entende que a modalidade de ensino a
distância não pode mais ser considerada como uma ação emergencial para corrigir falhas no
sistema educacional, mas uma alternativa para ampliação na oferta de ensino através de um
método que não necessita da presença de um docente em sala de aula, mas uma forma de educar
que faz com que os alunos se tornem mais autossuficientes.

2.4- A Evasão no Ensino Superior à Distância

A permanência dos alunos nos cursos de graduação a distância é um dos principais


desafios das instituições de ensino superior. Sabe-se que nos cursos a distância diversos fatores
contribuem para a evasão nesta modalidade de ensino (BITTENCOURT e MERCADO, 2014)
A evasão no ensino superior a distância está presente em diversas as instituições
educacionais e ocorre em todas as modalidades de ensino e não apenas nos cursos de graduação,
e no sistema de EAD percebem-se vários fatores que influenciam a evasão dos alunos nos
cursos.
Bittencourt e Mercado constatam que dentre alguns fatores que causam a evasão dos
alunos no curso muitas vezes estão relacionados a problemas internos nas instituições de ensino,
a atitudes comportamentais de alunos e professores, a qualidade da instituição e adaptação aos
métodos e técnicas de ensino e problemas relacionados com a plataforma. A quantidade de

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recursos investidos em estruturas de cursos em EAD pelo setor público em instituições públicas
de ensino também podem influenciar na qualidade desta modalidade de ensino.
“Muitos alunos tendem a evadir de um curso na modalidade à distância por não estarem
adequados e preparados para quebrar paradigmas educacionais” (BITTENCOURT e
MERCADO, 2014, p. 466 e 470). Em outras palavras, os padrões de um ensino presencial com
a presença do professor dentro da sala de aula que ainda influenciam na permanência do curso.
De acordo com Souza (2009) por oferecer uma oportunidade e flexibilidade nos estudos
o aluno muitas vezes acaba não se organizando por achar que esta modalidade de ensino mais
fácil do que a presencial, o que acaba por não se mostrar verdadeiro. Apesar da flexibilidade de
estudo, a distância física que o aluno tem de seus colegas e de seus tutores torna-se desafiador,
pois a falta de interação e o contato pessoal para alguns são muito importantes para o seu
aprendizado.
Ainda citando Souza (2009), os fatores como a qualidade na interação entre alunos e
professores, e a qualidade dos cursos oferecidos nas instituições públicas e privadas podem ser
causas dessas evasões, e de acordo com Mezzari, et al. (2013), existem diversos motivos para
a evasão em EAD e entre eles está a falta de adaptação por este método de ensino, o acúmulo
de atividades por não se estabelecer rotinas de estudos, a falta de convívio com outros alunos,
a falta de tempo e o conteúdo administrado nos cursos. Outro fator abordado é a idade dos
alunos que escolhem este tipo de aprendizagem e as dificuldades com a tecnologia utilizada
para acessar o ambiente virtual. As causas da evasão são resultantes de fatores variados, que
podem ocorrer pela não adaptação a metodologia de estudo e a dificuldade com o acesso à
internet ou tecnologia inadequada, a complexidade das atividades, organização do tempo,
expectativa errada por parte dos alunos, dificuldades econômicas, falta de estrutura das
instituições físicas e ainda a insatisfação com o tutor e a abordagem pedagógica.
Para Santos e Oliveira Neto (2009, apud DAUDT e BEHAR, 2013), a evasão
caracteriza-se pela desistência definitiva do estudante em qualquer etapa do curso.
Existe um consenso entre Zordan (2012), Sales (2009), Bittencourt e Mercado (2014),
e Daudt e Behar (2013) quanto aos motivos para evasão no curso a distância, que segundo eles
ocorrem devido a fatores como: a escolha de graduação à distância em determinada área por
falta de opção em outras áreas, o pouco tempo para estudo, mudanças na vida pessoal, o baixo
rendimento acadêmico, dificuldade de aprendizagem, falta de domínio em tecnologia e
adaptação a metodologia de ensino, falta de apoio acadêmico na demora que pode ter nas
respostas aos alunos, baixo índice de disciplina no estudo e autonomia do aluno, e a falta de
estrutura nas instituições.
Apesar da flexibilidade na modalidade de EAD a adaptação do aluno ao sistema de
ensino é uma das possíveis causas da desistência do curso, que devido à falta de contato físico
com tutores e outros alunos, da dificuldade de acesso aos meios disponibilizados para
aprendizagem e a falta de retorno esperado por parte de tutores e da instituição de ensino
tornam-se obstáculos para permanência no curso.
Diante da leitura dos autores selecionados e os motivos apresentados para adesão e
evasão no ensino a distância, o presente trabalho teve como escopo o curso de Administração
Pública no pólo de Três Rios, na modalidade à distância e ministrado pela Universidade Federal
Fluminense (UFF), que através de uma análise documental procurou identificar o número de
alunos matriculados, que trancaram e que evadiram no período do segundo semestre de 2011,
ano em que teve início o curso no polo, até o segundo semestre de 2017.

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3 - Metodologia

Este estudo ocorreu através da análise de dados de forma qualitativa. A pesquisa ocorreu
através de material como livros, teses e artigos científicos que já foram publicados sobre o tema
em estudo, com o objetivo de identificar os principais motivos que levam a evasão no curso.
Não foi feita uma pesquisa de campo junto ao pólo para desenvolvimento dos resultados. Os
dados foram analisados através de pesquisa exploratória e descritiva de acordo com
informações documental fornecidas pela instituição.
Através do material bibliográfico foram observadas as considerações e o estudo de
diversos autores e os principais fatores motivadores para a desistência e a permanência no
ensino a distância, e através dos dados quantitativos foi verificado o número de alunos
matriculados e os que evadiram no período que abrange o segundo semestre de 2011 ao segundo
semestre de 2017 através de análise do conteúdo.
O curso de Administração Pública oferece semestralmente 50 vagas, as quais foram
consideradas preenchidas em sua totalidade, levando-se em conta que os candidatos tenham
ingressado no curso, que teve início de suas atividades no pólo de Três Rios no segundo
semestre de 2011 e que até o segundo semestre de 2017, período em que foi realizado o estudo,
teriam sido ofertadas um total de 650 vagas.
Não foram considerados no estudo os alunos que solicitaram transferência para outros
polos, pois não foi disponibilizada esta informação dentro do material fornecido pela
instituição.

4 – Análise do Resultado da pesquisa

Neste artigo foi analisado o quantitativo do número de alunos que evadiram no curso de
Administração Pública na modalidade de EAD no Polo de Três Rios, os motivos que ocasionam
a evasão são causados por fatores diversos, que foram considerados através do material
bibliográfico selecionado.
Para auxiliar na análise dos resultados são apresentados dados quantitativos obtidos
através do CEDERJ.
Através do material obtido pode-se analisar a situação dos alunos no polo, onde se
observa o número de alunos que fizeram a matrícula, que se encontram com disciplinas
trancadas, que desistiram e os que concluíram o curso. Os dados constantes na tabela abaixo
demonstram o quantitativo da cada situação por semestre.

Quadro 1 - Situação dos Alunos do Curso de Administração Pública no


Polo de Três Rios
Semestre Matrí Ativos Tranca Cancela Cance Formandos Total de Total de
culas mentos mentos lados no Ativos + Concluintes
Geral Semestre Tranca (Formandos)
mentos
2011/2 50 48 0 2 2 0 48 0
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2012/1 50 83 6 9 11 0 89 0
2012/2 50 114 17 4 15 0 131 0
2013/1 50 140 37 4 19 0 177 0
2013/2 50 164 61 2 21 0 225 0
2014/1 50 193 68 14 35 0 261 0
2014/2 50 207 90 12 47 0 297 0
2015/1 50 219 100 23 70 3 319 3
2015/2 50 218 115 23 93 11 333 14
2016/1 50 240 113 26 119 4 353 18
2016/2 50 248 120 31 150 4 368 22
2017/1 50 272 102 39 189 4 374 26
2017/2 50 269 126 21 210 8 395 34
Total 650 269 126 210 210 34 395 34
FONTE: Elaborado pelas autoras com dados da Fundação CECIERJ - 2018

Neste primeiro quadro podemos ver a situação dos alunos em cada semestre, levando-
se em conta que a cada semestre são ofertadas 50 vagas tem-se o número matrículas que se
encontram ativas, a quantidade de alunos que trancaram disciplinas, o número de cancelamentos
e de formandos. Também apresenta um total de matriculados juntamente com as matrículas
ativas. O quadro oferece uma visão geral da situação dos alunos no curso de Administração
Pública no pólo de Três Rios no período que abrange o segundo semestre de 2011 ao segundo
semestre de 2017, contabilizando um total de sete anos.

Gráfico1 – Número de Matrículas Ativas no Semestre

FONTE: Elaborada pelas autoras com dados da Fundação CECIERJ – 2018

Neste gráfico pode-se observar a quantidade de matrículas que se encontram ativas em


cada semestre, considerando que o curso teve inicio no segundo semestre de 2011 com 48
alunos, no primeiro semestre de 2012 com 83 alunos, no segundo semestre 2012 com 114
alunos, no primeiro semestre de 2013 com 140 alunos, já no segundo semestre de 2013
constavam 164 alunos com matrículas ativas, no primeiro semestre de 2014 193 alunos, no
segundo semestre de 2014 constavam 207 alunos, no primeiro semestre de 2015 219 alunos, e
segundo218 alunos, no primeiro semestre de 2016 constavam 240 alunos e no segundo 248, no
primeiro semestre de 2017 constavam 272 alunos com matrícula ativa, e o segundo semestre de
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

2017, que foi o último período analisado na pesquisa constavam 269 alunos com matrícula
ativa. Diante das informações contidas no gráfico pode se observar que em alguns semestre o
número de matrículas canceladas ou trancadas são bem consideráveis.

Gráfico 2 – Situação dos Alunos que se Encontram com Trancamento em Disciplinas

O gráfico abaixo demonstra o quantitativo de disciplinas que encontram-se trancadas


demonstrando que a cada semestre este número cresce, ocorrendo uma queda apenas no
primeiro semestre de 2017. Isto pode ser um indicativo de em algum momento do curso o aluno
encontrou dificuldades.

FONTE: Elaborada pelas autoras com dados da Fundação CECIERJ – 2018

Gráfico 3 – Números De Matrículas Canceladas Por Semestre

No gráfico 3 verificamos o número de matrículas canceladas a cada semestre e através


dos dados apresentar uma analise do percentual de cancelamentos em relação ao número de
matrículas que se encontram ativas.
Cancelamentos por semestre 2012/1
2012/2
2011/2
2013/1
2017/2
2013/2
2014/1
2017/1 2014/2

2015/1
2016/2
2015/2
2016/1

FONTE: Elaborado pelas autoras com dados da Fundação CECIERJ - 2018

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O quadro abaixo apresenta o percentual de cada semestre.

Período Matrículas Ativas Cancelamentos por Percentual de Matrículas


Semestre Ativas/ Cancelamentos (%)
2011/2 48 2 4,17
2012/1 83 9 10,84
2012/2 114 4 3,51
2013/1 140 4 2,86
2013/2 164 2 1,22
2014/1 193 14 7,25
2014/2 207 12 5,80
2015/1 219 23 10,50
2015/2 218 23 10,55
2016/1 240 26 10,83
2016/2 248 31 12,50
2017/1 272 39 14,34
2017/2 269 21 7,81

Gráfico 4 – Números De Alunos Que Concluíram O Curso

Formandos por semestre


2017/2 2015/1 2015/2
34 03 14
2016/1
18

2017/1 2016/2
26 22

FONTE: Elaborado pelas autoras com dados da Fundação CECIERJ – 2018

O curso de Administração Pública é ministrado em oito períodos, tendo em vista que o


curso teve início no pólo de Três Rios no segundo semestre de 2011 e os primeiros alunos se
formariam no primeiro semestre de 2015, se cumprindo a grade regular. Este gráfico apresenta
o número de alunos que se formaram em cada semestre e o percentual em relação ao número
de matrículas ativas, e fazendo uma análise verifica-se que no período 2015/1 apenas 1,37%
dos alunos concluíram o curso regularmente, um percentual baixo em relação aos 48 alunos que
iniciaram o curso, no período de 2015/2 o percentual de concluintes foi de 6,42%, em 2016/1
foi de 7,5%, em 2016/2 foi de 8,87%, em 2017/1 foi de 9,56% e no período de 2017/2 o
percentual de formandos foi de 12,64% em relação às matrículas que se encontravam ativas.

4 – Análises do Resultado da pesquisa

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

Através da pesquisa documental pode-se observar que o número de egressos no curso


de Administração Pública no polo de Três Rios foi em um total de 650 alunos, entre o período
correspondente ao segundo semestre de 2011, ano em que se iniciou o curso no polo, ao segundo
semestre de 2017. O número de alunos que se encontravam com a matrícula ativa até o segundo
semestre de 2017 corresponde a 269, o que resultou em um percentual de 41,38% em relação
aos alunos que se matricularam. O número de cancelamentos foi elevado no primeiro semestre
de 2017, e o total de matrículas canceladas em relação ao total de alunos que efetivaram a
matrícula resultam em um índice de evasão de 32,31 %.
Outro dado analisado foi o baixo número de concluintes em cada semestre, que no total
entre 2011/2 a 2017/2 foi 34 alunos, e o seu percentual em relação às matrículas que se
encontram ativas foi de 12,64%.
Não foram considerados neste estudo como evadidos o total de alunos que se encontram
com disciplinas trancadas, pois ainda podem vir a concluir o curso, mas ainda assim pode-se
observar que o número de matrículas que se encontram nesta situação é relevante, pois pode
significar que o aluno encontrou dificuldades no curso. Essas dificuldades podem ser de cunho
pessoal, pedagógico ou institucional.
O baixo número de concluintes por semestre e no total do período analisado leva a
questionamentos quanto aos motivos para o alto número de disciplinas trancadas e matrículas
canceladas, pois de acordo com as informações constantes nos dados fornecidos pela instituição
a cada semestre são disponibilizadas 50 vagas e que o curso tem uma duração de oito períodos,
com a primeira turma que iniciou o curso no segundo semestre de 2011 se formando no primeiro
semestre de 2015, e a turma que iniciou no primeiro semestre de 2014 concluindo no segundo
semestre de 2017, se cumprida a grade regular. Os dados analisados não levaram em conta
possíveis casos de alunos que solicitaram transferência de polo, por não ter sido disponibilizada
informações quanto a estes dados. O número total de alunos que já poderiam ter concluído o
curso e os que concluíram demonstram um baixo índice de conclusão.
O significativo número de trancamentos e cancelamentos remete aos motivos apontados
pelos autores citados no estudo para que o aluno desista de concluir o curso, que pode-se
futuramente investigar sobre os motivos que fizeram com que os alunos adiassem a conclusão
do curso, não tendo este trabalho se aprofundado em questões mais complexas quanto a
motivação, pois as respostas a estes questionamentos teriam que ser obtidas individualmente
com um estudo de cada caso onde se pudesse identificar os principais motivos da desistência
dos alunos em concluir a graduação, e também o motivo que os levou a optarem por esta
modalidade de ensino.
Diante dos autores selecionados para esta pesquisa e das observações constante em seus
trabalhos pode-se concluir que os alunos encontraram em certa etapa do curso dificuldades para
concluir, o que pode estar relacionado aos principais pressupostos nas teorias apresentadas
quanto ao que leva os alunos à evasão.
Na análise do material bibliográfico observa-se que apesar dos autores considerarem
que a principal vantagem no sistema de educação a distância ser a democratização do ensino
por seu alcance e inclusão de um público maior, devido a facilidade em relação à logística e a
flexibilidade de horário, também foi observado em seus trabalhos diversas críticas sobre a
política e gestão do sistema, os problemas abrangem a falta de recursos pessoais e materiais de
alunos e das instituições, ocasionando desmotivação de ambas as partes, agravando-se o
problema com os poucos esforços para se combater a evasão de alunos nesta modalidade de
ensino, pois não foi observado em suas pesquisas uma política efetiva para solução dos
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

problemas internos e externo no combate à evasão nos cursos de EAD, apesar do incentivo à
criação de cursos, da normatização por parte do Estado, do crescente número de instituições
que passaram a ofertar ensino na modalidade a distância e da demanda pelos mesmos.

5 – Conclusão

A modalidade de ensino a distância vem demonstrando crescimento e democratização


no ensino superior, possibilitando a pessoas que residem em locais que não possuem
universidades a possibilidade de obter um diploma de curso superior, ressaltando que o
crescimento da demanda à educação exige das instituições e do Estado uma maior e melhor
gestão do sistema educacional, de forma a oferecer um ensino de qualidade.
Um dos grandes problemas enfrentados no sistema de educação a distância é a evasão
de alunos. Diante dos fatos apresentados mostra-se necessário o desenvolvimento de estratégias
voltadas ao ensino e a aprendizagem dos alunos, com ações direcionadas para a redução nos
índices de evasão, baseando-se nos motivos e nas causas do problema.
Um sistema de educação a distância eficiente precisa estar voltado para as necessidades
do aluno e não apenas na oferta do curso, na introdução de novas tecnologias, e na
disponibilização de material didático. O acompanhamento dos alunos por parte de tutores,
coordenadores e da universidade é fundamental na construção de um ensino de qualidade. A
interação entre alunos também contribui para a diminuição dos índices de desistências. Dentro
do curso administração pública é aprendido que a satisfação pessoal é um grande motivador
para se alcançar objetivos, não sendo diferente na área de ensino e aprendizado.
Com o resultado obtido na análise documental pode-se observar a questão referente a
evasão no curso de Administração Pública no Polo de Três Rios, e as prováveis causas podem
ser consideradas através da constatação dos diversos autores estudados, e que os dados
numéricos também acompanham as estatísticas dos autores. Recomenda-se que para uma
melhor avaliação da questão levantada, uma pesquisa de campo é um instrumento a ser
desenvolvido na obtenção de resultados mais apurados.
A comunicação e a integração entre a instituição e os alunos de EAD são mecanismos
fundamentais na permanência destes no curso, pois a característica fundamental nesta
modalidade de ensino é autonomia do aluno, com isso a comunicação se torna imprescindível
na obtenção dos resultados esperados pela instituição. Esta relação aluno/instituição é parte
importante para a permanência do aluno no curso fazendo com se sintam parte do processo,
permitindo assim um crescimento no aprendizado e evitando que desista, e tenha acesso a uma
educação de qualidade.

6 - REFERÊNCIAS

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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