Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAMPOS ALEGRE
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
Rio de Janeiro
Quinta feira, 22 de setembro de 2021
Este trabalho tem por objetivo a leitura crítica do Artigo 3º do capítulo I
do Código de Ética do Biólogo, aprovado em de 2002.
Página 2
O princípio da precaução, portanto, é um princípio ao mesmo tempo
moral, político e jurídico que indica que se uma ação pode resultar um dano
irreversível público ou ambiental, na ausência de consenso cientifico, a
obrigação sobre tal ação é do praticante.
Como observa Zapater (2017), “são várias as causas que, com pouca
preocupação teórica, suscitam o princípio da precaução como fundamento
para inverter o ônus da prova, ou seja, atribuir àquele que nega um dano
ambiental ou a danosidade de uma conduta, o ônus de provar as alegações”
Página 3
Diante do exposto, pode-se perceber que o artigo 3º do Capítulo I do
Código de ética contempla de forma bastante ampla a conduta ética no
cumprimento do exercício da profissão de biólogo. Entretanto, de forma mais
especifica, no que tange ao princípio de precaução, cabe alinhar a orientação
filosófica à normatização jurídica para que responsabilização do dano
provocado ao meio ambiente seja efetiva. Isso porque, como diz LUHMANN
(1997), as demandas ecológicas são formuladas e consideradas diversamente
pela economia, pelo direito, pela ciência etc., resulta disso o fato de que,
“quando as teorias ecológicas buscam denunciar as ameaças de catástrofe,
sem considerar essas especificações sistêmicas, acabam por produzir um
moralismo generalista, limitado a uma comunicação da própria ansiedade, o
que seria uma das razões da falta de ressonância e engajamento, reclamada
pelos próprios ambientalistas”
Página 4
Referências :
Página 5