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Grupo: Arthur Amancio, Gabriel, João Wesley de Souza Júnior, Nathallia

Curti , Priscila de Oliveira Pereira, Yara

Ao analisarmos a viabilidade do uso da biotecnologia para a


comercialização de carne artificial, é válido que inicialmente se haja uma
estipulação tanto dos aspectos positivos, quanto dos negativos de tal
tecnologia em desenvolvimento. Este ensaio, portanto, se iniciará
discorrendo de forma sucinta os principais riscos e benefícios da produção
da carne sintética. Ao final, temos o posicionamento geral dos integrantes
do grupo quanto ao uso dessa tecnologia no processo de produção.

A princípio quando tratamos dos riscos, o valor nutricional de tal alimento


é algo que deve ser enfatizado, uma vez que a composição dessa carne,
embora semelhante à de uma carne normal, é distinta e pode haver falta
de compostos presentes se comparado a um produto “normal”. Os
produtos que são utilizados na produção da mesma também devem ser
reavaliados, uma vez que, os compostos que são usados em uma cultura
de tecidos não são necessariamente seguros para o consumo, assim como
utilizam de grandes quantidades de recursos para serem produzidos.
Quanto à viabilidade econômica, este é um produto cuja produção em
larga escala ainda não está aperfeiçoada, o que gera um aumento no
custo na aquisição dos materiais, se o objetivo for substituir o
fornecimento proteico na dieta.
O uso da carne artificial em uma dieta também pode ser um fator a ser
superado, uma vez que esse produto não possui as mesmas
características sensoriais de uma carne natural. Isso pode fazer com que
o consumidor não tenha interesse. Talvez o aspecto de maior interesse
seja no fornecimento de proteína animal aos consumidores vegetarianos
ou veganos, porém, por conta do processo de aquisição de material
animal para a replicação das células, assim como o uso de líquido
amniótico, o produto não é necessariamente vegano. Assim, um dos
riscos da produção da carne sintética pode envolver a falta de interesse
pelo mercado.

Em contrapartida, a carne sintética é uma biotecnologia promissora,


portanto a mesma pode resultar no desenvolvimento de novas técnicas e
avanços em demais áreas não apenas restritas à alimentação, isso pode
ser exemplificado pelo maior desafio que ela encontra, a ausência de
capacidade de desenvolvimento de tecidos mais complexos em junção à
tal carne sintética, fazendo com que caso ocorra a capacidade de se
sintetizar tendões, órgãos e demais compostos tal biotecnologia podendo
vir a ser utilizada até mesmo na produção de órgãos/membros para
transplantes; quanto ao uso de tal biotecnologia para o consumo humano
propriamente dito, ela se mostra benéfica uma vez que se há
possibilidade de produção de alimento de forma mais compacta, fazendo
com que a produção de carne possa ser realizada até mesmo em meio
urbano; tal nova fonte de alimento poderia até mesmo se mostrar uma
ferramenta útil na possibilidade de fornecimento de alimento para as
populações; há se também artigos que trazem essa carne como uma
alternativa protéica animal na qual não se há necessidade do abate de
animais, tornando essa uma alternativa alimentar às pessoas que tenham
isso como um fator de interesse. Algo de especial interesse é que por
conta desta carne ser produzida em laboratório/ambiente controlado não
haveria (teoricamente) o risco da mesma ser contaminada por material
exógeno, tal qual parasitas ou infecções que são frequentemente
associadas ao consumo de carne.

De modo geral, o grupo se posiciona de forma positiva quanto à


comercialização de carne artificial, embora se tenham divergências quanto
a aspectos tal qual o potencial da mesma em um aspecto econômico, ou o
quão benéfica a mesma seria como ferramenta para diminuição de
impactos ambientais causados pela pecuária.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que, durante o processo de
debate, não houve intenção de fazer juízo ético ou moral a respeito do ato
de comer carne. Contudo, discorreram-se críticas sobre a produção em
série de corpos bovinos e outros animais ceifados por tal prazer, dito isso,
algo interessante quanto ao posicionamento dos integrantes do grupo a
respeito do consumo da carne artificial é: embora o apoio à
comercialização dela tenha sido unânime, não houve unanimidade quanto
à adição de tal produto como parte da dieta.
Sabemos que a pecuária é a principal atividade econômica - em termos
de produção de commodity - no Brasil e que grande parte da população
consome carne em suas refeições. O fato é que os impactos causados no
meio ambiente são enormes, tanto com exploração de terras indígenas
como grilagem ou expropriação de terra. A produção da carne artificial
pode diminuir esses impactos.

Outro posicionamento, o custo da produção da carne artificial é bem alto,


logo, o produto chegará ao mercado com um preço que poderá não ser
acessível para toda a população. Além do valor alto de mercado, também
é importante ressaltar que, a mesma não terá um valor nutricional
quando comparado a outras carnes que a população consome. Como
consequência, há uma probabilidade de não haver procura suficiente da
carne artificial, podendo futuramente ser um mercado de alta produção e
baixa procura, aumentando gradativamente os impactos ambientais.

Ao ponto de vista tecnológico, a produção artificial em laboratório pode


ajudar em futuras missões espaciais com o intuito de colonização fora da
terra, tendo assim uma fonte de proteína em um ambiente onde não se
pode ter pecuária devida a complexidade de se ter vida em outros
planetas, talvez com o avanço da pesquisa e estudo sobre o cultivo de
tecidos de forma em grande escala pode ajudar a sobrevivência humana
em colônias no nosso sistema solar.

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