Você está na página 1de 2

"Portanto, para que o Universo que é temporal viesse a existir algo no eterno

teve que morrer."

Mas porque de fato Deus não poderia simplesmente criar o universo, sem precisar que algo no
eterno morresse?

“Portanto, para que o Universo que é temporal viesse a existir algo no eterno teve que morrer.”

Mas, porque de fato Deus não poderia simplesmente criar o universo, sem precisar que algo no
eterno morresse?

Minha hipótese baseia-se na hipótese de que tudo o que existe, se move, e deve necessariamente
estar dentro de um espaço-tempo.

Premissas que apoiam essa hipótese:

* O tempo é produto do movimento. Se não há movimento não há mudança, logo não há tempo.

* Para o movimento acontecer, precisa-se de dimensões espaciais. Logo não há tempo sem espaço.

* O Espaço é algo que foi criado. Logo existe. Portanto, se move. Logo, precisa de tempo.

* Conclui-se que não há espaço sem tempo, e não há tempo sem espaço. Logo temos o (espaço-
tempo) como duas partes de uma coisa só.

Mas assim como tudo que se move precisa de espaço e tempo. O espaço também precisa estar
dentro de outro espaço?

Se assumimos que sim, acabamos tendo uma regressão infinita. (um espaço dentro de outro, que
também se movimenta, logo precisa de outro espaço, que também se movimenta… ad infinitum)

Pensando melhor nessa pergunta eu concluí que para que não houvesse uma regressão infinita. O
espaço deveria estar dentro de algo que é eterno e temporal ao mesmo tempo. E por que temporal
e não apenas eterno? Porque o nosso universo precisa estar dentro de algo que além de ser eterno,
precisa estar sujeito ao tempo, para que seja possível se mover, e portanto ser algo habitável por
coisas criadas, impedindo assim o problema da regressão infinita.
Ou seja, Deus não poderia simplesmente nos criar sem antes criar um espaço-tempo. E não poderia
criar um espaço-tempo sem precisar criar um espaço-tempo anterior, e outro anterior, pois tudo
que é criado precisa do movimento para existir. Para resolver esse problema, Deus como “ente
unificado”, diminui parte de si mesmo (parte de si, porque é impossível um ser infinito tornar-se
finito por completo), tornando essa parte, o seu filho (como sinônimo de grande intimidade).

Portanto, Jesus seria a primeira criação de Deus, sendo Jesus, uma espécie de espaço-tempo. Onde
habitariam todas as coisas posteriormente criadas. Isso de alguma forma soa parecido com
Colossenses 1-15:17 _”Ele é a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criação, pois nele
foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou
soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de
todas as coisas, e nele tudo subsiste.”_

Jesus seria uma dimensão temporal, pois precisou ser “transformado” para tornar-se menor que o
Deus pai. Essa dimensão se estenderia para o eterno, já que é impossível deixar de ser eterno ou
infinito. É como deixar de enxergar fechando os olhos e nunca mais os abrindo.

Esse seria o sacrifício, o cordeiro imolado, para que tudo pudesse existir a partir dele.

A segunda coisa criada, sabemos que não é o universo, mas talvez um espaço-tempo onde criaturas
como anjos pudessem habitar.

Essa segunda coisa teria uma relação singular com Jesus já que estaria em proximidade com o
eterno-temporal.

-Kepler,
- Jonaso biruta

Você também pode gostar