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A DOUTRINA DA CRIAÇÃO

TEOLOGIA SISTEMÁTICA 3
OS DIAS DA CRIAÇÃO
Por que, como e quando Deus criou o universo?

EXPLICAÇÃO E BASE BÍBLICA


Como Deus criou o mundo? Será que ele criou cada espécie diferente de planta e
animal de modo direto, ou fez uso de uma espécie de processo evolutivo, guiando o
desenvolvimento das coisas vivas a partir das mais simples para as mais complexas? E
quanto tempo Deus levou para produzir a criação? Será que ela foi completada no
espaço de seis dias de 24 horas, ou Deus serviu-se de milhares ou talvez milhões de
anos? Qual é a idade da terra e qual é a idade da raça humana?

Este estudo é organizado para tratar dos aspectos da criação que são mais claramente
ensinados na Escritura e sobre os quais a maioria dos evangélicos concordaria (criação
do nada, criação especial de Adão e Eva e a do universo), movendo-se para outros
aspectos da criação a respeito dos quais os crentes têm discordâncias (se Deus usou o
processo evolucionário para realizar boa parte da criação, e qual a idade da terra e da
raça humana).

Podemos definir a doutrina da criação da seguinte maneira: Deus criou o universo inteiro
do nada; ele era originariamente muito bom; e ele o criou para glorificar a si próprio.

Pr. Araújo 2
A CRIAÇÃO DO UNIVERSO
Evidência bíblica para a criação do nada.
A Bíblia claramente requer que creiamos que Deus criou o universo do nada. (Algumas
vezes a expressão latina ex nihilo ,”do nada”, é usada; diz-se então que a Bíblia ensina a
criação ex nihilo ). Isso significa que, antes de Deus ter começado a criar o universo, nada
mais existia, exceto o próprio Deus.

Essa é a inferência de Gênesis 1.1 que diz: “No princípio Deus criou os céus e a
terra”. Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu” (Sl 33.6,9). No
NT encontramos uma afirmação de caráter universal no começo do evangelho de João:
“Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que
existe teria sido feito” (Jo 1.3). A expressão “todas as coisas” é mais bem entendida
como referindo-se à totalidade do universo (At 17.24; Hb 11.3). Paulo é totalmente
explícito em Colossenses 1 quando especifica todas as partes do universo, tanto as
visíveis como as invisíveis: “pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e
sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes
ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele” (Cl 1.16).

Pr. Araújo 3
Hebreus 11.3 diz: “Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra
de Deus, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é visível”. Essa
tradução reflete de modo exato o texto grego. Embora o texto não ensine realmente a
doutrina da criação ex nihilo , ele chega próximo de fazer isso, visto que diz que Deus
não criou o universo de nada que é visível. A ideia um tanto estranha de que o universo
poderia ter sido criado de alguma coisa que era invisível provavelmente não estivesse na
mente do autor. Ele está contestando a ideia de a criação ter vindo de alguma matéria
preexistente, e para esse propósito o versículo é inteiramente claro.

Porque Deus criou a totalidade do universo do nada, nenhuma matéria no universo é


eterna. Tudo o que vemos, as montanhas, os oceanos, as estrelas, a própria terra — veio
à existência quando Deus os criou. Isso nos lembra que Deus governa todo o universo e
que nada na criação deve ser adorado a não ser Deus. Contudo, se negássemos a
criação ex nihilo , teríamos de dizer que algum tipo de matéria já existia e que ela, como
Deus, é eterna. Essa ideia desafiaria a independência e a soberania de Deus, bem como o
fato de que a adoração é devida a Ele somente. Se a matéria existisse separada de Deus,
então que direito inerente teria Deus de governá-la e usá-la para a sua glória? E que confiança
poderíamos ter de que cada aspecto do universo cumpre de modo supremo os propósitos
divinos, se algumas partes dele não foram criadas por Deus?

Pr. Araújo 4
OCORRÊNCIA ENTRE GÊNESIS 1.1 E 1.2
“No princípio criou Deus os céus e a terra. Ora, a terra estava sem forma e
vazia…”
Como entender esse texto? Como imaginar algo que não tinha forma e estava
vazio? E se Deus criou a Terra aqui no versículo 2 de Gênesis 1, o que significam
os versículos 9 e 10? Estaria Ele criando a Terra de novo? Não seria isso uma
contradição?
A palavra hebraica traduzida por “terra” em Gênesis 1:2 é “erets”, e ela não designa
necessariamente o planeta Terra em si, mas sim um local delimitado, ou seja,
um território. Por isso, podemos concluir que o que estava sendo criado no versículo
2 era um território que, como é descrito ali, estava inabitado, escuro e vazio. O planeta
Terra só assumirá forma mais à frente, no 4º dia da criação (vs.9-10).
Por isso, a sugestão é que essa “terra” mencionada no versículo 2 trata-se da galáxia,
ou seja, do território em que hoje habitamos, a Via Láctea! Mas nesta fase ela era só
um território escuro, vazio e sem forma. Enquanto os céus ali podem se referir a todo
o espaço sideral.
Resumindo, em Gênesis 1:2 Deus estaria criando a galáxia, um espaço vazio no meio do
nada onde Ele começaria a criar todas as outras formas de vida existentes.
Temos então a descrição de um lugar vazio, profundo, sem forma, sem vida e escuro.

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Ilustração, do que seria um
território sem forma e vazio.

A galáxia agora é devidamente


organizada, cada corpo celeste
é posto em seu lugar.

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E disse Deus: “Haja luz!” E houve luz.
Depois de saber que existia um espaço, um território muito grande, vazio, inabitado,
escuro e praticamente sem fim, ouve-se a voz de Deus dizendo: Haja luz!
É importante notar que só depois desse evento é que tudo começa a tomar
forma, pois logo em seguida à criação da luz, Deus faz separação entre dia e noite (vs.
4, 5). Depois Ele faz uma separação de águas, ou seja, Ele cria a água em seu estado
líquido e as ajunta (vs. 6-10), enquanto o espaço sideral continua retendo água em seu
estado molecular, em forma de gás ou vapor (vs. 7, 8). Deste ponto em diante, isto
é, versículos 9 e 10, é que o Eterno forma nosso planeta. Então depois Ele começa a
criar nele a vegetação e tudo mais (vs. 11, 12).
Ora, o que é intrigante neste ponto é a teoria científica acerca da explosão
chamada Big Bang. Pois a ciência explica, que só depois dessa explosão ou expansão,
é que tudo começou a ganhar forma. Antes, todo o “universo” estava “compactado” em
uma partícula muito densa, escura e calorosa.
Além disso, a ciência ainda explica que a origem do tempo e do espaço se dá após o Big
Bang. De forma parecida, a Bíblia descreve o primeiro dia da criação após a formação da
luz (Gn. 1.3-5).
As duas maiores falhas dessa teoria (big bang), são: 1) Trata a casualidade (acaso,
eventualidade, algo inesperado, acidente) como a responsável por tudo que existe, a
alegação de que é necessário ocorrer destruição para que haja criação é sem
fundamento nesse caso. 2) A teoria do Big Bang retira Deus de cena, e nega seu poder
de criação e organização, assim como todos os seus atributos divinos.

Pr. Araújo 7
Haja Luz! Deus faz
separação entre dia
e noite.

O espaço continua
retendo água em seu
estado molecular (gás
ou vapor).

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A ORIGEM DA RAÇA HUMANA
A Bíblia também ensina que Deus criou Adão e Eva de modo especial e pessoal. “Então
o SENHOR Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas
o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2.7). Após isso, Deus
criou Eva do corpo de Adão: “Então O SENHOR Deus fez o homem cair em
profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando
o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o SENHOR
Deus fez uma mulher e a levou até ele” (Gn 2.2 1,22). Ao que parece Deus deixou
Adão saber o que tinha acontecido, pois Adão diz: ”...Esta, sim, é osso dos meus
ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem
foi tirada” (Gn 2.23).
Quando a Escritura diz que o Senhor “formou o homem do pó da terra” (Gn 2.7),
isso não parece significar que ele tenha utilizado um processo que levou milhões de anos
e tenha empregado o acaso no desenvolvimento de milhares de organismos
crescentemente complexos. E ainda mais impossível de conciliar com o pensamento
evolucionista é o fato de que essa narrativa claramente retrata Eva como não possuindo
mãe; ela foi criada diretamente da costela de Adão enquanto este dormia (Gn 2.21). Mas
em uma base puramente evolutiva, isso não seria possível, pois mesmo o primeiro “ser
humano” fêmea teria descendido de alguma criatura parecida com o ser humano, mas
que ainda era animal. O NT reafirma a historicidade da criação especial de Eva vinda de
Adão, quando Paulo diz: “Pois o homem não se originou da mulher, mas a mulher
do homem; além disso, o homem não foi criado por causa da mulher, mas a
mulher por causa do homem” (1 Co 11.8,9).
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A SEQUÊNCIA DA CRIAÇÃO
O relato da criação é encontrado em Gênesis 1 e 2. A maior parte da obra criativa de
Deus é feita pelo falar, outra indicação do poder e autoridade da Sua Palavra.

Dia da Criação 1 (Gênesis 1:1–5)


Deus criou os céus e a terra. “Os céus” refere-se a tudo além da terra, o espaço sideral.
A terra é feita, mas não formada de nenhuma maneira específica, embora a água esteja
presente. Deus então traz a luz à existência. Ele então separa a luz da escuridão e chama
a luz de “dia” e a escuridão de “noite”.

Dia da Criação 2 (Gênesis 1:6–8)


Deus cria o céu. O céu forma uma barreira entre a água na superfície e a umidade do ar.
Nesse ponto, a Terra teria uma atmosfera.

Dia da Criação 3 (Gênesis 1:9–13)


Deus cria a terra seca. Continentes e ilhas estão acima da água. Os grandes corpos de
água são chamados de “mares” e o solo é chamado de “terra”. Deus declara que tudo
isso é bom.

Deus cria todas as plantas, grandes e pequenas. Ele cria esta vida para ser
autossustentável; plantas podem se reproduzir. As plantas foram criadas em grande
diversidade (muitas “espécies”). A terra era verde e repleta de plantas. Deus declara que
esta obra também é boa.
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Dia da Criação 4 (Gênesis 1:14–19)
Deus cria todas as estrelas e corpos celestes. O movimento deles ajudará o homem a
acompanhar o tempo. Dois grandes corpos celestes são feitos em relação à terra. O
primeiro é o sol, que é a fonte primária de luz, e a lua, que reflete a luz do sol. O
movimento desses corpos distinguirá o dia da noite. Este trabalho também é declarado
bom por Deus.

Dia da Criação 5 (Gênesis 1:20–23)


Deus cria toda a vida que vive na água. Qualquer vida de qualquer tipo que vive na água
é feita neste ponto. Deus também cria todos os pássaros. A linguagem permite
interpretar que foi aqui quando Deus criou os insetos voadores; se não, então foram
feitos no dia 6. Todas essas criaturas foram criadas com a capacidade de perpetuar suas
espécies por meio da reprodução. As criaturas feitas no dia 5 são as primeiras criaturas
abençoadas por Deus. Deus declara que esta obra é boa.

Dia da Criação 6 (Gênesis 1:24–31)


Deus cria todas as criaturas que vivem em terra seca. Isso inclui o homem e todo tipo
de criatura não incluída nos dias anteriores. Deus declara que esta obra é boa.
Quando Deus estava criando o homem, Ele se aconselhou consigo mesmo.
“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis
1:26). Esta não é uma revelação explícita da Trindade, mas faz parte do fundamento para
tal, pois Deus revela um “nós” dentro da Divindade.

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Deus cria o homem, o qual é feito à imagem de Deus (homens e mulheres carregam
esta imagem) e é especial acima de todas as outras criaturas. Para enfatizar isso, Deus
coloca o homem em autoridade sobre a terra e sobre todas as outras criaturas. Deus
abençoa o homem e o ordena a reproduzir, encher a terra e subjugá-la (colocá-la sob a
legítima administração do homem conforme autorizado por Deus). Deus anuncia que o
homem e todas as outras criaturas devem comer apenas plantas. Deus não rescindirá
(anulará) essa restrição alimentar até Gênesis 9:3–4.

A obra criativa de Deus está completa no final do sexto dia. O universo inteiro em toda
a sua beleza e perfeição foi totalmente formado nesses seis períodos rotulados como
“dias”. Na conclusão de Sua criação, Deus anuncia que tudo isso é muito bom.

Dia 7 da Criação (Gênesis 2:1–3)


Deus descansa. Isso de nenhuma forma indica que Ele estava cansado de Seus esforços
criativos; antes, afirma que a criação está completa. Além disso, Deus está estabelecendo
um padrão de um dia em sete para descansar. A guarda deste dia acabará sendo uma
característica distintiva do povo escolhido de Deus, Israel (Êxodo 20:8–11).

Muitos cristãos interpretam esses “dias” como períodos literais de 24 horas, uma
posição chamada de Criacionismo da Terra Jovem. Deve-se notar que certas
interpretações desses “dias” sugerem que eram períodos de tempo indeterminados. A
Teoria Dia/Era e o Criacionismo Histórico são duas teorias que interpretam os dados
bíblicos de uma forma que permite uma terra mais velha. Independentemente disso, os
eventos e realizações de cada “dia” são os mesmos.
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Algumas teorias a respeito da criação parecem claramente em desacordo com os
ensinos da Escritura.

Neste ponto vamos examinar duas teorias da origem do universo que parecem
claramente contrários à Escritura.

a. Teorias seculares.
Em nome da ideia de totalidade, mencionamos aqui somente de maneira breve que
quaisquer teorias puramente seculares da origem do universo seriam inaceitáveis para
os que creem na Escritura. Uma teoria “secular” é qualquer teoria da origem do
universo que não contempla o Deus infinito/pessoal como responsável por criar o
universo com propósito inteligente. Assim, a teoria do big bang (em sua versão secular,
na qual Deus fica excluído) ou quaisquer teorias que sustentam que a matéria sempre
existiu seriam contrárias ao ensino da Escritura de que Deus criou o universo do nada,
e que Ele o fez para a sua glória. (Quando a evolução darwiniana é interpretada no
sentido totalmente materialista, como muitas vezes é, deveria pertencer a essa categoria
também).

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b. Evolucionismo teísta.

Desde a publicação do livro de Darwin, A origem das espécies por meio de seleção
natural (1859), alguns cristãos têm sustentado que os organismos vivos apareceram pelo
processo da evolução que Darwin propôs, mas que Deus guiou esse processo de forma
que o resultado foi exatamente o que ele queria que fosse. Esse pensamento é chamado
evolucionismo teísta porque advoga a crença em Deus (daí o nome teísta) e também na
evolução. Muitos que sustentam esse evolucionismo teísta proporiam que Deus
interveio no processo em alguns pontos cruciais, como: 1) na criação da matéria no
início, 2) na criação da forma mais simples de vida e 3) na criação do homem. Mas com a
exceção possível desses pontos de intervenção, os evolucionistas teístas sustentam que
a evolução seguiu os processos agora descobertos pelos cientistas e que esse foi o
método que Deus decidiu usar ao permitir que todas as outras formas de vida da terra
se desenvolvessem. Eles creem que a mutação casual das coisas vivas levou à evolução
das formas mais elevadas de vida porque os que possuíam uma “vantagem de adaptação”
(uma mutação que os permitia ser mais bem adaptados para sobreviver em seu
ambiente) viviam, enquanto os outros não.

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QUE É O HOMEM?
Para a filosofia grega, o homem é um "ser racional", ou melhor dito, um animal que possui
razão. Essa definição implica dizer que o homem é uma coisa cuja natureza consiste em
poder dizer o que são as outras coisas. Ou seja, a razão permite ao homem definir-se e
definir o conjunto do universo.
A Antropologia Filosófica: procura refletir sobre a concepção do homem, dos diferentes
períodos da história, da comunidade e nas diversas filosofias. A natureza muda e, assim
como tal, o homem também, isso chama-se evolucionismo. Onde encontramos duas
formas de se estuda: o Heráclito e o Demócrito. Demócrito e Heráclito, eram dois grandes
filósofos, tinham concepções diferentes sobre a condição humana. O primeiro, arrogante e
zombeteiro, ridicularizava a vida e o homem. O segundo tinha compaixão, sempre com
semblante entristecido e olhos marejados.
Para a psicologia o homem seria, aquele sujeito dotado de coragem, vigor físico e moral,
autocontrole e vida sexual ativa, características estas que justificaram a ocupação do
âmbito público e do trabalho por esses sujeitos.
Na Bíblia, Homem aparece muitas vezes na Bíblia como sinônimo de ser humano. Nesse
sentido, homem inclui pessoas tanto do sexo masculino quanto feminino, criados à
imagem de Deus, com capacidade racional, espiritual e relacional. Outras vezes, o termo
homem designa o sujeito do sexo masculino na idade adulta.

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QUAL O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO DO
HOMEM?
A Bíblia deixa bem claro que Deus criou o homem e o criou para a Sua glória (Isaías
43:7). Portanto, o propósito definitivo do homem, de acordo com a Bíblia, é
simplesmente glorificar a Deus.

Talvez uma pergunta mais difícil de responder seja a seguinte: glorificar a Deus se
assemelha a quê? Salmo 100:2-3 nos diz: "Servi ao SENHOR com alegria,
apresentai-vos diante dele com cântico. Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele
quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio."
Parte de glorificar a Deus é reconhecer quem Deus é e louvá-lo e adorá-lo como tal.

Também cumprimos nosso propósito de glorificar a Deus quando vivemos nossas vidas
em relacionamento e serviço fiel a Ele (1 Samuel 12:24; João 17:4). Já que Deus criou o
homem à Sua imagem (Gênesis 1:26-27), o seu propósito não pode ser cumprido longe
dEle. O rei Salomão tentou viver para o seu próprio prazer, mas no final da vida concluiu
que a única vida que vale a pena é uma de honra e obediência a Deus (Eclesiastes 12:13-
14).

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CRIADO À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS
O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Isto significa que o homem é
parecido com Deus ao passo de que, diferentemente de qualquer outra criatura, ele é
portador de Sua imagem (Gênesis 1:26).
O que é ser à imagem e semelhança de Deus?
Primeiro é preciso compreender a diferença entre imagem e semelhança: Imagem -
Representação de uma pessoa ou parecença; imitação, cópia. Semelhança - Em que há
ou demonstra relação ou afinidade, pontos de vista similar; que possui algo em comum,
que apresenta uma relação de conformidade.

Quando a Bíblia diz que o homem é a imagem e semelhança de Deus, ela não quer dizer
exatamente que somos fisicamente parecidos com Deus. Deus é Espírito e não possui
um corpo como o nosso (João 4:24).

Apesar disso, devemos entender que o homem, em todo o seu ser, é a imagem e
semelhança de Deus, de modo que sua plena constituição, material e imaterial (corpo,
alma e espírito), representa a Deus. O homem é uma criatura racional, pessoal (distinta),
criativa e moral, com quem o próprio Deus compartilha seus atributos comunicáveis. Ele
possui vida proveniente de Deus e potencial para se relacionar com Ele.

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