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Acadêmica: Mariana Cunha C. P.

Maria
Turma: 125 - 4AM

Compreensão do texto “E a Gestalt emerge: vida e obra de Frederick Perls”


O texto conta sobre a história de Frederick Perls, mais conhecido como Fritz Perls,
um psicoterapeuta e psiquiatra que desenvolveu a abordagem terapêutica
chamada Gestalt-terapia. Nos seus capítulos, separados por meio de “Períodos”,
retrata e contextualiza a situação do mundo durante os anos vividos por Perls e
relatando o trajeto de vida do autor, a sintetização e sistematização da Gestalt-
terapia, o aperfeiçoamento e mudanças da abordagem e a sua divulgação pelo
mundo.
A publicação do livro Gestalt-terapia – Excitement and Growth in The Human
Personality, em 1952, escrito por Paul Goodman e Ralph Hefferline, junto a Perls,
apesar deste não ter participado de toda a produção, foi considerado um marco do
nascimento da nova abordagem, a Gestalt-terapia, apesar de a sua construção ter
sido realizada muito antes e aperfeiçoada ao longo dos anos encontros e viagens
de Frederick Perls. Frederick Perls realizou diversas viagens e mudanças durante
a sua vida, onde foram exploradas temáticas como a sexualidade, tanto do próprio,
quanto das pessoas ao seu redor durante a construção dos pensamentos, ideias e
altos e baixos de sua vida pessoal e profissional. Assim, é trago a visão na
Gestalt-terapia sobre o contato e a fuga, aspectos muito presentes na história de
Perls, sendo contextualizados como “chamados orgânicos” para satisfazer alguma
necessidade presente no indivíduo.
A maior influência pessoal no trabalho de Perls, movida por um grande
ressentimento, foi a psicanálise, onde, apesar de sua admiração inicial por Freud,
ele criticou a prática psicanalítica, pois a considerava obsoleta e demorada, além
de questionar a validade da compreensão dos sintomas, pois explicar o motivo
dele poderia influenciar a pessoa a permanecer dentro do quadro neurótico.
Assim, com base nesta crítica, ele esclarece a importância da Gestalt-terapia na
compreensão do processo e do ressentimento, este que segundo Fritz “...esse tipo
de emoção reflete uma dificuldade de comunicar-se, o que por sua vez gera uma
grande e difícil situação inacabada”.  Tal a resolução destas situações está
presente em toda a abordagem, como podemos ver posteriormente no texto
quando traz sobre a demonstrações da "cadeira vazia" , técnica realizada por Perls
nos encontros com os interessados pela Gestalt-terapia no auge da sua
divulgação e aceitação, em que a pessoa se desdobra em outra para viver no aqui
e agora algum conflito, isto é, uma figura inacabada, por meio de uma cadeira
vazia colocada à sua frente, a pessoa ora "vive" a si mesma ora vive o outro, com
quem precisa resolver alguma situação inacabada.
 Frederick Perls possuía uma personalidade forte e que sempre fora considerado
um homem duro, que acreditava que o apoio é algo adquirido internamente, pois
somente assim as pessoas iriam adquirir auto-suporte para lidar com suas
demandas.  Entretanto, Perls teve seus momentos de abertura, principalmente ao
conhecer Ida Rolf, que lhe ajudou com massagens a se sentir revigorado e livre
das dores que sentia devido a sua idade avançada. A partir disto, Perls adquiriu a
capacidade de reconciliação consigo mesmo e com os outros e ânimo para
retomar a busca pelo prestígio, após passar por muitos momentos de “escuridão”,
aborrecimento, busca por si mesmo e pelo reconhecimento de seu trabalho. Fritz
acreditava definitivamente que a única coisa que tinha sentido era seguir a própria
intuição, e atender os próprios interesses, por mais arbitrários ou mal delineados
que a sociedade pudesse julgá-los. Somente seguindo esse caminho poderia
alguém saber qual era o seu "eu" autêntico, e adquirindo auto-suporte necessário
para integrar as experiências vividas e para lidar com a sua existência, destacando
o “coração” da abordagem da Gestalt-terapia: a tomada de consciência, com o
rompimento de paradigmas e a valorização da expressão da subjetividade. 

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