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METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO
QUANTITATIVO E QUALITATIVO
guia didático
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METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO
QUANTITATIVO E QUALITATIVO
guia didático
Antropóloga
Mag. Sc. em Educação e Desenvolvimento Comunitário
Mg. Ciências em Comunicação
Livro didático sobre metodologia de pesquisa em ciências sociais elaborado durante o ano sabático concedido
pela Universidade Surcolombiana ao professor
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Contente
LISTA DE FIGURAS ............................................... ................................................ ............. ................. 6
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9.1.5. Estatísticas, fontes de dados secundárias.................................. ........ ...... 148 9.2. TÉCNICAS E
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LISTA DE FIGURAS
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INTRODUÇÃO
A pesquisa científica é o instrumento mais importante de que o homem dispõe para conhecer,
explicar, interpretar e transformar a realidade. O seu desenvolvimento a partir das diferentes
disciplinas científicas é essencial para a procura de soluções para os principais problemas que
enfrenta na sua atividade social e para a geração de novos conhecimentos que a expliquem e
orientem a sua transformação. A pesquisa e o método científico também proporcionam aos
profissionais de suas respectivas disciplinas uma perspectiva de análise crítica da informação
que manuseiam e do conhecimento sobre o qual fundamentam sua atuação profissional.
O texto que se oferece constitui um guia didático para quem se inicia no processo de aprender a
investigar. Destina-se sobretudo a estudantes de comunicação social e jornalismo, com o objetivo
de apoiar a sua aprendizagem de métodos de investigação quantitativos e qualitativos aplicáveis
à sua área disciplinar, nomeadamente à realização do seu trabalho de licenciatura, uma primeira
experiência sistemática que o prepare para a sua prática profissional.
Aprender a investigar não é seguir preceitos metodológicos contidos em um manual. Tal propósito
supõe a conjunção de pelo menos três aspectos. Em primeiro lugar, é necessário desenvolver
uma atitude permanente de observação, curiosidade, indagação e crítica da realidade, de forma
a encontrar novas formas de resolver os problemas com que nos deparamos diariamente. Mas
acima de tudo, em segundo lugar, exige-se uma sólida formação geral, um domínio crescente de
conhecimentos sobre uma área específica da realidade, nomeadamente aquela sobre a qual se
pretende desenvolver a sua prática de investigação e contribuir com novos conhecimentos.
Domínio da metodologia geral de investigação. O espírito indagador e a formação teórica devem
completar-se, em terceiro lugar, com a prática investigativa para uma aprendizagem fundamentada
da metodologia de investigação. (ICFES, 1996: Guia Introdutório).
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OBJETIVOS DO LIVRO
Este texto guia de metodologia de pesquisa propõe-se como objetivos que o leitor:
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Objetivos de aprendizado:
Contente:
• Pressupostos epistemológicos. •
Aproximação à realidade e ao objecto de estudo. •
Relação sujeito-objeto. •
Objetividade. •
Processo metodológico.
2) Fases e etapas da pesquisa quantitativa
• Fase conceitual. •
Fase de planejamento e projeto.
• Fase empírica. •
Fase analítica.
• Fase de divulgação.
3) Processo e fases da pesquisa qualitativa
A pesquisa é o processo pelo qual geramos conhecimento da realidade com o objetivo de explicá-
la, compreendê-la e transformá-la de acordo com as necessidades materiais e socioculturais do
homem, em constante mudança.
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O positivismo rejeita qualquer proposição cujo conteúdo não esteja direta ou indiretamente
em correspondência com os fatos comprovados, refutando qualquer juízo de valor. O
conhecimento é válido se for baseado na observação sistemática de fatos sensíveis.
Portanto, as ciências humanas devem adotar o método das ciências científicas.
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ciências naturais, particularmente a física, a fim de alcançar o status de cientificidade. É fundamental, a partir
dessa orientação, dispensar todo tipo de enunciado pré-científico, como crenças, percepções subjetivas,
preconceitos e avaliações que distorcem o conhecimento científico. O observador deve abstrair-se
completamente de sua subjetividade sob a exigência de neutralidade de valor típica dessa abordagem.
O que importa para o positivismo é a quantificação, a medição. É pela quantificação e medição de uma série
de repetições que tendências são formuladas, novas hipóteses são propostas e teorias são construídas; tudo
- fundamentalmente - através do conhecimento quantitativo. Como não é possível contar tudo, inventou-se a
estatística, que é uma forma de abordar a totalidade, mas por meio de amostras. A estatística é uma forma de
poder quantificar tudo, sem ter de contar cada um dos elementos que compõem o todo: é a metodologia mais
adequada e coerente deste paradigma positivista (Orozco, 1997: 31).
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Por outro lado, a pesquisa qualitativa está interessada em captar a realidade social 'através
dos olhos' das pessoas estudadas, ou seja, a partir da percepção que o sujeito tem de seu
próprio contexto (Bonilla e Rodríguez, 1997: 84). O pesquisador induz as propriedades do
problema estudado a partir do modo como "os indivíduos que operam na realidade examinada
orientam e interpretam seu mundo".
Não parte de pressupostos teoricamente derivados, mas busca conceituar a realidade com
base no comportamento, conhecimento, atitudes e valores que orientam o comportamento
das pessoas estudadas. Explora sistematicamente os conhecimentos e valores partilhados
pelos indivíduos num determinado contexto espacial e temporal (Bonilla e Rodríguez, 1997:
86). Não aborda a situação empírica com hipóteses deduzidas conceitualmente, mas parte
indutivamente dos dados observados para identificar os parâmetros normativos do
comportamento, que são aceitos pelos indivíduos em contextos específicos e historicamente
determinados.
Procede por via de indução analítica a partir da observação da realidade a partir da qual o
investigador obtém os conhecimentos necessários para desenvolver corpos teóricos que
captem os esquemas interpretativos dos grupos estudados.
Os pesquisadores que utilizam métodos qualitativos recorrem à teoria, não como um ponto
de referência para gerar hipóteses, mas como uma ferramenta que orienta o processo de
pesquisa desde seus estágios iniciais. O conhecimento buscado como ponto de partida
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Por sua vez, a metodologia qualitativa afirma que a realidade não é externa ao sujeito que a
examina, existindo uma estreita relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento.
A perspectiva qualitativa da pesquisa mostra uma tendência maior de examinar o sujeito em sua
interação com o meio ao qual pertence e dependendo da situação de comunicação da qual
participa, contando com uma análise sistêmica que leva em conta a complexidade das relações
humanas. a integração dos indivíduos no todo social.
1.1.4. Objetividade
Na metodologia quantitativa, a mensuração e quantificação dos dados constituem o procedimento
utilizado para alcançar a objetividade no processo de conhecimento. A busca pela objetividade e
a quantificação visam estabelecer médias a partir do estudo das características de um grande
número de sujeitos. A partir disso, leis explicativas dos eventos são deduzidas em termos de
apontar relações causais entre eventos sociais. As explicações fornecidas são contrastadas com
a realidade factual para que sua concordância com ela defina a veracidade e objetividade do
conhecimento obtido.
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analítico, ou seja, pela fragmentação e estudo das partes que constituem o todo social.
Dada a natureza do método qualitativo, o design não estabelece um quadro fixo e imutável,
mas sim um ponto de referência que indica o que vai ser explorado (objetivos), como
proceder (a estratégia) e que técnicas vão a ser usado (a coleta de dados). ).
Embora se espere que o design seja aperfeiçoado durante o processo, nenhuma etapa
deve ser iniciada sem uma definição clara do quê, do como e uma avaliação provisória dos
resultados finais. Embora se aplique um esquema de investigação aberta que se refina,
especifica ou amplia de acordo com o que o investigador entende da situação, o processo
deve começar com um plano de trabalho referencial (Bonilla e Rodríguez, 1997: 125). Esta
deve ser formulada a partir de uma caracterização preliminar e tentativa das propriedades
da situação estudada, a partir da qual o trabalho de campo exploratório deve ser delineado
em sua primeira etapa e cujos resultados serão os critérios básicos para selecionar a
população que deve ser observada, como bem como escolher as técnicas de coleta de
dados.
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
BONILLA CASTRO, Elsy e RODRIGUEZ SEHK, Penelope. Além do dilema dos métodos.
A investigação ciências sociais. 3ª Ed. Santafé de Bogotá, Ediciones Uniandes, 1997.
Boné. 2. Métodos quantitativos e qualitativos. P. 77-1
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Objetivos de aprendizado:
Definir as fases e etapas da pesquisa quantitativa.
Contente:
1) Fase conceitual.
3) Fase empírica.
• Coleta de dados.
• Preparação de dados para análise.
4) Fase analítica.
• Análise de dados.
• Interpretação dos resultados.
5) Fase de difusão.
• Comunicação de observações.
• Aplicação de observações.
A pesquisa científica, do ponto de vista quantitativo, é um processo sistemático e ordenado que se realiza seguindo
certas etapas. Planejar uma investigação consiste em projetar o trabalho de acordo com uma estrutura lógica de
decisões e com uma estratégia que oriente a obtenção de respostas adequadas aos problemas de investigação.
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inquérito proposto. Apesar de ser um processo metódico e sistemático, não existe um esquema completo,
universalmente válido, mecanicamente aplicável a todos os tipos de pesquisa. No entanto, se é possível
identificar uma série de elementos comuns, logicamente estruturados, que fornecem direção e orientação na
hora de realizar uma investigação, que podem ser organizados em fases e etapas. É necessário esclarecer
então que as etapas indicadas não constituem um guia inflexível, pois é possível que em cada investigação
particular algumas delas se sobreponham, outras sejam intercambiáveis, não sigam a sequência linear pré-
estabelecida ou simplesmente em certas casos são desnecessários.
Seguindo Polit e Hungler (1994: 58-64), apresenta-se a seguir uma síntese das principais etapas seguidas no
planejamento e na realização da pesquisa, desde a seleção de um tema até a apresentação e divulgação de
seus resultados. É feito com o objetivo de obter uma visão global do processo de pesquisa quantitativa em
suas fases e etapas, que devem então ser abordadas com maior amplitude e detalhamento no caso de se
optar por essa perspectiva metodológica. (Veja a figura).
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O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO
problema e objetivo
Primeira caracterização do problema
Formulação de objetivos
O
N • Antecedentes do problema •
P
Conhecimentos e teorias sobre o assunto
eu
D
E A P
Quadro teórico
Qual é R
N
Teoria a
eu
base EU
O
EU
T
teórica F T
do
E
Hipóteses Variáveis O
2a FASE EU
R
problema? C C
A
T A O
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C eu
R
Desenho metodológico
A EU
O
3a FASE População e tipo de O
amostra estudo
N
Como
com
investir
Método de Procedimentos
coleta de de
dados cobrança gará ?
E
J Plano de tabulação e
E análise
C
EM
C
EU
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Uma vez que o pesquisador decide o que vai estudar, é fundamental buscar o conhecimento
que sirva de base para o que pretende estudar. Isso implica uma revisão bibliográfica específica
sobre o determinado objeto de estudo, para que o pesquisador possa formular afirmações sobre
os aspectos do problema a ser resolvido e embasá-lo teoricamente. A familiaridade com a
literatura sobre qualquer problema ajuda a identificar o que já é conhecido, o que outros
tentaram encontrar, os métodos que usaram e as dificuldades encontradas. O conhecimento de
estudos anteriores permite deduzir tópicos de pesquisa e identificar
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aspectos de um problema que precisam ser estudados mais a fundo. Assim, em certos casos, a revisão da
literatura precede a formulação do problema.
A pesquisa não surge no vácuo; via de regra, constitui uma extensão de conhecimentos e teorias anteriores.
Portanto, é crucial que o pesquisador se familiarize com o que se sabe sobre o tema e use o trabalho
existente. Uma boa revisão da literatura constitui uma base essencial para a obtenção de novos conhecimentos.
Os elementos teóricos extraídos da revisão da literatura, estudos e teorias pertinentes ao tema em estudo
constituem a base para a seleção dos fundamentos conceituais e a formulação do referencial teórico do
estudo. Nesse momento, aborda-se a tarefa de construir um referencial teórico para o problema, o que
significa ter o embasamento conceitual e as teorias já elaboradas a esse respeito, mas reelaboradas para os
propósitos específicos do estudo proposto. A estrutura teórica ou referente conceitual representa o contexto
teórico dentro do qual o problema está localizado. Resulta de uma seleção dos aspectos mais pertinentes do
corpo teórico geral referente ao tema específico escolhido para estudo. Desta forma, o problema está
vinculado a uma estrutura teórica mais ampla e fornece uma explicação geral do mesmo. Mais especificamente,
o referencial teórico inclui a localização do problema em uma determinada situação histórico-social, suas
relações com outros fenômenos, as relações dos resultados a serem alcançados com outros já alcançados,
bem como definições de novos conceitos, redefinições de outros , classificações, etc. tipologias a utilizar, etc.
A partir das hipóteses, o pesquisador antecipa uma provável explicação do fenômeno ou fato que está sendo
estudado e propõe respostas a ela. A hipótese prevê o resultado esperado e estabelece as relações que o
pesquisador espera encontrar como resultado do estudo. A hipótese indica as expectativas do pesquisador
quanto às relações entre as variáveis em estudo. As hipóteses são então suposições que permitem ao
pesquisador postular relações entre os fenômenos sob investigação, prevendo como esses fenômenos estão
relacionados. A hipótese fornece orientação e orientação para a investigação e uma abordagem mais formal
para a coleta e interpretação dos dados; Após sua verificação, é incorporado à teoria, gerando novos
conhecimentos.
Nesta fase, o pesquisador toma decisões sobre os métodos e estratégias que serão utilizados para resolver
o problema e testar as hipóteses. Da mesma forma planeje o
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recolha dos dados necessários para o efeito, especificando os detalhes e procedimentos sobre
a forma como a recolha será realizada. Este constitui o momento metodológico onde o
pesquisador descreve como irá realizar a pesquisa e compreende as seguintes etapas:
Outros tipos de estudos são estudos de caso, estudos de grupo, estudos de caso-controle,
estudos de coorte, estudos avaliativos ou de intervenção, etc., para citar apenas alguns deles,
entre os quais o pesquisador deve escolher, contando na maioria das vezes com diferentes
alternativas. O objetivo do projeto é determinar a forma como o problema deverá ser verificado,
estabelecendo os critérios gerais de verificação, o sistema de aproximação à realidade
específica considerada e a estratégia geral a ser utilizada.
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A população ou universo é o conjunto de objetos, sujeitos ou unidades que compartilham a característica que
está sendo estudada e aos quais podem ser generalizados os achados encontrados na amostra (aqueles
elementos selecionados do universo) para serem submetidos à observação. A definição da população para
um projeto de pesquisa responde à necessidade de especificar o grupo ao qual os resultados do estudo são
aplicáveis. Quando o universo é constituído por um número relativamente grande de unidades, é impossível
ou desnecessário examinar cada uma das unidades que o compõem. Nesse caso, extrai-se uma amostra, ou
seja, um conjunto de unidades, uma parcela do total que representa o comportamento do universo total. Com
o uso de uma amostra, busca-se conseguir que, ao observar uma parcela relativamente pequena de unidades,
se possam obter conclusões semelhantes àquelas que seriam alcançadas se o universo total fosse estudado.
Quando a amostra reflete em suas unidades o que acontece no universo, ela é chamada de amostra
representativa. Antes de escolher as pessoas que vão participar do estudo, é fundamental saber quais
características elas devem ter.
Para resolver o problema em estudo, o pesquisador deve definir os métodos para observar ou medir as
variáveis de pesquisa com a maior precisão possível. Após identificar as variáveis, o pesquisador deve
proceder para esclarecer o significado exato de cada uma. Isto é conseguido através do processo de
operacionalização, através do qual os conceitos teóricos e as variáveis previamente definidas são traduzidos
em indicadores mais concretos (empíricos). A medição de propriedades ou a verificação de hipóteses não
pode ser feita em altos níveis de generalidade ou abstração, mas em níveis de concretização que permitam
sua identificação na realidade. Em seguida, é necessário selecionar um método adequado para mensurá-los,
ou seja, coletar os dados.
Como parte do desenho metodológico, é necessário determinar o método de coleta de dados e o tipo de
instrumento a ser utilizado, para o qual devem ser consideradas todas as fases anteriores, especialmente os
objetivos e as variáveis do estudo. O método representa o meio ou a forma pela qual se estabelece a relação
entre o pesquisador e a pessoa consultada para a coleta de dados e o alcance dos objetivos. Entre os
métodos estão a entrevista, a observação e o questionário. O instrumento é o mecanismo utilizado pelo
pesquisador para coletar e registrar as informações. Estes incluem formulários, diretrizes de observação,
testes psicológicos, escalas de opinião e atitude, listas de verificação ou planilhas e outros. A forma, ou seja,
se se trata de entrevistas, questionários, orientações, etc., será determinada pelas técnicas específicas
escolhidas; o conteúdo (ou seja, o que perguntar, o que observar) será o resultado da operacionalização
realizada.
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Os métodos e instrumentos a serem utilizados dependem, em cada caso, de uma série de fatores
como a natureza da investigação, os recursos financeiros disponíveis, a equipe humana que
realizará a investigação e a cooperação que se espera obter do pessoas.
Deve ser feita uma distinção entre métodos quantitativos e métodos qualitativos. Os métodos
qualitativos tendem a ter estruturas flexíveis que permitem aos sujeitos plena oportunidade de se
comportar e se expressar naturalmente. Os métodos quantitativos são mais estruturados e
controlados e geralmente incluem o uso de algum instrumento formal que permite obter as
mesmas informações de cada sujeito.
Em muitos estudos, essas duas dimensões da realidade geralmente são combinadas, embora
uma ou outra prevaleça em um determinado caso.
Existem vários métodos para obter uma amostra. Uma primeira divisão é estabelecida entre
amostras probabilísticas e não probabilísticas. No primeiro tipo, a característica fundamental é
que são utilizados procedimentos aleatórios para a seleção da amostra, de forma que cada
membro da população tenha a mesma probabilidade de ser incluído nela. Os procedimentos para
amostragem probabilística são acaso simples, acaso sistemático, cluster e amostragem
estratificada. A amostragem não probabilística corre um risco maior de a amostra ser tendenciosa
ou não representativa, pois o pesquisador escolhe as unidades por circunstâncias fortuitas
(amostragem acidental) ou de acordo com certas instruções (amostragem por cota), mas sem
chance. determinar a conformação final da amostra, portanto não há como garantir que qualquer
membro da população possa ser escolhido.
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Uma vez realizadas as etapas anteriores, é necessário revisar e refinar o plano de pesquisa antes de
implementá-lo. Em qualquer circunstância, seja para submissão a uma agência para apoio financeiro ou para
avaliação para fins acadêmicos, é altamente desejável que o pesquisador tenha seus planos preliminares
revisados por pessoas externas ao projeto. Os especialistas costumam fornecer correções valiosas para
identificar falhas e erros que podem passar despercebidos pelo autor. Caso se trate de um projeto de
licenciatura, é necessário submeter o protocolo a aprovação prévia, tal como se for necessário o apoio de
alguma entidade.
O plano de pesquisa é expresso em um documento conhecido como projeto ou protocolo e serve de base
para a tomada de decisão sobre a realização ou não da pesquisa proposta em termos de relevância, viabilidade
técnica e financeira, etc. e decidir se apoia ou não a pesquisa. Serve também como guia para a realização da
pesquisa, pois o protocolo é uma garantia de que a pesquisa terá um mínimo de qualidade e que os recursos
serão utilizados de forma eficaz.
Antes de realizar a investigação, é aconselhável realizar um estudo piloto que consiste em testar o estudo
principal por meio de um estudo de pequena escala, a fim de determinar a validade dos métodos e
procedimentos utilizados. Isso é usado para obter informações para melhorar o projeto ou avaliar se ele pode
ser realizado. O estudo piloto revela revisões necessárias em um ou mais aspectos do projeto: pode sugerir
que a população do estudo foi definida de forma muito ampla, que a conceituação é inadequada em certos
aspectos ou que a hipótese não pode ser testada na forma em que foi formulado. . Também pode revelar
problemas relacionados à adequação dos métodos ou à cooperação das pessoas para os procedimentos
planejados.
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Uma vez que a pesquisa foi planejada e todas as tarefas que permitem sua implementação foram
realizadas, é hora de passar para a execução do estudo. Esta fase do estudo inclui a coleta real dos dados
e a preparação dos dados para análise. A sua duração é variável em função da natureza do projeto e das
técnicas e instrumentos a aplicar.
A recolha de dados realiza-se através da aplicação dos instrumentos concebidos na metodologia, utilizando
diferentes métodos como observação, entrevista, inquérito, questionários, testes, recolha documental e
outros. A recolha de dados é realizada seguindo um plano pré-estabelecido onde são especificados os
procedimentos de recolha, incluindo a localização das fontes de informação ou sujeitos, local de aplicação,
consentimento informado e forma de os abordar.
Também deve ser levada em consideração a preparação da comunidade ou grupo sobre o qual a pesquisa
será realizada, no sentido de criar um "clima favorável" para sua realização, de modo que o pessoal da
pesquisa seja aceito no local e facilitou a coleta de dados. Mesmo em estudos simples, atenção especial
deve ser dada à seleção e treinamento do pessoal que realizará a coleta de dados. O investigador deve
garantir a disponibilidade de material suficiente para a conclusão do estudo e que os participantes tenham
sido informados sobre o horário e o local em que sua presença será solicitada e o próprio procedimento de
identificação do sujeito.
Caso a informação requerida se encontre em fontes secundárias, como monografias, boletins estatísticos
ou censitários, etc., trata-se de aplicar o plano elaborado no desenho metodológico para a sua recolha.
Isso pode exigir a utilização de um instrumento norteador, como um roteiro de análise de conteúdo, seja
qualitativo, quantitativo ou ambos. A informação primária vem da aplicação dos instrumentos definidos e
elaborados no projeto: questionários, entrevistas, registro de comportamentos, testes objetivos, etc. A
informação recolhida no terreno supõe a implementação de procedimentos previamente definidos para
controlar a escolha das pessoas definidas na amostra, utilização das instruções para a realização das
entrevistas, controlo de qualidade da informação recolhida, etc.
Uma vez que os dados são coletados, algumas atividades preliminares são realizadas antes de fazer a
análise real dos dados. Se for, por exemplo, questionários ou guias de observação, registros de testes ou
qualquer outro instrumento de coleta,
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será necessário examinar cada um deles para analisá-los internamente, descobrindo possíveis inconsistências,
omissões ou erros e corrigindo-os, se possível. Em outras palavras, toda a massa de informações disponíveis
será sistematicamente revisada, julgando sua qualidade e o grau de confiança que cada uma merece e
selecionando aquelas que podem ser incluídas no relatório da pesquisa, aquelas que devem ser corrigidas ou
modificadas de alguma forma ( indo, se for caso disso) julgadas necessárias, a uma nova recolha) e as que,
pelas suas graves deficiências, devem ser excluídas.
Frequentemente é necessário realizar uma tarefa de codificação da informação para facilitar o seu
processamento. Consiste em atribuir números de identificação às respostas ou observações dos diferentes
sujeitos, caso não o tenha feito anteriormente; ou traduzir dados verbais em categorias ou formas numéricas.
Outra etapa preliminar é a transferência de informações escritas para arquivos de computador para
processamento eletrônico, atividade cada vez mais frequente nas pesquisas.
Concluídas as tarefas de recolha, o investigador dispõe de um determinado número de dados, a partir dos
quais será possível tirar conclusões gerais que visam esclarecer o problema formulado no início da
investigação. Mas essa massa de dados, por si só, não dirá nada, nem permitirá obter nenhuma síntese de
valor se não for previamente realizada sobre ela uma série de atividades tendentes a organizá-la, a ordenar
todo o seu conjunto. . Essas ações são as que compõem o tratamento dos dados, a partir dos quais são
submetidos a diversos tipos de análise e interpretação.
Os dados por si só não fornecem respostas às questões de pesquisa colocadas. É necessário processá-los e
analisá-los de maneira ordenada e coerente para discernir padrões e relacionamentos. Analisar significa
decompor um todo em suas partes constituintes para seu exame mais completo; a atividade oposta e
complementar é a síntese, que consiste em explorar as relações entre as partes estudadas e proceder à
reconstrução da totalidade inicial. As unidades de informação necessitam de um estudo detalhado de seu
significado e de suas relações, para que possam então ser sintetizadas em uma globalidade maior.
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A análise qualitativa integra e sintetiza informações verbais, narrativas e dados não numéricos.
A análise é o processo que dá sentido aos resultados e examina as implicações do que é observado dentro
de um contexto mais amplo. O processo de interpretação começa com uma tentativa de explicar as
observações. A interpretação envolve a comparação dos resultados da análise com os objetivos do estudo.
Em seguida, apontará as características que as distribuições de variáveis assumem, suas correlações, etc.
Caso a investigação contenha hipóteses, a análise mostrará sua confirmação ou não. Ao explicar os dados,
a teoria usada na declaração do problema e sua estrutura conceitual são usadas para deduzir dela a
explicação dos resultados ou para localizar fatores causais. Nesse momento, estabelecem-se comparações
ou relações dos resultados do estudo com outros obtidos em condições semelhantes, ou levanta-se o que foi
encontrado na revisão bibliográfica, bem como conhecimentos, experiências, ideologias e referencial geral
do pesquisador.
A pesquisa seria inútil se seus resultados não fossem comunicados a terceiros, razão pela qual o processo
termina corretamente quando o relatório final é escrito. Apresenta o histórico do problema proposto na
pesquisa, com objetivos, delineamento metodológico utilizado, resultados, dificuldades e limitações dos
dados, sugestões para a realização de novos estudos.
Existem várias formas de relatar a pesquisa: dissertações, artigos apresentados em conferências profissionais,
papers, artigos de periódicos, livros, etc.
O objetivo final da pesquisa é contribuir para a transformação da realidade em suas diferentes manifestações.
Por mais importantes que sejam os achados de uma investigação, se não forem aplicados no mundo real,
acabarão constituindo um exercício intelectual inócuo ou estéril.
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
Objetivos de aprendizado:
Contente:
Introdução
O processo de pesquisa qualitativa, em geral, não tem sido objeto de atenção prioritária entre os pesquisadores
que cultivam esse campo do conhecimento. Esse fato pode ser interpretado como expressão da diversidade
metodológica que ocorre no ambiente da pesquisa qualitativa, onde cada foco ou corrente mantém modos
próprios de proceder na atividade de pesquisa. Também pode ser entendido como uma tentativa de refletir uma
das características de alguns métodos qualitativos de pesquisa educacional: a ausência de um processo de
pesquisa no qual se possa identificar uma série de fases ou uma sequência de decisões que seguem um
processo.
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Extraído de: RODRIGUEZ, Gregorio, GIL, Javier e GARCIA, Eduardo. Metodologia do
pesquisa qualitativa. Espanha, Edições Aljibe, 1.996. Boné. III.
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Se entendermos o design no seu sentido lato de “planear as atividades que devem ser
realizadas para resolver problemas ou responder às questões colocadas” (Pérez Juste, 1985:
71), então o design torna-se uma ponte entre a investigação do problema e a solução ou
resposta isso é dado. Como apontam Denzin e Lincoln (1994), o design serve para situar o
pesquisador no mundo empírico e para conhecer as atividades que terá que realizar para
atingir o objetivo proposto.
Processo de pesquisa e projeto de pesquisa são dois conceitos que têm um significado
bastante definido no contexto da pesquisa empírico-analítica. No entanto, não podemos dizer
que na abordagem qualitativa não há um processo geral de pesquisa ou falta de desenhos.
Essas duas ideias levaram os pesquisadores qualitativos a buscar um método que lhes
permitisse registrar suas próprias observações de maneira adequada e que revelasse os
significados que os sujeitos oferecem de suas próprias experiências.
Esse método se baseia nas expressões subjetivas, escritas e verbais, dos significados
atribuídos pelos próprios sujeitos estudados. Assim, o pesquisador qualitativo tem uma janela
pela qual pode entrar no interior de cada situação ou sujeito.
No entanto, o advento do pós-estruturalismo contribuiu para compreender que não existe uma
única janela que nos permita ver com clareza. Qualquer olhar que se realize pela janela é
mediado, filtrado, pelas lentes da linguagem, gênero, classe social, raça ou etnia. Assim, não
há observações objetivas, apenas observações socialmente contextualizadas nos mundos do
observador e do observado.
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Não existe um método único pelo qual possamos alcançar e dominar as variações sutis e misteriosas do
desenvolvimento e da experiência humana. Como consequência, os pesquisadores utilizam uma infinidade de
métodos capazes de tornar a experiência em estudo mais compreensível.
Apesar desta diversidade, podemos encontrar elementos comuns que nos permitem falar de um processo de
investigação qualitativa. Nesse sentido, Denzin e Lincoln (1994) definem o processo de pesquisa qualitativa a
partir de três atividades genéricas, interligadas entre si, que receberam diferentes denominações, incluindo
teoria, método e análise, e ontologia, epistemologia e metodologia. Após cada uma dessas atividades
encontramos a biografia pessoal do pesquisador, que parte de uma determinada classe social, racial, cultural
e étnica. Desta forma, cada investigador encara o mundo a partir de um conjunto de ideias, um enquadramento
(teoria) que determina uma série de questões (epistemologia) que são examinadas de uma determinada forma
(metodologia, análise) (Denzin e Lincoln, 1994:11) .
É preciso insistir aqui novamente na ideia expressa anteriormente de que os pesquisadores, quando realizam
pesquisas qualitativas, nem sempre operam segundo um esquema de ação previamente determinado e,
quando existe tal esquema, também não é o mesmo para todos. . Nesse sentido, esperamos que o olhar do
leitor interprete a seguinte proposta que identifica as fases do processo de pesquisa qualitativa como uma
mera aproximação que tenta ordenar didaticamente o modo como os pesquisadores abordam a realidade
educacional a partir de uma metodologia qualitativa. Nosso esforço de sistematização seria, portanto,
contraproducente se essas fases fossem compreendidas como um padrão de ação obrigatório que, embora
privilegie uma primeira abordagem da pesquisa qualitativa, impede a compreensão de seus fundamentos
mais valiosos.
Na Figura 3.1 apresentamos nossa visão do que consideramos o processo de pesquisa. Procuramos expressar
através do grafo o seu carácter contínuo, com uma série de fases que não têm início e fim claramente
delimitados, mas sobrepõem-se e misturam-se, mas sempre avançando na tentativa de responder às questões
colocadas em a investigação. Consideramos que existem quatro fases fundamentais: preparatória, trabalho de
campo, analítica e informativa.
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preparatório
Trabalho de campo
Análise
Informação
Toda pesquisa qualitativa, incluindo a avaliação qualitativa, é e deve ser guiada por um
processo contínuo de decisão e escolha do pesquisador (Pitman e Maxwell, 1992: 753).
Em cada uma das quatro fases podemos diferenciar, por sua vez, diferentes estágios.
Normalmente, quando se chega ao final de uma fase, algum tipo de produto é produzido.
Assim, por exemplo, se olharmos para a figura 3.2, na qual apresentamos cada uma das
fases e etapas consideradas, a fase preparatória é composta por duas etapas: reflexiva e
projetual. Como produto final desta etapa, o pesquisador pode especificá-lo em um projeto
de pesquisa.
Na figura 3.2 podemos ver como as diferentes fases (preparatória, trabalho de campo,
analítica e informativa) se sucedem, mas de modo algum esta sucessão tem um caráter
marcadamente linear. Se olharmos para a representação gráfica, cada fase se sobrepõe à
seguinte e à anterior. Desta forma, queremos destacar como na pesquisa qualitativa o
processo se desenvolve de forma mais sutil. Quando uma fase ainda não foi concluída, a
anterior começa. Podemos contemplar este mesmo fato ao observar a representação gráfica
das diferentes etapas que constituem cada uma das fases.
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FASES E ETAPAS
DE PESQUISA QUALITATIVA
PREPARATÓRIO
PROJETO
DE INVESTIGAÇÃO
DADOS
COLEÇÃO
ACCESO ACUMULADOS
PRODUTIVO
AO CAMPO
DE DADOS
REDUÇÃO
DE DADOS ANÁLISE
ARRANJO E
TRANSFORMAÇÃO
DE DADOS
RESULTADOS
OBTENÇÃO DE
RESULTADOS E
VERIFICAÇÃO DE
CONCLUSÕES
ELABORAÇÃO
INFORMAÇÃO
DO RELATÓRIO
RELATÓRIO
DE INVESTIGAÇÃO
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Uma vez identificado o tema, o pesquisador costuma buscar todas as informações possíveis
sobre ele, enfim, trata-se de estabelecer o estado da questão, mas de uma perspectiva ampla,
sem entrar em detalhes extremos. Livros, artigos, relatórios, mas
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também experiências vitais, testemunhos, comentários, deverão ser tratados neste momento
da investigação.
Um tema de pesquisa é sempre escolhido por uma razão, por algum motivo. Nesse ponto, é
bom que o pesquisador especifique os motivos que o levaram a considerar o tema selecionado
como objeto de estudo. Estes podem ser pessoais, profissionais, sociais, científicos ou de
qualquer outro tipo. Outra das decisões com que o investigador se depara é a de escolher
entre os diferentes conjuntos de ideias e sentimentos sobre o mundo e a forma como este deve
ser estudado e compreendido, ou seja, entre as diferentes abordagens ou paradigmas. Cada
um desses conjuntos ou quadros interpretativos implica, por sua vez, uma série de requisitos
específicos para o pesquisador qualitativo, incluindo as questões que devem ser respondidas
e as interpretações a que devem dar origem.
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senso. A estrutura conceitual também permite orientar o processo de coleta e análise de dados.
Como resultado final desta etapa, o pesquisador pode ter o referencial teórico no qual desenvolverá
sua pesquisa, e que utilizará como referência para todo o estudo.
processo.
Após o processo de reflexão teórica, é hora de planejar as ações, delinear a pesquisa. Nesse sentido,
o desenho da pesquisa costuma ser estruturado em torno de questões como estas:
A escolha paradigmática feita na etapa anterior determinará em grande parte o desenho da pesquisa
qualitativa. Desde o extremo rigor, característico do paradigma positivista ou pós-positivista, ao caráter
emergente fomentado por paradigmas baseados na teoria crítica ou construtivismo.
Desde uma posição positivista, nos desenhos de pesquisa a identificação e desenvolvimento de uma
questão de pesquisa e um conjunto de hipóteses, a escolha do cenário de pesquisa, o estabelecimento
de estratégias de amostragem, bem como a especificação das estratégias e métodos de análise de
dados que irão ser usado. Os projetos positivistas tentam antecipar todos os problemas que o
pesquisador pode encontrar no campo.
Perante este tipo de conceção positivista altamente estruturada, desde as posições paradigmáticas que
se situam em torno da teoria crítica, do construtivismo ou da perspetiva dos estudos culturais,
encontramo-nos com maior ambiguidade. Não é dada tanta ênfase à apresentação de propostas
formais e bem estruturadas onde as hipóteses estão bem formuladas, as amostras perfeitamente
delimitadas, as entrevistas estruturadas e as estratégias de recolha e análise de dados pré-determinadas.
Ao contrário, o pesquisador que parte dessas posições paradigmáticas, em geral,
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Embora os observadores participantes tenham uma metodologia e talvez alguns interesses gerais
de pesquisa, as características específicas de sua abordagem evoluem conforme eles operam (...)
Até entrarmos no campo, não sabemos que perguntas fazer ou como fazê-las (Taylor e Bogdan,
1986. 31-32).
Na nossa perspetiva, consideramos que o investigador qualitativo pode enfrentar esta fase da
investigação tomando decisões numa série de aspetos que vão delimitar o processo de ação nas
fases sucessivas, embora nem sempre seja possível considerar todas as fases antecipadamente
e, portanto, adotar as decisões correspondentes. Assim, o projeto pode assumir a forma de um
documento escrito no qual estão contempladas as seguintes seções:
2. Questões de pesquisa.
3. Objeto de estudo.
4. Método de pesquisa.
5. Triangulação.
7. Análise de dados.
Para realizar o projeto, não devemos perder de vista seus diferenciais: sua flexibilidade, sua
capacidade de adaptação em todos os momentos e circunstâncias, dependendo da mudança que
ocorre na realidade educacional sob investigação.
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descritivo ou explicativo, e pode ser formulado cedo ou tarde, e pode ser modificado ou reformulado no decorrer
do trabalho de campo. Como exemplo de questões de pesquisa podemos citar as elaboradas por García Jiménez
(1991: 60) em seu estudo etnográfico:
Os primeiros passos do pesquisador são uma tentativa constante de definir o objeto de seu estudo ou, em outras
palavras, qual é o seu caso, qual é o fenômeno, evento, indivíduo, comunidade, papel ou organização sobre o
qual, dentro de um contexto limitado, vai focar o estudo. Neste sentido, o investigador tentará, por vezes nos
primeiros momentos do seu estudo e outras ao longo dele, determinar a natureza, dimensão, localização e
dimensão temporal do seu caso.
Deve ser claramente identificado o cenário ou local em que o estudo será realizado, bem como o acesso a ele,
as características dos potenciais participantes e os possíveis recursos disponíveis. A seleção de um caso
específico pode ser realizada em diferentes lugares ou localidades. Consequentemente, cada uma das alternativas
possíveis deve ser considerada. Não se trata de uma simples escolha, trata-se de o investigador decidir em qual
cenário focar. Normalmente é melhor visitar cada local e verificar qual tem maior receptividade para o estudo a
ser realizado; ou discuta com outros pesquisadores que já estiveram nesses lugares qual é a impressão deles. A
realização do estudo dependerá da escolha do cenário, pelo que esta tarefa é de extrema importância, devendo
ser solicitada a autorização de acesso ao campo com a maior brevidade possível, reunindo-se com os
responsáveis do local onde os dados serão recolhidos para garantir a sua colaboração . Frequentemente, mais
de um local é escolhido para a realização do estudo, principalmente porque isso permite a comparação e
contraste das informações obtidas.
Nessa etapa de projeto, costuma-se especificar o processo de seleção a ser realizado para garantir que o local
ou as pessoas investigadas (o cenário) sejam o mais próximo possível do ideal.
A questão dos recursos disponíveis também precisa ser considerada nesta fase . Deve ser esclarecido se está
disponível um auxílio à pesquisa ou algum tipo de subsídio.
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Qualquer método que se utilize tem um marcado caráter instrumental, já que está a serviço
das questões ou questões que foram levantadas na investigação. As perguntas determinam
os métodos. A etnografia, a fenomenologia, a teoria fundamentada... etc., são métodos que
apresentam as suas vantagens e limitações, cada um descobre aspectos que outros
mantêm velados; produz um tipo de resultado mais apropriado do que outros; e se ajusta
melhor a um ou outro tipo de dados. A responsabilidade do pesquisador reside no
conhecimento e compreensão da diversidade de métodos disponíveis e das finalidades a
que cada um serve. Um bom pesquisador não deve limitar sua formação e habilidade a um
único método, pois isso apenas limita as possibilidades do estudo. A competência do
pesquisador reside na sua versatilidade e flexibilidade metodológica, conhecendo as
possibilidades e limitações de cada estratégia metodológica.
A pluralidade metodológica nos permite ter uma visão mais global e holística do objeto de
estudo, pois cada método nos oferecerá uma perspectiva diferente. A utilização de vários
métodos pode ser realizada simultaneamente ou sequencialmente, respeitando sempre o
caráter específico de cada método e não causando mistura e desordem. Como aponta
Morse (1994a), existe também a possibilidade de utilização de métodos quantitativos, que
podem responder a algumas questões específicas de pesquisa; Dessa forma, são os dados
quantitativos que são incorporados a um estudo qualitativo. Os dados quantitativos e
qualitativos são duas formas de aproximação à realidade educativa que não se excluem
mutuamente, mas podem tornar-se facilmente integráveis (Wilcox, 1993) 1.
A utilização de vários métodos permite-nos uma triangulação metodológica, mas esta não é
a única que devemos considerar na investigação qualitativa. Devemos considerar as
seguintes modalidades de triangulação (Denzin, 1978; Janesick, 1994):
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As escolhas feitas quanto aos métodos a serem usados determinarão em grande parte as modalidades de
técnicas e instrumentos de coleta de dados. É hora de antecipar aquelas que vão ser utilizadas no estudo de
campo: observação participante, entrevista, diário, gravações em vídeo, são algumas das possíveis que o
pesquisador terá que escolher. Mais uma vez, como foi o caso com os métodos, são as questões de pesquisa
que determinarão o tipo de técnica e instrumento de coleta de informações a serem usados.
É aconselhável neste momento ter uma orientação básica sobre como a análise de dados será realizada. Trata-
se de selecionar um procedimento indutivo ou dedutivo ou ambos ao mesmo tempo, e ponderar a utilização das
ferramentas informáticas mais adequadas para o efeito, caso se decida efetuar a análise por computador.
A realização de qualquer estudo que envolva indivíduos ou instituições requer seu consentimento e aprovação.
Consequentemente, devem estar disponíveis os formulários adequados para a sua apresentação, facilitando
assim o acesso ao terreno.
Como produto final desta fase, o pesquisador pode elaborar uma proposta de pesquisa, que pode se basear no
esquema de conteúdo que apresentamos na Tabela 3.1.
Até este momento do estudo, o pesquisador permaneceu fora do campo, ou no máximo fez alguma abordagem
esporádica para colher certas informações que eram necessárias, ou iniciar um primeiro contato que permitisse
acesso confortável e fácil ao campo.
1. Página de rosto
Título completo do projeto Diretor/
coordenador responsável pela implementação Endereço
de contato
2. Página de autoria
Lista dos pesquisadores: filiação, telefone e endereço 3. Páginas de
resumo do projeto
Introdução
Finalidade ou objetivos
estado de coisas
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Importância do projeto
Relevância do projeto
consequências do projeto
questão de pesquisa
marco conceitual
Métodos de pesquisa
modalidade de estudo de caso
Técnicas de coleta de informações
Analise de dados
Protecção da privacidade
Prazo Orçamento
total 4. Referências
bibliográficas 5. Anexos
Curriculum
vitae dos investigadores Resumo dos
currículos (duas páginas por pessoa)
formulários de consentimento
Exemplos de instrumentos
6. Publicações da equipe de pesquisa
Geral
Pesquisa Relacionada
Antes de passar a comentar as etapas em que podemos dividir essa fase da investigação,
devemos considerar alguns aspectos sobre o próprio pesquisador. Se na fase de preparação
foi necessário ter em conta a formação e experiência do investigador, nesta fase do estudo
são de crucial importância algumas das suas características que permitirão o andamento da
investigação. Afinal, como nos lembra Morse (1994a), “a pesquisa qualitativa será tão boa
quanto o pesquisador” (p. 225).
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informação necessária. É preciso ser persistente, a investigação é feita passo a passo, os dados são
contrastados repetidamente, são verificados, são verificados; surgem dúvidas e a confusão deve ser superada.
O pesquisador deve ser meticuloso, cuidando de cada detalhe, principalmente no que diz respeito à coleta de
informações e seu arquivamento e organização. Deve ter uma boa preparação teórica sobre o tema em estudo
e sobre as bases teóricas e metodológicas das ciências sociais em geral e da sua área de estudo em particular.
Situado com esta disposição, o investigador tem de enfrentar nesta fase da investigação decisões relacionadas
com o acesso ao campo, a recolha produtiva de dados e o abandono do campo.
É entendido como um processo pelo qual o pesquisador acessa progressivamente as informações fundamentais
para o seu estudo. Num primeiro momento, o acesso ao terreno é apenas uma autorização que permite entrar
numa escola ou numa sala de aula para fazer uma observação, mas depois passa a significar a possibilidade
de recolher um tipo de informação que os participantes só fornecem a quem no campo, em quem eles confiam
e quem eles escondem de todos os outros. Nesse sentido, diz-se que o acesso ao campo é um processo
quase permanente que começa no primeiro dia em que você entra no cenário sob investigação (escola, classe,
associação, etc.) e termina no final do estudo (García Jiménez , 1994).
O momento mais difícil de todo trabalho de pesquisa é colocar os pés em campo pela primeira vez e saber o
que fazer naquele momento. Nos primeiros momentos da investigação, as observações podem não ser
totalmente focadas, sendo necessário que o pesquisador aprenda nos primeiros dias quem é quem e construa
um esquema ou mapa dos participantes no local e um mapa do físico distribuição. Do Palco. Em suma, trata-
se de responder a duas perguntas: onde estou?, com quem estou? O pesquisador deve aprender as regras
formais e informais de funcionamento do local.
Duas estratégias que são comumente usadas neste momento são roaming e construção de mapas. A primeira
envolve uma abordagem informal, ainda antes do contacto inicial, ao cenário que se realiza através da recolha
de informação prévia sobre o mesmo: o que o caracteriza, aspecto exterior, opiniões, características do local
e ambiente, etc. A segunda estratégia envolve uma abordagem formal a partir da qual são construídos os
esquemas sociais, espaciais e temporais das interações entre indivíduos e instituições: características pessoais
e profissionais, habilidades, organogramas operacionais, horários, uso de espaços, tipos de atividades, etc.
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Uma vez que o pesquisador tenha aprendido os papéis e as relações que existem entre os
participantes, ele está em condições de identificar os informantes mais apropriados. Um bom
informante é aquele que tem o conhecimento e a experiência exigidos pelo pesquisador, tem
capacidade de refletir, se expressa com clareza, tem tempo para ser entrevistado e está
positivamente predisposto a participar do estudo. Esses critérios podem ser usados para
realizar uma primeira seleção. A seleção secundária ocorre quando o investigador não
consegue selecionar os participantes segundo os critérios acima referidos e tem de recorrer
a outros meios como a publicidade. Nesse caso, as entrevistas realizadas podem ter pouco
a ver com o projeto.
Patton (1990) oferece algumas diretrizes para selecionar informantes com informações ricas.
A amostragem de casos extremos é usada para selecionar participantes que exemplificam
características de interesse para o estudo. A amostragem intensiva seleciona casos que são
especialistas e têm alguma autoridade sobre uma determinada experiência. A amostragem
para máxima variedade é o processo de selecionar deliberadamente uma amostra
heterogênea e observar os aspectos comuns de suas experiências, o que é útil quando você
deseja explorar conceitos abstratos. Com esta técnica de amostragem, Patton (1990) aponta
que dois tipos de dados são obtidos. Os primeiros são descrições de alta qualidade de um
caso, que são úteis para relatar o específico; e, em segundo lugar, padrões compartilhados
significativos de aspectos comuns que ocorrem entre os participantes.
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contribuir significativamente para o exemplo. Uma vez que a análise avança e é enriquecida,
podemos selecionar casos positivos e negativos.
Esta é a etapa mais interessante do processo de pesquisa; luz, ordem e compreensão estão
surgindo. Mas isso acontece graças ao esforço envolvido na investigação.
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Se você trabalhou em equipe, tem várias vantagens. Assim, possibilita abranger um maior
número de estudos de caso ou ampliar o campo de estudo; permite uma coleta de dados mais
rápida, permite diferentes perspectivas na análise de dados. Mas o trabalho em equipe tem
suas exigências: reuniões frequentes; refletir sobre as contribuições dos membros; e as relações
entre os membros da equipe devem ser boas e amigáveis.
Nesta fase é necessário assegurar o rigor da investigação. Para isso, devemos levar em
consideração os critérios de suficiência e adequação dos dados. A suficiência refere-se à
quantidade de dados coletados, e não ao número de sujeitos. A suficiência é alcançada quando
um estado de saturação de informação é atingido” e a nova informação não contribui com nada
de novo. Adequação refere-se à seleção de informações de acordo com as necessidades
teóricas do estudo e do modelo emergente.
Através das primeiras análises realizadas, surge um modelo que pode ser devolvido aos
informantes e apresentado a eles. Dessa forma, garantimos o rigor ao verificar o estudo com
os informantes. Em algumas ocasiões, estes permitirão a confirmação imediata da relevância,
adequação e validade do estudo, podendo oferecer, ao mesmo tempo, informações adicionais
para posterior confirmação do modelo. No entanto, às vezes pode acontecer que os resultados
estejam implícitos no cenário e os participantes não concordem com os resultados e possam
verificar os resultados.
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conjunto. O sinal inequívoco de que é chegada a hora de sair do campo é quando o pesquisador passa a ser
considerado parte integrante do contexto em que se encontra, quando se considera um "nativo".
Apesar de situarmos esta fase após o trabalho de campo, de forma alguma queremos dizer que o processo de
análise das informações coletadas se inicia após a saída de cena. Pelo contrário, a necessidade de uma
investigação com dados suficientes e adequados exige que as tarefas de análise comecem durante o trabalho
de campo. No entanto, por razões didáticas, colocamos como uma fase posterior.
A análise de dados qualitativos vai ser considerada aqui como um processo realizado com certo grau de
sistematização que, por vezes, fica implícito nas ações empreendidas pelo pesquisador. Nesse sentido, é
difícil falar de uma estratégia ou procedimento geral para a análise de dados qualitativos, exceto o que se pode
inferir das ações identificadas em uma análise já realizada. No entanto, com base nessas inferências, é
possível estabelecer uma série de tarefas ou operações que constituem o processo analítico básico, comum à
maioria dos estudos que trabalham com dados qualitativos. Essas tarefas seriam: a) redução de dados; b)
disposição e transformação de dados; ec) obtenção de resultados e verificação de conclusões.
Em cada uma dessas tarefas também é possível distinguir uma série de atividades e operações específicas
que são realizadas durante a análise dos dados, embora nem todas estejam necessariamente presentes no
trabalho de cada analista. Às vezes, certas atividades podem ser estendidas para constituir o processo de
análise por si mesmas ou, ao contrário, podem não ser levadas em conta no tratamento dos dados, de acordo
com os objetivos do trabalho, a abordagem da pesquisa, as características do ca o pesquisador, etc. Dentre
elas, nem sempre uma sucessão é estabelecida no tempo, podendo ocorrer simultaneamente, ou mesmo
estar presente várias delas dentro de um mesmo tipo de tarefa.
O processo de investigação culmina com a apresentação e divulgação dos resultados. Dessa forma, o
pesquisador não apenas alcança uma maior compreensão do fenômeno em estudo, mas também compartilha
essa compreensão com outras pessoas. O relatório qualitativo deve apresentar argumentos convincentes,
apresentando sistematicamente dados que apoiem o caso do pesquisador e refutem explicações alternativas.
Existem duas formas fundamentais de escrever um relatório: a) como se o leitor estivesse resolvendo o quebra-
cabeça com o pesquisador; eb) oferecer um resumo dos principais achados e, em seguida, apresentar os
resultados que suportam as conclusões.
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O pesquisador qualitativo pode ser visto como um incansável crítico interpretativo. Ele não sai de
campo depois de coletar montanhas de dados e anota facilmente suas descobertas.
Como já apontamos em outro lugar (García, Gil e Rodríguez, 1994), o próprio processo de análise é
um ir e vir contínuo dos dados. Em princípio, o pesquisador pode elaborar um texto de campo, no
qual as notas de campo são integradas aos documentos nele obtidos. A partir disso, será construído
o relatório de pesquisa, para o qual é necessário que o texto de campo seja recriado a partir do
trabalho interpretativo do pesquisador, trazendo à tona o que o pesquisador apreendeu. Mas o
relatório não é único. Dependendo dos interesses, das audiências ou do contexto, será formal,
crítico, impressionista, analítico, literário, fundamentado, etc. (Van Maanen, 1988).
Nesta fase, uma minuta pode ser entregue aos participantes, de forma que eles devolvam suas
opiniões, como mais uma forma de verificação das conclusões. Além de enviar aos participantes
uma cópia do relatório final, a melhor forma de divulgar os resultados é publicá-los em revistas
especializadas.
O investigador terá assim concluído o trabalho de investigação, o que só será possível se partir do
carácter humano e apaixonante desta tarefa, envolvendo-se, comprometendo-se com ela.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
BONILLA CASTRO, Elsy e RODRIGUEZ SEHK, Penelope. Além do dilema dos métodos.
A investigação ciências sociais. 3ª Ed. Santafé de Bogotá, Ediciones Uniandes, 1997.
Indivíduo. 4. O processo de investigação qualitativa. Páginas 119-145.
Rodriguez, Gregory, Gil, Javier e GARCIA, Edward. Metodologia de pesquisa qualitativa. Espanha,
Edições Aljibe, 1.996. Boné. III. Processo e fases da pesquisa qualitativa. P. 61-7
Antes de tudo, é preciso ressaltar que não se pode dizer que um paradigma é melhor que o outro,
ou seja, não se trata de ver que o qualitativo é o melhor e que o quantitativo é superado ou muito
criticado. Ambos permitem uma abordagem para conhecer diferentes aspectos da realidade, e
conhecê-los de maneiras diferentes. Dependendo do interesse em
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o que você quer saber, por que você quer saber, é que você pode decidir usar um método ou
outro.
Ambas as metodologias oferecem elementos importantes, têm limites e possibilidades. A
tarefa do pesquisador, em todo caso, é conhecer o potencial de cada paradigma, ser muito
claro em suas questões de pesquisa e saber qual colocar para gerar o conhecimento que
deseja.
Não é válido estabelecer uma separação nítida ou dicotomia entre as duas abordagens
metodológicas. Estas complementam-se no conhecimento, explicação e compreensão da
realidade social. Consequentemente, a pesquisa deve ser pensada a partir de um sentido de
totalidade que evite a polaridade entre categorias metodológicas não confrontadas. A realidade
social é total e as diferentes abordagens do conhecimento não só não podem ser integradas
como devem necessariamente se complementar. De qualquer forma, as alternativas
metodológicas quantitativas e qualitativas cumprem cada uma seu papel e sua seleção
depende da questão de pesquisa e do interesse que desperta o pesquisador.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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2. ORIGEM DA INVESTIGAÇÃO
Objetivos de aprendizado:
Contente:
Essas ideias de pesquisa surgem de uma grande variedade de fontes, entre as quais estão:
experiências individuais, materiais escritos (livros, revistas, jornais, teses), materiais
audiovisuais (Internet, em páginas da Web, fóruns de discussão, entre outros). ), teorias,
resultados de pesquisas, conversas pessoais, observações de fatos, crenças e até mesmo
intuições e palpites.
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Uma ideia de pesquisa pode surgir onde os grupos se reúnem (restaurantes, hospitais, bancos, indústrias,
universidades e muitas outras formas de associação).
Da mesma forma, é possível gerar ideias lendo uma revista popular, estudando em casa, assistindo televisão
ou indo ao cinema, conversando com outras pessoas, relembrando uma experiência; Ao "navegar" na
internet pode-se gerar ideias de pesquisa, ou como resultado de algum evento que esteja ocorrendo no
momento (Hernández, Fernández e Baptista; 2003).
A maioria das ideias iniciais são vagas e requerem uma análise cuidadosa para serem transformadas em
afirmações mais precisas.
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• Idéias que não são necessariamente novas, mas são novas em sua abordagem.
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Pineda (2001: 76-83) em seu ensaio O que investigar hoje sobre a comunicação na América Latina? Refere-se a
cinco grandes linhas de pesquisa que são consideradas as que mais preocupam e interessam atualmente os
pesquisadores e professores das Escolas Latino-Americanas de Comunicação Social, a saber:
1) O fenômeno da globalização em sua relação com as TICs, especialmente com a Internet e seus derivados
no campo da cultura. Da mesma forma, os impactos da globalização na comunicação, democracia e paz
na região.
3) Problemas relativos à própria carreira e à nossa prática educativa, onde são abordadas propostas sobre
currículo, ensino de jornalismo e comunicação, estudos de mercado e imagem da profissão.
As linhas de pesquisa são constituídas por um conjunto de investigações sobre um mesmo campo objeto, uma
mesma região da realidade ou área do conhecimento. É um núcleo estável de pesquisa que articula projetos
específicos, a partir dos quais se dinamizam processos acadêmicos e sociais.
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As instâncias de extensão também se articulam em torno das linhas de pesquisa, o que significa
que, além de relacionar um conjunto de investigações, produzir conhecimento, divulgá-lo,
contribui para vinculá-lo a processos de desenvolvimento social e campos acadêmicos e
pedagógicos. Dessa forma, busca-se que o conhecimento gerado não seja simplesmente um
produto armazenável, como costuma acontecer em muitos projetos de graduação.
O aluno deve consultar as linhas de pesquisa de seu próprio corpo docente e programa
acadêmico, não apenas como fonte de ideias, mas porque seu trabalho provavelmente deve
ser registrado em uma delas para obter seu aval ou receber apoio institucional. Para fins
ilustrativos, as linhas de pesquisa estabelecidas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
da Universidade Surcolombiana estão listadas abaixo:
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Essa linha também permite aprofundar o conhecimento das políticas que orientam os
modelos de desenvolvimento econômico voltados para a integração de mercados;
igualmente na natureza e no âmbito da globalização da comunicação.
Por outro lado, pretende-se investigar a cidade para propor descrições dela nos aspectos
espacial, urbano, estrutural, simbólico, ambiental; e ao mesmo tempo os mapas
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
PINEDA, Migdália. O que investigar hoje sobre a comunicação na América Latina?, na Revista
Diálogos de Comunicação. Nº 62. Felafas. Junho de 2001, Lima-Peru. pp76-83.
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Mirar:
Saber como se formula um problema e como dele derivam os objetivos, como ponto de partida para a
realização de uma investigação, bem como para a determinação preliminar da exequibilidade da sua execução.
Contente:
1) O problema de pesquisa
É uma questão que carece de resposta, que deve ser resolvida ou investigada através da aplicação do método
científico. Porque nem toda questão merece uma investigação científica; exceto aqueles que representam uma
lacuna no conhecimento e, portanto, sua resolução contribui para o seu avanço. Sua resposta só é possível
por meio de investigação sistemática e metódica.
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2. Deve expressar uma relação entre variáveis (escrever as variáveis e/ou a relação entre elas),
principalmente quando se trata de pesquisa quantitativa.
4. Deve ser viável para ser estudado de acordo com: a capacidade e interesse do pesquisador e,
disponibilidade de recursos.
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A capacidade de pagamento das pessoas, determinada por sua renda mensal, está diretamente relacionada à
qualidade dos cuidados médicos que recebem em caso de doença ?
A exposição dos eleitores aos debates na televisão dos candidatos à presidência da Colômbia está
correlacionada com a decisão de votar ou abster-se?
Quais são os fatores socioeconômicos e culturais relacionados com o desempenho acadêmico dos alunos do
programa de comunicação social da Universidade Surcolombiana durante o ano de 2011?
Uma vez identificado e definido o problema de investigação, é necessário avaliar a sua pertinência, pertinência,
viabilidade e exequibilidade, tendo em conta uma série de requisitos, entre os quais se destacam:
1. Deve proporcionar maior conhecimento científico, dar uma nova contribuição ao campo do
conhecimento, ou seja, não deve ser um problema trivial, o que significa:
• Um procedimento ou produto útil para o exercício da profissão (por exemplo, novo teste psicológico,
nova técnica de análise estatística de dados)
• Alguma nova abordagem ou ponto de vista (propor uma nova ideia relevante para o
prática profissional).
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Algumas perguntas que ajudam a determinar a novidade e a contribuição do problema selecionado são: O
estudo acrescenta algo ao corpo de conhecimento atual? Existem dificuldades ou lacunas neste tópico que
precisam ser exploradas através do estudo?
Permite verificar resultados sobre fenômenos ou fatores já estudados e depois chegar a generalizações?
Da mesma forma, os resultados esperados devem trazer algum benefício, ser úteis e ter aplicabilidade na
resolução de situações que contribuam para a melhoria do convívio social. Isso pode ser verificado fazendo as
seguintes perguntas:
Deve envolver variáveis que possam ser definidas, e que possam ser direta ou indiretamente medidas.
Deve ser livre de avaliações ou considerações morais ou éticas. Exemplo: As medidas disciplinares são
prejudiciais ao desenvolvimento da criança? Correto: Que efeitos têm as medidas disciplinares rígidas no
desenvolvimento da criança?
É necessário, portanto, determinar a existência das condições e recursos necessários para a realização do
estudo, tais como:
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• Instalações e equipamentos.
• Tempo e oportunidade.
• Disponibilidade do assunto.
• Colaboração de terceiros.
• Experiência do investigador.
• Considerações éticas.
As seguintes perguntas ajudam a verificar este ponto: Existem recursos humanos, financeiros e materiais
suficientes para realizar a investigação? É viável realizar o estudo no tempo planejado? É viável realizar o estudo
com a metodologia selecionada? O pesquisador a conhece ou a domina? Leva a responder ao problema? O
pesquisador é competente para estudar esse problema?
para. Experiência: de situações de necessidade em que aparecem dificuldades não resolvidas. Necessidade de
explicar satisfatoriamente um fato ou verificar essa explicação.
Por que as coisas são feitas dessa maneira? Eu me pergunto o que aconteceria se...? Qual abordagem servirá
melhor? Quem tem mais chances de se beneficiar disso?
Deve-se ter presente a existência de realidades sociais não estudadas ou suficientemente conhecidas, ou seja,
problemas que carecem de solução.
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Fenômenos cuja causa ou razão de ser é desconhecida ou com poucas bases etiológicas comprovadas.
4. LIMITE O PROBLEMA.
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ÿ Tempo.
ÿ Assuntos.
ÿ Recursos.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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Objetivos de aprendizado:
Identificar os antecedentes da investigação a ser realizada.
Justifique validamente a proposta de pesquisa.
Formular adequadamente o propósito e os objetivos da pesquisa a ser realizada.
Contente:
• Não investigue um tópico que já foi estudado muito a fundo. Isso implica que uma boa
pesquisa deve ser inovadora, o que pode ser alcançado tanto tratando de um tema
que não foi estudado, aprofundando-se em um que é pouco ou moderadamente
conhecido, quanto dando uma abordagem diferente ou inovadora a um problema,
ainda que tenha já foram repetidamente examinados.
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Consiste em fornecer uma breve descrição das razões pelas quais se considera válido e
necessário realizar a investigação; Essas razões devem ser convincentes de forma que o
investimento de recursos, esforços e tempo seja justificado.
Deve ser explicado por que é importante resolver o problema proposto (importância prática e/ou
teórica): a possibilidade de generalização dos dados da pesquisa, sua contribuição para a
teoria, sua possibilidade de melhorar a prática assistencial e o cuidado direto dos pacientes , e
as possíveis aplicações ou consequências do conhecimento a ser adquirido.
Da mesma forma, devem ser expressos os motivos ou razões para a sua escolha, em termos
dos benefícios ou importância do estudo do ponto de vista teórico ou prático; sua utilidade,
aplicabilidade, novidade.
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O OBJETIVO GERAL
Numa investigação, o objetivo geral constitui a realização que permite responder à questão de investigação. É uma
declaração geral que sintetiza os objetivos do estudo com suas partes e o efeito final que se espera alcançar. O usual
é que toda pesquisa tenha um único objetivo geral.
OS OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Um objetivo é a manifestação de um propósito, um fim e visa atingir um resultado, uma meta ou uma conquista
diretamente associada à natureza da investigação.
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Do ponto de vista investigativo, qualquer objetivo deve ser orientado para promover a busca
ou investigação e a geração de algum produto de utilidade social.
1. As metas começam com um verbo no infinitivo e envolvem realização. Para cada meta
deve haver apenas uma conquista. Devem referir-se ao efeito a ser alcançado, nunca
ao ambiente ou à pessoa que executa o trabalho. São declarações claras focadas
em uma ação ou fim observável. Quais são os efeitos alcançáveis e observáveis que
o autor propõe?
3. Descreva as condições em que tal resultado será alcançado ou as etapas que devem
ser realizadas para alcançá-lo. A condição é a circunstância necessária para alcançar
o resultado esperado. Isso é alcançado quando um leitor externo pode entender
rapidamente como o problema deve ser resolvido. Em que condições ou circunstâncias
tal efeito, resultado, tarefa ou comportamento deve ser alcançado?
Exemplo de objetivos:
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Objetivo geral:
Determinar por que alunos da mesma idade ou série obtêm resultados diferentes em matemática
em países diferentes e como essa variabilidade é explicada pelo contexto familiar, recursos
escolares e práticas de ensino.
Objetivo específico:
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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Mirar:
Determinar o que é um quadro teórico, o processo a seguir para a sua formulação e a sua utilidade na
investigação.
Contente:
1) Revisão da literatura.
2. Antecedentes.
4) O referencial teórico:
• Conhecimento do assunto de estudo.
• Variáveis.
• Hipótese.
A revisão da literatura envolve identificar, selecionar, analisar criticamente e relatar os dados existentes
sobre o tema de interesse.
O objetivo consiste em: 1). Expanda o conhecimento, 2). Evite falhas de planejamento, 3).
Use designs adequados e 4). Selecione ou modifique instrumentos.
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• Fonte para ideias de pesquisa. Ajuda a formular ou esclarecer um problema de pesquisa, sua maneira de
abordá-lo.
Orientação para o que já é conhecido. Ele aprende o que foi dito em campo, evitando duplicações
desnecessárias. Permite identificar estudos anteriores.
Classificação da fonte:
• Teoría o interpretación.
Fonte primária: Quando for uma escrita pessoal referente às próprias experiências, pesquisas e resultados. É a
descrição original de um estudo elaborado pelo pesquisador que o conduziu.
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Fonte secundária: Escrita cumulativa referente às experiências e teorias de outros autores. É a descrição do
estudo por uma pessoa que não participou da pesquisa, ou que é diferente do investigador original.
Organização da revisão:
Você deve refletir antes de começar a escrever e desenvolver uma estrutura para que a apresentação tenha uma
organização significativa e compreensível.
A literatura deve estar ligada de alguma forma significativa e apresentada de forma significativa.
tal que o fundamento lógico para o estudo emerge claramente.
É necessário apontar o que foi estudado até o momento, quão adequados ou confiáveis são esses estudos, quais
lacunas existem no corpo de pesquisa atual e qual contribuição o novo estudo trará.
• Estudos que tenham aplicação particular ao tema da pesquisa devem ser descritos em detalhes, incluindo
informações sobre a amostra, procedimentos de coleta de dados, observações e conclusões.
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5.2. FUNDO
Consiste em expor a forma como a pesquisa planejada se apoia em outras já realizadas neste campo.
• Orientará o leitor sobre o que já se sabe sobre o problema, e indicará o caminho pelo qual
que a pesquisa aumentará o conhecimento.
Deve incluir comentários de estudos muito seletivos e que tenham uma relação clara com os objetivos do projeto
proposto; evite "rechear" com centenas de referências de pouco interesse. Expor falhas técnicas, organizar e
sintetizar materiais, identificar lacunas no conhecimento e desenvolver uma base conceitual para o estudo.
• Trabalhe a partir de um esboço. (Refletir antes de escrever; definir a estrutura para uma organização
significativa e compreensível).
2. CONTEÚDO DA REVISÃO
• Estudos de aplicação particular ao tema da pesquisa são descritos em detalhes: amostra, procedimento
de coleta de dados, observações e conclusões.
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• Termine com um resumo ou visão geral do problema que está sendo estudado: o que foi estudado, quão
apropriada é a pesquisa, quais lacunas estão presentes; demonstrar a necessidade do estudo que
se pretende realizar.
3. ESTILO DA REVISÃO
• Adote uma linguagem experimental ou provisória ao apresentar a revisão: "nenhuma hipótese ou teoria
pode ser provada de forma conclusiva ou rejeitada por evidências empíricas."
A criação de um referente conceitual implica a criação de conceitos, que são símbolos dos fenômenos que
foram abstraídos da realidade da qual fazem parte.
É claro que os conceitos não são os próprios fenômenos. Os conceitos ganham significado colocados em um
quadro de referência em um sistema teórico. O fato e o conceito se aproximam na medida em que ambos são
abstrações, não são o fenômeno, diferem porque os conceitos simbolizam as relações empíricas e os fatos se
afirmam como relação entre conceitos. Um fato é uma "construção lógica de conceitos". A conceitualização
consiste em abstrair e generalizar as impressões dos sentidos.
Os conceitos da ciência têm que ser comunicáveis pelo esclarecimento dos elementos que os constroem, este
é o processo capital de definição, que é fundamental para o problema geral da conceituação. As definições
facilitam a comunicação entre as ciências.
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O quadro teórico representa a descrição, explicação e análise, a nível teórico, do problema central de que trata
a investigação. Ele fornece os princípios teóricos e os conceitos de suporte do trabalho de pesquisa.
O quadro teórico:
Orienta para a organização de dados ou fatos significativos para descobrir as relações de um problema
com as teorias existentes.
Seu objetivo é localizar o problema e o resultado de sua análise no conjunto de conhecimentos existentes e
orientar, em geral, todo o processo de pesquisa.
O referencial teórico ajuda a especificar e organizar os elementos contidos na descrição do problema de forma
que possam ser manuseados e convertidos em ações.
concretas.
TEORIA
• Permite a construção do objeto de estudo, dá suas referências técnicas e permite que se constitua como
"algo" real ou significativo.
• A orientação das características metodológicas do projeto, pois orienta a pesquisa na medida em que
define a forma particular de abordar o objeto, a seleção dos temas que nele se pretende apreender e
a forma de organizar a informação para a sua posterior análise.
A teoria é definida como uma abstração ou generalização de um fenômeno concreto já comprovado, que serve
como explicação do mesmo.
É uma generalização abstrata que apresenta uma explicação sistemática sobre as relações entre os fenômenos.
As teorias incorporam princípios para explicar, prever e controlar fenômenos.
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Construção intelectual que surge como resultado do trabalho científico. Atividade do espírito, diferente da práxis
(fazer, trabalhar).
"As teorias na ciência moderna destinam-se a resumir e sintetizar o pensamento existente, a fim de fornecer
explicações de fatos observados, bem como suas relações e prever a ocorrência de fatos e relações ainda não
observados, com base nos princípios explicativos incorporados na teoria". (Selltiz, Jahoda. Métodos de pesquisa
em relações sociais.)
Finalidades:
Fornece uma estrutura para prever e, por sua vez, controlar a ocorrência de
fenômenos.
Nem todo trabalho de pesquisa requer uma estrutura teórica. É o caso dos trabalhos descritivos, pois são um
primeiro passo para a modificação, esclarecimento ou complementação de uma teoria.
Neste caso, o referencial teórico pode ser substituído por uma apresentação completa e organizada da revisão da
literatura. Por outro lado, é uma exigência em um trabalho investigativo avaliativo.
A construção do referente conceitual deve ir além da simples revisão bibliográfica e da apresentação sumária de
outros escritos para transcender a um processo crítico e criativo que envolve a detecção de uma série de temas
que guardam relações teóricas entre si e que devem ser analisados e argumentado a partir da tradição teórica e
suas medidas na prática social.
O conhecimento científico é construído a partir de uma busca rigorosa (essa busca requer atividades de reflexão,
indução, dedução, interpretação e crítica) estabelecida por meio de mecanismos de confrontação e validação
sistemática que garantem sua legitimidade e a possibilidade de contraste.
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Para orientar o processo de revisão da literatura, é necessário que, a partir do problema e dos
objetivos, sejam identificados os elementos, fatores e aspectos pertinentes para fundamentar o
problema; Desta revisão extraem-se os resultados das diferentes teorias, investigações e dados
estatísticos, que na opinião do investigador se relacionam com o problema em estudo e os seus
objetivos; isso é o que anteriormente se chamava conhecimento do objeto de estudo.
Passo 2. Seleção das variáveis principais, ou seja, os elementos mais importantes para o
estudo do problema.
Com base nos elementos teóricos levantados na etapa 1 e na revisão da literatura, procedemos à
seleção das variáveis centrais e secundárias do assunto em estudo. A variável central refere-se
basicamente ao problema, e constitui a variável dependente; as secundárias são aquelas que
ajudam a explicar e analisar o problema e são chamadas de variáveis independentes.
Feita a seleção das variáveis principais, é necessário postular as hipóteses, descrever as relações
entre as variáveis identificadas; essas hipóteses contêm as suposições, proposições, explicações e
respostas aos fatos e fenômenos do problema.
A partir das relações das variáveis traduzidas nas hipóteses propostas, o próximo passo corresponde
à construção do esquema de relações; isso ajuda o pesquisador a ter uma visão geral das relações
e facilita o desenvolvimento do referencial teórico.
De acordo com todas as etapas anteriores, procedemos à organização do material para a elaboração
do referencial teórico. Pode começar com a descrição geral do problema e os elementos teóricos a
ele relacionados; então as variáveis conceituais podem ser incluídas, explicando amplamente a
relação proposta nas hipóteses; estes podem ser escritos em estilo expositivo e não
esquematicamente.
O esquema de relacionamento estabelecido (passo 4) pode ser incluído como parte do referencial
teórico, se o pesquisador considerar necessário ou se contribuir para esclarecer o referencial teórico.
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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Mirar:
Contente:
1) Hipótese:
O papel da hipótese na investigação e sua relação com as outras etapas da investigação.
processo.
• Tipos de hipóteses.
• Considerações gerais para a enunciação de hipóteses.
2) Variáveis:
• Processo de operacionalização das variáveis. •
Medição de variáveis.
6.1. HIPÓTESE
Proposição tendente à generalização que será testada por meio dos resultados obtidos a
partir de uma amostra coletada em um projeto de pesquisa. Você deve expressar a relação
entre duas ou mais variáveis e indicar claramente como vai verificar essa relação.
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• Fornece um mecanismo eficaz para expandir o conhecimento. Ela nos orienta na busca de
alguma ordem ou regularidade nos fatos que observamos.
Eles fornecem direção global para a pesquisa. Ajuda-nos a selecionar alguns fatos como
significativos e a descartar outros que consideramos carentes de significado para a
investigação.
• De uma teoria, pela qual uma suposição de processo dedutivo leva à conclusão de que, se
certas condições forem dadas, certos resultados podem ser obtidos (relação de causa e
efeito)
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• Hipóteses não direcionais: denotam uma relação, mas não estipulam a forma precisa
que ela assumirá. Por exemplo, existe uma relação entre a estimulação tátil e auditiva
e a resposta da frequência cardíaca em bebês prematuros.
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• Justificáveis, que não contradizem fatos ou teorias verificadas. Eles devem ser
fundamentados logicamente e relacionados a um corpo de teoria que o vincule ao
conhecimento científico sistemático.
A variável é uma característica ou propriedade da realidade que pode variar entre indivíduos
ou conjuntos.
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A medição refere-se à classificação de casos ou situações e suas propriedades, de acordo com certas regras
lógicas ; a classificação pode ser feita em termos de categoria ou de valores numéricos que as variáveis assumem
em uma escala. É a qualificação ou quantificação de uma variável para um dado estudo.
Classificação de variáveis:
Qualitativos: referem-se a propriedades dos objetos em estudo; eles não podem ser medidos em termos da
quantidade de propriedade presente, mas apenas a presença ou não dela é determinada. Por exemplo, sexo,
profissão, religião.
Quantitativo: pode ser medido em termos numéricos. Por exemplo, idade, peso, altura, taxas de morbidade. Eles
são divididos em variáveis contínuas e descontínuas.
a) Contínuas: podem assumir qualquer valor numérico de um intervalo. Ex: altura, peso.
b). Descontínuos ou discretos: só podem assumir valores inteiros ou um número finito de valores, pois a unidade
de medida não pode ser fracionária. Ex.: número de filhos.
Dependente: o efeito assumido, as mudanças esperadas ou produzidas pela variável independente, o resultado
atribuível à existência ou manipulação da variável independente.
Independente: as supostas causas, é a característica ou propriedade que se supõe ser o antecedente ou causa
do fenômeno estudado. Quando é manipulada pelo pesquisador, também é chamada de variável experimental.
Exemplos: Estudo do grau em que o câncer de pulmão (v. dependente) depende do tabagismo (v. independente);
Os efeitos de duas dietas especiais (v. independente) sobre o ganho de peso de prematuros (v. dependente).
Intervenientes: aqueles que podem afetar positiva ou negativamente o resultado de um estudo. Como afetam os
resultados, é necessário identificá-los para não atribuir os efeitos apenas à(s) variável(is) independente(s).
Exemplo: a aptidão e as características pessoais do aluno (v. independente) influenciam o rendimento escolar (v.
dependente). O autoconceito e a motivação influenciam o desempenho (ver participantes).
Quando se sabe da existência de um fator que tem efeito sobre a variável dependente, é fundamental controlá-lo.
Ex.: O envelhecimento é um fator que aumenta a
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mortalidade; Ao comparar a mortalidade de solteiros e casados, deve-se levar em conta a menor média de
idade dos primeiros. Para controlar o efeito da idade, pode ser utilizado um delineamento de acasalamento: a
inclusão de um solteiro de certa idade no grupo celibatário implica a incorporação simultânea de um homem
casado da mesma idade no grupo casado, neutralizando assim o efeito da idade .efeito idade. Esses tipos de
variáveis são conhecidos como controláveis.
A importância da definição precisa de conceitos básicos na pesquisa reside em evitar a ambigüidade dos
termos que podem dar origem a falsas interpretações, que podem ser observadas e medidas.
Entre os termos que devem ser definidos estão aqueles que expressam o problema e o referencial teórico; os
envolvidos nas relações estabelecidas nas hipóteses ou questões.
Definição conceitual: Expressa a ideia ou conceito que o autor tem, substituindo o referido termo por outras
palavras específicas e claras, que permitam a mesma interpretação aos leitores e facilitem o manejo por parte
do leitor das variáveis para desenvolver a investigação.
Ex: Ansiedade: medo ou medo. Peso: peso ou leveza de um objeto em quilogramas.
Definição operacional: É a especificação das atividades que o pesquisador realiza para medir ou manipular
uma variável. Especifica as atividades ou operações necessárias para sua medição ou que o pesquisador
deve realizar para coletar as informações necessárias. Ex. Peso: será medido até o quilograma mais próximo
usando uma balança de mola com os sujeitos completamente nus após dez horas de jejum.
Bem-estar do paciente: pode ser definido em termos de função fisiológica ou psicológica. No primeiro caso,
pode envolver medições da natureza da frequência cardíaca, número de leucócitos, pressão arterial,
capacidade vital, etc. No segundo, identificaria métodos pelos quais o bem-estar emocional é avaliado:
respostas do paciente a certas perguntas, comportamento do paciente observado pelo pesquisador.
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É o procedimento para traduzir conceitos e variáveis em indicadores que podem ser medidos.
INDICADOR: É um referente empírico direto, observável e mensurável que simboliza e substitui um conceito
ou variável que não é diretamente observável ou mensurável.
felicidade conjugal:
• Incidência de uso (risco de início do uso): taxa de incidência cumulativa, definida como o número de
indivíduos que iniciaram o uso da substância no último ano, dividido pelo número total de pessoas
entrevistadas e que não usaram a substância pelo menos antes do ano passado em questão
(multiplique esse quociente por cem para expressá-lo como uma porcentagem).
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DEFINIÇÕES CONCEITUAIS: especificar o significado de um termo ou variável, substituindo-o por outros termos
que permitam sua compreensão.
• Subjetividade: tendência a julgar os fatos observados e as situações que contemplamos com base na
emocionalidade ou afetividade, favorável ou adversa, que uma pessoa, um grupo, um acontecimento
desperta em nós, deixando de lado o rígido exame das razões de nosso julgamento em relação a essa
pessoa, grupo ou situação.
DEFINIÇÕES OPERACIONAIS: são proposições que especificam um procedimento para determinar o valor
numérico de uma determinada variável em casos concretos.
Uma definição operacional deve explicitar os procedimentos empíricos para realizar a identificação e medição das
propriedades objetivas indicadas no conceito.
Eles indicam diretamente o que temos que observar ou medir e quais operações levam a isso.
• Altura: a altura em centímetros que uma pessoa atinge da cabeça aos pés
quando a medimos com uma fita métrica.
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Variáveis complexas são transformadas em outras com o mesmo significado e passíveis de mensuração empírica;
a variável é decomposta em outras mais específicas chamadas dimensões; por sua vez, estes são traduzidos em
indicadores (referentes empíricos) para permitir a observação direta.
• Habitação inadequada: (quartos móveis, abrigos naturais ou locais sem paredes, construídos em adobe).
Cidades: térreo; Área rural: bahareque, guadua, cana ou madeira + chão de terra.
• Habitação com superlotação crítica: mais de três pessoas por quarto, excluindo
cozinha, banheiro e garagem.
• Domicílios com serviços inadequados: Cabeceras: sem banheiro; sem aqueduto (que sejam abastecidos
com água em rios, nascentes, carros-pipa, chuva); Descanso: sem banheiro e aqueduto; abastecimento
de água no rio, nascimento ou chuva.
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• Domicílios com alta dependência econômica: mais de três pessoas por membro
ocupado e patrão com no máximo dois anos de ensino fundamental.
• Domicílios com crianças em idade escolar que não frequentam a escola: criança entre 6 e
12 anos parente do patrão que não frequenta a escola.
Por outro lado, na pesquisa qualitativa - que pertence ao paradigma hermenêutico - o que o
pesquisador busca é revelar os dados de significado , ou seja, o significado que os fenômenos
investigados têm na cabeça das pessoas. Esses dados são subjetivos, não podem ser pesados,
medidos ou contados, então Olá. aqui eles "não fazem sentido" como uma ferramenta orientadora
para a precisão matemática. Sim, pode ser usado como uma diretriz geral para reforçar a direção
que uma investigação deve seguir, mas não é uma obrigação metodológica usá-lo e pode ser
dispensado sem problemas porque em investigações qualitativas não fazemos suposições
antecipadamente .
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As categorias são os conceitos que fazem parte da pesquisa e que precisam ser claramente
definidos. Na pesquisa, as categorias de análise surgem do referencial teórico e com elas definem
quais e quais conceitos serão utilizados para explicar o tema da pesquisa, as categorias também
delimitam quais são os limites e o escopo da pesquisa e de Organizam a coleta de dados.
Regularmente, seis ou cinco categorias são geralmente incluídas, bem como subcategorias para
cada uma delas.
• Emergência
• Formación
• Desenvolvimento
• Crise
• Ruptura
As categorias são unidades de significado que não são diretamente observáveis. As categorias são
as classificações mais básicas de conceituação e referem-se a classes de objetos sobre os quais
algo pode ser dito especificamente. (Carlos Thiebaut, Conceitos Fundamentais de Filosofia, Alianza
Editorial, Madrid, 1998.) As categorias são geralmente divididas em subcategorias. O mesmo que
os conceitos operacionais, ou seja, aqueles com os quais se trabalhará, o que é feito com base no
referencial teórico ou referencial.
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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Mirar:
Contente:
• Observação.
• Descrição. •
Explicação. •
Previsão.
• Etnografia. • Teoria
fundamentada. • Fenomenologia.
• O método biográfico e a
história de vida. • É um estudo de caso.
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A pesquisa é um processo dinâmico que envolve diferentes níveis de complexidade em que o conhecimento
é obtido de acordo com o objetivo para o qual a pesquisa foi proposta.
7.1.1. Observação.
El proceso de conocimiento científico se inicia con la observación, entendida esta no como el simple acto de
ver, tal como cotidianamente se concibe, sino como un proceso selectivo mediante el cual el investigador
delimita intencionalmente los aspectos relativos al problema sobre los cuales va a fijar Sua atenção. A
observação científica é realizada de forma racional e estruturada, de acordo com objetivos previamente
formulados e mediante a utilização das técnicas e instrumentos mais adequados ao tipo de informação a
recolher. Os resultados da observação são determinados pelo referencial teórico ou referencial adotado pelo
pesquisador, ou seja, um mesmo fenômeno pode levar à observação e a diferentes explicações de acordo
com o modelo teórico no qual o pesquisador se baseia.
7.1.2. Descrição
A segunda etapa do processo de pesquisa é a descrição, na qual procedemos, a partir das informações
obtidas, ordenar os traços, atributos ou características da realidade observada de acordo com o problema de
pesquisa proposto. A descrição permite reunir os resultados da observação numa exposição relacionada das
características do fenómeno que se estuda segundo critérios que dão coerência e ordem à apresentação dos
dados.
No nível descritivo da pesquisa, as hipóteses não são declaradas explicitamente. O objetivo da etapa
descritiva é generalizar para chegar à formulação de hipóteses, que embora nesta etapa não venham a ser
verificadas, são substanciadas, com
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com base nas informações descritas. A descrição preocupa-se principalmente com informações sobre
quantidade, localização, capacidade, tipo e situação geral do problema. A descrição leva o pesquisador a
apresentar os fatos e eventos que caracterizam a realidade observada à medida que ocorrem, preparando
assim as condições necessárias para sua explicação.
7.1.3. Explicação
A terceira etapa corresponde à explicação, entendida como o estabelecimento de relações entre os diferentes
aspectos envolvidos no problema. Explicar envolve estabelecer relações entre características de um objeto,
situação, evento, etc., para as quais é necessário usar as informações fornecidas pela descrição e as
observações que foram feitas para determinar essas características.
Se for levado em conta que os fenômenos e seus elementos não estão isolados, mas inter-relacionados, a
descrição não é suficiente para obter um conhecimento científico deles. É necessário, então, identificar os
fenômenos que intervêm no comportamento do objeto de pesquisa para explicá-lo por suas relações com o
contexto, além de seus componentes e estrutura de relações internas. A explicação representa, assim, um
passo além da descrição, pois busca estabelecer os fatores envolvidos na geração de um fenômeno em estudo.
7.1.4. Predição
Prever cientificamente não é adivinhar, mas fundamentar a ocorrência de algo que sustenta nossos julgamentos
no conhecimento adquirido por meio da pesquisa com a finalidade de prever uma série de ações que nos
permitem dominar, administrar objetivamente e controlar a realidade. Ao antecipar eventos futuros por meio da
previsão, o pesquisador pode definir ações práticas que visam fazer com que tais eventos aconteçam ou não,
obtendo assim a capacidade de resolver problemas que ocorrem em seu objeto de conhecimento. A predição
equivale ao que o pesquisador espera que aconteça a partir das ações que ele define (soluções) de acordo
com a explicação que encontra em seu objeto de conhecimento pela predição e pela observação.
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Deve-se notar que os tipos de pesquisa dificilmente são puros; eles geralmente são combinados
entre si e obedecem sistematicamente à aplicação da pesquisa. Três tipos de pesquisa são
tradicionalmente apresentados. Abouhamad1 observa que daí decorre toda a gama de estudos
investigativos realizados por pesquisadores.
Tipos de pesquisa:
Em qualquer um dos três tipos anteriores, deve-se notar que os fatos ou fenômenos que
estudamos estão relacionados ao tempo em que ocorrem.
Na história, por exemplo, os fatos escapam ao investigador porque estão no pretérito, enquanto
na descritiva os fatos com os quais o investigador lida interagem com ele, e na experimental,
uma vez que os fatos não existem na realidade, o investigador deve induzi-los e, para isso, deve
descrever o que acontecerá quando eles existirem.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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ICFES. Série: Aprendendo a investigar. Módulo 2. Unidade 1. Tipos de investigação e suas características.
Bogotá, Autor, 1989. Páginas 9-20.
Esse tipo de pesquisa busca reconstruir o passado da maneira mais objetiva e exata possível, para o que
coleta, avalia, verifica e sintetiza sistematicamente evidências que permitem tirar conclusões válidas, muitas
vezes derivadas de hipóteses.
Exemplos de investigações históricas são os seguintes:
Características
para. Esse tipo de pesquisa depende de dados observados por outros, e não pelo próprio
próprio pesquisador.
b. Esses dados são de dois tipos: FONTES PRIMÁRIAS, derivadas da observação e registro direto dos
eventos por seu autor; FONTES SECUNDÁRIAS, cujo autor relata observações feitas principalmente
por outros. Fontes primárias são evidências de primeira mão e devem ser usadas preferencialmente.
c. As fontes devem ser submetidas a dois tipos de crítica: CRÍTICA EXTERNA, que determina a
autenticidade do documento; e CRÍTICA INTERNA, que examina os possíveis motivos, preconceitos
e limitações do autor do documento que o tenham levado a exagerar, distorcer ou omitir informações.
Ao contrário da prática usual, a pesquisa histórica deve ser rigorosa, sistemática e um tanto exaustiva; não
deve ser uma coleção indisciplinada de informações inadequadas e não confiáveis.
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Como em qualquer investigação séria e ordenada, os seguintes passos devem ser seguidos nesta:
1. Definir o problema, para o qual devemos nos perguntar se o tipo de pesquisa histórica é
adequado.
PESQUISA DESCRITIVA
• Um censo populacional.
• Uma pesquisa para determinar as preferências dos habitantes de uma cidade por determinados
programas de televisão.
Características
Esse tipo de estudo busca apenas descrever situações ou eventos; basicamente não está interessado
em verificar explicações, nem em testar certas hipóteses, nem em fazer previsões. Muitas vezes as
descrições são feitas por surveys (estudos de levantamento), embora estes também possam servir
para testar hipóteses específicas e testar explicações.
2. Expresse como serão feitas as observações; como os sujeitos (pessoas, escolas, por exemplo)
vão ser selecionados para que sejam amostrais
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população adequada; que técnicas de observação vão ser utilizadas (questionários, entrevistas ou
outras) e se serão submetidas a um pré-teste antes da sua utilização; Como os coletores de dados
serão treinados?
3. Colete os dados.
Neste tipo de pesquisa, o objetivo principal é determinar o grau em que as variações em um ou mais fatores
são concomitantes com a variação em outro ou
outros fatores. A existência e a força dessa covariação são normalmente determinadas estatisticamente por
meio de coeficientes de correlação. Cabe ressaltar que essa covariação não significa que existam relações
causais entre os fatores, pois estas são determinadas por outros critérios que, além da covariação, devem ser
levados em consideração. Exemplos de investigações correlacionais são os seguintes:
• Em um grupo de alunos, determine a relação entre inteligência (QI), estado nutricional, educação e nível
de renda dos pais.
Características
c. Permite identificar associações entre variáveis, mas é necessário prevenir que sejam espúrias ou falsas,
introduzindo os controles estatísticos apropriados.
d. É menos rigoroso do que o tipo de pesquisa experimental porque não há possibilidade de manipular a(s)
variável(is) independente(s) ou de controlá-la rigorosamente.
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Conseqüentemente, não leva diretamente à identificação de relações de causa e efeito, mas leva
a suspeitá-las.
1. Defina o problema.
2. Revise a literatura.
4. Colete os dados.
Características
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b. Eles são particularmente úteis para obter informações básicas para o planejamento de
investigações maiores, pois, devido à intensidade da investigação, lançam luz sobre
variáveis, interações e processos importantes que merecem ser investigados mais
amplamente. No entanto, seus resultados são difíceis de generalizar para as
populações a que pertencem os casos, pois geralmente são escolhidas por
representarem situações dramáticas mais típicas.
Etapas da investigação
3. Colete os dados.
4. Organize os dados de uma forma coerente que reconstrói a unidade que está sendo
estudar.
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• Determinar a relação entre as características de uma campanha política, a situação do país e o sucesso
nas eleições presidenciais.
Características
para. A principal característica desse tipo de pesquisa é que o pesquisador escolhe um ou mais efeitos que
pode observar e volta no tempo em busca de possíveis causas, relações e seus significados.
c. Eles fornecem informações úteis sobre a natureza do problema: quais fatores estão associados, em que
circunstâncias, em que sequência eles aparecem. Atualmente, as possíveis relações causais que podem
ser determinadas por estudos ex post facto se beneficiam consideravelmente de técnicas estatísticas
como correlação parcial e regressão múltipla.
d. A principal fragilidade desse tipo de pesquisa é que, devido à falta de controle sobre os supostos fatores
causais, não é possível estabelecer, com uma margem de segurança aceitável, qual é a causa (ou
causas).
ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO
1. Defina o problema.
2. Revise a literatura.
3. Declare as hipóteses.
7. Colete os dados.
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5. Faça o experimento.
6. Organize os resultados de forma estatisticamente apropriada, para que o efeito possa ser
visto com clareza.
106
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• Investigar dois métodos de educação nutricional para dois grupos de mães selecionadas aleatoriamente,
em uma situação em que os instrutores escolheram voluntariamente o método a seguir.
Estudar os efeitos de um programa sobre dirigir um carro corretamente, quando os sujeitos nos grupos
experimental e de controle não são designados aleatoriamente, de forma que o grupo experimental
contenha um número desproporcionalmente grande de sujeitos fortemente motivados a aprender a
dirigir corretamente.
Características
para. É apropriado em situações naturais, onde nem todas as variáveis importantes podem ser controladas.
b. Sua diferença com a pesquisa experimental é mais de grau, pois nem todas as demandas destas são
satisfeitas, principalmente no que diz respeito ao controle de variáveis.
Etapas
As mesmas da pesquisa experimental, mas reconhecendo as próprias limitações do pesquisador nesse tipo de
pesquisa.
Até agora tentamos mostrar as características dos tipos de pesquisa e as diferenças entre eles. Uma tabela de
resumo está incluída abaixo para ajudá-lo a sintetizar essas informações.
quase-experimental
Estude as relações de causa e efeito, mas não sob condições de controle rigoroso de todos os fatores que
possam afetar o experimento.
107
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4. É artificial e restritivo.
Estudos quase- 1. Apropriado em situações naturais onde o controle
experimentais de relações causa-efeito, mas não experimental rigoroso não é possível.
sob condições de controle rigoroso de todos os
fatores que possam afetar o experimento.
108
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ICFES. Série: Aprendendo a investigar. Módulo 2. Unidade 1. Tipos de investigação e suas características.
Bogotá, Autor, 1989. Páginas 9-20.
Propósito:
• Caracterize e responda de forma conjunta e articulada: - como você se sente?, - como você pensa? e, -
como as pessoas agem?.
• Interpretar os contextos da realidade social onde decorre o quotidiano das pessoas e dos grupos.
Desenho: É a estrutura a seguir em uma investigação, exercendo o controle dela a fim de encontrar resultados
confiáveis e sua relação com as questões decorrentes dos pressupostos e hipótese-problema.
Abordagem de uma série de atividades sucessivas e organizadas, que devem ser adaptadas às particularidades
de cada investigação e que indicam as etapas e testes a serem realizados e as técnicas a serem utilizadas para
coletar e analisar os dados.
7.3.1. etnografia
O método etnográfico, que surgiu no campo do trabalho antropológico, é uma forma de pesquisa naturalística
que utiliza o sistema indutivo, ou seja, estuda casos específicos para desenvolver a teoria geral. O objetivo desse
tipo de pesquisa é descobrir e gerar teoria; não está provando nenhuma teoria dada. Procura compreender uma
comunidade e o seu contexto cultural sem partir de pressupostos ou expectativas. Isso não significa que o
trabalho do pesquisador seja de natureza empírica,
109
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Os etnógrafos, como os antropólogos, são altamente estimulados quando se envolvem em um novo estudo de
campo guiado apenas por um "quadro geral" de áreas problemáticas que se apresentam como interessantes.
Um dos aspectos mais satisfatórios da abordagem etnográfica é justamente sentir-se livre para descobrir um
problema desafiador, em vez de se sentir compelido a investigar um problema predeterminado que pode, de
fato, existir apenas na mente do pesquisador.
A etnografia está intimamente ligada ao trabalho de campo a partir do qual se estabelece contato direto com
os sujeitos e a realidade estudada. O pesquisador se desloca aos locais de estudo para investigar e registrar
os fenômenos sociais e culturais de interesse por meio da observação e participação direta na vida social do
local. O etnógrafo coleta sistematicamente descrições detalhadas de situações, eventos, pessoas, interações
e comportamentos observados; citações diretas de pessoas sobre suas experiências; atitudes, crenças e
pensamentos; da mesma forma, ele obtém extratos ou passagens inteiras de documentos, cartas, registros e
histórias de casos.
A intervenção ativa do observador na vida do grupo, da comunidade ou da instituição que investiga, supõe
abrir as portas das fontes da informação em primeira mão que pretende obter. Na sua tentativa de entrar em
um grupo ou instituição, a aproximação com pessoas-chave é decisiva para o sucesso da investigação. É
necessário que o pesquisador prepare cuidadosamente a si mesmo e o ambiente em que irá atuar.
A participação ativa como observador dentro da comunidade implica que o pesquisador busque uma
participação que não crie resistência entre os membros ou introduza distorções em seu próprio trabalho. O
pesquisador deve negociar um grau adequado de participação para obter informações relevantes para seus
propósitos de pesquisa.
As técnicas de pesquisa que acompanham os métodos qualitativos também são variadas: observação não
estruturada e participante, entrevistas em profundidade, histórias de vida, grupos focais. Ainda como exemplo,
é ilustrada a técnica de observação participante, comum aos diferentes desenhos qualitativos.
110
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
Também conhecida como "Grounded Theory" é uma metodologia de pesquisa qualitativa sistematicamente
utilizada nas ciências sociais, que enfatiza a geração de teoria a partir de dados no processo de condução da
pesquisa.
O seu nome refere-se ao facto de a construção da teoria se basear nos dados empíricos que a suportam,
seguindo um procedimento de análise indutivo.
É um método de pesquisa que opera de forma quase inversa aos tradicionais e a princípio pode parecer em
contradição com o método científico. Em vez de iniciar a investigação com a formulação de uma hipótese, o
primeiro passo é a coleta de dados, por meio de uma variedade de métodos. A partir dos dados coletados, os
pontos-chave são marcados com uma série de códigos, que são extraídos do texto. Os códigos são agrupados
em conceitos semelhantes, a fim de torná-los mais gerenciáveis. A partir desses conceitos, são formadas
categorias, que são a base para a criação de uma teoria ou hipótese de engenharia reversa. Isso contraria o
modelo tradicional de pesquisa, em que o pesquisador escolhe um referencial teórico, e só então esse modelo
é aplicado ao fenômeno estudado.
A teoria fundamentada é um método de pesquisa qualitativa que, por meio de certos procedimentos
interpretativos e de codificação, constrói indutivamente uma teoria sobre um fenômeno. Do ponto de vista
metodológico, faz parte da tradição do pragmatismo e do interacionismo simbólico norte-americanos. Pressupõe
que o pesquisador deve entrar em campo se realmente quiser saber como estão
111
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coisas, reconhece o papel ativo que as pessoas têm na formação do mundo em que vivem,
atribui grande importância ao significado e à ação das pessoas, etc.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
7.3.3. fenomenologia
De acordo com de la Cuesta (2006):
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entrevistas fenomenológicas com a particularidade de que deve ser realizada mais de uma
entrevista com cada informante. Na análise, indaga-se sobre um fenômeno particular, depois
sobre suas essências gerais para, por fim, apreender as relações entre as essências (Oiler,
1986). Os achados fenomenológicos são apresentados em forma de narrativa ou em temas
com subtemas; um bom estudo fenomenológico "toca a alma" do leitor. (Campo e Morse,
1985).
Métodos são ferramentas, não fins em si mesmos. A escolha feita pelo pesquisador deve ser
consistente com a questão de pesquisa, se a validade do estudo não for ameaçada. A
utilização dessas ferramentas requer conhecimento de suas bases teóricas; a pesquisa
qualitativa vai além dos procedimentos, o que torna um estudo etnográfico, grounded theory
ou fenomenológico é a intenção do pesquisador, ou seja: sua perspectiva teórica.
113
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
114
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gênero narrativo que é usado nas ciências sociais, por exemplo, na sociologia e na antropologia como método
de pesquisa.
Biografia: versão escrita da vida de uma pessoa. É uma das formas mais antigas de expressão literária.
Idealmente, o autor indica fatos da vida do sujeito como: nascimento e morte, estudos, ambições, conflitos,
ambiente social em que se desenvolveu, trabalho, relacionamentos e anedotas, entre outros.
Autobiografia: gênero literário que se apresenta como a biografia de uma pessoa real feita por ela mesma.
Na autobiografia, o autor, o narrador e o personagem principal têm o mesmo nome.
Diário: é sem dúvida uma forma de autobiografia, é feito dia após dia, coisas reais são escritas ou não, e
pertence à literatura confidencial.
História de vida: constitui o texto final que chega às mãos do leitor. É o resultado de um processo de edição
em que a iniciativa e o trabalho correspondem ao investigador, mas em que o sujeito biografado tem direitos
de coautoria e, por isso, pode introduzir critérios ao nível do estilo e da informação que é publicados, que o
pesquisador deve levar em conta e respeitar. A edição de uma história de vida, feita a partir de relatos
biográficos e do uso de outros documentos pessoais, envolve basicamente: (1) Ordenar as informações
cronológica e tematicamente, (2)
Corte as digressões e repetições, (3) Ajuste o menos possível o estilo oral do informante para que seja
aceitável para ele, (4) Introduza notas ao longo do texto que contextualizem e/ou façam referência a outras
partes do texto.
Histórias de vida cruzadas: Trata-se de um olhar múltiplo centrado num único objeto, que normalmente
consistirá numa formação social de pequenas dimensões demográficas (geralmente uma aldeia, mas onde
cabem muitos outros objetivos: uma seita, uma irmandade, um bairro urbano ou um Associação).
Histórias de vida paralelas: Este tipo de procedimento utiliza narrativas biográficas quando o objeto de
estudo consiste em unidades sociodemográficas muito grandes; trata-se de construir uma única história a partir
de muitas histórias diferentes.
Por que escolher o método biográfico? A escolha desse método pode favorecer abordagens interdisciplinares
e possibilitar a superação de visões fragmentárias da ciência,
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técnica ou arte. As biografias recolhem as experiências vividas por uma pessoa e os seus
sentimentos, mas fundamentalmente, a escolha das memórias, as formas de as interpretar, as
suas crenças e valores. Nas biografias encontramos pontos de viragem ou marcos que nos
permitem compreender com maior profundidade os contextos em que essa vida se inscreve.
Eles reconstroem o contexto de uma época ou de uma comunidade científica ou cultural a
partir da perspectiva interpretativa das pessoas envolvidas.
Na escola, o método biográfico também se instala com sentido de exemplaridade e, por isso,
adquire força moral.
Hoje existe uma terminologia redundante e por vezes polissêmica que pode dificultar a
compreensão do leitor a que nos referimos em cada caso. Os termos mais utilizados neste
campo são biografia, domínio geral de qualquer trabalho humanístico ou científico social
voltado para o estabelecimento de trajetórias pessoais, sejam elas baseadas em fontes orais
ou escritas; autobiografia, é quando personagens pertencentes a culturas não alfabetizadas
contam as passagens de suas vidas ao etnógrafo, onde o etnógrafo deve transcrever a história
para outro idioma e deve respeitar a (validade e estilo original; história de vida, é uma forma
de autobiografia que consiste em incumbir um informante de escrever sua história de vida,
com base em instruções breves e claras e em troca, normalmente, do pagamento à vista de
certa quantia em dinheiro; relato biográfico (récit de vie ou história de vida) entendemos como
o literal registo das sessões de entrevista que o etnógrafo realiza com o sujeito entrevistado.
que tem, sobretudo, um valor afetivo ou simbólico para o sujeito analisado, juntamente com a
função de desencadear o processo de rememoração de eventos passados e a fonte oral com
destaque especial para o uso de depoimentos orais.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ANDER-EGG, Ezequiel. Métodos e técnicas de pesquisa social Vol. IV. Técnicas de coleta
de dados e informações. México, Lumen, 2003. Cap. 11. História de vida.
Páginas 279-293.
116
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O estudo de caso é o exame intensivo e aprofundado de vários aspectos do mesmo fenômeno ou entidade
social. Ou seja, é um exame sistemático de um fenômeno específico, como um programa, um evento, uma
pessoa, um processo, uma instituição ou um grupo social. Um caso pode ser selecionado porque é
intrinsecamente interessante e é estudado para obter o máximo entendimento do fenômeno. Os estudos de
caso referem-se à análise de uma entidade singular, fenômeno ou unidade social e fornecem uma descrição
intensiva e holística do mesmo. Seu objetivo fundamental é entender a particularidade do caso, na tentativa
de conhecer como funcionam todas as partes componentes e as relações entre elas para formar um todo.
A maior parte da literatura sobre o estudo de caso o coloca dentro da estrutura da pesquisa qualitativa e da
investigação naturalista. Isso não significa que dados quantitativos não possam ser usados em um estudo de
caso, mas sim que seu significado e lógica fazem parte de uma visão global da pesquisa qualitativa onde o
que interessa é entender o significado de uma experiência. Em contraste com a pesquisa quantitativa, que
decompõe um fenômeno para examinar seus elementos (que serão as variáveis do estudo), a pesquisa
qualitativa se esforça para entender como todas as partes trabalham juntas para formar um todo. (PEREZ
SERRANO, 1994).
O estudo de caso é como um processo que tenta descrever e analisar frequentemente alguma entidade à
medida que se desenvolve ao longo do tempo em termos qualitativos, complexos e abrangentes. É
caracterizado por:
• Descrição e análise intensiva e holística de uma entidade, fenómeno ou unidade social singular,
enquadrada no contexto social onde ocorre.
• Os casos podem ser grupos (famílias, comunidades, etc...) ou pessoas (histórias de vida), um programa,
um evento, um processo, uma instituição.
117
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• Embora privilegie o trabalho empírico, requer um referencial teórico para analisar e interpretar os dados
recolhidos nos casos estudados.
Estudo de caso descritivo. Este apresenta um relato detalhado do caso eminentemente descritivo, sem
fundamentação teórica ou hipóteses anteriores. Geralmente fornece informações básicas sobre programas e
práticas inovadoras.
Estudo de caso interpretativo. Fornece descrições densas e ricas com o objetivo de interpretar e teorizar sobre
o caso. O modelo de análise é indutivo para desenvolver categorias conceituais que ilustrem, ratifiquem ou
contestem pressupostos teóricos divulgados antes da obtenção da informação.
Estudo de caso avaliativo. Este estudo descreve e explica, mas também é orientado para a formulação de
juízos de valor que constituem a base para a tomada de decisões.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ANDER-EGG, Ezequiel. Métodos e técnicas de pesquisa social Vol. IV. Técnicas de coleta de dados e
informações. México, Lumen, 2003. Cap. 13. Estudo de caso.
Páginas 311-320.
BARRIO DEL CASTILLO, Irene e outros. O estudo de caso. Universidade Autónoma de Madrid http://
www.uam.es/ personal_pdi/ stmaria/ jmurillo/ InvestigacionEE/.
Presentaciones/ Est_Casos_doc.pdf, janeiro de 2012.
PEREZ SERRANO, Glória. Pesquisa qualitativa. Desafios e perguntas. Madri, A Muralha. SA, 1994.
Capítulo III. O método de estudo de caso. Aplicações práticas.
Página 79-136.
RODRIGUEZ, Gregório, GIL, Javier e GARCIA, Eduardo. Metodologia de pesquisa qualitativa. Espanha,
Edições Cisterna, 1996. Projeto de pesquisa qualitativa: o estudo de caso. Páginas 90-100.
118
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É um método para lidar com material narrativo qualitativo, mas também um procedimento que permite a
quantificação. Em linhas gerais, é uma técnica de pesquisa para a análise sistemática do conteúdo de uma
comunicação, seja ela oral ou escrita. Pode ser utilizado em materiais como jornais, cartas, cursos, diálogos,
relatórios, livros, artigos e outras expressões linguísticas. As unidades de análise para expressões verbais são
diversas, mas uma das mais úteis são os temas, que abrangem ideias ou conceitos e pontos, que se referem
à mensagem completa. Após o pesquisador escolher sua unidade de análise, ele desenvolve um sistema de
classificação para permitir a categorização das mensagens de acordo com seu conteúdo. Desta forma é
possível analisar os dados codificados por procedimentos qualitativos ou numéricos.
Existem diferentes tipos de análise de conteúdo entre os quais é pertinente citar, de acordo com os propósitos
deste guia, a análise de conteúdo qualitativa que permite, por exemplo, verificar a presença de temas, palavras
ou conceitos no conteúdo. E a análise de conteúdo quantitativa que visa quantificar os dados, estabelecer a
frequência e comparações da frequência de aparecimento dos elementos retidos como unidades de informação
ou significado (palavras, partes de frases, frases inteiras, etc.). Na análise quantitativa, o importante é o que
aparece com frequência; frequência é o critério. A análise quantitativa reduz o material estudado a categorias
analíticas a partir das quais podem ser produzidas distribuições de frequência, estudos de correlação, etc. Na
análise qualitativa, o importante implica a novidade, o interesse, o valor de um assunto, ou seja, sua presença
ou sua ausência; interpreta o material estudado com o auxílio de algumas categorias analíticas, destacando e
descrevendo suas particularidades.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ANDER-EGG, Ezequiel. Métodos e técnicas de pesquisa social Vol. IV. Técnicas de coleta de dados e
informações. México, Lumen, 2003. Cap. 9. Análise de conteúdo.
Páginas 243-258.
VALLES MARTINEZ, Miguel S. Técnicas qualitativas de pesquisa social. Reflexão metodológica e prática
profissional. Madri, Síntese, 2000. Cap. 4. Pesquisa documental: técnicas de leitura e documentação. Páginas
109-139.
119
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Assume também, e em coerência com isso, alguns compromissos com a realidade social como
a necessidade de fazer uma Psicologia da teoria e da práxis, a consideração do profissional
como agente de transformação social, a relação com o desenvolvimento da consciência e
reconhecimento social do caráter histórico e cultural dos fenômenos psicológicos e sociais.
Como prática, o IAP assume certos pressupostos ideológicos (Serrano, 1989) como a
neutralidade de valores não é uma possibilidade para o ser humano, portanto, quando o
profissional expressa os valores que norteiam seu trabalho, está de fato facilitando sua
avaliação por outros .pessoas. Supõe também que o compromisso do pesquisador é com as
pessoas investigadas e que os processos de intervenção e pesquisa são simultâneos e
indissociáveis. Na prática e como prática, o IAP também tem as seguintes características: a
pesquisa é produzida em um espaço histórico específico, a pesquisa é propriedade dos
investigados, o investigador desempenha o papel de pessoa que está inserida em um
comunidade, A pesquisa é um processo dialógico em que o diálogo é uma categoria ao mesmo
tempo social e epistemológica; o processo de pesquisa deve romper a relação de dependência
intelectual e substituí-la por um modelo de relacionamento horizontal com as pessoas
investigadas (Serrano, 1992).
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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121
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8. SELEÇÃO DA AMOSTRA
Metas:
Descrever os tipos de amostra e as etapas que devem ser seguidas na sua seleção thanato
em estudos quantitativos e qualitativos.
Contente:
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Uma população também pode ser composta de itens como registros médicos, registros
médicos, certidões de óbito.
Os eventos biológicos geralmente não são estudados na totalidade dos indivíduos de uma
área, mas em uma fração dessa população chamada de amostra.
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POPULAÇÃO E AMOSTRA
CONJUNTO DE ELEMENTOS
AMOSTRA
QUE APRESENTA UM AC
CARACTERÍSTICA OU CONDIÇÃO
EXTRAÇÃO
PARTE DO ELE
AMOSTRA
MENTOS OU SUBCON
JUNTO COM UM PO
BLATION O QUE É
SELECIONE PARA O
ESTUDO DA ESA
POPULAÇÃO GENERALIZAÇÃO CARACTERÍSTICAS O
DE DESCOBERTAS DOENÇA
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TIPOS DE AMOSTRAGEM
PROBABLÍSTICO NÃO
seleção aleatória PROBABLÍSTICO
Julgamento do investigador
ALEATÓRIO
SIMPLES
POR CONVENIÊNCIA
Intencional
SISTEMÁTICA
POR TAXAS
Acidental
ESTRATIFICADO
CONGLOMERADO
Nas amostras não probabilísticas, a seleção não depende do acaso, os elementos são escolhidos de
acordo com características definidas pelo pesquisador ou pela pesquisa, ou seja, depende das
decisões das pessoas, portanto, geralmente são viesadas.
A escolha entre uma amostra representativa ou não, ou uma amostra probabilística ou não, depende
dos objetivos do estudo, do tipo de pesquisa e da contribuição que se pretende dar com o referido
estudo.
Quando a amostra é probabilística, o tamanho da amostra deve ser calculado previamente, então
qualquer um dos seguintes métodos é usado para selecionar as unidades amostrais.
1. Amostra aleatória simples: é a mais simples que só o acaso decide. Métodos de loteria, ou
números aleatórios, são usados para selecionar itens; as conclusões podem ser para toda a
população se a amostra for representativa.
Exige uma listagem dos elementos da população ou um mapa da área, quando a unidade de
amostragem for o domicílio.
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3. Amostra estratificada: esse tipo de amostra geralmente é usado para controlar variáveis
de confusão (vieses), o procedimento é o seguinte:
Uma amostra estratificada não proporcional também pode ser obtida, quando proporções iguais
são atribuídas a todos os estratos.
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" Amostras não probabilísticas ou também chamadas amostras dirigidas supõem um procedimento
de seleção informal e um tanto arbitrário", são utilizadas em muitas investigações, especialmente
aquelas que requerem a seleção de sujeitos com uma determinada característica, especificada no
enunciado do problema. Esses incluem:
2. Definição da população.
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Usando a seguinte fórmula, o tamanho da amostra pode ser calculado, quando os dados são
conhecidos como médias em populações infinitas:
n = Z2 ÿ 2 /e2
Z: Equivale ao nível de confiabilidade dos dados, está muito de acordo com o erro dos dados que se
aceita, ou seja, alfa ou beta.
n: Z2 pq /{(e2+(Z2 pq /N)}
Essa fórmula é usada para calcular o tamanho da amostra quando dados como taxas ou proporções
de um evento na população finita são conhecidos; portanto, a fórmula inclui o fator de correção em
seu denominador.
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Com esses dados, usando um pacote estatístico como o Epi-info, o tamanho da amostra pode ser calculado
para estudos descritivos ou analíticos (casos e controles ou coortes).
Depois de calculado o tamanho da amostra, procedemos à seleção das unidades amostrais utilizando os tipos
de amostragem previamente analisados.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
Pesquisadores qualitativos tendem a evitar amostras probabilísticas, pois o que buscamos são bons
informantes, ou seja, pessoas informadas, lúcidas, reflexivas e dispostas a conversar bastante com o
pesquisador. Existem vários projetos de amostragem não probabilística usados em estudos naturalísticos:
Amostragem de avalanche ou bola de neve. Consiste em pedir aos informantes que recomendem potenciais
participantes. Também é chamada de amostragem nominal, amostragem de bola de neve ou amostragem em
cadeia. É mais prático e eficiente que o anterior em termos de custo, além disso, graças à apresentação feita
pelo sujeito já inserido no projeto, é mais fácil estabelecer uma relação de confiança com os novos participantes,
também permite o acesso para pessoas difíceis de identificar. Finalmente, o pesquisador tem menos dificuldade
em especificar as características que deseja dos novos participantes. Esse processo de seleção conhecido
como bola de neve é baseado na
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redes sociais naturais, ou seja, é por meio de amigos, parentes, contatos pessoais e
conhecidos que os atores investigados são acessados.
Como inconvenientes temos a possibilidade de obter uma amostra restrita devido à reduzida
rede de contatos. Além disso, a qualidade dos novos participantes pode ser influenciada pelo
fato de os sujeitos que eles convidaram confiarem no investigador e desejarem genuinamente
cooperar.
A seleção é pautada por critérios que o pesquisador define em cada situação particular de
acordo com os interesses do estudo e a situação social que deseja conhecer ou reconstruir.
Nesse tipo de amostragem, uma série limitada de entrevistas ou grupos de falantes são
selecionados para representar casos extremos (servem para ter os traços ou comportamentos
limítrofes de uma classe ou grupo), exemplares (são usados para visualizar
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certas características já conhecidas) ou típicas (permitem descrever os traços dos sujeitos mais
repetidos de uma população caracterizada pela homogeneidade interna) em relação a certas
práticas sociais.
Glaser e Strauss (1967: 45) descrevem essa estratégia assim: “Amostragem teórica é o
processo de coleta de dados para gerar teoria por meio do qual o analista coleta, codifica e
analisa seus dados juntos e decide quais dados coletar a seguir e onde encontrá-los. it. , para
desenvolver sua teoria à medida que ela surge. Este processo de coleta de dados é controlado
pela teoria emergente.
Associado ao conceito de amostragem teórica está o de saturação, que consiste no fato de que
na coleta e interpretação de dados sobre uma determinada categoria, um ponto de retornos
decrescentes é atingido ao longo do tempo; novas entrevistas não acrescentam nada ao que
você já sabe sobre uma categoria, suas propriedades e sua relação com a categoria central.
Quando isso ocorre, a codificação dessa categoria é interrompida.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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Metas:
Contente:
132
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O processo de coleta de dados para uma investigação é realizado por meio da utilização de métodos e
instrumentos, que são selecionados conforme se trate de informações quantitativas ou qualitativas. Alguns
procedimentos são diretos, como observação e entrevista, enquanto outros são indiretos, como questionários
e formulários. O método selecionado depende dos objetivos e desenho do estudo, bem como da disponibilidade
de pessoal, tempo e recursos financeiros. Um fator importante a ter em conta na seleção do método de recolha
de dados é a intenção do investigador em produzir informação quantitativa tendente a medir os fenómenos
com um certo grau de precisão, ou o desejo de aprofundar a sua compreensão do ponto de vista de uma ponto
de vista qualitativo. Estudos que visam a explicação, previsão e controle técnico são baseados em métodos
empírico-estatísticos; Os estudos histórico-hermenêuticos e os estudos crítico-sociais, por outro lado, enfatizam
metodologias mais qualitativas para orientar a compreensão, interpretação e/ou transformação dos processos
sociais. Em qualquer caso, aceita-se a necessária complementaridade de métodos quantitativos e qualitativos
para compreender o comportamento humano. Muitas áreas de pesquisa são enriquecidas pela mistura de
dados quantitativos e qualitativos de forma fundamentada.
Para fins de explicitação do significado atribuído aos conceitos de método e instrumentos, cabe ressaltar que
o método refere-se ao meio ou caminho pelo qual se estabelece a relação entre o pesquisador e o consultado
para a coleta de dados e a obtenção de objetivos. os objetivos do seu estudo, como a entrevista, observação
e questionário. O instrumento é o mecanismo utilizado pelo pesquisador para coletar e registrar informações,
como é o caso de formulários, testes psicológicos, escalas de opinião e atitude, checklists ou planilhas, entre
outros. É comum que um estudo requeira informações quantitativas e qualitativas, o que implica a utilização
de mais de um método de coleta de dados.
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É talvez o método mais comumente usado para coletar dados quantitativos, embora outros métodos, como
questionários autoaplicáveis, também possam ser usados.
A entrevista é um método destinado a obter respostas verbais a situações diretas ou telefônicas, entre o
entrevistador e o entrevistado. Uma entrevista estruturada é aquela que utiliza um questionário (ou roteiro de
entrevista) para garantir que todos os entrevistados recebam as perguntas de maneira padronizada, ou seja, da
mesma forma e na mesma ordem. O conteúdo exato de cada pergunta é previamente especificado e deve ser
apresentado da mesma forma para cada entrevistado.
para. Facilita a comunicação direta, sendo apropriado, por exemplo, para coletar informações com crianças
ou analfabetos.
PESQUISA DE OPINIÃO
Os estudos que coletam dados entrevistando pessoas são chamados de pesquisas. Se os respondentes
constituem uma amostra representativa da população, esses estudos são chamados de pesquisas por amostragem.
O método de pesquisa é adequado para estudar qualquer fato ou característica que as pessoas estejam dispostas
a relatar. A sua utilização pode assumir-se sob diferentes abordagens: pesquisa descritiva; investigações
comparativas e avaliativas complementadas com observações ou outros tipos de medições; estudos retrospectivos,
exceto para estudos históricos, e experimentais, embora não seja o mais indicado.
TIPOS DE PESQUISAS
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De acordo com o desenho básico adotado pelas pesquisas, elas podem ser classificadas como:
c. Estudos multifatoriais.
• É individualista.
• Estático.
Etapas da pesquisa:
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• Forma de candidatura.
• Preparação da forma.
• Supervisão.
É um formato resolvido por escrito pelos próprios sujeitos da pesquisa. Tem a vantagem de reduzir os vieses
causados pela presença do entrevistador, é um formato simples que facilita a análise e reduz os custos de
aplicação. Entre suas desvantagens, vale destacar que o pesquisador perde o controle da sequência de respostas
e apresenta menor percentual de respostas.
PERGUNTAS DO FORMULÁRIO
As perguntas em um formulário podem ser classificadas de acordo com sua forma em: perguntas abertas,
perguntas fechadas ou dicotômicas, perguntas de múltipla escolha, perguntas respondidas por fãs e perguntas de
estimativa. De acordo com o tipo em:
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Perguntas abertas: Permita que os sujeitos respondam com suas próprias palavras.
Perguntas abertas:
Eles fornecem informações mais ricas e amplas, fornecem uma variedade maior de
respostas
Questões fechadas (alternativas fixas): Oferecem ao entrevistado respostas alternativas, para que ele
escolha aquela que mais se aproxima da resposta “correta”.
a) Dinheiro próprio
b) Dinheiro da família
c) Trabalho
d) Bolsa
e) Prestamos
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• A interpretação dos resultados é mais uniforme. Eles não são afetados pelo
prolixidade dos entrevistados.
Perguntas com leque ou resposta ranqueada: Permitem responder indicando uma ou várias respostas ou
ordenando-as de acordo com sua importância.
Por exemplo, qual dos seguintes aspectos requer mais atenção na comunidade?
(Indique os cinco problemas que considera mais importantes):
____Escolas ____Telefones
____Industrias ____Mercados
____Bibliotecas ____Maternidade
Você pode solicitar a ordenação das respostas de acordo com a importância que o entrevistado atribui a ela,
indicando: coloque 1 antes do que você considera a necessidade mais importante; um 2 à frente do próximo
mais importante e assim por diante.
Matriz de perguntas (questionário em forma de lista): Ordenação bidirecional em que várias perguntas são
listadas ao longo de uma dimensão (geralmente na vertical) e as alternativas de resposta são indicadas na
outra:
Aqui estão algumas das características dos dispositivos de controle de natalidade que são de importância
variável para pessoas diferentes. Qual a importância deles para você na escolha de um método
anticoncepcional?
138
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2. Custo
3. Facilidade de uso
4. Eficácia
5. Sem interferência
na espontaneidade
6. Segurança para
quem o utiliza
7. Segurança para o
parceiro
()E
( ) Não
()E
( ) Não
( ) Aprovação total
( ) Reprovação total
139
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Ficou interessado em conhecer a Lei 100 e seus dispositivos normativos? (Graduação do maior
para o menor)
( ) Bastante
( ) Algo
( ) Pedaço
( ) Nada
( ) Não sabe
Variante: peça ao respondente que coloque uma marca em uma linha graduada, de acordo com a
intensidade de sua opinião.
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Perguntas de índice ou perguntas de teste: Para obter informações sobre questões que levantam suspeitas
ou que são inaceitáveis quando formuladas diretamente
Em uma pesquisa de padrão de vida, em vez de perguntar diretamente: Quanto você ganha? Perguntas de
índice podem ser incluídas, tais como: Você possui um carro... Você possui uma casa...? TELEVISÃO...? Equipe
de serviço?
( ) Ajuda familiar
( ) Crédito
( ) Beca
( ) Trabalho
( ) Outros, que:
()E
( ) Não
( ) Não sabe
ESCREVER AS PERGUNTAS
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Por exemplo, você pretende trabalhar este ano e trabalhar no próximo ano? Você e seu marido
querem outro filho? ( ) Mas
• Formule de forma neutra e imparcial, evitando perguntas positivas ou negativas que induzam ou
favoreçam uma resposta.
Você se opõe ao treinamento de pessoal pelo método de ensino a distância? Você não acha
conveniente modificar o sistema de iluminação? Você concorda com o trabalho atual, não concorda?
Correto: Qual é a sua opinião sobre o método de educação a distância de treinamento de pessoal?
Você acha que é conveniente modificar o sistema de iluminação? No seu trabalho você está: muito
satisfeito, satisfeito ou insatisfeito?
SEQUÊNCIA DE PERGUNTAS
• Comece com as perguntas mais fáceis e impessoais, passando gradualmente para as mais
difíceis ou sensíveis, à medida que a tensão inicial diminui.
• As perguntas que precisam das mesmas instruções para serem respondidas devem ser agrupadas
em categorias.
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• Áreas ou seções
• Formato geral
5. Projete o instrumento.
6. Teste o instrumento.
É aplicado com dois propósitos: manipular variáveis a serem observadas estabelecendo controles e observar
fenômenos sobre os quais o controle é exercido. Por se tratar de uma observação geralmente não participante, o
pesquisador deve obter a aceitação do diretor ou de um membro do grupo, que o apresentará como um visitante
com um propósito diferente do real da pesquisa, facilitando-lhe para ser aceito pelo grupo, sem afetar os
comportamentos dos participantes sobre os quais você coletará dados.
2. Definir universo e amostra. Do ponto de vista cronológico, a frequência e períodos de observação; também
os eventos, comportamentos ou ocorrências a observar.
6. Teste o formato.
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Escala de Likert:
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Exemplo de uma escala Likert para medir atitudes em relação a pessoas com doenças mentais
ÿÿ (x)
qualificação* DE UM? D TD
ÿ ÿ ÿÿÿÿ ÿ ÿ ÿ ÿ pessoa A
* A direção da classificação na Escala Likert que é administrada aos sujeitos não é indicada, nesta tabela é marcada apenas para
ilustração.
AT: concordo totalmente; A concorda; ?: indica incerteza; D: desacordo; TD: Eu discordo totalmente.
FONTE: Polit, D. e Hungler, B. Pesquisa científica em ciências da saúde. 4 Ed. México, Interamericano, 1994.
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É o mais utilizado para medir atitudes. Consiste em várias declarações declarativas que expressam um ponto
de vista sobre um determinado tópico. Pede-se ao entrevistado que indique em que medida concorda com a
opinião expressa. A construção desta escala compreende os seguintes passos:
Primeiro, um grande número de proposições consideradas relevantes é coletado de forma a indicar atitudes
ou opiniões favoráveis ou desfavoráveis em relação ao assunto a ser estudado. Evite declarações neutras ou
extremas com as quais quase todos concordam ou discordam. O objetivo é dividir as pessoas com várias
atitudes ao longo de uma linha da mais desfavorável para a menos favorável. Você também deve escolher um
número mais ou menos igual de afirmações de tipo positivo e negativo para não prejudicar as respostas. As
perguntas devem estar relacionadas a um único conceito e seu número pode variar entre 10 e 20.
Para cada uma das proposições é estabelecida uma gradação semelhante à utilizada nas escalas de
intensidade (aprovação com algumas ressalvas, posição indefinida, desaprovação em alguns aspectos,
desaprovação total).
As respostas são classificadas 1, 2, 3, 4 e 5, e cada sujeito questionado recebe uma nota global que é o
resultado das somas obtidas em cada resposta. A pontuação 5 indica o mais favorável do que se deseja medir
e 1 o menos favorável, de modo que cada item pode ser pontuado de 1 a 5 ou de 5 a 1.
Uma vez pontuado o questionário, o pesquisador deve avaliar quais questões devem ficar de fora e quais
devem ser descartadas em uma nova escala. É conveniente que as respostas reflitam variabilidade, ou seja,
que algumas pessoas concordem com elas e outras não. As pessoas que concordam com afirmações
formuladas de forma positiva terão uma classificação mais alta do que aquelas que discordam. Caso se
observe que ocorre o inverso, convém inverter a questão para obter novas habilitações.
Se uma determinada pergunta receber o mesmo tipo de resposta de avaliadores altos e baixos, ela pode não
ser relevante para a atitude que está sendo testada ou pode ser formulada de forma ambígua. Esses tópicos
devem ser removidos do questionário. A tabela a seguir apresenta uma escala Likert de 10 questões para
medir a atitude em relação às pessoas com transtornos mentais.
O sinal "+" na primeira coluna da tabela indica que se trata de uma questão formulada na forma positiva;
portanto, a pessoa que concorda com ele recebe uma classificação mais alta do que a pessoa que discorda.
Como a escala tem no máximo cinco pontos, as pessoas que concordam plenamente recebem nota 5, as que
concordam valem 4, e assim sucessivamente. As respostas de dois entrevistados são indicadas uma e outra
por x; a pontuação de cada questão é indicada nas colunas do lado direito da tabela. A pessoa A, que
concordou com a primeira afirmação,
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Esse nome designa uma escala que se caracteriza por apresentar os resultados em ordem hierárquica,
compondo a série de itens em uma escala unidimensional. As proposições da escala são rigorosamente
ordenadas de tal forma que a aceitação de uma proposição significa de fato a aceitação daquelas de nível
inferior. Por exemplo, quem aceita ou responde afirmativamente que concluiu o ensino superior, na verdade
assume que frequentou os estudos primários e secundários. Normalmente o número de questões é pequeno:
quatro ou cinco são suficientes. O procedimento de classificação para esse tipo de escala é simples; é igual
ao número de questões com as quais o sujeito concorda. O seguinte é um exemplo de uma escala de Guttman:
3. O curso de pesquisa em enfermagem é muito adequado para estudantes que não são de enfermagem.
graduados.
4. O curso de pesquisa em enfermagem deve ser obrigatório para todos os alunos de graduação em
enfermagem.
Diferencial semântico:
Essa técnica é usada para medir atitudes nas quais os respondentes são solicitados a classificar um conceito
de interesse com uma série de escalas bipolares de sete pontos. As partes que compõem os diferenciais
semânticos são chamadas de escalas gráficas de classificação. Neles, os entrevistados são solicitados a
fazer um julgamento sobre algo ao longo de uma dimensão ordenada. A marcação consiste em colocar um Ö
no ponto apropriado ao longo da linha que se estende de uma extremidade da característica ou dimensão em
questão à outra. Essas escalas são de natureza bipolar porque especificam dois extremos opostos ao longo
de uma linha. Normalmente, cinco a 15 escalas de adjetivos bipolares são incluídas para um conceito. Estes
podem medir avaliação (bom-ruim), atividade (ativo-passivo) ou potência (forte-fraco). O diferencial semântico
é pontuado de forma semelhante às escalas de Likert. Ex:
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Como você avaliaria a qualidade geral dos cuidados de enfermagem que você recebeu?
(Coloque um x no espaço apropriado da escala.)
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ANDER-EGG, Ezequiel. Métodos e técnicas de pesquisa social Vol. IV. Técnicas de coleta de
dados e informações. México, Lumen, 2003.
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As entrevistas guiadas são semi-estruturadas e nelas é utilizada uma lista de áreas para as
quais as perguntas devem ser focadas, ou seja, é utilizado um guia de tópicos. O
entrevistador permite que os participantes se expressem livremente sobre todos os itens da
lista e registra suas respostas (muitas vezes usando um gravador). Em vez de colocar
questões retiradas diretamente de um questionário, o investigador procede a um
interrogatório baseado num tópico script ou num conjunto de questões gerais que servem
de guia para a obtenção da informação pretendida.
Segundo Purtois e Desnet (1992: 129-163) a entrevista não diretiva é uma abordagem
assente num processo interacional que privilegia, por um lado, a livre expressão do
entrevistado e, por outro, a escuta ativa do entrevistador . Destina-se a esclarecer
comportamentos, fases críticas, etc., na vida das pessoas. Permite identificar e classificar
os problemas das pessoas, sistemas de valores, comportamentos, estados emocionais, etc.
A entrevista não diretiva constitui um recurso inicial que facilita a construção de um
instrumento de pesquisa mais sistemático, como o
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questionário. O método supõe a escuta do sujeito para compreendê-lo o mais completamente possível em seu
próprio contexto, ou seja, em sua singularidade e em sua historicidade. É um procedimento de conversa livre
do sujeito que é acompanhado de uma escuta receptiva do pesquisador para a coleta de dados pessoais. É
realizado com um número limitado de pessoas e tem como objetivo estudar as singularidades dos indivíduos
e descobrir os significados profundos dos fenômenos.
Os dados obtidos por este procedimento devem ser submetidos a análises críticas e conceituais, como análise
de conteúdo e modelos teóricos.
Apresenta como dificuldade a facilidade de se desviar dos objetivos da investigação devido à liberdade com
que é conduzida. Está sujeito a inúmeros vieses durante o processo de coleta de dados, devido a distorções
causadas pela presença de fatores emocionais. A abundância de dados produz dificuldades para sua redução.
Seu valor reside na investigação de sistemas de valores, modos de representação, percepções específicas de
um grupo ou cultura. É o melhor modo de aproximação de um estudo aprofundado.
A cientificidade do método advém de um longo trabalho de campo associado a uma grande competência do
pesquisador. Assim como a observação participante, a crítica de identidade, a crítica de originalidade, a
validade de significância e a triangulação teórica também são aplicadas aqui. Além disso, espera-se que o
pesquisador conheça bem os indivíduos em seus componentes afetivos e pessoais que minimizem vieses.
Todas as entrevistas compartilham uma estrutura básica na qual o pesquisador tem as perguntas e o sujeito
fornece as respostas. No entanto, as entrevistas qualitativas, ao contrário das estruturadas, seguem o modelo
de uma conversa entre iguais, onde o próprio pesquisador é o instrumento e não o que está escrito no papel:
ele avança lentamente no início, tenta estabelecer um relacionamento inicial, pergunta não - perguntas
diretivas, etc. mesmo que isso seja realizado em situações preparadas.
Distinguem-se três tipos de entrevistas em profundidade: a primeira é a história de vida, na qual o investigador
procura obter experiências marcantes da vida do entrevistado e as definições que este aplica a tais
acontecimentos, através de pedidos expressos da sua parte. ; o segundo tipo de entrevistas em profundidade
visa alcançar a aprendizagem sobre eventos e atividades que não podem ser observados diretamente, onde
os interlocutores são usados como informantes, descrevendo o que acontece e as percepções de outras
pessoas, e o terceiro tipo de entrevistas, visa fornecer um quadro amplo de ambientes, situações ou pessoas,
mantendo em comum as demais características de rapport e entendimento detalhado.
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A escolha do método de pesquisa deve ser determinada pelos interesses da pesquisa, pelas circunstâncias
do ambiente ou das pessoas a serem estudadas e pelas limitações práticas enfrentadas pelo pesquisador.
As entrevistas em profundidade são especialmente indicadas em situações em que os interesses da pesquisa
são relativamente claros e bem definidos, os objetos de pesquisa não são acessíveis de outra forma, há
restrições de tempo, a pesquisa depende de vários cenários ou pessoas e o pesquisador é. interessado na
experiência humana de eventos; com a desvantagem de incluir apenas declarações verbais, implica aceitar a
visão particular da pessoa como verdadeira, não se sabe se a pessoa é consistente em suas expressões e
os eventos são descontextualizados.
É difícil determinar quantas pessoas devem ser entrevistadas em um estudo qualitativo, o ponto de "saturação
teórica" depende da riqueza de cada caso (e não do seu número), da eficácia das técnicas utilizadas para
obter informantes, da disposição destes para pesquisar, etc. Além disso, o número de entrevistas necessárias
por informante também pode variar, dependendo do estilo de abordagem a ele e de como o questionamento
é feito, sempre tendo o cuidado de esclarecer os motivos e intenções do investigador, comprometendo o
anonimato se necessário, dando-lhes a oportunidade revisar os escritos antes de serem tornados públicos,
cuidar da entrega do dinheiro e estabelecer um cronograma regular de reuniões.
Nas entrevistas iniciais, o entrevistador parece inseguro quanto às perguntas que vai fazer e que pretende
aprender com os informantes e faz perguntas descritivas não estruturadas. Em seguida, incentive relatos
direcionados a áreas de interesse (orais ou escritas), forneça métodos para coletar informações aos seus
entrevistados na forma de um registro, revise documentos pessoais que possam ser significativos ou use
esquemas predeterminados para a entrevista que o ajudem a metodicamente explore seus informantes. O
investigador deve promover um clima de entrevista favorável à auto-expressão dos seus informantes,
conduzindo uma entrevista descontraída, com um tom de voz normal e num quadro de confiança e interesse
nas expressões do entrevistado, aliada a uma linguagem comum. Algumas estratégias que ajudam a
conseguir uma entrevista bem-sucedida são: não expressar julgamentos (mesmo mentalmente), permitir que
as pessoas falem mesmo que não estejam no assunto que nos interessa, prestar atenção sincera na
comunicação e ser sensível, sem sair do papel. Neste tipo de entrevista, é fundamental discriminar quando e
como indagar, averiguar os pressupostos subjacentes ao discurso do entrevistado (sob o risco de parecer
ingênuo), estimular a rememoração e cruzar as histórias, alertando para possíveis distorções por parte de
seus informantes, embora, de fato, o entrevistador não esteja interessado na "verdade", mas nas perspectivas
de cada um sobre os acontecimentos.
151
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Não está claro o que os informantes recebem do processo, se é que recebem, além da satisfação de que
alguém se interessa por suas vidas. Em decorrência dessa relação unilateral, os pesquisadores devem
trabalhar intensamente para manter a motivação dos informantes, processo em que o mais eficaz é relacionar-
se com eles como pessoas e não como fontes de dados. O entrevistador deve opinar, pelo menos, sobre
algumas questões expressas pelo sujeito e deve estar disposto a se envolver com os informantes de forma
que vá além da entrevista funcional.
O grupo focal também é chamado de “entrevista de grupo exploratório” ou “grupo focal” onde um pequeno
grupo (de seis a doze pessoas) e com a orientação de um moderador, se expressa livre e espontaneamente
sobre um tema.
A discussão em grupo focal é uma técnica para obtenção de informações em estudos sociais, particularmente
em pesquisas qualitativas. É "focal" porque centra a sua atenção e interesse num determinado objecto de
estudo e pesquisa que lhe é próprio, porque está próximo do seu pensar e sentir; e é "discussão" porque
realiza seu principal trabalho de busca por meio da interação discursiva e do confronto das opiniões de seus
membros. A sua justificação e validação teórica assenta num postulado básico, no sentido de ser uma
representação coletiva ao nível micro do que acontece ao nível macrossocial, uma vez que no discurso dos
participantes são geradas imagens, conceitos, lugares comuns. etc., de uma comunidade ou grupo social.
A técnica do grupo focal é um encontro em forma de entrevista grupal aberta e estruturada, onde um grupo
de indivíduos selecionados pelos pesquisadores discute e elabora, a partir da experiência pessoal, um tema
ou fato social objeto de investigação. uma detecção de necessidades de formação.
O objetivo fundamental do grupo focal é alcançar ou conseguir a descoberta de uma estrutura de significado
compartilhado sobre um determinado aspecto de interesse, se possível por consenso, ou, em qualquer caso,
bem fundamentado pelas contribuições dos membros do grupo .
Pode ser considerada uma variante da entrevista dirigida. Nesse tipo de entrevista, de 10 a 15 pessoas se
reúnem para discutir um tema e o entrevistador que as conduz faz perguntas sobre o assunto a ser discutido.
Este método permite obter informações qualitativas detalhadas, reduzindo os custos de pessoal e tempo para
coletar e analisar os dados. O pesquisador utiliza as mesmas técnicas da entrevista não estruturada, partindo
de um roteiro de discussão geral e provocando mais
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insights através de perguntas exploratórias. Os participantes devem ser selecionados tendo em conta a
heterogeneidade do grupo de que provêm.
Seu objetivo é entender o comportamento e as experiências das pessoas à medida que ocorrem em seu
ambiente natural. Portanto, procura-se observar e registrar as informações das pessoas em seus meios de
comunicação com um mínimo de estruturas e sem interferência do pesquisador. Na observação simples, não
regulamentada ou não controlada, existem apenas orientações gerais para observar aspectos do fenômeno
que o pesquisador está interessado em conhecer. Na observação participante, o pesquisador ou o responsável
pela coleta dos dados está diretamente envolvido com a atividade objeto da observação, que pode variar
desde a integração total ao grupo ou a permanência dele por um período de tempo. Esta técnica requer
períodos de observação consideravelmente longos e pessoal e analistas relativamente competentes. Este
método é particularmente adequado para estudar a resposta de uma comunidade a certos tipos de programas
e útil em estudos comunitários.
É considerada uma técnica que permite o registro de ações perceptíveis no contexto natural e a descrição de
uma cultura do ponto de vista de seus participantes. Inclui dois tipos complementares de abordagem: a
descrição dos componentes da situação analisada, ou seja, lugares, autores, comportamentos, etc., de forma
a desenvolver tipologias. A outra abordagem, que é propriamente a observação participante, leva à descoberta
do significado, dinâmica e processos de atos e eventos. Para tanto, o pesquisador é integrado à vida dos
indivíduos afetados pelo estudo. A observação participante leva em consideração os significados que os
sujeitos envolvidos atribuem às suas ações, nesse sentido favorece a intersubjetividade.
É possível distinguir dois modos de observação. Observação simples, não regulamentada ou não controlada,
onde existem apenas diretrizes gerais para observar aspectos do fenômeno que o pesquisador está interessado
em conhecer. E a observação participante propriamente dita onde o pesquisador ou o responsável pela coleta
dos dados está diretamente envolvido com a atividade objeto de observação, que pode variar desde uma
integração total ao grupo ou fazer parte dele por um período. Esta técnica requer períodos de observação
consideravelmente longos e pessoal e analistas relativamente competentes.
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A crítica formulada a esse método aponta para a subjetividade do pesquisador, como fator
que pode enviesar a análise. Mas sua principal vantagem é que proporciona um conhecimento
aprofundado da situação em que o estudo ocorre. Também é capaz de garantir boa
credibilidade graças à proximidade das fontes, à obtenção de informações em primeira mão.
Graças à intersubjetividade, ou seja, quando várias pessoas descrevem a mesma situação
de maneira semelhante, aumentam as probabilidades de validade dos resultados.
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A triangulação das fontes implica verificar a concordância dos dados coletados de cada uma delas. Também
por meio da reprodução independente, que consiste em que um pesquisador que não esteve no campo de
pesquisa analise e interprete os dados independentemente do pesquisador principal. Da mesma forma, o
retorno dos dados aos sujeitos envolvidos permite sua comprovação. Realizar trabalho de campo suficiente
e coletar dados suficientes permite interpretações válidas e garante a transferibilidade.
Histórias de vida são revelações narrativas sobre a vida de uma pessoa e são freqüentemente usadas para
estudar padrões culturais no caso das ciências sociais. O entrevistado é solicitado a fornecer em sequência
cronológica uma narrativa sobre suas ideias e experiências sobre um determinado tópico, seja oralmente ou
por escrito. A título de exemplo, pode-se dizer que são de especial valia para estudar os padrões e significados
do cuidado à saúde e à saúde dos idosos.
Por sua vez, os diários pessoais são utilizados como fonte de dados para pesquisas históricas. Uma de suas
aplicações é gerar novos dados para estudos não históricos quando os sujeitos são solicitados a manter um
diário por um determinado período. Isso pode ser não estruturado; Por exemplo, pede-se aos indivíduos que
passaram por transplante de órgãos que passem 10 minutos por dia anotando seus pensamentos e
sentimentos. Os sujeitos também podem ser solicitados a registrar algum aspecto específico de suas
experiências e, às vezes, seguir um formato semiestruturado. Por exemplo, um calendário de saúde familiar
pode ser usado por um mês para obter informações sobre como as famílias evitam doenças, mantêm a
saúde, vivenciam morbidez e tratam problemas de saúde.
Segundo Purtois e Desnet (1992: 129-163), as histórias de vida são relatos da experiência vital de uma
pessoa. Constituem-se de documentos autobiográficos levantados pelo pesquisador que recorre à memória
do indivíduo. A autobiografia pode ser realizada pela própria pessoa, sem intermediários, em uma história
livre. Pede-se ao sujeito que se explique, ou seja, que descreva sua vida pessoal. As autobiografias também
podem ser mais provocativas, caso em que são amparadas pela utilização de um memorando, ou seja, um
roteiro temático, proposto pelo pesquisador. O pesquisador também pode trabalhar com materiais biográficos
secundários, ou seja, aqueles que não foram obtidos na relação direta com o narrador. É o caso de
correspondências, fotografias, relatos escritos, documentos oficiais, recortes de imprensa,
etc.
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A história de vida coletada não é um produto acabado, mas deve ser considerada como uma
matéria-prima que deve ser submetida a uma série de tratamentos e análises complementares.
Este método é afetado pela ambiguidade das percepções subjetivas, pela versatilidade e
imprevisibilidade dos sentimentos e emoções. A elaboração da informação recolhida e a
elaboração da síntese da mesma envolve uma dificuldade considerável e requer muito trabalho
interpretativo. Outra dificuldade reside na intercomunicação entre o narrador e o pesquisador,
relacionada às diferenças entre os sistemas de valores, ao uso de palavras que podem
falsificar a entrevista e até distorcer seu sentido. Uma das características importantes do
método biográfico é que ele leva em conta o ciclo de vida do indivíduo, sua mobilidade social,
os contextos sócio-históricos de onde vem a mudança.
A validade da informação obtém-se submetendo o documento a uma releitura crítica por parte
do próprio narrador, verificando a informação recorrendo à procura de materiais documentais
objetivos, através de histórias cruzadas, análise múltipla de conteúdos, entre outros
procedimentos. A cientificidade do método é aumentada pelo recurso a materiais objetivos,
como documentos de arquivo, conhecimento do contexto socioeconómico e acontecimentos
locais da época, etc. Críticas de autoridade, identidade, originalidade e restituição também são
importantes.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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Em linhas gerais, segundo Gómez (2000), a análise de conteúdo é um método que busca descobrir o sentido
de uma mensagem, seja ela um discurso, uma história de vida, um artigo de revista, um texto escolar, um
decreto ministerial, etc. Mais especificamente, é um método que consiste em classificar e/ou codificar os
diversos elementos de uma mensagem em categorias para que o significado apareça da melhor forma
possível. É uma técnica de pesquisa para a descrição objetiva e sistemática do conteúdo manifesto das
comunicações, com o objetivo de interpretá-los.
A análise de conteúdo é considerada uma técnica “indireta” que consiste na análise da realidade social por
meio da observação e análise dos documentos que nela são criados ou produzidos. É uma técnica que
combina observação e análise documental. É um método que visa descobrir o significado de uma mensagem,
seja ela um discurso, uma história de vida, um artigo de revista, um memorando, etc.
Especificamente, é um método que consiste em classificar e/ou codificar os vários elementos de uma
mensagem em categorias para fazer com que seu significado apareça adequadamente.
1. É uma técnica indireta, pois você tem contato com os indivíduos apenas pelo viés de suas produções,
ou seja, com os documentos de onde podem ser extraídas as informações.
2. Estas produções podem assumir diversas formas: escritas, orais, imagéticas ou audiovisuais, dando
conta do seu comportamento e das suas finalidades.
3. Os documentos podem ter sido elaborados por uma pessoa, por exemplo cartas pessoais, romances,
diário íntimo, ou por um grupo de pessoas, por exemplo leis, textos publicitários.
4. O conteúdo pode ser não criptografado, ou seja, as informações contidas nos documentos não são
apresentadas na forma de números, mas sobretudo de expressões verbais.
5. Uma dedução qualitativa ou quantitativa é possível. Nesse sentido, os documentos podem ser
analisados de forma quantitativa ou na perspectiva de um estudo qualitativo de elementos singulares,
ou ambos ao mesmo tempo.
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
A pesquisa etnográfica também é uma forma de pesquisa naturalística que utiliza o sistema
indutivo, ou seja, estuda casos específicos para desenvolver a teoria geral. O objetivo desse
tipo de pesquisa é descobrir e gerar teoria; não está provando nenhuma teoria dada. Procura-
se entender uma comunidade e seu contexto cultural sem partir de pressupostos ou
expectativas. Mas isso não significa que o trabalho do pesquisador seja empírico, espontâneo
e carente de sustentação teórica; Representa, antes, um posicionamento frente à realidade
investigada.
Uma característica singular do método etnográfico é sua visão totalizante. estuda uma cultura
ou comunidade como um todo, tentando compreender e descrever a totalidade
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Essa concepção está intimamente ligada ao trabalho de campo a partir do qual se estabelece
contato direto com os sujeitos e a realidade estudada. O pesquisador se desloca aos locais
de estudo para investigar e registrar os fenômenos sociais e culturais de interesse por meio
da observação e participação direta na vida social do local. O etnógrafo coleta sistematicamente
descrições detalhadas de situações, eventos, pessoas, interações e comportamentos
observados; citações diretas de pessoas sobre suas experiências; atitudes, crenças e
pensamentos; da mesma forma, ele obtém extratos ou passagens inteiras de documentos,
cartas, registros e histórias de casos.
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Um dos primeiros pontos a resolver é a apresentação pessoal e do projeto que será realizado. Antes de entrar
no grupo ou comunidade como observador participante, você deve decidir se revela ou não o propósito da ,
sua pesquisa. É preferível dar a conhecer a sua intenção, pois isso aumenta as suas hipóteses de obter
informações importantes.
Mas se você perceber que revelar seus interesses pode interferir na conduta do grupo, pode adotar uma
estratégia de ocultação. Em qualquer caso, você deve dar motivos sólidos para sua presença, para ser aceito
pelos membros da comunidade ou grupo.
Normalmente, você pode negociar com líderes ou outros atores sociais os termos de sua estadia e projeto, ou
deixar que a pessoa mais influente da comunidade explique o papel do pesquisador.
A participação ativa como observador dentro da comunidade implica que o pesquisador busque uma
participação que não crie resistência entre os membros ou introduza distorções em seu próprio trabalho. O
pesquisador deve negociar um grau adequado de participação para obter informações relevantes para seus
propósitos de pesquisa. As relações recíprocas com informantes e demais membros da comunidade, por meio
de serviços, colaborações de diversos tipos ou doações, podem favorecer o acesso à informação desejada.
A descrição qualitativa de outras culturas requer a compreensão da língua ou dialetos locais como aspecto
crucial para facilitar a comunicação com o grupo. O pesquisador deve ser competente na linguagem do grupo
estudado para ter uma experiência mais direta e captar as percepções de seus interlocutores sem qualquer
intermediação. Em algumas circunstâncias, o fator idioma pode se tornar uma barreira para o desenvolvimento
da investigação.
Ao selecionar seus informantes, o pesquisador deve levar em consideração algumas características básicas,
a saber:
a) Deve ter um processo de socialização e endoculturação adequado e padrão para o grupo estudado.
Isso significa que você deve ser um representante da cultura do seu grupo ao mesmo tempo em que
participa das diretrizes e normas de comportamento que lhe são próprias;
b) Deve estar envolvido na atividade ou instituição que está sendo estudada para que possa transmitir
informações pertinentes e na sua perspectiva como ator dos fatos ou situações que são objeto de
investigação;
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d) Você deve ter certa atitude em relação à objetividade de forma que não distorça a
informação de acordo com os interesses dos outros ou com base em seu próprio
processo de racionalização ou aculturação. A “ingenuidade” ou “criticalidade” do
informante são duas situações que podem ou não ser desejáveis dependendo das
circunstâncias da investigação. De qualquer forma, deve-se levar em conta que a
percepção do informante sempre será influenciada por suas concepções, interesses
e avaliações pessoais, pelo que o pesquisador deve ter a habilidade necessária para
interpretar corretamente o significado da informação.
Ao estabelecer uma tipologia psicológica dos informantes, eles podem ser classificados
entre: "informantes sensíveis ao assunto", "informantes frustrados", "informantes ingênuos"
e aqueles "que desejam se revelar como informantes". espontâneos" e os "profissionais", os
"fofoqueiros" e os "amargos". a personalidade de seus colaboradores.
Afirma-se com razão que: “o importante não é que nos sejam transmitidas informações
verdadeiras, mas que saibamos interpretar as informações que nos são fornecidas”. Sujeito
como o pesquisador está à falsificação dos dados, é preciso que ele saiba discriminar se o
que recebe é verdadeiro ou falso. De qualquer forma, apesar de sua intenção ser a obtenção
de informações verdadeiras e objetivas, certas distorções nas informações ou mentiras dos
informantes podem dar-lhes pistas sobre a interpretação de uma determinada situação ou
ser significativas para a compreensão da vida social dos uma pessoa, seção ou grupo social.
A entrevista etnográfica.
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As técnicas qualitativas são orientadas para a entrevista aberta que permite ao entrevistado
responder de acordo com a sua experiência pessoal com as suas próprias palavras. As
entrevistas abertas diferem acentuadamente dos questionários fechados que incluem
opções de resposta limitadas, que são mais adequadas para pesquisa de levantamento. O
entrevistador não fornece aos entrevistados as frases ou categorias de resposta a serem
usadas; Isso é o que distingue fundamentalmente a entrevista qualitativa dos questionários
que são tradicionalmente usados em pesquisas de levantamento. As perguntas da pesquisa
exigem que os respondentes encaixem suas respostas em categorias propostas pelo
entrevistador e, geralmente, não permitem que respostas que não se encaixem em
categorias predeterminadas sejam documentadas. Em contraste, as entrevistas qualitativas
enfatizam a importância de questões "sondáveis" ou "sondáveis" para esclarecer ou ampliar
as respostas dos entrevistados. Essas perguntas de acompanhamento exploram o
significado de qualquer resposta inesperada que possa surgir, a fim de determinar sua
relevância ou importância para o estudo. Diferentemente do questionário, a entrevista
etnográfica assume a forma de uma conversa normal, na qual o pesquisador apresenta as
questões e orienta seu desenvolvimento de acordo com os propósitos da pesquisa.
O diário de campo é um dos mais importantes instrumentos de registro. Pode ser qualquer
livro, caderno, bloco de notas ou bloco de anotações, onde é mantido um registro cronológico
dos principais acontecimentos que o pesquisador vai presenciando durante o trabalho de
campo. O pesquisador também mantém seu diário pessoal, que difere do diário de campo
por ser mais impessoal, mais objetivo, mais dedicado aos fatos observados. O diário pessoal
é mais subjetivo, dedicado a reflexões íntimas, dedicado à introspecção e à autoanálise. O
diário de campo deve conter um registro tão objetivo dos acontecimentos que possa ser
utilizado, imediatamente ou posteriormente, por outros pesquisadores interessados nos
mesmos acontecimentos.
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A utilização do gravador permite que o pesquisador dedique um pouco mais de atenção à observação de
outros aspectos da conversa ou de outras ações do contexto da aplicação.
Fotografias e vídeos também fornecem documentação importante de práticas e situações culturais observadas.
No entanto, deve-se levar em consideração que a presença de um gravador, uma câmera fotográfica ou de
vídeo pode influenciar significativamente o comportamento dos membros do grupo, inibindo determinados
comentários ou comportamentos. Por isso tais instrumentos devem ser utilizados de forma adequada, sabendo-
se de suas influências e limitações em cada situação particular.
Atualmente, os pesquisadores têm à sua disposição computadores pessoais portáteis que permitem acessar
e processar informações em seus próprios locais de trabalho e até mesmo transferi-las para centros de
informação sistematizados. Trata-se de uma nova ferramenta que oferece aos pesquisadores enormes
possibilidades de gestão da informação, tendo que incorporá-la ao seu trabalho diário.
"O etnógrafo é o seu melhor instrumento". Isso significa que o próprio pesquisador está acima dos meios de
registro da informação. A utilização de diários de campo, cadernos, fotografias, gravações, desenhos, croquis,
objetos de cultura material, etc. são diretamente influenciados pelas finalidades que lhes são atribuídas e pelo
estilo pessoal de quem os aplica. É aconselhável levar em consideração e registrar informações sobre os
aspectos subjetivos do pesquisador, como suas experiências, apreciações subjetivas, sentimentos, reações e
aspectos pessoais do relacionamento com seus informantes, comunidade e ambiente. Os registros no diário
pessoal e no diário de campo podem ser um bom controle desses aspectos.
A monografia.
A estratégia narrativa refere-se às formas de apresentação dos dados etnográficos em seus gêneros básicos:
a monografia e o ensaio. Os etnógrafos apresentam seus dados escolhendo diferentes modelos: o "diário de
campo", no qual os dados são apresentados
163
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seguindo o esquema cronológico de aparição durante a estada de seu autor; o modelo "descrição-análise"
onde o pesquisador primeiro apresenta os dados e depois enfatiza sua análise; a da exposição centrada nos
problemas, a partir da qual a análise é gradualmente ampliada para alargar o seu contexto; histórias de vida e
até mesmo "romances etnográficos" também são usados. Em todos os casos, o manejo da linguagem é
essencial, mantendo um equilíbrio prudente entre o uso de terminologia que reflita o ponto de vista e a cultura
do grupo estudado, em oposição às categorias e linguagem do pesquisador.
O etnógrafo deve ser um bom escritor para poder escrever e apresentar seus materiais com a clareza, precisão
e estilo dos melhores escritores.
Finalmente, o etnógrafo deve levar em consideração os aspectos éticos de seu trabalho. Aqui se destaca o
respeito ao “direito à privacidade” de seus informantes. É necessário ter em conta, por exemplo, o
reconhecimento dos serviços dos seus colaboradores ou informantes, o que pode implicar pagamento em
dinheiro ou qualquer forma de contra-serviço por esse motivo. Há consenso de que os informantes devem ser
reconhecidos como valiosos por seu trabalho e dedicação, por seu conhecimento e vontade de servir. O bom
senso e a situação particular de cada investigação determinarão a forma que esse reconhecimento assume.
O pesquisador não deve apenas relatar com veracidade seus objetivos, mas deve comprometer-se a tratar as
informações a ele fornecidas de maneira adequada, sem prejudicar os interesses, o bem-estar e a segurança
dos informantes e familiares. A privacidade das observações ou comentários deve ser preservada quando
solicitada ou considerada oportuna. Em certas ocasiões é conveniente ocultar o nome de seus informantes ou
das localidades estudadas para preservar sua identidade, segurança ou privacidade.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ANDER-EGG, Ezequiel. Métodos e técnicas de pesquisa social Vol. IV. Técnicas de coleta de dados e
informações. México, Lumen, 2003.
164
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A validade refere-se ao grau em que um instrumento mede o que se propõe a medir . A forma de
garantir a validade de um instrumento é construí-lo uma vez que as variáveis tenham sido claramente
especificadas e definidas, de modo que sejam estas as abordadas e não outras; Você também pode
recorrer à ajuda de especialistas no assunto para revisar o instrumento, a fim de determinar se ele
atende ao objetivo estabelecido.
Todo instrumento deve ser testado em uma situação real antes de sua aplicação final, a fim de
identificar erros ou avaliar o tempo necessário para aplicá-lo. Este teste é realizado em um grupo
populacional semelhante ao que vai participar do estudo em um número que pode oscilar entre 10 e
50 indivíduos. Pode ser necessário fazer mais do que um teste se o primeiro teste resultar num
número significativo de alterações ao questionário, de forma a garantir que as alterações introduzidas
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ser satisfatório. O objetivo principal do teste é verificar o grau de compreensão das questões pelos questionados,
bem como sua capacidade de responder corretamente. O teste deve ser seguido de uma discussão sobre as
ambiguidades ou dificuldades apresentadas no decorrer da entrevista e não se limitar a entrevistar apenas um
grupo de pessoas.
1. Improvisação , a escolha de um instrumento de medição não deve ser tomada de ânimo leve. Para
construir um instrumento de medida, é necessário conhecer muito bem a variável que se vai medir, e a
teoria que a sustenta.
2. Utilização de instrumentos não validados em nosso contexto. Eles não deveriam apenas
validar em nosso contexto cultural, mas que sejam atualizados, não utilizar instrumentos validados há
muito tempo.
3. Instrumentos inadequados para as pessoas a quem são aplicados. Uso muito alto da linguagem, não
levando em conta as diferenças de idade, sexo, conhecimento, memória, nível ocupacional e
educacional.
4. Condições em que o instrumento de medição é aplicado . Sites com muitos ruídos que distraem, calor.
Instrumentos muito longos e tediosos.
Durante o planejamento e execução de uma investigação, é necessário revisar as possíveis fontes de erro
controláveis, que podem advir de:
b. Erros de amostragem.
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Esses erros podem ser classificados em dois grandes grupos: erro sistemático, relacionado ao
viés ou validade da informação, e erro aleatório, decorrente do acaso, ou seja, associado à
precisão dos dados.
O erro aleatório é essencialmente atribuível à variação no teste, cuja extensão pode depender
de aspectos do desenho do estudo (por exemplo, considerações sobre o tamanho da amostra) e
das características estatísticas do estimador (por exemplo, variância). Este erro pode ser: tipo
alfa e tipo beta.
O erro sistemático, por outro lado, ocorre quando há diferença entre os dados atualmente
estimados e o verdadeiro efeito da medição; Esse tipo de erro pode ser atribuído a aspectos
metodológicos do desenho ou análise do estudo, particularmente seleção de sujeitos, qualidade
da informação obtida e variáveis de importância em vez de variação do teste.
A forma como os sujeitos são selecionados para formar a população de estudo (amostra).
• A escolha de grupos de comparação nos diferentes estudos, ao escolher grupos que não
são comparáveis.
II. Viés de informação: refere-se à distorção na estimativa do efeito devido a erros de medição
ou erro de classificação dos sujeitos em uma ou mais variáveis.
• Os dados são menos certos se estiverem relacionados à memória das pessoas, por
exemplo, saber sobre a exposição a um determinado fator causal de uma patologia que
ocorreu há muito tempo.
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III. Viés de confusão: resulta quando o efeito dos fatores em estudo se mistura, nos dados, com os efeitos de
variáveis estranhas.
• Variáveis de confusão são definidas como aqueles fatores conhecidos associados à exposição de interesse
e à doença em estudo. É importante controlar as variáveis de confusão, pois podem levar a associações
espúrias ou viesadas entre o fator de risco e a doença de interesse. Idade, nível educacional, nível
socioeconômico são variáveis de confusão comuns.
Na análise dos dados, deve-se levar em consideração a avaliação da validade interna e externa, que dependem
da população sobre a qual a inferência é feita:
A validade interna se manifesta com dados livres de viés. Está relacionado com a característica do desenho do
estudo que garante que a população onde o estudo é realizado
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estudo (amostra) representa a população para a qual se deseja fazer inferências a partir dos
dados, ou seja, é garantido que não há erro sistemático.
O termo validade externa refere-se ao fato de os dados serem generalizáveis, ou seja, está
relacionado à inferência para uma população externa maior que a do interesse restrito do
estudo. Tal inferência requer generalizações baseadas em aspectos de julgamento, como a
relação de outros resultados com resultados de estudos, conhecimento teórico sobre o
processo da doença, fatores relacionados e considerações biológicas.
2. Treine os entrevistadores.
Em conclusão, toda pesquisa está exposta a vieses e erros que ameaçam a confiabilidade e
a validade dos dados, que podem advir da seleção do desenho ou estratégia inadequada para
resolver o problema, do tamanho da amostra, do desenho dos instrumentos ou plano de
análise. O investigador deve estar atento às dificuldades que possam surgir, tentar controlar
ou minimizar as limitações que possam surgir; embora alguns deles sobrevivam. No
planejamento da pesquisa é necessário reconhecer tais limitações ao invés de tentar ignorá-
las. Por exemplo, se uma seleção for feita a partir de uma amostra previamente determinada
sem seguir critérios aleatórios, não se pode afirmar que seja representativa de uma população
maior. Se fontes secundárias de dados, como estatísticas ou registros clínicos, forem usadas,
sua natureza deve ser levada em consideração sem reivindicar a priori que sejam válidos e
confiáveis. No caso de desenhos com grupos de intervenção e controle, o fato de não serem
equivalentes não deve ser ocultado, pois isso pode ser uma fonte de viés. Quando o
investigador falha em controlar tais ameaças à validade e confiabilidade de seus dados, ele
deve pelo menos divulgá-las em seus relatórios e, assim, reconhecer que o desenho do estudo
tem limitações e que os resultados devem ser considerados provisórios, o que de todos os
modos faz. não invalida o estudo e, em vez disso, responde pela ética da pesquisa e
honestidade científica.
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ciência em sua aplicação. Os problemas de validação têm a ver não apenas com a coleta
de dados, mas também com sua interpretação. Estabelecendo um paralelo entre pesquisa
quantitativa e qualitativa, temos as seguintes equivalências: validade interna e externa
correspondem, respectivamente, à credibilidade e à transferibilidade; à fidelidade
corresponde a constância interna e à objetividade, a confiabilidade.
Aplica-se o conceito de saturação teórica , o que significa que a seleção das unidades de
estudo é realizada até que não sejam obtidos dados suficientemente novos das entrevistas
ou observações que justifiquem o aumento do material empírico.
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Eles analisam os dados de forma independente sem ter participado de sua obtenção e
comparam suas conclusões. A reprodução independente envolve um pesquisador que não
trabalhou no campo, que repete as análises do pesquisador que trabalhou no campo, e os
resultados são comparados.
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Metas:
Contente:
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DEPENDE DE:
Esta recolha consiste nos procedimentos de observação e registo ou registo dos factos nos
formulários previamente concebidos. A qualidade da análise que se faz depende muito desta
recolha, uma vez que podem ocorrer falsas interpretações e análises erróneas de situações,
quando existem falhas na recolha de informação.
Por esta razão, qualquer dado ou conjunto de dados obtidos, antes de serem totalizados e
utilizados, requerem um exame crítico, quanto aos aspectos de exatidão, precisão e
representatividade, o que se denomina crítica de dados; então, se necessário, é codificado.
Uma vez coletados os dados, eles devem ser organizados e resumidos para obter informações
significativas, ou seja, analisar os dados usando: 1) estatística descritiva, 2) Distribuição
normal (escores Z), 3) Razões e taxas, 4)
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a) Textual
b) Gráficos ou tabelas
c) Gráficos
DESENHO DE MESA
Renda econômica *
Corpo
coluna principal
Rural 113 120 111 119 75
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Os gráficos ou tabelas referem-se a um arranjo sistemático de informações dispostas em linhas e colunas para
fins comparativos. Os dados devem ser ordenados para que ofereçam algum tipo de informação; eles são um
bom complemento para o texto em relatórios.
O diagrama a seguir mostra os elementos constituintes de uma tabela.
É a representação de dados estatísticos por meio de conceitos de comprimento, área, volume auxiliados por
meio de figuras geométricas e suas propriedades, com apoio de sistemas de coordenadas. Eles também podem
ser acompanhados pelo uso de listras, sombreados ou cores para destacar uma determinada parte.
Eles são usados para enfatizar a apresentação de dados estatísticos; Quando se deseja destacar uma
determinada constatação, ela é acompanhada pela tabela, pois os gráficos não fornecem precisão, mas
consistência e forma, ao contrário, a tabela oferece precisão com uma aproximação exata de dados e estimativas.
• Pictogramas.
Quando as variáveis são discretas, a representação é feita por meio de Diagramas de Frequências, essas
frequências podem ser absolutas ou relativas acumuladas.
Nas variáveis contínuas, sua representação gráfica é feita por meio de histogramas de frequência quando são
utilizadas frequências absolutas. Se a frequência for relativa cumulativa, uma ogiva ascendente é usada para
traçar.
Se os pontos médios da parte superior de cada retângulo forem unidos no histograma de frequência, obtém-se
o polígono de frequência.
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A estatística descritiva usa várias medidas para descrever um fenômeno, chamadas estatísticas
quando se trabalha com amostras; ou parâmetros ao trabalhar com populações completas. Essas
medidas podem ser apresentadas em distribuições unidimensionais, bidimensionais ou
multidimensionais.
• Estatísticos de posição.
• Estatísticas de dispersão.
• Estatísticas de assimetria.
• Estatísticas de curtose.
ESTATÍSTICAS DE POSIÇÃO
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• Número par de observações: a mediana é igual à média aritmética dos dois valores
centrais da distribuição, ou seja, a soma dos dois valores dividida por dois.
62 64 65 66 68 70 71 72 72 80 80 80 80 83
b) Obtenha o ponto médio das observações, através de N/2 (N= número total de
observações).
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VALOR DO FREQUÊNCIA
FREQUÊNCIA
VARIÁVEL ACUMULADO
0,5 10 10
1,0 12 22
1,5 15 37
2,0 20 57
TOTAL 57
N/2 = 57/2 =28,5, busca-se na coluna de frequência cumulativa, posição 28,5 e encontra-se na terceira linha,
portanto o valor encontrado na posição mediana é 1,5.
VANTAGENS:
b) Há ocasiões em que é a única medida de tendência central que pode ser calculada; como quando as
distribuições não têm limites definidos
extremos.
DESVANTAGENS:
d) A mediana não é afetada por mudanças nos valores dos elementos que a compõem
a distribuição.
MODA. É o valor da variável que ocorre com mais frequência. Uma série de dados pode ter um único modo, dois
modos, três modos, etc. ou não têm valor modal.
No exemplo anterior sobre as pulsações, a moda é igual a 80, é o valor que mais se repete. O modo é muito útil
em variáveis qualitativas, então no exemplo sobre o tipo de transporte dos alunos, o modo é a bicicleta.
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FREQUÊNCIA VARIÁVEL
0 8
1 12
2 30
3 20
4 10
TOTAL 80
CLASSIFICAÇÃO DE MARCA DE
FREQUÊNCIA
VARIÁVEL AULA
6.1 - 16 11 6
16.1 - 26 21 14
26.1 - 36 31 22
36.1 - 46 41 38
46.1 - 56 51 26
56.1 - 66 61 14
66.1 - 76 71 10
TOTAL - 130
A moda, valor da variável que mais se repete, corresponde à nota 41 da classe (ponto médio do intervalo da
variável).
VANTAGENS:
1) Pode ser considerada a melhor medida de tendência central, pois indica o ponto de maior concentração de
dados. Numa distribuição assimétrica, a Moda é a medida mais representativa do grupo e se a média
aritmética e a Moda forem muito diferentes, é preferível utilizar a última.
2) Nas séries polimodais (várias modas), a moda permite dividir a distribuição para fins de estratificação.
DESVANTAGENS:
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MÉDIA ARITMÉTICA OU MÉDIA ARITMÉTICA. É um valor único da variável que se obtém somando todos
os valores da série e dividindo pelo seu total. É o estatístico de posição mais conhecido.
X=ÿXi /n onde ÿ é a soma dos dados. Esta equação é para dados não agrupados.
VANTAGENS:
1) Esta medida é rigidamente definida por uma equação matemática muito fácil de entender. Nos casos
em que os valores individuais não são conhecidos, pode-se obter, por exemplo 30 pessoas ganham
R$ 1.800.000,00, em média cada pessoa ganha R$ 60.000,00.
DESVANTAGENS:
1) É afetado por valores muito grandes ou muito pequenos, portanto valores muito extremos da distribuição
podem afetar a representatividade da média aritmética em relação aos valores da distribuição.
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As estatísticas de dispersão são aquelas que descrevem como os dados são agrupados ou dispersos
em torno de uma média. Permitem saber se a média representa adequadamente a distribuição
considerada, quanto menor a dispersão, mais representativa será a média, mediana ou moda. Eles
medem o grau de homogeneidade dos dados; quando os dados são iguais as medidas de dispersão
são iguais a zero; quando há muita heterogeneidade as medidas de dispersão serão grandes.
Eles também são usados para calcular o tamanho da amostra, quanto menor a variabilidade, menor
o tamanho da amostra necessário.
Em geral, são consideradas como estatísticas de dispersão: o intervalo, a variância, o desvio padrão
e o coeficiente de variação relativa.
O intervalo: é a diferença entre os dados mais altos e os dados mais baixos da distribuição de
frequência; Também é chamado de passeio. Quanto maior o intervalo, maior a dispersão dos dados.
Calcula-se:
X máx. - Xmin
A variância é definida como a média aritmética dos quadrados dos desvios de sua média. Portanto,
é expresso em unidades de medidas elevadas ao quadrado.
S=ÿ(Xi -X)2 /n-1 Variância de uma amostra, com dados não agrupados
Os resultados obtidos do cálculo da variância são elevados ao quadrado, o que é diferente do valor
real da variável, é necessário calcular uma medida mais real que permita comparar as diferenças;
que é obtido obtendo-se o desvio padrão, que é a raiz quadrada da variância.
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S=ÿ V
O desvio padrão significa quanto, em média, os dados na distribuição diferem dos dados médios.
D= S/X * 100
Essa medida tem a desvantagem de apresentar resultados diferentes quando as distribuições têm
médias diferentes e variâncias iguais; ou seja, com a mesma dispersão têm diferentes coeficientes
de variação.
NÍVEL DE MEDIÇÃO
ESCALA
MEDIDA NOMINAL ORDINAL INTERVALO OU MOTIVO
TENDÊNCIA
Moda Mediana meios de comunicação
CENTRAL
No nosso exemplo de distribuição de batimentos por minuto para 15 alunos temos os seguintes
dados: 62 64 65 66 68 70 71 71 72 72 80 80 80 80 83.
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A média aritmética: 72
O intervalo: 83 - 62 = 21
Os polígonos de frequência das distribuições podem ser apresentados como curvas; Ao analisar a tendência
dos dados, devemos levar em consideração:
MEDIDAS DE ASIMETRIA
Esses estatísticos indicam a direção que os dados tomam em relação a um eixo. Uma distribuição é dita
simétrica se os dados são igualmente distribuídos em ambos os lados do eixo, caso em que a simetria é igual
a zero; Pode ser positivo se os dados estiverem agrupados à direita do eixo ou negativo se estiverem
agrupados à esquerda.
MEDIDAS DE CURTOSIS
É um indicador de quão plana ou “picada” é a curva. Quando a curtose é zero significa que a curva é normal;
se for positivo significa que a curva ou polígono é mais inclinado, e se for negativo, a distribuição é achatada
ou plana.
• A distribuição Normal, é chamada de distribuição simétrica de dados com sua moda, mediana e média no
centro; a área sob a curva corresponde a 100%.
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Distribuição de escores Z:
Os escores Z são transformações que podem ser feitas nos valores ou escores obtidos, a fim de analisar
sua distância da média, em unidades de desvio padrão.
Essa padronização dos valores permite comparar diferentes distribuições, mas a forma de medição é a
mesma. A média e o desvio padrão das distribuições devem ser conhecidos. Na distribuição de escores Z,
os valores das distribuições a serem comparadas são convertidos em valores Z, utilizando a seguinte
equação:
X = média
S = desvio padrão ou SD
Os valores de Z obtidos serão incluídos entre os valores dos desvios padrão de uma distribuição normal,
ou seja, -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3.
Z=XM / ÿ x X = profissional
M = média populacional
ÿx = ÿV/n ÿx = SD /ÿn
Os valores Z também são usados quando conhecemos valores amostrais e populacionais, como proporções,
ou queremos saber a diferença de proporções de 2 amostras.
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A estatística inferencial é utilizada para dois procedimentos: a) estimar parâmetros eb) testar
hipóteses.
Estimativa de parâmetros.
Os parâmetros não podem ser calculados, porque nem todos os dados populacionais são
coletados; portanto os estatísticos são calculados e a partir deles os parâmetros são estimados.
Por outro lado, a existência de distribuições amostrais exige que, para inferir valores populacionais
a partir de estatísticas amostrais, não seja imediatamente aceito fazê-lo com o valor exato
calculado como média (ou proporção, ou diferença de médias, ou diferença de proporções). , mas
de um intervalo que contém com maior confiança o valor populacional procurado.
Foi mencionado que as estatísticas são estimativas do parâmetro, mas às vezes são obtidos dois
valores que contêm o referido parâmetro, o intervalo entre esses dois valores é chamado de
intervalo de confiança.
Um intervalo de confiança são dois valores-limite dentro dos quais se pode esperar que um
determinado parâmetro, como proporção ou a média de uma população, esteja com um
determinado nível de confiança.
Para calcular o intervalo de confiança, em uma distribuição em que a média e o desvio padrão
são conhecidos, utiliza-se a seguinte equação:
IC=X+oZ(1- ÿ /2) ÿx
A interpretação do intervalo de confiança é dada nos seguintes termos: com uma confiabilidade
de 1-alfa, estima-se que o parâmetro populacional desconhecido é
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contido nos dois valores limites que aparecem subtraindo e somando ao estatístico (média, proporção amostral), o
produto do valor Z pelo respectivo erro padrão.
TESTANDO HIPÓTESES
Quando o pesquisador precisa decidir sobre uma população examinando uma amostra dela, em um caso-controle,
coorte ou projeto analítico experimental, ele usa a técnica de teste de hipótese.
No processo investigativo, uma hipótese é definida como uma suposição que é feita para explicar certos fatos ou
eventos e é usada como base para desenvolver uma investigação, por meio da qual se busca comprová-la ou refutá-la
(rejeitar ou não a hipótese) .
Essa hipótese é traduzida em uma do tipo estatístico definida como uma suposição sobre um parâmetro ou outro valor
estatístico de uma população, hipótese alternativa; Para fazer a comparação, é utilizada a hipótese nula, que assume
que não há diferença real entre os grupos de valores a serem comparados e assume-se que as diferenças observadas
se devem a variações aleatórias dos dados. Para decidir se
rejeita ou não rejeita a hipótese nula, um valor é calculado e comparado com outro encontrado em tabelas estatísticas,
que indicam a probabilidade de cometer um erro ao aceitar ou rejeitar a hipótese nula.
Se o valor calculado for maior que o valor obtido nas tabelas, a hipótese nula é rejeitada e a diferença encontrada entre
os dois grupos de valores é declarada estatisticamente significativa.
Em relatórios clínicos de tipo científico, costuma-se indicar o nível mais baixo das tabelas com o qual a hipótese nula foi
rejeitada; este valor é indicado com a letra p, seguido do valor das tabelas p<0,01, o que significa: existe uma
probabilidade <1% de que as diferenças observadas entre as duas séries de valores sejam devidas a variações
aleatórias nos dados ; ou seja, têm significância estatística de 1%, ou seja, há 99% de probabilidade de que a rejeição
da hipótese nula seja correta.
ERRO TIPO I: Às vezes, as diferenças observadas entre as médias ou proporções de duas amostras podem ser
grandes o suficiente para rejeitar a hipótese nula, mas essa diferença pode, no entanto, ser devida ao acaso. Rejeitar a
hipótese nula quando ela é verdadeira é conhecido como erro tipo I, tipo alfa (ÿ) ou nível de significância estatística.
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Portanto, quanto menor o nível de significância utilizado, maiores as chances de ter rejeitado uma hipótese
nula que era falsa.
DECISÃO DO INVESTIGADOR
NATUREZA
REJEIÇÃO DE ACEITAÇÃO
Incorreta
HO: VERDADEIRO Correto
Erro I (Alfa ÿ)
Incorreta
PARA: FALSO
Erro II (Beta ÿ)
ERRO TIPO II: Também por acaso, pode acontecer que as amostras apresentem pequenas diferenças que
concordam com o previsto pela hipótese nula e ao observar os resultados a hipótese nula é aceita como
verdadeira mesmo que na realidade sejam populações que diferem no parâmetro medido. Essa situação é
conhecida como erro tipo II ou beta (ÿ).
Para o teste de hipóteses, deve-se conhecer a natureza dos dados que estão na base dos procedimentos,
pois isso determina o teste específico a ser utilizado, deve-se especificar se os dados se referem a contagens
ou medições.
No processo de teste de hipóteses, você trabalha com duas hipóteses que devem ser declaradas
explicitamente. O seguinte procedimento é usado:
a) Especifique as hipóteses: HIPÓTESE NULA: Ho: surge em termos de igualdade; É a hipótese que é
rejeitada ou não. HIPÓTESE ALTERNATIVA: Ha: surge em termos de diferenças; maior ou menor.
Define se o teste é de 1 ou 2 caudas.
b) Defina o nível de significância: valor alfa, refere-se à probabilidade máxima especificada de forma a
minimizar o erro tipo I. Geralmente é definido antes da seleção da amostra e pode ter valores de 1%, 5%
ou 10%; corresponde a uma área sob a curva normal chamada de região crítica ou zona de rejeição.
Esses dados são usados para obter os dados tabulares.
teste Z da curva normal (para grandes amostras maiores que 30) ou teste T de Student para pequenas
amostras menores ou iguais a 30 indivíduos; Teste de correlação e regressão.
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*
Se a hipótese nula não for rejeitada, diz-se que os dados nos quais o teste se baseia não fornecem evidências
suficientes para causar rejeição.
O qui-quadrado é um teste não paramétrico, ou seja, pode ser utilizado em distribuições não normais. As variáveis
são geralmente discretas e categóricas; é utilizada para avaliar hipóteses de associação entre duas variáveis, para
seu cálculo são utilizadas tabelas de contingência.
a) Abordagem de hipótese:
b) Nível de significância (alfa) e graus de liberdade (L-1) (K-1) de acordo com o número de linhas e colunas das
tabelas de comparação
188
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L: # de linhas; K: # de colunas.
d) Regra de decisão.
X 2 c=ÿ(OE)2 /E.
a b A1
c d Y2
X1 X2 n
Com os totais horizontais e verticais dos dados observados, os dados esperados são calculados em cada uma
das células:
f) Decisão estatística.
Quando o desenho da pesquisa é baseado em uma amostra aleatória simples, é utilizada a análise simples em
que posso usar a tabela 2x2 com variáveis dicotômicas, para procurar associação provável. Se um projeto
pareado for usado para controlar as variáveis de confusão ou quando as variáveis forem estratificadas, a análise
estratificada deve ser usada; quando o número de variáveis a serem estudadas for igual ou superior a dois, utiliza-
se a análise multivariada.
ANÁLISE MULTIVARIADA
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Este tipo de análise é utilizado para distribuições bidimensionais, duas variáveis, para
determinar se existe alguma relação entre elas e para quantificar tal relação; essas variáveis
podem ser discretas, contínuas ou uma discreta e a outra contínua. Para sua utilização, é
necessária a utilização de pacotes estatísticos por computador.
A primeira variável chama-se Xi (os valores variam de 1 a n), Yi a segunda variável (os
valores variam de 1 a n). Pares de observações (Xi,Yi) sempre serão tomados.
REGRESSÃO
Todo pesquisador geralmente tem uma amostra de observações, com base em sua análise
ele está interessado em tirar conclusões na população da qual obteve a amostra. Portanto,
quando o modelo de regressão linear simples for utilizado na análise, deve-se ter certeza de
que o referido modelo é, pelo menos, uma representação aproximada da população.
O termo regressão refere-se a um modelo matemático que permite unir alguns pontos da
nuvem ou conjunto de pontos por meio de uma linha retilínea, parabólica, exponencial ou
qualquer outra que represente o conjunto. Esses pontos podem estar agrupados ao redor da
linha ou apresentar diferenças, apresentando erros caso o encaixe não seja adequado.
A curva que minimiza a soma dos quadrados dos desvios entre os pontos dados e a dita reta
é dita a melhor.
1) Dependência causal unilateral. Essa relação ocorre quando uma das variáveis
influencia a outra, mas não vice-versa.
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3) Dependência indireta. Duas variáveis podem mostrar uma correlação através de uma terceira variável
que as influencia.
Coeficiente de correlação
O coeficiente de correlação r mede a força da associação linear entre 2 variáveis numéricas e seu valor pode
variar entre -1 e +1
Excelente correlação, quando r é maior que 0,90 e menor que 1 ou (-1 <r <-0,90)
Correlação aceitável, quando r está entre 0,80 e 0,90. ou (-0,90 < r < -0,80)
Correlação regular, quando r está entre 0,60 e 0,80 ou (-0,80 <r < -0,60)
Correlação mínima, quando r está entre 0,30 e 0,60 ou (-0,60 < r < -0,30)
Outra medida que nos ajuda a explicar a relação entre duas variáveis é o coeficiente de determinação r 2 varia
entre 0 e 1, é interpretado como a porcentagem de variação de Y que é explicada ou que está relacionada à
mudança de X. É calculado simplesmente ao quadrado do coeficiente de correlação.
A equação:
ÿ coordenada de origem
ÿ inclinação da linha.
Permite encontrar o valor de Y conhecendo um valor de X (estimador). Esta equação pode ser linear, quadrática,
exponencial, a anterior refere-se ao modelo linear.
1. a regressão procura uma equação para estimar valores de Y (variável dependente) com base em valores de X
(variável independente).
191
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Existem outras técnicas de análise estatística para associação entre variáveis como a Análise de Variância, que
é utilizada para análise de mais de duas variáveis, sendo que a variável dependente deve ser contínua e as
variáveis independentes devem ser discretas.
É um processo sequencial de adição de variáveis para calcular os dados de variância para cada uma das
variáveis independentes, após o qual é calculado um dado que mede a importância relativa de cada uma delas.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
Diferentemente dos estudos quantitativos, a pesquisa qualitativa coleta um grande volume de informações
textuais, produto de entrevistas com informantes, notas de campo e material audiovisual ou gráfico obtido em
trabalho de campo. A análise em estudos qualitativos consiste em realizar as operações às quais o pesquisador
submeterá os dados para atingir os objetivos propostos em seu estudo.
Existem várias técnicas e estratégias para analisar dados e dar sentido a eles. Uma vez que todos os estudos
qualitativos contêm bons dados descritivos, eles fornecem uma descrição íntima da vida social e podem levar a
análises etnográficas (puramente descritivas, tentando dar uma imagem verdadeira da realidade) ou análises
teóricas (destinadas a ilustrar ou verificar a veracidade de um dado sociológico). teoria).
Discute-se se a pesquisa qualitativa deve ter como objetivo desenvolver ou verificar teorias sociais, discussão
que vem sendo modulada pela abordagem da grounded theory de Glaser, em que conceitos e hipóteses surgem
da análise de dados e não de suposições a priori. método comparativo constante (análise contínua de dados
múltiplos) e amostragem teórica (seleção de casos de acordo com sua
192
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potencial de contribuição). Outro trabalho dos dados é constituído pela indução analítica,
cujo objetivo é a identificação de proposições universais e leis causais, por meio da
formulação e teste de hipóteses.
Para histórias de vida, a análise consiste em organizar e reunir o discurso de forma a captar
a subjetividade do informante, dando importância vital à descrição da carreira vital, com o
objetivo de construir um documento coerente.
Significa que buscamos reduzir os dados de nossa pesquisa para expressá-los e descrevê-
los de alguma forma (conceitual, numérica ou graficamente), de modo que respondam a uma
estrutura sistemática, inteligível para outras pessoas e, portanto, significativa . A redução de
dados é um tipo de operação que se realiza ao longo de todo o processo de pesquisa e pode
ser feita de diferentes formas (conceitual, numérica ou graficamente, conforme indicado),
mas na pesquisa qualitativa refere-se mais do que qualquer outra coisa à categorização e
dosagem dos dados.
categorização.
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Entre as tarefas de redução de dados qualitativos, possivelmente as mais representativas e ao mesmo tempo
as mais comuns são a categorização e a codificação. Às vezes, até se considerou que a análise de dados
qualitativos se caracteriza justamente por se basear nesse tipo de tarefa. (Gregorio Rodriguez Gomez, Javier
Gil Flores, Eduardo Garcés Jimenez, Qualitative Research Methodology, Editorial Algibe, 1999, página 205)
Na metodologia qualitativa, os dados coletados precisam ser traduzidos em categorias para poder fazer
comparações e possíveis contrastes, para que os dados possam ser organizados conceitualmente e as
informações apresentadas seguindo algum tipo de padrão emergente ou regularidade.
A categorização (ou seja, fechar ou estabelecer as categorias) facilita a classificação dos dados registrados
e, portanto, leva a uma simplificação significativa.
“A pesquisa qualitativa lida com um volume muito grande de dados, por isso é necessário categorizá-los
para facilitar sua análise e poder responder aos objetivos que podem mudar à medida que as informações
são obtidas.
As categorias podem ser criadas a partir de uma palavra de uma ideia que é semelhante em outras ideias,
ou criando um nome com base em um critério unificador, conseguindo que ao final do processo todas as
ideias sejam incluídas em alguma categoria.
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Na construção das categorias não devem ser feitas interpretações prévias e sempre respeitar as informações
obtidas.
Quando muitas ideias foram incluídas em uma categoria, deve-se analisar a possibilidade de dividi-la em
subcategorias para facilitar a análise posterior.”2[5]
A categorização pode ser feita antes de entrevistar ou depois de ter feito as entrevistas. Ou seja, a categorização
pode ser predefinida pelo analista (o que geralmente é feito no método de entrevista semiestruturada), ou, ao
contrário, pode surgir à medida que os dados já coletados são analisados:
1. O primeiro caso (antes) consiste em estabelecer um conjunto de categorias (ou classes de fenômenos
ou fatos) a partir das teorias que estudam aquele fenômeno ou fato (método ético).
2. No segundo caso (depois), quer tenham sido realizadas entrevistas ou apenas observação no terreno, são
estabelecidas categorias de análise após a realização das entrevistas ou observações, com base no que as
pessoas dizem ou fazem ( método emic ).
Como se faz?
1. Categorização: Com base nos antecedentes coletados no Referencial Teórico, estabelecem-se as ideias ou
temas mais marcantes que devem ser consultados/investigados/compilados no campo, fazendo-se uma listagem
com eles. Por exemplo, se um pesquisador precisa saber sobre a ingestão de alimentos em um determinado
ambiente,
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Você pode acabar fazendo a seguinte lista de categorias (categorias cuja importância teria ficado bem clara
em seu Referencial Teórico, que é o que as sugere):
Categorías:
2. Dieta.
3. Uso de temperos.
4. Comidas.
Definição operacional. Passamos a definir cada uma das categorias, indicando como se encontram na realidade,
tal como apresentadas pelas teorias recolhidas no Referencial Teórico ou em textos especializados. Não é
recomendável definir de acordo com os dicionários, porque essas definições são muito gerais e muitas vezes
não refletem a realidade que está sendo estudada.
Área de pesquisa, Alimentação: Informações sobre a alimentação da família (ou escola, ou local)
CATEGORÍAS:
SUBCATEGORIAS
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2. CATEGORIA DA DIETA: Tipos de alimentos consumidos, segundo a classificação XXX; horas do dia
e mudanças na ingestão de acordo com as estações do ano.
SUBCATEGORIAS
2.5. Diferenças de grupo na dieta (por exemplo, por idade, sexo, classe, etc.)
SUBCATEGORIAS:
SUBCATEGORIAS:
4.2. Frequência alimentar irregular (por exemplo: horas, número por dia, participantes, composição,
etc.)
197
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SUBCATEGORIAS:
A partir do exposto, sugere-se que nos casos de tese de pesquisa em que a pesquisa qualitativa é
realizada, o seguinte procedimento metodológico é recomendado como um caminho bastante
satisfatório (entendendo que houve um progresso satisfatório em (a) a definição ou declaração do
problema, (b) a formulação de um quadro teórico que conduza a uma investigação qualitativa):
3) Formular os tópicos das entrevistas semiestruturadas que serão feitas aos futuros entrevistados-
informantes, com base nas categorias e suas subcategorias.
Observe que estamos falando de tópicos e não de perguntas. De fato, nas entrevistas
semiestruturadas, cada categoria se torna um tópico de conversa com o entrevistado, de modo
que serve como um guia de conversa e entrevista para o entrevistador, não perguntas
fechadas, porque neste caso os entrevistados tendem a dar respostas breves e concisas respostas,
que é o que não queremos que aconteça, pelo contrário, interessa-nos que o entrevistado responda
o mais possível sobre o nosso "tema" (categoria) de entrevista, para que sem sair dele possamos
reformular as perguntas e insistir fazer novas perguntas que busquem esclarecer mais sobre o que
o entrevistado realmente pensa sobre o assunto.
Exemplo de categorização. Neste exemplo, sobre "Visão da participação dos pais e responsáveis no
processo educacional de seus filhos" as categorias de trabalho do
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As entrevistas foram pré-definidas pelos pesquisadores. As mesmas categorias foram utilizadas para entrevistar
supervisores (2), Diretor, professores (8) e pais (6).
CATEGORÍA Enunciado
CATEGORIA 2
Conformidade dos professores perante a participação dos pais e responsáveis.
Conformidade com
participar
CATEGORIA 3
Motivação que o professor consegue nos pais e responsáveis para melhorar o
CATEGORIA 4
Participação de supervisores em oficinas para pais e responsáveis
Participação de
supervisores
CATEGORIA 5
Produtividade/ uso da participação dos pais na aprendizagem escolar
Produtividade
CATEGORIA 6
Papel dos pais na aprendizagem escolar segundo a reforma educacional.
Consiste em reduzir ainda mais as informações coletadas na etapa anterior, utilizando qualquer recurso que
permita mostrar conclusões sobre as respostas obtidas para cada categoria por todos os entrevistados. Uma
forma poderia ser simplesmente reduzir tudo a um conjunto de conclusões que sirvam para responder diretamente
aos Objetivos Específicos.
Outra possibilidade mais gráfica e, portanto, mais fácil de entender pelos avaliadores, é transferir as respostas
para Tabelas em que as linhas representam os
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categorias ordenadas e colunas para os entrevistados, com uma coluna final para mostrar as
conclusões. Neste caso estamos comparando as respostas de cada um dos entrevistados para
tirar conclusões que podem ser vistas lado a lado na tabela correspondente. São feitas tantas
tabelas comparativas quantas forem necessárias. Este processo é explicado a seguir:
Feitas as entrevistas, essa massa de informações, geralmente gravadas em fitas cassete, deve
ser reduzida a um texto de fácil análise para tirar conclusões (lembre-se que você está tentando
encontrar respostas curtas, precisas e concisas para os Objetivos Específicos) . Para isso, os
cassetes são transliterados.
Este trabalho é crucial em qualquer investigação. Você deve transliterar a fita inteira e não se
deixar levar pela urgência e apenas transliterar o que lhe parece importante apenas ouvindo
enquanto toca a fita. Isso porque, posteriormente, deve-se ler todas aquelas informações
escritas quantas vezes forem necessárias e fazer todos os comentários ao texto que se possa
imaginar, destacando as expressões, frases, frases e parágrafos que são significativos para
eles. questões colocadas pelos Objetivos Específicos. Atualmente temos programas de
computador para fazer isso, como o Atlas Ti, por exemplo.
Você tem que se acostumar com a ideia de que a transliteração dos cassetes de gravação
demorava, especialmente porque um minuto gravado requer aproximadamente 7 minutos para
ser transliterado. Pessoalmente, prefiro contratar alguém para fazer este trabalho. Você paga
por cassete transliterado.
São extraídos os trechos de texto dos quais são extraídas as expressões que mais se
enquadram e se assemelham a uma resposta à entrevista e as categorias de análise que foram
utilizadas para a entrevista. Essa resposta é “resumida” pelo pesquisador, em suas próprias
palavras. Mas, para evidenciar a validade de sua interpretação, costuma-se (não é obrigatório)
incorporar um trecho textual, geralmente escrito em itálico e “entre aspas”, do que o entrevistado
declarou. Este parágrafo não deve ser longo, mas deve deixar bem clara a sua resposta à
categoria sob investigação naquele caso. Por exemplo, a partir de pesquisas sobre a relação
entre pacientes indígenas e pessoal médico:
Outro profissional opina: “aqui isso não acontece. Nós que trabalhamos já temos um conceito
diferente, senão não teríamos trabalhado aqui”. A existência de estereótipos favoráveis dentro
do sistema médico também abre efetivamente o contato interétnico: pacientes-médicos, médicos-
machis. ... Alguns pacientes pensam nisso: "aqui eles me tratam bem, aquele que já é velho",
"aqui as coisas são diferentes", "eles me tratam com respeito", "em Temuco eles te tratam mal".
(Ver mais exemplos no Anexo 1).
200
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Uma forma prática de fazer o trabalho de comparar textos com expressões dos entrevistados é criar uma
Matrix muito parecida com a Data Matrix utilizada em pesquisas quantitativas:
É feita uma tabela na qual as respostas dos entrevistados são escritas nas colunas, mas, além disso, os
temas ou categorias que surgem da entrevista (ou que foram desenhados anteriormente) são colocados nas
linhas, deixando a última coluna para fazer um "síntese conclusiva" Ou seja, resume as diferentes opiniões
de cada entrevistado, mas ao mesmo tempo propõe uma opinião ou conclusão sobre o que é esta
subcategoria.
Resumo
Entrevistado 1 Entrevistado 2 Entrevistado 3 entrevistado...n conclusivo de
investigador
Categoría a
Categoría b
Categoria c ...
etc
Exemplo:
Extraído de uma investigação de tese em que foi investigada a opinião dos professores sobre sua participação
no processo de Gestão Educacional. Nesse caso, o desenho metodológico contemplou 12 categorias com
suas respectivas subcategorias. As categorias foram estabelecidas antes da entrevista, para servirem de
tópicos ou temas da mesma e as subcategorias foram extraídas das respostas dadas pelos entrevistados,
embora já houvesse uma ideia prévia do que poderiam ser. No total foram 5 entrevistados.
Concepção de Liderança
201
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Plano de ação
dentro do
estabelecimento
Formulação de
CATEGORIA 2 estratégia
Gestão de recursos
gestão de currículo
Humanos que realizam a
escola Clima organizacional e
convivência dentro da
estabelecimento
Visualização dos
produtos esperados
A mesa final é bastante longa, mas útil para tirar conclusões das diferentes opiniões coletadas
nas cinco entrevistas. Abaixo está uma pequena fração da Tabela real:
Ela ocorre no Bem, estão ...Eu acho que Como eu lhe não há O
medida de fartos existe um Pi, eu acho disse nada de bom planejamento
as planejamento porque não actividades administração de ações para
capacidades é que eles participo do PI. as em do dentro do
que cada são realizados Eu acho que estratégias recursos, unidade
professor tem dentro de existe um Pi, mas curriculares porque há Segundo os
ea digamos não planejamento colegas que
especialização escola, e isso participei da é tudo têm os seus entrevistados, a
que cada um é feito execução do Pi, forte, formação
CATEGORIA tem nas nem entre depende das
A2 Planejamento professor. reuniões, participei e caso, na habilidades e
de ações para nós não temos infelizmente ciência especialização
Gerenciamento dentro de um quando existe um individualmente, natural ou de cada
de estabelecimento chefe Pi todo o corpo cada professor de acordo
sociais com
e não professor.
Recursos para de unidade de professores deles são Tendo em vista
Humanos técnica aqui, participa porque subsectores fazendo isso, os
então, uh, o no Pi o fundamental quem dirige durante o professores
PADEM PI é ver a visão e ver como seus setores Acham que não
e todos os o perfil dos alunos Também com as aulas há uma
tipos de seu curso como boa gestão dos
grandes corresponde recursos
projetos, o que queremos , como para Em quanto a
202
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203
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distorcer
por não saber
de forma clara
e completa
processo
de formulação
de estratégias
dentro
a unidade
educacional.
Uma vez feitas essas tabelas, você deve descrever suas descobertas com clareza, sem
deixar de ser breve, preciso e conciso ao escrever. As expressões dos entrevistados levados
às colunas podem ser utilizadas como exemplos que ilustram as conclusões que vão sendo
levantadas sobre o tecido de situações que se tem revelado com a investigação.
(Não se esqueça que toda a investigação não consiste em nada além de resolver os Objetivos
Específicos. Quando é alcançado, o Objetivo Geral é resolvido)
Um dos mais conhecidos é o programa QSR NUD*IST (Non Numerical Unstructed Data
Indexing Searching and Theorizing).
204
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hyperlink entre si e para memorandos, bem como para Data Bites (imagem, áudio, arquivos de vídeo,
planilhas, bancos de dados, gráficos, etc.) para visualização que requer o respectivo visualizador externo.
Os memorandos são documentos por si só, portanto, também podem ser editados, codificados e
vinculados como documentos primários. Ele pode ser codificado usando a técnica de arrastar e soltar.
Também na barra de codificação rápida, onde se encontram os códigos usados mais recentemente. Ele
permite que você crie novos códigos (nós) simplesmente clicando em uma palavra no documento
principal. Você pode exibir os códigos aplicados ao texto como uma série de colchetes de cores diferentes
que se movem junto com o texto. Permite pré-codificar automaticamente os documentos com base na
estrutura dos mesmos em seções, subseções e títulos.
Você pode definir conjuntos de documentos (conjuntos) arrastando-os, atribuindo propriedades a eles e
tratando-os como um todo.
Ele realiza pesquisas textuais de cadeias de caracteres e padrões de caracteres, bem como passagens
codificadas de acordo com uma ampla gama de operadores. Codifique automaticamente os resultados.
Ele incorpora um Modelizer e um Model Explorer, que permite criar representações gráficas coloridas das
relações entre os dados e nossas ideias.
Mesmo modelos das relações entre diferentes modelos podem ser feitos. Você pode ir imediatamente do
gráfico para qualquer um dos objetos que o compõem, até chegar ao texto do documento principal ou às
suas próprias anotações.
Ele permite imprimir relatórios de todos os objetos em arquivos ASCII ou RTF e salvar ou imprimir os
modelos como imagens bitmap. Gera tabelas com diversos tipos de informações quantitativas que podem
ser exportadas para o SPSS para posterior processamento estatístico e pode importar dados do SPSS
ou de qualquer outro programa que utilize tabelas.
Um nó ou um grupo de nós pode ser exportado para o Decision Explorer para análise posterior.
Possui ferramentas para facilitar o trabalho em equipe e networking, gerenciando senhas e níveis de
acesso.
Você pode gerar cópias autoexecutáveis somente leitura para compartilhar seus dados com segurança
com terceiros, evitando modificações não autorizadas.
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Para ver uma apresentação em PowerPoint sobre NUD*IST, você pode visitar: http://
www.analisiscualitativo.com.ar/n4index.htm
O ATRLAS/ti é mais do que apenas armazenar dados e facilitar o acesso posterior. No caso
do Atlas/ti, a localização e recuperação dos dados é perfeita. Mas tem a vantagem acrescida
de disponibilizar toda uma série de ferramentas para tecer relações entre os mais variados
elementos de dados, para explicitar interpretações e poder, num determinado momento,
"chamar" todos os elementos que podem suportar tal ou Que argumento ou conclusão? Este
último pode ser de especial valor quando chega a hora de escrever, de comunicar os
resultados a outras pessoas.
Tanto os dados originais quanto as relações que são criadas entre eles constituem
conhecimento. Aqui o conhecimento é considerado, no contexto de uma investigação, a soma
de nossos dados no momento em que a eles se sobrepõe uma estrutura de relações, de
associações, voltada para um fim. Este propósito pode ser um estudo para a melhoria do
atendimento ao cliente de uma empresa, uma Tese de Doutorado, a gestão de um catálogo
de peças e componentes em que devem ser atendidas relações complexas, investigações
para a resolução de um crime... ou qualquer assunto sobre o qual pretendamos aprofundar e
ampliar o que sabemos.
Seu foco é a análise qualitativa, não pretende automatizar o processo de análise, mas
simplesmente ajudar o intérprete humano simplificando consideravelmente muitas das
atividades envolvidas na análise e interpretação de texto.
206
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Todas essas atividades pertencem a um Nível Textual onde o programa opera. Mas complementa-
se com um Nível Conceptual, como o estabelecimento de relações entre os elementos e a
elaboração de modelos através da representação gráfica.
Para uma apresentação introdutória ao programa de análise qualitativa de dados textuais, pode
visitar o site: http://usuarios.iponet.es/casinada/19atlas.htm
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
BONILLA CASTRO, Elsy e RODRIGUEZ SEHK, Penelope. Além do dilema dos métodos.
A investigação ciências sociais. 3ª Ed. Santafé de Bogotá, Ediciones Uniandes, 1997.
Boné. 6. Tratamento de dados qualitativos. P. 243-3
207
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Objetivos de aprendizado:
Contente:
3) O projeto de pesquisa:
• Guia para a elaboração do projeto de pesquisa.
4) O relatório final da investigação:
• Roteiro para apresentação do relatório final de pesquisa ou monografia de
nota.
O projeto de pesquisa visa comunicar de forma clara e precisa o problema de estudo, sua
importância e as técnicas a serem utilizadas para sua solução.
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• Título
• Nomes das pessoas que participam do processo • Definição
e delimitação do problema • Antecedentes e
justificativa • Objetivos gerais e
específicos • Quadro referencial e
hipótese • Desenho metodológico.
Tipo de estudo, descrição da área, universo e amostra, variáveis e indicadores, técnicas e
instrumentos, plano de tabulação e análise da informação
Qualquer pesquisa válida deve ser publicada, sob pena de perder seu valor social e, portanto,
sua razão de ser. Muitos esforços e recursos são desperdiçados quando os resultados do
trabalho de pesquisa não são publicados e ocorrem repetições desnecessárias de projetos já
realizados, ou novas e importantes descobertas não são colocadas a serviço das pessoas
afetadas pelos problemas investigados.
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O relatório de pesquisa representa o resultado final de um longo processo de pesquisa. É uma das partes
mais importantes do processo de pesquisa, onde o autor apresenta o resultado do seu esforço. Inicialmente
deve-se estabelecer se o relatório será publicado em periódico, tese ou outros, pois a forma e o conteúdo
podem variar.
Deve ser escrito de forma simples e clara para que o leitor possa formar sua própria opinião sobre o valor dos
resultados relatados.
Seja qual for o tipo de pesquisa, a apresentação dos resultados é feita com base em normas que permitem a
estruturação lógica da forma e conteúdo da exposição teórica. O objetivo deste guia GUIA PARA ELABORAÇÃO
E APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA é fornecer algumas orientações gerais para
ajudar o aluno pesquisador a comunicar seus resultados. O guia está estruturado de forma a que o aluno
desenvolva passo a passo o relatório final da sua investigação.
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O guia de elaboração do relatório final é um documento que fornece as diretrizes gerais para
a elaboração de um relatório monográfico. Dependendo do tipo de estudo e suas características,
este será o seu conteúdo. No entanto, existem elementos mínimos que não podem ser
excluídos e são apresentados a seguir: (Ver Anexo B)
• Tampa
• Partes preliminares (Capa, dedicatória, página de agradecimento, página de aceitação, sumário, lista
de tabelas e lista de gráficos) • Introdução
• Discussão
• Conclusões
• Recomendações
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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e redação. Espanha, Gedisa, 1994.
GARTNER ISAZA, Lorraine. Guia para a elaboração de projetos e relatórios finais de pesquisa.
Manizales, Universidade de Caldas, Programa de Trabalho Social, apostilas nº 5, 2004.
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BIBLIOGRAFIA
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informações. México, Lumen, 2003.
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BONILLA CASTRO, Elsy e RODRIGUEZ SEHK, Penelope. Além do dilema dos métodos.
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DELGADO, Juan Manuel e GUTIERREZ, Juan. Métodos e técnicas qualitativas de pesquisa em ciências
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metodologia. Revista de Ciências Humanas - UTP. nº 20.
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GUTIERREZ, Juan e DELGADO, Juan Manuel. Métodos e técnicas qualitativas de pesquisa em ciências
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