Você está na página 1de 5

Escola: Centro educacional 03 de Planaltina-Df

Professora: Tatiana
Alunos: Kaio, Samuel Alves, Bianca, Maria Clara, Gabrielly
Matéria: Filosofia

Data:05/10/2022
Parmênides
Parmênides foi o principal filósofo da Escola Eleata e um forte defensor do
monismo e do imobilismo no mundo antigo. Suas ideias influenciaram,
especialmente, Platão.
O filósofo grego Parmênides de Eléia foi o principal pensador da Escola
Eleata. Suas teorias sucederam às ideias de Xenófanes e visavam a
apresentar o imobilismo e a unidade como essência do surgimento do
Universo. Parmênides fundou uma teoria que serviu de base para a filosofia
platônica, e o seu embate com o pensamento de Heráclito forneceu bases
para a filosofia desenvolvida pelos pensadores pluralistas.

Pensamentos

A teoria cosmológica de Parmênides difere-se muito das teorias


apresentadas até então, aproximando-se apenas do princípio proposto por
Xenófanes. Parmênides não formulou uma teoria cosmológica baseada em
um princípio (arché) material e definido. Para o filósofo, havia uma espécie
de organização racional no universo que era infinita, uma, indivisível,
imutável e imóvel.

A teoria parmenidiana estava centrada no que ele chamou de “ser”. O ser das
coisas era o princípio fundamental, baseado em uma espécie de ideia infinita
e universal. Dessa maneira, tudo o que existia possuía o “ser” dentro de si. O
que existe, ou seja, que possui o ser, pode ser enunciado e pensado. O que
não existe não poderia, na visão do filósofo, ser pensado e nem enunciado. O
problema legado à posteridade foi o problema do erro.

Para que o erro e a mentira existam, é necessária a existência do “não ser”.


Como o “não ser” não é e não existe, como seria possível a existência do
erro e da mentira? A resposta de Parmênides foi que o não ser, que permitia
o erro e a mentira, era apenas uma ilusão causada pela opinião e pelos
sentidos.
Para Parmênides, era dotado de existência somente aquilo que existe
infinitamente e de maneira imóvel, ou seja, somente por meio das essências.
A essência é o que aponta o ser existente em algo ou alguém. Essa essência
é fixa, eterna e imutável, e as mudanças que percebemos nas coisas são, na
realidade, fruto de nossos sentidos enganosos.

“O ser é e o não ser não é”, frase proferida por Parmênides, indica que o ser
(o que existe) é, pois é idêntico a si mesmo e indica a si mesmo. O não ser
não é, pois não existe, não possui identidade. As identidades são as
definições de uma lógica rudimentar já utilizada por Parmênides, mas ainda
muito próximas a uma metafísica.

A teoria do imobilismo universal, já iniciada por Xenófanes e aperfeiçoada


por Parmênides, foi em grande medida utilizada pelo cristianismo para
justificar a ideia de um Deus único, eterno e imutável.

Obra
Hoje existe apenas fragmentos do poema de Parmênides intitulado Sobre a
Natureza. Esse poema condensa toda a sua teoria cosmológica e esclarece o
que ele entende por verdade. O poema é composto de três partes, sendo elas
um proêmio, a primeira parte e a segunda parte.
O proêmio apresenta o encontro do eu lírico com uma deusa. Tal encontro
não pretende afirmar qualquer tipo de mística, mas somente apresentar um
recurso estilístico, pois é a deusa a guia que leva o eu lírico à descoberta da
verdade e desmascaramento da opinião.
A segunda parte do poema apresenta a via ou o caminho da verdade e da
razão. Fugindo do erro, da ilusão e da mentira, o eu lírico apresenta que há
uma via em que o conhecimento é verdadeiramente seguro, pois está
centrada no monismo e no imobilismo.
A terceira parte do poema apresenta a via da opinião (doxa, em grego) que
é o caminho do engano e das incertezas. É a via que apresenta os enganos e
as ilusões dos sentidos, da opinião e da mentira, que não estão assentados
na certeza da essência do ser."
Inspiração a Platão
A grande inspiração da filosofia platônica foi a teoria de Parmênides sobre
o ser e o conceito das coisas. Ao defender que há uma essência infinita,
eterna e imutável para tudo e que essa essência era, justamente, o ser,
Parmênides ofereceu a Platão a ferramenta para a fundamentação do
idealismo.
Para Platão, o “ser” de Parmênides representava as ideias, eternas e
imutáveis. A mudança era o fruto das aparências e dos enganos dos
sentidos, que viam apenas as superfícies, que eram imperfeitas como toda a
matéria.

Você também pode gostar