Professor: Anastácio Borges de Araújo Júnior Data: 19/08/2022
De início, a importância dos mitos, que podemos definir como: o desenvolvimento
natural da linguagem primitiva. E para entender como surge a filosofia, essa compreensão acerca dos mitos se faz necessária. O discurso mítico, possuía preponderantemente o enfoque de explicar principalmente a natureza e os fenômenos naturalísticos. E nada mais natural que os primeiros filósofos, denominados comumente de pré-socráticos, tivessem como seu principal foco a natureza, a chamada “physis”, o famoso “problema da physis”, dúvidas como: qual o princípio de todas as coisas? qual o elemento primeiro, que deu origem as demais coisas? Como também: o problema do devir. Esses filósofos possuem importância ímpar, porque foram os primeiros a explicar e a pensar nos questionamentos supracitados, fora de uma narrativa mítica, buscando de fato dar explicações “racionais”.
Destaco alguns deles como Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto e Parmênides
de Eleia. Tales, a quem Aristóteles denominou de iniciador da filosofia, a filosofia da arché, através de estudos e observações, percebeu que a água é fundamental para manutenção da vida de toda e qualquer sociedade. Logo, para ele, a origem da natureza e da vida vem da água. Segundo Nietzsche, a filosofia grega aparenta começar com uma proposição absurda de que a água seria a origem e a matriz de todas as coisas, mas ele destaca a importância disso afirmando que essa proposição carrega consigo algumas características importantes, como: a não utilização de imagens ou fábulas, o simples fato dessa afirmativa se tratar sobre a origem das coisas e que estaria presente neste pensamento a ideia de que tudo é um. Anaximandro, por sua vez, não acredita que esteja na materialidade a origem da própria materialidade, deve haver algo fora dela que possa gerar essa natureza. Anaximandro percebeu que todas as coisas que existem, só existem por que vem do seu oposto, por exemplo: a morte só existe por que antes houve vida, o dia só surge porque antes veio a noite. Segundo Anaximandro aqui tudo é: material, preenchido, limitado e finito. Portanto, se formos ao oposto disso chegaremos ao elemento que seja: não material, não preenchido, ilimitado e infinito. Elemento esse que denominou de Ápeiron, algo fora da “physis”, indefinido. Parmênides, usa uma espécie de mitologia para introduzir sua filosofia em relação a verdade. Ele afirma que uma deusa, em um carro puxado por muitos cavalos o conduz a um caminho que o levaria a verdade e durante esse caminho teria um momento em que passariam por um portão, mas dentro desse portão, passada essa primeira fase, o caminho se bifurcaria, um dos lados desse caminho era o caminho da opinião, por tanto, o caminho da mentira, esse caminho não seria confiável porque ele passava pela via dos sentidos. O outro caminho, o confiável, é o caminho da razão ou o caminho pelo qual passamos usando a razão para determinar o conhecimento das coisas. E a verdade revelada por esse caminho é o famoso axioma: o ser é. O não-ser, não é. De forma genérica, tudo que existe é o ser, e o que não existe passa a ser conhecido como não ser. Tudo que é pensável é também existente e não pode deixar de ser ou deixar de existir. O não-ser não pode ser pensado e não pode ser de maneira alguma. O ser para Parmênides não pode ser gerado, pois se ele vier a ser gerado, ele estava na não existência e passou a existir, não há passado, futuro ou mudança. O ser é esferiforme, uno e incorruptível.
Avalio o curso de forma positiva, pois ingressei no curso de filosofia com o
interesse principal em filosofia contemporânea e medieval. E no decorrer das aulas tive forte interesse na filosofia antiga. Creio que a minha principal dificuldade foi para de fato entender alguns pensadores como Parmênides, foi não pensar como penso hoje e de fato colocar de lado todas as ideias e conceitos que já tinha de acerca de algumas temáticas para que tivesse a compreensão real do que ele realmente quis falar. A discussão de fragmentos também auxiliou muito no entendimento geral do que estava sendo discutido, bem como a leitura dos textos auxiliares.
Sincronicidade e entrelaçamento quântico. Campos de força. Não-localidade. Percepções extra-sensoriais. As surpreendentes propriedades da física quântica.