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SEMINÁRIO E INSTITUTO BÍBLICO MARANATA

CURSO TEOLÓGICO MINISTÉRIAL


FELIPE LIMA MONTEIRO

QUESTIONÁRIO – CAP. 11: A REALIDADE É UNA OU MÚLTIPLA?

Disciplina: Introdução à Filosofia

Professor: Valberth Veras

FORTALEZA

2023
1. Qual é o problema discutido nesse capítulo?

O problema discutido nesse capítulo, é se a realidade é una ou múltipla.

2. Como Parmênides defendeu o monismo? Você vê alguma falha na argumentação dele?

Parmênides, sustentou o argumentar que a realidade última é singular e imutável. Ele afirmava
que o "ser" é o único princípio genuíno e que o "não-ser" é logicamente impossível, pois algo não
pode surgir do nada. Parmênides acreditava que a mudança e a multiplicidade observadas no
mundo fenomenal eram ilusórias e resultavam de enganos sensoriais. Ele considerava o "ser"
como eterno, homogêneo e indivisível, rejeitando a possibilidade de várias substâncias ou
princípios coexistindo. Sua defesa do monismo ressaltava a importância da razão e da lógica para
acessar a verdade fundamental e desvelar a natureza imutável da realidade.

Contudo, sua rejeição do "não-ser" como logicamente impossível pode ser questionada pela
maneira como ele define esse conceito. Além disso, ao negar a existência da mudança e da
multiplicidade observadas no mundo empírico, Parmênides parece desconsiderar aspectos
fundamentais da experiência humana e da própria ciência, que buscam explicar fenômenos
variados e evolutivos. Sua visão rígida e imutável da realidade pode também limitar a
compreensão das complexidades do mundo natural.

3. O que é o argumento reductio ad absurdum?

O argumento "reductio ad absurdum", em latim, significa "redução ao absurdo". É um método


lógico utilizado para refutar uma afirmação ou argumento ao demonstrar que, ao seguir suas
premissas até suas conclusões lógicas, se chega a uma consequência claramente absurda,
contraditória ou impossível. Esse método envolve assumir temporariamente a validade das
premissas do argumento em questão e, em seguida, mostrar que essas premissas levam a uma
conclusão que vai contra o senso comum, a lógica ou outros princípios estabelecidos. Dessa
forma, a argumentação é "reduzida ao absurdo", evidenciando a insustentabilidade das
premissas originais. O argumento reductio ad absurdum é frequentemente usado para mostrar
as fraquezas de argumentos inválidos ou conclusões não razoáveis, demonstrando que tais
posições resultariam em resultados ilógicos ou inaceitáveis.

4. Que resposta deram os atomistas ao problema da realidade?

Os atomistas, como Leucipo e Demócrito, responderam ao problema da realidade argumentando


que o mundo é composto por átomos indivisíveis e vazios, que se combinam de várias maneiras
para formar diferentes objetos e seres.

5. Segundo Platão, como as coisas diferem entre si?

Platão afirmou que as coisas diferem entre si devido às Formas ou Ideias, que são realidades
eternas e imutáveis que existem no mundo das Ideias. Os objetos no mundo sensível são apenas
cópias imperfeitas dessas Formas.

6. Como Aristóteles descreveu a realidade?

Aristóteles descreveu a realidade em termos de substâncias individuais que possuem essência e


acidente. Ele enfatizou a importância da observação empírica e classificou as coisas com base em
suas características essenciais.

7. Qual foi a contribuição de Tomás de Aquino ao problema do uno e do múltiplo?


Tomás de Aquino contribuiu para o problema do uno e do múltiplo ao incorporar o pensamento
de Aristóteles à teologia cristã. Ele argumentou que Deus é a unidade suprema, e todas as coisas
são unificadas por sua relação com Deus, enquanto mantêm suas identidades individuais.

8. O que é unidade para Plotino?

Para Plotino, a unidade é a fonte primordial de tudo, uma realidade transcendente que emana
em vários graus, culminando no Uno supremo. A busca pela unidade é uma busca pela
reintegração com essa realidade superior.

9. Pode a Trindade cristã ser um modelo para o uno e o múltiplo?

A Trindade cristã, que compreende um único Deus em três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo),
pode ser vista como um modelo para o uno e o múltiplo, já que enfatiza a unidade da divindade
em meio à multiplicidade das pessoas divinas, oferecendo uma perspectiva teológica sobre essa
dualidade.

10. Qual é a sua conclusão sobre o problema abordado neste capítulo?

Acredito que a realidade é una e múltipla, como a trindade. A Trindade afirma que Deus é uma
única essência divina, uma realidade indivisível, que se manifesta em três pessoas distintas: Pai,
Filho e Espírito Santo. Essas três pessoas compartilham a mesma essência divina e estão
inseparavelmente unidas, representando a unidade essencial de Deus. No entanto, a Trindade
também reconhece a multiplicidade de aspectos e relações dentro dessa unidade divina. Essa
compreensão paradoxal de unidade na multiplicidade reflete-se no modo como Deus é
percebido como o Uno supremo que abraça a diversidade de relações e funções distintas nas três
pessoas divinas. Isso sugere que a unidade e a multiplicidade podem coexistir dentro de uma
compreensão mais profunda da realidade, ressaltando uma harmonia entre a singularidade da
essência divina e a diversidade das pessoas divinas.

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