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FORTALEZA
2023
1. Qual é o problema discutido nesse capítulo?
Parmênides, sustentou o argumentar que a realidade última é singular e imutável. Ele afirmava
que o "ser" é o único princípio genuíno e que o "não-ser" é logicamente impossível, pois algo não
pode surgir do nada. Parmênides acreditava que a mudança e a multiplicidade observadas no
mundo fenomenal eram ilusórias e resultavam de enganos sensoriais. Ele considerava o "ser"
como eterno, homogêneo e indivisível, rejeitando a possibilidade de várias substâncias ou
princípios coexistindo. Sua defesa do monismo ressaltava a importância da razão e da lógica para
acessar a verdade fundamental e desvelar a natureza imutável da realidade.
Contudo, sua rejeição do "não-ser" como logicamente impossível pode ser questionada pela
maneira como ele define esse conceito. Além disso, ao negar a existência da mudança e da
multiplicidade observadas no mundo empírico, Parmênides parece desconsiderar aspectos
fundamentais da experiência humana e da própria ciência, que buscam explicar fenômenos
variados e evolutivos. Sua visão rígida e imutável da realidade pode também limitar a
compreensão das complexidades do mundo natural.
Platão afirmou que as coisas diferem entre si devido às Formas ou Ideias, que são realidades
eternas e imutáveis que existem no mundo das Ideias. Os objetos no mundo sensível são apenas
cópias imperfeitas dessas Formas.
Para Plotino, a unidade é a fonte primordial de tudo, uma realidade transcendente que emana
em vários graus, culminando no Uno supremo. A busca pela unidade é uma busca pela
reintegração com essa realidade superior.
A Trindade cristã, que compreende um único Deus em três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo),
pode ser vista como um modelo para o uno e o múltiplo, já que enfatiza a unidade da divindade
em meio à multiplicidade das pessoas divinas, oferecendo uma perspectiva teológica sobre essa
dualidade.
Acredito que a realidade é una e múltipla, como a trindade. A Trindade afirma que Deus é uma
única essência divina, uma realidade indivisível, que se manifesta em três pessoas distintas: Pai,
Filho e Espírito Santo. Essas três pessoas compartilham a mesma essência divina e estão
inseparavelmente unidas, representando a unidade essencial de Deus. No entanto, a Trindade
também reconhece a multiplicidade de aspectos e relações dentro dessa unidade divina. Essa
compreensão paradoxal de unidade na multiplicidade reflete-se no modo como Deus é
percebido como o Uno supremo que abraça a diversidade de relações e funções distintas nas três
pessoas divinas. Isso sugere que a unidade e a multiplicidade podem coexistir dentro de uma
compreensão mais profunda da realidade, ressaltando uma harmonia entre a singularidade da
essência divina e a diversidade das pessoas divinas.