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Naum, a justiça de Deus vista na história humana

Texto devocional: Naum 1.1-10


Versículo-chave: Gálatas 6.7
Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear,
isso também ceifará.
Alvo da lição:
Trazer consolação aos alunos, mostrando que os males da vida não hão de
prosperar sempre; o juízo de Deus já está decretado.
Muitos historiadores pensam que a história é efetuada por pessoas apenas. Isto é
o inverso do que a Bíblia ensina. Segundo a Bíblia, é Deus, a rigor, a potência
que move a história. A história é teocêntrica, não antropocêntrica. Ou seja, é
Deus, não o homem, quem controla os acontecimentos da história humana.
Judá. Ele provoca, por intermédio de Ciro, a volta do exílio e julga as nações,
reduzindo-as a pó. Nada fica fora do Seu controle. Até mesmo o erro humano se
torna um meio de Deus alcançar Seu alvo histórico, como no caso de José e seus
irmãos que o venderam, e dos judeus que pregaram Jesus na cruz. Enfim, aqueles
acontecimentos que o mundo considera primários, na verdade são secundários,
simples instrumentos, movidos pelo grande Rei do Universo.
Agora, se acreditarmos que tudo depende de pessoas e de acasos e acidentes,
como é que poderemos apegar-nos a Deus e confiar Nele? De fato, perderemos
toda a possibilidade de encontrar sentido na história.
O que nos fascina tanto nesse livro do profeta Naum, é justamente o fato de que
não só se narra a história, mas sobretudo se revela seu grande mistério. Isto é, os
acontecimentos da história são produzidos por Deus e sob a responsabilidade das
pessoas.
Naum profetiza a queda de Nínive, capital da grande Assíria. Todo o mundo
conhecido havia sofrido a tirania cruel desse povo, mas Jeová, o Deus da história,
o julgará. E nenhum juízo seria necessário jamais, pois sua ruína havia de ser
definitiva.
Profetas Menores para hoje
Desse modo, o livro de Naum (seu nome significa consolação), ao enfatizar a
soberania de Deus, é para nós, crentes do presente século, um poderoso consolo
em um mundo que tem perdido toda a noção e senso de justiça e humanidade.
Que consolo, saber que as forças do mal, por mais poderosas que sejam, estão
sob o domínio do Rei da Justiça.
A mensagem de Naum, que viveu e profetizou durante o reinado de Manassés,
Amom e Josias, reis de Judá, pode ser dividida da maneira como veremos a
seguir.
I. O juízo sobre Nínive é decretado pelo Juiz de toda a terra (Na 1.1-15)
O objetivo central nesse capítulo não é apenas declarar a queda do inimigo, mas
exaltar o nome do grande Deus de Israel. O que aprendemos acerca dos atributos
e operações do Senhor? Aqui podemos aprender algo sobre a natureza de Deus e
Sua obra soberana na história. Que diz Naum sobre o Senhor?
1. Ele é Soberano (Na 1.1-6)
Nesses versículos temos uma descrição do governo de Deus. Todas as nações e
todos os povos são sujeitos a Deus. Seu reino domina sobre todos (Sl 103.19).
Ver ainda Salmo 99.1.
a. Ele julga as nações (v.2-3). Deus reina em todo mundo e as nações são
responsáveis diante Dele.
b. Ele controla todas as forças da natureza (v.3-6)
2. Ele é Protetor (Na 1.7)
Deus é quem protege o Seu povo. Naum abre um parêntese de consolação para os
israelitas com promessas de descanso e de socorro na opressão.
a. Os que confiam em Deus gozam segurança e paz
“O Senhor é bom”. Ao libertar Judá dos assírios, Deus demonstrará mais uma
vez Sua bondade para com o Seu povo.
b. Os que confiam no Senhor não precisam temer
Porque “o Senhor… é fortaleza no dia da angústia”.
3. Ele é Guerreiro (Na 1.8-12)
Aqui já não temos uma mensagem de consolo, mas a verdade de que o infiel
sofrerá uma destruição total, nas mãos do Senhor.
Naum mostra que o Senhor, e não o rei da Assíria, é o mais poderoso de todos os
guerreiros. Os assírios serão exterminados e desaparecerão para sempre.
4. Ele é Disciplinador (Na 1.13-15)
O Senhor controla as nações, julgando-as e usando-as como instrumento de
disciplina de acordo com Sua vontade. Deus tinha usado os assírios como
instrumento de punição de Judá, agora Ele libertaria Seu povo.
II. O juízo sobre Nínive será aterrador (Na 2.1-13)
O capítulo apresenta um terrificante quadro da ira de Deus contra Nínive. O
Senhor Todo-Poderoso declara: “Eis que eu estou contra ti” (v.13). Se Deus é
contra Nínive, quem será por ela? Quem defenderá Nínive? O próprio profeta
ironiza desafiando Nínive a reforçar sua segurança. Mas nada adianta.
1. O destruidor já está a caminho (Na 2.1-4)
Os destruidores aqui são os medos e caldeus.
2. As defesas de Nínive e todo o seu poderio serão em vão (Na 2. 5)
Contra o Deus de Israel não há defesa inexpugnável; toda fortaleza, por mais
forte que pareça, será derrubada.
3. A queda de Nínive será completa (Na 2. 6-13)
Josh McDowell mostra que a profecia se cumpriu exatamente como Naum havia
predito. Veja seu livro “Evidências que exigem um veredito” (p.370-379).
Nosso Deus é um Deus justo que castiga a iniquidade. Ainda que tardio, o Seu
juízo é certo. Portanto, é urgente deixar o pecado e se voltar para Deus, pois Sua
paciência não é inesgotável.
III. O juízo sobre Nínive é justo (Na 3.1-19)
O nosso Deus não cometeu injustiça, porque a Assíria merecia o castigo.
1. Os pecados dos assírios  
No 3.1-4 Exploração e crueldade contra as outras nações
No 3.5-6 O castigo será proporcional ao pecado
No 3.7      Ninguém se compadecerá dela
2. Nínive é equiparada a Nô-Amom (Na 3.8-11)
a. Nô-Amom é Tebas, uma cidade poderosa do Egito que possuía grandes
exércitos (2Cr 12.3);
b. Tebas caiu e foi saqueada pelos assírios;
c. Agora é a vez de Nínive – ela terá o mesmo destino de Tebas e sofrerá o
mesmo castigo porque Deus é justo. “És tu melhor do que Nô-Amom ?” (v.8).
3. Deus destruirá o que parece indestrutível (Na 3.12-17)
Quando olhamos para a imponência de algumas nações e dos grandes
conglomerados econômicos, ficamos admirados com sua força e grandeza. No
entanto, neste mundo, nada é indestrutível. Debaixo do juízo do Rei do Universo
tudo vira ruínas. Isto nos ensina a não depositar nossa confiança senão em Deus.
4. Nínive nunca se levantará novamente (Na 3.18-19)
Seu lugar foi esquecido; ela só foi redescoberta 2.500 anos depois.
Conclusão
Assim devemos estudar a história, inclusive a moderna, reconhecendo que é
Deus quem faz a história.
Ela não é produto de forças cegas, porque Deus está no controle soberano de
todos os movimentos dos povos e realizará cabalmente a Sua perfeita vontade
entre os homens.

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