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Empresarial/Investigação de

Acidente do
Trabalho/NTEP/FAP/NRs/Ações
Regressivas

Ana Júlia B. Pires Kachan


Advogada
apires@kachan.adv.br
@profanajuliakachan

Lívia de Oliveira Silva - 10934192456


- Alteração de perspectiva: segurado → empregador
(empresa);

preventivo
ADVOCACIA
Opções de atuação : redução de custos
EMPRESARIAL contencioso

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POSSIBILIDADES DE
ATUAÇÃO
Caracterização
do Acidente de
Trabalho para
Trabalhista e
fins de
Previdenciário
obtenção de
melhores
benefícios

Atuação NTEP SAT/FAP/


– âmbito
administrativo Gestão de
e judicial Afastamentos

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Importância da
Caracterização do Acidente
de Trabalho -empregado
• Afastamento da carência;

• Cálculo da Aposentadoria por Incapacidade Permanente


pós Reforma da Previdência e da pensão por morte

• Efeitos trabalhistas (estabilidade/fgts/plano de


saúde/indenização/ reintegração/ limbo)

• Efeitos no prazo de duração da Pensão por morte

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Efeitos da Caracterização do
Acidente de Trabalho -
empregador
• Efeitos trabalhistas (estabilidade/fgts/plano de
saúde(sinistralidade/indenização/ reintegração/ limbo)

• Efeitos tributários/majoração do FAP-SAT

• Presenteísmo/Absenteísmo

• Fiscalização do trabalho/ multas

• Ação regressiva do INSS

• Apuração de crimeLívia de Oliveira Silva - 10934192456


ENQUADRAMENTO LEGAL

• Arts. 19 a 23 da Lei 8.213/91;

• Conceito: aquele que ocorre pelo exercício do


trabalho a serviço da empresa ou de empregador
doméstico, ou pelo exercício do trabalho do segurado
especial, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.

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• Consideram-se acidente do trabalho a doença
profissional e a doença do trabalho.

• Excludentes: doenças degenerativas, inerentes ao


grupo etário, que não produzam incapacidade e
doenças endêmicas adquiridas por segurado
habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.

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ACIDENTE-TíPICO

Aquele que ocorre no exercício da atividade,


podendo ocorrer no ambiente do trabalho ou
não;

 Desde a ocorrência é possível aferir a perda


ou a redução da capacidade.

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DOENÇA PROFISSIONAL
• TECNOPATIAS – conceito no art. 20, I, da Lei
8.213/91; (listas A e B do Anexo II do Dec 3048/99)

• Produzidas ou desencadeadas pelo exercício do


trabalho peculiar a determinada atividade (e não
pelo ambiente de trabalho);

• Nexo presumido (presunção legal);

• LER/DORT (montadores) e FARINGITE


(professores).
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DOENÇA DO TRABALHO
• MESOPATIAS – conceito no art. 20, II, da Lei
8.213/91;

• Relação de doenças no Decreto 3.048/99 (Listas A


e B do Decreto 3048/99);

• Incapacidade em virtude do meio ambiente de


trabalho, sujeito a fatores agressivos;

• SILICOSE, ASBESTOSE.

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Decreto 3048/99 – Lista A
Agentes patogênicos que causam doenças

• Exemplos:-

• Sulfeto de carbono: fabricação de vernizes

• Ruído: exploração de pedreiras;

• Vibrações: condução de caminhões e ônibus

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Decreto 3048/99 – Lista A
Agentes patogênicos que causam doenças

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Decreto 3048/99 – Lista A
Agentes patogênicos que causam doenças

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Decreto 3048/99 – Lista B
Relaciona as doenças com os agentes
ou fatores de risco

• Exemplos:-
• Neoplasia do pulmão – asbesto

• Leucemias – benzeno

• Perda Auditivas – Ruído e Afecção auditiva


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Decreto 3048/99 – Lista B
Situações que podem ocorrer em
qualquer atividade

• Problemas de emprego e desemprego:


causam Hipertensão arterial, Angina, Infarto
agudo (I 21); Arritmias cardíacas (I 49);
Transtornos mentais e comportamentais
devido ao uso do alcool (F10.2); Outros
transtornos neuroticos (F 48.8).

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Decreto 3048/99 – Lista B
Situações que podem ocorrer em qualquer atividade

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Decreto 3048/99 – Lista B
Situações que podem ocorrer em qualquer atividade

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Concausa
• Equiparam-se ao acidente do trabalho:

• I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não


tenha sido causa única haja contribuído diretamente
para a morte do segurado, para redução ou perda da
capacidade de trabalho ou produzido lesão que exija
atenção médica para sua recuperação

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• A concausa pode ser pré-existente (Ex.
hemofilia/ trabalhador se corta e falece em
decorrência de uma hemorragia;
• Concomitante: Ex. segurado sofre infarto
durante assalto às dependências da empresa;
e
• Superveniente: Ex. acidentado hospitalizado
após acidente de trabalho falece em
decorrência de infecção hospitalar.
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Apelação/Remessa Necessária: 1001372-
30.2015.8.26.0296
“ACIDENTÁRIO – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ E
AUXÍLIO-DOENÇA. Prova técnica que concluiu pela
existência de grave sequela ortopédica agravada pelo
trabalho que impede o labor habitual do autor.
Condições pessoais do segurado que impedem a sua
reabilitação ou realocação em outra atividade. Auxílio-
doença devido desde a sua cessação, com posterior
conversão em aposentadoria por invalidez a partir da
citação, observada a suspensão dos benefícios nos
períodos em que houve exercício de atividade
laborativa remunerada”
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• II- o acidente sofrido pelo segurado no local e
no horário de trabalho, em consequência de:-
• A) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo
praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
• B) ofensa física intencional, inclusive de
terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;
• C) ato de imprudência, negligência ou
imperícia de terceiro ou companheiro de
trabalho; Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
• D) ato de pessoa privada do uso da razão;

• E) desabamento, inundação, incêndio e outros


casos fortuitos ou decorrentes de foça maior.

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• III- a doença proveniente de contaminação
acidental do empregado no exercício de sua
atividade;
• IV – acidente sofrido pelo segurado ainda que
fora do local e horário de trabalho:
• A) na execução de ordem ou realização de
serviço sob a autoridade da empresa;
• B) na prestação espontânea de qualquer
serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito
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C) em viagem a serviço da empresa, inclusive para
estudo quando financiada por esta dentro de seus
planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;
D) no percurso da residência para o local de trabalho
ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado. (acidente in itinere – observar nexo
cronológico e topográfico e intenção – HAVIA SIDO
REVOGADO PELA MP 905/19)

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• Nos períodos destinados à refeição ou
descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas, no local de
trabalho ou durante este, o empregado é
considerado no exercício do trabalho

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• “CONTAMINAÇÃO POR VÍRUS HTLV-1. CONTATO
ACIDENTAL COM AGULHA CONTAMINADA. ACIDENTE
DO TRABALHO. As agulhas utilizadas em hospital ou
centro de saúde são foco potencial de contaminação
por diversos agentes biológicos patológicos. O
contato acidental com agulhadas usadas é uma das
diversas formas de contaminação com o vírus HTLV e
sua ocorrência durante a prestação de atividades
configura acidente de trabalho” (TRT-4ª região, RO
0031800-13.2006.5.04.0030)

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“ACIDENTE DE TRABALHO. FILMAGEM DE MINISSÉRIE VEICULADA EM
MÍDIA TELEVISIVA. AFOGAMENTO DE ATOR FIGURANTE EM
INTERVALO INTRAJORNADA (...) a permissão para que o empregado,
no intervalo das filmagens, ingressasse em rio, sem a devida segurança
oferecida pelo empregador e sem informação acerca da periculosidade
do local, acabou por criar um risco desnecessário, acarretando a morte
da vítima, exatamente na contramão do preceito constitucional que
prevê como direito do trabalhador a “redução dos riscos inerentes ao
trabalho” (...)É irrelevante o fato de o infortúnio ter ocorrido em
intervalo intrajornada, dedicado às refeições dos empregados,
porquanto é dicção literal do art. 21, § 1º, da Lei nº 8.213/91, a
equiparação a acidentes do trabalho os ocorridos “nos períodos
destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas no local de trabalho ou durante este”
(STJ – Resp 2007/0298877-9)
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“ACIDENTE DO TRABALHO – AUXÍLIO-ACIDENTE –
COORDENADORA DE CLIENTES - INFORTÚNIO “IN
ITINERE” – LESÃO NO OMBRO ESQUERDO –
INCAPACIDADE PARCIAL E PERMANENTE COMPROVADA
– NEXO CAUSAL DEMONSTRADO - LAUDO PERICIAL
CLARO E CONCLUSIVO - BENEFÍCIO DEVIDO.
Reexame necessário parcialmente provido” (1025911-
08.2018.8.26.0053)

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“Acidente do Trabalho – Agente de correios –Lesão
no joelho direito - Benefício acidentário – Laudo
conclusivo quanto a incapacidade laborativa parcial
e permanente –Nexo-causal não estabelecido –
Tratando-se de acidente de trajeto necessário a
comprovação dos nexos topográfico e cronológico –
Prova de fácil produção não realizada pelo autor –
Sentença reformada – Provido o recurso oficial e,
em parte, o recurso autárquico, para julgar
improcedente o pedido inicial” (TJ/SP – Apelação
1000117-82.2018.8.26.0053)
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• Imagem cerest.bebedouro.sp.gov.br
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CAT
• A CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho deve
ser expedida pela empresa no 1º dia útil
subseqüente ao acidente ou imediatamente em caso
de morte do segurado (art. 22); sob pena de multa
variável entre o teto mínimo e máximo de
contribuição, majorada em caso de reincidência;
• Na ausência de expedição, podem fazê-lo: o próprio
acidentado, seus dependentes, sindicato, médico
que o atendeu ou qualquer autoridade pública.

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CAT
- Formulário CAT – Portaria 5.817/99 e Ordem de
Serviço 621/99
- IN 77/2015, artigo 327 e seguintes
- NR7 e IN 98/2003
- Registro no sítio eletrônico da Previdência Social
- Artigo 169 da CLT: “Será obrigatória a notificação das
doenças profissionais e das produzidas em virtude de
condições especiais de trabalho, comprovadas ou
objeto de suspeita, de conformidade com as
instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.

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• Inicial – quando se trata da primeira comunicação do
acidente ou doença do trabalho;
• Reabertura – nos casos em que existe a retomada de
tratamento de doença ou afastamento por
agravamento de lesão decorrente de acidente ou
doença já comunicada à Previdência Social;
• Comunicação de óbito – deve ser emitida nos casos
de óbito do trabalhador face ao acidente de trabalho
com a CAT inicial já emitida.

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NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO

• Art. 21-A, da Lei 8.213/91: “A perícia médica do INSS


considerará caracterizada a natureza acidentária da
incapacidade quando constatar ocorrência de nexo
técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo,
decorrente da relação entre a atividade da empresa e a
entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada
na Classificação Internacional de Doenças – CID, em
conformidade com o que dispuser o regulamento”.

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• § 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto
neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de
que trata o caput deste artigo.

• § 2o A empresa ou o empregador doméstico poderão


requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de
cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da
empresa, do empregador doméstico ou do segurado ao
Conselho de Recursos da Previdência Social

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Como está na lista
C do Anexo II do Decreto 3048/99
INTERVALO CID-10 CNAE
0810 1091 1411 1412 1533 1540 2330 30
11 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839
3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 42
99 4312 4321 4391 4399 4687 4711 4713
4721 4741 4742 4743 4744 4789 4921 49
A15-A19 23 4924 4929 5611 7810 7820 7830 8121
8122 8129 8610 9420 9601

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NTEP - Exemplos
CID CNAE

A-15 A a-19 (tuberculose) 4921 (transporte urbano) – 4120


(construção de edifício)

F-10 a F-19 (transtornos mentais devido a 4921 (transporte urbano) – 2543


uso de alcool ou drogas) (fabricação de ferramenta) – 9420
(organização sindical)

F-20 a F-48 (esquizofrenia – transtorno de 4921 (transporte) – 1330 (fabricação de


humor – transtorno neurotico – stress) tecidos malhas) – 4211 (construção de
rodovias

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NTEP - Exemplos
CID CNAE

E-10 a E-14 (diabetes) 4921 (transporte urbano) – 8011


(vigilância privada/ adestramento de
cães)
H-53 a H-54 (cegueira) 4120 (construção de edifícios)

F-40 a F-48 (stress/ transtorno obsessivo 4711 (comércio varejista) – 4922


compulsivo, etc) (transporte) – 6422 (bancos)

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Art. 337 do Decreto 3048/99 - O acidente do trabalho será
caracterizado tecnicamente pela Perícia Médica Federal,
por meio da identificação do nexo entre o trabalho e o
agravo (redação do Dec. 10.410/20)

§ 1º O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro


Social reconhecerá o direito do segurado à habilitação do
benefício acidentário.

§ 2º Será considerado agravamento do acidente aquele


sofrido pelo acidentado quanto estiver sob a
responsabilidade da reabilitação profissional.

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§ 3o Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo
quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da
empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada
na Classificação Internacional de Doenças - CID em conformidade com
o disposto na Lista C do Anexo II deste Regulamento.
§ 4o Para os fins deste artigo, considera-se agravo a lesão, doença,
transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de evolução
aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive
morte, independentemente do tempo de latência.
§ 5o Reconhecidos pela Perícia Médica Federal a incapacidade para o
trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo, na forma prevista no §
3º, serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tiver
direito.

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§ 6o A Perícia Médica Federal deixará de aplicar o disposto no § 3º
quando demonstrada a inexistência de nexo entre o trabalho e o
agravo, sem prejuízo do disposto no § 7º e no § 12.
§ 7o A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo
técnico epidemiológico ao caso concreto mediante a demonstração
de inexistência de correspondente nexo entre o trabalho e o
agravo.
§ 8o O requerimento de que trata o § 7o poderá ser apresentado no
prazo de quinze dias da data para a entrega, na forma do inciso IV do
art. 225, da GFIP que registre a movimentação do trabalhador, sob
pena de não conhecimento da alegação em instância
administrativa.
§ 9o Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao disposto no §
8º, motivada pelo não conhecimento tempestivo do diagnóstico do
agravo, o requerimento de que trata o § 7º poderá ser apresentado no
prazo de quinze dias, contado da data em que a empresa tomar ciência
da decisão a que se refere o § 5º

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§ 10. Juntamente com o requerimento de que tratam os §§ 8o e 9o, a empresa
formulará as alegações que entender necessárias e apresentará as provas que
possuir demonstrando a inexistência de nexo entre o trabalho e o
agravo.
§ 11. A documentação probatória poderá trazer, entre outros meios de prova,
evidências técnicas circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado,
podendo ser produzidas no âmbito de programas de gestão de risco, a cargo
da empresa, que possuam responsável técnico legalmente habilitado.
§ 12. O INSS informará ao segurado sobre a contestação da empresa para
que este, querendo, possa impugná-la, obedecendo, quanto à produção de
provas, ao disposto no § 10, sempre que a instrução do pedido evidenciar a
possibilidade de reconhecimento de inexistência do nexo entre o trabalho e o
agravo.
§ 13. Da decisão do requerimento de que trata o § 7o cabe recurso, com
efeito suspensivo, por parte da empresa ou, conforme o caso, do
segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social, nos termos dos
arts. 305 a 310.

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AUMENTO DO NÚMERO DE
CASOS DE ACIDENTES DO
TRABALHO

• Com a criação do NTEP, em abril de 2007,


houve aumento de 152% no número de
benefícios acidentários.
• Combate à subnotificação.
• Vantagens ao empregados e maior ônus ao
empregador.

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INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
• Transferência para a empresa do ônus de
provar que a doença não foi causada pelas
atividades desenvolvidas pelo trabalhador.
• IN 31/2008

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• Transferência para a empresa do ônus de
provar que a doença não foi causada pelas
atividades desenvolvidas pelo trabalhador.
• IN 31/2008
• Manual de Perícia Médica – Resolução
637/2018
• Manual de Acidente do Trabalho – Resolução
535/2016

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IMPUGNAÇÃO - NTEP

• Conforme disposto no § 2º do artigo 21-A da Lei 8.213/91, a


empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico
epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito
suspensivo, da empresa ou do segurado, ao Conselho de
Recursos da Previdência Social.
• Prazo de 15 dias (Art. 337, RPS e IN 31/2008) – contados da
data da entrega da GFIP

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IN 31/2008

• Art. 3º - O nexo técnico poderá ser de natureza causal ou não,


havendo três espécies:-
• I- nexo técnico profissional ou do trabalho, fundamentado nas
associações entre as patologias e exposições constantes das
listas A e B do anexo II do Decreto 3048/99;
• II- nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho
ou nexo individual. Decorrente de acidentes de trabalho
típicos ou de trajeto, bem como de condições especiais em
que o trabalho é realizado e com ele se relacionado
diretamente, nos termos do § 2º do art. 20 da Lei 8.213/91;
• III – nexo técnico epidemiológico previdenciário

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• Em se tratando de nexo profissional ou do
trabalho e nexo individual, a empresa poderá
interpor recurso ao CRPS no prazo de 30 dias a
contar da data que tomar conhecimento da
concessão do benefício em espécie
acidentária (arts 4º, §1º e 5º §1º da IN
31/2008) – ESTE RECURSO NÃO TEM EFEITO
SUSPENSIVO

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Portaria 485/2015
Procedimentos de perícia médica de inspeção
no ambiente de trabalho (Prontuário, PPP, LTCAT,
PPRA, PCMSO, CTPS e CAT)

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DESCARACTERIZAÇÃO DO
NEXO

Resolução 2183/2018 do CFM

“Art. 2º Para o estabelecimento do nexo causal entre


os transtornos de saúde e as atividades do
trabalhador, além da anamnese, do exame clínico
(físico e mental), de relatórios e dos exames
complementares, é dever do médico considerar:
I - a história clínica e ocupacional atual e pregressa,
decisiva em qualquer diagnóstico e/ou investigação
de nexo causal;
II - o estudo do local de trabalho;
III - o estudo da organização do trabalho;

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DESCARACTERIZAÇÃO DO
NEXO

IV - os dados epidemiológicos;
V - a literatura científica;
VI - a ocorrência de quadro clínico ou subclínico em
trabalhadores expostos a riscos semelhantes;
VII - a identificação de riscos físicos, químicos,
biológicos, mecânicos, estressantes e outros;
VIII - o depoimento e a experiência dos
trabalhadores;
IX - os conhecimentos e as práticas de outras
disciplinas e de seus profissionais, sejam ou não da
área da saúde”

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DESCARACTERIZAÇÃO DO
NEXO

- Cuidado com as informações lançadas no e-


social;
- Eventos SST no e-social (CAT/ Condições
Ambientais/Equipamentos de Proteção/
Treinamentos e Capacitação, dentre outros);
- Contestação “caso a caso”;
- Comprovar que a doença/acidente não é do
trabalho (não há necessidade de comprovação da
causa)

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DESCARACTERIZAÇÃO DO
NEXO

- Declaração CIPA/RH/Chefia/Supervisores da ausência de relatos


relacionados ao evento;
- Prontuário médico/exames do trabalhador (parecer CFM 3/2017
declarado nulo judicialmente por violação do sigilo médico do
paciente)
- NTEP (epidemiologia é o único elemento de caracterização do
nexo)/ CFM (epidemiologia é mais um elemento dentre tantos
outros)

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DOCUMENTAÇÃO PARA
INSTRUÇÃO

- PPRA
- PCMSO
- LTCAT
- PCMAT (Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção Civil (NR-18)
- PPP

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DOCUMENTAÇÃO PARA
INSTRUÇÃO

- Análise Ergonômica
- Projetos de Gestão de Riscos
- PARECER MÉDICO/TÉCNICO DE
CONTESTAÇÃO;
- Artigos Científicos;
- Comprovar observância das Normas
Regulamentadoras (Portaria 3214/78)
- Comprovar modernização de maquinário;

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Gerenciamento de
Afastamentos

IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DOS


AFASTAMENTOS, COM CONSULTAS
PERIÓDICAS AO SISTEMA DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL NOS SERVIÇOS DESTINADOS À
EMPRESA (“CONSULTA A BENEFÍCIOS POR
INCAPACIDADE”)

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• O ACOMPANHAMENTO CONSTANTE DOS
CASOS DE BENEFÍCIOS CONVERTIDOS PARA A
ESPÉCIE ACIDENTÁRIA PERMITE À EMPRESA
PROMOVER A IMPUGNAÇÃO
ADMINISTRATIVA DO ENQUADRAMENTO,
ALÉM DE PROJETAR CUSTOS COM
ESTABILIDADE.

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“PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. NTEP. CIENTIFICAÇÃO ELETRÔNICA.
VALIDADE. 1. Dado que a própria empresa deve informar o acidente de
trabalho, por meio de GFIP, não há alegar o desconhecimento quanto ao fato -
intelecção da Súmula 436 do STJ. 2. No contexto digital hodierno, válida a
cientificação eletrônica quanto ao estabelecimento do Nexo Técnico
Epidemiológico Previdenciário - NTEP (art. 126 da Lei n. 8.213/91 c/c o art. 7º
da IN INSS/PRES nº 31, de 10 de setembro de 2008). Inteligência do REsp
1046376, recurso repetitivo. 3. Apelação provida” (TRF3/ 0009604-
22.2011.4.03.6000)

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“REMESSA NECESSÁRIA. MANDADO DE SEGURANÇA. PREVIDENCIÁRIO. APLICAÇÃO DO
NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DA
IMPETRANTE. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. ARTIGO 5º, LIV e LV, DA CF. REMESSA NECESSÁRIA
CONHECIDA E NÃO PROVIDA. 1 - No caso, houve a concessão da segurança para determinar
à autoridade impetrada que recebesse e analisasse a manifestação de inconformismo
apresentada pela impetrante em relação à aplicação do Nexo Técnico Epidemiológico
Previdenciário para o benefício concedido em favor do segurado Marcelo Paiva Silveira - NIT
1.204.563275-1. Sem condenação em honorários advocatícios, por força do art. 25 da Lei n.
12.016/2009. Custas ex lege. 2 - Em se tratando de concessão de segurança, a sentença está
sujeita ao duplo grau de jurisdição, nos termos do § 1º do art. 14, da Lei n. 12.016/2009. 3 -
Infere-se, no mérito, que não foi comprovado pela autoridade impetrada que a impetrante
foi cientificada sobre a aplicação do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário - NTEP,
com a concessão do benefício na modalidade acidentária a um de seus empregados, o que
viola os princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla
defesa (art. 5º, LIV e LV, da CF), configurando, assim, a ilegalidade do ato. 4 - Sem
condenação no pagamento dos honorários advocatícios, a teor do art. 25 da Lei n. 12.016
de 2009. 5 - Remessa necessária conhecida e não provida” (TRF 3/ 0008513-
70.2011.4.03.6104)

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“CONVERSÃO DA ESPECÍE DE BENEFÍCIO, DE AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO PARA AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO.
MATÉRIA DE COMPETÊNCIA DAS TURMAS QUE COMPÕEM A 3ª SEÇÃO DESTA E. CORTE. NÃO COMPROVADA A AUSÊNCIA
DE NEXO CAUSAL ENTRE A DOENÇA QUE ACOMETE O TRABALHADOR E SUA ATIVIDADE LABORATIVA. APELO IMPROVIDO.
- Cuida-se de ação ajuizada pela empresa Comercial Automotiva Ltda em face do INSS requerendo que os benefícios de
auxílio-doença acidentário concedidos na via administrativa a seu colaborador, Francisco Ulisses Giraldi, sejam
convertidos em auxílio-doença previdenciário. - O julgamento deste feito por esta C. Turma se amolda ao entendimento
do E. Órgão Especial deste Tribunal que definiu que a discussão sobre a existência de Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP)
é de competência da 3ª Seção. - Analisando o presente feito, verifica-se que várias perícias realizadas em sede
administrativa concluíram pelo nexo de causalidade entre as patologias do segurado e a ocorrência de acidente de
trabalho. Ademais, tem-se que laudo emitido pelo CEREST - Centro de Referência de Saúde do Trabalhador afirma a
necessidade de emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) retrógrada para o acidente ocorrido em
01/09/2005, ou seja, houve o reconhecimento de que, mesmo à época em que foi reconhecido o direito ao benefício na
espécie previdenciária, o Sr. Francisco Ulisses Giraldi já fazia jus à concessão do benefício na espécie acidentária. -
Acrescente-se que, o INSS realizou vistoria na empregadora, concluindo que não há elementos hábeis a afastar o nexo de
causalidade entre a doença do segurado e o exercício de sua atividade profissional. - Por fim, tem-se que, embora
inicialmente o segurado tenha sido afastado pelo diagnóstico de hérnia de disco lombar, após começou a apresentar
episódio depressivo grave, relacionado a assédio moral ocorrido no ambiente de trabalho, comprovado por vários
documentos (laudos médicos realizados na esfera administrativa, CAT emitida pelo CEREST/AMPARO, parecer do
CEREST/AMPARO, vistoria realizada pelo INSS na empregadora e, finalmente, parecer técnico emitido pela Dra. Daniela
Sales do Vale, da Assessoria Técnica Médica da 13ª Junta de Recursos da Previdência Social, de 19/11/2009), todos
indicando existência de nexo de causalidade. - O art. 11, da IN 31/2008 apenas indica que os quesitos sobre as espécies
de nexo técnico não serão apresentados ao perito por ocasião dos pedidos de prorrogação ou reconsideração. Tal
assertiva não afasta a possibilidade de verificação da ocorrência ou não do acidente de trabalho. - Cabe à Autarquia
Previdenciária por meio de seu corpo técnico verificar se a incapacidade apresenta ou não nexo com a atividade
laborativa do segurado, sendo que nada impede que este nexo possa ser demonstrado após a perícia inicial. - Recurso
improvido” (TRF-3 – Apelação 0007198-62.2015.4.03.6105).
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Enunciado 42 da 1ª Jornada de Direito Material
e Processual da Justiça do Trabalho:

“Acidente do Trabalho. Nexo Técnico


Epidemiológico. Presume-se a ocorrência de
acidente do trabalho, mesmo sem a emissão da
CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho,
quando houver nexo técnico epidemiológico,
conforme 21-A da Lei n. 8.21391”
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• CASE
Operador de equipamento com transtorno
psiquiátrico F.43

Ambiente sem estresse

Fator genético anotado na ficha médica

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• Ação da empresa contra o INSS para
descaracterizar o nexo causal (competência da
justiça estadual – STJ – AgRr no CC
136147/MG

• Participação da empresa como assistente nas


ações do empregado contra o INSS,
objetivando reconhecimento de nexo causal

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COVID-19 – CARACTERIZAÇÃO COMO
ACIDENTE DE TRABALHO

• Nota Técnica 20/2020 ( Grupo de Trabalho – COVID-19 do


Ministério Público do Trabalho – Recomendação de emissão
de CAT)
• Nota Técnica 56.376/20 (Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia – necessidade de análise
do caso concreto)
• Nota Técnica 14.127/21 (01/04/21) – analise do caso para
emissão da CAT
• Portaria 454/20 (20.03.2020 – Ministério da Saúde –
transmissão comunitária)

78
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SAT – Seguro de Acidentes
do Trabalho

Art. 22 da Lei 8.212/91 - A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade


Social, além do disposto no art. 23, é de:
I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos
que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho
ou sentença normativa.

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II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24
de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total
das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados
empregados e trabalhadores avulsos:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de
acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco
seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco
seja considerado grave.

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§ 3º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social poderá alterar, com base
nas estatísticas de acidentes do trabalho, apuradas em inspeção, o
enquadramento de empresas para efeito da contribuição a que se refere o
inciso II deste artigo, a fim de estimular investimentos em prevenção de
acidentes.

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Decreto 3048/99 – Anexo V (modificado pelo Decreto 6957/2007)

1031-7/00 Fabricação de conservas de frutas 3

1032-5/01 Fabricação de conservas de palmito 2

1032-5/99 Fabricação de conservas de legumes e outros vegetais, exceto palmito 3

1033-3/01 Fabricação de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes 3

1033-3/02 Fabricação de sucos de frutas, hortaliças e legumes, exceto concentrados 3

1041-4/00 Fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho 3

1042-2/00 Fabricação de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho 3

Fabricação de margarina e outras gorduras vegetais e de óleos não-comestíveis de


1043-1/00 2
animais

1051-1/00 Preparação do leite 3

1052-0/00 Fabricação de laticínios 3

1053-8/00 Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis 2

1061-9/01 Beneficiamento de arroz 3

1061-9/02 Fabricação de produtos do arroz 3

1062-7/00 Moagem de trigo e fabricação de derivados 3


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Questões
controvertidas
- Constitucionalidade do SAT (RE 343.446-2/TRF 3 0002034-
67.2016.4.03.6110))
- Reenquadramento pelo Decreto 6957/2009 (ofende princípio da
legalidade estrita? – RESP 1425090/PR (avaliação estatística necessária
– RESP 1725215/SC)
- Tema 554 STF
- Possibilidade de recolhimento em percentual incorreto/ Retificação da
GFIP/ Compensação (Lançamento por Homologaçao)

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“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO AO SEGURO CONTRA ACIDENTES DE TRABALHO (SAT).
DELEGAÇÃO AO REGULAMENTO PARA A DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS DE ATIVIDADE
PREPONDERANTE E DE GRAUS DE RISCO. VALIDADE. OBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA
LEGALIDADE. I - O art. 22 da Lei 8.212/91 define, satisfatoriamente, todos os elementos
capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida em relação à contribuição SAT. II -
Compete ao regulamento apenas a complementação dos conceitos legais de atividade
preponderante da empresa e de seus correspondentes graus de risco - leve, médio ou grave,
de modo que tal delegação não implica em ofensa ao princípio da legalidade. Precedentes:
AgInt nos EDcl no AREsp 1.071.562/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe
2/10/2017; AgRg no REsp 1.460.694/PE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, DJe 10/10/2014. III
- Recurso Especial provido.” (RESP1642200/SP)

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Súmula 351 STJ/ INRFB 971/2009

“A alíquota de contribuição para o Seguro de


Acidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo grau
de risco desenvolvido em cada empresa,
individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de
risco da atividade preponderante quando
houver apenas um registro”

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Criação do FAP e
legislações

• MP 83/2002 e Lei 10.666/2003


• Art. 10 – A alíquota de contribuição de 1%, 2% ou 3% destinada ao financiamento
do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau
de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho, poderá ser reduzida, em até 50% ou aumentada em até 100%, conforme
dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à
respectiva atividade economica, apurado em conformidade com os resultados
obtidos a partir dos indices de frequencia, gravidade e custo, calculados segundo
metodologia aprovada pelo CNPS”

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FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO

• Art. 202-A, do Decreto 3.048/99: “As alíquotas constantes dos


incisos I a III do art. 202 serão reduzidas em até 50%
(cinquenta por cento) ou aumentadas em até 100% (cem por
cento), em razão do desempenho da empresa em relação à
sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de
Prevenção – FAP”.

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Objetivo

• Incentivar a melhoria das condições de


trabalho e da saúde do trabalhador,
estimulando as empresas a implementarem
políticas mais efetivas de saúde e segurança
no trabalho para reduzir a acidentabilidade;

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Legislação e normas
administrativas
Resolução CNPS 1308/09, 1309/09, 1327/15,
1316/2010, 1329/17 e 1335/17

Portarias anuais

- Consultar em “Documentos de apoio”

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Prazos de Impugnação –
exemplo
- Divulgação: outubro/2020

- Vigência: ano de 2.021

- Impugnação: de 01 a 30/11/2020

- Base de dados: 2018 e 2019

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- Nova redação do artigo 126 da Lei 8.213/91
pela Lei 13.846/19, competência do Conselho
de Recursos da Previdência Social

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“APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRIBUIÇÃO. RAT (RISCO AMBIENTAL DE TRABALHO).
ALÍQUOTAS VARIÁVEIS EM FUNÇÃO DO FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO (FAP). ACIDENTE DE
TRAJETO COMPUTADO NO CÁLCULO DO FAP. CABIMENTO. APELAÇÃO PROVIDA. 1. A questão que se
coloca nos autos da presente apelação é de se saber se os acidentes de trajeto devem ou não ser
incluídos no cálculo do FAP. 2. No caso dos autos, muito embora a Resolução nº 1.329 do CNPS,
aprovada em abril de 2017, altere a metodologia de cálculo do FAP, excluindo do cômputo os acidentes
decorrentes de trajeto, os seus efeitos ocorreram a partir do cálculo do FAP-2017, com vigência em
2018, nos termos do artigo 2º do mencionado dispositivo legal. 3. Assim, a inclusão de acidente de
trajeto no cômputo do FAP, antes da vigência da Resolução nº 1.329/2017 do Conselho Nacional da
Previdência, encontra respaldo na alínea "d" do inciso IV do artigo 21 da Lei nº 8.213/1991, que o
equipara ao acidente de trabalho. 4. Apelação a que se dá provimento” (TRF 3 – apelação 0000950-
90.2014.4.03.6113)

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MES
MA
SENH
A
NTEP

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DECRETO 7.126/2010

• Contestação do FAP
• Divergência com relação aos elementos
previdenciários que compõem o cálculo.
• Recurso terminativo e processo administrativo
com com efeito suspensivo.

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COMPONENTES DO CÁLCULO

• Percentil de ordem (dentro da subclasse CNAE)


• Índice de freqüência;
• Índice de gravidade;
• Índice de custo;
• Bonus/Malus;
• Trava de Mortalidade ou invalidez (FAP não pode ser inferior a 1);

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Impugnação/ Registros de Acidentes
do Trabalho

• - Ocorrência duplicada (lançada duas ou mais


vezes);
• - Trabalhador que não pertence aos quadros
da empresa;
• - Ocorrência com data posterior à rescisão;
• - CAT sem afastamento ou restrição de
atividade;
• - CAT que a empresa desconhece;
• -Acidente de trajeto
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Impugnação/ Nexo Técnico sem CAT
vinculada

• Ocorrência duplicada (lançada duas ou mais


vezes);
• Trabalhador que não pertence aos quadros da
empresa;
• Ocorrência com data posterior à rescisão;
• Empresa não é notificada da ocorrência;
• Nexos com defesa apresentada, sem resposta,
com êxito ou com efeito suspensivo

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Impugnação/ Massa salarial e número
médio de vínculos

• Conferir sempre, é muito comum o equivoco.


• Fazer prova documental da irregularidade

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Coeficiente de frequencia

• CF= (Nº de acidentes com CAT + nexos) x1000


Nº médio de vínculos

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Impugnação/Auxíliodoença/Aposentadoria por
Invalidez/Pensão por morte e Auxílio-acidente (B
91, 92, 93 e 94)

• Data de início e cessação idênticas (custo zero)


• - Benefício com recurso quanto ao nexo
acidentário, sem resposta ou com exito;
• - Benefício decorrente de CAT ou nexo com
processo administrativo ilegal;
• - Inclusão de benefício concedido fora do
período de apuração

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Coeficiente de gravidade

• 0,50 morte
• 0,30 invalidez
• 0,10 auxílio doença acidentário
• 0,10 auxílio acidente

CG= [(B91 x0,1) + (B92x0,3) + (B93x0,5) + (B94x0,1)] x 1000


vínculos médios

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Impugnação/ valor total dos benefícios pagos

• Benefício com recurso quanto ao nexo


acidentário, sem resposta ou com êxito;
• - Benefício decorrente de CAT ou nexo com
processo administrativo ilegal;
• - Inclusão de benefício concedido fora do
período de apuração

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Coeficiente de custo

• Para auxílio-doença: valor exato


• Para invalidez (parcial ou total) e morte: custo
conforme sobrevida

CC= valor pago pelo INSS x 1000


valor total de remuneração paga

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Filas
(NORDEM)
• São três filas, em ordem crescente de
resultados:
• Fila da frequencia
• Fila da gravidade
• Fila do custo
• Os resultados de todas as empresas do
mesmo CNAE são ordenados em ordem
crescente, encontrando-se a posição de cada
uma delas (nordem)
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• Existem casos em que a comparação dentro
do mesmo CNAE engloba empresas que estão
inativas e, nesse caso, não poderiam
concorrer.
• Processo 0008085-66.2012.4.03.6100 – 14ª
Vara Cível de São Paulo
• Impossibilidade de conferir a posição na fila
(Previdência não divulga os dados)

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Percentis

• Percentil de frequencia
• Percentil de gravidade
• Percentil de custo

• Percentil= 100 x (n.ordem – 1)


(n – 1)

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Índice composto FAP

• IC = [(0,50 x percentil de gravidade) + (0,35 x


percentil de frequência) + (0,15 x percentil de
custo)] x 0,02

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FAP
REVISTO EM
RAZÃO DA
CONTESTAÇ
ÃO

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CONTESTAÇÃO
JULGADA EM 1ª
INSTÂNCIA

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Índice composto FAP

EXEMP
LO DE
DECIS
ÃO
ADMINI
STRATI
VA

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Índice composto FAP

MASSA SALARIAL MEDIA NO ANO


R$30.000.000,00
SAT 2% X 0,8201= 1,6402 =
492.060,00 (ano)
SAT 2% x 0,5000= 1,0000 =
300.000,00
ECONOMIA = R$192.060,00
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MEIO AMBIENTE DE
TRABALHO
Princípio da precaução e da prevenção

Investimento x retorno financeiro

Identificação dos fatores de risco

Fatores não ocupacionais que interferem na


atenção do colaborador (investimento em
atividade física, alimentação, saúde mental) 118
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
Lei 6938/1981 – Meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas.

Subdivide-se em:

a) meio ambiente natural ou físico: solo, água, atmosfera, fauna e flora;

b) meio ambiente cultural: valores históricos, ou seja, patrimônio histórico, artístico,


arqueológico, paisagístico e turístico existentes em determinado país;

c) meio ambiente artificial: espaço urbano construído pelo ser humano, englobando
o conjunto de edificações e espaços urbanos públicos;

d) meio ambiente de trabalho: local de realização da atividade laboral.

Portanto, o meio ambiente de trabalho integra o meio ambiente em sentido global.


Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
O art. 7º, inciso XXII: estabelece que “São direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: redução
dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança”.

Já o artigo 200 da CF – estabelece que


Art. 200 da CF – Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras
atribuições, nos termos da lei:
...........................................................
VIII- colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.

Portanto, tem-se como certo e definitivo que há um sistema jurídico de tutela


do meio ambiente de trabalho, com regras constitucionais e infra-
constitucionais.
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
Art. 157 da CLT: Cabe às empresas:
I– cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e
medicina do trabalho;
II – instruir os empregados, através de ordens de
serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar
acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III – adotar as medidas que lhes sejam determinadas
pelo órgão regional competente;
IV – facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade
competente.

Lívia de Oliveira Silva - 10934192456


Art. 158 da CLT:
“Cabe aos empregados:
I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho,
inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior;

II – colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste


Capítulo.

Parágrafo único: Constitui ato faltoso do empregado a recusa


injustificada:

a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na


forma do item II do artigo anterior;
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
Normas Regulamentadoras (NRs)

São normas relativas à segurança e medicina do


trabalho, são de observância obrigatória pelas
empresas privadas e públicas e pelos órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem
como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário, que possuam empregados regidos
pela CLT.
123
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-01 – Disposições Gerais

NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE


RISCOS OCUPACIONAIS (NOVO TEXTO)
Início de vigência - 1 (um) ano a partir da publicação da
Portaria SEPRT nº 6.730, de 9 de março de 2020.
Portaria SEPRT nº 1.295 de 2 de fevereiro de 2021,
prorroga início da vigência para 02 de agosto de 2021.

124
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
1.5.3.1. A organização deve implementar, por estabelecimento, o
gerenciamento de riscos ocupacionais em suas atividades.
1.5.3.1.1 O gerenciamento de riscos ocupacionais deve constituir
um Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR. 1.5.3.1.1.1 A
critério da organização, o PGR pode ser implementado por
unidade operacional, setor ou atividade. 1.5.3.1.2 O PGR pode
ser atendido por sistemas de gestão, desde que estes cumpram
as exigências previstas nesta NR e em dispositivos legais de
segurança e saúde no trabalho. 1.5.3.1.3 O PGR deve contemplar
ou estar integrado com planos, programas e outros documentos
previstos na legislação de segurança e saúde no trabalho.

125
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
1.5.5.5. Análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho
1.5.5.5.1 A organização deve analisar os acidentes e as doenças
relacionadas ao trabalho. 1.5.5.5.2 As análises de acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho devem ser documentadas e: a)
considerar as situações geradoras dos eventos, levando em
conta as atividades efetivamente desenvolvidas, ambiente de
trabalho, materiais e organização da produção e do trabalho; b)
identificar os fatores relacionados com o evento; e c) fornecer
evidências para subsidiar e revisar as medidas de prevenção
existentes.

126
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-2- INSPEÇÃO PRÉVIA (REVOGADA)
REVOGADA pela PORTARIA SEPRT n.º 915, de 30 de
julho de 2019, publicada no DOU de 31/07/2019.

127
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-3- EMBARGO OU INTERDIÇÃO

128
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA
DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO

Estabelece que as empresas privadas e públicas, os órgãos


públicos da administração direta e indireta e dos poderes
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, manterão,
obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de
promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no
local de trabalho.

129
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO
ACIDENTES – CIPA

Estabelece que devem constituir CIPA, por estabelecimento, e


mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas,
públicas, sociedades de economia mista, órgãos da
administração direta e indireta, instituições beneficentes,
associações recreativas, cooperativas, bem como outras
instituições que admitam trabalhadores como empregados.

130
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL -
EPI

131
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE
OCUPACIONAL
Última modificação: Portaria MTb 1031, de
06/12/2018.

NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE


OCUPACIONAL - PCMSO (NOVO TEXTO)
Início de vigência - 1 (um) ano a partir da publicação da
Portaria SEPRT nº 6.734, de 9 de março de 2020.
Portaria SEPRT nº 1.295 de 2 de fevereiro de 2021,
prorroga início da vigência para 02 de agosto de 2021. 132
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-7

Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação,


por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus
trabalhadores.

133
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-7
7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização
obrigatória dos exames médicos:
a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) Demissional.

134
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-7

7.4.3.3 No exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser


realizada obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho
de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30
(trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza
ocupacional ou não, ou parto.

7.4.4 Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1,


o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2
(duas) vias.
135
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-7
7.4.8 Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças
profissionais, através de exames médicos que incluam os definidos nesta NR;
ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de
órgão ou sistema biológico, através dos exames constantes dos Quadros I
(apenas aqueles com interpretação SC) e II, e do item 7.4.2.3 da presente NR,
mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico-coordenador ou encarregado:
a) solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho -
CAT; b) indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da
exposição ao risco, ou do trabalho; c) encaminhar o trabalhador à Previdência
Social para estabelecimento de nexo causal, avaliação de incapacidade e
definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho; d) orientar o
empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no
ambiente de trabalho.
136
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-8 - EDIFICAÇÕES

137
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS
AMBIENTAIS (TEXTO VIGENTE)
Última modificação: Portarias SEPRT n.º 1.358 e 1.359,
de 09 de dezembro de 2019.

NR-9 - AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES


OCUPACIONAIS A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E
BIOLÓGICOS (NOVO TEXTO)
Início de vigência - 1 (um) ano a partir da publicação da
Portaria SEPRT nº 6.735, de 10 de março de 2020.
Portaria SEPRT nº 1.295 de 2 de fevereiro de 2021,
prorroga início da vigência para 02 de agosto de 2021. 138
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-9

Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e


implementação, por parte de todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados,
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA,
visando à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento,
avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente
de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio
ambiente e dos recursos naturais. 139
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE
Última modificação: Portaria SEPRT 915, de
30/07/2019.
Manual de Aplicação na Interpretação e Aplicação da
NR-10

NR-11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO,


ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS
Última modificação: Portaria MTPS 505, de
29/04/2016. Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
140
NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
Última modificação: Portaria SEPRT 916, de 30/07/2019.
Cartilha NR-12 - Segurança em Máquinas para Couro e
Tratamentos de Efluentes

NR-13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES E


TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO
Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019.

NR-14 - FORNOS
Última modificação: Portaria SSMT 12, de 06/06/1983. 141
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
NR-15 - ANEXO 1 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
NR-15 - ANEXO 2 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO
NR-15 - ANEXO 3 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR
NR-15 - ANEXO 4 - (REVOGADO)
NR-15 - ANEXO 5 - RADIAÇÕES IONIZANTES
NR-15 - ANEXO 6 - TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS
NR-15 - ANEXO 7 - RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES
NR-15 - ANEXO 8 - VIBRAÇÃO
NR-15 - ANEXO 9 – FRIO
NR-15 - ANEXO 10 - UMIDADE
NR-15 - ANEXO 11 - AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR
LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO
NR-15 - ANEXO 12 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS
NR-15 - ANEXO 13 - AGENTES QUÍMICOS
NR-15 - ANEXO 13A - BENZENO
NR-15 - ANEXO 14 - AGENTES BIOLÓGICOS

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142
NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
Última modificação: Portaria SEPRT n.º 1.357, de 09 de
dezembro de 2019.
NR-17 - ERGONOMIA
Última modificação: Portaria 876, de 24/10/2018.
NR-17 - ANEXO I - TRABALHO DOS OPERADORES DE
CHECKOUT
NR-17 - ANEXO II - TRABALHO EM
TELEATENDIMENTO/TELEMARKETING

143
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO
NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (TEXTO VIGENTE)
Última modificação: Portaria MTb n.º 261, de 18 de
abril de 2018.

NR-18 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA


INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (NOVO TEXTO)
Início de vigência - 1 (um) ano a partir da publicação da
Portaria SEPRT nº 3.733, de 10 de fevereiro de 2020.
Portaria SEPRT nº 1.295 de 2 de fevereiro de 2021,
prorroga início da vigência para 02 de agosto de 2021. 144
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-19 - EXPLOSIVOS
Última modificação: Portaria 228, de 24/05/2011.

NR-20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM


INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

NR-21 - TRABALHOS A CÉU ABERTO

NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA


MINERAÇÃO
145
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS


LOCAIS DE TRABALHO

NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS

146
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

NR-27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE


SEGURANÇA DO TRABALHO (REVOGADA)

NR-28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES


Última modificação: Portaria SEPRT n.º 9.384, de 06 de
abril de 2020.

NR-29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA


E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
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NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
AQUAVIÁRIO
• NR-30 - ANEXO I - PESCA COMERCIAL E INDUSTRIAL
• NR-30 - ANEXO II - PLATAFORMAS E INSTALAÇÕES DE
APOIO

NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA


AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO
FLORESTAL E AQUICULTURA

NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM


SERVIÇOS DE SAÚDE 148
Lívia de Oliveira Silva - 10934192456
NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM
ESPAÇOS CONFINADOS
Última modificação: Portaria SEPRT 915, de
30/07/2019.

NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO


NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, REPARAÇÃO E
DESMONTE NAVAL

NR-35 - TRABALHO EM ALTURA


149
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NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES
E DERIVADOS

NR-37 - SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE


PETRÓLEO

150
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• Agora vem a questão chave: qual a razão pela
qual o acidente ocorreu? É importante
investigar?

151
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OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO:-

- Criar programa preventivo


- Reduzir riscos
- Mensurar passivo financeiro
- Avaliar obediência às NRs

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Educar

Monitorar

Corrigir

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Súmula nº 378 do TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº
8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e
27.09.2012
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à
estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-
doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em
01.10.1997)
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior
a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se
constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de
causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ
nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado
goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho
prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91.

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Atenção à nova redação do artigo 201, § 10º da
CF :

“Lei complementar poderá disciplinar a


cobertura de benefícios não programados,
inclusive os decorrentes de acidente do
trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo
Regime Geral de Previdência Social e pelo setor
privado”

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AÇÃO REGRESSIVA DO INSS

A Lei nº 8.213/91 estabelece que : “A Previdência Social ajuizará


ação regressiva contra os responsáveis nos casos de :
I- negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do
trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva;
II- violência doméstica contra a mulher, nos termos da Lei 11.340
de 7 de agosto de 2.006”

Casos de dolo/culpa

Artigo 927 CC

Convênio Justiça do Trabalho (Recomendação Conjunta GP.CGT


02/2011)

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AÇÃO REGRESSIVA DO INSS

Competência da Justiça Federal

Artigo 341, paragrafo único do RPS – envio de


relatórios de análise de acidentes com indícios de
negligência da empresa

AGU Portaria 218/2019 – Acordos


I- desconto sobre o valor do ressarcimento das
parcelas vencidas, incluídos juros e correção
monetária, e das parcelas vincendas;
II- parcelamento do valor total da dívida
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AÇÃO REGRESSIVA DO INSS
CIVIL. APELAÇÃO. ACIDENTE DO TRABALHO. AÇÃO DE REGRESSO MOVIDA
PELO INSS CONTRA EMPREGADORA RESPONSÁVEL PELO ACIDENTE. ART. 120
DA LEI 8.213/1991. PRESCRIÇÃO. PRAZO QUINQUENAL. ART. 1º DO DECRETO
N. 20.910/32. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. FUNDO DE DIREITO.
INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 85/STJ. OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO.
RECURSO PROVIDO.
É quinquenal o prazo prescricional para que o INSS pleiteie o ressarcimento por
acidente de trabalho previsto no art. 120 da Lei nº 8.213/1991, em vista da isonomia
que decorre do art. 1º do Decreto nº 20.9140/1932, atingindo o fundo de direito (daí
porque não é aplicável a Súmula 85 do E.STJ), e o termo inicial é o dia em que a
autarquia começa a pagar o benefício previdenciário ao segurado ou seus dependentes.
Precedentes do E.STF (Tema 666), do E.STJ (Tema 553) e deste E.TRF.
Decorridos mais de cinco anos entre a data da concessão dos benefícios e a data da
distribuição da ação, a pretensão ressarcitória do INSS se encontra prescrita,
prejudicada a análise dos demais argumentos da apelação APELAÇÃO CÍVEL (198)
Nº 0000807-89.2015.4.03.6138
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AÇÃO REGRESSIVA DO INSS

CIVIL. APELAÇÃO. ACIDENTE DO TRABALHO. AÇÃO DE REGRESSO


MOVIDA PELO INSS CONTRA EMPREGADORA RESPONSÁVEL PELO
ACIDENTE. ART. 120 DA LEI 8.213/1991. RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA
DA VÍTIMA. RECURSO DESPROVIDO.
- O art. 7º, XXII e XXVIII e o art. 210, §10, ambos da Constituição, dão
amparo à redação originária do art. 120 da Lei nº 8.213/1991, agora
ampliada pela Lei nº 13.846/2019. As responsabilidades do empregador
ou do contratante do trabalhador decorrem de primados do sistema
jurídico, mas o art. 19 dessa mesma Lei nº 8.213/1991 reforçou essas
exigências ao definir acidente de trabalho.
- O fato de o empregador ou contratante do trabalhador acidentado ter
recolhido regularmente contribuições previdenciárias e seus adicionais
(SAT ou FAP/RAT) não é motivo suficiente para eximir sua
responsabilidade, porque o art. 7º, XXVII da Constituição é expresso ao
impor o custeio de seguro contra acidentes de trabalho, sem excluir a
indenização a que este está obrigado (quando incorrer em dolo ou
culpa), dando reforço ao ressarcimento previsto no art. 120 da Lei nº
8.213/1991. Precedentes.

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AÇÃO REGRESSIVA DO INSS

As exigências feitas pelo art. 12 da Lei nº 8.213/1991 são as


exequíveis, dentro de parâmetros aceitáveis no respectivo
segmento econômico e no momento no qual o acidente de
trabalho ocorre, tanto que o preceito legal se refere a violação de
“normas padrão” de segurança e de higiene no trabalho
indicadas para a proteção individual e coletiva.

Sendo seu o ônus da prova, o INSS terá direito ao ressarcimento


se comprovar os seguintes requisitos cumulativos: a) que o
empregador ou contratante deixou de observar as normas gerais
de segurança e higiene do trabalho; b) que o acidente tenha
decorrido diretamente desta inobservância. Se o acidente
ocorreria mesmo se empregador ou contratante tivesse tomado
medidas consentâneas às normas gerais exigíveis, não terá o
dever de ressarcir o INSS.

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AÇÃO REGRESSIVA DO INSS

Extrai-se dos depoimentos, bem como da prova técnica


realizada que, embora não houvesse uma proteção tipo
gaiola para isolamento da máquina, nem dispositivo de
parada automática do equipamento, certo é que da
maneira como era realizado o trabalho, – com o
funcionário sentado – , não seria possível ocorrer o
acidente como ocorrido, já que o mesmo deveria se
levantar e se debruçar sobre a máquina e manuseá-la em
funcionamento – o que o próprio segurado
admitiu. Depreende-se do apurado que a empresa não agiu
com negligência, tendo se dado o acidente por culpa
exclusiva da vítima.
Recurso de Apelação desprovido. APELAÇÃO CÍVEL (198)
Nº 0011236-17.2011.4.03.6119

Lívia de Oliveira Silva - 10934192456

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