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ESCOLA TÉCNICA IMPERADOR

THYAGO PINHEIRO RODRIGUES

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA

AÇAILÂNDIA-
MA 2022
THYAGO PINHEIRO

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA

Trabalho apresentado à disciplina de


Materiais de Construção Mecânica da Escola
Técnica Imperador como requisito principal
para a obtenção de nota.

AÇAILÂNDIA-
MA 2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4

2 DESENSOLVIMENTO...............................................................................................5

2.1 Materiais compósitos............................................................................................5

2.2 Materiais semicondutores....................................................................................7

3 CONCLUSÃO............................................................................................................9

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

Desde o início dos tempos, o homem manteve-se em constante evolução. Seu instinto
primitivo e razão possibilitaram-lhe que os elementos e materiais presentes no meio de
vivência fossem transformados em utensílios e equipamentos que tornassem determinadas
atividades diárias mais fáceis e rápidas de se realizarem.
A busca pela sobrevivência aperfeiçoou-se quando galhos de árvore passaram a ser
usados como lanças, pedras afiadas usadas como facas, folhas e ramagens como vestuário,
dentre diversos outros exemplos. Com uma abundância de diferentes elementos a sua volta, o
homem passou a estudar continuamente os diversos tipos de materiais e suas melhores
utilidades a depender da tarefa. A partir desse momento, conceitos que conhecemos hoje
como: resistência, dureza, tenacidade e ductilidade; começaram a ser observados e utilizados
de forma prática e empírica.
Ao serem retirados da natureza, os materiais já eram logo utilizados em sua utilidade
final, recebendo pouco ou nenhum tipo de tratamento ou usinagem. Anos se passaram e
técnicas foram criadas e aperfeiçoadas. Polias, alavancas, gangorras, rodas e outras máquinas
simples foram inventadas, houve a distinção das diferentes classes de materiais e suas
características especificas.
Atualmente, podemos classificar os materiais em cinco grandes grupos: metálicos,
plásticos, cerâmicos, compósitos e semicondutores, cada um deles apresentando diferentes
aspectos. De acordo com a necessidade, deve ser analisado qual material utilizar, por
exemplo: na instalação elétrica de uma residência, para conduzir eletricidade deve ser
utilizado um material metal, devido a sua alta condutividade, levando em consideração
também sua área transversal e evitar seu aquecimento indesejado; para o isolamento deve ser
utlizado um material plástico, devido a sua propriedade de ser um isolante elétrico.
Desta forma, este trabalho foi elaborado com o objetivo de destacar as propriedades
físicas e químicas dos materiais compósitos e semicondutores, destacando suas principais
aplicações práticas e usualidades.
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2 DESENSOLVIMENTO

2.1 Materiais compósitos

A literatura define o compósito como sendo um material formado por dois ou mais
materiais com características e aspectos diferentes, no entanto quando analisados
macroscopicamente o mesmo é homogêneo, podendo possuir fibras longas ou curtas. A
utilização de compósitos reforçados com fibras naturais é o reflexo das preocupações com as
questões ambientais, como a poluição causada por resíduos que não são biodegradáveis ou
não podem ser incinerados, bem como as mudanças climáticas devido às emissões de CO2
associadas aos processos de utilização intensiva de energia e motiva também este trabalho o
desenvolvimento autossustentável, já que as fibras naturais geram fonte de renda,
principalmente nos países em desenvolvimento, onde grande parte são originárias,
incentivando o cultivo à agricultura de não-alimentícios. Adicionalmente, vale também
lembrar que estas fibras provêm de fontes renováveis, além de serem abundantes, de baixo
custo e possuírem um conjunto relevante de propriedades mecânicas.
Os compósitos compreendem uma classe de materiais que a cada dia ganha mais
importância tecnológica sua preparação visa imprimir melhores propriedades aos materiais.
Quando um material é preparado usando materiais de natureza distinta é denominado
compósito. Uma prancha de surfe é um exemplo típico de um compósito onde fibras de vidro
são embebidas em um polímero. O concreto que apresenta uma boa resistência à compressão
e baixa resistência à tração pode formar um compósito com o aço, que tem boa resistência à
tração.
A natureza também tem os seus próprios compósitos, a madeira apresenta suas células
envoltas em lignina, que confere propriedades como elevada resistência ao impacto, à
compressão e à dobra, fazendo com que a sua utilização pelo homem seja plena. Sendo um
material multifásico, um compósito exibe além das propriedades inerentes de cada
constituinte, propriedades intermediárias decorrentes da formação de uma região interfacial.
O compósito se divide em duas fases, matriz (pode ser de cerâmica, polimérica ou metálica) e
a fase dispersa (pode ser fibras ou partículas que servem como carga).
A matriz geralmente é um material contínuo que envolve a fase dispersa. As
propriedades de um compósito são decorrentes de fatores como a geometria da fase
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dispersa, distribuição, orientação e também da compatibilidade interfacial entre os


constituintes da mistura. É necessário que haja uma afinidade entre os materiais que foram
unidos, pois devem trabalhar juntos respondendo aos esforços físicos do meio. Por isso é
muito importante conhecer as propriedades químicas e físicas dos diferentes materiais que
foram unidos. Como, as propriedades das interfaces destes materiais.
A adesão de um material a outro está associada ao estabelecimento de interações que
podem ser dos tipos: ligações covalentes, forças de van der Walls, ligações de hidrogênio e
interação eletrostáticas. A natureza destas interações está associada à afinidade química entre
a matriz e a fase dispersa. Geralmente a fase dispersa apresenta natureza hidrofílica enquanto
a matriz polimérica tem natureza hidrofóbica. A compatibilidade destas duas fases pode ser
melhorada através da modificação química da superfície de um dos componentes. A
modificação da superfície pode ser feita por uma gente de derivatização, que Revisão
Bibliográfica 12 incorpora grupos na superfície capazes de interagir com a matriz. Como
exemplos de derivatizações para cargas como as fibras vegetais, temos a mercerização
(tratamento com NaOH), a esterificação, a acetilação, além de reações com agentes de
acoplamentos como os silanos.
Nas últimas décadas a busca por materiais ecologicamente corretos tem desenvolvido
materiais de matrizes poliméricas com fibras naturais. A princípio as fibras naturais
apresentaram poucas vantagens, pois geralmente as propriedades mecânicas são pioradas ou
se mantêm quase inalteradas. No entanto a necessidade custos mais baixos faz permanecer o
interesse pó estas fibras, que são originadas de fontes renováveis, possuem baixa densidade,
menor abrasão causada nas máquinas de processamento e também por terem a capacidade de
boa adesão à matriz. Em compósitos reforçados por fibras, tem-se um mecanismo de reforço
por transferência de tensões da matriz polimérica às fibras que, são mais resistentes e
apresentam módulo mais elevado do que o da matriz. O uso destas fibras em compósitos
estruturais tem crescido no setor industrial.
A utilização de materiais compósitos e alternativos vem sendo incrementada a cada
dia, na medida em que se torna mais generalizada a conscientização de que o uso de recursos
renováveis e não agressivos ao meio ambiente faz parte de um novo modelo ecologicamente
correto. Os compósitos derivados de produtos vegetais, tanto na matriz como no reforço,
inserem-se na política de aproveitamento de recursos
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renováveis, menos agressivos e tóxicos, visto que as matérias-primas de origem vegetal, tais
como: óleos, fibras, polímeros, corantes, etc., além de serem oriundas de fontes renováveis,
atendem aos requisitos de biodegradabilidade e preservação do meio ambiente durante todo o
seu ciclo de vida.

2.2 Materiais semicondutores

O átomo é formado basicamente por três partículas elementares: elétrons, prótons e


nêutrons. A carga elétrica do elétron é igual a do próton, porém de sinal contrário. Os elétrons
giram em torno do núcleo (composto de prótons e nêutrons) distribuídos em até sete camadas.
Em cada átomo, a camada mais externa é chamada de camada de valência e geralmente é ela
que participa das reações químicas.
Os materiais condutores são aqueles que oferecem pouca resistência à passagem de
corrente. Quanto menor a resistência, melhor condutor é o material. O que caracteriza o
material bom condutor é o fato de que os elétrons da camada de valência estão fracamente
ligados ao núcleo, encontrando facilidade de abandonar seus átomos e se movimentarem
livremente pelo material. O cobre, por exemplo, com somente um elétron em sua camada de
valência, tem facilidade em cedê-lo para ganhar estabilidade. O elétron cedido pode tornar-se
um elétron livre.
Os materiais isolantes são aqueles que possuem uma resistividade muito alta,
bloqueando a passagem da corrente elétrica. Os elétrons de valência são fortemente ligados a
seus átomos, sendo necessária muita energia para desprender elétrons das moléculas,
necessários à circulação de corrente pelo material. Exemplos de isolantes: borracha natural
(látex), borracha sintética, plástico, cerâmica, vidro, o ar, a água pura, óleo, etc.
Por fim, os semicondutores são aqueles que apresentam resistividade intermediária.
Como exemplo, temos o germânio (Ge) e o silício (Si). Os átomos desses elementos possuem
quatro elétrons na camada de valência. Quando esses átomos se agrupam, formam uma
estrutura cristalina, ou seja, são substâncias cujos átomos se posicionam regularmente
espaçados, formando estruturas ordenadas. Nessa estrutura, cada átomo une-se a outros
quatro, por meio de ligações covalentes, e cada elétron da camada de valência é
compartilhado com um átomo vizinho. Assim cada dois átomos adjacentes compartilham dois
elétrons.
Essas estruturas cristalinas, compostas exclusivamente de átomos iguais, são
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chamadas de cristais semicondutores intrínsecos. Se as estruturas não permitissem o


rompimento das ligações covalentes, o silício e o germânio seriam materiais isolantes.
Entretanto, com o aumento da temperatura, algumas ligações recebem energia suficiente para
se romperem, fazendo com que elétrons passem a se movimentar pelo cristal, tornando-se
elétrons livres.
Com a quebra das ligações, no local onde havia um elétron, passa a existir uma região
com carga positiva, já que o desbalanceamento de cargas faz com que o átomo fique com um
próton a mais, tornando a região mais receptiva a elétrons. Essa região positiva recebe o nome
de lacuna. As lacunas não existem realmente, pois são espaços vazios deixados por elétrons
que deixaram suas ligações covalentes. Sempre que uma ligação é rompida, surgem um
elétron livre e uma lacuna. Ao mesmo tempo, o processo de recombinação ocorre quando um
elétron livre preenche uma lacuna. Como os elétrons livres e as lacunas aparecem e
desaparecem aos pares, pode-se afirmar que o número de lacunas é sempre igual ao de
elétrons livres.
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3 CONCLUSÃO

Os materiais de construção mecânica fazem parte do cotidiano de todo e qualquer


profissional da área de eletromecânica, já que serão o meio físico com o qual eles exercerão
suas atividades. Tendo isso em vista, torna-se essencial que esses profissionais se mantenham
constantes em seus estudos acerca do assunto devido a repentina atualização do mercado.
Como foi apresentado, os materiais compósitos e semicondutores estão presentes até
mesmo de maneiras imperceptíveis ao nosso redor. Ao passar dos anos e com o avanço da
tecnologia, eles foram aprimorados e adequados cada vez mais para que pudessem satisfazer
as necessidades do ser humano, tanto na área da mecânica, como em diversas outras como:
construção civil, tecnológica e outras.
Características especificas de cada classe, como: resistência à tração, elasticidade,
ductilidade, fluência, fadiga, dureza, tenacidade, entre outras, devem ser entendidas a fundo,
visto que são elas que representam as diferenças entre cada tipo de material. Portanto,
conclui-se que cabe ao eletromecânico deter o conhecimento necessário para exercer sua
atividade com maestria.
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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, I. L. A. Propriedades e estrutura de compósitos poliméricos reforçados


com fibras continuas de juta. Tese de doutorado, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em:
<https://uenf.br/posgraduacao/engenharia-de-materiais/wp-
content/uploads/sites/2/2013/07/Tese-de-Doutorado_Isabela-Leao.pdf>.
Acesso em: 12 de abril de 2023.

QUIM. NOVA, Vol. 42, No. 6, 661-675, 2019. SEMICONDUTORES


HETEROESTRUTURADOS: UMA ABORDAGEM SOBRE OS PRINCIPAIS
DESAFIOS PARA A OBTENÇÃO E APLICAÇÃO EM PROCESSOS
FOTOQUÍMICOS AMBIENTAIS E ENERGÉTICOS. Disponível em: <
http://dx.doi.org/10.21577/0100-4042.20170372 >.
Acesso em: 12 de abril de 2023

SANTANA, A. C. SEMICONDUTORES. Ouro Preto, 2020. Disponível em: <


http://professor.ufop.br/sites/default/files/adrielle/files/semicondutores.pdf >.
Acesso em: 12 de abril de 2023

KRUGER, T. P. DISCIPLINA DE ELETRÔNICA GERAL I. Semicondutores, Itajaí.


Disponível em: < http://wiki.itajai.ifsc.edu.br/images/1/18/EG118702_-_Aula_1_-
_Semicondutores.pdf >. Acesso
em: 12 de abril de 2023

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