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Instituto Superior Politécnico Católico de Benguela- Navegantes

Departamento de Ciências da Educação-Ensino Primário


Disciplina de Matemática

TEMA:

3º Ano

Período: Manhã

2º Grupo

CURSO: Ensino Primário

DOCENTE:

Leonel Fernando G. Sanalende

BENGUELA/ NOVEMBRO DE 2022

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Instituto Superior Politécnico Católico de Benguela- Navegantes
Departamento de Ciências da Educação-Ensino Primário
Disciplina de Matemática

Elaborado pelo Grupo N: 2


 Albina Kassinda Sapalo
 Alfredo Laurindo Quintas
 António Bambi Yeve
 Augusta Paula Tchivela
 Celestina Justo Chapessala
 Ester Jamba Fundanga
 Eurico Ep. Salomão Pintali
 Felícia Heldira Francisco
 Graciano Daniel saconjo
 Helena Ngumbe
 João Cambala
 Joaquin Katala
 Josefina Macial
 Julieta Damásio Antunes
 Luqueno D`Jesus Correia
 Rodina Chinjenje
 Silvano Tch. Maholi
 Teresa Fernanda Canjela

3º Ano

Período: Manhã
2º Grupo
CURSO: Ensino Primário
Docente:

Leonel Fernando G. Sanalende

BENGUELA/ NOVEMBRO DE 2022

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PENSAMENTO
Ontem fugíamos da escola porque parecia ser chato estar lá; hoje corremos
para a escola porque sabemos que é importante lá estar...
(Anónimo)

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Sumário
PENSAMENTO ........................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 5
CONCEITO DE “CONTAGENS DE NÚMERO ...................................................................... 6
SISTEMAS DE NUMERAÇÃO ............................................................................................... 10
DIVERSOS SISTEMAS DE NUMERAÇÃO ......................................................................... 12
OUTROS SISTEMAS DE NUMERAÇÃO ............................................................................. 15
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 19

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INTRODUÇÃO
Ao longo dos tempos, as origens do conhecimento têm sido o objecto de
pesquisa de inúmeros cientistas que se debruçam sobre as poucas
informações que as descobertas arqueológicas trazem à luz, na busca de
justificativas para suas hipóteses e novas pistas para suas investigações. Os
primórdios da Matemática podem ser recuperados através de registos
associados à contagem que foram deixados por povos que viveram nas mais
distantes regiões do globo terrestre. Uma das descobertas arqueológicas mais
fascinantes ocorreu em 1937, quando um osso de lobo com marcas, cuja
datação aponta para aproximadamente 30000 a.C., foi encontrado por Karl
Absolom, em Vestonice, na Checo-Eslováquia.

A etnografia, enquanto descrição científica de culturas, inclui o estudo de


civilizações actuais que se desenvolveram em relativo isolamento, pouco
influenciadas pela cultura que emergiu de grandes civilizações como a
Chinesa, a Indiana, a Babilónica e a Egípcia. Tais civilizações isoladas,
algumas delas ainda ao nível da Idade da Pedra quando foram primeiramente
estudadas há algumas centenas de anos, encontraram-se na África, na
Austrália, na América do Sul e na Indonésia. Atendendo a que diferentes
civilizações se desenvolveram a diversos níveis em diferentes locais, é
plausível assumir que estudos etnográficos de civilizações primitivas, cada vez
mais raros, podem fornecer pistas valiosas para compreender os estádios mais
primitivos da nossa civilização.

Um sistema de numeração, (ou sistema numeral) é um sistema em que um


conjunto de números é representado por numerais de uma forma consistente.
Pode ser visto como o contexto que permite ao numeral "11" ser interpretado
como o numeral romano para dois, o numeral binário para três ou o numeral
decimal para onze

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CONCEITO DE “CONTAGENS DE NÚMERO
A etnografia, enquanto descrição científica de culturas, inclui o estudo de
civilizações actuais que se desenvolveram em relativo isolamento, pouco
influenciadas pela cultura que emergiu de grandes civilizações como a
Chinesa, a Indiana, a Babilónica e a Egípcia. Tais civilizações isoladas,
algumas delas ainda ao nível da Idade da Pedra quando foram primeiramente
estudadas há algumas centenas de anos, encontraram-se na África, na
Austrália, na América do Sul e na Indonésia. Atendendo a que diferentes
civilizações se desenvolveram a diversos níveis em diferentes locais, é
plausível assumir que estudos etnográficos de civilizações primitivas, cada vez
mais raros, podem fornecer pistas valiosas para compreender os estádios mais
primitivos da nossa civilização.

Os matemáticos do século vinte desempenham uma actividade intelectual


altamente sofisticada, sendo boa parte do que hoje se chama matemática
deriva de ideias que originalmente estavam centradas nos conceitos de
número, grandeza e forma. Conhecendo a história da matemática percebemos
que as teorias que hoje aparecem acabadas e elegantes são resultantes de
desafios enfrentados na história da humanidade. Crê-se que as nossas
primeiras concepções de número e forma datam de tempos tão remotos como
os do começo da Idade da Pedra, o Paleolítico. Durante as centenas de
milhares de anos, ou mais, deste período, os homens viviam em cavernas, em
condições pouco diferentes das dos animais, e as suas principais energias
eram orientadas para o processo elementar de recolher alimentos onde fosse
possível encontrá-los. Eles faziam instrumentos para caçar e pescar,
desenvolviam linguagem para comunicarem uns com os outros. “Nos finais dos
anos 30, quando o arqueólogo Karl Absolom, peneirando terra checoslovaca,
desenterrou um osso de lobo de 30 000 anos de idade, com uma série de
entalhes esculpidos, foi desenterrado uma pista-chave a respeito da natureza
da matemática da Idade da pedra. Ninguém sabe se Gog, o homem das
cavernas, usou o osso para contar os veados que matava, as pinturas que
desenhava ou os dias que tinha passado sem um banho, mas é evidente que
os primeiros humanos estavam a contar alguma coisa. O osso de lobo era, na
Idade da Pedra, o equivalente ao supercomputador actual. (…) Parece que, no

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princípio da matemática, as pessoas só sabiam distinguir entre um e muitos.
Um homem das cavernas tinha uma ponta de lança ou muitas pontas de lança;
comia um lagarto triturado ou muitos lagartos triturados. Não havia maneira de
expressar qualquer quantidade que não fosse um ou muitos. Com o tempo, as
linguagens primitivas desenvolveram-se para distinguir entre um, dois e muitos
e, finalmente, um, dois, três e muitos. Algumas línguas actuais ainda têm esta
limitação. Os índios Siriona e os brasileiros Ianoama não têm palavras para
números superiores a três; em vez disso, estas duas tribos usam as palavras
«muito» ou «muitos». Graças à natureza dos números – podem ser
adicionados para criar novos números -, o sistema de números não parou nos
três. Após algum tempo, os homens tribais inteligentes começaram a dispor
palavras - números numa fila para formar mais números.”

 Enumeração e numeração

Parece ser quase certo que no percurso para níveis de civilização mais
avançados a enumeração precedeu a numeração, e a numeração, por seu
lado, precedeu o conceito de número.

Por enumeração entendemos o estabelecer duma correspondência entre os


objectos considerados e outros que servem como “contadores”. Por exemplo, a
tribo Bugilai da Nova Guiné usava a seguinte sequência: dedo mindinho
esquerdo; dedo anelar esquerdo; dedo médio esquerdo; dedo indicador
esquerdo; polegar esquerdo; pulso esquerdo; cotovelo esquerdo; ombro
esquerdo; peito esquerdo; peito direito servindo o dedo indicador direito como
guia. Repare-se que uma vez fixada esta sequência, cada homem a
transportava consigo. Além disso não era necessário utilizar palavras para as
diferentes partes do corpo. Muitas tribos primitivas usaram procedimentos
semelhantes. Através de várias outras partes do corpo era-lhes possível
“contar” até um número bem elevado sem recorrer a qualquer palavra ou
símbolo. Mas também outros objectos para além dos dedos ou partes do corpo
– tais como sementes, riscos nas pedras ou sulcos em paus – foram usados
como contadores nos primeiros estádios da enumeração.

O uso gradual de linguagens faladas marcou um grande passo na evolução do


conceito de número. Com a criação duma linguagem que contém palavras para

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as diferentes partes do corpo, era natural que estas palavras, em vez das
diferentes partes do corpo fossem usadas no processo de enumeração; o que
marca uma transição para a numeração. No caso da tribo Bugilai as palavras
usadas para a sequência anterior eram:

Tarangesa (1) dedo mindinho esquerdo

Meta Kina (2) dedo anelar esquerdo

Guigimeta (3) dedo médio esquerdo

Topea (4) dedo indicador esquerdo

Manda (5) polegar esquerdo

Gaben (6) pulso esquerdo

Trankgimbe (7) cotovelo esquerdo

Podei (8) ombro esquerdo

Ngama (9) peito esquerdo

Dala (10) peito direito

Não existem suficientes evidências para fixar o período histórico em que foi
feita a descoberta do conceito de cardinal. Os documentos escritos mais
antigos mostram que esse conceito estava igualmente presente na China, na
Mesopotâmia, na Índia e no Egipto. Todos esses documentos contêm a
questão “Quantos …?” Esta questão pode ser respondida em termos de
número cardinal. Portanto, quando estes documentos foram escritos, e
provavelmente muito antes, o conceito de número cardinal estava já formado.
Se tentarmos perceber de que tipo de situações emergiu o conceito de número
cardinal, veremos que o conceito fundamental que designamos por “conjunto”
terá sido uma das primeiras abstracções feitas pelo homem. Quando os
Bugalai diziam manda (“polegar esquerdo”), não tinham ainda o conceito de
“mão” ou “conjunto completo de cinco objectos”. Uma das etapas seguintes
deverá ter sido a observação de que a ordem pela qual é feita a
correspondência dos objectos num conjunto não é importante. O próximo

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passo, provavelmente o mais difícil, terá sido perceber que o último nome dum
número ordinal pronunciado associava-se não só ao último objecto no conjunto
a ser correspondido mas também dizia quantos objectos existiam ao todo no
conjunto.

Podemos pois enunciar a seguinte definição de número natural.

Definição:

Número natural é o cardinal dum conjunto finito qualquer não vazio.

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SISTEMAS DE NUMERAÇÃO
Um desenvolvimento mais formal da numeração pode ser encontrado na
formação dos sistemas de numeração. Em culturas em que os dedos de uma
mão tinham sido usados em fases iniciais da numeração, o agrupamento base
do sistema de numeração ficou a ser o cinco. Quando os dedos de ambas as
mãos eram usados, o agrupamento base ficou a ser dez. Quando os dedos das
mãos e pés eram usados, ou as partes de ambas as mãos ou braços eram
usados, tornou-se vinte. A necessidade dum sistema de numeração surgiu com
a questão (que naturalmente não se colocaria nestes termos) O que tem de ser
feito quando uma sequência finita ordenada de contadores (dedos ou partes do
corpo) se esgota, mas ainda restam objectos para corresponder?

O longínquo registo de traços num cajado ou de riscos em pedras depressa se


tornou insuficiente para as exigências do homem. O desenvolvimento das
sociedades proporcionou que se desenvolvessem símbolos convenientes para
escrever os números e métodos para fazer cálculos com esses números. Os
símbolos para escrever os números são chamados numerais e os métodos
para fazer cálculos, algoritmos. Quando tomados em conjunto os numerais e os
algoritmos, obtemos o que chamamos sistemas de numeração. Um numeral é
um símbolo ou grupo de símbolos que representa um número em um
determinado instante da evolução do homem. Tem-se que, numa determinada
escrita ou época, os numerais diferenciaram-se dos números do mesmo modo
que as palavras se diferenciaram das coisas a que se referem. Os símbolos
"11", "onze" e "XI" (onze em latim) são numerais diferentes, representativos do
mesmo número, apenas escrito em idiomas e épocas diferentes.

Um sistema de numeração, (ou sistema numeral) é um sistema em que um


conjunto de números é representado por numerais de uma forma consistente.
Pode ser visto como o contexto que permite ao numeral "11" ser interpretado
como o numeral romano para dois, o numeral binário para três ou o numeral
decimal para onze.

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Definições:

• Numeral é todo o símbolo que representa um número.

• Um sistema de numeração é um conjunto de símbolos e regras culturalmente


aceites que possibilita a escrita de números

 Classificação de sistemas de numeração

Os sistemas de numeração podem classificar-se em:

• Não posicionais (Ex: egípcio, romano)

• Posicionais (Ex: indo-árabe)

 Sistema de numeração posicional

O valor de cada algarismo depende do lugar que ocupa.

Exemplo

Considere-se o número duzentos e vinte e dois, escrito no sistema indo-árabe


(222). A primeira menção do algarismo dois representa duas unidades simples;
a segunda duas unidades de 1.ª ordem (dezenas) e a terceira menção dos dois
representa duas unidades de 2.ª ordem (centenas)

 Vantagem dos sistemas posicionais

A vantagem dos sistemas posicionais é notória já que asseguram uma grande


economia de meios de expressão e facilitam as operações aritméticas.
(Sugere-se ao leitor incrédulo que tente multiplicar dois números de três
algarismos escritos no sistema de numeração romana).

 Sistema de numeração aditivo (não posicional)

A posição recíproca dos constituintes não é relevante.

Exemplo

Considere-se o número oitenta e oito escrito no sistema de numeração


romana: (LXXXVIII). Nem o valor de I nem o de X depende da posição que
ocupam esses símbolos.

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DIVERSOS SISTEMAS DE NUMERAÇÃO

 Civilização egípcia

Os primeiros numerais egípcios conhecidos estão inscritos na forma hieroglífica


num bastão real de cerca de 3400 a.C., quando Menes uniu o Alto Egipto e o
Baixo Egipto. Estes símbolos foram usados para denotar grandes números
associados com saques de guerra: a captura de 120 000 prisioneiros humanos,
400 000 cabeças de gado e 1 422 000 cabras.

Breves Notas:

Pode dizer-se que a Egiptologia começou quando se puderam decifrar os


caracteres da escrita egípcia. Isso só aconteceu a partir de 1799, com a
expedição de Napoleão Bonaparte ao Egipto.

Foram os soldados franceses que encontraram a este de Alexandria, perto de


Rosetta, uma pedra negra de basalto (pedra da Rosetta) contendo uma
inscrição em 3 línguas: grego, hieroglífico e demótico. Foi graças aos trabalhos
do inglês Thomas Young e do francês Jean François Champollin que os
hieróglifos foram decifrados, por comparação com o texto grego.

Posteriormente muitas outras inscrições foram decifradas em túmulos, templos


e papiros.

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Há a considerar três tipos diferentes na escrita dos antigos egípcios:

• a escrita hieroglífica, em que os caracteres usados são os hieróglifos; é uma


escrita pictórica, à base de figuras. Prevaleceu desde cerca de 3000 a.C. até
aos primeiros séculos da era cristã; a partir de uma certa altura passou apenas
a ser usada para inscrições formais, ou em monumentos de pedra, madeira ou
metal;

• A escrita hierática, que é uma escrita mais abreviada do que a hieroglífica e


mais adequada para escrever nos papiros, onde foi frequentemente usada.
Começou a ser usada cerca de 2000 a.C.;

• A escrita demótica, que é ainda mais simplificada do que a hierática. È uma


escrita de carácter popular, como aliás a própria designação o exprime.
Desenvolveu-se cerca do ano 800 a.C.

Os documentos originais de conteúdo matemático não são muitos; apenas


cerca de uma dúzia. Deles destacam-se os seguintes: o papiro Rhind, o papiro
de Moscovo, o papiro de Kahun, o papiro de Berlim e o Rolo de Couro das
Matemáticas Egípcias. O estudo destas fontes permite perceber o
desenvolvimento matemático da civilização egípcia. Os aspectos mais notórios
prendem-se com a sistematização dum sistema de numeração, problemas
aritméticos, resolução de equações e problemas geométricos

 Sistema de numeração egípcio

Os egípcios usavam um sistema de numeração de base 10, do tipo aditivo mas


não tinham símbolo para o zero.

Para os números de um a nove repetiam um pequeno traço vertical e depois


usavam símbolos especiais para as diferentes potências de 10, desde 10 até
107. Estes símbolos eram usados em combinação e repetidos tantas vezes
quantas necessárias para expressar qualquer número. As representações para
os diferentes símbolos têm sido interpretadas de diferentes formas: 1, traço
vertical; 10, asa de um cesto ou arco; 100, corda enrolada; 1000, flor de lótus;
10 000 dedo inclinado; 100 000, ave ou girino; 1 000 000 homem sentado ou
espantado;10 000 000, sol.

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 Civilização romana

A Roma Antiga foi uma civilização que se desenvolveu a partir da cidade-


estado de Roma, fundada na península itálica durante o século IX a.C.. A
civilização romana é tipicamente inserida no grupo "Antiguidade Clássica",
juntamente com a Grécia Antiga que muito inspirou a cultura deste povo. Roma
contribuiu imensuravelmente para o desenvolvimento no Mundo Ocidental de
várias áreas de estudo, como o direito, teoria militar, arte, literatura,
arquitectura, linguística, e a sua história persiste como uma grande influência
mundial, mesmo nos dias de hoje.

 Sistema de numeração romana

Não existem muitas certezas quanto à origem da notação romana dos


números. Os Romanos nunca usaram as sucessivas letras do seu alfabeto
para a numeração. Nas primeiras inscrições em monumentos de pedra o “um”
era representado por um traço vertical. O “cinco” era geralmente representado
por V, talvez representando uma mão. Isso naturalmente sugere o símbolo X
(dois V’s) para “dez”. Mas também pode suceder que o uso de X provenha de
cruzar uns, conforme é usualmente dito. Se essa é a origem de X para “dez”,
então V surgiria naturalmente como metade de X. Não existe informação
definitiva para a origem de L para “cinquenta”. A palavra romana para “centena”
era centum e para “milhar” era mille. Talvez seja essa a razão para o uso de C
para “uma centena” e M para “um milhar”. Um símbolo anterior usado para
representar um milhar era. O D para “quinhentos” poderá ter surgido da parte
direita desse símbolo.

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OUTROS SISTEMAS DE NUMERAÇÃO

Vários povos utilizaram, no passado, sistemas de numeração distintos do


decimal.

• Na Babilónia surgiu o sistema sexagesimal. Parece remontar ao quinto


milénio aC, um dos primeiros sistemas conhecidos de controle da circulação de
mercadorias e que foi posto em execução pelos habitantes da Mesopotâmia.
Eram utilizados pequenos objectos de barro ou pedras de formas diversas,
cada um correspondendo a um número específico duma determinada
mercadoria. Posteriormente, por uma questão de comodidade, passaram a
representar-se estes símbolos em placas de barro.

• Adquiriu uma considerável difusão o sistema de base doze, sistema de


origem ligada à mão, ou, mais precisamente, às doze falanges dos dedos
duma mão (o polegar é excluído, servindo para contar as falanges dos dedos
restantes).

A língua conserva testemunhas deste passado, ainda hoje, ovos e talheres se


contando de preferência por dúzias. O sistema de medidas inglês conserva
vestígios óbvios da numeração duodecimal, como atesta a divisão do “pé” em
doze polegadas, do antigo shilling em doze pennies.

• O sistema de numeração actualmente utilizado em quase todo o mundo é o


sistema indo-árabe, que parece ter sido utilizado por volta do século V. O nome
está directamente relacionado com a convicção existente de que foi inventado
pelos hindus (indianos) e adoptado e divulgado pelos árabes.

O “nosso” sistema indo-árabe é um sistema numérico posicional decimal. Isto


significa que:

- O número usado como base do sistema é o 10;

- São utilizados dez símbolos, a que chamamos algarismos, um para o zero e


um para cada um dos números naturais menores que dez.

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- A posição de cada algarismo na representação do número determina o seu
valor.

Mas este “produto final”, que agora utilizamos, é resultado de uma evolução
lenta de conceitos e notações que passa por vários e significativos estádios de
desenvolvimento.

 Sistema de numeração indo-árabe ou decimal

Os algarismos ditos árabes constituem a contribuição mais conhecida dos


islamitas para o progresso da matemática europeia. Os novos símbolos e o
sistema de numeração que lhes está associado e que ainda hoje se utiliza são,
na realidade, de origem hindu, mas foram os árabes que os trouxeram para o
Ocidente e que primeiramente aqui os usaram e dominaram.

As razões da preponderância do sistema decimal situam-se fora da matemática


e podem ser sugeridas pelo facto do dispositivo primordial de cálculo, as mãos,
totalizarem dez dedos. Resta, a fim de criar o sistema posicional, efectua um
passo essencial que consiste em, esgotados os dez dedos, encarar os dez
como uma unidade de ordem superior, dez vezes dez, como a unidade de
ordem seguinte, etc.

• Para escrever os inteiros, em notação do sistema decimal, usamos os dez


sinais ou símbolos a que chamamos algarismos: 0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

• Convencionou-se que cada algarismo, situado imediatamente à esquerda de


outro, representa unidades da ordem imediatamente superior à dele.

• Convencionou-se também que se o número não contiver unidades numa


determinada ordem, empregasse no lugar dessa ordem, o símbolo 0 (zero) que
indica ausência de unidades.

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 Representação decimal dum número

• Todo o número é representável na forma de somas de produtos dos dígitos


que compõem o número por potências decrescentes de base igual a dez (ou
qualquer outra base)

• A representação dum inteiro nesta forma, chama-se representação decimal,


dado o papel que tem o número 10 em tal representação. Ao número 10
chama-se base de numeração.

Exemplo:

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CONCLUSÃO
Após um árduo trabalho de pesquisa sobre o tema, o grupo chegou á seguinte
conclusão:

 Um sistema de numeração, (ou sistema numeral) é um sistema em que


um conjunto de números é representado por numerais de uma forma
consistente.
 Número natural é o cardinal dum conjunto finito qualquer não vazio
 Numeral é todo o símbolo que representa um número e um sistema de
numeração é um conjunto de símbolos e regras culturalmente aceites
que possibilita a escrita de números.
 Vários povos utilizaram, no passado, sistemas de numeração distintos
do decimal.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Caraça, Bento de Jesus (2003) Conceitos Fundamentais da Matemática. 5ª


edição Lisboa: Gradiva..

• Estrada, Maria Fernanda; Sá, Carlos Correia; Queiró, João Filipe; Silva, Maria
do Céu e Costa, Maria José (2000) História da Matemática. Lisboa:
Universidade Aberta.

• Fomin, S. (1984) Sistemas de Numeração. Moscovo: Editora Mir.

• Machiavelo. António (2006) “Fracções egípcias”. Gazeta matemática, 153,pp.


10-11.

• Palhares, Pedro (2004) Elementos de Mateática para professores do Ensino


Básico. Lisboa: Lidel.

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