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O Retorno ao Feminino
HUGIN
2000
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INTRODUÇÃO
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A Sabedoria dos Tempos
As Leis Universais
Yin e Yang
definem-se como realidade diferenciada
e fundamental.
Entre eles gera-se uma tensão
a que chamamos energia.
Tudo é energia.
O Universo é um todo energético,
dividido e polarizado.
São dois pólos contrários
que activarn os Ciclos Cósmicos,
que por sua vez geram a Vida.
O contrário da afirmação
significa receptividade,
a capacidade de receber o Mundo,
de sentir o reverso das coisas.
É a revelação da Vida interior,
isso que nos habita.
Receptividade
é saber dialogar com o mundo do Sentir,
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a presença da Alma em nós.
Diálogo tão necessário, tão absolutamente vital,
como a força que nos leva a expandir e a afirmar.
Isso é assumir o nosso Pólo Feminino,
que a mentalidade social não sabe sequer
identificar.
As pessoas esqueceram
o que habita no seu mais dentro,
fechadas à essência do Universo.
A mentalidade Ocidental
está apenas focalizada no pólo Yang,
um dos pólos do Movimento.
É o Mundo da Intelectualidade:
crítico, rígido, arrogante, endurecido,
a que falta Coração.
Mundo frio, exclusivamente Mental,
em que as pessoas, salvo raras excepções,
perderam o poder de encantamento.
Emoção e encantamento
são o contrário da aridez.
Só acontecem
quando a capacidade de receber
e de Sentir o que se recebe,
é realidade dentro de cada um.
Assim,
as Mulheres avaliam-se pelo seu contrário.
Vítimas de uma cultura definida pelos Homens,
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sentem confusamente
que lhes faltam as qualidades
que eles protagonizam.
Aceitaram
uma auto-imagem de competitividade
que jamais poderá devolver-lhes
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a segurança da sua verdadeira natureza.
Por se extroverterem,
as Mulheres separam-se da sua íntima vivência.
Da sua inspiração.
Daí o sentimento de vazio
que hoje as acompanha.
Vazio por falsa segurança,
por equivoco de Identidade.
Equívoco que as leva a não se conhecerem,
a não saberem verdadeiramente quem são.
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A Água e o Fogo
No Livro das Mutações
Para que a noção de Masculino e Feminino
possa ser novamente reconhecida
como dois pólos complementares
de um Padrão Cósmico Imutável,
subjacente a toda a manifestação,
recorri ao mais antigo livro do Mundo:
Inversamente,
o Feminino é receptivo e frágil,
Yin à superfície.
No entanto é forte, seguro,
Yang nas profundezas.
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Ambos definem um Ser Total, bi-polarizado,
mas de polaridades inversas.
O Céu é Yang.
Simbolizado por três traços cheios.
É a Imagem do Criativo.
A Terra é Yin.
Representada por três traços abertos.
É a Imagem do Receptivo.
Na etapa ascendente,
da Terra para o Céu,
encontramos Li, o Fogo.
Há pois, no Masculino,
algo Yin que recebe,
para que a sua Força se possa manifestar.
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O Fogo identifica-se com o Masculino.
A sua Imagem traduz-se
por dois traços cheios à superfície.
No meio corre um traço aberto, o Yin.
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O Receptivo
adquiriu o traço Yang médio do Criador.
Assim nasceu Kan, a Água,
a causa da Vida sobre a Terra.
Kan, a Água,
representa o coração,
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a Alma ou a Vida fechada no corpo.
A Luz contida nas Trevas.
Mater ou Matéria,
a sua correspondência ao nível Psíquico
é a Mãe.
O Arquétipo Feminino
tem como resposta última
a Maternidade.
A capacidade de Sustentar,
Nutrir, e Conservar a Vida.
O Homem é Fogo.
A Mulher é Água.
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A inter-acção polarizada dos chakras
O modo como se dinamizam inversamente
no Homem e na Mulher,
os circuitos do Amor
A Água e o Fogo
definem circuitos energéticos internos
numa qualquer relação-a-dois.
Exprimem igualmente
a verdade do comportamento das energias,
obedecendo à Lei da Polaridade.
Na dinâmica de um relacionamento,
vamos encontrar em cada um dos sete Chakras
uma inter-acção polarizada
de polaridades inversas,
no Homem e na Mulher.
1º Nível vibratório
Ao nível do 1º Chakra, o Chakra de Raiz,
a pulsão sexual é vivida da forma mais primária e instintiva.
Passa-se numa esfera puramente irracional.
É o que há de mais básico e animal
no Ser Humano.
2º Nível vibratório
Sendo o 2º Chakra,
o Oceano dos Sentimentos,
a sede de todos os medos,
as relações sexuais que se processam a este nível
nascem como forma se compensação psíquica,
como tentativa de libertação
das inseguranças individuais,
pela projecção do Eu no outro.
É o Mundo da Paixão,
da compensação pela posse do outro,
onde cabem todos os Jogos de Poder Psíquico,
próprios do Signo de Escorpião.
A Força da Terra
revela-lhe o sentido da Vida na Matéria,
por ser ela própria portadora de Vida.
Inicia-a nesse Saber instintivo, Feminino,
contido no Arquétipo Materno
que é o sentimento de nutrição e protecção.
3º Nível vibratório.
Ao nível do 3° Chakra, o Plexo Solar,
onde o Eu afirma a sua Identidade
frente ao mundo exterior que lhe é adverso,
quem é Yang é o Homem.
Yin, a Mulher.
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O Homem tem mais necessidade
de se projectar dírectamenre
na realidade material,
para testar o seu Poder de afirmação
e competição face aos outros Homens.
Ao sintonizar
com a realidade da sua Alma,
que lhe irá revelar a sua Força íntima,
a percepção sensível da Vida em si...
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Nesta dimensão,
o que anima o fluxo das energias,
é ainda a Força da Terra.
O Amor, a Unídade-a-dois
como resultado da fusão das energias reciprocas,
só pode ser vivido sexualmente,
acima do diafragma.
No 4° Nível vibratório,
no Chakra do Coração.
4º Nível vibratório.
Aqui, a energia instintiva sobe até ao Coração.
Ninguém chega
a esta alta frequência vibratória,
sem passar pelo doloroso processo
a sua Alquimia Interior.
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Por sua vez, a Mulher
tem que confiar incondicionalmente
na Força de Vida que a anima,
a Paz do seu mundo Interior.
Só então ela pode
receber o Homem em liberdade,
além das sombras das suas projecções
inconscientes.
Ao nível do 4° Chakra,
na vibração do Coração,
quem é Yang é a Mulher.
Yin o Homem.
5º Nível vibratório
É o nível do 5º Chakra,
o Chakra da garganta,
o domínio da Palavra.
Aqui há novamente
uma inversão de polaridades:
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Yang é o Homem,
Yin é a Mulher.
O Homem verbaliza,
afirma-se no Plano Mental.
A Mulher é mais intimista, mais recolhida.
Ao falar, fala geralmente a partir do que sente.
Afirma-se mais no Plano Emocional.
Nela a Palavra nasce do Silêncio,
da interiorização.
6º Nível vibratório
É o nível do 6º Chakra, o Chakra Frontal.
Aqui, quem é Yang é a Mulher.
Yin, o Homem.
A Maga,
a que sempre soube gerir as forças ocultas,
a que sempre sentiu as Leis da Vida,
foi, através dos Tempos, a Mulher.
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7º Nível vibratório
É o nível último,
o 7º Chakra.
O Chakra do Espírito.
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O Homem e a Mulher
Quando o Homem e a Mulher
se mantêm em perfeito e mútuo equilíbrio,
formam um poderoso dínamo de força
que pode alquimicamente
transformar o Fogo em, Luz,
que pode mudar o Mundo.
Enquanto a Mulher
não tiver transcendido o seu Medo Existencial,
enquanto não se tiver ligado à Vida
como Fonte de íntima segurança,
a expansão da Vida-a-dois,
a fusão dos Corações,
não pode acontecer.
“A Espiritualização de um relacionamento,
depende da elevação da energia do Homem
pela consciência da Mulher."
É a própria expressão
do Arquétipo Feminino de Maternidade,
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como alimento de Vida.
Há que aprender
a preservar o sentido da diferença,
o respeito pelo espaço pessoal do outro,
para salvar o princípio da atracção,
ao nível da energia pura."
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Amar é unir, é refazer o Mundo.
Sair da dualidade, do drama Universal.
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Anima/Animus
O conceito junguiano de Complementaridade Psíquica
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Se for bem vivida esta identificação
devolve-nos a Consciência do Feminino
Interiorizada.
Diz Jung.
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Inversamente,
se a Mulher não afirma a sua autonomia,
a responsabilidade social
que lhe cabe assumir,
a sua "Sombra"
pode nunca ser plenamente integrada.
O Animus,
o lado reprimido da sua personalidade,
pode nunca ser expresso ou experimentado.
Há quem afirme,
neste Tempo de grandes equívocos,
e os Homens e as Mulheres são iguais.
Assim não é.
Provam-no as Grandes Leis
que regem o Mundo.
A Mulher
vive primeiro
ao nível da Terra e da Água.
O Homem,
ao nível do Ar e do Fogo.
Assim, há inversão
de complementaridade.
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Alma e Espírito
a Unidade da Consciência
Somos Alma e Espírito.
A Alma e o Espírito,
ou Consciência Iluminada,
é a verdadeira androginia.
Os dois Pólos,
Masculino e Feminino do Ser.
OM
A Via da Universalidade
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