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LÍNGUA PORTUGUESA

Gramática para o CESPE – Sintaxe – Princípios – Curso de Gramática para o Cespe/Cebraspe

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GRAMÁTICA PARA O CESPE – SINTAXE – PRINCÍPIOS


CURSO DE GRAMÁTICA PARA O CESPE/CEBRASPE

Sintaxe – princípios

CONCEITOS BÁSICOS:

• Frase – sentença organizada e coerente em Língua Portuguesa, com uma ou mais


palavras. A sentença organizada e coerente possui uma estrutura, gramaticalmente
denominada sintagma compreensível – é possível ler e entender. Por exemplo: bola a
vidro de, quatro palavras desorganizadas não formam uma sentença organizada nem
coerente em Língua Portuguesa. Organizadas: a bola de vidro já possui sentido. Uma
frase pode ter apenas uma palavra quando, por exemplo alguém grita: “Viva”;
• Oração – é uma frase dotada de verbo. A colocação de um verbo numa frase faz com
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que essa frase seja uma oração. Toda oração é uma frase. Por exemplo: A bola de vidro
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é apenas uma frase, não é uma oração porque não possui verbo. A bola de vidro caiu é
uma oração. A bola de vidro caiu e quebrou – quando se contabilizam dois verbos, não
é uma oração, mas duas orações;
• Período – é um espaço textual que apresenta um início e um fim. O que marca o início
de um período é a letra maiúscula. A letra maiúscula tem duas serventias fundamentais
na Língua Portuguesa: marcar o início dos períodos e marcar os substantivos próprios.
O que marca o fim de um período é a pontuação. O que marca o fim de um período é o
ponto final, o ponto de interrogação e o ponto de exclamação. Depois de um ponto final,
de um ponto de interrogação ou de um ponto de exclamação, aplica-se letra maiúscula
porque vai se iniciar um novo período. Depois de dois pontos não se aplica a letra mai-
úscula porque dois pontos não encerram o período, a menos que depois desses dois
pontos venha um substantivo próprio, mas a letra maiúscula não é em decorrência do
período que foi encerrado, mas em decorrência do substantivo próprio que teria letra
maiúscula independentemente da pontuação que o antecede. Depois de ponto e vír-
gula, depois de vírgula não há letra maiúscula porque não determinam o encerramento
de um período – se houve letra maiúscula depois dessas pontuações, é porque a pala-
vra assim o exige, como, por exemplo, se for um substantivo próprio.

As reticências podem marcar o fim de um período. As reticências são um tipo de pontua-


ção de uso estilístico. Os textos literários utilizam reticências, mas não se utilizam reticências
em textos informativos jornalísticos, porque é justamente essa diferença entre um texto de
linguagem literária e um texto de linguagem não literárias.
As reticências, pensando nesses textos estilísticos, ora encerram um período, ora não
10m encerram um período, dependendo da necessidade textual, da intepretação do texto: ou para
encerrar um período ou para fazer uma pausa no pensamento para reflexão.

A bola de vidro é um período porque a frase é organizada e tem um ponto final.


A bola de vidro caiu – uma oração, um verbo, período simples ou oração absoluta.
A bola de vidro caiu e quebrou – duas orações (ou mais), dois verbos, período composto.
Conhecer o que é um período é fundamental para saber qual o tipo de sintaxe que se
estuda porque existe a sintaxe do período simples e a sintaxe do período composto.
A sintaxe do período simples é a básica que pega um único verbo e faz a distribuição entre
as estruturas sintáticas.
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Na sintaxe do período composto é feita uma análise entre orações e aí entram os proces-
sos de coordenação e subordinação. Para entender o período composto há a necessidade do
conhecimento prévio do período simples.
O que diz a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) sobre SINTAXE.
A NGB é uma legislação que foi composta por diversos gramáticos renomados da Língua
Portuguesa. Essa legislação foi feita há menos de cem anos.
O Brasil é um país com mais de 500 anos de História e há menos de cem anos se estuda
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a gramática como ela é estudada hoje: é muito recente.
A NGB surgiu por volta da Segunda Guerra Mundial.
As gramáticas de Celso Cunha e Bechara são uma gramática normativa, mas existem
outros formatos de gramática: explícita, reflexiva, contrastiva, descritiva, histórica, compara-
tiva, funcionalista.
A gramática é uma ciência humana que muda, assim como os direitos. As Emendas exis-
tem para mudar o Direito quando necessário e o mesmo ocorre na Gramática.
Machado de Assis, que é o maior escritor de Língua Portuguesa e, para algumas sumida-
des críticas literárias do mundo, seria o maior romancista do planeta, mas não o é porque o
Brasil não tem prestígio internacional como outros países europeus.

A – Divisão da sintaxe:
a) Concordância: nominal e verbal.
b) Regência: verbal e nominal (por exemplo, crase).
c) Colocação dos pronomes oblíquos e átonos.

B – Análise Sintática:
I – Da Oração (do período simples)
1. Termos essenciais da oração: sujeito e predicado.
a) Sujeito: simples, composto, indeterminado; oração sem sujeito.
b) Predicado: nominal, verbal, verbo-nominal.

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2. c) Predicativo: do sujeito e do objeto. d) Predicação verbal: verbo de ligação; verbo tran-
sitivo (direto e indireto); verbo intransitivo.
3. Termos integrantes da oração: a) complemento nominal; b) complemento verbal: objeto
(direto e indireto); c) agente da passiva.
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4. Termo acessórios da oração: a) adjunto adnominal; b) adjunto adverbial; c) aposto.


5.Vocativo.
A própria NGB é desatualizada. Se fossem para considerar critérios didáticos faria muito
mais sentido colocar o predicativo do sujeito e do objeto dentro dos termos integrantes da
oração. Faria muito mais sentido colocar o agente da passiva nos termos acessórios da oração
e não faz nenhum sentido o vocativo estar isolado, poderia estar também dentro dos termos
acessórios da oração.

Ordem direta da oração ou Ordem Canônica da oração ou Ordem Preferen-


cial da oração
Em Língua Portuguesa as orações preferem se organizar assim: Sujeito, Verbo, Comple-
mento (objeto direito e objeto indireto) e Adjuntos Adverbiais.
S + V + C + A.Adv.
Isso é uma convenção, a ordem direta é como a Língua prefere se organizar.
Isso significa que a Língua só se organiza assim?
Não, é possível que o Sujeito venha depois do Verbo, que o Complemento venha antes do
Sujeito, é possível que o Adjunto Adverbial antecipe toda a estrutura e esteja antes do Sujeito,
do Verbo e do Complemento.
É possível que haja os hipérbatos, as inversões sintáticas.
Cada Língua do mundo tem um comportamento diferente.
O latim que deu origem à Língua Portuguesa não apresentava uma ordem direta da
oração, no latim é uma desordem, não havia uma ordem preferencial, os termos se organi-
zavam de qualquer forma até porque o latim não é uma Língua de ordem e de flexão, é uma
Língua de casos.
O inglês é uma Língua que tem essa ordem direta da oração, fixa, o inglês não fica variando
a ordem direta, essa ordem é praticamente obrigatória. Na Língua inglesa não é possível, por
exemplo, haver o apagamento do Sujeito, como no português existe a oração sem sujeito,
com os verbos impessoais.
Cada Língua tem um comportamento.
Isso significa que há uma Língua mais fácil ou mais difícil do que outra?
Não. Na verdade as línguas têm equivalente complexidade, só se adaptam de acordo com
a sua origem e de acordo com o povo que a está usando. Ela tem as suas adaptações.
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O inglês tem uma forma de oração fixa, mas vai apresentar outras disposições de compo-
sição oracional.
A Língua portuguesa tem uma ordem direta de oração como preferencial, mas admite
algumas variações que apresentarão algumas dificuldades de composição oracional.
Essas variações existem, por vezes, para evitar algumas ambiguidades, o que no inglês
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seria uma tarefa mais difícil na composição de um texto.
Segundo teorias gramaticais renomadíssimas, a não compreensão do que é o Sujeito
torna a pessoa inapta a conhecer quaisquer outras funções sintáticas da frase.
O conhecimento do Sujeito é fundamental para o entendimento de uma construção
sintática.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Elias Gomes Santana.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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