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Apresentação
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LEMBREM-SE:
"AQUELES QUE ALIMENTAM MUITOS DESEJOS SÃO,
GERALMENTE, DOTADOS DE POUCA FORÇA DE VONTADE.
AQUELES QUE TÊM FORÇA DE VONTADE NÃO SÃO DISPERSIVOS.
PARA CONCENTRAR OS ESFORÇOS NUM DETERMINADO
OBJETIVO FAZ-SE NECESSÁRIO RENUNCIAR A MUITAS OUTRAS
COISAS."
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C-Esp-HabSG/2026
1. LEGISLAÇÃO
a) Cerimonial da Marinha (Referência “j”) - Páginas 17 à 45. ATUALIZADO
I) Considerações Gerais (Título I: Cap. 1 ao Cap. 3); IV) Datas Festivas (Título VII: Cap. 1 e Cap. 2); e
II) Bandeiras (Título II: Cap. 1 ao Cap. 4); V) Honras fúnebres (Título IX: Cap. 1 ao Cap. 3).
III) Honras aos Oficiais de Marinha (Título V: Cap. 1);
b) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (referência “k”) - Página 46.
I) Das Forças Armadas (Título V: Cap. II).
c) Decreto nº 3.897/2001 (Referência “n”) - Páginas 47 à 48.
I) Diretrizes para o Emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (Art. 1º ao Art. 6º).
d) Decreto nº 6.806/2009 (Referência “o”) - Páginas 49 à 50.
I) Considerações Gerais (do Art. 1º ao Art 2º);e
II) Continências ( Art. 3º, Incisos I e II); e
III) Honras Militares (Art. 3º, Inciso III).
e) Estatuto dos Militares (Referência “s”) - Páginas 51 à 68.
I) Disposições Preliminares (Título I: Cap. I); VI) Da Violação das Obrigações e dos Deveres Militares (Título II: Cap.
II) Da Hierarquia Militar e da Disciplina (Título I: Cap. III); III);
III) Do Cargo e da Função Militares (Título I: Cap. IV); VII) Dos Direitos (Título III: Cap. I); e
IV) Das Obrigações Militares (Título II: Cap. I); VIII) Das Prerrogativas (Título III: Cap. II).
V) Dos Deveres Militares (Título II: Cap. II);
f) Lei Complementar nº 97/1999 incluindo as alterações pelas Leis - Páginas 69 à 74.
Complementares nº 117/2004 e nº 136/2010 (Referências “p”, “q” e “r”)
I) Disposições Preliminares (Cap. I);
II) Da Organização (Cap. II);
III) Das Forças Armadas (Seção I);
IV) Do Preparo (Cap IV);
V) Do Emprego (Cap. V); e
VI) Das Disposições Complementares (Cap. VI, Art. 16 e Art. 17).
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I) Hierarquia e Disciplina (Art. 3.1); - incluiu III) Procedimento do Fuzileiro Naval em Diversas Situações
II) Cortesia Militar (Art. 3.2); e - incluiu (Art. 3.3). - incluiu.
d) Direito da Guerra (Cap. 6)
I) Normas Fundamentais (Art. 6.2); IX) Respeitar e Proteger os Civis (Inciso 6.2.8);
II) Responsabilidade pela Observância (Inciso 6.2.1); X) Respeitar o Pessoal, os Veículos e as Instalações do
III) Evitar Sofrimentos Inúteis (Inciso 6.2.2); Serviço de Saúde Militar ou Civil e da Cruz Vermelha
IV) Limitar os Danos e Destruições (Inciso 6.2.3); (Inciso 6.2.9);
V) Atacar Somente Objetivos Militares (Inciso 6.2.4); XI) Regras de Comportamento (Inciso 6.3);
VI) Lutar só Contra Combatentes (Inciso 6.2.5); XII) Em Relação aos Combatentes Inimigos (Inciso 6.3.1);
VII) Respeitar os Combatentes Inimigos que se Renderem XIII) Com Relação aos Civis (Inciso 6.3.2);
(Inciso 6.2.6); XIV) Outras Normas (Inciso 6.3.3); e
VIII) Proteger os Combatentes Inimigo Feridos, Doentes ou XV) Sinais Convencionais (Art. 6.4).
Fora de Ação (Inciso 6.2.7);
e) Organização (Cap. 8)
I) Organização do Comando da Marinha (Art. 8.3); V) Divisão Anfíbia (Art. 8.7);
II) Comando de Operações Navais (Art. 8.4); VI) Tropa de Reforço (Art. 8.8);
III) Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (Art. 8.5); VII) Fuzileiros Navais nos Distritos Navais (Art. 8.9); e
IV) Força de Fuzileiros da Esquadra (Art. 8.6); VIII) OM de Instrução e Adestramento do CFN (Art. 8.11).
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XVII) Assalto (Inciso 4.4.5); XXIV) Tarefas Iniciais dos Elementos de Assalto (Inciso 4.6.1);
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XVIII) MNT por Superfície e por Helicópteros (Art. 4.5); XXV) Conquista dos Objetivos Iniciais (Inciso 4.6.2);
XIX) Períodos (Inciso 4.5.1); XXVI) Prosseguimento das Ações (Inciso 4.6.3);
XX) Organização (Inciso 4.5.2); XXVII) Ações em Terra (Art. 4.7);
XXI) Números-Série (Inciso 4.5.3); XXVIII) Equipe de Embarcação de Desembarque ( Inciso 4.10.1);
XXII) Categorias de Desembarque (Inciso 4.5.4); XXIX) Equipe de Embarcação de VtrAnf (Inciso 4.10.7); e
XXIII) Desembarque dos Elementos de Assalto (Art. 4.6); XXX) Heliequipe (Inciso 4.10.8).
f) Patrulhas (Cap. 8)
I) Generalidades (Art. 8.1); XV) Medidas de Controle de Movimento (Inciso 8.5.3);
II) Definição (Inciso 8.1.1); XVI) Saída das Linhas Amigas (Inciso 8.5.4);
III) Classificação das Patrulhas (Inciso 8.1.2); XVII) Medidas de Controle da Patrulha (Inciso 8.5.5);
IV) Organização (Art. 8.2); XVIII) Navegação (Inciso 8.5.6);
V) Funções Individuais em uma Patrulha (Art. 8.3); XIX) Segurança (Inciso 8.5.7);
VI) Funções Básicas (Inciso 8.3.1); XX) Regiões Perigosas (Inciso 8.5.8);
VII) Outras Funções (Inciso 8.3.2); XXI) Ações Imediatas em Contato com o Inimigo (Inciso 8.5.9);
VIII) Tarefas e Responsabilidades Comuns a todos os XXII) Patrulhas de Reconhecimento (Art. 8.6);
Componentes da Patrulha (Inciso 8.3.3); XXIII) Generalidades (Inciso 8.6.1);
IX) Preparativos (Art. 8.4); XXIV) Patrulhas de Combate (Art. 8.7);
X) Recebimento da Missão (Inciso 8.4.1); XXV) Generalidades (Inciso 8.7.1);
XI) Normas de Comando (Inciso 8.4.2); XXVI) Tipos de Patrulha de Combate e suas Tarefas típicas
XII) Execução da Patrulha (Art. 8.5); (Inciso 8.7.2);
XIII) Formações da Patrulha (Inciso 8.5.1); XXVII) Informações e Relatórios (Art. 8.8); e
XIV) Técnicas de Movimento (Inciso 8.5.2); XXVIII) Generalidades (Inciso 8.8.1);
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4. MANUAL DO PELOTÃO DE INFANTARIA DE FUZILEIROS NAVAIS – (Referência “h”) - Páginas 260 à 300.
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9. MANUAL DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS CIVIS – (Referência “g”)- Páginas 349 à 368 NOVO
a) Conceitos (Cap.1)NOVO
I) Introdução (Art. 1.1); NOVO XV) Emprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP)
II) Fenômenos Psicosociais (Art. 1.2); NOVO (Inciso 1.3.4); NOVO
III) Aglomeração (Inciso 1.2.1); NOVO XVI) Utilização de Armas de Fogo (Inciso 1.3.5); NOVO
IV) Multidão (Inciso 1.2.2); NOVO XVII) Resistência Passiva (Inciso 1.3.6); NOVO
V) Multidão em Manifestação (Inciso 1.2.3); NOVO XVIII) Outras ações (Inciso 1.3.7); NOVO
VI) Tipos de Manifestação (Inciso 1.2.4); NOVO XIX) Aspectos Legais e o Emprego da Força (Art. 1.4); NOVO
VII) Tumulto (Inciso 1.2.5); NOVO XX) Ameaças (Inciso 1.4.1); NOVO
VIII) Distúrbios (Inciso 1.2.6); NOVO XXI) Legítima Defesa (Inciso 1.4.2); NOVO
IX) Controle de Distúrbios (CD) - (Inciso 1.2.7); NOVO XXII) Autodefesa (Inciso 1.4.3); NOVO
X) Tipos de Turba (Inciso 1.2.8); NOVO XXIII) Reação Mínima (Inciso 1.4.4); NOVO
XI) Atos Praticados Contra a Tropa em Distúrbios (Art. 1.3); NOVO XXIV) Proporcionalidade (Inciso 1.4.5); NOVO
XII) Ofensas Verbais (Inciso 1.3.1); NOVO XXV) Excesso (Inciso 1.4.6); e NOVO
XIII) Lançamento de Objetos Contra a Tropa (Inciso 1.3.2); NOVO XXVI)Força Mínima (Inciso 1.4.7);NOVO
XIV) Utilização de Fogo (Inciso 1.3.3); NOVO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a) BRASIL. Marinha do Brasil. Comando-Geral do Corpo de g) CGCFN-309. Manual de Controle de Distúrbios de
Fuzileiros Navais. CGCFN-0-1. Manual Básico dos Grupamentos Fuzileiros Navais. 2.rev. Rio de Janeiro, 2022.
Operativos de Fuzileiros Navais. 1.ed. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em:<http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN%20-
Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-0- 309-Manual%20de%20Controle%20de%20Dist%C3%BArbios-
1.pdf>. 2REV.aao>.
b) CGCFN-1.8. Manual de Operações de Paz dos Grupamentos h) CGCFN-31-3. Manual do Pelotão de Infantaria de
Operativos de Fuzileiros Navais. 1.rev. Rio de Janeiro, 2009. Fuzileiros Navais. 1.ed. Rio de Janeiro, 2020.
Disponível em: <http://cgcfn.mb/ sites/default/files/CGCFN-1- Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-
8%20-%20Opera es%20de%20Paz_Rev.1.pdf>. 31.3_0.pdf>.
c) CGCFN-2-3. Manual de Operações de Evacuação de Não-
i) Estado-Maior da Armada. EMA-137. Doutrina de
Combatentes de Fuzileiros Navais. 1.ed. Rio de Janeiro, 2020.
Liderança da Marinha. 1.rev. Brasília, 2013.
Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-2-
Disponível em: <http://ema.mb/sites/default/arquivos/Atualiza
3.pdf>. %C3%A7%C3%A3o%20ema-137%20%28Rev.%201%20
Mod.%202.zip>.
d) CGCFN-401. Manual de Operações Militares em Ambiente
Urbano dos Fuzileiros Navais. 1.ed. Rio de Janeiro,
j) Portaria nº 368/MB, de 30 de novembro de 2016, do
2020.
Comandante da Marinha. Aprova o Cerimonial da Marinha
Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-
do Brasil. Brasília, 2016. Última alteração: 02MAR2022.
401.pdf>.
Disponível em:
e) CGCFN-201. Manual do Fuzileiro Naval. 1.ed. Rio de Janeiro, <http://gcm.mb/sites/default/files/arquivos/cmb_1.pdf>.
2020.
Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN- k) Presidência da República. Constituição da República
201.pdf>. Federativa do Brasil de 1988. Título Brasília,1988. Última
alteração: 14JUL2022.
f) CGCFN-31.10. Manual Básico do Combatente Anfíbio. Disponível em:
1.ed. Rio de Janeiro, 2020. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/consti
Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN- tuicao.htm>.
31.10.pdf>.
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l) Decreto nº 95.480, de 13 de dezembro de 1987. r) Lei Complementar nº 136 de 25 de agosto de 2010. Altera
Ordenança Geral para o Serviço da Armada (OGSA). a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, que
Brasília,1987. dispõe sobre as normas gerais para a organização, o
Disponível em: preparo e o emprego das Forças Armadas, para Criar o
<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1980- Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e disciplinar as
1987/decreto-95480-13-dezembro-1987- 446244- atribuições do Ministro de Estado da Defesa. Brasília, 2010.
publicacaooriginal-1-pe.html>. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp136.htm>
m) Decreto nº 88.545, de 26 de julho de 1983. Regulamento
Disciplina para a Marinha (RDM). Edição Revisada. Rio de s) Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980. Dispõe sobre o
Janeiro, 2009. Estatuto dos Militares. Última alteração:2021.
Disponível em: Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Atos/decretos/198 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6880.htm>.
3/D88545.html>
n) Decreto nº 3.897, de 24 de agosto de 2001. Fixa as Rio de Janeiro, RJ, em 13 de dezembro de 2022.
diretrizes para o emprego das Forças Armadas na Garantia
da Lei e da Ordem e dá outras Providências. Brasília, 2001.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d389
7.htm>
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1 - LEGISLAÇÃO
a) Cerimonial da Marinha (Referência “j”)
b) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (referência “k”)
c) Decreto nº 3.897/2001 (Referência “n”)
Diretrizes para o Emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem
d) Decreto nº 6.806/2009 (Referência “o”)
Regulamento de Continências (RCont)
e) Estatuto dos Militares (Referência “s”)
f) Lei Complementar nº 97/1999, incluindo as alterações pelas Leis Complementares nº 117/2004 e nº
136/2010 (Referências “p”, “q” e “r”) Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o
emprego das Forças Armadas.
g) Ordenança Geral para o Serviço da Armada (OGSA) (Referência “l”)
h) Regulamento Disciplinar para a Marinha (RDM) (Referência “m”)
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2.2.1 LEGISLAÇÃ0 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
a) Cerimonial da Marinha:
- Considerações gerais (Título I: Cap. 1 ao Cap. 3);
- Bandeiras (Título II: Cap. 1 ao Cap. 4);
- Honras aos Oficiais de Marinha (Título V: Cap. 1);
- Datas festivas (Título VII: Cap.1 e Cap. 2); e
- Honras fúnebres (Título IX: Cap.1 ao Cap. 3).
Art. 1 -1-1 Propósito - Estabelecer os procedimentos relativos ao cerimonial naval, a serem observados pela Marinha do
Brasil (MB).
Art. 1-1-2 Responsabilidade pelo cumprimento - É dever de todo o militar da Marinha que estiver investido de autoridade
fazer cumprir este Cerimonial e exercer fiscalização quanto ao modo pelo qual seus subordinados o cumprem.
Art. 1-1-3 Não-observância do Cerimonial - As prescrições deste Cerimonial somente podem ser modificadas nas
seguintes circunstâncias:
I - quando o Ministro da Defesa, o Comandante da Marinha (CM) ou o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA),
assim o determinar;
II - quando aquele a quem forem devidas honras dispensá-las em atendimento às conveniências do serviço; e
III - quando, no estrangeiro, o Comandante de Força ou de navio determinar sua alteração, de acordo com os
costumes locais, e desde que não haja grave prejuízo ao serviço.
Art. 1-1-4 Cadeia de comando - Cadeia de comando é a sucessão de comandos vinculados a um comando superior, por
subordinação militar, em ordem imediata e direta.
Art. 1-1-5 Almirante - Neste Cerimonial, a denominação Almirante refere-se ao círculo de oficiaisgenerais em tempo de
paz, compreendendo os postos de Almirante de Esquadra, ViceAlmirante e Contra-Almirante, a menos que
especificamente aplicado ao posto de Almirante.
Art. 1-1-6 Comandante - Neste Cerimonial, a denominação Comandante significa o oficial de Marinha investido no cargo
de comando ou direção.
Art. 1-1-7 Não são prestadas honras - Não são prestadas honras pela Organização Militar (OM) ou por militar, nas
seguintes circunstâncias:
I - em faina geral, de emergência ou de evolução decorrente de manobra ou exercício;
II - durante qualquer atividade cuja paralisação, mesmo que momentânea, possa afetar a segurança de pessoal ou
material; e
III - durante o Cerimonial à Bandeira.
Art. 1-1-8 Não são prestados toques, continências e salvas -Não são prestados toques, continência de guarda e salvas:
I - a qualquer autoridade, na presença de outra a quem caibam honras superiores, exceto durante transmissão de
Comando;
II - no período compreendido entre o arriar e o hastear da Bandeira Nacional; e
III - durante funeral ou em dias de luto oficial, por motivos que não os previstos como honras fúnebres, a menos
que especificamente autorizado pelos Comandantes de Distrito Naval.
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Art.1-1-7 NÃO SÃO PRESTADAS HONRAS PELA OM OU Art.1-1-8 NÃO SÃO PRESTADOS TOQUES CONTINÊNCIA DE
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POR MILITAR; GUARDA E SALVAS;
I - Em faina geral, de emergência ou de evolução I – a qualquer autoridade, na presença de outra a quem
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Art. 1-1-9 Toques de corneta - Os toques de corneta são os previstos no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças
Armadas".
Art. 1-1-10 Ausência de corneteiro ou bandas - Nas OM em que não existir ou não estiver disponível corneteiro ou banda,
são cancelados os toques, exórdios e hinos previstos ao longo deste Cerimonial, para serem por eles executados, mantidos
os toques de apito.
Art. 1-1-11 Justificativa por honras não prestadas - Quando, por qualquer circunstância, deixarem de ser prestadas a
qualquer autoridade honras a que tenha direito, deve ser-lhe apresentada, antecipadamente ou sem demora após o
evento, a devida justificativa.
Art. 1-1-12 Amarra - Neste Cerimonial, denomina-se amarra à unidade de distância cujo valor é de duzentas jardas.
Art. 1-1-13 Horário - O horário citado neste Cerimonial refere-se à hora local.
Art. 1-1-14 Correspondência oficial - A correspondência oficial da MB emprega a terminologia usada neste Cerimonial.
Art. 1-1-15 Aplicação às unidades aéreas, de fuzileiros navais e Forças - As disposições deste Cerimonial referentes às
OM de terra aplicam-se às unidades aéreas e de fuzileiros navais, aos respectivos Comandos de Força e às instalações
terrestres da Esquadra e Forças Navais, exceto quando determinado em contrário.
Art. 1-1-16 Navios-museu - As disposições deste Cerimonial aplicam-se aos navios-museu, no que for praticável e quando
as circunstâncias o indicarem, como se estes fossem navios incorporados à Armada.
Art. 1-1-17 Comandante da Marinha - As honras e o pavilhão previstos para o CM são estabelecidos em decorrência de
exercer o comando, a direção e a gestão da Marinha.
Art. 1-1-18 Honras de posto acima - É privativo do Presidente da República conceder, em casos excepcionais, como
reconhecimento a relevantes serviços prestados à Marinha e ao País, honras de posto acima, a militares da reserva ou
reformados.
Art. 1-1-19 Guarda de Honra - Guarda de Honra é a tropa armada postada para prestar homenagem às autoridades
militares e civis que a ela tenham direito. Para as Guardas de Honra serão cumpridas as disposições do Regulamento de
Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial das Forças Armadas.
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CAPÍTULO 2
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Art. 1-2-1 Comandante em partida ou regresso de comissão - O Comandante de OM, ao partir ou regressar de comissão, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
apresenta-se à autoridade a quem estiver diretamente subordinado e à autoridade de quem tiver recebido instruções
especiais, exceto se dispensado de fazê-lo.
Art. 1-2-2 Apresentação após a posse - Na primeira oportunidade após a posse, o Titular de OM apresentar-se-á à
autoridade a quem estiver diretamente subordinado, caso não tenha sido essa a lhe investir no cargo.
Art. 1-2-3 Auxílio à manobra do navio - O navio atracado próximo do local onde for atracar ou desatracar outro navio
fornece pessoal para auxiliá-lo nessa manobra.
Art. 1-2-4 Embarcação à disposição de Almirante - A embarcação da MB colocada à disposição de Almirante lhe é
apresentada por oficial designado para tal.
Art. 1-2-5 Permissão para largar - O militar mais antigo a bordo de embarcação miúda ou viatura, qualquer que seja seu
nível hierárquico, pede licença para largar a quem lhe tiver prestado as honras de despedida, por meio da expressão "Com
licença", recebendo em troca a resposta "Está quem manda".
Art. 1-2-6 Embarque e desembarque de embarcação - Em embarcação miúda ou viatura, o mais antigo embarca por
último e desembarca em primeiro lugar, observados, na embarcação, os seguintes procedimentos:
I - no caso de Almirante ou do Titular da OM a que pertença à embarcação, o patrão e a respectiva guarnição
levantam-se e fazem a continência individual, seguindo idêntico procedimento as demais pessoas nela presentes;
II - no caso dos demais oficiais, apenas o patrão faz a continência; e
III - em circunstâncias especiais, no desembarque, o mais antigo pode determinar que mais modernos
desembarquem na sua frente utilizando-se da expressão "Salta quem pode".
Art. 1-2-7 Dispensa de continência individual - A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado,
quando uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, à tropa formada e às autoridades, não podendo por
estas ser dispensada, salvo quando um ou outro encontrar-se:
I - em faina ou serviço que não possa ser interrompido;
II - em postos de combate;
III - praticando esportes;
IV - sentado, à mesa de rancho; e
V - remando ou dirigindo viatura.
Art. 1-2-8 Quando a continência individual não é executada - A continência individual não é executada pelo militar que
estiver:
I - de sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe impossibilite o movimento da mão direita;
II - fazendo parte de tropa armada;
III - em postos de continência ou de Parada;
IV - impossibilitado de movimentar a mão direita; e
V - integrando formatura comandada, exceto se:
a) em honra à Bandeira Nacional;
b) em honra ao Hino Nacional, quando este não for cantado; e
c) quando determinado por quem o comandar.
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A continência PODE SER DISPENSADA quando um ou A continência NÃO PODE SER EXECUTADA pelo militar que
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outros militares estiverem: estiver:
I – Em faina ou serviço que não possa ser interrompido; I – De sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe
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Art. 1-2-9 Continência por oficiais - Os oficiais, mesmo armados ou em formatura, fazem a continência individual durante
as honras de portaló ou em outras circunstâncias em que a continência com a espada não for regulamentar.
Art. 1-2-10 Posição "firme" - Nos navios, em face das condições do mar, a posição de sentido pode ser substituída por
uma posição "firme", que indique respeito.
Art. 1-2-11 Caminhando em corredores e escadas - Em corredores estreitos ou escadas, em que não seja possível militares
caminharem lado a lado, a dianteira do grupo é tomada pelo mais antigo, salvo no caso de visitas, quando o anfitrião
segue à frente.
CAPÍTULO 3
HONRAS DE PORTALÓ
Art. 1-3-1 Honras de portaló -São denominadas honras de portaló a continência da guarda, "boys" e toques de corneta e
apito, devidas na recepção ou despedida à autoridade.
Art. 1-3-2 Local das honras - As honras de portaló são prestadas junto à escada do portaló ou prancha do navio ou no
local para tal designado nas OM de terra.
Art. 1-3-3 Portaló de honra - Nos navios, é considerado portaló de honra o portaló de boreste que for destinado ao uso
dos oficiais.
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Art. 1-3-4 Prancha - Considera-se extremidade superior da prancha a que fica apoiada no navio.
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Art. 1-3-5 Procedimentos para as honras de portaló na recepção - As honras de portaló, na recepção, obedecem aos
seguintes procedimentos:
I - ao chegar a autoridade próximo ao patim inferior da escada de portaló, extremidade inferior da prancha ou local
designado para recepção nas OM de terra, o oficial a quem caiba receber proclama, a viva voz, o vocativo a que tem
direito a autoridade e comanda "Toque de presença", sendo então executado, por corneta e apito, o toque de presença;
e
II - quando a autoridade atingir o patim superior da escada do portaló, a extremidade superior da prancha, ou o
local da recepção em OM de terra, a autoridade que recebe comanda "Abre o toque", sendo então iniciados, por apito e
corneta, os toques correspondentes, ocasião em que os oficiais presentes prestam a continência individual e a guarda, as
seguintes continências:
a) apresenta armas para Almirantes ou autoridades de mesma ou maior precedência;
b) faz "Ombro arma" para oficiais superiores ou autoridades de mesma precedência; e
c) para oficiais intermediários e subalternos ou autoridades de mesma precedência não é prestada continência
da guarda.
Art. 1-3-6 Procedimentos para as honras de portaló na despedida - As honras de portaló, na despedida, obedecem aos
seguintes procedimentos:
I - atingindo a autoridade o patim superior da escada do portaló, extremidade superior da prancha, ou local de
despedida nas OM de terra, o oficial a quem caiba despedir proclama, a viva voz, o vocativo a que tem direito a autoridade
e comanda "Abre o toque", sendo então executado por corneta e apito o toque de presença e iniciados,
independentemente de outro comando, os toques correspondentes; nesta ocasião, os oficiais presentes prestam a
continência individual e a guarda, as continências devidas; e
II - terminados os toques e continências, o oficial a quem caiba despedir dirige-se para o patim superior do portaló,
ali permanecendo até a autoridade afastar-se.
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Art. 1-3-7 Honras entre o toque de silêncio e o hasteamento da Bandeira Nacional - As autoridades de qualquer
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precedência, que entrarem ou saírem de OM da MB no período entre o toque de silêncio e o hasteamento da Bandeira
Nacional no dia seguinte, são recebidas ou despedidas pelo oficial de serviço ou por quem o estiver substituindo,
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conforme dispuser a organização da OM. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Art. 1-3-8 Chegada ou saída de bordo por meios aéreos - As honras às autoridades que entrarem ou saírem de bordo por
meios aéreos sofrem as seguintes modificações:
I - em OM de terra ou navio-aeródromo, um oficial designado acompanha a autoridade entre a aeronave e o local
onde são prestadas as honras; e
II - nos demais navios, as honras são prestadas de forma e em local que não afetem a segurança de aviação,
podendo a autoridade anfitriã, dependendo da situação, dispensar das honras a salva, a guarda e a banda, mantendo
sempre os "boys" e o toque de apito.
Art. 1-3-9 A quem cabe prestar - Cabe ao Titular da OM, ou quem lhe seguir em antiguidade na cadeia de comando, se
houver impedimento para sua presença, prestar as honras de portaló às autoridades de maior ou igual posto.
Art. 1-3-10 Ausência de quem de direito - Quando, por circunstâncias inevitáveis, a autoridade não for recebida por quem
de direito, quem dirigir as honras de portaló apresenta escusas pelo sucedido e a acompanha à presença do Comandante
ou Imediato da OM.
Art. 1-3-11 Ausência da autoridade visitada - Dirigindo-se para bordo autoridade visitante de maior ou igual posto do
que a autoridade visitada, e esta encontrar-se ausente, o oficial de serviço desce até o patim inferior da escada de portaló
ou extremidade inferior da prancha, a fim de participar ao visitante a referida ausência; mantida a intenção da visita, a
autoridade visitante aguarda que o oficial de serviço suba a prancha e retome seu lugar nas honras de portaló.
Art. 1-3-12 Honras no capitânia - Nos navios capitânias:
I - no curso ordinário do serviço, os cerimoniais de recepção e despedida relativos à Força são conduzidos por
oficiais do Estado-Maior para tal designados; e
II - ao Capitão de Bandeira não cabe prestar honras às autoridades em visita à Força.
Art. 1-3-13 Execução dos toques de apito - Cabe ao Mestre do navio a execução dos toques de apito referentes às honras
de portaló devidas ao Comandante do navio ou autoridade superior, e ao Contramestre de Serviço nos demais casos.
Art. 1-3-14 Posição do oficial de serviço - Nas honras de portaló, o oficial de serviço ocupa uma das seguintes posições:
I - na presença do Comandante, Diretor ou oficial a quem caiba prestar as honras:
a) à sua direita, afastado de um passo, quando o portaló for a boreste, ou nas OM de terra, e à mesma distância,
porém à esquerda, se o portaló for a bombordo; e
b) as presentes disposições referem-se aos portalós cujas escadas sejam voltadas para ré; se voltadas para vante,
as posições são invertidas;
II - quando couber a si prestar as honras, fica voltado para o portaló tendo os "boys" e o contramestre formados
entre a sua posição e o portaló.
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TÍTULO II - BANDEIRAS
CAPÍTULO 1 - GENERALIDADES
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Art. 2-1-1 Hastear a bandeira - Hastear a bandeira significa içá-la e mantê-la desfraldada no tope do mastro, no tope do
pau da bandeira ou no penol da carangueja.
Art. 2-1-2 Hastear à meia adriça - Hastear a bandeira à meia adriça significa içá-la completamente e, só então, trazêla a
uma posição que corresponda aproximadamente à metade da altura do penol da carangueja, do mastro ou do pau da
bandeira.
Art. 2-1-3 Mastro principal - É considerado mastro principal, quando houver mais de um:
I - o mastro de ré, ou o mastro de maior guinda, conforme a classe do navio; e
II - aquele em que é hasteada a Bandeira Nacional, nas OM de terra.
Art. 2-1-4 Colocação de bandeiras - Para fim de colocação de bandeiras, considera-se lado direito:
I - nos mastros dotados de penol de carangueja - aquele que seria o bordo de boreste, se o mastro estivesse em um navio;
e
II - nos demais mastros - aquele que está à direita de um observador posicionado ao pé do mastro de costas para a
formatura ou platéia.
Art. 2-1-5 Localização dos signos - A fim de identificar a localização de seus signos, as bandeiras são imaginadas divididas
por dois segmentos de retas perpendiculares entre si, resultando quadriláteros ou triângulos superiores e inferiores,
direitos e esquerdos, com a tralha indicando o lado esquerdo das bandeiras.
Art. 2-1-6 Pano de bandeira - Denomina-se pano à unidade com que se mede o tamanho de uma bandeira, tendo a
bandeira de um pano 0,45 X 0,60m, a de dois panos 0,90 X 1,20m e assim sucessivamente.
Art. 2-1-7 Alcance visual - Alcance visual de bandeiras é a distância máxima em que as bandeiras podem ser distinguidas.
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CAPÍTULO 2
BANDEIRA NACIONAL
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Art. 2-2-1 Hasteamento - A Bandeira Nacional é hasteada diariamente, às 8h, mediante cerimonial específico.
Art. 2-2-2 Arriamento - A Bandeira Nacional é arriada diariamente:
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I - ao pôr do sol, mediante cerimonial específico, em todas as OM que mantenham serviço ininterrupto; e
II - cinco minutos antes de encerrar-se o expediente, sem cerimonial, nas demais OM.
Art. 2-2-3 Local de hasteamento - Salvo quando este Cerimonial dispuser em contrário, o local de hasteamento é:
I - o pau da bandeira, disposto à popa, nos navios no dique, fundeados, atracados ou amarrados;
II - o mastro de combate ou o penol da carangueja do mastro principal, nos navios em movimento; e
III - o mastro da fachada principal do edifício ou penol da carangueja do mastro para esse fim destinado, nas OM
de terra.
Art. 2-2-4 Cerimonial à Bandeira - O Cerimonial à Bandeira consiste dos seguintes procedimentos:
I - às 7h55, por ocasião do hasteamento, ou cinco minutos antes do pôr do sol, no arriamento, é içado o galhardete
"Prep" na adriça de bombordo ou da esquerda e anunciado, por voz, o "Sinal para Bandeira", sendo então dado por
corneta o toque de Bandeira;
II - ao sinal, formam nas proximidades do mastro, com a frente voltada para a Bandeira, a guarda e, quando
determinado, a banda de música e a tripulação, obedecendo, sempre que possível, à seguinte disposição, a partir do
mastro:
a) em OM de terra, uma praça guarnecendo a adriça do "Prep";
b) uma praça, sem chapéu, guarnecendo a adriça da Bandeira Nacional;
c) a guarda, tendo à sua frente, se no arriamento, três sargentos;
d) o oficial de serviço, ou o militar designado para conduzir o cerimonial, acompanhado do corneteiro e
contramestre;
e) à retaguarda do oficial de serviço, ou, se não houver espaço suficiente, ao seu lado direito ou esquerdo, este
preferencialmente, a banda de música; e
f) a tripulação agrupada ou fragmentada, conforme as normas internas da OM, ocupando posição destacada a
oficialidade, formada por antiguidade, tendo à frente de todos aquele que preside a cerimônia;
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III - decorridos três minutos do sinal para a Bandeira, é tocado por corneta o "Primeiro Sinal", ocasião em que todo
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o dispositivo já deve estar formado, na posição de descansar, todos com a frente voltada para a Bandeira;
IV - um minuto após, é tocado por corneta o "Segundo Sinal", quando então o oficial de serviço comanda sentido
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ao dispositivo, e solicita, da autoridade que preside a cerimônia, permissão para prosseguir com o cerimonial; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
V - às 8h, ou quando do pôr do sol, o galhardete "Prep" é arriado e anunciado, por voz, "Arriou", sendo então
tocado, por corneta, o "Terceiro Sinal";
VI - imediatamente, o oficial de serviço comanda "Em continência", ocasião em que o corneteiro toca apresentar
armas, e em seguida, "Iça" ou "Arria", seguindo-se, só então, o ponto do toque de "Apresentar arma";
VII - nessa ocasião, simultaneamente:
a) é iniciado o hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional;
b) todos os presentes prestam a continência individual; e
c) é iniciado o toque de apito pelo contramestre e a execução do Hino Nacional ou marcha batida e, na ausência
de banda de música, os correspondentes toques de corneta;
VIII - o movimento de hasteamento ou arriamento da Bandeira é contínuo e regulado de modo que o seu término
coincida com o término do Hino ou toque;
IX - também prestam continência aqueles que se encontrarem em recintos ou conveses abertos e no passadiço; os
que estiverem cobertas abaixo ou em recintos fechados, e que ouvirem os toques, assumem a posição de sentido, exceto
aqueles que estiverem no rancho, que continuam, normalmente e em silêncio, fazendo suas refeições;
X - a critério da autoridade que preside o cerimonial, o Hino Nacional pode ou não ser cantado; se cantado, o é por
todos e, nesse caso, não é feita a continência individual;
XI - ao final do Hino, ou dos toques de corneta e apito, a continência é desfeita e, se houver guarda armada, o oficial
de serviço ordena ao corneteiro tocar "Ombro arma";
XII - terminado o arriamento, os três sargentos, sem se descobrirem, dobram a Bandeira, cuidando para que ela
não toque o piso; cabe ao mais antigo desenvergá-la da adriça, ao sargento da esquerda da formatura segurar o lais da
Bandeira e ao da direita, o lado da tralha; ao final, os sargentos voltam à formatura, o mais antigo comanda meia-volta e
dá o pronto ao oficial de serviço por meio de continência; os militares que guarneciam o galhardete "Prep" e a Bandeira,
já com chapéu, acompanham os movimentos;
XIII - terminado o hasteamento, aquele que içou coloca seu chapéu e volta-se para o oficial de serviço junto com o
praça que guarneceu o galhardete "Prep", dando o pronto da faina por meio de continência;
XIV - o oficial de serviço, então, dá o pronto à autoridade que preside o cerimonial, fazendo-lhe continência e
dizendo em voz alta "Cerimonial encerrado", no hasteamento, ou "Boa noite", no arriamento;
XV - a autoridade que preside volta-se para os presentes e dá "Boa noite", sendo este cumprimento respondido
pelos oficiais; e
XVI - a formatura é desfeita.
Art. 2-2-5 Não participam do Cerimonial à Bandeira - O oficial de serviço no passadiço, timoneiro, sota-timoneiro, vigias
e pessoal envolvido em fainas e manobras, cuja interrupção possa afetar a segurança, não participam do Cerimonial à
Bandeira, estando dispensados de prestar a continência durante o arriar e hastear.
Art. 2-2-6 Procedimentos em Embarcações miúdas - A bordo de embarcação miúda em movimento, próxima ao local do
hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional:
I - de acordo com o meio de propulsão da embarcação, são executadas as manobras de levar remos ao alto; arriar
as velas; ou parar a máquina; e
II - dependendo do estado do mar, todos se levantam e, se uniformizados, prestam continência à Bandeira, exceto
o patrão, que permanece atento à segurança da embarcação e do pessoal embarcado.
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Art. 2-2-7 Procedimentos em veículos - Os ocupantes de veículos transitando dentro de OM, próximos ao local do
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Art. 2-2-8 OM de terra designada para cerimonial - Nas áreas onde houver concentração de OM de terra, o Comandante Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Mais Antigo Presente (COMAP) pode designar uma OM, à qual cabe realizar diariamente o hasteamento e arriamento da
Bandeira Nacional.
Art. 2-2-9 Concentração de navios no mar - Os navios no mar, situados dentro do alcance visual de bandeiras, hasteiam
e arriam a Bandeira Nacional em obediência aos sinais oriundos do navio onde se encontrar embarcado o COMAPEM.
Art. 2-2-10 Concentração de navios no porto - Os navios docados ou atracados, situados dentro do alcance visual de
bandeiras, hasteiam e arriam a Bandeira Nacional em obediência aos sinais oriundos:
I - do navio onde se encontrar embarcado o COMAPEM, se este for mais antigo que o COMAP; ou
II - da OM designada.
Art. 2-2-11 Quando os navios mantêm hasteada - Os navios mantêm hasteada a Bandeira Nacional, entre o pôr do sol e
8h, nas seguintes situações especiais:
I - quando avistado o Estandarte Presidencial;
II - quando a bordo Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
III - quando a bordo o Ministro da Defesa;
IV - quando a bordo o Comandante da Marinha;
V - quando a bordo o Governador da Unidade da Federação a que pertencer o porto em que se encontrar o navio;
VI - no porto, durante a entrada ou saída de navio da MB ou de Marinha de Guerra estrangeira, ou se esses
hastearem suas bandeiras;
VII - quando navegando próximo de terra;
VIII - durante a entrada e saída de qualquer porto;
IX - durante o cruzamento, no mar, com outro navio, ou na passagem próxima de farol ou estação semafórica com
guarnição;
X - quando sobrevoado por alguma aeronave;
XI - durante postos de combate;
XII - à meia adriça, até às 23h59 do último dia estabelecido, nos casos de luto nacional, no Dia dos Mortos (Finados)
e, nos navios abrangidos pelo ato administrativo, nos dias de luto municipal e estadual.
XIII - quando fotografados ou filmados.
Art. 2-2-12 Navios em mar aberto - Os navios em mar aberto podem prescindir da exibição da Bandeira Nacional, salvo
nas seguintes situações:
I - durante o cruzamento, no mar, com outro navio, ou na passagem próxima de farol ou estação semafórica com
guarnição;
II - quando sobrevoado por alguma aeronave;
III - durante postos de combate; e
IV - quando fotografados ou filmados.
Art. 2-2-13 Quando as OM de terra mantêm hasteada - As OM de terra mantêm hasteada a Bandeira Nacional, entre o
pôr do sol e 8h, nas seguintes situações:
I - quando avistado o Estandarte Presidencial;
II - quando a bordo Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
III - quando a bordo o Ministro da Defesa;
IV - quando a bordo o Comandante da Marinha;
V - quando a bordo o Governador da Unidade da Federação onde se localiza a OM; e
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VI - à meia adriça, até às 23h59 do último dia estabelecido, nos casos de luto nacional, no Dia dos Mortos (Finados)
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e, nas OM abrangidas pelo ato administrativo, nos dias de luto municipal e estadual.
Art. 2-2-14 Quando as embarcações miúdas mantêm hasteada - As embarcações miúdas mantêm a Bandeira Nacional
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hasteada, entre o pôr do sol e 8h, enquanto: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Art. 2-2-17 Guarda da Bandeira - Quando em tropa armada, a Bandeira Nacional é exibida de forma destacada, por uma
guarda armada denominada Guarda da Bandeira, sendo conduzida pelo Porta-bandeira da seguinte forma:
I - em posição de "Ombro arma", o Porta-bandeira a conduz apoiada em seu ombro direito, inclinada, com o conto
mais abaixo, mantendo, com a mão direita, o pano seguro na altura do peito e naturalmente caído ao lado recobrindo
seu braço (Fig. 1 e 2 – ApII);
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talabardão e, com a mão direita, cotovelo lançado para fora, auxiliada pela outra, segura a haste na altura do ombro (Fig.
3 – ApII);
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III - ocupa o centro da testa, ou a sua direita, se esta contar com número par de componentes (Fig. 1 e 2 – ApII); Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Art. 2-2-18 Modo de dispor - A Bandeira Nacional é exibida e conduzida na seguinte forma:
I - quando hasteada em janela, porta, sacada ou balcão, fica ao centro, se isolada ou se acompanhada de número
par de outras bandeiras ou estandartes civis ou militares; em posição que mais se aproxime do centro, ou à direita deste,
se acompanhada de número ímpar de outras bandeiras ou estandartes (Fig. 4, 5 e 6 – ApII);
II - quando em préstito ou procissão, não é conduzida na horizontal e vai ao centro da testa da coluna, se isolada;
à direita desta, se houver outra bandeira; e à frente do centro da testa da coluna, a dois metros de distância, se houver
outras duas ou mais bandeiras (Fig. 7 e 8 – ApII);
III - quando distendida e sem mastro, em rua ou praça, entre edifícios, ou em portas, é colocada de modo que o
lado maior do retângulo fique na horizontal e a estrela isolada voltada para cima (Fig. 9 – ApII);
IV - quando disposta em sala ou salão, por motivo de reuniões, conferências ou solenidades, fica distendida por
detrás da cadeira de quem as preside, ou do local da tribuna, sempre acima da cabeça de quem a ocupa e disposta como
no inciso III (Fig. 10 – ApII);
V - quando em florão, sobre escudo ou qualquer outra peça que agrupe diversas bandeiras, ocupa o centro, não
podendo ser menor do que as outras nem colocada abaixo delas (Fig. 11 – ApII);
VI - nos mastros ou adriças, se figurar junto com bandeira de outra nação ou bandeira-insígnia, é colocada à mesma
altura; se acompanhada de estandartes de corporações militares ou bandeiras representativas de instituições ou
associações civis, fica acima (Fig 12 – ApII);
VII - quando em recinto privativo de autoridade, fica ao lado direito de sua mesa de trabalho ou em outro local em
que fique realçada (Fig 13 – ApII); e
VIII - quando distendida sobre ataúde, durante enterro, tem a tralha voltada para o lado da cabeceira do ataúde; é
amarrada à urna para evitar que esvoace nos deslocamentos do cortejo, sendo retirada por ocasião do sepultamento (Fig.
14 – ApII).
Art. 2-2-19 Disposição de outras bandeiras e estandartes - A disposição de outras bandeiras e estandartes exibidos em
conjunto com a Bandeira Nacional obedece às seguintes regras:
I - em posições mais próximas à Bandeira Nacional são dispostas as bandeiras de outras nações, seguindo-se os
estandartes militares, cabendo aos estandartes civis as posições mais afastadas;
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II - a precedência entre as bandeiras e estandartes civis obedece ao critério da ordem alfabética das nações e
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instituições que representam, na língua portuguesa; entre os estandartes militares, ao critério de antiguidade dos
Titulares das OM que representam, considerando-se o estandarte da Marinha como o de maior precedência; e
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III - inicia-se a disposição com a de maior precedência à direita da Bandeira Nacional, a que se segue à esquerda e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
assim sucessivamente.
Art. 2-2-20 Hasteamento simultâneo - Ocorrendo o hasteamento junto com bandeira de outra nação ou estandarte, a
Bandeira Nacional é hasteada em primeiro lugar e arriada por último.
Art. 2-2-21 Cerimonial no estrangeiro - O navio da MB, quando em porto estrangeiro, hasteia e arria a Bandeira Nacional
de acordo com o horário do cerimonial do país a que pertencer o porto.
Art. 2-2-22 Entrada e saída de bordo - Durante o Cerimonial à Bandeira é vedada a entrada ou saída de pessoas e
veículos na OM que o realiza, salvo se localizada próxima à via pública, quando a interrupção do trânsito deve ocorrer,
com o mínimo de prejuízo possível ao tráfego de pessoas e veículos, entre o “Segundo Sinal” e o término do Cerimonial.
(ATUALIZAÇÃO JAN2022)
Art. 2-2-23 Saudação diária - Aquele que pela primeira vez no dia chegar à OM, ou dela retirar-se pela última vez no dia,
saúda a Bandeira Nacional, se hasteada, para ela voltado, assim que:
I - a bordo de navio, atingir o patim superior do portaló ou a extremidade superior da prancha; e
II - em OM de terra, transitando a pé, defrontar-se com o mastro onde estiver hasteada.
Art. 2-2-24 Saudação à passagem - Todos saúdam a Bandeira Nacional quando diante de si passar conduzida em desfile
militar, fazendo alto aquele que estiver em marcha.
Art. 2-2-25 Arriamento seguido de hasteamento - No pôr do sol, se a Bandeira tiver que permanecer içada, é cumprido
o cerimonial para arriamento e, ao término, ela volta a ser hasteada.
Art. 2-2-26 - Hasteamento e arriamento sem cerimonial - A Bandeira Nacional é hasteada ou arriada sem cerimonial:
I - em manobra de troca de mastro;
II - quando tiver que ser hasteada após a hora do arriamento; e
III - ao ser arriada no início do cerimonial de hasteamento, às 7h55 ou no Dia da Bandeira às 11h55, se, por motivo
previsto neste Cerimonial, já estiver içada na ocasião; e
IV - ao ser arriada nas situações estabelecidas nos incisos XII do art. 2-2-11, VI do art. 2-2-13, II do art. 9-1-12 e I do
art. 9-1-15.
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I - fazer saudação com a Bandeira Nacional, salvo em retribuição à saudação idêntica feita por outro navio ou
estabelecimento;
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II - usar Bandeira Nacional que não se encontre em bom estado de conservação; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
III - usar Bandeira Nacional como reposteiro ou pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna,
cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a serem inaugurados;
IV - usar Bandeira Nacional para prestação de honras de caráter particular por parte de qualquer pessoa natural ou
entidade coletiva;
V - colocar quaisquer indicações ou emblemas sobre a Bandeira Nacional; e
VI - abater a Bandeira Nacional em continência.
CAPÍTULO 3
BANDEIRAS-DISTINTIVOS
Art. 2-3-1 Bandeiras-distintivos - São denominadas bandeiras-distintivos as bandeiras constantes do Apêndice I a este
Cerimonial e destinadas a caracterizar estabelecimentos, forças, unidades de tropa e os navios incorporados à MB, bem
como as condições em face de comissões que forem cometidas, a saber:
I - Bandeira do Cruzeiro;
II - Flâmula de Fim de Comissão;
III - Bandeira da Cruz Vermelha;
IV - Estandartes; e
V - Símbolos.
Art. 2-3-2 Bandeira do Cruzeiro - A Bandeira do Cruzeiro é usada nas seguintes condições:
I - hasteada e arriada diariamente, no "pau do jeque", simultaneamente com a Bandeira Nacional, em todos os
navios incorporados à MB, quando estes estiverem no dique, fundeados, amarrados ou atracados; e
II - hasteada à meia adriça quando assim o for a Bandeira Nacional, por motivo de luto ou funeral.
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Art. 2-3-3 Flâmula de Fim de Comissão - A Flâmula de Fim de Comissão é hasteada no tope do mastro principal nos navios
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incorporados à MB, substituindo a Flâmula de Comando, ao término de comissão igual ou superior a seis meses, quando
o navio iniciar a aterragem ao porto final da comissão, sendo arriada no pôr do sol que se seguir.
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Art. 2-3-4 Bandeira da Cruz Vermelha - A Bandeira da Cruz Vermelha é mantida hasteada permanentemente, em tempo
de guerra:
I - nos navios-hospital, nos acampamentos e nos estabelecimentos hospitalares, em mastro ou adriça diferente de
onde estiver içada a Bandeira Nacional; e
II - na proa das embarcações miúdas empregadas em serviços de saúde e das embarcações-hospital de forças de
desembarque.
Art. 2-3-5 Estandartes - O uso e guarda dos estandartes da Marinha, do Corpo de Fuzileiros Navais e das OM autorizadas
a possuir estandarte próprio se dá de acordo com as seguintes regras:
I - o estandarte da Marinha é ostentado por tropa armada da MB, sempre acompanhando a Bandeira Nacional;
II - o estandarte do Corpo de Fuzileiros Navais pode ser usado por todas as unidades de Fuzileiros Navais de escalão
igual ou superior a uma companhia, sempre acompanhando a Bandeira Nacional;
III - os demais estandartes são conduzidos ou exibidos exclusivamente por sua tropa, sempre acompanhando a
Bandeira Nacional; e
IV - os estandartes devem ser guardados no gabinete do Comandante ou em outro lugar de destaque da OM.
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Art. 2-3-6 Símbolos - Os símbolos são bandeiras-distintivos que identificam as forças, unidades e subunidades de tropa,
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II - ao para-lama dianteiro direito da viatura do comandante da tropa; ou Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 4
BANDEIRAS-INSÍGNIAS
Art. 2-4-1 Bandeiras-insígnias - São denominadas bandeiras-insígnias as bandeiras constantes do Apêndice I a este
Cerimonial destinadas a assinalar a presença de determinada autoridade em OM da MB, bem como distinguir os cargos
de autoridades militares ou civis, a saber:
I - Estandarte Presidencial;
II - Pavilhões de Oficiais de Marinha:
a) Patrono da Marinha;
b) Comandante da Marinha;
c) Almirantado;
d) Chefe do Estado-Maior da Armada;
e) Comandante de Operações Navais;
f) Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais;
g) Chefe do Estado-Maior de Defesa;
h) Almirante;
i) Almirante de Esquadra;
j) Vice-Almirante;
k) Contra-Almirante;
l) Comandante em Chefe da Esquadra (ComemCh);
m) Almirante Comandante de Força;
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o) CF ou CC Comandante de Força;
p) COMAPEM; e
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q) Capitão dos Portos. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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b) Comandante da Aeronáutica; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
V - Flâmulas:
a) de Comando; e
b) de Oficial Superior.
Art. 2-4-2 Flâmula de Comando - A Flâmula de Comando é a insígnia privativa dos oficiais de marinha quando no exercício
do cargo de comando, vedado seu uso em navio não incorporado à Armada.
Art. 2-4-3 Flâmula de Oficial Superior - A Flâmula de Oficial Superior é hasteada nas embarcações miúdas que conduzam
oficial superior uniformizado, sendo arriada tão logo o oficial desembarque.
Art. 2-4-4 Local de hasteamento - As bandeiras-insígnias são hasteadas:
I - no tope do mastro principal dos navios e OM de terra ou no lais da verga de boreste, como determinado neste Cerimonial;
II - no lais da maior verga, no penol da carangueja ou no topo do mastro das embarcações e navios a vela, desde
que não seja onde se encontre içada a Bandeira Nacional; e
III - em haste apropriada, denominada pau da flâmula, na proa das embarcações miúdas.
Art. 2-4-5 Quando são hasteadas - As bandeiras-insígnias são mantidas hasteadas:
I - em caráter permanente, no respectivo navio, unidade ou estabelecimento, quando referente à autoridade
exercendo o cargo de comando;
II - em caráter transitório, na respectiva OM de terra, quando referente à autoridade exercendo o cargo de direção,
enquanto esta permanecer a bordo;
III - em caráter permanente, nos navios capitânias, quando referente ao Comandante de Força embarcado;
IV - em caráter transitório, na OM visitada, quando referente à autoridade superior pertencente à cadeia de
comando, substituindo a bandeira-insígnia da autoridade exercendo o cargo de comando ou direção; e
V - em caráter eventual, na OM visitada, como determinado neste Cerimonial, em honra a autoridade visitante não
pertencente à cadeia de comando.
Art. 2-4-6 Concentração de OM de terra - Nos locais onde haja concentração de OM de terra, com a Bandeira Nacional
hasteada em um único mastro, apenas o mais antigo presente das OM da área mantém o pavilhão hasteado.
Art. 2-4-7 Quando podem ser substituídas - A bandeira-insígnia de autoridade no exercício de cargo de comando, salvo
por ocasião da transmissão do cargo, quando obedece a regras próprias, somente é substituída:
I - pelo Estandarte Presidencial;
II - pelo pavilhão da autoridade a que esteja subordinada na cadeia de comando;
III - pela Flâmula de Fim de Comissão; e
IV - pelo pavilhão do Patrono da Marinha, no dia 13 de dezembro, no caso de OM onde haja cerimônia de entrega
da Medalha do Mérito Tamandaré.
Art. 2-4-8 Estandarte Presidencial - Estando içado o Estandarte Presidencial, nenhuma bandeira representativa de
qualquer outra autoridade, com exceção do pavilhão do Patrono da Marinha, pode permanecer içada.
Art. 2-4-9 Hasteamento do pavilhão do Almirantado - Quando o Almirantado estiver a bordo de OM, seu pavilhão
permanecerá hasteado simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de
comando e, se for o caso, da bandeira-insígnia de autoridade não pertencente à cadeia de comando com maior
precedência.
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Art. 2-4-10 Hasteamento do pavilhão do CEMA - Quando o CEMA estiver a bordo de OM que não lhe seja subordinada,
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seu pavilhão:
I - permanece içado simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de
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comando e, se for o caso, da bandeira-insígnia de autoridade não pertencente à cadeia de comando com maior Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
precedência; e
II - somente é substituído pelo pavilhão do Comandante da Marinha ou do Almirantado.
Art. 2-4-11 Demais autoridades visitantes - A bandeira-insígnia das demais autoridades não pertencentes à cadeia de
comando somente é hasteada, na forma prevista neste Cerimonial, quando a autoridade for a de maior precedência
presente na OM.
Art. 2-4-12 Hasteamento durante salva - Quando, na forma prevista neste Cerimonial, a bandeira-insígnia de autoridade
visitante for içada durante a salva de partida, ela será hasteada imediatamente antes do primeiro tiro e arriada após o
último tiro.
Art. 2-4-13 Hasteamento simultâneo - A disposição das bandeiras-insígnias içadas simultaneamente no tope do mastro
principal, salvo por ocasião da transmissão de comando, que obedece a regras próprias, é a seguinte:
I - a bandeira-insígnia da autoridade de maior precedência, não pertencente à cadeia de comando, ocupa a adriça de
boreste ou da direita;
II - a bandeira-insígnia da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de comando ocupa a adriça central
ou de bombordo; e
III - quando o Almirantado ou o CEMA estiverem a bordo juntamente com outra autoridade visitante de maior
precedência, a bandeira-insígnia desta é içada na adriça de boreste, exceto para o Estandarte Presidencial que obedece a
regras próprias, e o pavilhão do Almirantado ou CEMA, na adriça central ou de bombordo.
Art. 2-4-14 Hasteamento no capitânia - O pavilhão de Comandante de Força é mantido hasteado permanentemente no
navio capitânia, salvo se essa autoridade estiver em outro navio sob seu comando, quando então:
I - o navio capitânia arria o pavilhão e mantém içada a Flâmula de Comando; e
II - o navio visitado arria a Flâmula de Comando e mantém içado o pavilhão.
Art. 2-4-15 Comandante de Distrito Naval ou Comandante Naval - O pavilhão de Comandante de Força relativo a
Comandante de Distrito Naval ou Comandante Naval é mantido hasteado no navio subordinado apenas enquanto aquela
autoridade permanecer a bordo.
Art. 2-4-16 Concentração de Forças ou navios - Quando Forças ou navios estiverem próximos entre si, dentro do alcance
visual de bandeiras, somente o navio onde se encontrar o oficial mais antigo hasteia o pavilhão do COMAPEM.
Art. 2-4-17 Força-tarefa comandada por comandante e navio - O Oficial Superior Comandante de navio ao se fazer ao
mar comandando organização por tarefa arvora o pavilhão de Comandante de Força correspondente ao seu posto.
Art. 2-4-18 Quando podem ser arriadas - As bandeiras-insígnias podem ser arriadas durante combate ou operações de
guerra, se assim julgarem conveniente os oficiais que a elas tiverem direito.
Art. 2-4-19 Uso nas embarcações miúdas - Nas embarcações miúdas, as bandeiras-insígnias somente são usadas durante
o período entre o nascer e o pôr do sol e enquanto conduzirem oficial ou autoridade civil a que se refira, da seguinte
forma:
I - somente é hasteada a bandeira-insígnia da autoridade de maior precedência ou mais antiga presente;
II - quando forem conduzidas simultaneamente autoridade sem direito à bandeirainsígnia e outra menos
preeminente ou mais moderna, mas com tal direito, nenhuma bandeirainsígnia é hasteada; e
III - em traje civil, têm direito ao uso de sua bandeira-insígnia apenas os Almirantes e os Titulares da OM a que
pertencer a embarcação miúda.
Art. 2-4-20 Uso em viatura - O oficial de marinha com direito a pavilhão pode, por ocasião de solenidade oficial e quando
uniformizado, usar miniatura do respectivo pavilhão na viatura que o transportar, disposta em haste apropriada fixada
no para-lama direito dianteiro.
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Art. 2-4-21 Presença do Ministro da Defesa - Quando o Ministro da Defesa estiver a bordo de OM da MB, a bandeira-
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insígnia permanece de Ministro de Estado hasteada simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior
antiguidade da cadeia de comando.
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Art. 2-4-22 Hasteamento do pavilhão do Comandante da Marinha - Quando o Comandante da Marinha estiver a bordo Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Art. 5-1-1 Direito às honras de portaló - Todos os oficiais, ao entrarem ou saírem de OM da MB, têm direito às honras de
portaló.
Art. 5-1-2 Presença do Presidente da República no mar - As honras aos oficiais de marinha, quando o Presidente da
República estiver no mar, dentro da distância máxima de salva, restringem-se às honras de portaló.
Art. 5-1-3 Presença a bordo de autoridade de maior precedência - As honras aos oficiais de marinha, quando se encontrar
na OM visitada autoridade de maior precedência, restringem-se às honras de portaló; caso a autoridade de maior
precedência se encontre nas proximidades do local das honras, essas limitar-se-ão às continências de guarda e "boys",
não sendo dados toques.
Art. 5-1-4 Toques de apito - Há toques de apito e corneta específicos para cada círculo hierárquico de oficiais e para as
seguintes autoridades:
I - Comandante da Marinha;
II - Chefe do Estado-Maior da Armada;
III - Comandante de Operações Navais;
IV - Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais;
V- Comandante em Chefe da Esquadra;
VI - Almirante Comandante de Força;
VII - Almirante Comandante;
VIII - Almirante;
IX - Oficial Superior Comandante de Força;
X - Oficial Superior Comandante; e
XI - Oficiais Intermediários Comandantes.
Art. 5-1-5 Toque de Comandante ou Comandante de Força - O oficial no exercício do Comando só tem direito ao toque
de Comandante no navio, unidade ou estabelecimento em que exerce tal cargo; os Comandantes de Força podem receber
toques de Comandante de Força em OM não subordinadas.
Art. 5-1-6 Exórdios - Há exórdios de marcha de continência específicos para as seguintes autoridades:
I - Patrono da Marinha - Marcha de continência Tamandaré;
II - Comandante da Marinha - Marcha de continência nº 2; e
III – Almirantes de Esquadra - Marcha de continência Santa Cecília.
Nas situações previstas no art. 6-3-1, deverá ser executado o exórdio Corine (de Signard), observado-se o caso específico
da alínea d do citado artigo.
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que exercem; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
II - os demais Almirantes são anunciados pelo posto, seguido, quando for o caso, em suas OM e nas subordinadas,
da expressão "Comandante de Força" ou "Comandante"; e
III - os oficiais superiores, intermediários ou subalternos são anunciados pelo respectivo círculo hierárquico, seguido
da expressão "Comandante de Força" ou "Comandante", em suas OM, quando for o caso.
Art. 5-1-8 Número de "boys" - Na recepção e despedida das autoridades abaixo mencionadas, em visita oficial ou
anunciada, o número de "boys" é o seguinte:
I - oito "boys": Almirante, Almirante de Esquadra e Vice-Almirante;
II - seis "boys": Contra-Almirante;
III - quatro "boys": oficial superior; e
IV - dois "boys": demais oficiais.
Art. 5-1-9 Redução do número de "boys" - Caso as dimensões do convés não permitam acomodar os "boys" no número
requerido, ou as circunstâncias assim indicarem, a autoridade a quem caiba receber ou despedir pode autorizar:
I - posicionar dois "boys" junto ao patim inferior da escada de portaló ou extremidade inferior da prancha; ou
II - reduzir a quantidade de "boys", mantendo-a em número par.
Art. 5-1-10 Uniforme - O uniforme determinado para as honras de portaló, quando diferente do uniforme do dia, é de
uso obrigatório apenas para aqueles que nelas tomarem parte, exceto se for devida à autoridade visitante a honraria de
postos, quando o uniforme determinado para as honras é geral para toda a tripulação visitada.
Art. 5-1-11 Honras de passagem ao Comandante da Marinha e ao Almirantado - As honras de passagem ao Comandante
da Marinha e ao Almirantado são prestadas com a tripulação formada em postos de Parada.
Art. 7-1-1 Datas Festivas - São denominadas datas festivas os dias em que, pela significação de suas datas, se realizam
cerimônias cívico-militares.
Art. 7-1-2 Dias de grande gala - Os dias de grande gala são as datas festivas em que se comemora o aniversário da
Independência (7 de setembro) e da Proclamação da República (15 de novembro).
Art. 7-1-3 Dias de pequena gala - Os dias de pequena gala são as datas festivas em que se comemora o Dia da
Confraternização Universal (1º de Janeiro), o Dia de Tiradentes (21 de abril), o Dia do Trabalho (1º de maio), o Aniversário
da Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha (11 de junho), o Dia da Bandeira (19 de novembro), o Dia do
Marinheiro (13 de dezembro) e o Natal (25 de dezembro).
CAPÍTULO 2
HONRAS NAS DATAS FESTIVAS
Art. 7-2-1 Honras nos dias de grande gala - Nos dias de grande gala, é observado o seguinte cerimonial:
I - embandeiramento em arco nos navios, das 8h até o pôr do sol;
II - após o cerimonial de hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional, e depois de executar o Hino Nacional, a
banda de música toca o Hino da Independência ou o da Proclamação da República, conforme a data, cantado por todos; e
III - execução de salva de vinte e um tiros, às 12h, por estação para tal designada, nas cidades sedes de Distrito Naval
e Comando Naval.
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Art. 7-2-2 Honras no dia Onze de Junho - No Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha, é
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II - os navios embandeiram nos topes das 8h até o pôr do sol; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
III - às 8h, logo após o Cerimonial à Bandeira, os navios dos COMAPEM e as OM de terra hasteiam os Sinais de Barroso,
exceto onde ocorrer a cerimônia de entrega de condecorações da "Ordem do Mérito Naval", sendo o sinal "O Brasil espera
que cada um cumpra o seu dever" içado na adriça de boreste ou da direita e o sinal "Sustentar o fogo que a vitória é
nossa" na adriça de bombordo ou da esquerda;
IV - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da "Ordem do Mérito Naval", quando do seu
início, executam, em sequência, o hasteamento dos Sinais de Barroso, o Toque da Vitória, o Toque de Comandante em
Chefe e salva de dezessete tiros, por estação para tal fim designada;
V - quando houver a participação de convidados civis ou militares de outras Forças, inclusive estrangeiros, os Sinais de
Barroso são hasteados sequencialmente e precedidos de anúncio explicativo;
VI - os Sinais de Barroso são arriados cinco minutos antes do pôr do sol, imediatamente antes de ser tocado o "Sinal
para a Bandeira"; e
VII - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da "Ordem do Mérito Naval" em outras datas
podem, quando autorizadas pelo Comandante do Distrito Naval, cumprir o cerimonial previsto para o Dia Onze de Junho.
Art. 7-2-3 Honras no Dia da Bandeira - No Dia da Bandeira, é observado o seguinte cerimonial:
I - às 8h é executado normalmente o Cerimonial à Bandeira Nacional;
II - às 11h55 é anunciado por voz "Sinal para a Bandeira", sendo içado o galhardete "Prep", arriada a Bandeira Nacional
e dado por corneta o toque de Bandeira, prosseguindo-se normalmente o cerimonial para o hasteamento da Bandeira
Nacional;
III - às 12h os navios embandeiram nos topes; e
IV - após o hasteamento da Bandeira, são cremadas as Bandeiras Nacionais substituídas durante o ano e executada
salva de vinte e um tiros, por estação para tal fim designada e, em seguida, cantado o Hino à Bandeira por todos os
presentes, acompanhados ou não por banda de música.
Art. 7-2-4 Honras no dia Treze de Dezembro - No Dia do Marinheiro, é observado o seguinte cerimonial:
I - navios da MB - embandeiram nos topes das 8h até o pôr do sol;
II - OM onde se realizam cerimônias de entrega de condecorações da "Medalha Mérito Tamandaré":
a) ao início da cerimônia, executam, em sequência, o hasteamento do pavilhão do Patrono da Marinha, o "Exórdio
do Patrono da Marinha", salva de dezenove tiros por estação para tal fim designada e, em seguida, o arriamento do
pavilhão do Patrono da Marinha; e
b) durante o período em que o pavilhão do Patrono da Marinha permanecer içado, só podem permanecer
hasteadas no mastro principal, e com precedência sobre o mesmo, as seguinte bandeiras:
1. a Bandeira Nacional, hasteada em OM de terra ou no penol da carangueja de navios no mar;
2. o estandarte do Presidente da República, se presente à cerimônia;
3. o pavilhão do Vice-Presidente da República, se presente à cerimônia e ausente o Presidente da República; e
4. a Bandeira Nacional, hasteada por motivo de embandeiramento nos topes ou da presença a bordo do
Presidente do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, Senado Federal ou Câmara dos Deputados; e
III - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da "Medalha Mérito Tamandaré" em outras
datas podem, quando autorizadas pelo Comandante do Distrito Naval, cumprir o cerimonial previsto para o Dia do
Marinheiro.
Art. 7-2-5 Demais Dias de Pequena Gala - Nas datas de pequena gala de 1° de janeiro, 21 de abril, 1° de maio e 25 de
dezembro, os navios da MB embandeiram nos topes das 8h ao pôr do sol.
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Art. 7-2-6 Datas festivas de Unidades da Federação - Os navios participam das comemorações referentes às datas festivas
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estrangeiros e nacionais, ou o Comandante do Distrito, na sua sede, deve: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
I - às vésperas da data festiva, com antecedência de, pelo menos, vinte e quatro horas, mandar um oficial participar
ao COMAPEM estrangeiro o motivo, natureza e horário do cerimonial que é executado, convidando-o para que seus
navios também participem das honras; e
II - no dia seguinte ao da realização do cerimonial, mandar um oficial agradecer a participação estrangeira.
Art. 7-2-8 Participação de tropas estrangeiras - As Forças estrangeiras que participem, em território brasileiro, de paradas
em comemoração a data festiva, nacional ou estrangeira, têm posição de destaque na vanguarda das forças em parada,
devendo ser observado o seguinte:
I - pequeno destacamento de forças brasileiras precede, se possível, as forças estrangeiras, como guarda de honra;
II - a precedência entre as forças estrangeiras obedece a critérios de:
a) antiguidade entre os comandantes das forças;
b) antiguidade entre os comandantes de destacamentos em parada; e
c) ordem alfabética das nações representadas, na língua portuguesa; e
III - se o desfile for em comemoração a data festiva de nação estrangeira, o destacamento da nação festejada tem
precedência sobre os demais.
Art. 7-2-9 Comemorações em portos estrangeiros - Os navios, em porto estrangeiro, comemoram os dias de grande e
pequena gala, devendo o COMAPEM ou Comandante:
I - dar ciência à autoridade naval estrangeira anfitriã, com antecedência adequada, do motivo, natureza e horário das
honras; e
II - formular convite para participação de representações das Marinhas estrangeiras presentes no porto.
Art. 9-1-1 Conceituação - Honras fúnebres são homenagens póstumas prestadas aos despojos mortais de militar ou de
autoridade civil, de acordo com a posição hierárquica que ocupava.
Art. 9-1-2 Autoridade que determina - As honras fúnebres são determinadas:
I - pelo Presidente da República, Ministro da Defesa, Comandante da Marinha, Comandante de Distrito Naval ou Titular
da OM à qual pertencia o militar falecido;
II - pelo Presidente da República, Ministro da Defesa e Comandante da Marinha, em caráter excepcional, aos despojos
mortais de Chefe de Missão Diplomática estrangeira falecido no Brasil ou de insigne personalidade, inclusive quanto ao
transporte em viatura especial e acompanhamento por tropa;
III - excepcionalmente, o Presidente da República, o Ministro da Defesa e o Comandante da Marinha podem
determinar que sejam prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais de Presidente do Congresso Nacional, Presidente
da Câmara dos Deputados, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado ou Secretário Especial da
Presidência da República equiparado a Ministro de Estado, assim como o seu transporte, em viatura especial,
acompanhada por tropa; e
IV - as Honras Fúnebres prestadas a Chefes de Missão Diplomática estrangeira ou às autoridades mencionadas no
inciso III do presente artigo seguem as mesmas prescrições estabelecidas para o Comandante da Marinha.
Art. 9-1-3 Luto oficial - A par das honras fúnebres que venham a ser prestadas, podem os Governos nos âmbitos Federal,
Estadual ou Municipal determinar que seja observado luto oficial por determinado período de dias.
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Art. 9-1-4 Guarda fúnebre - Guarda fúnebre é a tropa armada postada para render honras aos despojos mortais de
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civis e de militares falecidos quando em serviço ativo. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Art. 9-1-6 Cobertura do féretro - Até o ato de inumação, o féretro de militar ativo ou inativo da MB é coberto com a
Bandeira Nacional.
Art. 9-1-7 Sinal de luto - O sinal de luto, em fita de crepe na cor preta, a ser usado somente quando determinado por
autoridade competente, consiste:
I - na Bandeira Nacional e nos estandartes, de laço atado junto à esfera armilar ou lança;
II - nos uniformes dos oficiais e praças, de braçal na manga esquerda, a quinze centímetros do ombro;
III - nos tambores, de faixa envolta no fuste; e
IV - nas cornetas, de pequeno laço atado ao cordão.
Art. 9-1-8 Sepultamento no mar - Quando as circunstâncias obrigarem ao sepultamento no mar, as honras fúnebres, caso
as condições permitam, limitam-se ao seguinte, observando-se a função, posto ou graduação que o falecido tinha em
vida:
I - o navio responsável pelo sepultamento paira sob máquinas, assim como os que o acompanham;
II - são executadas as honras de portaló, seguidas de três descargas de fuzilaria, antes de ser lançado ao mar o féretro;
III - logo após, inicia a salva final, quando devida, ocasião em que a bandeirainsígnia a que tinha direito o morto é
atopetada, sendo arriada ao término da salva; e
IV - os despojos mortais vão, se possível, em caixão fechado, broqueado, e suficientemente lastrado para garantir a
submersão.
Art. 9-1-9 Honras na saída de bordo do féretro - Quando na saída de féretro de bordo, as honras fúnebres prestadas a
militar ou autoridade civil consistem das continências inerentes às honras de portaló devidas em vida ou aquelas que, por
ocasião de seu falecimento, tenha o Governo resolvido conceder, da seguinte forma:
I - são hasteadas à meia adriça a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro;
II - com a guarnição, descoberta, concentrada nas proximidades, são prestadas as honras de portaló;
III - seguem-se três descargas de fuzilaria e, se devido, a salva;
IV - a banda de música, se presente, toca acordes de marcha fúnebre, antes de cada descarga de fuzilaria; e
V - após a saída do féretro, a Bandeira Nacional e de Cruzeiro são atopetadas.
Art. 9-1-10 Cortejo no mar - O cortejo no mar, para acompanhamento do féretro, é organizado da seguinte forma:
I - constituição, tendo em vista o grau hierárquico ou função exercida pelo falecido:
a) Comandante de Força - cada navio da respectiva Força faz-se representar, pelo menos, com uma embarcação
levando oficial, suboficial e praças;
b) Comandante de navio ou oficial embarcado - participam as embarcações disponíveis do navio, levando, cada
uma, oficial, suboficial e praças;
c) Suboficial - participam, pelo menos, duas embarcações conduzindo um oficial, suboficiais e destacamento de praças; e
d) Praça - participa, pelo menos, uma embarcação conduzindo um oficial, um suboficial e seis outras praças;
II - a embarcação que transportar féretro hasteia à meia adriça a Bandeira Nacional e a bandeira-insígnia que competia
ao falecido quando em vida;
III - as demais embarcações do cortejo hasteiam somente a Bandeira Nacional à meia adriça; e
IV - os navios da MB hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional sempre que passar próximo o cortejo fúnebre oficial
ou navio de guerra com bandeira em funeral.
Art. 9-1-11 Honras em terra - Quando em terra, as honras fúnebres prestadas a militar da MB, com a participação de
tropa da MB, obedecem ao seguinte:
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I - iniciam com o toque de presença, correspondente ao devido em vida, quando o féretro alcançar a direita da guarda
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de fuzilaria, tocando a banda de música, se presente, acordes de marcha fúnebre, antes de cada descarga; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
III - caso o efetivo da guarda fúnebre seja maior do que uma companhia:
a) durante as descargas, o restante da tropa permanece em "Ombro arma", sendo os acordes da marcha fúnebre
iniciados logo após a voz de "Preparar" dada pelo oficial que comandar o funeral; e
b) após as descargas, o comandante da guarda fúnebre dá voz de "Apresentar arma" e "Olhar à direita", quando
então o féretro desfila diante da tropa em continência, tocando a banda de música, se presente, marcha fúnebre; e
IV - a salva e o "Toque de silêncio", se devidos, são executados ao baixar o corpo à sepultura.
Art. 9-1-12 Prescrições especiais para os dias de funeral e luto oficial - Nos dias de funeral e de luto oficial:
I - não são executados toques de continência nem dadas salvas por outros motivos que não sejam os previstos neste
Título, a menos que especificamente autorizado pelos Comandantes de Distrito Naval;
II - a Bandeira Nacional é hasteada à meia adriça, sendo observado o cerimonial completo, com todas as honras e
toques de continência; durante postos de combate ou por ocasião de fotografias ou filmagem é atopetada; quando
conduzida por tropa, ostenta o sinal de luto. Enquanto perdurar o luto oficial, permanecerá à meia adriça, também, após
o pôr do sol e até às 23h59 do último dia estabelecido;
III - não é executado o Hino Nacional, exceto por ocasião do Cerimonial à Bandeira Nacional;
IV - a Bandeira do Cruzeiro é hasteada à meia adriça acompanhando a Bandeira Nacional;
V - nas OM onde se realizem honras fúnebres, as guardas e sentinelas têm as armas em funeral;
VI - para os procedimentos não previstos neste Cerimonial referentes às honras fúnebres, são cumpridas as disposições
do Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas; e
VII - mediante autorização do Comandante do Distrito Naval da área, as cerimônias militares, tais como formaturas e
graduações, cujas datas de realização, por serem especiais, não devem ser alteradas, podem ser realizadas por completo,
observado o inciso I deste artigo.
Art. 9-1-13 Quando não são prestadas as honras - As honras fúnebres não são prestadas, mas transferidas, se possível,
para outra ocasião:
I - nos dias de festa nacional; e
II - nos dias de grande gala do país estrangeiro, em cujo porto se encontrar navio da MB.
Art. 9-1-14 Quando podem ser dispensadas - As honras fúnebres podem ser dispensadas, a critério da autoridade
competente:
I - quando o falecido as houver dispensado em vida;
II - quando solicitação nesse sentido partir da própria família;
III - quando a comunicação do falecimento chegar tardiamente;
IV - no caso de perturbação da ordem pública; e
V - em condições adversas de tempo.
Art. 9-1-15 No Dia dos Mortos - No dia 2 de novembro, data consagrada ao culto aos mortos:
I - os navios e OM embandeiram à meia adriça de 8h até às 23h59; e
II - durante o embandeiramento à meia adriça, as embarcações miúdas mantêm nessa posição a Bandeira Nacional.
Art. 9-1-16 Presente em porto nacional navio de guerra estrangeiro - Quando em porto nacional encontrarem-se navios
de guerra estrangeiros, o COMAPEM:
I - manda, com a possível antecedência, oficial participar aos COMAPEM estrangeiros o motivo e a natureza das honras
fúnebres que são prestadas pelos navios da MB; e
II - terminadas as honras fúnebres, manda oficial agradecer aos COMAPEM dos navios estrangeiros que nelas
houverem tomado parte.
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Art. 9-1-17 Em países estrangeiros - Não obstante o disposto neste Cerimonial, as honras fúnebres em países estrangeiros
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falecimento de militar ou civil com direito a honras fúnebres, compete ao COMAPEM solicitar à autoridade local Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
competente, por intermédio do agente diplomático ou consular brasileiro, permissão para desembarcar a guarda fúnebre,
que junto ou não com a escolta fúnebre tiver de prestar as devidas honras.
CAPÍTULO 2
FALECIMENTO DE AUTORIDADES
Art. 9-2-1 Presidente da República - Quando ocorrer o falecimento do Presidente da República, os navios da MB prestam
as seguintes honras fúnebres:
I - navios surtos no porto onde forem conduzidas as honras:
a) na hora determinada para o início das honras fúnebres, içam o embandeiramento à meia adriça;
b) a estação de salva ou o navio designado salva com vinte e um tiros; quinze minutos após, inicia nova salva de
vinte e um tiros, com o intervalo entre os tiros convenientemente ajustado para que o último ocorra quinze minutos antes
do término das honras fúnebres; ao término das honras é dada outra salva de vinte e um tiros;
c) logo após a execução do último tiro, os navios arriam o embandeiramento à meia adriça e hasteiam à meia adriça
a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro; e
d) se o enterro se der em data posterior ao dia do início das honras, os vinte e um tiros periódicos são iniciados ao
nascer do sol do dia do enterro; e
II - navios surtos em outros portos, no dia designado por autoridade competente, prestam honras idênticas às descritas
no inciso I, de conformidade com os entendimentos junto ao Governador ou primeira autoridade local, quando nos portos
nacionais, ou agentes diplomáticos ou consulares brasileiros, quando nos portos estrangeiros.
Art. 9-2-2 Chefe de Nação estrangeira - Quando em porto nacional forem determinadas honras fúnebres por motivo de
falecimento de Chefe de Nação estrangeira, os navios da MB prestam as honras previstas para o Presidente da República,
com as seguintes alterações:
I - a Bandeira Nacional hasteada à meia adriça no mastro principal é substituída pela bandeira da nação enlutada;
II - não são dados os tiros periódicos; e
III - caso estejam presentes navios de guerra da nação enlutada, são observados os horários de início e término das
honras fúnebres realizadas pelos visitantes.
Art. 9-2-3 Ministro da Defesa e Comandante da Marinha - Quando ocorrer o falecimento do Ministro da Defesa ou do
Comandante da Marinha, as OM da MB prestam as seguintes honras fúnebres:
I - OM de terra sediadas e navios surtos no porto onde forem conduzidas as honras:
a) na hora determinada para o início das honras fúnebres, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e, os navios,
também a do Cruzeiro;
b) simultaneamente, a estação de salva ou o navio designado inicia salva de dezenove tiros, com o intervalo entre
os tiros convenientemente ajustado para que o último ocorra quinze minutos antes do término das honras fúnebres; ao
término das honras é dada nova salva com dezenove tiros;
c) logo após a execução do último tiro, são atopetadas a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro; e
d) se o enterro se der em data posterior ao dia do início das honras, os dezenove tiros periódicos são iniciados ao
nascer do sol do dia do enterro; e
II - em outras localidades, inclusive estrangeiras, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro, desde o
início até o término das honras fúnebres.
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Art. 9-2-4 Governador de Estado - Por ocasião de falecimento de Governador de Unidade da Federação, os navios da MB
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que se encontrarem em porto da respectiva Unidade prestam as honras fúnebres idênticas às previstas para o Ministro
da Defesa.
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Art. 9-2-5 Almirantado - Quando ocorrer o falecimento de um dos membros do Almirantado, as OM da MB prestam as Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
honras fúnebres idênticas às previstas para o Ministro da Defesa, sem tiros periódicos e com a salva, ao término das
honras fúnebres, de dezessete tiros.
Art. 9-2-6 Demais Almirantes - Quando ocorrer o falecimento de Almirante que não seja membro do Almirantado, são
prestadas as seguintes honras fúnebres:
I - na hora determinada para início das honras, os navios e unidades subordinadas, surtos ou localizadas no porto onde
serão conduzidas as honras, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e, os navios, também a do Cruzeiro;
II - caso a autoridade falecida exercesse cargo de Comando ou Direção, seu pavilhão é hasteado à meia adriça no
capitânia ou OM onde servia, conforme o caso;
III - ao término das honras, a estação de salva, o navio, ou unidade designada dá salva correspondente à autoridade
falecida; e
IV - logo após o último tiro, a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro são atopetadas e arriado o pavilhão.
Art. 9-2-7 Oficial Superior Comandante de Força - Por ocasião de falecimento de Oficial Superior Comandante de Força,
são prestadas, pelos navios e unidades subordinados, no que couber, as honras fúnebres estabelecidas para Almirantes.
Art. 9-2-8 Comandante de navio - Ao Comandante de navio da MB que falecer, qualquer que seja o seu posto, são
prestadas as seguintes honras fúnebres:
I - quando ocorrer a bordo, até a saída do corpo, o navio que comandava hasteia à meia adriça a Bandeira Nacional,
do Cruzeiro e a Flâmula de Comando; se o navio for Capitânia, a Flâmula de Comando é hasteada à meia adriça, sem
prejuízo do pavilhão de Comandante de Força que se encontra hasteado; logo após a saída, são atopetadas a Bandeira
Nacional e a do Cruzeiro e arriada a Flâmula de Comando; e
II - quando ocorrer em terra, as honras fúnebres são as previstas para serem prestadas a militar da MB falecido em
terra, com a participação de guarda fúnebre.
Art. 9-2-9 Servidor público - No navio da MB onde ocorrer o falecimento de servidor público brasileiro, por ocasião da
saída do corpo de bordo é hasteada à meia adriça a Bandeira Nacional.
Art. 9-2-10 Agente diplomático - Quando ocorrer o falecimento de agente diplomático brasileiro no país em que for
acreditado, os navios da MB que se encontrarem em porto do mesmo país prestam as seguintes honras fúnebres:
I - para Embaixador:
a) no dia do funeral, mantêm hasteadas à meia adriça a Bandeira Nacional e a bandeira-insígnia de Embaixador,
ambas no mastro principal, e a do Cruzeiro, desde às 8h até o pôr do sol, ou até a hora do sepultamento, caso ocorra
antes;
b) no pôr do sol ou no momento do sepultamento, caso ocorra antes, o navio do COMAPEM atopeta o pavilhão de
Embaixador e dá uma salva de dezenove tiros; e
c) logo após a execução do último tiro, são atopetadas a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro e arriada a bandeira-
insígnia, quando terminam as honras fúnebres; e
II - para Chefes de Missão, as devidas a Embaixador, devendo a bandeira-insígnia correspondente ser hasteada, à meia
adriça, apenas no navio do COMAPEM e o número de tiros da salva, o que competia à autoridade quando viva.
Art. 9-2-11 Agente consular - Quando ocorrer o falecimento de agente consular brasileiro em país estrangeiro, os navios
da MB que se encontrarem em porto sob a jurisdição do respectivo distrito consular prestam as honras fúnebres devidas
a agente diplomático Chefe de Missão, devendo a bandeira-insígnia correspondente ser hasteada, à meia adriça, apenas
por ocasião da salva, sendo arriada ao término.
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CAPÍTULO 3
FALECIMENTO DE MILITARES DA MB INATIVOS
Art. 9-3-1 Quando são prestadas - Mediante solicitação expressa da família de militar falecido na situação de inatividade,
os Comandantes de Distrito Naval podem autorizar que sejam prestadas honras fúnebres, como previsto neste
Cerimonial.
Art. 9-3-2 Ex-Ministros da Marinha e ex-Comandantes da Marinha - Aos ex-Ministros da Marinha e ex-Comandantes da
Marinha cabem as seguintes honras:
I - guarda fúnebre, com o efetivo de uma companhia, formada em alas no interior da necrópole, e grupo de combate
nas proximidades da sepultura, o qual realiza as descargas de fuzilaria;
II - comissão de representação designada e chefiada pelo COMAP na área de jurisdição do Distrito Naval onde se situa
a necrópole; e
III - honras de portaló ao alcançar o féretro a guarda fúnebre.
Art. 9-3-3 Almirantes - Aos Almirantes cabem as seguintes honras:
I - guarda fúnebre com o efetivo de um pelotão, formado em alas no interior da necrópole, e grupo de combate nas
proximidades da sepultura, o qual realiza as descargas de fuzilaria;
II - comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de jurisdição se situa a
necrópole, chefiada por Contra-Almirante; e
III - honras de portaló ao alcançar o féretro a guarda fúnebre.
Art. 9-3-4 Oficiais superiores - Aos oficiais superiores cabem as seguintes honras:
I - guarda fúnebre, com o efetivo de um grupo de combate, nas proximidades da sepultura, o qual realiza as descargas
de fuzilaria; e
II - comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de jurisdição se situa a
necrópole, chefiada por oficial superior.
Art. 9-3-5 Oficiais intermediários e subalternos - Aos oficiais intermediários e subalternos cabem a seguinte honra:
Comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de jurisdição se situa a necrópole,
chefiada por oficial intermediário.
Art. 9-3-6 Praças - Às praças cabem as seguintes honras:
I - suboficiais e sargentos: Comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de
jurisdição se situa a necrópole, chefiada por oficial subalterno;
II - cabos, marinheiros e soldados: Comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja
área de jurisdição se situa a necrópole, chefiada por suboficial ou primeiro-sargento.
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Art. 9-3-7 Reduções das honras devidas - A critério do COMAP, no caso de ex-Ministros da Marinha, ou do Comandante
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de Distrito Naval, nos demais casos, as honras fúnebres previstas para militares inativos podem ser reduzidas, tendo em
vista a disponibilidade de meios, os efetivos de pessoal e a localização da necrópole.
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
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TÍTULO V - Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e
da ordem.
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das
Forças Armadas.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em
lei, as seguintes disposições: (Incluído pela EC n. 18/1998)
I – as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e
asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e,
juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela EC n. 18/1998)
II – o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese
prevista no art. 37, XVI, c, será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
III – o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária,
não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, XVI, c, ficará agregado ao respectivo
quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de
serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou
não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela EC n. 18/1998)
V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;(Incluído pela EC n. 18/1998)
VI – o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão
de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; (Incluído pela EC n.
18/1998)
VII – o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença
transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; (Incluído pela EC n. 18/1998)
VIII – aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, XI, XIII, XIV e XV, bem
como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, XVI, c; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
IX – (Revogado pela EC n. 41/2003)
X – a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de
transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais
dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos
internacionais e de guerra. (Incluído pela EC n. 18/1998)
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados,
alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou
política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros
encargos que a lei lhes atribuir.
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DECRETO nº 3.897/2001
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DIRETRIZES PARA O EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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Art. 2º É de competência exclusiva do Presidente da República a decisão de emprego das Forças Armadas na garantia
da lei e da ordem.
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§ 1º A decisão presidencial poderá ocorrer por sua própria iniciativa, ou dos outros poderes constitucionais,
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representados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, pelo Presidente do Senado Federal ou pelo Presidente da Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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Art. 1o É delegada competência ao Ministro de Estado da Defesa, vedada a subdelegação, para aprovar o Regulamento
de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas.
Art. 2o O Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas, cujas
prescrições serão aplicáveis às situações diárias da vida castrense, estando o militar de serviço ou não, em área militar
ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de natureza militar ou cívica, terá por finalidade:
I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito que os militares prestam a determinados símbolos
nacionais e às autoridades civis e militares;
II - regular as normas de apresentação e de procedimento dos militares, bem como as formas de tratamento e a
precedência; e
III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às Forças Armadas.
Art. 3o O Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas observará
os seguintes preceitos:
I - terão continências:
a) a Bandeira Nacional:
1. ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;
2. Por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação nas formaturas;
3. Quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar;
4. Quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização civil em
cerimônia cívica; e
5. Quando, no período compreendido entre oito horas e o pôr-do-sol, um militar entra a bordo de navio de guerra
ou dele sai ou quando, na situação de “embarcado”, avista-a ao entrar a bordo pela primeira vez ou ao sair pela última
vez;
b) o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;
c) o Presidente da República;
d) o Vice-Presidente da República;
e) os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal;
f) o Ministro de Estado da Defesa;
g) os demais Ministros de Estado quando em visita de caráter oficial;
h) os Governadores de Estado, de Territórios Federais e do Distrito Federal nos respectivos territórios ou, quando
reconhecidos ou identificados, em qualquer parte do País em visita de caráter oficial;
i) os Ministros do Superior Tribunal Militar quando reconhecidos ou identificados;
j) os militares da ativa das Forças Armadas, mesmo em traje civil; nesse último caso, quando for obrigatório o seu
reconhecimento em função do cargo que exerce ou, para os demais militares, quando reconhecidos ou identificados;
l) os militares da reserva ou reformados quando reconhecidos ou identificados;
m) a tropa quando formada;
n) as Bandeiras e os Hinos das Nações Estrangeiras, nos casos das alíneas “a” e “b” deste inciso;
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o) as autoridades civis estrangeiras correspondentes às constantes das alíneas “c” a “h” deste inciso quando em visita
de caráter oficial;
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p) os militares das Forças Armadas estrangeiras quando uniformizados e, se em trajes civis, quando reconhecidos ou
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identificados; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
q) os integrantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, corporações consideradas forças
auxiliares e reserva do Exército;
II - terão continência da tropa os símbolos e as autoridades relacionadas nas alíneas “a” a “j”, “m” a “o” e “q” do
inciso I deste artigo e, ainda:
a) os militares da reserva ou reformados quando uniformizados; e
b) os militares das Forças Armadas estrangeiras quando uniformizados;
III - terão direito a honras militares:
a) o Presidente da República;
b) o Vice-Presidente da República;
c) o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal quando incorporados;
d) o Ministro de Estado da Defesa;
e) os demais Ministros de Estado quando em visita de caráter oficial a organização militar;
f) os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas; (Redação dada pelo Decreto nº 7.960, de 2013);
g) o Superior Tribunal Militar quando incorporado;
h) os militares das Forças Armadas;
i) os Governadores dos Estados, dos Territórios Federais e do Distrito Federal quando em visita de caráter oficial a
organização militar;
j) os Chefes de Missão Diplomática;
l) os Ministros Plenipotenciários de Nações Estrangeiras e os Enviados Especiais; e
m) outras autoridades, desde que expressa e excepcionalmente determinado pelo Presidente da República, pelo
Ministro de Estado da Defesa ou pelo Comandante da Força Singular que prestará a homenagem.
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TÍTULO I - Generalidades
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Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos membros das Forças
Armadas.
Art. 2° - As Forças Armadas, essenciais à execução da política de segurança nacional, são constituídas pela Marinha, pelo
Exército e pela Aeronáutica, e destinam-se a defender a Pátria e a garantir os poderes constituídos, a lei e a ordem. São
Instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade
suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei.
Art. 3° - Os membros das Forças Armadas, em razão de sua destinação constitucional, formam uma categoria especial de
servidores da Pátria e são denominados militares.
§ 1º - Os militares encontram-se em uma das seguintes situações:
a) na ativa:
I - os de carreira;
II - os temporários, incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar, obrigatório ou voluntário,
durante os prazos previstos na legislação que trata do serviço militar ou durante as prorrogações desses
prazos; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados, reincluídos, designados ou mobilizados;
IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; e
V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas Forças Armadas.
b) na inatividade:
I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Armadas e percebam remuneração da União,
porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização;
II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores estejam dispensados, definitivamente,
da prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber remuneração da União; e
III - os da reserva remunerada e, excepcionalmente, os reformados, que estejam executando tarefa por tempo certo,
segundo regulamentação para cada Força Armada. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 2º - Os militares de carreira são aqueles da ativa que, no desempenho voluntário e permanente do serviço militar,
tenham vitaliciedade, assegurada ou presumida, ou estabilidade adquirida nos termos da alínea “a” do inciso IV
do caput do art. 50 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 3º Os militares temporários não adquirem estabilidade e passam a compor a reserva não remunerada das Forças
Armadas após serem desligados do serviço ativo. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
Art. 4° - São considerados reserva das Forças Armadas:
I - individualmente:
a) os militares da reserva remunerada; e
b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa.
II - no seu conjunto:
a) as Polícias Militares; e
b) os Corpos de Bombeiros Militares.
§ 1o - A Marinha Mercante, a Aviação Civil e as empresas declaradas diretamente devotadas às finalidades precípuas
das Forças Armadas, denominada atividade efeitos de mobilização e de emprego, reserva das Forças Armadas.
§ 2o - O pessoal componente da Marinha Mercante, da Aviação Civil e das empresas declaradas diretamente
relacionadas com a segurança nacional, bem como os demais cidadãos em condições de convocação ou mobilização para
a ativa, só serão considerados militares quando convocados ou mobilizados para o serviço nas Forças Armadas.
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Art. 5° - A carreira militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades precípuas das
Forças Armadas, denominada atividade militar.
§ 1o - A carreira militar é privativa do pessoal da ativa, inicia-se com o ingresso nas Forças Armadas e obedece às
diversas sequências de graus hierárquicos.
§ 2o - São privativas de brasileiro nato as carreiras de oficial da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Art. 6° - São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em serviço”, “em atividade”
ou “em atividade militar”, conferidas aos militares no desempenho de cargo, comissão, encargo, incumbência ou missão, serviço ou
atividade militar ou considerada de natureza militar, nas organizações militares das Forças Armadas, bem como na Presidência da
República, na Vice-Presidência da República, no Ministério da Defesa e nos demais órgãos quando previsto em lei, ou quando
incorporados às Forças Armadas. (Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
Art. 7° - A condição jurídica dos militares é definida pelos dispositivos da Constituição que lhes sejam aplicáveis, por este
Estatuto e pela Legislação, que lhes outorgam direitos e prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações.
Art. 8o - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber:
I - aos militares da reserva remunerada e reformados;
II - aos alunos de órgão de formação da reserva;
III - aos membros do Magistério Militar; e
IV - aos Capelães Militares.
Art. 9o - Os oficiais-generais nomeados Ministros do Superior Tribunal Militar, os membros do Magistério Militar e os
Capelães Militares são regidos por legislação específica.
CAPÍTULO 3
Da Hierarquia Militar e da Disciplina
Art. 14 - A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a responsabilidade crescem
com o grau hierárquico.
§ 1o - A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas.
A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antiguidade no posto
ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade.
§ 2o - Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
§ 3o - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre militares da
ativa, da reserva remunerada e reformados.
Art. 15 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da mesma categoria e têm a finalidade de
desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
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Art. 16 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Forças Armadas, bem como a correspondência entre os postos
e as graduações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são fixados nos parágrafos seguintes e no Quadro em anexo.
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§ 1o - Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do Ministro de Força
Singular e confirmado em Carta Patente.
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§ 3o - Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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IV - os alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando fardados, têm precedência sobre os Cabos, aos quais
são equiparados; e
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V - os Cabos têm precedência sobre os alunos das escolas ou dos centros de formação de sargentos, que a eles são
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equiparados, respeitada, no caso de militares, a antiguidade relativa. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
TÍTULO I
Capítulo 4 - Do Cargo e da Função Militares
Art. 20 – Cargo militar é um conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometidos a um militar em serviço
ativo.
§ 1o – O cargo militar, a que se refere este artigo, é o que se encontra especificado nos Quadros de Efetivo ou
Tabelas de Lotação das Forças Armadas ou previsto, caracterizado ou definido como tal em outras disposições legais.
§ 2o – As obrigações inerentes ao cargo militar devem ser compatíveis com o correspondente grau hierárquico e
definidas em legislação ou regulamentação específica.
Art. 21 – Os cargos militares são providos com pessoal que satisfaça aos requisitos de grau hierárquico e de
qualificação exigidos para o seu desempenho.
Parágrafo único – O provimento de cargo militar far-se-á por ato de nomeação ou determinação expressa da
autoridade competente.
Art. 22 – O cargo militar é considerado vago a partir de sua criação e até que um militar nele tome posse, ou desde
o momento em que o militar exonerado, ou que tenha recebido determinação expressa da autoridade competente, o
deixe e até que outro militar nele tome posse de acordo com as normas de provimento previstas no parágrafo único
do artigo anterior.
Parágrafo único – Consideram-se também vagos os cargos militares cujos ocupantes tenham:
a) falecido;
b) sido considerados extraviados;
c) sido feitos prisioneiros; e
d) sido considerados desertores.
Art. 23 – Função militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar.
Art. 24 – Dentro de uma mesma organização militar, a sequência de substituições para assumir cargo ou responder
por funções, bem como as normas, atribuições e responsabilidades relativas, são as estabelecidas na legislação ou
regulamentação específica, respeitadas a precedência e a qualificação exigidaspara o cargo ou o exercício da função.
Art. 25. O militar ocupante de cargo da estrutura das Forças Armadas, provido em caráter efetivo ou interino, observado
o disposto no parágrafo único do art. 21 desta Lei, faz jus aos direitos correspondentes ao cargo, conforme previsto em
lei. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
Parágrafo único. A remuneração do militar será calculada com base no soldo inerente ao seu posto ou à sua graduação,
independentemente do cargo que ocupar. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
Art. 26 – As obrigações que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não são catalogadas como
posições tituladas em "Quadro de Efetivo", "Quadro de Organização", "Tabela de Lotação" ou dispositivo legal, são
cumpridas como encargo, incumbência, comissão, serviço ou atividade, militar ou de natureza militar.
Parágrafo único – Aplica-se, no que couber, a encargo, incumbência, comissão, serviço ou atividade, militar ou de
natureza militar, o disposto neste Capítulo para cargo militar.
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Art. 27 - São manifestações essenciais do valor militar: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
I - o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar e pelo solene juramento de fidelidade à
Pátria até com o sacrifício da própria vida;
II - o civismo e o culto das tradições históricas;
III - a fé na missão elevada das Forças Armadas;
IV - o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;
V - o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida; e
VI - o aprimoramento técnico-profissional.
SEÇÃO II Da Ética Militar
Art. 28 - O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das Forças
Armadas, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos seguintes preceitos da ética militar:
I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal;
II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes;
V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o
cumprimento da missão comum;
VII - empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
VIII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação;
IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza;
XI - acatar as autoridades civis;
XII - cumprir seus deveres de cidadão;
XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;
XIV - observar as normas da boa educação;
XV - garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar;
XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas;
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
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c) em atividades industriais;
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d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou militares, excetuando-se os
de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
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e) no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja na Administração Pública. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
XIX - zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer os
preceitos da ética militar.
Art. 29 - Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser
sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
§ 1o - Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas organizações militares e nas
repartições públicas civis, de interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
§ 2o - Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o disposto no
presente artigo.
§ 3o - No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos oficiais titulares dos Quadros ou Serviços de
Saúde e de Veterinária o exercício de atividade técnico-profissional no meio civil, desde que tal prática não prejudique o
serviço e não infrinja o disposto neste artigo.
Art. 30 – Os Ministros das Forças Singulares poderão determinar aos militares da ativa da respectiva Força que, no
interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a origem e natureza dos seus bens, sempre que
houver razões que recomendem tal medida.
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SEÇÃO III
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Do Comando e da Subordinação
Art. 34 - Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o militar é investido legalmente quando
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conduz homens ou dirige uma organização militar. O comando é vinculado ao grau hierárquico e constitui uma Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
SEÇÃO I
Conceituação
Art. 42 – A violação das obrigações ou dos deveres militares constituirá crime, contravenção ou transgressão disciplinar,
conforme dispuser a legislação ou regulamentação específica.
§ 1o – A violação dos preceitos da ética militar será tão mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem
a cometer.
§ 2o – No concurso de crime militar e de contravenção ou transgressão disciplinar, quando forem da mesma natureza,
será aplicada somente a pena relativa ao crime.
Art. 43 – A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos, ou a falta de exação no cumprimento dos
mesmos, acarreta para o militar responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, consoante a legislação
específica.
Parágrafo único – A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal poderá concluir pela
incompatibilidade do militar com o cargo, ou pela incapacidade para o exercício das funções militares a ele inerentes.
Art. 44 – O militar que, por sua atuação, se tornar incompatível com o cargo, ou demonstrar incapacidade no exercício de
funções militares a ele inerentes, será afastado do cargo.
§ 1o – São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do exercício da função:
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a) o Presidente da República;
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b) os titulares das respectivas pastas militares e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; e
c) os comandantes, os chefes e os diretores, na conformidade da legislação ou regulamentação específica de cada
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§ 2o – O militar afastado do cargo, nas condições mencionadas neste artigo, ficará privado do exercício de qualquer
função militar até a solução do processo ou das providências legais cabíveis.
Art. 45 – São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter
reivindicatório ou político.
SEÇÃO II
Dos Crimes Militares
Art. 46 – O Código Penal Militar relaciona e classifica os crimes militares, em tempo de paz e em tempo de guerra, e dispõe
sobre a aplicação aos militares das penas correspondentes aos crimes por eles cometidos.
SEÇÃO III
Das Contravenções ou Transgressões Disciplinares
Art. 47 – Os regulamentos disciplinares das Forças Armadas especificarão e classificarão as contravenções ou
transgressões disciplinares e estabelecerão as normas relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à
classificação do comportamento militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares.
§ 1o – As penas disciplinares de impedimento, detenção ou prisão não podem ultrapassar 30 (trinta) dias.
§ 2o – À praça especial aplicam-se, também, as disposições disciplinares previstas no regulamento do estabelecimento
de ensino onde estiver matriculada.
SEÇÃO IV
Dos Conselhos de Justificação e de Disciplina
Art. 48 – O oficial presumivelmente incapaz de permanecer como militar da ativa será, na forma da legislação específica,
submetido a Conselho de Justificação.
§ 1o – O oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificação, poderá ser afastado do exercício de suas funções, a
critério do respectivo Ministro, conforme estabelecido em legislação específica.
§ 2o – Compete ao Superior Tribunal Militar, em tempo de paz, ou a Tribunal Especial, em tempo de guerra, julgar,
em instância única, os processos oriundos dos Conselhos de Justificação, nos casos previstos em lei específica.
§ 3o – A Conselho de Justificação poderá, também, ser submetido o oficial da reserva remunerada ou reformado
presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.
Art. 49 – O Guarda-Marinha, o Aspirante-a-Oficial e as praças com estabilidade assegurada, presumivelmente incapazes
de permanecerem como militares da ativa serão submetidos a Conselho de Disciplina e afastados das atividades que
estiverem exercendo, na forma de regulamentação específica.
§ 1o – O Conselho de Disciplina obedecerá a normas comuns às trêsForças Armadas.
§ 2o – Compete aos Ministros das Forças Singulares julgar, em última instancia, os processos oriundos dos Conselhos
de Disciplina convocados no âmbito das respectivas Forças Armadas.
§ 3o – A Conselho de Disciplina poderá, também, ser submetida a praça na reserva remunerada ou reformada,
presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.
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m) a promoção;
n) a transferência a pedido para a reserva remunerada;
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§ 2º São considerados dependentes do militar, desde que assim declarados por ele na organização militar
competente: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
I - o cônjuge ou o companheiro com quem viva em união estável, na constância do vínculo; (Redação dada
pela Lei nº 13.954, de 2019)
a) menor de 21 (vinte e um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 3º Podem, ainda, ser considerados dependentes do militar, desde que não recebam rendimentos e sejam
declarados por ele na organização militar competente: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
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d) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
I - o filho ou o enteado estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
III - o tutelado ou o curatelado inválido ou menor de 18 (dezoito) anos de idade que viva sob a sua guarda por
decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
Art. 50-A. O Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas é o conjunto integrado de direitos,
serviços e ações, permanentes e interativas, de remuneração, pensão, saúde e assistência, nos termos desta Lei e das
regulamentações específicas. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
Art. 51 - O militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar de superior
hierárquico poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou representação, segundo regulamentação
específica de cada Força Armada.
§ 1o - O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quando o ato que decorra de
inclusão em quota compulsória ou de composição de Quadro de Acesso; e
b) em 45 (quarenta e cinco) dias, nas demais hipóteses. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 2o - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos coletivamente.
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
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Art. 52 - Os militares são alistáveis, como eleitores, desde que oficiais, guardas-marinha ou aspirantes-a-oficial, suboficiais
ou subtenentes, sargentos ou alunos das escolas militares de nível superior para formação de oficiais.
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a) se contar menos de 5 (cinco) anos de serviço, será, ao se candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
SEÇÃO II
Da Remuneração
Art. 53. A remuneração dos militares será estabelecida em legislação específica, comum às Forças Armadas. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001)
I - na ativa; (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
a) soldo, gratificações e indenizações regulares; (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
II - na inatividade: (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
a) proventos, constituídos de soldo os quotas de soldo e gratificações incorporáveis; (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
b) adicionais. (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
Art. 53-A. A remuneração dos militares ativos e inativos é encargo financeiro do Tesouro Nacional. (Incluído pela Lei
nº 13.954, de 2019)
Art. 54 - O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos previstos em lei.
Art. 55 - O valor do soldo é igual para o militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um mesmo grau
hierárquico, ressalvado o disposto no item II do caput do art 50.
Art. 56. Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o militar terá direito a tantas quotas de soldo quantos forem os
anos de serviço computáveis para a inatividade, até o máximo de 35 (trinta e cinco) anos, ressalvado o disposto nas
alíneas “b”, “c” e “d” do inciso II do caput do art. 50 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
Art. 57 - Nos termos do § 9o, do artigo 93 da Constituição, a proibição de acumular proventos de inatividade não se aplica
a militares da reserva remunerada e aos reformados quanto ao exercício de mandato eletivo, quanto ao de função de
magistério ou de cargo em comissão ou quanto ao contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados.
Art. 58 - Os proventos de inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda,
se modificarem os vencimentos dos militares em serviço ativo.
Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em lei, os proventos da inatividade não poderão exceder a remuneração
percebida pelo militar da ativa no posto ou graduação correspondente aos dos seus proventos.
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SEÇÃO III
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Da Promoção
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Art. 59 - O acesso da hierarquia militar, fundamentado principalmente no valor moral e profissional, é seletivo, gradual e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
sucessivo e será feito mediante promoções, de conformidade com a legislação e regulamentação de promoções de oficiais
e de praças, de modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira para os militares.
Parágrafo único - O planejamento da carreira dos oficiais e das praças é atribuição de cada um dos Ministérios das Forças
Singulares.
Art. 60 - As promoções serão efetuadas pelos critérios de antiguidade, merecimento ou escolha, ou, ainda, por bravura
e post mortem.
§ 1o - Em casos extraordinários e independentes de vagas, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição.
§ 2o - A promoção de militar feita em ressarcimento de preterição será efetuada segundo os critérios de antiguidade
ou merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na escala hierárquica, como se houvesse sido promovido, na
época devida, pelo critério em que hora é feita sua promoção.
Art. 61 - A fim de manter a renovação, o equilíbrio e a regularidade de acesso nos diferentes Corpos, Quadros, Armas ou
Serviços, haverá anual e obrigatoriamente um número fixado de vagas à promoção, nas proporções abaixo indicadas:
I - Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos ou
Quadros;
II - Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão e Majores-Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos ou Quadros;
III - Contra-Almirantes, Generais-de-Brigada e Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos ou Quadros;
IV - Capitães-de-Mar-e-Guerra e Coronéis - no mínimo 1/8 (um oitavo) dos respectivos Corpos, Quadros, Armas ou
Serviços;
V - Capitães-de-Fragata e Tenentes-Coronéis - no mínimo 1/15 (um quinze avos) dos respectivos Corpos, Quadros,
Armas ou Serviços;
VI - Capitães-de-Corveta e Majores - no mínimo 1/20 (um vinte avos) dos respectivos Corpos, Quadros, Armas ou
Serviços; e
VII - Oficiais dos 3 (três) últimos postos dos Quadros de que trata a alínea b, do inciso I do artigo 98, 1/4 para o último posto,
no mínimo 1/10 para o penúltimo posto, e no mínimo 1/15 para o antepenúltimo posto, dos respectivos Quadros, exceto
quando o último e o penúltimo postos forem Capitão-Tenente ou Capitão e 1o Tenente, caso em que as proporções serão no
mínimo 1/10 e 1/20 respectivamente. (Redação dada pela Lei no 7.666, de 1988)
§ 1o - O número de vagas para promoção obrigatória em cada ano-base para os postos relativos aos itens IV, V, VI e VII deste
artigo será fixado, para cada Força, em decretos separados, até o dia 15 (quinze) de janeiro do ano seguinte.
§ 2o - As frações que resultarem da aplicação das proporções estabelecidas neste artigo serão adicionadas,
cumulativamente, aos cálculos correspondentes dos anos seguintes, até completar-se pelo menos 1 (um) inteiro que, então,
será computado para obtenção de uma vaga para promoção obrigatória.
§ 3o - As vagas serão consideradas abertas:
a) na data da assinatura do ato que promover, passar para a inatividade, transferir de Corpo ou Quadro, demitir ou agregar
o militar;
b) na data fixada na Lei de Promoções de Oficiais da Ativa das Forças Armadas ou seus regulamentos, em casos neles
indicados; e
c) na data oficial do óbito do militar.
Art. 62 - Não haverá promoção de militar por ocasião de sua transferência para a reserva remunerada ou reforma.
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SEÇÃO IV
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SEÇÃO V
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Das Licenças
Art. 67 - Licença é a autorização para afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida ao militar,
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obedecidas às disposições legais e regulamentares. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
e) em caso de denúncia ou de pronúncia em processo criminal ou indiciação em inquérito militar, a juízo da autoridade
que efetivou a denúncia, a pronúncia ou a indiciação.
§ 2o - A interrupção da licença para tratar de interesse particular e da licença para acompanhar cônjuge ou companheiro(a)
será definitiva quando o militar for reformado ou transferido, de ofício, para a reserva remunerada. (Redação dada pela Lei nº
11.447, de 2007)
§ 3o - A interrupção da licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para cumprimento de pena disciplinar que
importe em restrição da liberdade individual, será regulada em cada Força.
SEÇÃO VI
Da Pensão Militar
Art. 71 - A pensão militar destina-se a amparar os beneficiários do militar falecido ou extraviado e será paga conforme o disposto
em legislação específica.
§ 1o - Para fins de aplicação da legislação específica, será considerado como posto ou graduação do militar o correspondente
ao soldo sobre o qual forem calculadas as suas contribuições.
§ 2o - Todos os militares são contribuintes obrigatórios da pensão militar correspondente ao seu posto ou graduação, com as
exceções previstas em legislação específica.
§ 2º-A. As pensões militares são custeadas com recursos provenientes da contribuição dos militares das Forças
Armadas, de seus pensionistas e do Tesouro Nacional. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 3o - Todo militar é obrigado a fazer sua declaração de beneficiários que, salvo prova em contrário, prevalecerá para a
habilitação dos mesmos à pensão militar.
Art. 72 - A pensão militar defere-se nas prioridades e condições estabelecidas em legislação específica.
TÍTULO III
CAPÍTULO II - Das Prerrogativas
SEÇÃO I- Constituição e Enumeração
Art. 73 - As prerrogativas dos militares são constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas aos graus
hierárquicos e cargos.
Parágrafo único - São prerrogativas dos militares:
a) uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas militares das Forças Armadas, correspondentes ao posto
ou graduação, Corpo, Quadro, Arma, Serviço ou Cargo;
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em leis e regulamentos;
c) cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em organização militar da respectiva Força cujo comandante,
chefe ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou, na impossibilidade de cumprir esta disposição, em
organização militar de outra Força cujo comandante, chefe ou diretor tenha a necessária precedência; e
d) julgamento em foro especial nos crimes militares.
Art. 74 - Somente em caso de flagrante delito o militar poderá ser preso por autoridade policial, ficando esta obrigada a
entregá-lo imediatamente à autoridade militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou posto policial durante o
tempo necessário à lavratura do flagrante.
§ 1o - Cabe à autoridade militar competente a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial pelo não cumprimento
do disposto neste artigo e ainda que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer preso militar ou não lhe der
tratamento devido ao seu posto ou graduação.
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§ 2o - Se durante o processo e julgamento no foro civil houver perigo de vida para qualquer preso militar, a autoridade
militar competente, mediante requisição da autoridade judiciária, mandará guardar os pretórios ou tribunais por força
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federal.
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Art. 75 - Os militares da ativa, no exercício de funções militares, são dispensados do serviço na instituição do Júri e do Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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Complementares nº 117/2004 e nº 136/2010
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Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I - Da Destinação e Atribuições
Art. 1o As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da
lei e da ordem.
Parágrafo único. Sem comprometimento de sua destinação constitucional, cabe também às Forças Armadas o
cumprimento das atribuições subsidiárias explicitadas nesta Lei Complementar.
CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO
Seção I - Das Forças Armadas
Art. 3o As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa, dispondo de estruturas próprias.
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Art. 3o-A. O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, órgão de assessoramento permanente do Ministro de Estado
da Defesa, tem como chefe um oficial-general do último posto, da ativa ou da reserva, indicado pelo Ministro de Estado
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da Defesa e nomeado pelo Presidente da República, e disporá de um comitê, integrado pelos chefes de Estados-Maiores
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das 3 (três) Forças, sob a coordenação do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
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§ 1o Se o oficial-general indicado para o cargo de Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas estiver na
ativa, será transferido para a reserva remunerada quando empossado no cargo.
§ 2o É assegurado ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas o mesmo grau de precedência hierárquica
dos Comandantes e precedência hierárquica sobre os demais oficiais-generais das 3 (três) Forças Armadas.
§ 3o É assegurado ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas todas as prerrogativas, direitos e deveres
do Serviço Ativo, inclusive com a contagem de tempo de serviço, enquanto estiver em exercício.
Art. 4o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem, singularmente, de 1 (um) Comandante, indicado pelo Ministro de
Estado da Defesa e nomeado pelo Presidente da República, o qual, no âmbito de suas atribuições, exercerá a direção e a
gestão da respectiva Força.
Art. 5o Os cargos de Comandante da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são privativos de oficiais-generais do último
posto da respectiva Força.
§ 1o É assegurada aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica precedência hierárquica sobre os
demais oficiais-generais das três Forças Armadas.
§ 2o Se o oficial-general indicado para o cargo de Comandante da sua respectiva Força estiver na ativa, será transferido
para a reserva remunerada, quando empossado no cargo.
§ 3o São asseguradas aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica todas as prerrogativas, direitos e
deveres do Serviço Ativo, inclusive com a contagem de tempo de serviço, enquanto estiverem em exercício.
Art. 6o O Poder Executivo definirá a competência dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para a
criação, a denominação, a localização e a definição das atribuições das organizações integrantes das estruturas das Forças
Armadas.
Art. 7o Compete aos Comandantes das Forças apresentar ao Ministro de Estado da Defesa a Lista de Escolha, elaborada
na forma da lei, para a promoção aos postos de oficiais-generais e propor-lhe os oficiais-generais para a nomeação aos
cargos que lhes são privativos.
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Parágrafo único. O Ministro de Estado da Defesa, acompanhado do Comandante de cada Força, apresentará os nomes
ao Presidente da República, a quem compete promover os oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são
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privativos.
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Art. 8o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem de efetivos de pessoal militar e civil, fixados em lei, e dos meios Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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Art. 12. O orçamento do Ministério da Defesa contemplará as prioridades definidas pela Estratégia Nacional de Defesa,
explicitadas na lei de diretrizes orçamentárias.
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§ 2o A proposta orçamentária das Forças será elaborada em conjunto com o Ministério da Defesa, que a consolidará, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO IV - DO PREPARO
Art. 13. Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças Armadas, cabe aos Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica o preparo de seus órgãos operativos e de apoio, obedecidas as políticas estabelecidas pelo
Ministro da Defesa.
§ 1o O preparo compreende, entre outras, as atividades permanentes de planejamento, organização e articulação,
instrução e adestramento, desenvolvimento de doutrina e pesquisas específicas, inteligência e estruturação das Forças
Armadas, de sua logística e mobilização.
§ 2o No preparo das Forças Armadas para o cumprimento de sua destinação constitucional, poderão ser planejados e
executados exercícios operacionais em áreas públicas, adequadas à natureza das operações, ou em áreas privadas cedidas
para esse fim.
§ 3o O planejamento e a execução dos exercícios operacionais poderão ser realizados com a cooperação dos órgãos de
segurança pública e de órgãos públicos com interesses afins.
Art. 14. O preparo das Forças Armadas é orientado pelos seguintes parâmetros básicos
I - permanente eficiência operacional singular e nas diferentes modalidades de emprego interdependentes;
II - procura da autonomia nacional crescente, mediante contínua nacionalização de seus meios, nela incluídas pesquisa
e desenvolvimento e o fortalecimento da indústria nacional;
III - correta utilização do potencial nacional, mediante mobilização criteriosamente planejada.
CAPÍTULO V - DO EMPREGO
Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da
ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao
Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação:
I - ao Comandante Supremo, por intermédio do Ministro de Estado da Defesa, no caso de Comandos conjuntos,
compostos por meios adjudicados pelas Forças Armadas e, quando necessário, por outros órgãos;
II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, em operações conjuntas, ou por
ocasião da participação brasileira em operações de paz;
III - diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do Ministro de Estado da
Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única Força.
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§ 1o Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou em
atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes do
Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados.
§ 2o A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes
constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados os
instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados
no art. 144 da Constituição Federal.
§ 3o Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da Constituição Federal quando, em
determinado momento, forem eles formalmente reconhecidos pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal ou
Estadual como indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão constitucional.
§ 4o Na hipótese de emprego nas condições previstas no § 3o deste artigo, após mensagem do Presidente da República,
serão ativados os órgãos operacionais das Forças Armadas, que desenvolverão, de forma episódica, em área previamente
estabelecida e por tempo limitado, as ações de caráter preventivo e repressivo necessárias para assegurar o resultado das
operações na garantia da lei e da ordem.
§ 5o Determinado o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, caberá à autoridade competente,
mediante ato formal, transferir o controle operacional dos órgãos de segurança pública necessários ao desenvolvimento
das ações para a autoridade encarregada das operações, a qual deverá constituir um centro de coordenação de operações,
composto por representantes dos órgãos públicos sob seu controle operacional ou com interesses afins.
§ 6o Considera-se controle operacional, para fins de aplicação desta Lei Complementar, o poder conferido à autoridade
encarregada das operações, para atribuir e coordenar missões ou tarefas específicas a serem desempenhadas por efetivos
dos órgãos de segurança pública, obedecidas as suas competências constitucionais ou legais.
§ 7o A atuação do militar nos casos previstos nos arts. 13, 14, 15, 16-A, nos incisos IV e V do art. 17, no inciso III do art.
17-A, nos incisos VI e VII do art. 18, nas atividades de defesa civil a que se refere o art. 16 desta Lei Complementar e no
inciso XIV do art. 23 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), é considerada atividade militar para os fins
do art. 124 da Constituição Federal.
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CAPÍTULO VI
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Art. 16. Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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CAPÍTULO 1 – Conceituação de Forças
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Art. 1-1-1 Armada é a totalidade de navios, meios aéreos e de fuzileiros, destinados ao serviço naval, pertencentes ao
Estado e incorporados à Marinha do Brasil.
Art. 1-1-2 Força é uma parcela da Armada, posta sob Comando único e constituída para fins operativos ou
administrativos.
Art. 1-1-3 Esquadra é o conjunto de Forças e navios soltos, posto sob Comando único, para fins administrativos.
Parágrafo único - O Comandante de Esquadra terá todas as prerrogativas de Comandante de Força e o título de
Comandante-em-Chefe.
Art. 1-1-4 Força Naval é a Força constituída por navios, para fins administrativos.
Parágrafo único - As Forças Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Flotilhas, Divisões, Esquadrões
ou Grupamentos.
Art. 1-1-5 Força Aeronaval é a Força constituída por unidades aéreas ou por navios e unidades aéreas, para fins
administrativos
§ 1º - As Forças Aeronavais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Grupos.
§ 2º - Constituem-se em unidades aéreas os esquadrões de aeronaves.
Art. 1-1-6 Força de Fuzileiros Navais é a Força constituída por unidades de fuzileiros navais, para fins administrativos.
§ 1º - As Forças de Fuzileiros Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Divisões e Tropas.
§ 2º - Constituem-se em unidades de fuzileiros navais os batalhões, os grupos, os grupamentos e as companhias
independentes.
MARINHA DO BRASIL
ESQUADRA
Conjunto de Forças e navios soltos, posto sob Comando único, para fins administrativos.
ADMINISTRATIVO OU
OPERATIVO
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SUBDIVISÃO
Forças Navais (Navios) Flotilhas, Divisões, Esquadrões Navais os navios.
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ou Grupamentos.
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Art. 1-1- 7 Força-Tarefa é uma Força constituída para a condução de operações navais em cumprimento a
determinada missão.
Parágrafo único - As Forças-Tarefa terão a denominação que lhes for dada pela autoridade que ordenar suas
constituições e se subdividirão em Grupos-Tarefa, Unidades-Tarefa e Elementos-Tarefa.
FT GT UT ET FT=GUE
GT UT ET
Art. 1-1-8 Qualquer fração de Força-Tarefa que dela se separar temporariamente para cumprir uma tarefa será
denominada Força Destacada, se não tiver denominação própria.
TÍTULO II - ORGANIZAÇÃO
CAPÍTULO 1 - Disposições Gerais
ORGANIZAÇÕES REGIDOS POR: ELABORADO DE COMPETENCIA
ACORDO COM PARA
NORMAS BAIXADAS APROVAÇÃO
Navios, Unidades ORGANIZAÇÃO DE Pelo EMA CM ou RCB
Aéreas e Unidades COMBATE e Pelo EMA Delegação CM ou
de FN ORGANIZAÇÃO RCB Delegação
ADMINISTRATIVA
OM de Terra Ato de Criação -------- ------------
Regulamento Pelo EMA CM ou RCB
Regimento Interno Delegação
Pelo EMA CM ou RCB
Delegação
Art. 2-1-1 A preparação dos navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais para combate e sua conduta
durante o mesmo serão regidas por uma Organização de Combate.
Art. 2-1-2 As atividades administrativas das forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais serão
regidas por uma Organização Administrativa.
Parágrafo único - A Organização Administrativa dos navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais serão
elaboradas com base nas respectivas Organizações de Combate e deverá atender, na distribuição do pessoal, tanto
quanto possível, a que trabalhem juntos, nas diferentes fainas e tarefas, os que irão trabalhar juntos em combate.
Art. 2-1-3 A Organização Administrativa deverá abordar, entre outros, os seguintes pontos:
a) Distribuição das tarefas por setor da OM e fixação das atribuições dos respectivos encarregados;
b) Distribuição do pessoal por setor da OM;
c) Fixação das incumbências e atribuições das Praças;
d) Distribuição do material;
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e) Distribuição do pessoal pelos diversos serviços e postos (Detalhes de Serviços e Tabelas Mestras);
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Art. 2-1-4 A elaboração das organizações das forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais será
pautada em normas baixadas pelo Estado-Maior da Armada.
Art. 2-1-5 É da competência do Ministro da Marinha, ou das autoridades que tenham recebido expressa delegação
de competência para tal, a aprovação das Organizações de forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros
navais.
Art. 2-1-6 As Organizações Militares (OM) de terra são estruturadas com base em três documentos fundamentais:
Ato de Criação, Regulamento e Regimento Interno.
§ 1o – Ato de Criação é o documento que especifica propósito, a subordinação, a sede, o posto do Comandante e
a constituição de um núcleo de implantação, quando necessário.
§ 2o – Regulamento é o ato administrativo que complementa o Ato de Criação permitindo que, em âmbito geral,
possam ser conhecidas a sua missão, organização, estrutura e outros dados de interesse.
§ 3o – Regimento Interno é o ato administrativo que complementa o Regulamento, ordenando seu detalhamento
e permitindo que, em âmbito interno, sejam disciplinadas todas as atividades rotineiras da OM.
Art. 2-1-7 A elaboração dos Regulamentos e Regimentos Internos das OM de terra será pautada em normas baixadas
pelo Estado-Maior da Armada.
Art. 2-1-8 É da competência do Ministro (Comandante) da Marinha ou das Autoridades que tenham recebido expressa
delegação de competência para tal a aprovação dos Regulamentos e Regimentos Internos das OM de terra.
Art. 2-1-9 O número e a qualificação do pessoal necessário para exercer os diversos cargos nas OM serão fixados em
Tabelas de Lotação aprovadas pelo (Comandante) Ministro da Marinha, ou por autoridade que tenha recebido
expressa delegação de competência para tal.
Parágrafo único - Nos casos em que uma Tabela de Lotação não mais satisfizer às novas exigências do serviço, será
proposta pelo Comandante a alteração da existente.
Art. 2-1-10 As autoridades competentes proverão as OM com pessoal necessário para atender às respectivas lotações.
Art. 2-1-11 Os Oficiais, exceto o Comandante, que servem numa OM constituem a sua Oficialidade.
Parágrafo único - Os Guardas-Marinha também farão parte da Oficialidade, porém com as restrições inerentes à sua
situação de Praças Especiais.
Art. 2-1-12 As Praças que servem numa OM constituem a sua Guarnição.
Art. 2-1-13 A Oficialidade e a Guarnição de uma OM constituem a sua Tripulação.
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a) proceder de acordo com as normas de boa educação civil e militar e com os bons costumes, de modo a honrar
e preservar as tradições da Marinha;
b) respeitar a legislação em vigor, obedecer aos superiores e conhecer e cumprir as normas e instruções da Marinha;
c) empenhar-se em dirigir ou executar as tarefas de que forem incumbidos com o máximo de zelo e dedicação; e
d) empregar os maiores esforços em prol da glória das armas brasileiras e sustentação da honra nacional, mesmo
nas circunstâncias mais difíceis e quaisquer que sejam os perigos a que se possam achar expostos.
Art. 4-1-2 A autoridade de cada um promana do ato de designação para o cargo que tiver que desempenhar; ou da
ordem superior que tiver recebido; começa a ser exercida com a posse nesse cargo ou com o início da execução da
ordem; a autoridade corresponde inteira responsabilidade pelo bom desempenho no cargo ou pela perfeita execução
da ordem.
Parágrafo único - Aplica-se, da mesma forma, o disposto nesse artigo a encargo, incumbência, comissão, serviço ou
atividade militar.
Art. 4-1-3 Todos são individualmente responsáveis, dentro de sua esfera de ação:
a) por negligência, imprevidência, fraqueza ou falta de energia no cumprimento de deveres e no desempenho
de suas atribuições;
b) por imperícia na direção ou execução de fainas, ou no desempenho de atribuições para as quais estejam
legalmente qualificados;
c) por infração à legislação em vigor, às disposições desta Ordenança e às normas e instruções da Marinha;
d) por abuso ou exercício indevido de autoridade; e
e) por prejuízos causados à Fazenda Nacional.
Parágrafo único - Em substituição, por deficiência de pessoal ou inexistência de pessoal legalmente habilitado,
ninguém da Marinha pode negar-se a assumir cargos, mesmo que inerentes a posto ou graduação superior; a
responsabilidade do substituto fica limitada pela habilitação que legalmente tiver.
Art. 4-1-4 Sempre que Oficiais, Praças ou quaisquer militares a serviço da Marinha, ainda que subordinados a
diferentes Comandos, concorrerem acidentalmente a uma mesma faina que exija a cooperação de todos – quer seja
por terem recebido ordem para isso, quer por se acharem reunidos por circunstâncias – o mais antigo, respeitados os
casos especiais estabelecidos nesta Ordenança, assumirá o comando ou a direção da faina que tiverem que executar.
Art. 4-1-5 Cumpre ao superior:
a) manter, em todas as circunstâncias, na plenitude e sua autoridade a disciplina, a boa ordem nas fainas e serviços
e a estrita execução da legislação em vigor, da presente Ordenança e das normas e instruções da Marinha;
b) exigir o respeito e a obediência que lhe são devidos por seus subordinados; e
c) conduzir seus subordinados, estimulando-os, reconhecendo-lhes os méritos, instruindo-os, admoestando-os e
punindo-os ou promovendo sua punição de conformidade com a lei.
Parágrafo único - O superior evitará sempre utilizar-se de palavra ou ato que possa desconceituar seus subordinados,
enfraquecer a consideração que lhes é devida e melindrar seu pundonor militar ou dignidade pessoal.
Art. 4-1-6 O superior é responsável:
a) pelo acerto, oportunidade e conseqüências das ordens que der; e
b) pelas conseqüências da omissão de ordens, nos casos em que for de seu dever providenciar.
Parágrafo único - As ordens devem ser emitidas de forma clara, concisa e precisa.
Art. 4-1-7 Cumpre ao subordinado:
a) respeitar seus superiores e ter para com eles a consideração devida, quer estejam ou não presentes; e
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Parágrafo único – As ordens verbais dadas pelo superior, ou em seu nome, obrigam tanto como se fossem por escrito.
Se tais ordens, por sua importância, puderem envolver grave responsabilidade para o executor, este poderá pedir que
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lhe sejam dadas por escrito, o que não poderá ser recusado. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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Art. 4-1-19 Se pessoa estranha à Marinha cometer crime a bordo, será presa e autuada em flagrante delito, em
seguida, será apresentada à autoridade competente.
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Art. 4-1-20 A continência individual é a saudação devida pelo militar de menor antigüidade, quando uniformizado, a
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bordo ou em terra, aos mais antigos da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e dos países estrangeiros, ainda que em Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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Art. 4-1-33 Se a representação, parte ou requerimento estiver escrito de modo contrário ao que é preceituado nos
artigos anteriores, o Comandante o reterá em seu poder, fazendo ciente ao respectivo autor para que o substitua,
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modificando sua linguagem. Se o autor, dentro de prazo nunca maior de oito dias, não atender ao Comandante, este
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fará pelos canais competentes a remessa à autoridade a quem for dirigido o documento, desde que o mesmo não
contenha insulto, ofensa ou injúria, anexando sua informação e justificando a demora. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Art. 4-1-34 Se a representação, parte ou requerimento, ao ser apresentado, contiver insulto, ofensa ou injúria, o
Comandante não o encaminhará e punirá seu autor; aquele documento somente servirá para o processo que deverá
ser instaurado posteriormente.
Art. 4-1-35 Só o Comandante, ou subordinado por ele autorizado, poderá fazer comunicação verbal ou escrita para
fora de sua unidade, sobre assuntos operativos ou administrativos de sua OM.
Art. 4-1-36 Nenhum militar poderá, a não ser que devidamente autorizado, discutir ou divulgar por qualquer meio
assunto de caráter oficial, exceto os de caráter técnico não sigiloso e que não se refiram à Defesa ou à Segurança
Nacional.
§ 1º – É vedado ao militar manifestar-se publicamente a respeito de assuntos políticos ou tomar parte fardado
em manifestações de caráter político partidário.
§ 2º – Em visitas a portos nacionais ou estrangeiros caberá exclusivamente ao Comandante Mais Antigo Presente
Embarcado (COMAPEM) o estabelecimento dos contatos externos para fins do disposto neste artigo.
Art. 4-1-37 Todas as pessoas, pertencentes ou não à Marinha, que se acharem, ainda que ocasionalmente, a bordo
de uma unidade, independente de seu posto, graduação ou categoria, ficarão sujeitas às normas em vigor nessa
unidade.
Art. 4-1-38 Todas as pessoas estranhas à Marinha que se acharem a bordo por qualquer motivo, por ocasião de
combate ou fainas de emergência, serão obrigadas a ocupar o posto ou local que lhes designar o Comandante do
navio, salvo se forem de antigüidade superior à do Comandante, caso em que só voluntariamente poderão cooperar.
Art. 4-1-39 É vedado aos militares o uso de barba, cavanhaque, costeletas e do corte de cabelo que não sejam os
definidos pelas normas em vigor.
§ 1º – O uso de bigode é permitido aos Oficiais, Suboficiais e Sargentos.
§ 2º – O militar que necessitar encobrir lesão fisionômica poderá usar barba, bigode, cavanhaque ou cabelo fora
das normas em vigor, desde que esteja autorizado pelo seu respectivo Comandante.
§ 3º – O militar que tiver sua fisionomia modificada deverá ser novamente identificado.
Art. 4-4-3 - Deveres de acordo com as graduações - Os deveres das Praças, conforme suas graduações, serão, de modo
geral, os seguintes:
a) os Suboficiais serão auxiliares diretos dos Oficiais em todos os atos de serviços e na execução das fainas que
aqueles dirigirem;
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b) os Sargentos serão auxiliares diretos dos Suboficiais, ou dos Oficiais, conforme a OM em que servirem, em todos
os atos de serviço e na execução das fainas que aqueles auxiliarem ou dirigirem; e
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c) os Cabos e Marinheiros executarão qualquer serviço que contribua para o cumprimento de tarefa atribuída à
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OM a que pertencerem, com responsabilidade pela parte que lhes couber. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Art. 4-4-4 Distribuição por incumbências - As Praças serão distribuídas por incumbências, de acordo com as
habilitações correspondentes às suas graduações e às especialidades, observado o grau de competência que exijam
do executor, para que este seja responsável pela execução da tarefa de que for incumbido.
Art. 4-4-5 Os deveres das Praças relativos às suas incumbências serão fixados nos Regimentos Internos ou nas
Organizações Administrativas e de Combate.
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Parágrafo único – No caso de não haver Comandante da Guarda, suas atribuições serão exercidas pelo Cabo da
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Guarda.
Art. 8-3-5 Ao Cabo da Guarda compete:
a) distribuir as sentinelas pelos postos e transmitirlhes as ordens que tenham que cumprir e assistir à sua
substituição;
b) acudir, prontamente, ao chamado de qualquer das sentinelas e transmitir ao Oficial de Serviço as
comunicações que estas lhe fizerem; e
c) fazer a ronda dos postos das sentinelas, especialmente à noite.
Art. 8-3-6 A sentinela é responsável e inviolável, segundo as prerrogativas que a Lei lhe confere, sendo punido com
severidade quem atentar contra sua autoridade e integridade.
Art. 8-3-7 No exercício de seu serviço, deve a sentinela portar-se com zelo, serenidade e energia compatível com a
autoridade que lhe é atribuída.
Art. 8-3-8 Os deveres, o número de sentinelas e seus respectivos postos serão regulados pelo Regimento Interno ou
Organização Administrativa da OM.
Art. 8-3-9 As sentinelas não podem abandonar seus postos sem terem sido rendidas na presença do Cabo da
Guarda.
Art. 8-3-10 O serviço de Guarda será de vinte e quatro horas; o de sentinela será de duas horas, ficando reduzido
de uma hora se a temperatura ou condições de tempo forem severas, não devendo uma mesma praça fazer mais de
oito horas de serviço dentro das vinte e quatro horas.
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CAPÍTULO 1- Do Propósito
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Art. 1º O RDM tem por propósito a especificação e a classificação das contravenções disciplinares e o
estabelecimento das normas relativas à amplitude e à aplicação das penas disciplinares, à classificação do
comportamento militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares.
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9. aconselhar ou concorrer para o não cumprimento de qualquer ordem de autoridade competente ou para o
retardamento da sua execução;
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11. deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele recebida; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
12. retirar-se da presença de superior sem a sua devida licença ou ordem para fazê-lo;
13. deixar o oficial presente a solenidade interna ou externa onde se encontrem superiores hierárquicos de
apresentar-se ao mais antigo e saudar os demais;
14. deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu lugar ao superior, ressalvadas as exceções regulamentares previstas;
15. representar contra o superior:
a) sem prévia autorização deste;
b) em inobservância à via hierárquica;
c) em termos desrespeitosos; e
d) empregando argumentos falsos ou envolvendo má fé.
16. deixar de se apresentar, finda a licença ou cumprimento de pena, aos seus superiores ou a quem deva fazê-lo,
de acordo com as normas de serviço de Organização Militar;
17. permutar serviço sem autorização do superior competente;
18. autorizar, promover, tomar parte ou assinar representação ou manifestação coletiva de qualquer caráter contra superior;
19. recusar pagamento, fardamento, equipamento ou artigo de recebimento obrigatório;
20. recusar-se ao cumprimento de castigo imposto;
21. tratar subalterno com injustiça
22. dirigir-se ou referir-se a subalterno em termos incompatíveis com a disciplina militar
23. tratar com excessivo rigor preso sob sua guarda;
24. negar licença a subalterno para representar contra ato seu;
25. protelar licença, sem motivo justificável, a subalterno para representar contra ato seu;
26. negar licença, sem motivo justificável, a subalterno para se dirigir a autoridade superior, a fim de tratar dos seus interesses;
27. deixar de punir o subalterno que cometer contravenção, ou de promover sua punição pela autoridade competente;
28. deixar de cumprir ou fazer cumprir, quando isso lhe competir, qualquer prescrição ou ordem regulamentar;
29. ofender física ou moralmente qualquer pessoa, procurar desacreditá-la ou concorrer para isso, desde que não
seja tal atitude enquadrada como crime;
30. desrespeitar medidas gerais de ordem policial, embaraçar sua execução ou concorrer para isso;
31. desrespeitar ou desconsiderar autoridade civil;
32. desrespeitar, por palavras ou atos, a religião, as instituições ou os costumes de país estrangeiro em que se achar;
33. faltar à verdade ou omitir informações que possam conduzir à sua apuração;
34. portar-se sem compostura em lugar público;
35. apresentar-se em Organização Militar em estado de embriaguez ou embriagar-se e comportar-se de modo
inconveniente ou incompatível com a disciplina militar em Organização Militar;
36. contrair dívidas ou assumir compromissos superiores às suas possibilidades, comprometendo o bom nome da classe;
37. esquivar-se a satisfazer compromissos assumidos de ordem moral ou pecuniária;
38. não atender a advertência de superior para satisfazer débito já reclamado;
39. participar em Organização Militar de jogos proibidos, ou jogar a dinheiro os permitidos;
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43. ter a barba, bigode, as costeletas, o cavanhaque ou o cabelo fora das normas regulamentares; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
44. dar, vender, empenhar ou trocar peças de uniformes fornecidas pela União;
45. simular doença;
46. executar intencionalmente mal qualquer serviço ou exercício;
47. ser negligente no desempenho da incumbência ou serviço que lhe for confiado;
48. extraviar ou concorrer para que se extraviem ou se estraguem quaisquer objetos da Fazenda Nacional ou documentos
oficiais, que estejam sob sua responsabilidade direta;
49. deixar de comparecer ou atender imediatamente à chamada para qualquer exercício, faina, manobra ou formatura;
50. deixar de se apresentar, sem motivo justificado, nos prazos regulamentares, à OM para que tenha sido transferido e, às
autoridades competentes, nos casos de comissões ou serviços extraordinários para que tenha sido nomeado ou designado;
51. deixar de participar em tempo à autoridade a que estiver diretamente subordinado a impossibilidade de comparecer à
Organização Militar ou a qualquer ato de serviço a que esteja obrigado a participar ou a que tenha que assistir;
52. faltar ou chegar atrasado, sem justo motivo, a qualquer ato ou serviço de que deva participar ou a que deva assistir;
53. ausentar-se sem a devida autorização da OM onde serve ou do local onde deva permanecer;
54. ausentar-se sem a devida autorização da sede da OM onde serve;
55. deixar de regressar à hora determinada à OM onde serve;
56. exceder licença;
57. deixar de comunicar à OM onde serve mudança de endereço domiciliar;
58. contrair matrimônio em desacordo com a legislação em vigor;
59. deixar de se identificar quando solicitado por quem de direito;
60. transitar sem Ter em seu poder documento atualizado comprobatório de identidade;
61. trajar à paisana em condições que não as permitidas pelas disposições em vigor;
62. permanecer em OM em traje civil, contrariando instruções em vigor;
63. conversar com sentinela, vigia, plantão ou, quando não autorizado, com preso;
64. conversar, sentar-se ou fumar, estando de serviço e quando não for permitido pelas normas e disposições da OM
65. fumar em lugar onde seja proibido fazê-lo, em ocasião não permitida, ou em presença de superior que não seja do seu
círculo, exceto quando dele tenha obtido licença;
66. penetrar nos aposentos de superior, em paióis e outros lugares reservados, sem a devida permissão ou ordem
para fazê-lo;
67. entra ou sair da OM por acesso que não o determinado;
68. introduzir clandestinamente bebidas alcoólicas em OM;
69. introduzir clandestinamente matérias inflamáveis, explosivas, tóxicas ou outras em OM, pondo em risco a segurança, e
desde que não seja tal atitude enquadrada como crime;
70. introduzir ou estar de posse em OM de publicações prejudiciais à moral e à disciplina;
71. introduzir ou estar de posse em OM de armas ou instrumentos proibidos;
72. portar arma sem autorização legal ou ordem escrita de autoridade competente;
73. dar toques, fazer sinais, içar ou arriar a Bandeira Nacional ou insígnias, disparar qualquer arma se ordem;
74. conversar ou fazer ruído desnecessário por ocasião da faina, manobra, exercício ou reunião para qualquer serviço;
75. deixar de comunicar em tempo hábil ao seu superior imediato ou a quem de direito o conhecimento que tiver de qualquer
fato que possa comprometer a disciplina ou a segurança da OM, ou afetar os interesses da Segurança Nacional;
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76. ser discreto em relação a assuntos de caráter oficial, cuja divulgação possa ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem do
serviço;
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77. discutir pela imprensa ou por qualquer outro meio de publicidade, sem autorização competente, assunto militar, exceto de
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caráter técnico não sigiloso e que não se refira à Defesa ou à Segurança Nacional;
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78. manifestar-se publicamente a respeito de assuntos políticos ou tomar parte fardado em manifestações de caráter político-
partidário;
79. provocar ou tomar parte em OM em discussão a respeito de política ou religião;
80. faltar com o respeito devido, por ação ou omissão, a qualquer dos símbolos nacionais, desde que em situação não considerada
como crime;
81. fazer uso indevido de viaturas, embarcações ou aeronaves pertencentes à Marinha, desde que o ato não constitua crime;
82. disparar arma em OM por imprudência ou negligência;
83. concorrer para a discórdia ou desarmonia ou cultivar inimizades entre os militares ou seus familiares; e
84. disseminar boatos ou notícias tendenciosas.
Parágrafo único – são também consideradas contravenções disciplinares todas as omissões do dever militar não especificadas
no presente artigo, desde de que não qualificadas como crime nas leis penais militares, cometidas contra preceitos da
subordinação e regras de serviço estabelecidos nos diversos regulamentos militares e determinações das autoridades superiores
competentes.
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Art.14- As penas disciplinares são as seguintes:
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Prisão Rigorosa até 10 dias SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM
Prisão Simples até 10 dias SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM
Exclusão do SAM a Bem
NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM
da Disciplina
Licenciamento do SAM a
NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM
Bem da Disciplina
Impedimento até 30 dias NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM
Serviço extra até 10 dias NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM
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Parágrafo Único – Às praças da reserva ou reformadas aplicam-se as mesmas penas estabelecidas neste artigo, de acordo
com a respectiva graduação.
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Art. 15 – Não será considerada como pena a admoestação que o superior fizer ao subalterno, mostrando-lhe
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irregularidade praticada no serviço ou chamando sua atenção para fato que possa trazer como conseqüência uma Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
contravenção.
Art. 16 – Não será considerado como pena o recolhimento em compartimento fechado, com ou sem sentinela, bem
como a aplicação de camisa de força, algemas ou outro meio de coerção física de quem for atacado de loucura ou
excitação violenta.
Art. 17 – Por uma única contravenção não pode ser aplicada mais de uma punição.
Art. 18 – A punição disciplinar não exime o punido da responsabilidade civil que lhe couber.
c) nos casos em que a Direção ou Chefia de Estabelecimento ou Repartição for exercida por servidor civil :
- o oficial mais antigo da ativa da OM
§ 1º - Os Almirantes poderão delegar esta competência, no todo ou em parte, a Oficiais subordinados.
§ 2º - Os Comandantes de Força observarão a Competência preconizada na OGSA.
§ 3º - A pena de licenciamento e exclusão do Serviço Ativo da Marinha, será imposta pelo MM ou por autoridade
que dele tenha recebido delegação de Competência.
§4º - a pena de Licenciamento do SAM “ex-officio”, a bem da disciplina, será aplicada às Praças prestando
serviço militar inicial pelo Comandante de DN ou de Comando Naval onde ocorreu a incorporação, de acordo com o
Regulamento da Lei do Serviço Militar.
§5º - A pena de dispensa das funções de atividade será imposta privativamente pelo CM.
§6º - Os Comandantes dos DN ou Comando Naval têm competência, ainda, para aplicar punição aos militares
da reserva remunerada ou reformados que residem ou exerce atividade na área de jurisdição do respectivo
comando, respeitada a precedência hierárquica.
Art. 20 – Quando duas autoridades, ambas com jurisdição disciplinar sobre o contraventor, tiverem conhecimento
da falta caberá o julgamento à autoridade mais antiga ou à mais moderna, se o seu superior assim o determinar.
Parágrafo Único – A autoridade mais moderna deverá manter o mais antigo informado a respeito da falta, dos
esclarecimentos que se fizerem necessários, bem como, quando julgar a falta, participar a pena imposta e os motivos
que orientaram sua disposição.
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CAPÍTULO 3 - Do Cumprimento
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PUNIÇAO RESUMO DE CUMPRIMENTO DAS PENAS
DISCIPLINARES
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Art. 22 – A pena de impedimento obriga o contraventor a permanecer na OM, sem prejuízo de qualquer serviço que
lhe competir.
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Art. 23 – A pena de serviço extraordinário consistira no desempenho pelo contraventor de qualquer serviço interno,
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inclusive faina em dias e horas em que não lhe competir este serviço. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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b) para Sargentos e demais Praças: mediante lançamento nos respectivos livros de Registro de Contravenções,
onde constará o histórico da falta, seu enquadramento neste Regulamento, as circunstâncias atenuantes ou
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Art. 29- Quando o contraventor houver cometido contravenções simultâneas mas não correlatas, ser-lhe-ão Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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CAPÍTULO 7
Da Anulação, Atenuação, Agravamento, Relevamento e Cancelamento
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Art. 40 - Todo superior que tiver conhecimento, direto ou indireto, de contravenção cometida por qualquer
subalterno, deverá dar parte escrita do fato à autoridade sob cujas ordens estiver, a fim de que esta puna ou remeta
a parte à autoridade sob cujas ordens estiver o contraventor, para o mesmo fim.
Parágrafo único - Servindo superior e subalterno na mesma Organização Militar e sendo o subalterno Praça de
graduação inferior a Suboficial, será efetuado o lançamento da parte no Livro de Registro de Contravenções
Disciplinares.
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Art. 41 - O superior deverá também dar voz de prisão imediata ao contraventor e fazê-lo recolher-se à sua Organização
Militar quando a contravenção ou suas circunstâncias assim o exigirem, a bem da ordem pública, da disciplina ou da
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regularidade do serviço.
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Parágrafo único - Essa voz de prisão será dada em nome da autoridade a que o contraventor estiver diretamente Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
subordinado, ou, quando esta for menos graduada ou antiga do que quem dá a voz, em nome da que se lhe seguir em
escala ascendente. Caso o contraventor se recuse a declarar a Organização Militar em que serve, a voz de prisão será
dada em nome do Comandante do Distrito Naval ou do Comando Naval em cuja jurisdição ocorrer a prisão.
Art. 42 - O superior que houver agido de acordo com os artigos 40 e 41 terá cumprido seu dever e resguardada sua
responsabilidade. A solução que for dada à sua parte pela autoridade superior é de inteira e exclusiva responsabilidade
desta, devendo ser adotada dentro dos prazos previstos neste Regulamento e comunicada ao autor da parte.
Parágrafo único - A quem deu parte assiste o direito de pedir à respectiva autoridade, dentro de oito dias úteis, pelos
meios legais, a reconsideração da solução, se julgar que esta deprime sua pessoa ou a dignidade de seu posto, não
podendo o pedido ficar sem despacho. Para tanto, a autoridade que aplicar a pena disciplinar deverá comunicar ao
autor da parte a punição efetivamente imposta e o enquadramento neste Regulamento, com as circunstâncias
atenuantes ou agravantes que envolveram o ato do contraventor.
Art. 43 - O subalterno preso nas condições do artigo 41 só poderá ser solto por determinação da autoridade a cuja
ordem foi feita a prisão, ou de autoridade superior a ela.
Art. 44 - Esta prisão, de caráter preventivo, será cumprida como determina o artigo 24.
Art. 45 - Àquele a quem for imposta pena disciplinar será facultado solicitar reconsideração da punição à autoridade
que a aplicou, devendo esta apreciar e decidir sobre a mesma dentro de oito dias úteis, contados do recebimento do
pedido.
Art. 46 - Aquele a quem for imposta pena disciplinar poderá, verbalmente ou por escrito, por via hierárquica e em
termos respeitosos, recorrer à autoridade superior à que a impôs, pedindo sua anulação ou modificação, com prévia
licença da mesma autoridade.
§ 1o - O recurso deve ser interposto após o cumprimento da pena e dentro do prazo de oito dias úteis.
§ 2o - Da solução de um recurso só cabe a interposição de novos recursos às autoridades superiores, até o Ministro
da Marinha.
§ 3o - Contra decisão do Ministro da Marinha, o único recurso admissível é o pedido de reconsideração a essa
mesma autoridade.
§ 4o - Quando a punição disciplinar tiver sido imposta pelo Ministro da Marinha, caberá interposição de recurso ao
Presidente da República, nos termos definidos no presente artigo.
Art. 47 - O recurso deve ser remetido à autoridade a quem dirigido, dentro do prazo de oito dias úteis, devidamente
informado pela autoridade que tiver imposto a pena.
Art. 48 - A autoridade a quem for dirigido o recurso deve conhecer do mesmo sem demora, procedendo ou mandando
proceder às averiguações necessárias para resolver a questão com justiça.
Parágrafo único - No caso de delegação, para proceder a estas averiguações será nomeado um Oficial de posto superior
ao do recorrente.
Art. 49 - Se o recurso for julgado inteiramente procedente, a punição será anulada e cancelado tudo quanto a ela se
referir; se apenas em parte, será modificada a pena.
Parágrafo único - Se o recurso fizer referência somente aos termos em que foi aplicada a punição e parecer à
autoridade que os mesmos devem ser modificados, ordenará que isso se faça, indicando a nova forma a ser usada.
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Art. 50 Aos Guardas-Marinha, Aspirantes, Alunos do Colégio Naval e Aprendizes-Marinheiros serão aplicados, quando
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na Escola Naval, Colégio Naval ou nas Escolas de Aprendizes, as penas estabelecidas nos respectivos regulamentos, e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
mais as escolares previstas para faltas de aproveitamento; quando embarcados, as que este Regulamento determina
para Oficiais e Praças, conforme o caso.
Art. 51 O militar sob prisão rigorosa fica inibido de ordenar serviços aos seus subalternos ou subordinados, mas não
perde o direito de precedência às honras e prerrogativas inerentes ao seu posto ou graduação.
Art. 52 Os Comandantes de Organizações Militares farão com que seus respectivos médicos ou requisitados para tal
visitem com freqüência os locais destinados a prisão fechada, a fim de proporem, por escrito, medidas que resguardem
a saúde dos presos e higiene dos mesmos locais.
Art. 53 Os artigos deste Regulamento que definem as contravenções e estabelecem as penas disciplinares devem ser
periodicamente lidos e explicados à guarnição.
Art. 54 A Jurisdição disciplinar, quando erroneamente aplicada, não impede nem restringe a ação judicial militar.
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CGCFN-201
(1ª Edição – 12 de maio de 2020 – referência “e”)
2 . MANUAL DO
FUZILEIRO NAVAL
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1.1 - ANTECEDENTES
A Brigada Real da Marinha foi criada em Lisboa a 28 de agosto de 1797 por alvará de D. Maria I, e suas raízes
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remontam a 1618, data de criação do Terço da Armada da Coroa de Portugal, primeiro corpo militar constituído em
caráter permanente naquele país.
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) originou-se dessa brigada, cujos componentes aportaram no Rio de Janeiro
a 7 de março de 1808, guarnecendo as naus utilizadas pela Família Real e a Corte Portuguesa, para transmigrar para o
Brasil em decorrência das Guerras Napoleônicas.
No Brasil, a Brigada Real da Marinha ocupou a Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, em 21 de março de
1809, por determinação do Ministro da Marinha D. João Rodrigues de Sá e Menezes - Conde de Anadia.
Ao longo de sua existência, o CFN recebeu várias denominações, podendo sua história ser dividida em três fases
principais, de acordo com as características básicas de sua atuação:
- de 1808 a 1847, atuando como Artilharia da Marinha;
- de 1847 a 1932, atuando como Infantaria da Marinha; e
- a partir de 1932, sendo empregado como uma combinação de tropas de variadas características.
Em todas essas fases, o exercício de atividades de guarda e segurança de instalações navais ou de interesse da
Marinha tem sido constante. Na fase recente, a capacitação para a realização de desembarques nas Operações
Anfíbias (OpAnf), de acordo com o conceito atual, tem definido a atuação do CFN.
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Vale destacar que, na campanha contra Aguirre, os FN desempenharam papel relevante na tomada da Praça Forte
Paissandu, quando o 2o Sargento Francisco Borges de Souza se destacou por seu heroísmo e destemor. Esse episódio
ficou conhecido entre os combatentes pelo nome de “Tomada do Forte Sebastopol”.
Por sua vez, o Batalhão Naval participou com todo seu efetivo na longa e cruenta Guerra da Tríplice Aliança (1864).
Das 1845 praças que constituíam o efetivo do Batalhão Naval à época, 1428 estavam embarcadas nas unidades navais
em operações no Prata, sendo 585 artilheiros e 843 fuzileiros.
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Deve ser destacada uma série de fatos ocorridos em relativo curto espaço de tempo que permitiram esta
evolução:
- a expansão da Marinha;
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- o aprimoramento técnico-profissional dos oficiais por meio de cursos, estágios e visitas ao exterior;
- a criação do Campo da Ilha do Governador e, nele, o Centro de Instrução (hoje Centro de Instrução Almirante Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Sylvio de Camargo) e a Companhia Escola (hoje Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves, localizado no
Campo de Guandu do Sapê, no subúrbio carioca de Campo Grande, RJ); e
- a obtenção de áreas para adestramento e a construção de aquartelamentos.
Nesta fase, o CFN, como um todo ou em parte, atuou em acontecimentos relevantes da história do Brasil, a
saber:
- posição legalista nas Revoluções Constitucionalista (1932) e Integralista (1938);
- Segunda Guerra Mundial com destacamentos embarcados, Companhias Regionais nos portos de onde nossas
forças navais participavam do conflito e destacamento na Ilha da Trindade; e
- posição democrática na Revolução de 1964.
Por ocasião do conflito entre a Índia e o Paquistão, em 1965, o Brasil, como membro da Organização das Nações
Unidas (ONU), enviou observadores militares com uma representação do CFN, o mesmo ocorrendo na luta deflagrada
entre Honduras e El Salvador.
Nas operações levadas a efeito pela Organização dos Estados Americanos (OEA) na República Dominicana, o CFN
enviou um Grupamento Operativo (GptOp) integrando o Destacamento Brasileiro da Força Interamericana de Paz
(FAIBRAS), um dos componentes da Força Interamericana de Paz (FIP). De março de 1965 a setembro de 1966, esse
GptOp foi revezado três vezes, cumprindo as tarefas recebidas com exemplar disciplina e eficiência técnico-
profissional.
Nos últimos anos e em atendimento às solicitações da ONU, o Brasil tem enviado militares de suas forças armadas
(FA) para várias regiões em conflito no mundo. O CFN, como uma tropa de elite, tem participado ativamente dessas
Missões de Paz, com observadores militares ou mesmo tropa. Desta forma, os FN do Brasil já marcaram presença em
El Salvador; em Honduras; na antiga Iugoslávia; em Moçambique; em Ruanda; em Angola; no Equador; no Peru e no
Haiti. O elevado grau de profissionalismo dos seus militares, aliado à disciplina, é fator fundamental para o êxito nesses
tipos de operações e tem contribuído para que o Brasil, cada vez mais, seja um membro atuante na nova ordem
internacional.
Também, no âmbito interno, por diversas vezes o CFN teve atuação destacada no restabelecimento da ordem,
juntamente com a participação das demais forças singulares.
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CAPÍTULO 2
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TRADIÇÕES NAVAIS
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2.1 - GENERALIDADES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
O presente capítulo aborda as tradições navais e a sua linguagem, sem pretensão de esgotar o assunto, mas tão-
somente disseminar conhecimentos iniciais àqueles que começam, como fuzileiro naval, a vida de bordo, em qualquer
Organização Militar (OM) da Marinha do Brasil (MB). Todos os militares, quer a bordo, quer em terra, em serviço ou
não, devem proceder de acordo as normas de boa educação civil e militar e com os bons costumes, de modo a honrar
e preservar as tradições da Marinha.
I) Casco
É o corpo do navio sem levar em consideração os mastros, aparelhos e outros acessórios. Não possui uma forma
geométrica única, sendo sua principal característica ter um plano de simetria (plano diametral), que se imagina passar
pelo eixo da quilha, dividindo-o, verticalmente, em duas partes no sentido do comprimento.
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Fig 2.1 -
Vista de uma seção do casco de um navio
II) Quilha
É a peça estrutural básica do casco do navio, disposta na parte mais baixa do seu plano diamentral, em quase
todo o seu comprimento. É considerada a "espinha dorsal" do navio.
III) Cavernas
São assim chamadas as peças curvas que se fixam transversalmente à quilha do navio e que servem para dar
forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior.
IV) Costado
É a parte do forro exterior do casco situada entre a borda e a linha de flutuação a plena carga.
V) Anteparas
São as separações verticais que subdividem, em compartimentos, o espaço interno do casco, em cada pavimento.
Fig
2.2 -
As
partes
mais
importantes do navio
VI) Proa
É a extremidade dianteira ou anterior do navio.
VII) Popa
É a extremidade posterior do navio.
VIII) Bordos
São as duas partes simétricas em que o casco é dividido pelo plano diametral. Boreste (BE) é a parte à direita, e bombordo
(BB) à esquerda, supondo-se o observador situado no plano diametral e olhando para a proa.
IX) Convés
É a denominação atribuída aos pavimentos com que o navio é dividido no sentido da altura. O primeiro pavimento
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contínuo de proa a popa, contando de cima para baixo, que é descoberto em todo ou em parte, tem o nome de convés
principal. Abaixo do convés principal, os conveses são designados da seguinte maneira: segundo convés, terceiro convés,
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etc. Eles também podem ser chamados de cobertas. Um convés parcial, acima do principal, é chamado convés da Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
superestrutura.
XI) Superestrutura
É a construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou não de um bordo a outro, e cuja cobertura é, em
geral, ainda, um convés.
XIII) Tombadilho
É a superestrutura na parte extrema da popa.
XV) Porão
É o espaço entre o convés mais baixo e o fundo do navio. Nos navios transporte, ele é, também, o compartimento
estanque onde se acondiciona a carga.
XVI) Bailéu
É um pavimento parcial abaixo do último pavimento contínuo, isto é, no espaço do porão. Nele fazem-se paióis
ou outros compartimentos semelhantes. É, também, uma expressão naval utilizada para designar a prisão a bordo.
Essa acepção decorre do fato de, na Marinha antiga, tais prisões ficarem situadas no bailéu dos navios.
XVII) Portaló
É a abertura feita na borda ou passagens nas balaustradas, por onde o pessoal entra e sai do navio, ou por onde
passa a carga leve. Há um portaló de BB e um de BE, sendo esse último considerado o portaló de honra dos navios de
guerra.
IV) No convés
Diz-se que algo se encontra no convés quando está em um convés descoberto.
É talvez a palavra mais usual na Marinha. Serve para tudo que está correndo bem ou que faz correr as coisas bem:
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“oficial safo”, “marinheiro safo”. “A faina está safa”. “Consegui safar o navio do banco de areia”. “A entrada é safa,
pode demandar: não há obstáculos”. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
b) Onça
Também de grande uso. É dificuldade: “onça de dinheiro”, “onça de sobressalente”. Estar na onça é estar em
apuros. “A onça está solta”, quer dizer que tudo está ruim a bordo, tudo de ruim acontece. Vem a expressão de uma
velha história de uma onça de circo solta a bordo.
c) Safa-onça
É a combinação das duas expressões anteriores. Significa salvação. “safa-onça” é tudo que soluciona uma
emergência. “Safei a onça agarrando uma táboa que flutuava”. “O meu safa-onça foi um pedaço de queijo, que ainda
restava no barco; do contrário, morreria de fome”. “Este livro é o safa-onça de inglês”.
d) Pegar
É o contrário de estar safo. Significa entravar, não conseguir andar direito. “Tenente, o rancho está pegando, não
chegou a carne”. “Este Mestre D’armas não serve; com ele tudo pega”. “Comandante, não pude chegar a tempo, a
lancha pegou bem no meio da baía”.
Parece que a expressão vem de pegar tempo ou seja pegar mau tempo. “Aquele fuzileiro não conseguiu safar-se
para a parada: pegou tempo para arranjar um gorro de fita novo”.
e) Caverna mestra
Oficial ou praça que, por achar-se há muito tempo no navio e ser dedicado às coisas de bordo, torna-se profundo
conhecedor dos problemas e peculiaridades do mesmo.
g) Cochar
Proteger; cuidar com preferência de (alguém); proporcionar as melhores situações. A Cocha é o empenho ou a
recomendação de pessoa importante. É também a pessoa que faz esse empenho ou recomendação. Cochado, por sua
vez, é o protegido, recomendado.
h) Voga
Ritmo ou regime imprimido a uma atividade ou trabalho. Voga picada significa uma voga puxada, com ritmo
acelerado.
i) Arvorar - Desistir de uma empreitada. Suspender a execução de uma atividade determinada anteriormente.
CAPÍTULO 3
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3.1 - HIERARQUIA E DISCIPLINA Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
A hierarquia e a disciplina são a base institucional das forças armadas. A autoridade e a responsabilidade crescem
com o grau hierárquico.
A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das forças armadas.
A ordenação se faz por posto ou graduação; dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antigüidade no
posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência de
autoridade.
Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre os militares da
ativa, da reserva remunerada e reformados.
Quando se fala de disciplina no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), não se quer referir aos regulamentos, às
punições ou a uma condição de subserviência. O que se quer dizer é a exata execução das ordens, decorrente de uma
obediência inteligente e voluntária, e não de uma disciplina baseada somente no temor.
A punição de militares por quebra da disciplina é as vezes necessária, mas apenas para corrigir os rumos daqueles
que ainda não foram capazes de fazer parte de uma equipe.
A disciplina é necessária a fim de assegurar a correta execução das ações ordenadas, as quais serão de grande
importância, principalmente nas situações de combate. O fuzileiro naval (FN) precisa ser capaz de reconhecer e
enfrentar o medo por ser este o inimigo da disciplina em determinadas situações. O medo não controlado transformar-
se-á em pânico, e a unidade que entrar em pânico não será mais uma unidade disciplinada e sim uma turba. Não há
pessoa sã que não sinta medo, mas com disciplina e moral elevado, todos podem enfrentar o perigo.
Um FN aprende a ser disciplinado adquirindo um senso de obrigação para com ele próprio, com seus
companheiros, com seu comandante e com o CFN. Ele aprende que é membro de uma equipe organizada, treinada e
equipada com o propósito de engajar e derrotar o inimigo. A meta final da disciplina militar é a eficiência em combate,
a fim de garantir que uma unidade lute corretamente, conquiste seus objetivos, cumpra a missão recebida e auxilie
outras unidades na execução de suas tarefas.
Um Comandante é investido da mais alto grau de autoridade, que se estende, inclusive, aos assuntos que dizem
respeito aos indivíduos que estejam sob suas ordens. Incluem-se nesse caso, a preocupação com a alimentação, o
cuidado e o modo de usar os uniformes, os hábitos de higiene, as condições de saúde e os fatores morais, todos
afetando direta ou indiretamente as vidas de cada um.
É importante que o FN obedeça prontamente às ordens de seu Comandante, o qual é particularmente interessado
no bem-estar dos homens sob seu comando. Desenvolvendo o hábito da pronta obediência a todas as ordens, o FN
alcançará a disciplina individual e da unidade.
Será demasiadamente tarde adquirir disciplina no campo de batalha. É preciso que ela seja conseguida em tempo
de paz nas atividades diárias. Um FN treina com seus companheiros de modo que, como uma equipe, consigam
cumprir tarefas com variados graus de dificuldade e possam se orgulhar de seus atos. O FN deve se comportar como
um representante de uma tradicional e gloriosa instituição e não como um indivíduo isolado.
Quando um FN que está fumando ou conduzindo pequeno embrulho com a mão direita encontra um superior,
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passa para a mão esquerda o cigarro ou o embrulho e faz-lhe a continência regulamentar.
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Se o FN encontrar um superior numa escada cede-lhe o melhor lugar e saúda-o fazendo alto, com a frente voltada
para ele.
Todo FN deve se levantar sempre que passar uma tropa nas proximidades de onde se encontra; caso esteja
andando, deverá parar, voltando a frente para essa tropa.
No quartel, navio ou outro estabelecimento militar, a praça, diariamente, faz Alto para a continência ao
Comandante na primeira oportunidade que o encontrar. Das outras vezes, gira a cabeça com vigor, encarando-o. Fora
dessas dependências, cumprimenta o superior sempre que encontrá-lo.
Quando um militar entra em um estabelecimento público, percorre com o olhar o recinto para verificar se há
algum superior presente; se houver, o militar, do lugar onde está, faz-lhe a continência.
O FN que entrar em um quartel ou navio deverá prestar continência à Bandeira Nacional, se estiver hasteada, e
apresentar-se imediatamente ao oficial-de-serviço.
Quando dois militares se locomovem juntos, o mais moderno dá a direita ao mais antigo. Numa calçada, o mais
moderno deslocar-se-á deixando o lado interno da calçada para o deslocamento do mais antigo.
Em embarcações ou viaturas, o embarque é feito do mais moderno para o mais antigo. Por ocasião do
desembarque, os militares saem em ordem decrescente de antigüidade.
Os lugares de honra deverão ser reservados aos mais antigos.
CAPÍTULO 6
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DIREITO DA GUERRA
6.1 - GENERALIDADES
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A História registra que a disciplina e o moral contribuíram para inúmeras vitórias militares. Tais virtudes são Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
desenvolvidas por uma série de atitudes, dentre as quais ressalta a observância das normas que regulam os conflitos
armados, no que concerne ao comportamento individual de cada combatente diante das Leis da Guerra.
As Convenções de Genebra e de Haia estabeleceram essas normas, que passaram, com o peso de lei, a
fundamentar o Direito Internacional Humanitário, no campo dos conflitos armados. De um modo geral, pode-se dizer
que essas leis têm por finalidade proteger os combatentes fora de combate e as pessoas que não participam das
hostilidades, bem como as pessoas encarregadas de prestar auxílio às vítimas, ou seja, integrantes devidamente
autorizados dos serviços de saúde e religiosos, sejam esses militares ou civis, e da Cruz Vermelha.
O Brasil ratificou as convenções e aderiu aos seus protocolos adicionais, o que, em outras palavras, significa que
se comprometeu a respeitar e fazer respeitar, em todas as circunstâncias, as normas estabelecidas.
É dever, pois, de todo o fuzileiro naval (FN), conhecer e obedecer as regras que regem os conflitos armados, nos
seus aspectos fundamentais, que serão apresentados neste capítulo.
6.2 - NORMAS FUNDAMENTAIS
6.2.1 - Responsabilidade pela observância
Respeitar as regras do Direito da Guerra é uma obrigação precípua de todo militar.
Cada combatente é individualmente responsável pela sua observância, mas os Comandantes são os únicos
responsáveis por fazerem com que seus subordinados as respeitem.
Antes de dar a ordem para uma ação militar, o Comandante deve avaliar o risco de cada uma das alternativas
para cumprir a missão recebida e verificar se elas não violam nenhuma das regras do Direito da Guerra.
6.2.2 - Evitar sofrimentos inúteis
O Direito da Guerra também rege a conduta do combate e o uso de certas armas, com o fim de evitar sofrimentos
ou males que sejam excessivos em relação à vantagem militar que possam proporcionar. A necessidade militar não
admite a crueldade, quer dizer infligir um sofrimento sem motivo, ou por vingança.
Incluem-se como não-combatentes a população civil (todas as pessoas que não pertençam às forças armadas e
não participam das hostilidades) e, por conseqüência, não deve ser atacada; o mesmo vale para os feridos, náufragos
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Os ardis de guerra tais como estratagemas, fintas, armadilhas, camuflagem ou simulação de ações são permitidos.
No entanto, ficam proibidos os meios desleais. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
6.2.9 - Respeitar o pessoal, os veículos e as instalações do serviço de saúde militar ou civil e da Cruz Vermelha
O Direito da Guerra protege especialmente os feridos e doentes, tanto amigos como inimigos, assim como os
prisioneiros. Por conseguinte, é lógico prever a proteção ativa de quem está encarregado de recolher e/ou assistir a
essas vítimas, nas zonas de combate ou na retaguarda.
A utilização de veículos e instalações do serviço de saúde com fins militares de disfarce ou escudo de proteção,
ou, ainda, o uso indevido do emblema da Cruz Vermelha ou de outra organização humanitária, são exemplos de
violações graves ao Direito da Guerra.
b) O inimigo pode usar diferentes sinais para indicar que está se rendendo, porém essa indicação deve ser clara
e perceptível. É crime atirar num inimigo que tenha deposto sua arma e oferecido rendição.
c) Prover sempre cuidados médicos para os combatentes feridos, sejam eles amigos ou inimigos. De acordo com
o Direito da Guerra, é necessário proporcionar ao inimigo doente ou ferido tratamento médico da mesma qualidade
que o proporcionado ao próprio pessoal.
d) Quando se captura alguém, nem sempre é possível ter certeza se este indivíduo é um inimigo. A confirmação,
em caso de dúvida, só poderá ser obtida por pessoal especialmente adestrado para esse fim em Postos de Comando
de escalões mais elevados. O captor, contudo, pode interrogar seus prisioneiros sobre informações militares de valor
imediato para o cumprimento de sua missão, porém sem nunca ameaçar, torturar ou empregar qualquer outra forma
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de coerção para obter esses conhecimentos. Por sua vez, o PG, quando interrogado, só é obrigado a dizer seu nome,
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posto ou graduação, data de nascimento e número de matrícula. Ou seja, os dados constantes de sua placa de
identificação em campanha. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
e) Não se pode tomar de um PG seus bens pessoais, exceto aqueles itens claramente de valor militar ou de
interesse para a produção de informações, tais como: armas, canivetes, equipamentos de sapa, de orientação e de
comunicações, sinalizadores, lanternas, cartas geográficas e documentos militares. Nesse caso, a retirada desses bens
só se fará após o prisioneiro ter sido colocado sob segurança, separado e mantido em silêncio. Nada que não tenha
algum valor militar lhe poderá ser tomado. Somente por ordem de um oficial poderá ser retirado dinheiro de um
prisioneiro. Nesse caso, será fornecido recibo assinado pelo elemento responsável pela custódia, no qual serão
registrados os dados que permitam a perfeita identificação do emitente.
f) Os PG podem realizar vários tipos de trabalhos, desde que estes não estejam relacionados ao esforço de guerra
da parte captora. O trabalho aceitável que pode ser executado pelos PG deve ser limitado, admitindo-se, entretanto,
que cavem tocas de raposa e abrigos coletivos destinados à sua própria proteção.
g) Segundo as leis que regulam os conflitos armados, não é permitido utilizar prisioneiros: como escudo ou
medida de proteção no ataque ou defesa contra o inimigo; na localização, limpeza ou lançamento de minas ou
armadilhas; ou, ainda, para transportar munição ou equipamentos pesados.
h) Não é permitido atacar localidades. Porém, admite-se engajar o inimigo que nelas se encontre, bem como
destruir qualquer equipamento ou suprimento que o mesmo lá possua, quando a sua missão assim exigir. Em qualquer
caso, as destruições devem se limitar ao absolutamente necessário para o cumprimento da missão. Caso se empregue
o apoio de fogo numa área urbana, só os alvos militares devem ser atacados.
i) Os prédios e instalações protegidos não devem ser atacados. Embora uma edificação possa parecer de menor
importância para quem a ataca, na verdade pode apresentar importância relevante para determinado país. Exemplos
de edificações protegidas: prédios dedicados às atividades religiosas, artísticas, científicas ou caritativas; monumentos
históricos; hospitais e lugares onde os doentes e feridos são concentrados e tratados; escolas e orfanatos. Se o inimigo,
no entanto, utilizar esses lugares para seu refúgio ou com propósitos ofensivos, o Comandante deverá comunicar ao
seu superior, que decidirá sobre um ataque a essas posições, após analisar toda a situação. Em caso afirmativo, a
destruição causada à edificação protegida deve ser a menor possível, compatível com as necessidades ditadas pelo
cumprimento da missão.
j) Pára-quedistas isolados (como, por exemplo pilotos ou tripulação de aeronaves abatidas ou em pane) são
considerados desamparados até que alcancem o solo. De acordo com as regras da guerra, não é permitido atirar neles
até que cheguem ao chão. Só então, se eles resistirem com armas ou não se renderem, poderão ser atacados. Tropas
pára-quedistas, por outro lado, são sempre consideradas combatentes e podem ser atingidas enquanto ainda
estiverem no ar.
b) Eventualmente pode ser necessário movimentar ou reposicionar civis, em virtude da urgência exigida pelas
atividades militares. Sob nenhuma circunstância pode ser destruída uma propriedade civil sem aprovação do
Comandante do mais alto escalão. Da mesma forma, nada pode ser retirado ou tomado dos civis sem autorização
expressa de autoridade competente. A não observância dessas regras é uma grave violação das leis sobre o Direito da
Guerra.
c) Sob nenhuma circunstância, também, pode-se abrir fogo sobre pessoal médico ou equipamentos
empregados pelos serviços de saúde públicos ou militares do inimigo. A maioria do pessoal e das instalações de saúde
são distinguidos pelo símbolo da Cruz Vermelha. É proibido o uso deste símbolo por qualquer tropa ou instalação que
não as de saúde e de assistência humanitária.
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Entretanto, podem ser empregados meios não tóxicos para destruir os estoques de alimentos e água do inimigo, de
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forma a impedir que ele disponha desses recursos em combate.
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b) Não é permitido modificar as características das armas com o propósito de causar sofrimento desnecessário
ao inimigo. Também não podem ser utilizadas munições alteradas para infligir a máxima destruição ao inimigo.
CAPÍTULO 8
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ORGANIZAÇÃO
8.3 - ORGANIZAÇÃO DO COMANDO DA MARINHA
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Comando da Força
de Fuzileiros da Esquadra
(ComFFE)
Ba se de Fuzileiros Ba ta lhã o de
N avais da Ilha do Artilharia de Fuzileiros
Governador (BFNIG) N avais (BtlArtFuzN av)
elementos de apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate, necessários às operações desenvolvidas pelos
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Fuzileiros Navais.
O Comandante da TrRef é um Contra-Almirante do CFN, que está diretamente subordinado ao Comandante da FFE. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Comando da
Tropa de Reforço
(ComTrRef)
Ba se de Fuzileiros Ba ta lhã o de
N avais da Ilha das Viaturas Anfíbias
Flores (BFN IF) (BtlVtrAnf)
Ba ta lhã o de
Compa nhia de Polícia
Engenha ria de Fuzileiros
(Cia Pol)
N avais (BtlEngFuzN av)
Distritos N avais
Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Na va is do 1ºDN 2ºDN Fuzileiros Na va is de
Rio de Janeiro ( GptFN RJ) Sa lva dor (GptFN Sa)
Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Na va is de 3ºDN 4ºDN Fuzileiros Na va is de
N atal (GptFN Na ) Belém (GptFNBe)
Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Na va is do 5ºDN 6ºDN Fuzileiros Na va is de
Rio Gra nde (GptFN RG) La dá rio (GptFNLa )
Grupamento de Ba ta lhã o de
Fuzileiros Na va is de 7ºDN 9ºDN Opera ções Ribeirinha s
Brasília (GptFN B) (BtlOpRib)
CAPÍTULO 11
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CONDICIONAMENTO FÍSICO
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11.1 - GENERALIDADES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
A boa forma física é fator fundamental para que o fuzileiro naval (FN) consiga desempenhar suas tarefas,
tanto em combate quanto no adestramento diário.
O estilo de vida sedentário que o homem moderno adotou concorre para o prejuízo de sua própria saúde.
A falta de exercício físico contribui para o aumento da obesidade, excesso de colesterol no sangue e hipertensão
arterial, que são a porta de entrada para o desenvolvimento de sérios problemas cardíacos.
Os exercícios físicos incrementam a massa muscular, proporcionando uma boa postura, o aumento da
densidade óssea, diminuindo a possibilidade de fraturas, e diminuem a ansiedade e o estresse. Ressalte-se que
essas condicionantes podem ser decisivas em situações de combate.
11.2 - ORIENTAÇÕES
O militar é o principal responsável pela manutenção do seu condicionamento físico. O Treinamento Físico-
Militar (TFM) deve fazer parte da rotina de cada FN independentemente da organização militar (OM) onde sirva
e da função que esteja exercendo.
A freqüência ideal de exercícios é de cinco vezes por semana. No entanto, para que haja progresso no
condicionamento físico, considera-se indispensável a prática de atividades físicas por, pelo menos, três vezes em
cada sete dias.
O TFM deve ser realizado nos horários que não interfiram com os períodos de digestão das principais
refeições. Em regiões ou estações com temperaturas muito baixas ou elevadas, o TFM deverá ser executado
quando a temperatura estiver amena.
CAPÍTULO 13
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EQUIPAGENS INDIVIDUAIS
13.1 - GENERALIDADES
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A Equipagem Individual Básica de Combate (EIBC) foi organizada para que o Fuzileiro Naval (FN) tenha à disposição o Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 14
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14.3 - HIGIENE EM CAMPANHA Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Quando em operação, além das anteriores, devem ser observadas as seguintes regras:
a) evitar beber água sem saber a origem ou sem seu consumo estar autorizado pelo serviço de saúde. Caso
necessário, ferver a água antes de beber por, pelo menos, 20 minutos. Se possível, beber água do saco "lister" ou pipa
d’água destinados para esse fim;
b) Fazer uso do purificador de água da ração sempre que não for fornecida água tratada;
c) usar locais apropriados para fazer as necessidades fisiológicas. Em caso de necessidade, cavar um buraco e
cobrir os dejetos com terra. Isto pode evitar a propagação de doenças capazes de causar baixas;
d) os sanitários de campanha (pianos) devem ser utilizados, lançando-se sobre as fezes, após o uso, cal, que
costuma estar ao lado dos sanitários;
e) proteger-se contra insetos. Usar o mosquiteiro e repelente de insetos quando houver necessidade. Uma
pomada antialérgica (fenergam ou similar) atenua os efeitos das picadas de mosquitos, formigas ou de outros insetos;
é conveniente dispor de uma dessas no estojo de primeiros socorros;
f) os alimentos devem ser sempre protegidos da ação do tempo e de insetos;
g) lavar bem os utensílios de comer. A gordura da marmita ou caneco pode ser removida com a água quente
dos aquecedores;
h) não jogar restos de comida ou ração em outros locais que não sejam os destinados;
i) não deixar latas vazias jogadas ao redor do acampamento;
j) não comer restos de ração das latas usadas e caso não haja coletor de lixo, enterrar os restos da ração;
k) as vacinações devem estar em dia e as medidas profiláticas sempre mantidas;
l) em caso de suspeita de algum parasita, mosquito ou qualquer inseto estranho no local do acampamento,
comunicar logo ao serviço de saúde, para que sejam tomadas as providências pertinentes;
m) é conveniente examinar, arejar, limpar a barraca ou local de dormir; e
n) comer o alimento fornecido, pois contém nutrientes para se manter.
CAPÍTULO 15
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PRIMEIROS SOCORROS
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15.1 - GENERALIDADES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Primeiro socorro é o atendimento imediato e provisório prestado a uma vítima de enfermidade ou ferimento
de forma a assegurar a vida enquanto se aguarda ou até se consiga o atendimento médico especializado necessário.
É aplicado em situação de emergência. Porém, algumas vezes, são utilizados também nos casos de urgências.
15.1.1 - Emergência
É a situação em que o risco de vida é crítico e iminente. Caso não se intervenha imediatamente, esta poderá
evoluir para complicações graves ou ser fatal.
15.1.2 - Urgência
É a situação em que o risco de vida pode até existir porém, a intervenção pode aguardar um tempo, pois o
risco de vida não é iminente.
Deve-se inicialmente, procurar estabelecer as funções vitais da vítima. Para isso, deve-se seguir a seguinte
seqüência de cuidados, que podem ser realizadas simultaneamente:
1. - vias aéreas com controle da coluna vertebral;
2. - respiração e ventilação;
3. - circulação com controle de hemorragia;
4. - incapacidade, estado neurológico; e
5. - exposição e controle do ambiente (despir completamente a vítima, mais prevenindo a hipotermia - baixa
temperatura corporal).
Logo após, devemos proceder o exame secundário, que consiste em uma avaliação detalhada da vítima,
abordando lesões que não implique risco imediato de vida.
sua permeabilidade. Deve-se identificar a presença de corpos estranhos, fraturas faciais, mandibulares ou traqueo-
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laríngeas que podem resultar em obstruções das VA. (Fig 15.2)
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Todos os procedimentos para restabelecer a permeabilidade das VA devem ser feitos protegendo a coluna
cervical, para tanto, é recomendável a elevação ou anteriorização da mandíbula, indicada para vítimas com suspeita
de lesão na coluna cervical e queda da língua. Para tanto, o socorrista deve:
1. - posicionar-se atrás da cabeça da vítima em decúbito dorsal; segurar com as mãos os ângulos da mandíbula,
deslocando-a para frente enquanto faz a abertura da boca; e
2. - estabilizar ao mesmo tempo a coluna cervical da vítima.
No caso da vítima estar inconsciente e com suspeita de lesão na coluna cervical, o socorrista deve executar a
elevação da mandíbula da seguinte forma:
1. - posicionar-se do lado da vítima, e empurrar os ângulos da mandíbula com o polegar, deslocando-a para cima.
(Fig 15.3)
Em ambos os caso, estabilizar ao mesmo tempo a coluna cervical da vítima com as mãos, evitando sua
lateralização.
As causas de obstrução de vias aéreas podem ser divididas em dois grupos: causas tratáveis e não tratáveis
pelo socorrista.
Causas tratáveis – queda da língua, corpos estranhos, vômitos, secreções e sangue. Sendo a queda da língua
sobre a parede posterior da faringe e corpos estranhos as causas mais comuns. O socorrista deve:
1. - usar as mãos para diferenciar o posicionamento da cabeça e do pescoço, pois pode deslocar a língua da
parede posterior da faringe e efetuar a limpeza da cavidade oral;
2. - na inclinação da cabeça e elevação do queixo, o socorrista coloca uma de suas mãos na fronte da vítima e a
utiliza para inclinar a cabeça para trás;
3. - deslocar a mandíbula para frente com os dedos da outra mão colocados no queixo da vítima; e
4. - não usar este procedimento na suspeita de lesão da coluna cervical.
A permeabilidade das vias aéreas, por si só, não implica em ventilação adequada. A respiração é necessária
para que haja a oxigenação do organismo e eliminação de gás carbônico. (Fig 15.4)
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O tórax da vítima deve estar exposto para avaliar adequadamente a ventilação e outras lesões associadas. As
lesões que podem prejudicar de imediato a respiração são: o pneumotórax, hipertensivo, o tórax instável com
contusão pulmonar e o pneumotórax aberto, as fraturas de costelas.
Os pneumotórax simples e as contusões pulmonares, podem comprometer a ventilação, mas em menor grau.
15.2.3 - Circulação com Controle da Hemorragia
A hemorragia é uma das principais causas de morte no período pós-traumático, sabendo deste fato, o
socorrista deve agir rapidamente.
A hipotensão em vítimas traumatizadas deve ser considerada como hipovolemia (baixo volume de sangue
circulante). Uma avaliação rápida e apurada do estado hemodinâmico (fluxo sangüíneo) da vítima traumatizada é
essencial. A análise de três elementos nos permite este diagnóstico rapidamente: o nível de consciência da vítima, a
cor da pele e o pulso.
a) Nível de Consciência
Quando o volume de sangue é reduzido, o fluxo sangüíneo cerebral pode estar prejudicado, alterando o nível
de consciência da vítima. Entretanto, esta pode estar consciente mesmo perdendo uma quantidade significativa de
sangue.
b) Cor da Pele
A cor da pele pode ser importante na avaliação de uma vítima hipovolêmica traumatizada. Uma vítima com
pele de coloração rósea, especialmente na face e extremidade, raramente estará criticamente hipovolêmica após um
trauma. Ao contrário, a coloração acinzentada da face e a pele esbranquiçada e extremidades cianóticas (roxas) são
sinais evidentes de hipovolemia, estes últimos sinais usualmente indicam uma perda de volume sangüíneo de pelo
menos 30%.
c) Pulso
O pulsar sangüíneo de fácil acesso (carotídeo) deve ser examinado, bilateralmente para se avaliar sua
quantidade, freqüência e regularidade. Pulsos periféricos cheios, lentos e regulares, são usualmente sinais de
normovolemia (circulação normal). (Fig 15.5)
d) Sangramentos (Hemorragias)
Hemorragia externas graves são identificadas com um exame primário, a rápida perda sangüínea externa é
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penetrantes podem ser responsáveis por perdas ocultas consideráveis de sangue. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
ARTERIAL – sangramento em jato (pulsátil) acompanhando a contração cardíaca. Geralmente o sangue é de coloração
vermelho vivo. É mais grave que o sangramento venenoso, pois a pressão no sistema arterial é maior que a pressão no
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sistema venenoso, então a perda sangüínea é maior. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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cuspir (hemoptise) devem ser colocadas em decúbito lateral para evitar a aspiração pulmonar; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
e) Torniquete
É o último recurso para conter hemorragias graves nas extremidades do corpo.
Atualmente só é utilizado nas amputações traumáticas. Cuidados na utilização do torniquete são:
1. - só utilizar quando esgotados os outros métodos de controle de hemorragia;
2. - aplicar acima do ferimento, isto é entre o ferimento e o coração;
3. - o torniquete deve ser utilizado sempre acima das articulações;
4. - não aplicar sob as vestes, para não correr o risco de ficar escondido;
5. - apertar apenas o suficiente para estancar a hemorragia;
6. - não utilizar arame ou outro material cortante;
7. - não cobrir com atadura ou curativo, evitando assim que fique escondido;
8. - não colocá-lo sobre uma proeminência óssea (ex. joelho, cotovelo etc.);
9. - marcar a hora que foi colocado o torniquete, e afrouxar a cada intervalo de 10/15 minutos, por um período de 1
a 2 minutos, lentamente, de forma que possa controlar o sangramento; e
10. - marcar em local visível (testa) as iniciais T.Q., a hora que foi colocado o torniquete, para poder saber a hora de
afrouxá-lo.
O torniquete quando utilizado de forma errada tem como complicações o esmagamento de vasos sangüíneos,
nervos, músculos e a interrupção do fluxo sangüíneo.
f) Improvisação do torniquete
1. - utilizar panos largos; não usar fios, barbantes, arames ou materiais finos e estreitos, pelo risco de agravar as lesões
cortando a pele e estruturas profundas;
2. - envolver o membro afetado com o pano logo acima do ferimento;
3. - fazer um meio nó, colocar um pedaço de madeira no meio do nó;
4. - dar um nó completo sobre o pedaço de madeira;
5. - torcer moderadamente o pedaço de madeira até parar a hemorragia;
6. - fixar com um nó a madeira; e
7. - marcar em local visível na vítima as iniciais T.Q. e anotar a hora. (Fig 15.7 e Fig 15.8)
na associação das técnicas de abertura de vias aéreas, respiração assistida e compressões torácicas.
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a) Parada cardíaca Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Interrupção repentina da função de bombeamento cardíaco, que pode ser revertida com intervenção rápida,
mas que pode levar a uma parada respiratória e causar a morte se não for tratada.
c) Conseqüências da P.C.R.
A ausência da circulação sangüínea cessa a oxigenação dos órgãos e, após alguns minutos, as células mais
sensíveis são afetadas. Os órgãos mais sensíveis a falta de oxigênio são o cérebro e o coração. A lesão cerebral é
irreversível após 4 a 6 minutos sem oxigenação.
8. - no tórax da vítima localizar no peito o osso esterno, na sua porção inferior, que é o ponto de compressão,
onde irá colocar o “calcanhar” de uma das mãos;
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10. - fazer 15 compressões com a freqüência média de 80bpm por minuto. (Fig 15.9 a Fig 15.13)
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h) Problemas da R.C.P.
Caso a R.C.P. seja realizada de forma imprópria, as compressões torácicas e a respiração artificial podem não
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I) Complicações na Respiração Artificial Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
O principal problema associado a respiração artificial é a distensão do estômago, que resulta de fluxos rápidos
de ventilação, e pode causar regurgitação e aspiração pulmonar. Um outro efeito é a elevação do diafragma,
que limita a expansibilidade pulmonar.
II) Complicações das Compressões Torácicas
Durante o procedimento, podem ocorrer, especialmente em idosos: fratura de costelas, a separação entre es
costelas e o esterno, fratura de esterno e pneumotórax. O traumatismo de órgãos abdominais também pode
ocorrer com as compressões torácicas sobre o esterno.
III) Erros Comuns na execução da R.C.P.
1. - Posição incorreta das mãos;
2. - Profundidade de compressão inadequada;
3. - Incapacidade de vedação do nariz e da boca durante a ventilação;
4. - Dobrar os cotovelos ou joelhos durante as compressões leva ao cansaço;
5. - Ventilação com muita força e rapidez levam a distensão do estômago;
6. - Incapacidade de manter vias aéreas abertas; e
7. - Não ativar o socorro médico em tempo hábil, para o socorro avançado.
15.3.3 - Proteção de ferimentos
O curativo inicial visa proteger contra a contaminação de micróbios e sujeira. Deve-se lavar o ferimento com
água limpa em abundância ou soro fisiológico. Na falta de um curativo individual, deve-se usar pano limpo e seco.
1. - A cascavel, a jararaca e a surucucu têm um par de dentes inoculadores localizados na parte anterior da boca.
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Esses dentes são grandes, caniculados e móveis, o que permite sua movimentação para a frente quando essas
cobras dão o bote. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
2. - Na coral verdadeira, os dentes inoculadores são pequenos, imóveis e caniculados; localizam-se na parte
anterior da boca.
3. - Ao contrário das cobras peçonhentas, as não peçonhentas em geral possuem todos os dentes do mesmo
tamanho e sem sulcos. É o caso da sucuri, da jibóia, da salamanta e da cobra-cachorro.
4. - Há também cobras não peçonhentas que apresentam um par de dentes posteriores maiores que os outros.
Esses dentes são sulcados e fixos. Como exemplo de cobras não peçonhentas com essas características, podem
ser citadas a cobra-verde e a cobra-espada.
5. - Além dos dentes, as cobras peçonhentas, com exceção da coral, apresentam um orifício entre o olho e a
narina, chamado de fosseta loreal ou lacrimal. A fosseta loreal é um órgão termo-receptor que capta as
variações de temperatura.
água fria e sabão; cobrir a parte afetada e procurar atendimento médico, logo que a situação permitir. Não coçar o
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local atingido.
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Todos os escorpiões são peçonhentos, isto é, produzem veneno e são capazes de injetá-lo na vítima. No Brasil
devem ser temidos, pois existem espécies que têm veneno em quantidade suficiente para matar um homem.
O veneno é neurotóxico porque age especialmente sobre o sistema nervoso, causando a morte por asfixia,
devido ao bloqueio do sistema respiratório.
No caso de acidentes com aranhas ou escorpiões, proceder da mesma forma como descrito para o acidente
com cobras, providenciando socorro médico o mais rápido possível.
15.6 - ACIDENTES POR AGENTES FÍSICOS
15.6.5 - Choque elétrico
Antes de atender a vítima, procurar desligar a fonte de energia elétrica que alimenta o sistema onde a pessoa levou
o choque; se não for possível, usar um pau seco, pano seco, cinto de lona ou outro material não condutor de eletricidade
para afastar a vítima do contato com fonte elétrica. Iniciar imediatamente a respiração artificial, caso a vítima não esteja
respirando, e providenciar socorro médico o mais rápido possível.
15.6.6 - Envenenamento por monóxido de carbono
Ocorre geralmente nas proximidades de viaturas, principalmente em locais fechados. Remover a vítima para um
local arejado. Havendo dificuldade respiratória, fazer respiração artificial.
15.6.7 - Afogamento
Remover as secreções das vias respiratórias. Deitar a vítima de bruços sobre seus joelhos e procurar fazê-la eliminar
a água ingerida. Iniciar logo a respiração artificial. Procurar socorro médico imediatamente.
CAPÍTULO 16
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NAVEGAÇÃO TERRESTRE
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16.1 - GENERALIDADES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Em tempo de paz é possível a um estrangeiro se localizar em uma grande cidade por meio de indagações.
Qualquer policial ou morador do lugar pode fornecer-lhe a orientação necessária para encontrar o lugar procurado.
Na guerra, porém, um fuzileiro naval (FN) em país estrangeiro pode não contar com a colaboração da
população local e terá que se orientar com o único meio que em geral lhe estará disponível: a carta. Mesmo que a
população local seja amiga, só poderá prestar informações a quem souber falar a sua língua. Com a carta acontece a
mesma coisa. Só poderá extrair dela as informações necessárias quem souber entendê-la e utilizá-la corretamente.
O presente capítulo tem por finalidade proporcionar os conhecimentos necessários à orientação no terreno
por meio da utilização da carta e da bússola.
16.2 - CARTAS
Uma carta é um desenho que não tem por finalidade reproduzir de forma fiel os acidentes naturais e artificiais
da porção do terreno que representa, tal qual uma fotografia. Esses acidentes são representados por símbolos, de
forma a facilitar o manuseio das cartas e padronizar sua confecção. Em lugar de se desenhar um rio, uma casa, um
pântano, etc., o que não seria fácil nem prático, adota-se um símbolo particular para cada um desses acidentes do
terreno. Esses símbolos são conhecidos por convenções cartográficas e são previamente padronizados e utilizados de
acordo com a finalidade a que se destinam as cartas.
A classificação das cartas procura agrupá-las de acordo com a finalidade a que as mesmas se destinam e,
portanto, as convenções cartográficas são previamente padronizadas e utilizadas de acordo com essa finalidade. As
cartas náuticas, por exemplo, buscam um maior detalhamento dos acidentes que interessam a navegação, tais como
ilhas, faroletes, profundidade do mar, etc., em detrimento dos acidentes naturais e artificiais de terra. Em
contrapartida, as cartas topográficas procuram detalhar ao máximo esses acidentes do terreno. Um outro exemplo
são as cartas rodoviárias, que contém, detalhadamente, o traçado de rodovias, estradas e vias secundárias, em
detrimento de outros acidentes do terreno que não se relacionam com o fim a que essas cartas se destinam.
São símbolos empregados nas cartas para representar os acidentes naturais e artificiais existentes no terreno.
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Geralmente constituem desenhos simples, semelhantes aos acidentes e construções que representam.
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Causaria muita confusão na carta se em todas as curvas de nível fossem assinalados os valores de suas cotas,
por essa razão, nem todas são numeradas.
16.6 - ESCALA DA CARTA
As cartas devem ser confeccionadas de modo a guardar proporcionalidade entre as dimensões representadas
nas mesmas e seus correspondentes valores reais no terreno. Além disso, as cartas devem conter a informação de
quantas vezes ela é menor que o terreno representado. Essa informação, contida na margem da carta, chama-se
escala, que pode ser indicada, tanto na forma numérica, quanto na forma gráfica.
indica que uma medida tomada na carta vale 25.000 vezes esse valor no terreno (1 cm na carta, por exemplo,
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corresponde a 25.000 cm ou 250 m no terreno).
Vale aplicar essas noções à carta. Para se obter a distância real no terreno entre dois pontos da carta, deve-se, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
primeiramente, aplicar uma régua graduada sobre a carta, como mostrado na figura 16.5.
Na figura acima, observa-se que a medida entre os pontos A e B é de 4cm. Nesse caso, a escala da carta é
1/25.000, isto é, 1cm na carta vale 25.000cm no terreno.
Portanto, pode-se concluir que a distância real no terreno será:
4 X 25.000 = 100.000cm.
Como as distâncias são geralmente avaliadas em metros, converte-se o valor encontrado, ou seja:
100 centímetros = 1 metro
100.000cm = 100.000 100 = 1000 metros
Matematicamente isto pode ser representado da seguinte forma:
E= d onde E - escala da carta
D d - grandeza na carta ou dimensão gráfica
D - grandeza no terreno ou dimensão real
16.6.2 - Escala Gráfica
A escala gráfica nada mais é que a representação gráfica da escala numérica. É um segmento de reta graduado,
de modo a indicar diretamente os valores medidos na própria carta. As cartas as trazem normalmente desenhadas
abaixo da indicação da escala numérica.
Observando-se a figura 16.6, verifica-se que o segmento da reta está dividido em duas partes distintas,
separadas pelo índice zero. A parte da direita é chamada escala e a da esquerda talão.
No caso considerado, a escala foi dividida em graduações de 1000 metros e o talão em graduações de 100
metros. O talão é sempre uma graduação da escala dividida em dez partes iguais, numeradas da direita para a
esquerda, enquanto a escala é numerada da esquerda para a direita.
Um ponto na carta é designado por suas coordenadas, ou seja pelo cruzamento do paralelo (ordenada) com o
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meridiano (abcissa) que por ele passa.
Existem várias formas de indicar as coordenadas de um ponto, as mais comuns são: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
- geográficas: onde são indicadas as latitude e longitude do ponto considerado em relação ao paralelo de Oo
(Equador) e ao meridiano base de Grenwich, respectivamente.
Por exemplo: LAT - 15o 30`22`` S
LONG - 45o 17`55`` W
- retangulares ou de grade: onde são indicados o afastamento vertical e horizontal em relação a grade
construída sobre a carta.
As cartas utilizadas nas operações militares, em geral, possuem uma série de linhas retas que se cruzam a
intervalos regulares (grade), formando quadrados chamados de quadrículas (Fig 16.7).
Cada quadrícula, portanto, pode ser facilmente designada pelos números indicativos das retas que se cruzam
no seu canto inferior esquerdo. A designação da quadrícula é feita pela colocação desses números entre parênteses,
separados por um traço. O primeiro número refere-se à reta vertical e o segundo à reta horizontal. Por exemplo, caso
se saiba que um ponto esta localizado na quadrícula (94-82) - como a Capela de Santo Antonio na figura 16.7 - ao
consultar a carta, procurar-se-á na sua margem inferior ou superior a indicação da reta base 94 e nas margens laterais
a reta 82. O encontro das duas retas permitirá identificar a quadrícula desejada no quadrante superior direito.
A designação de um ponto na carta por meio das coordenadas retangulares é feita escrevendo-se uma letra
designativa do ponto, seguida dos algarismos que definem o afastamento horizontal e vertical das respectivas retas
bases da quadrícula que o contém, os quais são separados por um traço e apresentados entre parênteses: P (94,3 -
82,1), por exemplo, designa as coordenadas da Capela de Santo Antonio na figura 16.7.
De acordo com a precisão desejada, utilizar-se um múltiplo da unidade de distância para a apresentação dessas
coordenadas.
- quilométrica - em quilômetros: P (94,3 - 82,1);
- hectométrica - em hectômetros: P (943 - 821);
- decamétrica - em decâmetros: P (9430 - 8210); e
- métrica - em metros: P (94300 - 82100), maior precisão.
Com o auxílio da carta, pode-se localizar o ponto onde se está e o ponto para onde se vai, e obter, por meio da escala,
a distância entre ambos. Para se estabelecer a direção a ser seguida, o método mais apropriado é o de determinar o
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ângulo formado entre uma direção base fixa e a direção a ser seguida. Este ângulo é chamado de azimute (Fig 16.8).
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16.8.1 - Direções-Base
As direções-base, por convenção, apontam sempre para um Norte e são utilizadas como referência inicial para
a determinação dos azimutes.
a) Norte Verdadeiro ou Geográfico (NV ou NG)
É a direção que passa pelo pólo norte da terra (Fig 16.9).
b) Norte Magnético (NM)
É a direção que passa pelo pólo magnético da terra, ou seja, pelo ponto para o qual são atraídas todas as
agulhas imantadas. Esse ponto fica localizado próximo ao norte geográfico (Fig 16.9).
d) Diagrama de orientação
Uma das informações contidas nas inscrições marginais dessas cartas é o que se chama de Diagrama de
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Orientação (Fig. 16.10). Tal diagrama contém as três direções-base indicadas, bem como o valor do ângulo formado
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entre as mesmas.
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o ângulo formado entre as direções do NV e NQ, contado a partir do NV, é chamado de convergência de meridianos.
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Essa será E ou W conforme o NQ esteja à leste ou oeste do NV/NG.
A convergência se dá em virtude da distorção causada pela projeção da superfície terrestre, que é curva, na Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
superfície plana do papel, quando da confecção das cartas. Apesar de sofrer uma variação entre diferentes pontos de
uma mesma carta, pode-se considerá-la constante nas cartas utilizadas, sem perigo de erro, em virtude dessa variação
ser desprezível.
III) Ângulo QM
O ângulo formado entre as direções do NQ e do NM é chamado ângulo QM. O ângulo será W, quando o norte
magnético estiver a Oeste do norte da quadrícula, e E, quando o norte magnético estiver a Leste do norte da
quadrícula. O ângulo QM será calculado somando a dm e a convergência de meridianos quando a direção do NM e do
NQ estiverem em lados opostos a direção do NG/NV, e subtraindo uma da outra quando estiverem do mesmo lado do
NG/NV. Uma vez calculado o ângulo QM, ele deve ser anotado na carta para uso futuro. A variação anual da declinação
magnética acarreta aumento ou diminuição do ângulo QM. Se as direções do NM e do NQ se aproximam, o ângulo
QM diminui; se elas se afastam, o ângulo QM aumenta.
16.8.2 - Azimutes
Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, a partir de
uma direção base.
a) Azimute Magnético (AzM)
AzM é o ângulo horizontal medido a partir do NM até a direção desejada. Na figura 16.13, por exemplo, o AzM
da direção entre a bifurcação de estrada e a capela é de 60o.
b) Azimute Verdadeiro (AzV)
AzV é o ângulo horizontal medido a partir do NG/NV até a direção desejada. Na figura 16.13, por exemplo,
este azimute pode ser de 54o.
c) Azimute da Quadrícula (AzQ) ou Lançamento (L)
Lançamento é o ângulo horizontal medido a partir do NQ até a direção desejada. Na figura 16.13, o lançamento
é de 51o.
16.8.3 - Contra-Azimutes
O contra-azimute de uma direção é o azimute da direção oposta. Caso se esteja voltado para uma determinada
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direção, considera-se essa direção como azimute. Ao se voltar para a direção oposta, ter-se-á o contra-azimute dessa
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direção. O contra-azimute está sobre o prolongamento, no sentido inverso, da reta que determina o azimute.
Sabendo utilizar de forma correta o contra-azimute, o militar estará em condições de retornar ao ponto de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
partida. No cumprimento de uma tarefa em lugar desconhecido e à noite, por exemplo, o contra-azimute poderá
indicar a direção pela qual deve-se retornar.
Para se encontrar o contra-azimute, basta somar 180º ao azimute quando esse for menor que 180º ou subtrair
180º quando maior que 180º.
16.9 - BÚSSOLA
Bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais e à orientação no terreno.
A bússola é um goniômetro (instrumento com que se medem ângulos) no qual a origem de suas medidas é
determinada por uma agulha imantada que indica uma direção aproximadamente constante que é o NM.
Uma bússola está declinada quando as leituras nela realizadas representam lançamentos, ou seja, ângulos
medidos em relação ao NQ, ao invés de AzM.
Além da variação causada pela dm, uma bússola é afetada pela presença de ferro, magnetos, fios condutores de
eletricidade e aparelhos elétricos.
Certas áreas geográficas possuem depósitos de minério (tal como o ferro) que podem tornar uma bússola imprecisa
quando colocada próxima a eles. Conseqüentemente, todas as massas visíveis de ferro ou campos elétricos devem ser
evitados quando se utiliza uma bússola.
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A orientação da carta também poderá ser feita pela bússola. Para tanto, desdobra-se a carta sobre uma superfície
plana, coloca-se sobre ela a bússola com a declinação já inserida, de modo que um dos lados da caixa da bússola fique
tangenciando a reta base vertical de uma das quadrículas. Depois, girando-se o conjunto carta-bússola e conservando-se a
bússola no mesmo local, procura-se fazer com que a seta da agulha imantada coincida com a marcação do NV. Quando
houver a coincidência, a carta estará orientada.
A orientação da carta poderá, ainda, ser feita por meios expeditos. O sol, por exemplo, ao nascer, define
aproximadamente a direção Leste. Ao se pôr, a direção Oeste. Conhecidas essas direções, basta que para elas se dirija a
margem direita da carta no primeiro caso, ou a esquerda no segundo, para que se tenha a carta mais ou menos orientada.
Ainda com o sol e com auxílio de um relógio devidamente certo, pode-se determinar a direção Norte. Basta que,
conservando-se a graduação das 12 horas na direção do sol, se identifique no terreno a direção da linha bissetriz que divide
ao meio o ângulo formado pela direção do sol (12 horas) e a do ponteiro das horas, contada no sentido do movimento dos
ponteiros. Essa bissetriz define a direção Norte-Sul.
Durante o dia, entre às 09:00 e 15:00 horas, a posição do sol define, em relação ao observador, os planos que
contêm, respectivamente, as direções Nordeste e Noroeste. Um processo prático para se materializar essas direções é o
prolongamento da sombra de um objeto posto na vertical nessa ocasião.
Outro processo é o dos ventos regionais dominantes que normalmente sopram na mesma direção e com isso
possibilitam a orientação. O minuano, vento muito conhecido no Sul do Brasil, sopra de Oeste-Sudoeste para Este-Nordeste.
A observação de vários fenômenos naturais, quase todos relativos ao movimento do sol, também permite conhecer,
a grosso modo, no hemisfério sul, a direção Norte. Os caules das árvores, as superfícies das pedras, os moirões das cercas
e as paredes das casas são mais úmidos na parte voltada para o Sul, porque só recebem luz e calor do sol na face voltada
para o Norte. Do mesmo modo, os animais, ao construírem seus abrigos, o fazem com a entrada voltada para o Norte,
abrigando-se dos ventos frios do Sul e recebendo diretamente o calor e a luz do sol.
Durante a noite, a orientação sem o auxílio da bússola é feita, principalmente, por meio da lua ou das estrelas. A
lua, em seu movimento aparente, nos dá aproximadamente as mesmas identificações que o sol, principalmente em sua fase
cheia, quando se pode observá-la em sua plenitude. A constelação do Cruzeiro do Sul proporciona uma boa e fácil
orientação. Qualquer que seja a sua posição na esfera celeste, a determinação do pólo Sul se obtém prolongando-se em
quatro vezes e meia a distância entre as estrelas que correspondem à altura da cruz. O pé da perpendicular baixada pelo
ponto fictício que limita esse prolongamento sobre o horizonte nos indica a direção Sul, conforme demonstrado na figura
16.20.
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Uma outra situação, envolvendo o uso da carta e da bússola, seria a necessidade de localizar, na mesma carta,
um outro ponto (C) do qual se sabe estar situado no sopé de uma elevação, junto a uma trilha, no AzM 119o da ponte
citada no caso anterior (ponto B). Nesse caso, observam-se os seguintes passos:
1. - orientar a carta;
2. - colocar a bússola sobre a carta orientada, com a lateral da caixa tangenciando a referida ponte;
3. - sem tirar a bússola de sobre a ponte, girá-la até que a agulha marque os 119o graus do azimute dado; e
4. - traçar uma reta sobre a carta, utilizando a lateral da caixa. O ponto que essa reta tocar o sopé da elevação,
após cruzar a trilha, é a exata localização do ponto que se deseja identificar na carta (Fig 16.23).
No exemplo utilizado, um reservatório d’água.
CAPÍTULO 17
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ARMAMENTO DO CFN
17.1 - DEFINIÇÕES BÁSICAS
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17.1.1 - Arma ou lançador Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
17.1.2 - Munição
É o artefato empregado para produzir determinado efeito sobre um alvo, sendo geralmente lançado por uma
arma (munição de canhão, míssil, torpedo, munição de pistola, munição de fuzil, etc.).
17.1.3 - Armamento
É o conjunto formado pela arma e por sua munição, especificado para atender determinados requisitos,
algumas vezes referido apenas pelo lançador ou arma e outras, pela munição.
17.1.4 - Raias
São sulcos helicoidais abertos na parte interna do cano de uma arma (alma), destinados a imprimir ao projétil
movimento de rotação, a fim de mantê-lo estável na sua trajetória.
17.1.5 - Cheio
Parte saliente do raiamento que separa uma raia da outra.
17.1.6 - Calibre
É a medida do diâmetro entre dois cheios e tem a finalidade de caracterizar as armas.
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40mm M-203 são exceções. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
17.2.2 - Classificação
a) Quanto ao tipo
I) De porte
Quando, devido ao volume e peso, pode ser conduzida no coldre.
II) Portátil
Quando pode ser conduzida por um só homem, sendo, normalmente, dotada de uma bandoleira para
transporte.
III) Não-portátil
Quando, devido ao volume e peso, somente pode ser deslocada por uma viatura ou dividida em fardos por
vários homens.
b) Quanto ao emprego
I) Individual
Quando destinada à proteção daquele que a conduz.
II) Coletivo
Quando se destina ao emprego em benefício de parte ou da tropa como um todo.
c) Quanto à refrigeração
I) Refrigeração à água
Quando o cano é envolvido por uma camisa d`água.
II) Refrigeração a ar
Quando é o próprio ar atmosférico que produz o resfriamento.
III) Refrigeração a ar e à água
Quando o cano está em contato com o ar atmosférico mas recebe periodicamente jatos d'água para ajudar o
arrefecimento.
d) Quanto ao funcionamento
I) De repetição
É aquela em que se emprega a força muscular do atirador para a execução das diferentes fases de
funcionamento (carregamento, trancamento, ejeção, etc.), decorrendo, assim, a necessidade de se repetir a ação a
cada disparo.
II) Semi-automático
É aquela que realiza automaticamente as fases do ciclo de funcionamento, à exceção do disparo.
III) Automático
É aquela que realiza automaticamente todas as fases do funcionamento enquanto houver munição e o gatilho
permanecer acionado.
g) Quanto ao raiamento
- alma com raiamento, no sentido:
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* da direita para a esquerda (à esquerda).
- alma lisa. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
h) Quanto à alimentação
- manual; e
- com carregador
* metálico: tipo lâmina e tipo cofre.
* tipo fita: metálica com elos articulados, metálica com elos desintegráveis e de pano (em desuso).
* tipo especial.
17.3 - FUZIL DE ASSALTO 5,56mm M16A2Mod705
17.3.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil de assalto calibre 5,56mm M16A2 modelo 705.
b) Simbologia
FzAss 5,56mm M16A2MOD705.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Semi-automático e automático com rajada de três tiros.
IV) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 ou 30 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
De regulagem micrométrica, com visor basculante, graduado de 100 em 100 metros no alcance de 300 a 800m
e disco de direção com regulagem variável.
II) Massa de mira
Tipo ponto, com protetores laterais e regulagem em altura.
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g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1m.
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II) Peso
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- com carregador desmuniciado - 3,510kg; e
- com carregador municiado - 3,850kg. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
17.4.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil automático leve calibre 7,62mm modelo 1964 (FAL).
b) Simbologia
Fz 7,62mm M964 (FAL).
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Automático, semi-automático e repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
e) Raiamento
Número de raias: 4 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 em 100m, no alcance de 200 a 600m.
II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura, com protetores laterais.
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g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,10m.
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II) Peso
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- sem carregador: 4,20kg; e
- do carregador municiado: 0,730kg. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
17.5.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil Metralhador calibre 7,62mm modelo 1964 (FAP).
b) Simbologia
FM 7,62mm M964 (FAP).
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automático, semi-automático e repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
e) Raiamento
Número de raias: 4 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
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Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 em 100 metros no alcance de 200 a 600m.
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II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura, com protetores laterais. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,125m.
II) Peso
- sem carregadores e com bipé: 6kg; e
- do cano: 1,60kg.
III) Velocidade prática de tiro
- funcionamento automático: 120 tpm; e
- funcionamento semi-automático: 60 tpm.
IV) Alcance
- máximo - 3.800m; e
- útil - 600m.
17.6 - METRALHADORA 5,56mm MINIMI
17.6.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora Ligeira calibre 5,56mm x 45mm (NATO).
b) Simbologia
Mtr 5,56mm MINIMI (Standard); e
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos articulados, acondicionados em caixa de alimentação maleável de 100 ou 200
cartuchos e carregador metálico de 30 cartuchos (fuzil M16).
II) Sentido
À direita
e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
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Tipo lâmina, com botão de regulagem das alças, graduado em 100m com ajuste de 300 a 1000m e em direção
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com botão de regulagem em direção graduado em milésimos.
II) Massa de mira Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
17.7.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora a gás 7,62mm Modelo B.
b) Simbologia
MAG 7,62mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil e não portátil (quando utilizando tripé).
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos articulados, acondicionados em cofre de 50 ou 250 cartuchos.
II) Sentido
À direita
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e) Raiamento
Número de raias: 4 à direita.
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f) Aparelho de pontaria:
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I) Alça de mira Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Tipo lâmina basculante, com cursor e visor, graduada em intervalos de l00m, utilizada em duas posições:
rebatida (graduada de 200 a 800m) e levantada (graduada de 800 a 1.800m).
II) Massa de mira
Seção retangular, regulável em altura e direção, com protetores laterais.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,255m.
II) Peso
- com bipé: 10,800kg;
- do cano: 2,800kg; e
- do tripé: 10,450kg.
III) Velocidade de tiro (regulável): 600 a 1.000 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.800m; e
- útil: 800m sobre bipé e l.800m sobre tripé.
17.8 - PISTOLA 9mm PT92 - BERETTA
17.8.1 - Características
a) Nomenclatura
Pistola calibre 9mm.
b) Simbologia
Pst 9mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
De porte.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Semi-automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Curto recuo do cano.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
15 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
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e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.
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f) Aparelho de pontaria
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I) Alça de mira Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
17.9.1 - Características
a) Nomenclatura
Submetralhadora calibre 9mm.
b) Simbologia
SMtr 9mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao funcionamento
Automática e semi-automática.
III) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o ferrolho.
IV) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
30 ou 40 cartuchos.
III) Sentido de alimentação
De baixo para cima.
e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.
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f) Aparelho de pontaria:
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I) Alça de mira Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Tipo visor, basculante, graduada para 100 e 200m, com proteção lateral e regulável em altura.
II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 9mm.
II) Comprimento
- com coronha aberta: .64,5cm; e
- com coronha rebatida: .41,8cm.
III) Peso
- sem carregador: 3kg aproximadamente;
- com carregador municiado com 30 cartuchos: 3,800kg; e
- com carregador municiado com 40 cartuchos: 3,920kg.
IV) Velocidade teórica de tiro: 500 a 550 tpm.
V) Alcance útil: até 200m.
17.10.1 – Características
a) Nomenclatura
Metralhadora 12,7mm M2.
b) Simbologia
Mtr 12,7mm M2 (ou Mtr.50").
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Não portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletiva.
III) Quanto ao funcionamento
Automática
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Curto recuo do cano.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
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II) Capacidade
Indeterminada. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
III) Sentido
Da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, mediante o reposicionamento de algumas peças do
sistema de alimentação.
e) Raiamento
Número de raias: 8 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 a 2600 jardas (aprox 90 a 2.380m).
II) Massa de mira
Seção triangular curva, com protetores laterais.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 12,7mm (.50”)
II) Comprimento
- com o cano - 1,643m; e
- do cano - 1,143m.
III) Peso
- sem o cano: 25,424kg; e
- do cano: 12,712kg.
IV) Velocidade teórica
- funcionamento automático: 400 a 600 tpm; e
- funcionamento semi-automático: 75 tpm.
V) Alcance
- máximo: 6.818m; e
- útil: 1.830m.
Esta arma é empregada a distâncias curtas (próximo de 50m) e em situações nas quais outras armas podem
acarretar riscos desnecessários devido ao excesso de potência (controle de distúrbios civis, guarda de prisioneiros,
retomada de instalações que não devam ser danificadas etc.).
17.11.1 - Características
a) Nomenclatura
Espingarda 18,6mm (CAL 12) Mossberg.
b) Simbologia
EspMil l8,6mm (CAL 12) Mossberg.
c) Classificação
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I) Quanto ao tipo
Portátil.
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II) Quanto ao emprego Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Força muscular do atirador.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Depósito tubular de munição conjugado à arma, sob o cano; e
II) Capacidade (com um cartucho na câmara):
- 9 cartuchos de 70mm de comprimento; e
- 8 cartuchos de 76mm de comprimento.
e) Raiamento
Alma lisa.
f) Aparelho de pontaria
Somente conta com a massa de mira. Devido às características de dispersão da munição empregada e das
distâncias curtas no tiro das espingardas, o atirador tem que se preocupar, apenas, com a linha de visada,
enquadrando a massa de mira e o alvo.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 18,6mm;
II) Comprimento: 1,016m;
III) Peso: 4kg aproximadamente; e
IV) Alcance útil: variável em função da munição empregada.
17.12.1 - Características
É uma arma especialmente desenvolvida para ser empregada juntamente com o fuzil M16A2.
a) Nomenclatura
Lança-granadas calibre 40mm modelo M203.
b) Simbologia
LGr 40mm M203.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
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Ação muscular do atirador.
V) Quanto à refrigeração Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
A ar.
d) Alimentação
Manual: uma granada por vez.
e) Raiamento
Números de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Conjunto de quadrante de mira
Acoplado sobre a armação superior dos fuzis da série M16, graduados de 25 em 25m para seleção de alcance
entre 50 e 400m, com regulagem em altura e direção.
II) Alça de mira
Tipo lâmina basculante, acoplada sobre o guarda-mão, graduada de 50 a 250m, com regulagem em altura e
direção.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 39cm;
II) Peso descarregado: 1,350kg;
III) Peso carregado: 1,580kg; e
IV) Alcance
- máximo: 400m;
- útil - para alvos tipo área: 350m e para alvos tipo ponto: 150m; e
- mínimo de segurança - para treinamento: 80m e em combate: 31m.
17.13 - AT-4
Munição anticarro que se confunde com um armamento, uma vez que sua embalagem individual é também um
lançador descartável após o disparo. Como o lança-rojão, não apresenta recuo e é de transporte individual. Utilizado
primordialmente contra alvos blindados e, secundariamente, contra fortificações e pessoal.
d) Dados numéricos
I) Comprimento: 1m.
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III) Alcance
- máximo: 2100m; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
- eficaz: 300m.
IV) Penetração em blindagem: 400mm.
b) Canhões
- tubo longo;
- tiro direto e, raramente, indireto;
- trajetória tensa; e
- carregamento pela culatra.
c) Obuseiros
- tubo curto;
- tiro normalmente indireto;
- trajetória curva; e
- carregamento pela culatra.
b) Quanto ao emprego
- de campanha;
- de costa;
- antiaéreo; e
- de emprego especial.
c) Quanto ao deslocamento
I) Transportado
- sobre dorso;
- em viatura automóvel;
- trem; e
- em aeronave (aerotransportado ou helitransportado).
II) Auto-rebocado ou tracionado
III) Auto-propulsado
- sobre rodas; e
- sobre lagartas.
CAPÍTULO 18
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MEDIDAS DE PROTEÇÃO
18.1 – GENERALIDADES
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A proteção, uma das componentes do poder de combate, é a conservação da capacidade de combate de uma tropa, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
de modo que possa ser utilizada no local e momento apropriados. Ela inclui, entre outras, a Organização do Terreno (OT),
que consiste em alterar as características de uma área ou órgão por meio de construções ou destruições.
Seja na defensiva (defesa preparada), seja nas situações estáticas da ofensiva (defesa imediata), as tropas devem
procurar reforçar sua proteção por meio de trabalhos de OT.
Reunidos em dois grandes grupos - fortificações de campanha e camuflagem - os trabalhos de OT visam
principalmente a ampliar o poder de combate das forças amigas, bem como a impedir ou dificultar as ações e a observação
do inimigo.
Os trabalhos de fortificação permanente são mais apurados, exigindo o concurso de pessoal especializado,
enquanto os trabalhos de fortificação de campanha, por serem mais sumários, podem ser executados por qualquer
combatente.
2. - em setores organizados para a defesa aproximada, efetuar a limpeza até, pelo menos, 100 m à frente da
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posição;
3. - em qualquer caso, deixar uma delgada cortina de vegetação natural para esconder as posições (Fig 18.2);
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4. - nas áreas com árvores esparsas, remover os ramos mais baixos. Em alguns casos, é aconselhável remover Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
certas árvores que possam ser utilizadas como pontos de referência para execução dos fogos inimigos;
5. - nas florestas densas não é aconselhável nem possível a limpeza completa dos campos de tiro. Deve-se
portanto, restringir o trabalho ao desbastamento da vegetação rasteira e à remoção dos ramos mais baixos
das árvores maiores. Além disso, deve-se preparar estreitos corredores de tiro para as armas automáticas
(Fig 18.3);
6. - remover ou desbastar a vegetação densa, pois ela obstrui o campo de tiro e não constitui obstáculo
apreciável;
7. - ceifar as plantações de cereais e os campos de feno ou queimá-los, se maduros ou secos, caso isto não
revele a posição. Geralmente, em uma posição organizada, isso é possível antes do contato com inimigo;
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8. - remover a vegetação cortada para locais onde não proporcione cobertas para o inimigo nem denuncie a
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posição; e
9. - antes de efetuar a limpeza dos campos de tiro, fazer uma cuidadosa avaliação do vulto do trabalho que Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Essa estimativa, muitas vezes, determina a natureza e a extensão da limpeza a ser realizada, pois uma limpeza
de campos de tiro que não possa ser completada pode dar ao inimigo melhores abrigos e cobertas que o terreno com
sua feição natural.
18.2.2 - Espaldões
a) Espaldões para metralhadora
Há dois tipos de espaldões para esta arma: o ferradura e o duas tocas. Como posição de tiro, o tipo duas tocas
apresenta menor flexibilidade que o outro; entretanto, devido a sua maior facilidade de construção e maior resistência
à passagem de carros de combate, é geralmente o preferido.
I) Espaldão tipo ferradura
Coloca-se a arma em posição pronta para o tiro. Primeiramente, a guarnição faz uma escavação rasa de 2,20m
x 1,60m x 0,15m, aproximadamente, com o lado maior perpendicular a provável direção de ataque do inimigo. A terra
escavada é depositada em volta, formando um parapeito.
O espaldão é completado pela escavação de uma sapa, em forma de ferradura, com 0,60m de largura,
acompanhando as faces laterais e posterior da escavação inicial, ficando uma massa de terra da altura do peito na
parte central da frente do espaldão, que servirá como plataforma da arma (Fig 18.4). A terra escavada é amontoada
em torno do espaldão, completando o parapeito até pelo menos 0,90m de espessura e suficientemente baixo para
permitir o tiro em todas as direções.
Esse espaldão protege contra o tiro das armas portáteis e contra estilhaços de granada ou bombas. Em terreno
firme, proporciona proteção contra ação de esmagamento dos carros de combate; em terreno frouxo, um
revestimento dos taludes do espaldão, feito com troncos de 0,20m de diâmetro aproximadamente, colocados
longitudinalmente e encaixados no terreno, com sua parte superior ao nível do solo, ajuda a tornar a obra resistente
à passagem de carros de combate.
Quando os carros de combate estiverem a ponto de passar sobre a posição, a guarnição coloca a arma no
fundo da parte central da sapa e agacha-se nos lados.
feito um pequeno traço no terreno, na direção principal de tiro. À direita desse traço é cavada a toca para o atirador;
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à esquerda, e a 0,60m à frente da toca do atirador, é cavada outra toca para o municiador. A terra escavada é disposta
em torno da posição, formando um parapeito, o qual não deverá prejudicar o tiro em qualquer direção. Em terreno Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
firme esse tipo de espaldão protege a guarnição e a arma contra a ação de esmagamento dos carros. Quando os carros
estão a ponto de passar sobre a posição, a arma é retirada do tripé e colocada numa das tocas, enquanto o tripé é
colocado na outra. O atirador e o municiador agacham-se nas respectivas tocas.
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18.2.3 – Abrigos
a) Tocas
As tocas são os abrigos básicos e individuais dos fuzileiros, que proporcionam a máxima proteção contra o
fogo inimigo de todos os tipos (exceto impactos diretos). Sempre que o tempo e os recursos permitirem, as tocas
devem ser melhoradas pelo acréscimo de tetos, qualquer que seja o tipo de toca, e pela adoção de medidas para
drenar as águas da chuva ou superficiais, como por meio de um poço.
Também é necessário construir um sumidouro de granadas de mão, para que nele sejam rapidamente
empurradas com os pés as granadas lançadas pelo inimigo no interior da toca. Exceto nos terrenos que dificultem o
emprego de carros de combate, a toca deve ser suficientemente profunda para garantir, pelo menos, 0,60m de espaço
entre o soldado agachado e a borda da toca, a fim de protegê-lo contra a ação de esmagamento (Fig 18.7).
Geralmente, as tocas são cavadas com o lado maior paralelo à frente e distribuídas em torno dos espaldões
das armas de emprego coletivo para garantir a defesa em todas as direções. Todas as tocas são localizadas de modo a
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Nas situações defensivas estabilizadas, a toca pode ser aumentada para comportar um espaço para dormir, devendo
ter teto resistente. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
2. - quaisquer outras dimensões utilizadas devem ser as menores possíveis, a fim de proporcionar um alvo
reduzido aos possíveis fogos inimigos;
3. - suficientemente largas para conter os ombros de um homem localizado na banqueta de tiro (largura mínima:
0,60m);
4. - suficientemente compridas para permitir o emprego das ferramentas de sapa (comprimento mínimo: 1,05m); e
5. - pelo menos 1,20m de profundidade até a banqueta de tiro da qual um homem de pé possa atirar.
Poços
No fundo da toca, em toda sua largura, deve ser cavado um poço, de 0,45 x 0,45m, para coletar água e permitir
que o homem sentado coloque os pés.
o
Esse poço deverá ter um declive de 10 na direção do sumidouro de granadas, o qual terá, no mínimo, 0,45m
o
de comprimento, um declive de pelo menos 30 e, no máximo, 0,20m de diâmetro.
Proteção superior
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- contra esmagamento: na maioria dos tipos de solo, a toca proporciona proteção efetiva contra a ação de
esmagamento dos carros de combate, se o ocupante se agachar pelo menos 0,60m abaixo da superfície do terreno.
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Nossolos muito arenosos ou frouxos, pode ser necessário revestir os taludes para evitar seu desmoronamento; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
- contra arrebentamentos aéreos: para proteger os fuzileiros contra os precisos arrebentamentos aéreos das
granadas com espoleta tempo, as tocas devempossuir teto. Em alguns casos podem ser empregados troncos de 0,10m
a 0,15m de diâmetro, cobertos com uma camada de terra; em outras situações, qualquer material disponível pode
servir, se coberto com 0,15m a 0,20m de terra, areia ou neve.
Parapeito
Parte da terra escavada é amontoada em torno da toca, deixando uma berma bastante larga para permitir
que o soldado apoie os cotovelos durante o tiro. Oparapeito deve ser cerca de 0,90m de largura e 0,15m de altura. Se
foremempregadas leivas (placas de vegetação rasteira) para camuflar o parapeito, elas devem ser retiradas de uma
área quadrada de 3m de lado e colocadas à parte, até que a toca fique pronta. Neve socada também constitui um bom
parapeito.
II) Toca para dois homens
A toca de raposa para dois homens nada mais é do que duas tocas para um homem adjacentes. Oferece
proteção contra os fogos inimigos diretos comparável à toca individual. Entretanto, apresenta menor proteção contra
a ação de esmagamento dos carros de combate, contra os estilhaços de granadas e o bombardeio pela aviação.
Nas posições defensivas, a toca para dois homens (Fig 18.11) é geralmente preferida à toca para um homem, pelas
seguintes razões:
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- é preparada com maior facilidade. Um homem pode fazer a proteção, enquanto o outro trabalha na toca;
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- proporciona revezamento e repouso para os ocupantes, pois um deles descansa enquanto o outro fica alerta. Assim,
as posições ficam guarnecidas eficientemente por períodos de tempo mais longos; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
- se um dos soldados é ferido ou morto, a posição continuará ocupada, o que não acarretará uma brecha na linha;
- em situação crítica, o efeito psicológico da camaradagem mantém os homens na posição por mais tempo do que um
homem isolado; e
- proporciona maior conforto, especialmente em tempo frio, quando os ocupantes poderão juntar seus cobertores e
panos de barraca.
b) Posições abrigadas
I) Posições naturais
Essas posições devem ser sempre utilizadas, desde que existam na área de operações, tendo em vista a grande
economia de tempo e de mão-de-obra que proporcionam, e, também, por constituírem os melhores abrigos e
cobertas naturais. Os muros de pedra, as cercas vivas, as dobras naturais do terreno, os diques de terra e os trechos
de aterro das estradas de ferro e das rodovias, constituem excelentes posições naturais. As áreas urbanas apresentam
grande variedade de posições naturais sob a forma de paredes de pedra, de tijolos e de outros tipos de alvenaria, e
mesmo de escombros de edificações. As posições naturais devem, geralmente, ser melhoradas e reforçadas; os
espaldões para as armas e os abrigos para pessoal são cavados e suas partes fracas são reforçadas com sacos de areia,
caixas de munição cheias de terra e outros meios de fortuna.
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c) Crateras melhoradas
O terreno entre duas tropas inimigas geralmente apresenta crateras de vários tamanhos, provocadas por granadas,
bombas, minas e foguetes. Para as tropas que avançam, essas crateras oferecem um refúgio imediato e disponível
para abrigo ou coberta, bem como posições de tiro parcialmente desenfiadas. Caso a situação fique temporariamente
estabilizada, as crateras podem ser facilmente aprofundadas e melhoradas com uma ferramenta de sapa.
Para se melhorar uma cratera, cava-se verticalmente a sua borda, no lado voltado para o inimigo, e prepara-se uma
posição cômoda para um atirador deitado, ajoelhado ou de pé (Fig 18.13).
18.2.4 - Obstáculos
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Na concepção militar, um obstáculo é qualquer acidente do terreno, condição do solo ou ambiente, existente
ou resultante de fenômeno meteorológico adverso, ou qualquer objeto, obra ou situação criada pelo homem, exceto
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o fogo das armas, utilizado para canalizar, retardar ou impedir o movimento do inimigo numa determinada direção. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Embora o obstáculo deva ser denso o bastante para impedir uma fácil penetração na posição defensiva, não
deverá ser tão denso que seja facilmente identificado em fotografias aéreas ou ofereça um bom alvo para a artilharia
inimiga. Os obstáculos deverão ser simples, de modo a poderem ser feitos rapidamente pelas tropas com pouca
experiência, mesmo na escuridão e na presença do inimigo. O primeiro elemento construído deverá oferecer proteção
imediata; o restante deverá ser executado sob a proteção do que já se encontra pronto.
a) Obstáculos de arame farpado
Entre os vários tipos de obstáculos, os de arame farpado são os mais empregados em qualquer tipo de
operação. Normalmente estão disponíveis em grandes quantidades, são facilmente transportáveis e formam uma
barreira eficaz. Oferecem o máximo de interferência por tonelada de material, são facilmente construídos e oferecem
pequena visibilidade e alta resistência aos tiros de artilharia.
Os obstáculos de arame farpado são classificados quanto à missão que desempenham como táticos, de
proteção ou suplementares (Fig 18.14 a 18.17).
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As redes de arame farpado táticas são lançadas ao longo do lado amigo da barreira principal, para quebrar as
formações inimigas e obrigá-las a permanecer em áreas batidas pelos mais intensos fogos da defensiva. As redes
táticas se estendem por toda a frente da posição, porém, não necessitam ser contínuas. As redes de arame farpado
de proteção são lançadas para impedir ataques de surpresa de pontos situados próximos à posição defensiva. Elas
devem se encontrar próximo o bastante da linha de defesa para poderem ser observadas dia e noite e, ao mesmo
tempo, longe o bastante para impedir que o inimigo empregue granadas de mão. Dependendo do terreno, uma
distância entre 35 a 75 metros satisfaz essa exigência. As cercas de arame de proteção são construídas ao redor das
instalações de retaguarda com o mesmo propósito que o das empregadas à frente. Quando construídas ao redor das
áreas de companhia podem ser ligadas de modo a rodearem todo o batalhão.
Quando o tempo permitir, serão adicionadas redes de arame suplementares para dissimular a linha exata das
redes táticas e a direção da barreira principal.
b) Outros obstáculos
Os outros tipos de obstáculos, tais como as crateras, os abatises, os fossos anticarro e o agravamento das
margens de cursos d`água, devido à sua complexidade, não serão apresentados nesta publicação.
18.3 - CAMUFLAGEM
É o conjunto de medidas que visam a iludir ou a ocultar a verdadeira natureza de uma tropa, instalação,
atividade ou equipagem, e que devem ser praticadas intensamente por todos.
Todo fuzileiro é responsável por sua camuflagem individual, devendo preocupar-se com a equipagem, com o
armamento, com a posição e com os seus itinerários de progressão. Deve ser devidamente preparado para empregá-
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la e motivado no sentido de que, utilizando-a bem, poderá aproximar-se do inimigo sem ser visto.
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Por sua vez, cada Comandante é responsável pelo apropriado emprego da camuflagem por sua tropa. Embora
os modernos meios de observação possam detectar materiais artificiais bem como alterações no terreno ou na Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
vegetação, a observação direta através do olho humano ainda é a mais largamente empregada. Desse modo, a
camuflagem pode ser considerada um fator básico nas operações por sua influência no despistamento e na proteção.
Na ofensiva e na defensiva, a camuflagem auxilia a obtenção da surpresa, além de reduzir o número de baixas.
Nega ao inimigo o conhecimento das posições exatas ocupadas por tropas amiga, difilcultando-lhe o
desencadeamento de fogos. Muitas vezes, a rapidez inerente às operações de combate impede a execução de medidas
de camuflagem elaboradas; nessas situações, o correto aproveitamento do disfarce proporcionado pelo terreno
poderá contribuir eficazmente para a segurança da tropa.
c) Montagem
O material da camuflagem deverá ser montado de maneira que oculte a forma, a sombra e o tamanho do
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objeto a ser camuflado, não possuir forma regular ou sombra bem definida e esconder as pistas e pegadas
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denunciadoras do pessoal que o montou.
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d) Escolha do material
Para que a camuflagem seja eficaz, os materiais utilizados para esse fim deverão confundir-se com o tipo de
terreno adjacente no que refere à textura, tonalidade e cor. Os materiais de camuflagem compreendem as seguintes
classes:
I) Material natural
Na guerra, apenas essa classe de material estará disponível em quantidade suficiente para permitir um
trabalho de camuflagem eficiente. Inclui, geralmente, árvores, macegas, glebas, camada superficial do solo e destroços
encontrados nas proximidades. Sua disponibilidade e emprego tornam a reprodução das formas locais, texturas e
cores relativamente fáceis, se utilizados e conservados apropriadamente. Deve ser lembrado que macegas, folhagens
e capim, após serem cortados, murcharão e morrerão, com uma modificação marcante em sua aparência, dentro de
um período de tempo relativamente curto. Novas folhagens e macegas deverão ser cortadas para substituírem as
existentes na camuflagem antes que suas cores apresentem modificações. O material natural possui várias vantagens
sobre o artificial: iguala as cores e as texturas locais mais fielmente; enquanto não murcha, é eficaz contra todos os
tipos de fotografia aérea, particularmente a infravermelha e em cores; e reduz a quantidade de material de
camuflagem a ser fornecido pela retaguarda. Contudo, apresenta algumas desvantagens quando comparado com o
artificial, principalmente quando se leva em conta que o trabalho tem de ser executado no local, o que impede a
preparação antecipada. Além disso, perde rapidamente suas características e tem que ser substituído com freqüência.
CAPÍTULO 19
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19.5 - VIDA A BORDO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Os Fuzileiros Navais (FN) quando embarcados em navios, especialmente para a realização de uma OpAnf,
devem observar atentamente as rotinas de bordo e estar em condições de “guarnecer” as fainas próprias dos homens
no mar. Os Navios deslocamse em sigilo quando em operações de guerra e os Fuzileiros Navais devem ter um perfeito
entendimento das normas durante a navegação, restringindo as suas necessidades. É o caso da utilização de telefones
celulares, que só poderão ser usados com o conhecimento do Comandante do Navio.
O planejamento, a execução e o controle das atividades da Tropa à bordo são regidos por documentos
expedidos pelo Navio e pelo Comandante das Unidades embarcadas.
19.5.1 - Atividades a bordo Normalmente, os Comandantes de navios estabelecem normas de conduta para a tropa
embarcada.
A participação da Tropa embarcada para uma OpAnf deve limitar-se às atividades que não interfiram com a
operação do navio. Além de reuniões preparatórias e de críticas, todos os comandos envolvidos na operação realizam
um acompanhamento da situação, particularmente em função dos conhecimentos mais recentemente obtidos da área
de operações.
Assim, é elaborado um programa de treinamento para a tropa que prevê, normalmente, as seguintes instruções:
- vida a bordo e fainas de emergência;
- treinamento físico militar;
- exercícios de transbordo;
- manutenção e testes de equipamentos e armamentos; e
- exercícios de postos de combate, postos de abandono, homem ao mar, operações aéreas e transferências
de carga e combustível.
São também programadas:
- inspeções do pessoal e do material; e
- aprestamento quanto à missão e ao emprego da tropa, incluindo-se o tiro com armas portáteis.
a) Fainas de emergência
As fainas de emergência são sempre anunciadas pelo soar de um alarme, seguido de aviso pelo fonoclama. O
atendimento deverá ser realizado por todo o pessoal embarcado, no menor tempo possível, obedecendo as regras de
trânsito do navio. Geralmente os navios dispõem dos seguintes sinais de alarme: alarme geral, colisão, ataque químico
e "crash" de aeronave.
Todos os componentes da Tropa deverão estar familiarizados com as ações a serem tomadas nos casos de
emergência. O adestramento para essas fainas, bem como para as de homem ao mar e abandono do navio, deverá
ter início, sempre que possível, assim que a tropa embarcada já estiver alojada.
I) Postos de Combate
Ao soar o alarme geral seguido do aviso, pelo fonoclama, “GUARNECER POSTOS DE COMBATE”, todos os
elementos da tropa deverão guarnecer o colete salva vidas e se dirigir para os locais previamente designados, onde
receberão ordens especiais.
II) Incêndio e alagamento
Ao soar o alarme geral seguido do aviso, pelo fonoclama, do local do incêndio ou do alagamento, de imediato
será tocado “POSTOS DE COMBATE”. Todos os elementos da tropa deverão guarnecer os coletes salva vidas,
concentrar nos locais previamente designados, e aguardar as ordens.
Sempre que qualquer elemento da tropa perceber fumaça, início de incêndio ou entrada de água em
qualquer compartimento do navio, deverá comunicar imediatamente o fato ao Oficial de quarto, que se encontra no
passadiço do navio.
III) Postos de colisão
Ao soar o alarme de colisão, seguido do aviso pelo fonoclama, todos os elementos da tropa deverão
guarnecer os coletes salva vidas e se concentrar nos locais previamente designados, aguardando as instruções.
“HOMEM AO MAR POR BORESTE ou POR BOMBORDO ou PELA PROA ou PELA POPA”. Deverá, ainda, lançar bóias e
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fazer o acompanhamento visual da vítima. Isto facilitará o resgate e o salvamento.
O brado de “HOMEM AO MAR” deverá ser amplamente disseminado até que seja assegurado que o Oficial Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
de quarto, no passadiço, tenha conhecimento do ocorrido. Ao ser ouvido o aviso de “HOMEM AO MAR”, seguido de
vários apitos curtos do navio, todos os elementos da tropa devem se dirigir para o local de parada. O mais antigo
deverá verificar a presença do pessoal, encaminhar as faltas ao passadiço e manter o Oficial de quarto informado
sobre todos que estão a bordo.
V) Postos de abandono
A tropa deverá receber instruções quanto aos procedimentos para o abandono do navio. Ao embarcar, já
deverá ter conhecimento das estações de abandono, das balsas salva-vidas e saber localizá-las; inclusive com o navio
às escuras. Ao ser determinado “GUARNECER POSTOS DE ABANDONO”, a tropa deverá:
- guarnecer o colete salva-vidas;
- guarnecer o cantil de água;
- encaminhar-se em acelerado para seu posto de abandono, obedecendo às regras de trânsito a bordo;
- concentrar-se nas estações de abandono, checar material e pessoal;
- efetuar a verificação de presença e encaminhar as faltas ao passadiço; e
- aguardar ordem para abandonar o navio.
Os elementos que se encontrarem baixados nas enfermarias ou nos camarotes deverão ser encaminhados
para as estações de transbordo pelo pessoal do serviço de saúde.
As balsas contêm itens de sobrevivência, tais como: ração, água potável, apito, pirotécnicos, etc.
a) Água potável
A disponibilidade de água doce a bordo é geralmente restrita. Os horários para utilização de água
constarão da rotina divulgada nos quadros de avisos da tropa. O consumo excessivo de água doce poderá acarretar o
racionamento. Os maiores consumos são para banho, lavanderia e serviço de rancho.
b) Alojamento
Os elementos da tropa serão distribuídos pelos diversos camarotes e cobertas, de acordo com o previsto
no Plano de Embarque, estando essa informação registrada em seu Cartão de Embarque. Na entrada de cada coberta
será afixado um diagrama com a localização e o número dos beliches. O pessoal da tropa que desempenhar função
especial a bordo,, tal como de rancho, será alojado em áreas determinadas em cada coberta da tropa ou, se possível,
em uma área separada. Tal medida facilitará a rendição do serviço.
c) Bar e cantina
A tropa poderá utilizar as facilidades de bar e cantina de bordo de acordo com as normas do navio. É
expressamente proibido o embarque de bebidas alcoólicas de qualquer espécie.
d) Barbearia
A tropa deverá embarcar o número de barbeiros que julgar conveniente para atender ao seu pessoal. O
local do navio a ser utilizado como barbearia deverá ser do conhecimento da Tropa.
e) Colete salva-vidas
Cada elemento da tropa, ao embarcar, receberá um colete salva-vidas, o qual ficará junto ao seu beliche
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Procedimentos inadequados, tais como a utilização sob a forma de travesseiros ou almofadas, prejudicam
as condições de flutuabilidade desse importante item de segurança.
f) Detalhe de serviço
Militares da tropa serão escalados para os diversos serviços a bordo logo após o embarque. Existem
detalhes de serviço para o navio no mar e o navio no porto.
g) Disciplina
O pessoal da tropa, enquanto embarcado, ficará sujeito às disposições regulamentares concernentes ao
serviço e à disciplina do navio. As penas disciplinares ao pessoal da tropa serão impostas, a priori, pelo Comandante
do navio.
h) Cartão de embarque
Cada FN deverá portar dois cartões de embarque. Um a ser entregue ao embarcar e outro para ficar em seu
poder.
i) Fonoclama
Todas as ordens de caráter geral, destinadas ao pessoal da tropa, serão anunciadas pelo fonoclama,
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j) Formatura e postos
Os locais para a formatura e guarnecimento dos postos de abandono, colisão e incêndio serão Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
u) Secretaria da tropa
Normalmente existe um compartimento que é destinado ao serviço de secretaria da tropa. Os
expedientes referentes à tropa deverão convergir para esse local. Destina-se ao serviço do Oficial de Pessoal, o
Sargenteante Geral da Tropa, escreventes e outros auxiliares.
O Sargenteante Geral da Tropa embarcada executará, dentre outras, as seguintes tarefas na secretaria:
- controle de efetivos;
- confecção do detalhe de serviço;
- expedição de documentos administrativos;
- controle de baixados; e
- controle dos cartões de embarque.
v) Serviço de saúde
O serviço de saúde é exercido na enfermaria do navio. A tropa poderá comparecer às revistas médicas
nos horários de rotina ou em qualquer horário nas situações de emergência. Os médicos e os enfermeiros da tropa
suplementam o pessoal de saúde do navio.
x) Trânsito a bordo
O trânsito a bordo dos navios é regido pelas seguintes normas gerais:
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- no sentido da popa à proa, por boreste (BE).
As setas indicativas nas anteparas e escadas devem ser obedecidas. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
y) Escoteria
É o local destinado à guarda da munição, dos armamentos portáteis e de porte da tropa. Existe o serviço
de escoteria. O material deve ser recolhido logo após o embarque da tropa.
z) Uniformes
Deverão ser levados para bordo todos os uniformes previstos para a viagem. Nas comissões em que está
prevista a estadia do navio em portos, normalmente usa-se uniformes do grupo branco.
ANFÍBIO
CGCFN-31.10
(1ª Edição – 12 de maio de 2020 – referência “f”)
DO COMBATENTE
3. MANUAL BÁSICO
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CAPÍTULO 2
CARACTERÍSTICAS DE UMA ÁREA DE OPERAÇÕES
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b) Cobertas e abrigos
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Coberta é a proteção contra a observação e abrigo a proteção quanto aos efeitos dos fogos. O terreno deve
ser utilizado de forma a assegurar a máxima utilização das cobertas e dos abrigos. O terreno sob controle do inimigo
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também será estudado para determinar como as cobertas e abrigos a ele proporcionados poderão ser anulados. No Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
ataque, serão procurados itinerários cobertos e abrigados que conduzam às posições inimigas de forma a reduzir ao
mínimo o número de baixas e obter surpresa. Na defesa, as cobertas e os abrigos serão utilizados não só em benefício
dos abrigos individuais como na ocultação da fisionomia da frente, com vistas a surpreender (novamente) a tropa
atacante. Quando se analisa o terreno do ponto de vista do abrigo que proporcionará, devem ser consideradas as
características de todas as armas do inimigo. Isto inclui seus alcances, tipos de munição e quantidade de peças. A
topografia é o principal fator que influi no abrigo. Os vales e as elevações, de maneira geral, serão massas cobridoras
que proporcionarão abrigo contra as armas de tiro tenso. Pequenos efetivos se valerão de córregos, dobras do terreno,
cortes de estradas, etc. O abrigo contra os fogos das armas de tiro de trajetória curva será normalmente de difícil
obtenção. Os acidentes do terreno que oferecem abrigo proporcionam também coberta contra a observação terrestre.
Quanto mais irregular o terreno, mais cobertas ele irá proporcionar. Pequenos escalões se preocupam com a cobertura
individual e dos veículos, armas e posições. À medida que sobe o escalão, a análise recai sobre a necessidade de
cobertura dos postos de comando (PC), instalações de apoio de serviços ao combate (ApSvCmb) e grandes
movimentos.
c) Obstáculos
Obstáculos (Obt) são acidentes do terreno, naturais ou artificiais, que: impedem, retardam, canalizam ou
dissociam o movimento de tropas em uma AOp. Os Obt impeditivos são aqueles que por suas características impedem
a tropa afetada de cumprir as tarefas impostas no tempo disponível; ou seja, a tropa poderá até transpor o obstáculo,
porém, calculada a cinemática das ações, concluir-se que a mesma não chegará a tempo, no local devido. Os Obt que
retardam, diminuem a velocidade de avanço em maior ou menor grau. O canalizador procura fazer com que a tropa
que com ele se depara escoe na direção desejada pelo inimigo e não na direção que vinha mantendo. O que ocorre é
que há uma tendência natural da tropa “escoar“ numa direção paralela ao Obt até conseguir ultrapassá-lo. Diz-se que
um Obt dissocia a tropa quando esta fica dividida; ou seja, parcela considerável de seu efetivo em um bordo do
obstáculo e o restante no outro bordo. Como já mencionado, os obstáculos podem ser naturais ou artificiais. Os
naturais são todos aqueles que já estavam presentes no terreno antes das operações militares se iniciarem, aí incluídos
os rios, lagos, vegetação, edificações, cortes de estradas, etc. Os artificiais são aqueles que foram construídos com fins
militares; são eles os campos minados, abatises e toda sorte de barreiras. Os Obt devem estar intrinsicamente ligados
ao Plano de Defesa e ao Plano de Apoio de Fogo, pois de nada valerá um Obt se o mesmo não for batido por fogos.
d) Acidentes capitais
Acidente capital (AcdtCap) é qualquer acidente no terreno cuja posse, conquista, manutenção ou controle,
assegure uma vantagem marcante a qualquer um dos contendores. Contudo, se algo no terreno ofereça vantagem
somente ao inimigo, mesmo assim será assinalado como acidente capital. Convém ressaltar que a todo AcdtCap
marcado deverá corresponder uma ação da tropa que o marque, haja vista que se deve, ao menos, negar ao inimigo
aquela vantagem. Uma vez que vantagem marcante não é um termo preciso, é necessário ter muito critério na
marcação. Nem toda elevação será um AcdtCap, nem só elas serão assinaladas como AcdtCap. A marcação dos
AcdtCap variará de acordo com o escalão que realiza o estudo.
e) Vias de acesso
Via de acesso (VA) é uma faixa no terreno, variável com o escalão considerado, que permite ou favorece o
movimento de determinada tropa em direção a um AcdtCap. As VA serão selecionadas levando-se em consideração
principalmente a natureza da tropa que irá empregá-la e o efetivo que mobiliará aquela faixa do terreno. As VA são
assinaladas e analisadas, em relação às peças de manobra do escalão considerado. Um batalhão de infantaria
selecionará e analisará as VA de valor Companhia, esta, por sua vez, selecionará e analisará as de Pelotão. Da definição
pode-se inferir que estradas, trilhas, caminhos etc. não constituem VA sob o ponto de vista militar, podendo, ou não,
tão-somente valorizar as VA.
2.2.2 - Formas básicas do terreno.
A maioria dos acidentes geográficos da superfície terrestre resulta da erosão pela ação dos ventos, desgaste pelo
degelo e drenagem da água dos terrenos altos para os terrenos baixos. Assim, na maior parte das regiões em que o
terreno foi conformado pela ação das águas pluviais, apresenta a forma mais conveniente ao escoamento das mesmas.
A superfície da Terra, geralmente arredondada, pode ser substituída, para fins de interpretação esquemática, por
tantos planos tangentes quantos necessários à conservação aproximada do aspecto côncavo ou convexo que lhe é
próprio. Esses planos denominam-se encostas ou vertentes, pois que, no terreno, as águas efetivamente vertem ao
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longo delas. Vertente ou encosta é, portanto, uma superfície inclinada do terreno que forma um ângulo com o plano
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horizontal. Este grau de inclinação será chamado de declive ou declividade.
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A encosta convexa é abaulada. A declividade aumentará à medida que o terreno na elevação perde altura. As
curvas de nível são bem espaçadas na crista e próximas no sopé (Fig 2.2a)
A encosta côncava tem sua curvatura voltada para cima. Ou seja a declividade diminui à medida que se aproxima da
base. Neste caso, as curvas de nível são mais próximas na crista e mais afastadas no sopé (Fig 2.2b).
As encostas sempre se ligam duas a duas. Se esta ligação é um ângulo convexo, a encosta desse ângulo será
dominante e divisora de águas, formando uma linha de crista, de festo, linha de cumeada ou divisora de águas; se a
ligação é côncava ou dominada pelas encostas será formada a linha de fundo, linha de reunião de águas ou talvegue.
No caso da linha de crista, há dois conceitos importantes a esclarecer. O segmento mais alto da linha de crista será
chamado de crista topográfica, já a crista militar será o ponto da linha de crista que proporciona comandamento sobre
todo o terreno à frente da elevação, sem a presença de ângulos mortos. Poderá coincidir com a crista topográfica ou
não. Nas encostas planas ou côncavas isto poderá acontecer, já na convexa dificilmente.
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As linhas de crista constituem as regiões dominantes do terreno, ao longo das quais se pode ter observação
contínua e profunda. Quando paralelas à direção de movimento tornam-se acessos favoráveis à progressão da tropa,
constituindo a linha seca e definindo uma compartimentação longitudinal no terreno. Quando dispostas em sentido
transversal à progressão de uma tropa, limitam a observação, mas servem, por outro lado, como massa cobridora,
sendo favoráveis à defesa. Nesse segundo caso, as linhas de crista definem uma compartimentação transversal no
terreno (Fig 2.4).
As linhas de fundo são ravinas ou linhas d’água, formadas pela linha inferior da vertente (encosta). São
elementos naturalmente desenfiados, razão pela qual podem ser aproveitados militarmente em função da proteção
que oferecem (Fig 2.5).
A ligação de duas vertentes em ângulo convexo pode dar origem a três formas básicas do terreno: o espigão, a
garupa e o esporão. Elas devem ser estudadas em função da elevação a que pertencem. Tanto podem constituir um
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acesso favorável ao movimento, como um elemento de dissociação, em face de sua altitude, facilidade de acesso,
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configuração, etc.
O espigão é a forma do terreno em que as vertentes são íngremes e uniformes. O ângulo por elas formado é Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
agudo, levando a uma representação das curvas de nível cuneiforme, pontuda (Fig 2.6).
A garupa é a forma do terreno em que as encostas são convexas. O ângulo entre elas é obtuso, dando origem a
uma linha de crista abaulada, sendo as curvas de nível representadas com formato arredondado (Fig 2.7).
O esporão é a forma do terreno caracterizada por uma linha de crista com uma inflexão, ou seja, apresentando
uma elevação de menor porte mais próxima ao sopé (Fig 2.8).
vertentes; normalmente servirá como linha de reunião de águas. Às vezes as ravinas correm de alto a baixo da
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elevação, fazendo com que a curva de nível mais alta sofra as mesmas inflexões da mais baixa. A essa ravina mais
alongada dá-se também o nome de fundo. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
O nó de crista é o elemento resultante da reunião de várias linhas de festo no topo de uma elevação.
b) Formas Isoladas
I) Mamelão
Tipo de elevação em que as vertentes são arredondadas e uniformes.
Pela sua forma, suas encostas permitem, normalmente, ampla observação em qualquer direção (Fig 2.9).
II) Colina
Diferentemente do mamelão, a colina se alonga segundo uma direção definida. A colina tanto se presta à
instalação de armas e órgãos de defesa, como pode valorizar uma via de acesso, se utilizada em função do sentido de
sua maior dimensão, quando esta se confunde com a direção de ataque, embora, algumas vezes, possa ser elemento
dissociador desse ataque. Quando sua maior dimensão é perpendicular à direção do ataque, favorece ao defensor, à
instalação de armas e órgãos de defesa (Fig 2.10).
Assim, a colina difere do mamelão por ter formato alongado segundo uma direção. Sua linha de crista,
normalmente, tende a abaular-se, formando uma espécie de cela.
As elevações isoladas podem se apresentar, na sua parte superior, em forma de pico, zimbório ou platô.
são representados por curvas de nível que se fecham e mantém uma curvatura mais ou menos uniforme;
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- Morro - o mais comum, de porte mais modesto, quase sempre com a parte superior arredondada, em forma
de zimbório; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
- Outeiro - são ainda de menor porte que as colinas, se assemelhando, entretanto, a elas. Sua principal
característica, porém, é a de se apresentar isolado nas planícies e planaltos; e
- Dobras - são elevações alongadas, cuja altura não atinge a cota da menor curva de nível da carta considerada,
capaz de furtar tropa da observação terrestre inimiga.
c) Formas grupadas
I) Montanha
Termo genérico que exprime um aglomerado de elevações de forma e natureza diferentes, numa extensão mais
ou menos considerável, em que o comprimento excede a largura. A curvas de nível que as representam, embora
também fechadas, têm altura muito variável e ocupam no desenho mais espaço que as representativas dos montes.
II) Cordilheira
É uma série de montanhas que se sucedem numa grande extensão, sempre na mesma direção, dando origem a
grandes linhas de cumeada e donde, em geral, se destacam, no sentido mais ou menos paralelo ao da direção principal,
montanhas alongadas denominadas contrafortes, das quais, por sua vez, se destacam, em grande número,
contrafortes secundários ou espigões.
IV) Serra
Montanha de forma muito alongada, em cuja parte elevada aparecem pontos salientes, culminantes, em forma
de dentes de serra, denominados vértices, cumes ou cimos, em forma de picos ou agulhas.
V) Maciço
É um agrupamento de elevações que se ramificam de diversas maneiras, em qualquer sentido, apresentando o
aspecto de um círculo de elevações em torno de um ponto culminante central.
VI) Planalto
Superfície mais ou menos extensa e regular, situada a grande altura em relação do nível do mar, em geral
ondulada, com declividades suaves e algumas vezes acidentada, porém acessíveis. Quando o planalto é de grande
extensão, é chamado de chapada.
As montanhas paralelas à direção de progressão de uma tropa podem limitar ou impedir os movimentos laterais,
porém protegem os flancos. As perpendiculares à essa direção, são obstáculos para o atacante e favorecem ao
defensor.
Quando as operações se desenvolvem em terreno montanhoso, muitas vezes tomam caráter especial, exigindo
tropas e equipamentos especializados.
d) Depressões
As depressões são as formas opostas às elevações e para onde vão ter as águas que se escoam das vertentes que
as cercam e formam. Algumas depressões, embora raramente se apresentem isoladas e sem escoamento para as
águas, têm forma de cume invertido e recebem a denominação de cuba, servindo em geral como fundo dos lagos.
Vales - nome genérico de depressão que serve de leito para escoamento das águas, com a forma de sulcos
alongados e sinuosos, de profundidade e largura variáveis. Desfiladeiro - é uma passagem mais ou menos longa, entre
duas elevações, cujas vertentes se prestam a uma organização do terreno capaz de barrar a progressão inimiga, por
ser uma passagem natural de tropas, ou ainda suscetível de ter essa passagem impedida por uma posição defensiva
localizada em um movimento do terreno que a enfie. As elevações que o formam são de difícil acesso.
Corredor - é caracterizado por uma passagem entre elevações de extensão apreciável, podendo as elevações
que o forma serem ou não acessíveis à tropa. Se prestam excelentemente para defesa dada a canalização do
movimento para o seu interior.
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e) Planícies
Forma intermediária entre as elevações e depressões, são resultantes muitas vezes do aterramento das depressões
com detritos provenientes da erosão. São vastas extensões de terreno sensivelmente planas, situadas nas regiões mais
baixas da superfície terrestre. Conforme o aspecto que apresentam e a situação em que se encontram, recebem as
seguintes denominações:
- Várzea - quando cultivadas ou a isso se prestarem;
- Charneca - quando além disso falta água e vegetação;
- Descampados - quando muito extensas;
- Brejo ou Charco - quando baixas, sujeitas às invasões das águas pluviais;
- Baixada - quando situada entre as cubas de grandes elevações e o mar; e
- Pampas - são vastas planícies, quase sem relevo, monótonas, cobertas por leivas, revestidas de prados, baixas
e desabrigadas dos ventos.
As planícies, em geral, diferem dos planaltos pela sua situação em relação ao nível do mar, pois os planaltos nada
mais são do que planícies situadas no alto das grandes cadeias de montanhas.
a) Quanto ao relevo
Plano - quando a diferença de nível é quase nula;
Ondulado - quando apresenta dobras não superiores a 20 metros;
Movimentado - quando apresenta elevações e depressões, próximas umas das outras, e de altura entre 20 e 50 metros;
Acidentado - quando as elevações variam entre 50 e 100 metros;
Montuoso - quando apresenta elevações entre 100 e 1000 metros; e
Montanhas - Quando as elevações são superiores a 1000 metros.
I) Quanto às vistas
Coberto - quando a observação terrestre é limitada por obstáculos (matas, bosques, construções);
Descoberto - quando oferece vastos horizontes.
II) Quanto ao movimento de tropa
Livre - quando no terreno não há obstáculo ao movimento de tropa;
Cortado - quando apresenta obstáculos ao movimento, tais como valas, fossos, muros, cercas, cursos d’água.
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Enfiado - quando está sujeito aos fogos inimigos. Diz-se, também, batido.
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IV) Quanto à vegetação.
Limpo - a vegetação existente não prejudica o movimento, a observação ou a ligação visual entre as tropas Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
amigas; e
Sujo - quando na situação inversa.
V) Quanto à praticabilidade das operações militares.
Praticável - quando o terreno, na sua conformação geral, se presta ao desenvolvimento de uma operação
militar; e
Impraticável - quando não se presta à operação militar em vista.
2.2.5 - Compartimentação do terreno
Um compartimento é uma área enquadrada por acidentes do terreno que limitam a observação terrestre ou os tiros das armas
de trajetória tensa para o seu interior.
Ao se analisar um compartimento deve-se atentar para o seu interior, para os acidentes naturais ou artificiais que o delimitam
e para as linhas limites. Estas são linhas imaginárias traçadas ao longo dos acidentes já mencionados e a partir das quais a
observação terrestre para o interior do compartimento fica comprometida.
Os compartimentos são classificados de acordo com:
- os acidentes que os constituem;
- suas formas; e
- a direção de deslocamento da tropa.
Com relação aos acidentes que os constituem, podem ser:
- formados pelo relevo, em que as linhas limites situam-se, normalmente, ao longo das cristas militares;
- formados por vegetação ou acidentes artificiais, em que as linhas limites incluem parte de suas orlas a uma
profundidade que dependerá da densidade dos mesmos; e
- formados pela combinação dos anteriores.
Com relação à forma, os compartimentos podem ser simples ou complexos, em que um grande compartimento
contém em seu interior compartimentos menores.
Quanto à direção prevista para o deslocamento da tropa no seu interior, eles serão denominados longitudinais ou
corredores, quando seu eixo maior coincidir com a direção daquele movimento e transversais quando perpendiculares
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Geralmente os compartimentos longitudinais se constituem em vias de acesso favoráveis, facilitando o ataque e
dificultando a defesa. O atacante poderá utilizar um corredor como via de acesso deslocando-se de dois modos: pelo Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Os compartimentos transversais são propícios à defesa e não se constituem em vias de acesso favoráveis.
O defensor disporá de boa observação e bons campos de tiro, podendo, ainda, realizar a coordenação de fogos e
desenvolver apoio mútuo lateralmente e em profundidade. Com isto será estabelecida uma barragem de fogos densa,
contínua e profunda à frente da posição. Adicionalmente, a posição na encosta facilitará o desencadeamento dos
fogos defensivos e permitirá abrigar as reservas na contra-encosta.
A tropa atacante, por sua vez, poderá dispor, inicialmente, de observação, cobertas, abrigos e campos de tiro.
Contudo, tais condições serão perdidas à medida que o ataque se desenvolve, em virtude das vantagens de que dispõe
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o defensor.
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2.2.6 - Natureza do solo Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
O estudo da natureza do solo para fins militares visa, principalmente, determinar as possibilidades de trânsito
através campo, sob condições meteorológicas atuais ou previstas, e assume importância especial para as unidades de
blindados.
À Engenharia cabe a responsabilidade de organizar e distribuir cartas sobre as condições de resistência do solo. Ao
realizar esse estudo devem ser ressaltadas, na zona de ação, as áreas do terreno cujo solo se apresenta firme e os
trechos de pouca consistência.
O terreno arenoso, alagadiço, o brejo, constituem embaraços ao movimento da tropa, podendo, conforme as
circunstâncias, impedi-lo inteiramente. Alguns solos podem ser impraticáveis às viaturas blindadas após chuvas
prolongadas e intensas, como é o caso de certos terrenos argilosos. O solo arenoso pode ser obstáculo em tempo seco
e ter a consistência aumentada após as chuvas. A organização do terreno está também condicionada à natureza do
solo. O solo pedregoso ou extremamente duro dificulta as escavações, enquanto o solo de pouca consistência facilita
esse trabalho, exigindo, porém, trabalhos especiais para evitar o desmoronamento dos taludes.
2.2.8 - Vegetação
A localização, tipo, dimensões, densidade e diâmetro dos troncos constituem elementos que, analisados,
determinam seu valor militar.
a) Macegas
São formadas por arbustos e gramíneas, podendo existir árvores pequenas e esparsas. A macega é
considerada alta quando encobre o movimento de um cavaleiro e densa quando torna penosa a sua travessia. A
macega rala e baixa carece de importância militar, quer sob o ponto de vista do desenfiamento, quer da
transitabilidade.
b) Matas
São formadas por árvores copadas de médio ou pequeno porte. Considera-se mata rala desde que seja fácil
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c) Florestas
São caracterizadas pelo arvoredo copado e denso, de grande porte e formado por árvores normalmente Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
seculares.
d) Bosques
São formados por árvores copadas, altas e regularmente dispostas. As florestas, as matas e os bosques
podem impor características especiais à operação a ser realizada.
e) Culturas
O terreno cultivado (café, cana, arroz, etc.) pode permitir movimento com cobertura, mas embaraça a
progressão.
f) Vegetação ciliar
É aquela que normalmente borda as margens dos cursos d’água e possui uma tonalidade mais escura.
2.3.1 - Clima
O clima está relacionado com a variação da estação e os padrões de temperatura, precipitação, umidade do ar,
nebulosidade, ventos e pressão atmosférica. Representa o estado da atmosfera de um determinado local durante um
certo período, geralmente extenso, e normalmente caracteriza uma área geográfica. A força e direção dos ventos, a
quantidade de chuvas e as temperaturas médias que reinarão em uma certa área podem ser estabelecidos em termos
médios, com precisão regular, com base em dados estatísticos. Além dos elementos climáticos, estão presentes
também os fatores climáticos, que atuam indiretamente, modificando esses elementos: altitude, continentalidade,
correntes marítimas, latitude, massas líquidas, vegetação, etc.
Existe vários tipos de climas, cuja classificação é variável. Para o fim desta publicação são de interesse os seguintes.
- Equatorial: quente, com temperaturas médias acima de 25º, elevada pluviosidade, não possui estação seca.
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Céu freqüentemente oculto por nuvens pesadas. Caracterizado por floresta equatorial: úmida, com grande variedade
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e quantidade de insetos e aves, bem como peixes e jacarés.
- Tropical: quente, com temperaturas e pluviosidade inferiores as do clima equatorial; duas estações distintas: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
verões chuvosos e invernos secos. Apresenta regiões com florestas de menos densidade que a equatorial, havendo
predominância de savanas (cerrados no Brasil). Ocorre a presença de animais de grande porte.
- Semi-árido: clima misto, quente e seco, com chuvas no inverno, apesar da baixa pluviosidade. Na vegetação
predomina a caatinga, caracterizada por sua heterogeneidade: matas fechadas de moitas isoladas, com cactáceas e
arbustos de galhos tortuosos. A fauna apresenta grande variedade de insetos, pássaros carnívoros e alguns répteis.
- Subtropical: temperatura suave, podendo baixar nas áreas mais altas, onde há, também, possibilidade de neve
no inverno. Chuvas bem distribuídas durante o ano. A vegetação é bastante variada, entre espécies tropicais e
temperadas; as formações são de fácil penetração, como, por exemplo, os pinheirais do Paraná.
- Desértico: quente e seco, com baixíssima pluviosidade, ventos fortes, céu límpido. Vegetação praticamente
inexistente, podendo ocorrer oásis com espécies características e capins rasteiros nas orlas dos desertos.
- Mediterrâneo: invernos brandos e úmidos, verões quentes e secos, pluviosidade média. Bosques com
vegetação pouco compacta são predominantes.
- Temperado Oceânico: temperaturas suaves, com forte influência da proximidade do mar, chuvas bem
distribuídas durante o ano, com forte incidência. Florestas temperadas com árvores de grande porte.
- Temperado Continental: invernos rigorosos, porém secos, e verões quentes. Índices pluviométricos baixos,
mas com chuvas em todas as estações e neve no inverno. Predominam as pradarias.
- Subpolar: inverno rigoroso, com verão frio e de curta duração. Baixa pluviosidade e sob a forma de neve.
Prevalecem florestas de coníferas.
- Polar: inverno extremamente rigoroso e longo, baixa pluviosidade, ventos fortes. Na vegetação predomina a
tundra.
a) Temperatura do Ar
Temperatura do ar é a quantidade de calor que circula livremente, medida por um termômetro protegido do
sol. Em geral será fornecida à tropa uma média dos dados coletados em anos anteriores no mesmo período da
operação.
I) Gradiente de temperatura
A diferença entre a temperatura do solo e a do ar originará a ocorrência de correntes de ar verticais que terão
influência direta no planejamento do uso de fumígenos e agentes químicos na área de operações (AOp). O gradiente
é a diferença entre a temperatura do ar medida à 30cm e 180cm do nível do solo. Três casos são possíveis. A INVERSÃO
ocorre quando o ar mais próximo da terra é mais frio que o ar superior. Quando ocorre a inversão, as condições
atmosféricas e, conseqüentemente, o ar mais baixo permanecem mais estáveis com ventos de pouca velocidade,
influenciando o emprego de meios na medida em que a poeira, a nebulosidade, a fumaça e agentes químicos tendem
a permanecer próximos a terra, reduzindo a visibilidade e a pureza do ar, levando também mais tempo para se dissipar.
Estas condições de inversão favorecerão o uso de fumígenos, cortinas de fumaça, agentes químicos e bacteriológicos.
Desfavorecerão, contudo, a observação, tendo em vista a redução da visibilidade. O segundo caso é o de
NEUTRALIDADE - a temperatura permanece constante - é uma situação intermediária e pouca ou nenhuma influência
tem sobre o estabelecimento de cortinas de fumaça, bem como na observação. E, por fim, a LAPSE - a temperatura
decresce com a altura – na qual ocorrem condições atmosféricas instáveis próximo ao solo, e, ao contrário da inversão,
faz com que o teto aumente (as nuvens sobem), contra-indicando o uso de fumígenos, cortinas de fumaça, agentes
químicos e bacteriológicos, favorecendo a observação.
b) Pressão atmosférica
É a força exercida sobre uma unidade de área pelo peso da atmosfera. Geralmente, o ar frio que é pesado e
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denso ocasiona alta pressão, enquanto o ar quente que é leve e mais rarefeito causa pressões baixas. Os sistemas de
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alta pressão são associados ao tempo bom e seco; os sistemas de baixa pressão, por sua vez, associam-se às condições
incertas e nebulosas. A pressão não tem influência direta ou marcante sobre as operações militares, mas a sua medição Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
c) Ventos
É o ar em movimento e resulta das diferenças na pressão atmosférica. É descrito pela sua direção e velocidade.
A direção do vento é a direção da qual ele está soprando (o vento vem). Um vento proveniente de sul é classificado
como um vento SUL. A velocidade é estabelecida em km/h. Em terreno irregular, o vento não se desloca com força e
direção fixa, e sim em uma sucessão de rajadas e calmarias, de velocidade e direções variáveis. Normalmente esta
turbulência é maior ao entardecer. As condições locais de pressão e vento se originam dos vales, montanhas e serra e
podem vir a modificar as características meteorológicas da AOp. Uma vez que as massas terrestres absorvem e
irradiam mais calor que as massas d’água, a terra é mais aquecida que o mar durante o dia, esfriando mais rapidamente
à noite. Em conseqüência, nas áreas costeiras, o ar quente se eleva a alturas maiores e se dirige para o mar. Para
substituir este ar que se eleva, o ar sobre o mar, mais frio, se dirige para a terra. É a brisa do mar. A noite este
movimento se inverte.
A sua velocidade afetará o estabelecimento e a manutenção do mascaramento de uma região, pela
possibilidade ou não do emprego de fumígenos, bem como o uso de agentes químicos e bacteriológicos. Em áreas de
grande ocorrência de turbulências, torna o emprego destes meios altamente perigoso, na medida em que o vento
muda de velocidade rapidamente, tornando difícil um planejamento confiável. Ventos inferiores a 5 km/h dificultam
o estabelecimento e manutenção do mascaramento com fumígenos de uma região. Ventos com velocidades
superiores a 32km/h inviabilizam o uso eficaz da fumaça. No caso de operações anfíbias, é bom lembrar que ventos
fortes vindos do mar tornam a praia extremamente perigosa, com a formação de vagalhões que podem impedir a
aproximação das embarcações de desembarque (ED), bem como o seu retraimento. Os desembarques por pára-
quedas são aceitáveis com ventos de até 24 km/h. Em velocidades maiores, o vento tende a dispersar a tropa no
aterramento, enredar o equipamento e aumentar o número de perdas resultantes de acidentes no desembarque. Os
ventos aumentarão, ainda, o tempo de permanência dos pára-quedistas no ar, aumentando também sua
vulnerabilidade e desfavorecendo o sigilo das operações. Será necessário mais tempo para recuperação do
equipamento e posterior reorganização para o prosseguimento das ações da tropa em terra.
Quanto à direção, a regra geral é comparar o posicionamento do vento em relação ao movimento da tropa que
empregará fumígenos. Se na mesma direção ou transversal, a utilização é possível. Se ao contrário, ou seja, em direção
oposta ao movimento da tropa, a utilização é desaconselhada.
d) Umidade
É o termo usado para descrever a quantidade de vapor d’água no ar. A quantidade de vapor d’água que o ar
contém é comparada com a que ele poderia ter a uma dada temperatura e pressão, a isto é chamado Umidade
Relativa. Quando a massa de ar tem a quantidade máxima de vapor relativa àquela temperatura, diz-se que está a
100%.
A maior influência da umidade é sobre o emprego de cortinas de fumaça. Ao empregá-la em uma situação em
que a umidade esteja a 90% o efeito de obscurecimento será duas vezes maior do que a 40%, por exemplo. Ela também
afeta o desempenho do pessoal, a eficiência e conservação de certos itens de material.
e) Nebulosidade
As nuvens são massas de umidade condensada e suspensa no ar em forma de diminutas gotas d’água. As
quantidades de nuvens são apreciadas em torno da fração de céu que elas cobrem. São usados os seguintes termos.
O céu sem nuvens ou com somente 10% encoberto é chamado de Céu Claro. De 10 a 50% chamamos de Céu Espalhado;
de 50 a 90% de Céu Interrompido. E o Céu Carregado é aquele que está coberto acima de 90%.
O nevoeiro é definido como a massa de gotículas d’água suspensa na atmosfera próxima a superfície da terra e
que reduz a visibilidade horizontal. É formado pela condensação do vapor d’água em abundância, a alta umidade
relativa e vento ligeiro de superfície. Um vento ligeiro tende a adensar o nevoeiro. Aumentando o vento, o nevoeiro
subirá e se dissipará. Quanto mais próximo ao mar maior é a incidência de nevoeiros, devido à existência de mais
vapor d’água em suspensão. A maior freqüência de nevoeiros ocorre, normalmente, nas épocas mais frias da AOp e
em regiões baixas ou próximas a grandes serras.
A nebulosidade diurna reduz a quantidade de calor recebido pelo sol, afetando a secagem das estradas e a
transitabilidade através campo. Ela afetará, principalmente, as operações aéreas, limitando a observação vertical e os
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reconhecimentos aéreos. Em áreas nubladas, ou com o teto muito baixo, o apoio aéreo aproximado será grandemente
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dificultado, ficando restrito às aeronaves equipadas com instrumentos adequados de navegação. A defesa antiaérea,
neste caso, também ficará prejudicada. Os nevoeiros serão importantes na análise de cobertas e abrigos, já que Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
b) Luminosidade lunar
I) Luminosidade
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Durante o planejamento de uma operação militar, no estabelecimento ou análise do “quando” ela deverá ser
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ou não desencadeada, o comandante, junto com o estado-maior, deverá considerar os dados referentes aos
crepúsculos, o nascer e o por da Lua, bem como juntar a isso as análises das condições climáticas e meteorológicas Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
A determinação do início e término com maior precisão, tanto dos crepúsculos como dos períodos de luar,
podem ser obtidos nos almanaques astronômicos. Na MB, utiliza-se uma publicação da Diretoria de Hidrografia e
Navegação chamada Almanaque Náutico, que contém todos os dados necessários a estes cálculos de forma precisa.
A forma prática apresentada neste manual atende às necessidades em campanha.
III) Definições pertinentes
- Duração da Noite: período compreendido entre o Fim do Crepúsculo Vespertino Náutico (FCVN) e o Início do
Crepúsculo Matutino Náutico (ICMN).
- Período de Luz: período entre o ICMN e o FCVN.
- Período de Visibilidade sem Restrições: período entre o Início do Crepúsculo Matutino Civil (ICMC) e o Fim
do Crepúsculo Vespertino Civil (FCVC).
- Noite com Luar: período entre o FCVN e o ICMN em que há luar.
- Visibilidade Nula: período entre o FCVN e o ICMN no qual não há luar.
IV) Efeitos e outras considerações
A visibilidade diurna irá favorecer a observação afastada e aproximada, conseqüentemente favorecerá as
ações de reconhecimento, condução dos fogos, controle dos movimentos das tropas, o apoio aéreo e todos os
trabalhos de organização do terreno. Noites com luar favorecem a observação e o controle aproximado de efetivos
até o escalão pelotão. Se reduzida, em ambos os casos, irá favorecer o sigilo das operações.
2.4 - INFLUÊNCIA DO TERRENO E DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E METEOROLÓGICAS NAS OPERAÇÕES MILITARES
Nas operações militares essa influência é levantada por meio de um estudo específico. A finalidade desse estudo é
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analisar a provável AOp, visando a determinar a influência que a mesma venha a exercer sobre as ações das tropas amigas
e também das inimigas. Essa análise, para ser objetiva, deve ser condicionada por dois fatores: a missão e o escalão, os quais
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definirão o grau de detalhamento do estudo. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
É evidente que o estudo do terreno com vistas a um ataque, há de ser orientado na determinação de objetivos, direção
geral do ataque (se for o caso), etc. o que não se verificaria se a missão fosse defensiva, quando outros elementos seriam
focalizados. Por outro lado, o escalão condiciona, não só a extensão do terreno a estudar, como também as minúcias a que
se deve atingir nesse estudo. É óbvio que um comandante de batalhão de infantaria não analisa um trecho do terreno igual
ao de um comandante de brigada, da mesma forma que este não se deterá em estudos dos pormenores que aquele deverá
abordar.
As características do terreno onde se realizam as operações militares, como já se viu, podem exercer influência capital
no curso dessas operações.
O estudo e a conveniente utilização do terreno também reduzem a desvantagem de conhecimentos incompletos sobre
o inimigo. As características mais importantes que se devem considerar no estudo do terreno abrangem não somente os
seus acidentes naturais, mas também os elementos artificiais.
Além dessas características, convém sempre lembrar, não se poderá abandonar o estudo das condições climáticas e
meteorológicas, que podem, inclusive, modificá-las, temporariamente ou não.
Assim, o estudo do terreno deve incidir sobre os seus acidentes naturais e artificiais, associados às condições
meteorológicas e climáticas, para se deduzir a influência que possam exercer sobre a operação em tela.
Essa influência deverá ser estudada sob dois aspectos:
- influência sobre as operações do inimigo (possibilidades do inimigo); e
- influência sobre as próprias operações.
O estudo tático do terreno, evidentemente, só pode ser feito dentro de uma situação tática; em outras palavras, o estudo
tático do terreno é objetivo e tem em vista o cumprimento de uma determinada missão.
Entretanto, é possível determinar-se a influência dos acidentes naturais e artificiais sobre o valor militar absoluto do
terreno. Nestas condições, convém analisar os acidentes naturais e artificiais que, mais de perto, possam interessar ao
futuro estudo.
O simples levantamento das condições climáticas e meteorológicas de uma região, visando à execução de uma operação,
não proporciona nenhum dado que possibilite o assessoramento necessário ao comandante. Deve ser perfeitamente
compreendido que o que realmente interessa ao processo de planejamento são as conclusões resultantes da interação
desses dados com o terreno e com a situação das forças que se confrontam.
O item de maior importância do ESTUDO TÁTICO DO TERRENO E DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS, METEOROLÓGICAS E
HIDROGRÁFICAS é o último deles - INFLUÊNCIAS SOBRE AS OPERAÇÕES - que abrange as conclusões deduzidas a partir dos
aspectos analisados durante o estudo.
Tendo sempre em mente o enfoque acima apresentado, sintetiza-se a seguir algumas conclusões que se pode obter
nesse estudo.
2.4.1 - Trafegabilidade
Elementos que influenciam: temperatura e precipitações (neve, chuva, etc.).
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CAPÍTULO 4
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OPERAÇÕES ANFÍBIAS
4.1 - GENERALIDADES
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O desenvolvimento da doutrina, das táticas, das técnicas e dos meios empregados nas operações anfíbias Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
(OpAnf) iniciou-se há quase 3000 anos, quando os gregos desembarcaram em praias próximas à cidade de Tróia, para
conquistá-la. Desde então, a História registrou muitas outras operações similares. As mais conhecidas ocorreram
durante a 2a Guerra Mundial, como o desembarque na NORMANDIA, que levou os aliados à abertura de uma segunda
frente na Europa, ou o assalto a IWO JIMA, com o propósito de negar o seu uso pelo inimigo e prover uma base aérea
avançada para os ataques ao Japão. Mais recentemente, ocorreu o desembarque britânico nas ILHAS
FALKLANDS/MALVINAS e o assalto à ILHA DE GRANADA pelos norte-americanos.
As OpAnf exigem, para o seu planejamento e execução, um alto nível de preparo técnico-profissional do
pessoal envolvido com a mais complexa das operações militares.
A OpAnf refere-se, normalmente, a um ataque lançado do mar por uma Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf),
sobre litoral hostil ou potencialmente hostil.
A publicação CGCFN-1-1 - Manual de Operações da Força de Desembarque aborda o assunto tratado neste
capítulo com maior profundidade.
4.2-MODALIDADES DE OPERAÇÕES ANFÍBIAS
4.2.1 - Assalto Anfíbio (AssAnf)
Ataque lançado do mar por uma ForTarAnf, para, mediante um desembarque, estabelecer firmemente uma
Força de Desembarque (ForDbq) em terra.
4.4.1 - Planejamento
Corresponde ao período decorrido desde a expedição da Diretiva Inicial (DI) para uma OpAnf até o embarque
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dos meios. Embora o planejamento da operação não cesse efetivamente ao término dessa fase, é conveniente
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distinguí-la, devido às diferenças que ocorrerão nas relações de comando.
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4.4.2 - Embarque
Compreende o período durante o qual as forças com seus meios são embarcados nos navios previamente
designavos. Esta fase estará terminada com a partida dos navios.
4.4.3 - Ensaio
É o período durante o qual a operação em perspectiva é ensaiada. O Ensaio, normalmente, ocorre durante a
Travessia.
O Ensaio é realizado para testar a adequação do plano, proporcionando a familiarização com o mesmo. Nele
é feita a tomada de tempo dos eventos de forma a confirmar o quadro-horário elaborado para a operação. Serão
testadas, ainda, a prontificação do pessoal e as comunicações.
Antes do Ensaio, assim como antes do desembarque, deverão ser ministrados “briefings” sobre a operação e
disseminadas as medidas de segurança destinadas a preservar o sigilo da operação.
4.4.4 - Travessia
A Travessia envolve o movimento de uma ForTarAnf desde os pontos de embarque até os postos ou áreas previstos
no interior da Área de Desembarque (ADbq). Deverão ser realizados nesta fase exercícios de guarnecimento de Postos de
Abandono para a tropa, instrução sobre controle de avarias e utilização de equipamentos de respiração, com auxílio do
pessoal do navio.
O tempo disponível nessa fase deverá ser utilizado para disseminar as alterações no planejamento, divulgação de
informações e instruções, bem como a realização dos adestramentos possíveis, conforme necessário.
É importante a realização de treinamento físico militar, exercícios de tiro e de embarque em viaturas anfíbias e
aeronaves, oportunidade na qual poderão ser prontificados os manifestos de embarque. A execução da verificação diária
de pessoal faz-se necessária, para constatar a presença física e o estado de saúde física e mental de todos os elementos.
4.4.5 - Assalto
Corresponde ao período entre a chegada do Corpo Principal da ForTarAnf à ADbq e o término da OpAnf,
compreendendo o Movimento Navio-para-Terra (MNT) e as ações em terra. É nela que a ForDbq é projetada em terra
para cumprir suas tarefas, de acordo com um Conceito de Operação.
Compreende as seguintes etapas:
1. - preparação final da ADbq;
2. - MNT por superfície e/ou por helicópteros;
3. - desembarque dos elementos de assalto da ForDbq;
4. - ações em terra para a conquista da CP;
5. - desembarque de outros elementos da ForDbq, geralmente de apoio ao combate (ApCmb) e de apoio de
serviços ao combate (ApSvCmb), para a execução de tarefas que possibilitem o prosseguimento das ações
em terra; e
6. - provisão do apoio de fogo naval e aéreo e do apoio logístico.
4.5 - MNT POR SUPERFÍCIE E POR HELICÓPTEROS
É a etapa que compreende o movimento ordenado de tropas, equipamentos e suprimentos dos navios de
assalto para as praias e/ou zonas de desembarque,selecionadas na ADbq, a fim de garantir o desembarque nos
momentos e locais previstos e no dispositivo adequado, atendendo à idéia de manobra em terra.
Pode ser por superfície, empregando embarcações de desembarque (ED) e navios dedesembarque (ND), e
viaturas anfíbias (VtrAnf), por helicópteros ou por uma combinação de ambos.
4.5.1 - Períodos
Para facilitar o controle, o MNT é dividido em dois períodos: Descarga Inicial e Descarga Geral.
a) Descarga inicial
É, principalmente, de caráter tático. Inclui o desembarque das unidades de assalto e dos equipamentos e
suprimentos essenciais à conquista dos objetivos iniciais da ForDbq.
b) Descarga geral
É, principalmente, de caráter logístico. Só começa quando a descarga seletiva não é mais necessária e tem por
propósito descarregar, no menor tempo possível, um grande volume de equipamentos e suprimentos.
4.5.2 - Organização
As unidades que integram a organização por tarefas da ForDbq são organizadas para o MNT por superfície em
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vagas de ED e VtrAnf, contendo tropas e equipamentos que devam desembarcar simultaneamente. O pessoal e os
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equipamentos conduzidos em cada ED ou VtrAnf de determinada vaga constituem uma Equipe de Embarcação (EE).
Para o MNT por helicópteros, estas unidades se organizam em vagas de helicópteros, contendo pessoal e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
equipamentos que são desembarcados aproximadamente ao mesmo tempo. O pessoal e equipamentos conduzidos
em cada He constituem uma heliequipe.
4.5.3 - Números-Série
Série é um número representando tropas, seus equipamentos e suprimentos iniciais de combate embarcados
em um mesmo navio, que desembarcam aproximadamente ao mesmo tempo e na mesma praia ou zona de
desembarque.
Os números-série são empregados como um meio conveniente para identificar elementos da ForDbq e facilitar
sem controle durante o MNT. Todas as unidades da ForDbq, inclusive alguns componentes navais a serem
desembarcados com ela, recebem números-série.
a) Vagas Programadas
Consistem de ED, VtrAnf ou He nos quais são embarcados os elementos de assalto da ForDbq e cuja hora, local
e formação foram previamente determinados e especificados.
Compreendem as primeiras unidades a desembarcar na praia ou zona de desembarque. São compostas,
predominantemente, pelos elementos dos Grupamentos de Desembarque de Batalhão (GDB) de assalto, mas podem
conter outros tipos de unidades. As vagas programadas recebem números-série.
b) Vagas a Pedido
Consistem dos elementos da ForDbq, com seus suprimentos iniciais de combate, cuja necessidade em terra
está prevista para os movimentos iniciais, mas cuja hora e local de desembarque não podem ser exatamente
determinados, não sendo portanto especificados.
São compostas, normalmente, pela reserva do Componente de Combate Terrestre (CCT) da ForDbq, artilharia
em apoio direto, engenharia, carros de combate e Equipes do Destacamento de Praia (EqDP). Como a categoria
anterior, também recebem números-série.
d) Suprimentos Emergenciais
Compreendem os suprimentos planejados pela ForDbq para fazer face às necessidades adicionais de itens
críticos de suprimentos nos momentos iniciais do assalto. Devem estar disponíveis para entrega imediata às unidades
em terra e se subdividem em Depósitos Flutuantes e Suprimentos Helitransportados.
Muito embora os Depósitos Flutuantes não recebam número-série, os Suprimentos Helitransportados o
receberão para facilitar o controle.
e) Suprimentos Remanescentes
Consiste dos suprimentos de assalto e equipamentos que não foram incluídos nas cargas prescritas individuais
de cada combatente, nos depósitos flutuantes nem nos suprimentos helitransportados. Não recebem número-série.
f) Embarcações Livres
Não constituem uma categoria de desembarque. Entretanto, são usadas no transporte para a praia de
elementos de comando e controle. Recebem númerosérie.
g) Helicópteros Livres
São designados para as unidades helitransportadas com os mesmos propósitos determinados para as
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4.6 - DESEMBARQUE DOS ELEMENTOS DE ASSALTO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
a) Organização
A EE para uma ED é organizada da seguinte forma:
1. - comandante da equipe;
2. - auxiliar do comandante da equipe;
3. - até oito (08) carregadores;
4. - quatro (04) serventes de rede;
5. - carregador da raquete; e
6. - restante do pessoal a ser embarcado na ED, demais equipamentos e suprimentos.
b) Comandante da EE
É o FN mais antigo que dela faz parte. É o responsável pelo (a):
1. - designação do auxiliar da EE, serventes de rede, carregadores e o raquete;
2. - adestramento preliminar da EE;
3. - preparação e inspeção de sua equipe antes do transbordo;
4. - supervisão do deslocamento da EE do ponto de reunião para a estação de transbordo ou VtrAnf
designada;
5. - amarração e descida do equipamento de sua equipe para a ED;
6. - transbordo de sua equipe para a ED;
7. - disciplina na ED; e
8. - desembarque de sua equipe na praia.
c) Auxiliar
É normalmente o que se segue em antigüidade ao comandante da EE. Substituto eventual do Cmt, auxilia-o no
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d) Carregadores
Oito integrantes da EE são designados como carregadores. Eles descem, guiam e arrumam no interior da ED Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
todo o equipamento que não puder descer com o pessoal pela rede. Quatro deles são designados para permanecer
no convés do navio e descer os equipamentos e suprimentos, por meio dos cabos de arriar, para a ED. Os outros quatro
carregadores vão para a ED e de lá guiam a descida dos equipamentos junto ao costado do navio, em ambos os lados
da rede, por meio de cabos guia, e os arrumam no interior da ED.
e) Serventes de rede
Normalmente, quatro fuzileiros são designados como serventes de rede, porém serventes adicionais podem ser
designados, dependendo das condições do mar na ADbq. Os serventes são os primeiros a executar o transbordo e, ao
chegar na ED, substituem os integrantes da guarnição da ED na faina de tesar a rede de transbordo.
f) Carregador da Raquete
É o elemento designado para transportar a raquete com o número de identificação da EE. Deve posicionar-se,
com a mesma, na proa, a BE da embarcação, mantendo a raquete visível por sobre a borda da ED. Por ocasião da
abicagem, carrega a raquete para terra e a finca na praia acima da linha de preamar.
e permanecerão calmos, respirando no bolsão de ar preso na viatura (Fig. 4.7 – Viatura afundada com a tropa), até
que a escotilha de pessoal possa ser aberta. A tropa, então, nada através da passagem aberta até a superfície. Neste
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caso, não deve ser tentado abrir as tampas da escotilha de carga, pois o ar retido na viatura irá escapar.
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Os salva-vidas só podem ser inflados quando do lado de fora da viatura.
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4.10.8 - Heliequipe
Para o desembarque por helicópteros, a tropa é organizada em heliequipes.
a) Composição
Cada heliequipe é composta por:
- comandante;
- auxiliar;
- carregador; e
- demais componentes.
Depois de sentado na posição designada, cada integrante da heliequipe coloca seu fuzil entre os joelhos,
coloca e a justa o seu cinto de segurança e quando pronto levanta sua mão direita, indicando estar em condições de
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iniciar o vôo.
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Os equipamentos e suprimentos são dispostos, normalmente, sob os assentos ou nos lugares determinados.
Quando o comandante da heliequipe certificar-se que todos estão prontos, dará ciência disso ao Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
e) Procedimentos de emergência
Como medida de segurança para todos os vôos sobre a água, as portas de saida são removidas ou
permanecem abertas (se as condições de tempo o permitirem) e as tropas usam coletes salva-vidas. Orientações
quanto ao uso adequado destes coletes são ministradas a todo pessoal no adestramento de rotina e nas instruções de
segurança que antecedem cada vôo.
Caso ocorra uma emergência, o piloto avisará a equipe através de sinais précombinados.
f) Abandono do equipamento
Nenhum equipamento será alijado, exceto por ordem do piloto. Quando houver a ordem de alijar material,
todo o equipamento removível será lançado fora do helicóptero.Aqueles equipamentos que não possam ser lançados
fora serão colocados debaixo dos assentos ou peiados de forma a prevenir acidentes.
g) Aterrissagem forçada
Se for necessária uma aterrissagem forçada, um sinal será transmitido à equipe . Os combatentes deverão
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assegurar-se que seus cintos de segurança estão bem afivelados; suas pernas deverão estar cruzadas em torno do fuzil
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com a coronha no cavado do ombro e, ainda, com a cabeça voltada para baixo e os braços cruzados.
Após a aterrissagem do helicóptero, a equipe desafivela o cinto de segurança e desembarca. A tropa nunca Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
deverá desafivelar o cinto antes do pouso. Os homens não deverão desembarcar enquanto as pás estiverem girando,
exceto se houver ordem em contrário. O comandante da heliequipe deve assegurar-se de que todos os integrantes de
sua equipe estão fora antes de deixar o helicóptero.
h) Pouso de emergência n’água
Se a amerrisagem for necessária, a equipe será avisada pelo piloto ou co-piloto. Os homens devem
assegurar-se de que seus cintos de segurança estão bem afivelados e tomam a mesma posição como na aterrissagem
forçada. Tão logo o helicóptero tenha contato com a água, o piloto adota procedimento para estabilizar a aeronave e
manter a porta de saída da tropa safa da água. Após o movimento das pás cessar completamente, o pessoal desafivela
o cinto de segurança e desembarca pelas portas de saída. A tropa não deverá desembarcar enquanto as pás estiverem
girando.
O comandante da equipe, antes de sair do aparelho, deve certificar-se de que todo o pessoal desembarcou.
O bote salva-vidas, caso possível, será removido do helicóptero pelo chefe da tripulação, que deverá
manobrá-lo tão logo ele seja lançado à água, a fim de não deixar que ele se perca.
CAPÍTULO 5
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OPERAÇÕES TERRESTRES
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5.1 - GENERALIDADES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
No contexto da guerra anfíbia, os Fuzileiros Navais terão que executar operações terrestres com a finalidade
de cumprirem sua missão.
Tais operações poderão ser de caráter ofenssivo (operações ofensivas) ou defensivo (operações defensivas).
O CGCFN- 1-5 - Manual de Operações Terrestres de Caráter Naval, aborda o assunto com detalhes.
a) Preparação
Esta fase tem início com o recebimento da diretiva, que dará origem à operação, até a ocupação de uma posição
de ataque (PAtq) e subseqüente transposição de uma linha de partida (LP), o que marca efetivamente o inicio da
execução do ataque.
Nesta fase, ocorre a marcha para o combate, na qual a tropa atacante busca estabelecer o contato com o
inimigo. A seguir, deslocando-se a partir de zona (s) de reunião (ZReu) e/ou de PAtq transpõe a LP ou linha de contato
(LC), dependendo da situação, o que marca o início da fase seguinte (Fig 5.1).
b) Execução
Esta fase se inicia com o cruzamento de uma LP ou linha de contato (LC) até a conquista do(s) objetivo(s) (Obj)
decorrentes das tarefas impostas pela missão atribuída na diretiva.
Sob a proteção dos fogos de preparação realizados pelas armas de apoio, as tropas progridem até as Posições
de Assalto (PAss), Linha Final de Coordenação (LFC) ou Linha de Provável Desenvolvimento (LPD), no caso de um
ataque noturno (Fig 5.1). O efeito de obscurecimento e de neutralização proporcionado pelas armas de apoio, em
geral é necessário para apoiar o assalto. Porém, na medida do possível, a surpresa deve ser preservada. Quanto mais
próximo do objetivo o escalão de assalto chegar antes de abrir fogo, melhor. Além do inimigo ser atingido
psicologicamente, ele também terá menos tempo para colocar em ação suas armas mais pesadas.
O assalto ocorre tão logo os fogos das armas de apoio tenham se deslocado para a retaguarda e flancos da
posição inimiga para não por em risco o escalão de assalto, o qual, desencadeando os fogos de assalto com suas armas
orgânicas, se lança, rápida e agressivamente sobre o(s) objetivo(s). Este escalão não se detém na orla anterior do(s)
objetivo(s); pelo contrário, dirige-se com rapidez em um único lanço, ou executando as técnicas de fogo e movimento
quando a resistência inimiga assim exigir, até a orla posterior ou a parte que lhe for designada.
A história ensina que a velocidade no combate é uma arma preciosa. A unidade, os homens ou máquinas que
conseguem, consistentemente, se mover e agir mais rápido que seu inimigo durante o assalto obtêm vantagem
decisiva.
Para garantir velocidade no assalto, cada combatente deve:
- possuir a máxima habilidade com as armas por ele usadas;
- explorar convenientemente os pequenos abrigos e as cobertas proporcionados pelo terreno em sua zona de
ação (ZAç), bem como a qualidade dos campos de tiro dessas posições;
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- atacar sem depender de comandos verbais ou visuais e, sendo um comandante de pequena fração,
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posicionar-se na frente, junto aos elementos mais avançados, de forma a conduzir o assalto com deslocamentos
taticamente seguros e movimentação flexível, evitando confusão na transmissão das ordens e retardos Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
desnecessários. Convém lembrar que no meio do barulho, vegetação, confusão e fumaça do ambiente de combate,
raramente um comandante de fração conseguirá fazer com que suas ordens transmitidas a viva voz ou por gestos
alcancem todos os seus subordinados, principalmente se ele estiver à retaguarda; e
- unir forças e aliviar o isolamento do combate simplesmente conversando com o combatente ao seu lado.
Isso é importante não apenas para a disseminação lateral das informações e ordens, mas mais importante ainda, para
a coesão moral da fração.
Além disso, a velocidade de progressão das frações será influenciada pela flexibilidade de manobra
proporcionada pela formação adotada. Em geral, uma formação em triângulo (ou em cunha) oferece mais flexibilidade
do que a em linha, que compromete todo o poder de combate em uma direção.
c) Continuação
Com a conquista do (s) objetivo (s), segue-se uma série de ações com vistas a consolidar sua posse, reorganizar
a tropa e adotar um dispositivo que permita a continuação das operações. A partir daí, poderá ter início tipos de
operações ofensivas, como o aproveitamento do êxito ou a perseguição.
Tendo em vista que raramente um ataque consegue destruir de uma só vez e totalmente um inimigo que se
defende, é provável que os seus remanescentes procurem desengajar, retrair o que for possível, reorganizar-se e
estabelecer novas posições. Dependendo do escalão, poderão ser colocadas em ação tropas deslocadas de áreas em
que houver menor atividade ou mesmo empregar suas reservas para destruição dos bolsões de resistência
apresentados pelos remanescentes .
Assim, salvo restrições impostas pelo comando ou pela eventual falta de meios, o ataque deve ser seguido de
um agressivo aproveitamento do êxito obtido com a conquista do(s) objetivo(s), visando manter pressão sobre o
inimigo e destruir sua capacidade de reorganizar-se.
Quando existem indícios de que a resistência do inimigo se desintegra, o ataque ou o aproveitamento do êxito
se transforma em perseguição, destinada à destruição da tropa inimiga (Fig 5.1).
perdido. Termina com a ocupação de uma região pré-estabelecida ou quando posições de resistência do inimigo
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impedem o movimento, forçando o desdobramento da tropa.
A tropa, neste tipo de operação ofensiva, poderá adotar uma das seguintes formações táticas, a depender, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
I) Coluna de marcha
Utilizada quando o contato com o inimigo for remoto. Prevalecem as medidas que visam facilitar e acelerar o
movimento. O deslocamento é realizado, normalmente, por estradas e motorizado.
b) Reconhecimento em força
É uma operação realizada com propósito limitado, visando revelar e testar o dispositivo e o valor do inimigo em
uma determinada posição ou obter outras informações.
O vulto da força a ser empregada neste tipo de operação deverá ser adequado para obrigar o inimigo a reagir
em força e decididamente, sem que se permita um engajamento decisivo, mas que revele seu valor, dispositivo,
reservas, localização das armas de apoio, instalações de comando e logísticas, etc.
Normalmente, desta forma, os conhecimentos desejados são obtidos mais rápido e pormenorizadamente do
que em outros métodos de reconhecimento.
c) Ataque coordenado
O ataque coordenado é o principal tipo de operação ofensiva. Em geral, quando se emprega a palavra ataque,
tem-se em mente um ataque coordenado. Caracteriza-se pelo emprego coordenado da manobra e do apoio de fogo
para cerrar sobre o inimigo, destruí-lo ou neutralizá-lo. É, normalmente, empregado contra posições inimigas
organizadas ou fortificadas e necessita de adequado apoio de fogo.
Pode ser precedido de uma marcha de aproximação e/ou de um reconhecimento em força e deve ser executado
com agressividade.
É planejado e se completa, habitualmente, segundo as três fases já apresentadas para as operações ofensivas
(preparação, execução e continuação).
d) Aproveitamento do êxito
O aproveitamento do êxito é a agressiva continuação de um ataque bem sucedido e tem início, normalmente,
quando for constatado que a tropa inimiga está encontrando dificuldades para manter sua defensiva.
Quando o inimigo apresenta indícios de desorganização e suas tropas se desintegram sob a pressão do ataque
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continuado, o aproveitamento do êxito pode se transformar em perseguição.
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e) Perseguição
A perseguição é uma operação destinada a cercar e destruir uma tropa inimiga que está em processo de
desengajamento ou que tenta fugir. Normalmente, segue-se ao aproveitamento do êxito, diferindo deste na sua
finalidade principal que é a de completar a destruição da tropa inimiga. Na perseguição, o inimigo perde sua
capacidade de influenciar a situação e age de acordo com as ações da tropa perseguidora.
A perseguição pode, também, ocorrer em qualquer operação em que o inimigo tenha perdido sua capacidade
de agir eficientemente e tenta desengajar-se do combate.
b) Ataque frontal
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Nesta forma de manobra, o ataque incide ao longo de toda a frente da posição defensiva inimiga com a mesma
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intensidade (Fig 5.3).
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Normalmente, o ataque frontal é a forma de manobra menos desejável para ser realizada, porque o inimigo
terá condições de aplicar o seu máximo poder de fogo em toda a frente da tropa atacante.
A menos que haja uma grande superioridade do poder de combate do atacante, raramente o ataque frontal
conduz a resultado decisivos. Por tal razão, o atacante deve procurar criar ou aproveitar vantagens e condições que
lhe permitam evoluir para outra forma de manobra que propicie o êxito esperado.
c) Desbordamento
No desbordamento, o ataque principal ou de desbordamento contorna, por terra ou pelo ar, as principais
posições defensivas do inimigo, visando conquistar um objetivo à retaguarda do seu dispositivo (Fig 5.4).
Esta manobra procura evitar um engajamento decisivo com a parcela principal do sistema defensivo, atingindo-
o onde é mais fraco, desorganizando seus sistemas de comando, de comunicações, de apoio logístico e meios de apoio
de fogo, e cortando seus itinerários de retraimento, impondo-lhe uma destruição em posição.
Um ou mais ataques secundários (AtqScd) fixam o inimigo, forcando-o a combater em duas ou mais direções,
simultaneamente, desviando sua atenção do ataque principal.
É a forma de manobra tática que oferece melhor oportunidade para obtenção do sucesso e tende a diminuir o
número de baixas entre os atacantes. Em condições normais, o desbordamento deve ser adotado preferencialmente
à penetração e ao ataque frontal.
A execução do desbordamento caracteriza- se pelo sigilo nas ações iniciais, rapidez no deslocamento do ataque
principal e proteção dos seus flancos expostos.
Todo o esforço será desenvolvido pelo (s) ataque(s) secundário(s) com vistas a manter o inimigo engajado e
evitar que suas reservas sejam empregadas contra o ataque principal.
I) Duplo desbordamento
É uma variante do desbordamento em que o atacante procura contornar, simultaneamente, ambos os flancos
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da posição inimiga. É de difícil controle e exige grande superioridade de poder de combate e de mobilidade.
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II) Desbordamento como técnica de movimento Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
É semelhante ao desbordamento como forma de manobra tática ofensiva, na medida em que o atacante, por
meio de uma força secundária, fixa o inimigo, enquanto o grosso contorna suas posições. Entretanto, esta manobra
não tem o propósito de atacá-las e sim manter a impulsão do ataque, evitando a aplicação do poder de combate em
ações que não contribuam para o atendimento de uma tarefa específica.
d) Envolvimento
No envolvimento, o ataque principal contorna, por terra ou pelo ar, as posições defensivas do inimigo, visando
conquistar objetivos profundos em sua retaguarda (Fig 5.5). Esta manobra força o defensor a abandonar sua posição
para fazer face à ameaça envolvente. O inimigo é, então, engajado em local escolhido pelo atacante.
A adoção desta forma de manobra é de grande importância em situações nas quais exista a oportunidade de
conquistar um ponto crítico antes que uma tropa inimiga possa retirar-se ou ser reforçada.
Difere do desbordamento por não ser dirigido para atingir o inimigo em sua própria posição defensiva e por
sujeitar a tropa envolvente a operar independentemente, fora da distância de apoio de qualquer outra tropa terrestre
atacante.
Com a possibilidade do emprego de helicópteros, o envolvimento - envolvimento vertical - passou a ser
empregado largamente nas operações anfíbias.
O duplo envolvimento tem considerações semelhantes às já apresentadas para o duplo desbordamento,
acrescidas da maior profundidade da operação e falta de apoio mútuo.
e) Infiltração
A infiltração possibilita o deslocamento furtivo de uma força, por elementos isolados ou em pequenos grupos,
através, sobre ou ao redor das posições inimigas, ou em seu interior, e o seu posterior desdobramento à retaguarda
dessas posições.
Embora a infiltração possa ser empregada nas operações defensivas, ela é normalmente realizada em
operações ofensivas, apoiando a ação principal e direcionada para:
1) - atacar o inimigo, após a passagem através de suas posições, pelo flanco ou retaguarda, em apoio a uma
operação de maior vulto;
2) - conquistar posições de bloqueio, após a passagem através das posições inimigas, para impedir o seu
retraimento ou que seja reforçada;
3) - atacar posições sumariamente organizadas, após passar através do dispositivo inimigo; e
4) - inserir forças para conduzir operações de inquietação e desgaste na área de retaguarda do inimigo.
1) - a pé;
2) - helitransportadas;
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3) - usando embarcações; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
a) Isolamento da localidade
Será obtido mediante a conquista dos acidentes capitais que dominam as vias de acesso à localidade. É
planejado sob a forma de um ataque coordenado e visa permitir o apoio às demais fases e , principalmente, impedir
e/ou dificultar a chegada de reforços inimigos.
Sempre que possível, um atacante deve procurar isolar, desbordar e neutralizar uma área fortificada,
submetendo-a a pesados bombardeios, impedindo o acesso de reforços, suprimentos e, se for o caso, de serviços
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A penetração é a forma de manobra tática mais adotada para o ataque a essas áreas.
A execução do ataque é extremamente descentralizada, compreendendo uma série de ações isoladas por parte Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
dos menores escalões da tropa, para o que é mandatório a iniciativa e agressividade por parte de seus comandantes.
a) Transposição de oportunidade
É aquela na qual o curso de água, embora em território hostil, não é defendido. Pode ocorrer, também, nas
áreas de retaguarda. O planejamento é eminentemente técnico de engenharia e depende do controle de trânsito para
a execução.
I) Transposição imediata
É aquela conduzida em continuação a uma operação, sem que a tropa perca sua impulsão. É realizada por
forças descentralizadas, empregando meios orgânicos ou previamente colocados à sua disposição, bem como meios
de fortuna. Normalmente, é realizada quando as defesas inimigas são fracas, quando for possível neutralizar pelo fogo
as defesas inimigas e quando o inimigo, embora de efetivo apreciável, esteja desorganizado, mal adestrado ou for
apanhado de surpresa.
As operações defensivas abrangem todas as ações que representam resistência a uma força atacante. Podem
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ser classificadas quanto ao tipo e quanto ao tempo disponível para a preparação da posição.
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I) Defesa em uma
ou mais posições; e
a) DEFENSIVA QUANTO AO II) Movimentos Os movimentos retrógrados são classificados como:
TIPO Retrógrados. 1. Ação retardadora (AçRtrd);
2. Retraimento (Ret); e
3. Retirada (Rda).
b) DEFENSIVA QUANTO AO I) Defesa preparada
TEMPO DISPONÍVEL II) Defesa imediata.
I) Defesa preparada
Ocorre quando uma força não está em contato com o inimigo, nem há iminência de sua ocorrência, havendo,
portanto, condições para planejamento e execução detalhada da defensiva. Normalmente, inclui um bem planejado
sistema de barreiras, trabalhos de fortificações e extensa rede de comunicações. A defensiva será tanto mais eficaz
quanto maior o tempo disponível para sua implementação.
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O defensor deve desdobrar suas tropas com base, principalmente, no terreno.
Manterá o controle sobre os acidentes capitais essenciais à observação, comunicações e movimentos da Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
reserva, e negará ao inimigo o uso do terreno que ameace o sucesso da defesa. A área selecionada deverá fornecer
boas condições de observação, campos de tiro, coberta e abrigos. Os obstáculos deverão canalizar o movimento das
forças inimigas para áreas favoráveis ao desencadeamento de contra-ataques ou de fogos de destruição.
b) Segurança
O defensor deve adotar medidas para não ser surpreendido, uma vez que o inimigo retém a iniciativa das ações
e a liberdade de manobra. Tais medidas incluem: emprego de forças de segurança, busca de conhecimentos sobre a
localização e deslocamentos das forças inimigas, aproveitamento das cobertas e abrigos, camuflagem, uso de radares
de vigilância terrestre, dispositivos de escuta, etc.
c) Surpresa
A surpresa é tão importante na defensiva quanto na ofensiva. Assim, o defensor deve empreender seus esforços
tanto para negá-la ao inimigo pelo uso de elementos de segurança, reconhecimento e vigilância, quanto para obtê-la.
Adotará, então, medidas para não ser surpreendido, tais como emprego de forças de segurança, busca de
informes sobre a localização e deslocamentos de forças inimigas, meios de defesa passiva como aproveitamento de
cobertas e abrigos, uso de camuflagem, radares de vigilância terrestres, dispositivos de escuta, etc.
d) Conhecimento do inimigo
O defensor deve considerar a liberdade de que dispõe o atacante para escolher o momento, o local, a direção
e o valor de suas tropas para realizar o ataque. Deste modo, o conhecimento das possibilidades do inimigo, sua
doutrina operativa, seus principais hábitos e o levantamento das vias de provável acesso do inimigo e os objetivos que
este poderá selecionar são essenciais para o sucesso da defesa. Uma vez obtidos o maior número de dados possível
sobre o inimigo, o defensor poderá antecipar as ações inimigas, estabelecendo mais rapidamente as condições para
reassumir as ações ofensivas. Este fundamento complementa o da defesa.
e) Apoio mútuo
O apoio mútuo pelos fogos, pela observação e pelo emprego de elementos de manobra garante a necessária
coesão à área de defesa e dificulta o engajamento e destruição da tropa por partes. Tal apoio será obtido quando os
núcleos de defesa estiverem dispostos de modo que, ao atacar um deles, o inimigo fique sob fogos diretos de ao
menos um outro. Tal condição é imprescindível entre subunidades de uma mesma unidade, e entre suas frações
subordinadas, bem como no âmbito dessas frações.
g) Defesa em profundidade
É necessária com vistas a: reduzir o ímpeto do ataque e evitar o rompimento da posição defensiva; forçar o
inimigo a realizar repetidos ataques; permitir ao defensor avaliar as ações executadas pelo inimigo e contê-las; impedir
o inimigo a empregar suas reservas em local e momento não decisivos; e diminuir os efeitos dos seus fogos.
A profundidade da defesa é conseguida engajando o mais cedo possível o inimigo com elementos aéreos, com
as forças de segurança, empregando as armas de apoio a partir de posições avançadas e em seu máximo alcance de
utilização, empregando núcleos defensivos sucessivos, utilizando obstáculos e barreiras dispostos em profundidade,
e pela manobra e adequado emprego das reservas e fogos de apoio.
A profundidade deve ser equilibrada com a defesa a toda volta.
h) Flexibilidade
Na defensiva, a flexibilidade é conseguida pela seleção e preparo de posições de muda e suplementares, pela
mobilidade dos elementos de combate e da reserva, pelo controle centralizado das armas de apoio, pela preparação
dos planos de contra-ataque e pelo planejamento de retomada das ações ofensivas.
Considerando que a ofensiva é a forma decisiva de combate, o defensor deve estar atento às oportunidades
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que permitam adotá-la. Ações dinâmicas que levam à retomada da iniciativa incluem: patrulhamento agressivo,
ataques com as forças de segurança antes que o inimigo alcance a posição defensiva (PD), incursões contra suas tropas Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
j) Dispersão
Este fundamento deve ser considerado concorrentemente com a necessidade de se obter o máximo apoio
mútuo, a máxima segurança e o mínimo de vulnerabilidade aos fogos inimigos.
A dispersão em profundidade evita que as frentes se tornem muito extensas para o defensor, proporciona mais
meios para a reserva, evita os movimentos laterais quando ocorrer um ataque inimigo apenas numa parte da frente,
facilita a detecção e destruição de elementos de infiltração e proporciona um dispositivo mais apropriado à realização
de contra-ataques.
A dispersão em largura pode conduzir a um isolamento dos elementos avançados, os quais ficariam sujeitos a
serem engajados e batidos por partes na eventualidade de uma penetração inimiga.
a) Área de segurança
É a que se estende para frente e para os flancos desde o Limite Anterior da Área de Defesa Avançada (LAADA).
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Nesta área, operam as forças de segurança ou escalão de segurança, destinadas a fornecer conhecimentos e alerta
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oportuno sobre o inimigo, impedir sua observação terrestre sobre a ADA, iludi-lo quanto à PD e, de acordo com suas
possibilidades, retardá-lo e desorganizá-lo. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
a) Defesa de área
É a forma de manobra defensiva onde é dada particular atenção à manutenção ou controle de uma região
determinada, negando ao atacante o acesso à mesma.
O defensor visa, inicialmente, deter o inimigo à frente do LAADA, empregando grande volume e variedade de
fogos. Por outro lado, utilizará o combate aproximado e contra-ataques para expulsar ou destruir forças que tenham
logrado penetrar na PD.
É adotada nas seguintes circunstâncias:
- exigência da posse de uma determinada região;
- o defensor dispõe de menor mobilidade que o inimigo;
- a frente a defender é relativamente estreita;
- a profundidade da ADA é relativamente limitada;
- o terreno restringe os movimentos do defensor;
- há tempo suficiente para preparar a posição defensiva, inclusive o sistema de barreiras;
- há forças suficientes para prover o adequado poder de combate;
- o defensor não possui liberdade de movimento em face da superioridade aérea do inimigo; e
- não é esperado que o atacante utilize armamento de destruição em massa.
b) Defesa móvel
É o tipo de defesa que tem por finalidade a destruição do inimigo, por meio do fogo e do contra-ataque, após
atraí-lo para regiões a isso favoráveis no interior da PD.
Neste tipo de defesa, a manobra é empregada em conjunto com os fogos e a organização do terreno. Para tal,
o defensor permite ao atacante penetrar em região que o exponha a um contra-ataque de destruição por uma reserva
forte e móvel.
As seguintes circunstâncias indicam a adoção de uma defesa móvel:
- não é necessário manter uma área específica;
- o defensor possui mobilidade igual ou maior que o inimigo;
- a frente a defender excede as possibilidade de se estabelecer uma defesa de área;
- a profundidade da ADA é adequada para admitir uma penetração inimiga e uma manobra contra ele;
- o terreno permite boa movimentação do defensor;
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- há forças mecanizadas suficientes para possibilitar rápida concentração do poder de combate;
- o defensor possui superioridade aérea; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
b) Tipos de substituição
- substituição em posição;
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- ultrapassagem, e
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- acolhimento.
I) Substituição em posição Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
É a operação em que uma tropa assume o dispositivo de uma outra (ou parte dela) em combate.
É executada quando o elemento a ser substituído encontra-se na defensiva, podendo caber à tropa que
substitui continuar nesta situação ou prosseguir no ataque.
II) Ultrapassagem
É a operação em que uma tropa ataca através do dispositivo de uma outra que está em posição na linha de frente.
Pode ter lugar quer na ofensiva, quer na defensiva, visando manter a iniciativa e a impulsão do ataque,
explorar deficiências do inimigo, iniciar um ataque ou um contra-ataque.
III) Acolhimento
É uma ação na qual uma tropa realizando um movimento retrógrado passa através das posições ocupadas
por uma outra. Esta operação é utilizada quando se deseja substituir uma força que esteja demasiadamente
empenhada ou se encontre muito desfalcada. Pode também ocorrer como parte de um movimento retrógrado ou
para permitir o retraimento de uma força que deva cumprir uma outra missão. Basicamente pode ser considerado
como uma ultrapassagem para a retaguarda, mas, por acarretar um retraimento através de uma posição defendida,
envolve mais riscos e dificuldades do que uma ultrapassagem, principalmente se realizado sob pressão do inimigo.
c) Seleção do tipo de substituição antes do ataque
I) Substituição em posição
Será empregada quando houver tempo suficiente para sua realização e:
- a tropa a ser substituída é necessária em outra área, antes ou logo após o desembocar do ataque;
- o atacante necessita de conhecimento mais detalhado do terreno e/ou do inimigo; e
- o poder de combate do inimigo é capaz de colocar em risco a concentração de tropas decorrente de uma
ultrapassagem.
II) Ultrapassagem. Será, empregada preferencialmente, quando:
- não houver tempo suficiente para realizar uma substituição em posição;
- for necessário variar o dispositivo para o ataque;
- houver necessidade de apoiar o ataque com os meios de apoio de fogo de ambas as tropas;
- for prevista radical mudança na direção do ataque;
- for necessário manter contínua pressão sobre o inimigo; e
- for possível obter rapidez nas ações.
5.6.3 - Segurança da área de retaguarda (SEGAR)
A área de retaguarda é a parte do espaço geográfico de uma força destinada ao desdobramento de sua reserva e da
maior parte dos elementos de comando, apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate. Normalmente só é
considerada a partir do escalão batalhão, inclusive.
A SEGAR compreende todas as medidas e /ou ações executadas visando assegurar a normalidade das atividades
desenvolvidas na área de retaguarda, bem como desuas instalações, vias de transporte, etc.
A SEGAR abrange a Defesa da Área de Retaguarda (DEFAR) e o Controle de Danos (CDan).
5.6.4 - Despistamento
O despistamento compreende uma série de ações destinadas a iludir o inimigo quanto às possibilidades,
dispositivo e atividades das tropas amigas, induzindo-o a reações que lhe sejam desvantajosas.
Pode ser obtido pela realização isolada ou a combinação de uma ou mais das seguintes ações : fintas,
demonstrações, ardis e representações.
I) Finta
É um ataque pouco profundo, com propósito limitado, destinado a desviar a atenção do inimigo do ataque principal.
II) Demonstração
É uma exibição de força em uma frente onde não se pretende uma decisão. Não resulta em contato físico
com o inimigo, como ocorre na finta.
III) Ardil
É uma ação pré-plenejada ou improvisada, com vistas a prover o inimigo, deliberadamente, com
conhecimento falsos sobre as operações em curso ou em processo de planejamento.
IV) Representação
Destina-se a mostrar ao inimigo meios ou tropas que não existem ou que são de natureza diversa.
www.cursoadsumus.com.br Página 216
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CAPÍTULO 6
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6.2 - FINALIDADE E ORGANIZAÇÃO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
O GC, como unidade tática básica de infantaria, tem por finalidade localizar, cerrar sobre o inimigo e destruí-
lo pelo fogo e movimento, ou repelir seu ataque pelo fogo e combate aproximado.
Ele é organizado em três ET, cada uma das quais constituída em torno de uma arma automática (MINIMI) e
controlada por um comandante.
O GC é composto por 13 combatentes: um sargento, que é seu comandante, e das três ET com quatro
combatentes cada. A ET, por sua vez, é constituída por um CB-IF, seu comandante; um CB-IF atirador, responsável pela
execução dos tiros da arma automática da ET; um SD-FN municiador; e um SD-FN volteador.
a) Comandante do GC (CmtGC)
Lidera o GC e faz cumprir as ordens de seu Cmt de Pelotão de Fuzileiros Navais (CmtPelFuzNav). Ele é o
responsável pela disciplina, apresentação pessoal, adestramento, controle, conduta e bem estar de suas ET, em todos
os momentos, bem como pelas condições de manutenção e uso apropriado das armas e equipamentos utilizados pelos
integrantes de sua fração.
Em combate ele é responsável, também, pelo emprego tático de sua fração, controle e disciplina dos fogos, e
a manobra de suas ET. Coloca-se onde melhor puder fazer cumprir as ordens emanadas do seu Cmt de pelotão e, ao
mesmo tempo, conduzir e controlar as ET.
b) Comandante de ET (CmtET)
Faz cumprir, no âmbito da sua fração, as ordens dadas pelo CmtGC. Ele é o responsável pelas condições de
funcionamento e limpeza das armas e equipamentos de sua ET, bem como pela utilização correta desses meios.
É responsável, ainda, pelo controle do tiro e disciplina de fogo de sua ET. Para tal, mantém-se tão próximo
quanto possível do Atirador de forma a exercer efetivamente o controle dos seus tiros. Contudo, com vistas a fazer
cumprir as ordens emanada pelo CmtGC, coloca-se numa posição de onde melhor possa observar todos os integrantes
da ET e controlar seus movimentos e o emprego de suas armas.
Além dessas tarefas básicas como líder de uma pequena fração, porém sem comprometê-las, ele atua também
como granadeiro e é o responsável pelo emprego eficiente do Lança-Granadas 40mm M203, do seu Fuzil de Assalto
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5,56mm e, ainda, pelas condições de funcionamento e conservação dos seus próprios armamento e equipamentos.
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O mais antigo dos três CmtET é o substituto eventual do CmtGC.
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c) Atirador
Cumpre as ordens do CmtET. É o responsável pelo emprego eficiente da arma automática da ET (MINIMI), bem
como pelas condições de funcionamento e conservação dessa arma e de seus equipamentos.
d) Municiador
Auxilia o Atirador no emprego da arma automática da ET (MINIMI). Para tal, colabora no posicionamento dessa
arma e na identificação de alvos, protege o atirador, transporta carregadores ou cofres de munição adicionais para o
reabastecimento e ajuda na solução dos incidentes de tiro. Deve estar preparado para substituir o Atirador. É
responsável pelo emprego, condições de funcionamento e conservação do seu Fuzil de Assalto 5,56mm e de seus
equipamentos.
e) Volteador
Cumpre as ordens do CmtET, atuando como elemento de segurança na incessante tarefa de localizar o inimigo
nas proximidades de sua fração. É responsável pelo emprego e pelas condições de funcionamento e conservação do
seu Fuzil de Assalto 5,56mm e dos seus equipamentos. Além disso, é responsável pelo emprego do armamento
Anticarro (AC) quando disponível na ET.
6.3 - ARMAMENTO
O GC dispõe do seguinte armamento orgânico:
1. - CmtGC: Fuzil de Assalto 5,56mm e baioneta;
2. - CmtET: Fuzil de Assalto 5,56mm com Lança-Granadas 40mm M203 e baioneta;
3. - Atirador: fuzil metralhador ou arma automática (MINIMI) equivalente e faca de combate;
4. - Municiador: Fuzil de Assalto 5,56mm e baioneta; e
5. - Volteador: Fuzil de Assalto 5,56mm, baioneta e armamento AC AT-4.
6.4 - APOIO DE FOGO PARA O GC
Em geral, o GC conta sempre com o auxílio de outros meios e frações de apoio de fogo para o cumprimento
de suas tarefas.
que eles comecem a executar o tiro de combate como uma fração constituída, vivenciando uma situação tática, é
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necessário que o GC desenvolva as técnicas de tiro do conjunto de suas armas. Essa técnica diz respeito à aplicação e
controle dos tiros combinados das armas de uma determinada unidade de tiro. Denomina-se unidade de tiro o Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
conjunto de combatentes cujos tiros combinados de suas armas está sob o controle direto e efetivo de um
comandante.
6.5.1 - Determinação de distâncias
É um processo para descobrir a distância aproximada entre um observador e um alvo ou qualquer objeto distante.
Uma cuidadosa determinação de distâncias faz com que os integrantes da ET executem corretamente a pontaria de
suas armas e realizem tiros eficazes sobre os alvos inimigos. São dois os métodos mais comuns para determinação de
distâncias: estimativa visual e observação do tiro.
a) Estimativa visual
Inclui dois processos: unidade de medida memorizada e aparência dos objetos. Este método permite a um
atirador bem adestrado determinar distâncias com razoável precisão e executar um grande número de tiros sobre o
inimigo, surpreendendo-o.
O processo que utiliza uma unidade de medida memorizada consiste em visualizar uma distância de 100 metros,
ou qualquer outra medida com a qual o combatente esteja bastante familiarizado, torná-la como uma unidade de
medida que é memorizada e, então, compará-la mentalmente com a distância entre ele e o alvo, determinando
quantas dessas unidades está contida no intervalo considerado.
No caso de distâncias superiores a 500 metros, o afastamento do alvo pode ser determinado com mais precisão
quando se utiliza um ponto intermediário, a meia distância, cuja medida estimada é, a seguir, multiplicada por dois.
Quando existirem elevações, bosques ou outros obstáculos entre o observador e o alvo, ou onde a maior parte
do terreno interposto está oculto das vistas, é impraticável aplicar o processo da unidade de medida memorizada para
determinar a distância.
Por meio da prática constante no adestramento, o combatente deve se familiarizar com a aparência que
determinados objetos apresentam a várias distâncias conhecidas. Por exemplo, observa-se um combatente quando
ele estiver de pé afastado 100 metros, procurando-se fixar na mente a aparência do seu tamanho e dos detalhes
pertinentes aos seus traços característicos e equipamentos. Observase, então, o mesmo combatente, a mesma
distância, na posição de joelhos e, a seguir, na posição deitado. Repete-se o processo de memorização para aos
distâncias de 200, 300 e 500 metros. Pela comparação da aparência de um combatente verificada nestas distâncias e
nestas posições, pode ser estabelecida uma série de imagens mentais cuja memorização servirá ao combatente como
um padrão de referência a ser empregado na determinação estimada de distâncias.
Quando o tempo e as condições permitirem, uma estimativa de distância mais precisa pode ser conseguida pela
média de algumas estimativas realizadas por diferentes combatentes.
b) Observação do tiro
Uma determinação precisa de distância pode ser obtida observando-se o ponto de impacto dos projetis de
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munição comum ou traçante. É necessário empregar um observador porque é muito difícil ao próprio atirador
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acompanhar a trajetória do seu projetil traçante e localizar o ponto de impacto. Este método permite estimar
distâncias rápida e precisamente, contudo a possibilidade de obtenção da surpresa é perdida e a posição do atirador Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
6.5.2 - Fogos dos fuzis de assalto e das armas automáticas e seus efeito
O emprego correto dos fogos dos fuzis de assalto e das armas automáticas do GC, bem como a exploração dos
seus efeitos, é a segunda parte da técnica de tiro dessa fração. O conhecimento sobre o comportamento do projetil
durante o vôo e um entendimento do efeito do fogo dessas armas sobre o inimigo podem auxiliar os integrantes do
GC na obtenção da máxima eficiência.
a) Trajetória
É o caminho percorrido por um projetil em seu vôo até o alvo. A trajetória é quase horizontal a curtas distâncias;
porém quando ela cresce, a altura da curva (ordenada) que a representa também cresce.
O espaço entre o fuzil e o alvo no qual a trajetória nunca ultrapassa a altura de um homem de estatura mediana
(1,70m), é chamado de área de rasância. Um projetil disparado por um fuzil no nível do solo (posição de tiro deitada)
contra um alvo localizado a uma distância relativamente curta, ocasiona um área de rasância contínua quando a
superfície do terreno é plana ou levemente inclinada. A grandes distâncias apenas em parcelas desse espaço ocorre
áreas de rasância, pois o projetil passa, na maior parte da trajetória, bem acima da cabeça de um homem com aquela
estatura. Esse espaço que a trajetória se mantém mais elevada é chamado de espaço morto.
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b) Cone de tiro
Cada projetil disparado de um fuzil contra um mesmo alvo segue um caminho ou trajetória ligeiramente
diferente dos demais. Estas pequenas diferenças são ocasionadas por imperceptíveis variações na pontaria,
empunhadura, acionamento do gatilho, queima da carga de projeção, no vento ou na pressão atmosférica. Como os
projetis partem de um mesmo ponto de origem, a boca da arma, suas trajetórias geram um cone de forma específica,
conhecido por cone de tiro.
c) Zona batida
O cone de tiro que atinge uma superfície forma uma zona batida, a qual se apresenta de forma comprida e
estreita. As zonas batidas variam em comprimento. Quando a distância aumenta, o comprimento da zona batida
diminui. A inclinação do terreno afeta o tamanho e a forma da zona batida. Quando o alvo se encontra na encosta de
uma elevação, a zona batida é encurtada; numa superfície descendente, onde o ângulo de inclinação for menor do
que a curva das trajetórias, a zona batida é alongada. A superfície que se inclina abruptamente em um ângulo maior
do que o de queda dos projetis não será atingida e é dita como estando desenfiada.
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- sobre tropa: são aqueles executados acima das cabeças da tropa amiga. O fogo dos fuzis é considerado
seguro quando a movimentação do terreno protege a tropa à frente ou quando ela se encontra em uma posição
suficientemente abaixo da linha de fogo.
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aproveitar das cobertas e abrigos proporcionados pelo terreno e dos fogos de apoio executados pelas metralhadoras,
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morteiros e artilharia para avançar até o mais perto possível do inimigo antes de abrir fogo. Normalmente, o GC não
deve abrir fogo a distâncias superiores a 800m (para alvos tipo área) e 550m (para alvos tipo ponto), o máximo de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
6.6.1 - Emprego
Na ofensiva, o Lança-Granadas 40mm M203 é empregado para destruir grupos de indivíduos inimigos e
proporcionar o apoio de fogo aproximado durante o assalto em conjugação ou para suplementar outros fogos de
apoio.
O CmtET seleciona pessoalmente os alvos e executa os tiros durante o ataque. Nos últimos 35 metros do assalto,
quando os fogos do Lança-Granadas 40mm M203 podem se tornar perigosos para as tropas amigas que estão
executando o assalto ao objetivo, ele deve empregar a munição antipessoal multiprojeteis. Esta munição pode ser
disparada da mesma linha que a tropa assaltante se encontra sem colocar em perigo os demais combatentes próximos
ao CmtET. Ele pode, entretanto, lançar granadas explosivas contra alvos que estejam suficientemente distantes da
faixa de terreno a ser percorrida pela tropa que realiza o assalto, de forma que a explosão da granada não lhe traga
qualquer risco. Convém lembrar que as granadas alto explosivas necessitam de uma distância mínima de
aproximadamente 30 metros para armar a espoleta.
Durante o assalto, o CmtET pode utilizar seu fuzil até que apareça algum alvo apropriado ou até que ele tenha
tempo para recarregar o M-203. Os alvos apropriados para serem batidos pelas granadas lançadas pelo M-203 são
posições de fuzismetralhadores, metralhadoras e as guarnições de outras armas de emprego coletivo, no setor de tiro
da ET. Esta forma de emprego é usada quando um volume intenso de fogo é necessário para reduzir a posição inimiga
assaltada.
Na defesa, o CmtET ocupa uma posição de tiro abrigada, que lhe permita controlar sua ET e lançar as granadas
com o M-203 sobre todo o setor de tiro de sua fração. Posições principal e suplementar são preparadas aproveitando
ao máximo as cobertas e abrigos que o terreno a ser ocupado para o cumprimento da missão puder oferecer. Cuidados
especiais devem ser tomados para garantir que os campos de tiro sejam desobstruídos, de forma a evitar a detonação
prematura dos projetis do M-203. A medida que o inimigo se aproxima da posição defensiva, ele vai sendo submetido
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a um volume cada vez mais intenso de fogos. Inicialmente, o CmtET só deve utilizar o fuzil, reservando o lançamento
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de granadas com o M-203 para quando o inimigo estiver bem próximo das posições amigas. Nessa oportunidade,
disparará contra as armas automáticas e tropa inimiga que se encontrem em posições desenfiadas para os fuzis. Isto Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
fará com que essas bases de fogos inimigas silenciem e suas tropas abandonem as posições cobertas para serem
engajadas pelas armas automáticas das ET.
a) ET
Normalmente, cada CmtET determinará a formação para sua própria fração.
Conseqüentemente, um GC pode conter uma variedade de formações de combate de ET, em um dado
momento, e ter essas formações modificadas freqüentemente.
A posição relativa de uma ET dentro da formação do GC deve ser tal que uma não mascare o tiro das outras.
Não é importante que distâncias e intervalos precisos sejam mantidos entre as ET e os indivíduos, contanto que o
controle não seja perdido. Contato por sinais ou a viva voz serão mantidos dentro da ET e entre os comandantes destas
frações e o CmtGC. Todo movimento ligado a mudanças de formação é realizado pelo itinerário mais curto e fácil. As
características das formações de combate da ET são similares àquelas correspondentes do GC. Essas características
são as seguir apresentadas.
I) Coluna
- permite o deslocamento rápido e controlado;
- favorece o fogo e o movimento para os flancos; e
- dificulta a execução dos tiros para frente.
Essa formação é usada quando a velocidade e controle do movimento são os fatores preponderantes, como
nos deslocamentos através de bosques, em um nevoeiro, a noite e ao longo de uma estrada.
II) Triângulo
- permite um bom controle;
- provê segurança em todas as direções;
- proporciona bastante flexibilidade; e
- facilita a execução do tiro em qualquer direção.
É usada quando não existem dados exatos sobre a situação do inimigo, e o terreno e a visibilidade favorecem
a dispersão.
III) Linha
- proporciona o máximo poder de fogo para a frente; e
- dificulta o controle.
Nessa formação, dependendo da situação, o Atirador poderá ocupar uma posição no dispositivo à direita ou
à esquerda.
É usada quando a posição e o efetivo do inimigo são conhecidos, durante a execução do assalto e a limpeza
do objetivo, e para cruzar pequenas áreas abertas.
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b) GC
Cabe ao CmtGC prescrever a formação de combate para sua fração. Entretanto, o CmtPelFuzNav e o CmtGC
podem prescrever a formação para suas respectivas frações subordinadas quando a situação recomendar ou o
Comandante assim o desejar. Mudanças subseqüentes podem ser feitas pelos comandos subordinados para fazer
frente às alterações da situação.
As características das formações do GC são similares àquelas da ET. A ET é o elemento de manobra nas
formações do GC.
I) GC em coluna
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III) GC em “V”
- facilita a mudança de formação para o GC em linha;
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- provê segurança a toda volta.
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É usada quando o inimigo se encontra à frente, e sua correta localização e efetivo são conhecidos. Pode ser
empregada para cruzar extensas áreas descobertas.
IV) GC em linha
As considerações sobre essa formação são as mesmas da formação em linha da ET.
V) GC escalonado
As considerações sobre essa formação são as mesmas da formação escalonada da ET
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6.10 - SINAIS
Os sinais são empregados para transmitir comandos e fornecer informações quando a comunicação a viva voz
é difícil, impossível, ou quando o silêncio precisa ser mantido. Os comandantes de frações subordinadas repetem os
sinais para suas frações sempre que necessário assegurar a presteza e a execução correta das ordens.
6.10.1 - Apito
É um excelente instrumento de sinalização para os comandantes de pequenas frações. Ele provê um meio
rápido de transmitir uma mensagem para um grupo grande de indivíduos. Entretanto, os sinais precisam ser
previamente convencionados e corretamente compreendidos por todos para evitar interpretações equivocadas. Além
disso, sempre existe o perigo de um sinal de apito de uma fração adjacente causar confusão, bem como o barulho do
campo de batalha reduzir sua eficiência.
6.10.3 - Gestos
Os gestos que se seguem são utilizados na manobra de pequenas frações:
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Em frente Abrigar-se
Em V Linha
Linha de atiradores
Eu não entendi Dispersar à direita/esquerda Substituir
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“Abrir fogo” ou
“aumentar” ou “diminuir a
cadência de tiro”
Obs: Cadência rápida:
Reunir sinal executado Distância 200 m Flanco à direita ou
rapidamente.
Cadência lenta: sinal
esquerda
executado lentamente.
CAPÍTULO 7
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Os ataques noturnos são classificados em: iluminados, não iluminados, apoiados e não apoiados. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
- a surpresa e a ação de choque são sempre grandes para o defensor e podem provocar pânico em suas
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defesas;
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- o objetivo deverá ser facilmente identificável e pequeno para poder ser conquistado em um único assalto; e
- devido às dificuldades para a reorganização, normalmente não se atribui mais de um objetivo em um ataque. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
batalhão e superiores.
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desenvolvimento. Quando estiver completamente desenvolvido, dará o pronto ao CmtPelFuzNav, mediante ordem do
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qual o GC continuará seu movimento silencioso, mantendo a formação em linha e regulando seu avanço pelo GC base.
Deve haver uma avaliação cuidadosa da reação inimiga, em termos de considerar se houve perda da surpresa Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
ou não. Tiros isolados e mesmo um choque entre patrulhas devem ser ponderados, para não precipitar medidas que
revelem o ataque em andamento ou mesmo apressem o assalto.
7.8.3 - Assalto
O GC prossegue o seu movimento na direção do Obj até que o ataque seja descoberto ou até que seja
encontrada resistência inimiga, ocasião em que se desencadeará o assalto. Todo esforço deverá ser feito para manter
o GC em linha e evitar que se formem grupos separados.
É muito importante lançar um grande volume de fogos durante o assalto, pois é necessário que se estabeleça
e mantenha uma superioridade de fogos. O assalto deve ser conduzido com agressividade.
A partir da LPD e após a quebra do sigilo, utilização de artifícios iluminativos é liberada, de modo a auxiliar a
orientação do pessoal e a ajustagem dos tiros.
É necessário um controle rigoroso pelos comandantes, para que a tropa mantenha
CAPITULO 8
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PATRULHAS
8.1 - GENERALIDADES
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Uma patrulha é um destacamento de forças terrestres despachado na direção do inimigo por uma unidade Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
maior, com a finalidade de obter dados sobre o inimigo e/ou terreno, prover segurança, causar destruição ou
inquietação, resgatar ou capturar de pessoal e/ou equipamento.
Dependendo do seu tipo, da missão a ser cumprida e da distância em que irá atuar da unidade que a enviou,
a patrulha pode ter um efetivo de no mínimo quatro elementos.
As ações das patrulhas dependem da engenhosidade de quem as emprega, do grau de instrução, do nível de
adestramento e da agressividade de seus componentes.
8.1.1 - Definição
Patrulha é uma organização por tarefas constituída por militares de uma ou mais frações, com a finalidade de
cumprir tarefas de reconhecimento, de combate ou uma combinação de ambas.
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8.2 - ORGANIZAÇÃO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
O comandante da patrulha a organiza com base nas tarefas a serem cumpridas. Basicamente uma patrulha
se constitui de escalões e estes, de um ou mais grupos, os quais poderão ter uma ou mais equipes.
Os escalões podem ser divididos em:
- Escalão de Comando – É comum a todos os tipos de patrulha, sendo normalmente constituído pelo
comandante da patrulha, seu subcomandante, rádio operador, guia, intérprete, mateiro, ou qualquer outro elemento
especializado. Recebe tarefas associadas ao controle da patrulha.
- Escalão de Segurança - comum a todos os tipos de patrulha. É responsável pela segurança da patrulha
durante os deslocamentos, por ocasião dos estacionamentos e na área do objetivo. Na ação do objetivo, é responsável
por impedir a saída das forças inimigas e a entrada de seus reforços. O número dos grupos de segurança é uma unidade
a mais que o das vias de acesso.
- Escalão de Assalto - Sua ativação só se justifica em patrulhas de combate sendo, portanto, o escalão
característico deste tipo de patrulha. Recebe tarefas de destruição ou de engajar fisicamente o inimigo devendo dispor
de forte poder de fogo para lhe proporcionar superioridade durante o assalto, quando são necessárias ações rápidas
e violentas.
- Escalão de Reconhecimento - Recebendo tarefas específicas de reconhecimento, este escalão só é ativado
neste tipo de patrulhas.
- Escalão de Apoio de Fogo - Sua ativação só se justifica em patrulhas de combate. Provê o apoio de fogo
orgânico à patrulha. Pode ser um grupo do escalão de assalto, desde que o apoio de fogo seja pequeno e o comandante
do escalão de assalto controle as armas de apoio. Quando o emprego das armas deste escalão não puder ser
controlado diretamente pelo seu comandante, serão organizados dois ou mais grupos de apoio de fogo. Isto ocorrerá
quando houver grande quantidade de armas de apoio de fogo ou quando estas ocuparem posições muito afastadas.
8.3 - FUNÇÕES INDIVIDUAIS EM UMA PATRULHA
São oito as funções individuais básicas de uma patrulha, a saber: comandante, subcomandante, homem-
ponta, homem-carta, homem-passo, homem-bússola, rádio-operador e gerente. Toda patrulha deve possuir entre
seus componentes elementos que executem cada uma das oito funções básicas. Em uma patrulha de grande efetivo
as tarefas básicas podem ser executadas por mais de um elemento. Numa de pequeno efetivo, podem ser atribuídas
duas ou mais destas tarefas a um único elemento.
h) Gerente
Suas atribuições se restringem à fase dos preparativos: receber, conferir e distribuir os equipamentos,
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armamentos e munição necessários. Após essa fase inicial, o gerente será empregado normalmente na patrulha com
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outra tarefa qualquer.
8.3.2 - Outras funções Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
a) Desenhista/Fotógrafo
Confecciona croquis e fotografa os alvos do reconhecimento, bem como tudo o que for julgado importante
durante o movimento.
b) Enfermeiro
É o responsável por prestar os primeiros socorros às baixas e evacuar os feridos.
Deve conduzir quantidade extra de suprimentos de saúde.
c) 2o Rádio Operador
Conduz e opera um segundo ou terceiro equipamento rádio, quando mais de uma rede tiver que ser
guarnecida.
d) 2o Homem Passo
Executa a mesma tarefa do homem passo. Quando empregado, será realizada a média da contagem de passos
de ambos. Uma patrulha deve possuir preferencialmente dois homens-passo.
e) Anotador
Relaciona os fatos ocorridos e as atividades desenvolvidas durante a patrulha, tais como: partida, cruzamento
das linhas amigas, regiões perigosas, presença inimiga, dados obtidos na área do objetivo, etc. Auxilia o Comandante
no relatório final.
8.4 - PREPARATIVOS
8.4.1 - Recebimento da missão
Nesta ocasião são fornecidos ao Comandante da patrulha, além da missão, todos os dados relevantes
necessários, tais como: localização e atividades das forças inimigas, localização das tropas amigas, condições
meteorológicas, dados sobre o terreno, data-hora de partida e regresso, método a ser utilizado para reportar
informações, senhas e contra-senhas, locais a serem evitados e conhecimentos de interesse do escalão superior.
associados ao necessária segurança, indispensáveis ao cumprimento da missão. Tais técnicas são adotadas de acordo
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com a situação, com a possibilidade de contato com o inimigo, segundo as condições de visibilidade e as limitações do
terreno. São classificadas em: movimento contínuo, movimento contínuo em dois escalões e movimento por lances, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
podendo este ser classificado em movimento por lances alternados ou por lances sucessivos.
8.5.3 - Medidas de controle de movimento
Consistem no planejamento na carta, para reconhecimento e posterior confirmação ou não no terreno, de locais
destinados à reunião e reorganização da patrulha. Tais locais, denominados pontos de reunião, são escolhidos no
interior das linhas amigas, ao longo do itinerário e nas proximidades do objetivo, exigindo a observância de
determinados requisitos para sua escolha, procedimentos específicos para sua assunção e com ações a serem
desencadeadas durante sua ocupação.
8.5.6 - Navegação
O comandante patrulha é o responsável pela navegação, entretanto, normalmente, essa tarefa é atribuída ao
homem carta. Devem ser designados pelo menos dois homens passo, os quais devem estar separados na formação,
de modo a não se influenciarem mutuamente. O comandante da patrulha considera, então, a média das distâncias
fornecidas por ambos.
O itinerário deve ser dividido em pernadas e cada pernada deve iniciar em um ponto facilmente identificável
no terreno. Os homens passo iniciam a contagem dos passos no início de cada pernada. Isto facilita a contagem da
distância e proporciona ao comandante da patrulha a verificação periódica de seu deslocamento.
Deve haver também um homem-bússola, principalmente para ambiente de selva, ou deslocamento noturno.
O Homem Carta deverá confeccionar um quadro de navegação, onde irá inserir pontos de controle, preferencialmente
visíveis no terreno.
8.5.7 - Segurança
A segurança impõe à patrulha dispersão no terreno, utilização de cobertas e abrigos, disciplina de luzes e sons,
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manutenção do contato entre os patrulheiros adjacentes na formação. Numa patrulha, a segurança (individual e
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coletiva) deverá ser preservada em todas as ocasiões, em todas as direções (vanguarda, retaguarda e flancos).
a) Conduta na Patrulha Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Os patrulheiros atuam no mínimo em dupla. Quando em deslocamento, cada patrulheiro deverá ter atenção
à sua silhueta, especialmente em terreno elevado, aproveitar ao máximo as cobertas e abrigos disponíveis, manter
um passo regular, evitar, sempre que possível, áreas perigosas, lanços longos e corridas, locais com suspeita ou
confirmação de presença inimiga, bem como áreas construídas. Em patrulhas noturnas, os patrulheiros devem ser
mantidos próximos uns aos outros.
O silêncio no deslocamento torna-se mais importante ainda, já que a noite o campo de batalha é,
comparativamente com o dia, mais silencioso, e os sons projetam-se a uma distância maior. A velocidade de
deslocamento é menor que nas patrulhas diurnas, e o controle sobre os elementos da patrulha precisa ser aumentado.
Durante os altos, os seguintes princípios de segurança devem ser observados:
I) todo alto deve ser realizado em áreas que proporcionem boas cobertas e abrigos;
II) devem ser evitados os movimentos desnecessários durante os altos;
III) o perímetro deve ser automaticamente reajustado, se a segurança a toda volta não estiver adequada; e
IV) as armas automáticas deverão ser posicionadas preferencialmente de forma a cobrir os acessos mais
favoráveis ao local.
b) Alto de Segurança
É ordenado para que a ponta possa observar rapidamente algo à frente, ou para uma verificação rápida da
navegação. Cada elemento procura cobertas e abrigos, ajoelha-se e, sem retirar equipamento e nem desfazer a
formação, mantém a segurança em seu setor de responsabilidade.
c) Alto Guardado
É o alto que o comandante ordena ocasionalmente à patrulha, para que seja observada uma determinada
atividade inimiga ou executadas outras atividades que não possam ser realizadas em movimento, tais como:
reconhecimento de área perigosa; confirmação da navegação; estabelecimento de comunicação rádio; ou, ainda,
permitir a alimentação. Ao ser determinado um alto guardado de pequena duração, os componentes da patrulha
procuram um local coberto onde possam parar com segurança, normalmente na posição de joelhos, e assumem um
dispositivo que lhes permita observar e atirar à frente, à retaguarda e na direção dos flancos, em seus respectivos
setores. Nos grandes altos, o perímetro ocupado deverá permitir o contato físico entre os componentes da patrulha.
No caso de haver necessidade de remoção da mochila, esta deverá ser removida homem a homem, ou aos pares, e
colocada em frente ao corpo, em posição tal que possa ser rapidamente recolocada.
8.5.8 - Regiões perigosas.
Região perigosa é qualquer local no qual a patrulha fica vulnerável à observação ou ao fogo inimigo. Podem
ser áreas ou linhas perigosas, as áreas descampadas, clareiras, trilhas, estradas, cursos d'água, lagos, praias e
obstáculos artificiais (redes de arame farpado, campos minados e áreas armadilhadas), bem como qualquer posição
inimiga suspeita ou confirmada, próxima à qual a patrulha precise transitar.
Uma patrulha pode estabelecer contato com o inimigo de forma inesperada. Quando a patrulha observa o inimigo,
mas não é detectada, o seu comandante pode decidir por engajar ou evitar o engajamento, baseando sua decisão na missão
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da patrulha e na capacidade de obter sucesso no engajamento. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Quando a missão de uma patrulha não comportar o engajamento, as suas ações serão de natureza defensiva. O
engajamento, se inevitável, é rompido o mais rápido possível e a patrulha, se ainda for capaz, prossegue para o cumprimento
de sua missão.
Quando a missão recomendar que a patrulha explore oportunidades de contato (como no caso de uma patrulha de
combate), as suas ações serão de natureza ofensiva, bem como decisivas e imediatas.
Sob fogo eficaz do inimigo, o comandante da patrulha possui muito pouco ou nenhum tempo para avaliar a situação
adequadamente e disseminar ordens. Nessas situações, as técnicas de ação imediata propiciam uma rápida reação de
natureza ofensiva ou defensiva, conforme for o caso.
CAPÍTULO 9
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MARCHAS E ESTACIONAMENTOS
9.1 - GENERALIDADES
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As unidades em combate devem muitas vezes cumprir suas tarefas em locais distantes.Portanto, o seu Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Este ponto, chamado Ponto Inicial (PI), deve ficar, preferencialmente, em um local amplo onde possam ser realizados
os preparativos da marcha.
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9.2.3 - Velocidade de marcha
A velocidade de marcha é a distância, em quilômetros, que uma tropa percorre em uma hora, incluindo o alto. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Em geral, nas marchas a pé, são consideradas, para fim de planejamento, as seguintes velocidades médias:
LOCAL DE DIA A NOITE
Em estrada 4 Km/h 3 Km/h
Através campo 2,5 Km/h 1,5 Km/h
9.2.6 - Altos nas marchas a pé
Os altos têm por finalidade proporcionar descanso para a tropa, reajuste do equipamento e atendimento das
necessidades fisiológicas.
Em condições normais, o primeiro alto é realizado 45 minutos após o início da marcha, com a duração de 15
minutos. Outros altos se sucedem após cada 50 minutos de marcha, com duração de 10 minutos. Estes altos
denominam-se altos horários.
É importante estabelecer nos altos o serviço de sentinela, balizadores e retirar todo o pessoal da estrada, para
segurança e evitar acidentes. Utiliza-se também esse período para disseminar ordens e recomendações.
9.2.7 - Duração das marchas
Somente em situações extraordinárias a tropa deve marchar a pé mais de 8 horas por dia. Nesses casos os
homens deverão ter aproximadamente 2 horas para almoço e descanso e 6 horas para jantar e descanso. Essas paradas
de maior duração são denominadas grandes-altos.
9.2.8 - Disciplina de marcha
É o conjunto de regras e procedimentos que se aplicam às marchas. A disciplina de marcha deve ser observada
antes e durante a realização da marcha.
A disciplina de marcha compreende, entre outras, as seguintes regras:
a) Antes das marchas
1. - evitar atrasos;
2. - atestar os cantis;
3. - receber o armamento;
4. - cuidar meticulosamente dos pés;
5. - preparar os equipamentos prescritos;
6. - munir-se de muda de meias reserva; e
7. - verificar as condições de saúde dos subordinados, informando ao escalão superior os que não poderão
realizar a marcha.
b) Durante as marchas
1. - manter sua posição na coluna;
2. - despreocupar-se com o esforço dispendido na marcha;
3. - abandonar a formatura só quando autorizado;
4. - manter a distância, o intervalo e a velocidade de marcha; e
5. - observar as prescrições relativas ao consumo d`água e da ração.
c) Durante os altos
1. - permanecer nas imediações do local do alto;
2. - reajustar as meias, o calçado e o equipamento;
3. - observar as prescrições sobre o consumo d`água e ração;
4. - desequipar-se e procurar descansar o máximo possível, se possível apoiando os pés para descongestioná-los;
5. - transmitir ordens e recomendações; e
6. - ocupar o seu lugar 1 minuto antes do reinício da marcha, do lado da estrada pelo qual vinha marchando.
9.2.9 - O pé e sua proteção
Ao se iniciar uma marcha, deve-se preparar os pés, dispensando-lhes os seguintes cuidados:
1. - cortar corretamente as unhas;
2. - lavar os pés e enxugá-los bem, colocando polvilho anti-séptico entre os dedos;
3. - colocar meias limpas de tamanho apropriado e em perfeitas condições; e
4. - colocar um calçado ajustado.
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Caso venha a fazer bolhas nos pés, proceder como mostrado na figura a seguir.
b) Quanto à ração
- antes da marcha, a tropa deve fazer uma refeição quente e leve; e
- quando a tropa transportar ração fria, essa não deverá ser comida antes da ocasião oportuna, normalmente
em um alto-horário pré-estabelecido.
a) Coluna cerrada
Nesta formação de marcha, a coluna é tão compacta quanto possível a fim de reduzir, ao mínimo, sua duração
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de escoamento, ou seja, o tempo necessário para a coluna passar por um ponto qualquer. Nela não é possível a
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dispersão como proteção passiva contra a observação e o ataque do inimigo.
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b) Coluna aberta
Nesta formação há um espaçamento maior entre as viaturas de modo a permitir que o tráfego de viaturas
estranhas escoe por entre o comboio. Também nesta formação, procura-se conservar, em todas as velocidades, a
distância entre as viaturas.
O movimento em coluna aberta possibilita um melhor ajuste entre as necessidades de escoamento de um
trânsito mais intenso com o deslocamento do comboio.
c) Infiltração
Neste caso as viaturas são despachadas isoladamente ou em pequenos grupos numa estrada devidamente balizada.
Este tipo de formação proporciona a melhor proteção passiva contra a observação e o ataque inimigo. Porém, a
duração do escoamento da coluna é maior que em qualquer outro tipo de formação.
9.3.5 - Altos nas marchas motorizadas
Em deslocamentos com menos de 3 horas de duração não é necessário fazer altos, exceto quando executado
em condições difíceis de escoamento.
Em condições normais, o primeiro alto, com duração de 15 minutos, é realizado 1 hora após o início da marcha.
Os demais altos têm a duração de 10 minutos, a cada 2 horas de marcha.
Durante os altos, os motoristas e seus auxiliares devem proceder a inspeção de suas viaturas. Deve-se colocar
balizadores e meios de sinalização à frente e à retaguarda da coluna que se encontra estacionada. A tropa permanece
fora da estrada, à direita das viaturas, mantendo a estrada sempre livre.
9.4 - ESTACIONAMENTOS
9.4.1 - Tipos de estacionamento
A tropa, depois de empregada num combate ou após a realização de um deslocamento, necessita de repouso
para se recuperar fisicamente, alimentar-se melhor, reparar o material, etc. A tropa pode estacionar de três maneiras
diferentes: bivacada, acampada e acantonada.
a) Bivaque
Uma tropa está bivacada quando estacionada sob árvores, abrigos naturais ou improvisados, sem o emprego
de barracas.
b) Acampamento
Uma tropa está acampada quando estacionada no campo em barracas de campanha.
c) Acantonamento
Uma tropa está acantonada quando estacionada no interior de casas ou edifícios particulares. Sempre que a
situação permitir, o acantonamento deve ser preferido em comparação com os demais tipos de estacionamento, por
permitir maior conforto e comodidade à tropa.
9.4.2 - Procedimentos em um estacionamento
São inúmeros os requisitos exigidos para a manutenção da ordem e higiene nos estacionamentos. Dentre eles,
os mais importantes são os seguintes:
- tomar banho sempre que for possível;
- não se deitar ou sentar diretamente sobre o terreno úmido;
- não jogar restos de comida, nem lixo, em local que não seja designado para isso;
- preparar o lugar onde vai se deitar. Trocar a roupa molhada logo que chegar ao estacionamento;
- cavar a vala de escoamento em torno da barraca (dreno) logo que estiver armada, mesmo que o
acampamento seja só por uma noite. Se não se tomar essa providência, uma chuva, fraca que seja, pode perturbar
uma noite de descanso;
- satisfazer suas necessidades fisiológicas exclusivamente nas latrinas ou instalações sanitárias existentes no
estacionamento, comumente conhecidas como “piano”; e
- não beber água de uma fonte, poço ou torneira antes que a mesma seja julgada em condições de consumo
por um oficial médico ou antes que um aviso tenha sido colocado nesse sentido. A água para beber é fornecida
purificada, em recipientes higienizados, conhecidos por “saco lister”. Estes recipientes são geralmente colocados no
local de estacionamento da(s) subunidade (s), ou próximos da cozinha.
CAPÍTULO 10
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APOIO DE FOGO
10.1 - GENERALIDADES
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O apoio de fogo (ApF) é essencial para destruir a capacidade e a vontade de lutar do inimigo. Sua utilização Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
facilita a manobra, suprimindo ou neutralizando os fogos inimigos e desorganizando o movimento de suas tropas.
Também pode ser empregado independentemente da manobra, com vistas a destruir, retardar ou desorganizar tropas
inimigas ainda não empregadas.
Os comandantes de todos os escalões devem estar habilitados a empregar o armamento orgânico e os fogos de
apoio disponíveis, de forma coordenada e integrados à idéia de manobra, assegurando a adequada aplicação do poder
de combate.
Os Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) dispõem, normalmente, dos seguintes meios
de ApF: morteiros de 81mm e 120mm, canhões e mísseis navais, obuses de 105 e 155mm e aeronaves de ataque com
bombas, foguetes, mísseis, canhões e metralhadoras.
b) Limitações
I) Hidrografia
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Nem sempre as condições hidrográficas permitem a necessária aproximação dos navios até a costa e por isso,
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muitas vezes são obrigados a ocupar posições desfavoráveis.
II) Determinação da posição do navio Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Determinar com precisão a posição do navio é uma tarefa indispensável para a realização de um tiro perfeito,
o que faz com que seja dependente muitas vezes do uso de equipamentos especiais para esta definição de posição.
III) Condições de tempo e visibilidade
O mau tempo e a visibilidade reduzida podem tornar difícil a determinação da posição do navio e reduzir as
oportunidades de localização de alvos e condução do tiro.
IV) Linha Canhão-Alvo Variável
Quando o fogo estiver sendo realizado com o navio em movimento, a linha canhão-alvo pode variar em relação
à linha de frente em terra, podendo tornar-se necessário, para maior segurança da tropa, impor certas restrições à
execução de algumas das tarefas de apoio de fogo.
V) Dispersão em alcance
A trajetória tensa dos canhões navais gera um retângulo de dispersão peculiar, longo em alcance e estreito
em direção, o que pode por em perigo às tropas amigas, exigindo mudança de posição do navio para garantir a
segurança dessas tropas.
VI) Trajetória tensa
A trajetória tensa do canhão naval restringe seu emprego para muitos alvos, particularmente aqueles
localizados em contra-encostas.
VII) Capacidade de Armazenamento de Munição
A capacidade dos paióis de munição dos navios de apoio de fogo é limitada.
VIII) Comunicações
O único meio de comunicação que pode ser usado para realizar o controle do apoio de fogo, ou seja, o rádio,
é susceptível à falhas em decorrência de interferência externa e de condições atmosféricas adversas.
b) Limitações
I) Condições meteorológicas e de visibilidade
Certas condições meteorológicas e de visibilidade podem impedir o apoio ou limitar sua precisão.
II) Raio de ação
A capacidade de combustível das aeronaves de apoio limitam o período de tempo em que podem
permanecer sobre o alvo.
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IV) Comunicações
Há uma grande dependência de comunicações eficientes de modo a propiciar a correta identificação do alvo Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 14
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14.1 - GENERALIDADES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Na 1a Guerra Mundial (1914-1918), gases causadores de baixas foram amplamente utilizados pelos dois grupos
de nações beligerantes. A Liga das Nações (organização antecessora às Nações Unidas) patrocinou um movimento de
proscrição desses agentes em combate, daí resultando a proibição da Guerra Química pela Conferência de Genebra
de 1925 e a proibição da Guerra Biológica pela Convenção de Saúde de Genebra de 1927. Alguns países, entretanto,
como os Estados Unidos, Japão, Brasil e Rússia nunca ratificaram esses dois tratados.
Na 2a Guerra Mundial, entretanto, agentes químicos ainda mais perigosos não foram utilizados por qualquer
dos beligerantes, provavelmente devido à possibilidade de represália de mesma intensidade por parte do inimigo.
Mais recentemente, há notícias de que tenha havido, na Guerra do Vietnam, emprego, pelos norte-americanos,
de agentes químicos desfolhantes, incendiários e causadores de baixa.
Na guerra entre Irã e Iraque, veiculou-se a informação de que o Iraque teria utilizado, em larga escala, agentes
químicos contra as forças iranianas.
Durante a Guerra do Golfo, embora os informes não sejam confirmados, há suspeitas de que o Iraque teria feito
uso de armas químicas e biológicas contra tropas da ONU e localidades de Israel.
Os exemplos citados permitem concluir que os agentes químicos são eficientes, fáceis de produzir e capazes de
matar ou incapacitar o inimigo em poucos segundos. Portanto, o convencimento do combatente quanto à defesa
contra a ação desses agentes e um adestramento eficaz são absolutamente necessários para sobreviver e combater
com eficiência.
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a) Sufocantes
Afetam o aparelho respiratório, provocando a irritação e inflamação das vias respiratórias superiores, dos Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
pulmões e brônquios, produzindo edema pulmonar intenso e, em conseqüência, a morte por asfixia;
b) Vesicantes
Agem sobre a pele, produzindo queimaduras com a formação de bolhas e a destruição dos tecidos subjacentes.
Afetam os olhos e os aparelhos respiratório e digestivo, quando inalados ou ingeridos, produzindo os mesmos efeitos
de destruição dos tecidos;
c) Tóxicos do sangue
Afetam diversas funções vitais em razão da ação que exercem sobre os elementos do sangue. Após absorvidos
pelo organismo, por inalação, ingestão ou através da pele, a morte ocorre em cerca de 15 minutos;
e) Psicoquímicos
Agem sobre as funções psíquicas do homem, acarretando a descoordenação muscular, perda de equilíbrio, da
visão e perturbações mentais diversas. Seus efeitos podem durar até vários dias.
O Anexo G apresenta os principais agentes químicos, suas diversas classificações, medidas de proteção, sintomas que
provocam e os primeirossocorros às vítimas desses agentes.
a) Inquietantes
Os que, produzindo efeitos leves e temporários, porém desagradáveis, diminuem a capacidade combativa do
atacado e obrigam ao uso da máscara.
b) Fumígenos
Subdivididos em dois subgrupos: cobertura e sinalização.
c) Incendiários
Os que são empregados para destruir pelo fogo, instalação e material, ou atacar pessoal.
d) Lacrimogêneos
Afetam diretamente os olhos, provocando irritação, dor e lacrimejamento intenso. Seus efeitos são
temporários, raramente passando de meia hora.
e) Vomitivos
Atuam principalmente sobre o sistema digestivo, provocando a irritação da garganta, náuseas e vômitos,
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14.6 - DESCONTAMINAÇÃO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Ato ou processo de remover, destruir ou neutralizar agentes químicos de modo a desfazer ou minimizar a
situação existente, decorrente de contaminação química. Todo combatente deve estar familiarizado com os tipos de
agentes de descontaminação: os naturais, os descontaminantes padrão e outros, bem como com os procedimentos
do pessoal designado para a descontaminação.
CAPÍTULO 15
COMUNICAÇÕES
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15.2 - MEIOS DE COMUNICAÇÕES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
A eficiência de qualquer sistema de comunicações é diretamente influenciada por seus utilizadores. Para que
se tire o maior proveito dos meios disponíveis, é essencial que o pessoal esteja perfeitamente familiarizado com as
possibilidades desses meios, do mesmo modo que com as regras que norteiam o seu uso.
Os meios de comunicações são classificados em: ótico, acústico, elétrico e postal.
Por outro lado, as seguintes práticas são recomendadas para obtenção do melhor rendimento:
- verificar se a rede está livre, antes de iniciar a transmissão;
- falar claro e pausadamente, dando a mesma entonação a todas as palavras;
- pronunciar as frases em ritmo normal de conversação e não palavra por palavra;
- manter-se calmo, não falar de maneira monótona, irritante ou demonstrar ansiedade; e
- pensar no que vai falar antes de iniciar a transmissão.
Quando se torna necessária a identificação pelo som, de qualquer letra ou algarismo, a fim de serem
evitadas confusões com pronúncias semelhantes, deve-se transmiti-las de acordo com a convenção do alfabeto
fonético.
A ALFA álfa
B BRAVO brávo
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C CHARLIE tchárlie Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
D DELTA délta
E ECHO éco
F FOXTROT foxtrót
G GOLF gôlf
H HOTEL rôtel
I INDIA índia
J JULIETT djiuliét
K KILO kilo
L LIMA lima
M MIKE máike
N NOVEMBER november
O OSCAR óscar
P PAPA pápa
Q QUEBEC quebéc
R ROMEO rômeo
S SIERRA siérra
T TANGO tângo
U UNIFORME iúniform
V VICTOR víctor
W WHISKEY uíski
X XRAY éksirei
Y YANKEE iânki
Z ZULU zúlu
15.7.2 – Algarismos
0 - ZERO 4 - QUATRO 7 - SETE
1 - UNO 5 - CINCO 8 - OITO
2 – DOIS 6 - MEIA ou 9 - NOVE
3 - TRÊS MEIA DÚZIA
A transmissão de números deverá ser precedida da expressão "NUMERAL".
Exemplo: 136 = NUMERAL UNO TRÊS MEIA
A transmissão de coordenadas deverá ser realizada enunciado-se algarismo por algarismo, precedida da
expressão "COORDENADAS"
Exemplo: Coordenadas 3248 - 0896 = COORDENADAS TRÊS DOIS QUATRO OITO
TACK ZERO OITO NOVE MEIA.
15.7.3 - Expressões do procedimento fonia
EXPRESSÃO SIGNIFICADO
AÇÃO Esta mensagem é para ação da estação cuja chamada se segue.
AFIRMATIVO Sim; permissão concedida.
AGUARDE Vou fazer uma pausa; responderei dentro de alguns segundos; mantenha-se atento.
AGUARDE FORA Vou fazer uma pausa maior do que alguns segundos; responderei um pouco mais tarde.
Verificar ou repetir parte da mensagem antes do grupo que se segue (precedida de
ANTES DE
VERIFICAR ou REPETIR)
AQUI Esta mensagem procede do posto cuja chamada se segue.
A autenticação da mensagem transmitida é ...
AUTENTICAÇÃO
O grupo que se segue é a resposta a seu pedido de autenticação.
AUTENTIQUE A estação chamada deverá responder ao pedido de autenticação.
CÂMBIO Encerrei esta transmissão e aguardo resposta; continue; transmita.
CANCELE ESTA Esta transmissão está incorreta, cancele-a (não deve ser usada para cancelar mensagem que já tenha
TRANSMISSÃO sido correta ou completamente transmitida).
EXPRESSÃO SIGNIFICADO
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CORREÇÃO Houve um erro na transmissão desta mensagem. Continuarei com a última palavra correta. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 16
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APOIO LOGÍSTICO
16.1 - GENERALIDADES
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Para que uma operação anfíbia (OpAnf) se realize com sucesso, é fundamental que as atividades logísticas se Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
desenvolvam integradas e coordenadas com as ações táticas. Foi na prática da guerra que a logística buscou seus
ensinamentos. Das lições tiradas e das experiências vividas, com seus erros e acertos, decorreram as normas e
princípios que a constituem. O presente capítulo visa apresentar os aspectos básicos da logística de interesse do
combatente anfíbio quando integrando um GptOpFuzNav. O CGCFN-40.1 - Manual do Batalhão Logístico de Fuzileiros
Navais aborda o assunto com mais profundidade.
16.2 - CONCEITOS
16.2.2 - Apoio de Serviço ao Combate (ApSvCmb )
É conceituado como o apoio proporcionado por parcela de uma Força de Desembarque (ForDbq) ou
GptOpFuzNav ao conjunto da força ou grupamento, por meio da aplicação das funções logísticas essenciais à sua
manutenção em combate.
É pois, um caso especial da logística militar, cabendo a ele prover o apoio sob as condições de combate,
influenciando, assim, diretamente o cumprimento da missão dessas forças ou grupamentos.
O DP é uma organização por tarefas nucleada em torno da CiaApDbq, ou de suas frações, capaz de operar,
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dependendo da situação tática e das condições do terreno, duas AApP e uma AApZDbq ou três AApP.
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O ElmASC é uma organização por tarefas nucleada pela CiaAbst ou pela CiaMnt do BtlLogFuzNav. Cada ElmASC
é capaz de operar uma AApSvCmb. O estabelecimento de uma ou duas AApSvCmb será ditado pelas condições do Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
terreno e/ou situação tática, sendo, então, determinado o número de ElmASC de acordo com o número de AApSvCmb.
Outros elementos com tarefas específicas poderão ser incluídos na organização do GASC como, por exemplo, a
CiaPol e, em casos especiais, unidades ou subunidades de combate, com a tarefa de prover segurança às instalações
de ApSvCmb.
b) AApL
São aquelas áreas estabelecidas em terra, destinadas a concentrar suprimentos, equipamentos, instalações e
pessoal necessários ao ApSvCmb proporcionado a um GptOpFuzNav.
Dependendo das circunstâncias e da natureza da operação realizada, podem ser de quatro tipos:
- Área de Apoio de Praia (AApP);
- Área de Apoio de Zona de Desembarque (AApZDbq);
- Área de Apoio de Serviços ao Combate (AApSvCmb); e
- Instalação Logística Sumária (ILS).
I) AApP
Área junto a uma praia de desembarque (PDbq), organizada e operada inicialmente pelo DP, contendo as
facilidades para o desembarque de tropas e de material, e para o apoio às forças em terra, bem como para a evacuação
de baixas, de PG e de material capturado.
II) AApZDbq
É aquela estabelecida para apoiar os elementos de assalto desembarcados por helicópteros.
III) AApSvCmb
Área em terra onde se encontram os suprimentos, equipamentos, instalações e pessoal necessários ao
ApSvCmb da ForDbq no decorrer da operação.
Em OpAnf, normalmente, é organizada e desenvolvida a partir de uma AApP, podendo incluir ou ser
justaposta a mesma. É estabelecida também, para prover o apoio às demais operações terrestres de caráter naval.
IV) ILS
Conjunto de recursos para o ApSvCmb organizados em bases mínimas, nos escalões companhia e batalhão,
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b) Embarque
As unidades de ApSvCmb, os suprimentos e equipamentos especiais devem ser embarcados procurando-se
garantir o máximo de flexibilidade no atendimento ao planejamento do desembarque.
c) Ensaio
No que diz respeito ao ApSvCmb, antes do embarque são realizados ensaios específicos para se comprovar a
exeqüibilidade do plano logístico, familiarizar as unidades com as instruções nele contidas e aferir o seu grau de
prontificação para o combate.
Uma vez embarcada a ForDbq, o tempo disponível e grau de surpresa que se deseja alcançar limitarão as
possibilidades de realização de ensaios suficientemente completos, que permitam o desenvolvimento do apoio
logístico na profundidade adequada.
d) Travessia
Durante esta fase são reduzidas as responsabilidades logísticas da ForDbq. A execução das atividades de apoio
se descentraliza pelos navios e as necessidades porventura existentes são atendidas pelos Pelotões dos Navios. Ainda
nesta fase, é feita a preparação final para o assalto, quando ocorre a distribuição dos itens de suprimentos da Carga
Prescrita Individual (CPI) à tropa, o embarque de itens críticos de suprimentos nas VtrAnf que se constituirão em
Depósitos Flutuantes e a ativação das agências de controle do movimento navio-para-terra (MNT), para verificação
das condições de prontificação.
e) Assalto
Para fins do apoio logístico, o assalto é dividido em duas etapas: durante o MNT e após o MNT. Durante o MNT
ocorrem as Descargas Inicial e Geral.
Na Descarga Inicial, o apoio logístico tem caráter eminentemente tático, devendo atender prontamente as
necessidades do escalão de assalto da ForDbq. As principais fontes de apoio logístico durante os momentos iniciais do
MNT, quando o apoio é prestado de forma seletiva, são as seguintes: cargas prescritas, suprimentos emergenciais
(depósitos flutuantes e suprimentos helitransportados) e os navios.
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O apoio logístico durante a Descarga Geral caracterizar-se por ser principalmente quantitativo e por atender a
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ForDbq como um todo. Ela se inicia quando já há em terra tropas de ApSvCmb e uma quantidade balanceada de itens
das diversas classes de suprimentos capazes de manter a impulsão do ataque. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
O apoio logístico após o MNT é caracterizado pelo estabelecimento de toda a estrutura de ApSvCmb da ForDbq
em terra e a centralização do apoio a partir das instalações e organizações que integram essa estrutura.
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a) Suprimentos de assalto Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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4 - MANUAL DO
PELOTÃO DE
INFANTARIA DE
FUZILEIROS NAVAIS
CGCFN-31.3
(1ª Edição – 12 de maio de 2020 – referência “h”)
CAPÍTULO 1
ORGANIZAÇÃO DO PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS
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A figura 1-2, ao final deste artigo, mostra um quadro com o armamento dos componentes do PelFuzNav.
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CAPÍTULO 2
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Quando um comandante de fração recebe uma tarefa que envolve um movimento, ele deve decidir que Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
b) Em linha
É a formação de assalto básica. Proporciona os meios para lançamento do máximo volume de fogo à frente,
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mas muito pouco aos flancos. É a melhor formação para o cruzamento de áreas expostas aos tiros inimigos. É a
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formação mais difícil de ser controlada e de manobrar. Ver figura 2-2.
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c) Em triângulo
Usada quando a situação do inimigo não está definida, quando o PelFuzNav se encontra em terreno fechado,
ou quando a frente da fração é estreita. Esta formação proporciona um grande volume de fogos à frente e aos flancos.
Favorece a manobra e o controle, provê flexibilidade para enfrentar mudanças na situação tática e possibilita que um
ou dois GC possam ser conservados como reserva. Ver figura 2-3.
d) Em “V”
Como na formação em triângulo, usa-se quando não se conhece a situação do inimigo, mas se espera
estabelecer contato à frente. O CmtPelFuzNav tem dois GC à frente, para proporcionar um grande volume de fogo ao
se estabelecer o contato, e um GC à retaguarda que pode cobrir os demais. Possui as mesmas vantagens que a
formação anterior; entretanto, desloca-se mais lentamente. Ver figura 2-4.
e) Escalonado
Com os GC escalonados à direita ou à esquerda, podendo ser empregada para proteger um flanco exposto,
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permitindo que o máximo poder de fogo possa ser rapidamente desencadeado na direção desse flanco. Ver figura 2-5.
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CAPÍTULO 4
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a) Condições Atmosféricas Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
b) Condições de Luminosidade
O Oficial de Inteligência (S-2) do BtlInfFuzNav pode prover informes referentes às fases da lua e aos horários
para o nascer e pôr do sol e da lua. Esses informes podem afetar as operações táticas e são valiosos para se estabelecer
os horários de ataque, deslocamentos e patrulhas.
c) Características
Geográficas Os aspectos militares do terreno e da hidrografia são as maiores preocupações na estimativa de
situação do CmtPelFuzNav (ver Anexo E) e são importantes requisitos de inteligência no planejamento e condução de
operações táticas. A análise dessas características deve abranger não apenas o modo como afetam a missão do
PelFuzNav, mas também a maneira pela qual influenciam na capacidade do inimigo.
d) Inimigo
Informes confiáveis referentes ao inimigo, particularmente seu valor, localização, dispositivo e atividades,
influenciam o planejamento operacional. Dentre os de interesse particular do PelFuzNav, destacam-se os referentes
a posições inimigas e localização de suas armas automáticas, morteiros, carros de combate, armamento anticarro,
campos minados e obstáculos.
b) Plano de Busca
No nível PelFuzNav, o maior problema encontrado na busca de dados é o limitado tempo disponível entre o
recebimento da ordem e a sua execução. Para compensar isto, os CmtPelFuzNav continuamente dão ênfase à
importância da transmissão dos dados obtidos e ficam atentos à capacidade de todos os seus meios disponíveis de
obtê-los.
1) INIMIGO
É a fonte de muitos dados. A quantidade de dados relativos à atividade inimiga é limitada pelos elementos
disponíveis capazes de detectá-los e observá-los e pela sua habilidade em dissimular suas ações.
O PelFuzNav não é órgão de avaliação, análise ou interpretação de dados, devendo limitar-se à busca de dados
ou a coleta de conhecimentos. Portanto, é fundamental que proceda, no menor tempo possível, à evacuação dos
prisioneiros de guerra, do material e da documentação capturados ao inimigos.
(a) PRISIONEIROS DE GUERRA
Uma das fontes mais valiosas de dados referentes ao inimigo. O interrogatório de prisioneiros de guerra deve
ser conduzido por interrogadores treinados. Quando a situação tática impede a rápida evacuação de prisioneiros, um
interrogatório rápido (se for o caso, utilizando intérpretes locais) pode ser conduzido, buscando informes de valor
tático imediato. O CmtPelFuzNav deve ter certeza de que todo o seu pessoal compreende e aplica as técnicas de
conduta com prisioneiros de guerra. Ver Anexo B - CONDUTA COM PRISIONEIROS DE GUERRA.
(b) MATERIAL E DOCUMENTAÇÃO INIMIGOS
O material capturado é parte importante do esforço de busca. Em muitas situações, a designação da fração
inimiga é muito valiosa para complementar o exame da situação, caso a localização e a hora precisa da captura sejam
conhecidos. Os documentos recebem a mesma etiqueta que é utilizada nos prisioneiros de guerra, que, como os
mortos inimigos, são boas fontes de dados. O material inimigo capturado, apesar de poder não apresentar valor tático
imediato, pode vir a ser uma fonte de conhecimentos valiosa.
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A observação de fogos inimigos de artilharia e/ou morteiros e a análise de crateras resultantes são fontes de
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dados freqüentemente disponíveis às frações. Ver Anexo C - Formatação para a transmissão de dados.
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2) CARTAS E FOTOGRAFIAS
São de valor para todos os comandantes de fração, como fontes de dados relativos a aspectos geográficos da
área de operação. O planejamento inclui o uso de cartas com escalas especiais ou maiores do que o normal, ampliação
de escalas disponíveis ou fotografias de determinados objetivos.
3) ESCALÕES SUPERIORES
Podem ser capazes de ajudar a responder aos CN. Os pedidos devem ser tão específicos quanto possível.
c) Agências de Busca
1) O PelFuzNav
Desempenha um papel vital em combate. Estando em contato aproximado com o inimigo, obtém dados
consideráveis sobre o valor, localização e armamento do inimigo; a trafegabilidade do terreno; a situação de pontes e
instalações vitais; e os decorrentes da captura de prisioneiros de guerra, documentos e material.
2) O Fuzileiro Naval
É a agência mais simples e valiosa de dados. Seu valor é diretamente proporcional ao treinamento e supervisão
que recebe. O seu preparo e o entendimento de seu papel no processo de busca possibilitam o máximo de proveito
nas seguintes ações:
(a) PATRULHAS
Muito usadas para busca de dados, é importante que lhes sejam cuidadosamente esclarecidos os CN. O valor
da patrulha está diretamente relacionado com a habilidade em reportar o que foi observado.
O PelFuzNav é, por excelência, o elemento tático destinado a formar e lançar patrulhas, que podem ser,
basicamente, de dois tipos:
- de reconhecimento; e
- de combate.
Para maiores detalhes, deve ser consultado o Capítulo 15 do CGCFN-201 - MANUAL DO FUZILEIRO NAVAL.
0403 - CONTRA-INTELIGÊNCIA
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a) Medidas de Contra-Inteligência
A ênfase da contra-inteligência está em negar informes ao inimigo e em neutralizar seus esforços para obter Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
1) todo o pessoal deve ser instruído quanto ao comportamento em caso de captura, para assegurar que
nenhum conhecimento de valor caia em mãos inimigas, por meio de interrogatório;
2) cartas, papéis pessoais, fotografias e outros dados que possam prover algo de valor ao inimigo devem ser
coletados antes de uma ação tática. Especiais precauções devem ser tomadas, para garantir que o pessoal
em deslocamento para fora de linhas amigas não tenha material desta natureza sob sua posse;
3) camuflagem e disciplina de luzes e ruídos deverão ser enfatizadas, e as cobertas e abrigos disponíveis
utilizadas, quando a fração estiver exposta a possível observação inimiga; deverá ser observado o
posicionamento no terreno das Linhas de Escurecimento, para que se possa cumprir rigorosamente a
disciplina de luzes estabelecida (ver Anexo D - ABRIGOS, COBERTAS e CAMUFLAGEM);
5) as áreas de bivaque, as zonas de reunião, as bases de patrulha, as áreas de apoio de fogos etc. devem ser
fiscalizadas para garantir que não serão deixados para trás cartas, mensagens ou outros materiais que
possam ter valor para a Inteligência inimiga;
6) instruções específicas devem ser emitidas, para a salvaguarda de equipamentos e informes militares,
incluindo-se a destruição em emergência de documentos e equipamentos de valor para o inimigo, quando a
captura é iminente;
7) todo o pessoal deve receber instruções quanto ao procedimento fonia, para evitar que sejam revelados
quaisquer dados ou denunciadas posições através do rastreamento eletrônico; e
8) devem ser tomadas precauções para que refugiados, elementos infiltrados e civis da região tenham o mínimo
conhecimento possível das operações. Todos os civis, durante uma operação, devem ser tratados como
agentes inimigos em potencial, até que sejam investigados por autoridade superior.
CAPÍTULO 6
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Em combate, para se estabelecer o contato com o inimigo, é necessário que se realize um movimento em sua Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
0602 - VANGUARDA
A Vanguarda é de natureza ofensiva e deve detectar o inimigo antes do contato.
O PelFuzNav poderá marchar na Vanguarda, recebendo atribuições na PONTA DE VANGUARDA (Fig 6-1) ou no
ESCALÃO DE RECONHECIMENTO (Fig 6-2), dependendo do vulto da Coluna Tática. No escalão BtlInfFuzNav, a
Vanguarda é normalmente composta por uma CiaFuzNav. Ver figura 6-2.
a) Tarefas
1) assegurar a progressão rápida e ininterrupta do grosso;
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3) proteger o grosso contra a ação do inimigo terrestre à frente.
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b) Ponta de Vanguarda
1) Desloca-se ao longo do eixo de avanço. Sua tarefa principal é impedir que um inimigo situado nas vizinhanças
imediatas do eixo ou do itinerário possa abrir fogos de surpresa contra a Coluna. Ela deve se esforçar para impedir
qualquer retardo indevido da Coluna. Para realizar a sua tarefa, a Ponta investiga quaisquer posições favoráveis a
emboscadas situadas no itinerário, tais como passagens ou travessias de cursos d’água, entroncamentos de estradas,
pequenas aldeias e desfiladeiros. Para executar essas investigações e evitar retardar indevidamente a coluna, a Ponta
deve ser agressiva e conduzir seu reconhecimento rapidamente.
2) A Ponta precede o Escalão de Reconhecimento de uma distância determinada pelo comandante da
Vanguarda. Essa distância, usualmente, varia entre 50 e 300 metros, dependendo da proximidade do inimigo, do
terreno sobre o qual a unidade se encontra avançando e da visibilidade.
3) Sempre que possível, o GC que estiver sendo utilizado como Ponta emprega a formação em TRIÂNGULO para
garantir proteção a toda volta e para facilitar o desenvolvimento, quando necessário. As Esquadras de Tiro (ET)
pertencentes à Ponta adotam uma formação em TRIÂNGULO ou em COLUNA. Quando o GC estiver avançando em
Triângulo, a ET da testa se deslocará sobre as extremidades da estrada ou caminho; as demais ET, fora dela, uma de
cada lado. Quando a estrada ou caminho for ladeada por vegetação densa, ou quando a rapidez do movimento for
exigida, a formação da Ponta será em Coluna. As ET também poderão se encontrar numa formação em Coluna e
avançar em lados alternados da estrada. Em qualquer caso, a formação da Ponta é determinada pelo comandante do
GC e é responsabilidade dele modificá-la quando houver necessidade.
4) O comandante do GC na Ponta geralmente se desloca imediatamente à retaguarda da ET da testa, pois dessa
posição pode controlar mais eficientemente seu grupo. Assim, posta-se suficientemente à retaguarda para evitar ser
fixado ao terreno pelos fogos iniciais inimigos e, ao mesmo tempo, à frente, para poder executar um reconhecimento
contínuo que o possibilite fazer seu exame da situação e tomar uma decisão sem perda de tempo.
5) A Ponta engaja todos os elementos inimigos que se encontram dentro do alcance eficaz de suas armas,
inclusive empregando granadas anticarro contra os blindados inimigos. Quando a Ponta estabelece contato com o
inimigo ou descobre posições inimigas ao longo do itinerário de avanço, seu comandante faz um rápido exame da
situação e toma uma ação agressiva imediata. Comunica o contato ao comandante da Vanguarda através do
RECONTAB (ver Anexo C) e informa a ação que estiver tomando. Se a resistência inimiga for relativamente fraca, o
comandante do GC engajará imediatamente o inimigo, para destruí-lo. Se a resistência for mais forte que o efetivo da
Ponta, o GC atacará de modo a obrigá-la a abrir fogo e, assim, revelar seu dispositivo e efetivo. Tal ação agressiva
auxiliará o comandante da
6) Quando a Ponta tem contato visual com um inimigo ao longo do itinerário de marcha, além do alcance de
suas armas, o comandante da Vanguarda é notificado e o avanço prossegue até que o contato seja estabelecido.
Quando o inimigo for observado num flanco, além do alcance eficaz de suas armas, o comandante da Ponta não
engajará com ele, mas notificará o comandante da Vanguarda.
c) Escalão de Reconhecimento
1) O PelFuzNav empregado no Escalão de Reconhecimento é destacado do Escalão de Combate e, por sua vez,
destaca à frente um GC como Ponta de Vanguarda. A tarefa do Pel como Escalão de Reconhecimento é assegurar o
avanço ininterrupto do Escalão de Combate.
2) O Escalão de Reconhecimento adota o dispositivo de grupos em Coluna, cada grupo marchando em coluna
por dois, uma coluna em cada lado da estrada, com uma distância aproximada de 5 passos entre os homens. O
comandante do Escalão de Reconhecimento geralmente marcha à testa desse escalão ou entre ele e a Ponta. Todavia,
deve colocar-se onde melhor possa observar o terreno e controlar a ação. Ele é o responsável pela conservação da
direção ou do itinerário de marcha que recebeu. Usualmente, cabe-lhe manter a velocidade da marcha da Vanguarda,
devendo prescrever a distância a que a Ponta deve preceder o Escalão de Reconhecimento. Em terreno descoberto,
essa distância varia entre 150 e 250 metros. Sob condições de visibilidade reduzida, essas distâncias são
consideravelmente reduzidas. O Escalão de Reconhecimento envia à frente Homens ou Grupos de Ligação, a fim de
manter ligação com o seu GC de vanguarda.
3) Em virtude do pequeno efetivo e de sua tarefa, a segurança dos flancos do Escalão de Reconhecimento limita-
se ao reconhecimento visual. Os pontos perigosos distantes, nos flancos, são assinalados para o comandante do
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Escalão de Combate, que fornece os elementos necessários para o reconhecimento daqueles pontos.
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0603 - FLANCOGUARDA Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
0604 - RETAGUARDA
a) A tarefa da Retaguarda é proteger o Grosso de ataques provenientes da retaguarda.
b) Sempre que possível, a Retaguarda deve ser motorizada, para que disponha de uma velocidade igual ou
superior à do Grosso. Atua de maneira semelhante à Flancoguarda e é preparada para executar destruições e construir
obstáculos.
c) Um PelFuzNav pode receber a tarefa de Retaguarda de um Btl. Seria, então, constituída de Escalão de
Reconhecimento (PelFuzNav menos um GC) e Ponta de Retaguarda (um GC).
d) Ponta de Retaguarda
1) Do mesmo modo que a Vanguarda despacha uma Ponta à frente, a Retaguarda envia uma Ponta para cobrir
a retaguarda. A formação da Ponta de Retaguarda é similar à da Ponta de Vanguarda, porém na ordem inversa.
Normalmente, é empregada uma formação em “V” ou em coluna, colocando-se seu comandante à testa do elemento
mais à retaguarda.
2) Ela só pára para atirar quando a ação inimiga ameaça interferir com a marcha. Qualquer atividade inimiga
observada é comunicada ao comandante da Retaguarda.
3) A Ponta não pode esperar ser reforçada por outras tropas. Ela repele vigorosamente todos os ataques
inimigos. Caso o inimigo ameace ultrapassar a Ponta, tropas amigas ocupam uma posição mais à retaguarda; quando
a Ponta for recalcada, ela se retirará pelos flancos de sua retaguarda ou por um itinerário determinado, de modo a
não mascarar o tiro da força de cobertura.
temporário. É guarnecido pela Vanguarda, Flancoguarda e Retaguarda, ocupando acidentes capitais que controlem as
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vias de acesso para o local onde a Coluna se encontrar parada. Atenção especial deve ser prestada aos flancos.
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b) A tarefa deste posto avançado é proteger a coluna que se encontra parada contra ataques de surpresa do
inimigo. Se atacado, engaja o inimigo, dando tempo à Coluna para tomar posição e repelir o ataque.
c) O PelFuzNav pode fazer a segurança de uma Coluna durante uma parada temporária. Para isso, ocupa pontos
críticos do terreno que controlam as vias de acesso que conduzem ao itinerário de marcha. Sua ação depende da
duração do alto, da proximidade do inimigo, da probabilidade de contato e do terreno. O CmtPelFuzNav recebe
instruções específicas do CmtCiaFuzNav.
d) O GC, quando destacado para essa função, é informado pelo CmtPelFuzNav da situação, da posição do posto
a ser ocupado, a quem e onde qualquer comunicação sobre o inimigo deverá ser enviada e da duração prevista para
o alto.
e) Após chegar ao local determinado e executar um rápido reconhecimento, o comandante do GC coloca em
posição suas ET, de modo a que possam observar e defender todas as vias de acesso que se dirigem para seu setor de
responsabilidade. Deve ser assegurada uma observação constante, destacando-se os observadores aos pares e
providenciando-se uma rendição freqüente.
c) Conduta Após assumir uma formação de Marcha de Aproximação, o CmtPelFuzNav também prescreve as
formações iniciais aos comandantes de GC, permitindo-lhes a mudança à medida que se avança e que o terreno, a
frente atribuída e a probabilidade de receber tiros e observação do inimigo impõem novas formações.
Os comandantes de GC orientam os comandantes de ET da mesma maneira.
1) Objetivos Intermediários
Na Marcha de Aproximação, o PelFuzNav tem por tarefa ocupar a parte que lhe compete do objetivo de marcha
da CiaFuzNav. Quando este não pode ser mostrado no terreno ao elemento esclarecedor do PelFuzNav, ou quando o
CmtPelFuzNav planeja deslocar o grosso de sua fração por lances para um ou mais dos acidentes ao longo do terreno,
são escolhidos objetivos intermediários para a fração.
Características - devem se encontrar dentro do alcance das armas orgânicas do PelFuzNav. Cada objetivo é uma
área onde o grosso da fração irá fazer um alto, enquanto o CmtPelFuzNav retoma o controle, faz um breve
reconhecimento à frente e formula seu plano para o deslocamento para o objetivo seguinte.
2) Programa de Horários e Distâncias
À noite, em bosques densos ou em terreno plano e limpo, pode-se não encontrar objetivos intermediários
apropriados; se os altos periódicos forem necessários para que o controle seja retomado, eles serão executados
mediante um horário ou em função da distância percorrida.
3) Posição do CmtPelFuzNav
Varia de acordo com a situação e a possibilidade de observação, devendo ser escolhida de forma a permitir a
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observação e o controle dos elementos esclarecedores, mas não demasiadamente próxima deles a ponto de haver o
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risco de o CmtPelFuzNav ser atingido ou detido por tiros dirigidos a eles. Essa posição também deve permitir ao
CmtPelFuzNav manter contato com o grosso da fração e manobrá-la eficazmente. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
5) Zona de Reconhecimento
Um PelFuzNav que se encontra na Vanguarda Desdobrada normalmente recebe uma Zona de Reconhecimento
de 300 metros de largura para ser completamente investigada, a fim de cobrir o avanço das unidades maiores que
vêm à sua retaguarda. Para cumprir essa missão, o CmtPelFuzNav envia à frente uma ou mais ET como esclarecedoras.
Ele coordena o movimento dessas ET com o restante do PelFuzNav, de modo a proteger o grosso contra os fogos de
armas portáteis que possam ser desencadeados de pontos situados dentro de 400 a 500 metros, ou, em terreno
coberto, de pontos situados dentro do limite da observação inimiga. Esse movimento pode ser controlado por três
métodos diferentes, dependendo da iminência do contato com o inimigo e da natureza do terreno:
(a) Método das ET independentes
O grosso do PelFuzNav pode ser mantido abrigado, quando as ET que agem como esclarecedoras se deslocam
à frente, a fim de reconhecerem objetivos mais próximos. Quando os esclarecedores fazem sinal de "tudo limpo", o
PelFuzNav avança para esse objetivo; os esclarecedores são enviados para o objetivo seguinte e o processo é repetido.
Este método é o mais simples, porém o mais lento. Ver figura 6-3.
(b) Método da ET sob controle
O PelFuzNav pode ser mantido abrigado, enquanto seu comandante segue à distância os elementos
esclarecedores, em direção a um objetivo. Quando os esclarecedores encontram o objetivo "limpo", o CmtPelFuzNav
faz sinal para que o Auxiliar desloque o restante da tropa para esse objetivo. A seguir, o CmtPelFuzNav designa o
próximo objetivo e desloca os esclarecedores em direção a ele. Este método favorece a segurança e aumenta a
velocidade de avanço. Enquanto o PelFuzNav está se deslocando para um objetivo, os esclarecedores se encontram a
caminho do objetivo seguinte. Ver figura 6-4.
(c) Método de Movimento Simultâneo
Em terreno que não possua objetivos intermediários apropriados, os esclarecedores e o grosso do PelFuzNav
podem se deslocar rápida e seguramente. Normalmente, o elemento esclarecedor precede o PelFuzNav no limite da
visibilidade e nunca além do alcance útil dos fuzis. Ver figura 6-5.
6) ET Esclarecedora
(a) A ET Esclarecedora opera sob o controle do PelFuzNav. O comandante do GC que forneceu a ET esclarecedora
marcha próximo ao CmtPelFuzNav, para estar em condições de auxiliá-lo nesse controle.
(b) A ET Esclarecedora se desloca agressivamente, cobrindo a frente do PelFuzNav que avança, para forçar
qualquer inimigo a revelar sua posição. Geralmente, adota uma formação em triângulo ou em linha de atiradores à
direita (esquerda). Normalmente será atribuída uma frente de 50 a 150 metros, a cada ET, para ser reconhecida. O
comandante da ET olha constantemente à retaguarda, para observar quaisquer gestos executados pelo CmtPelFuzNav.
A ET aproveita todos os abrigos e cobertas disponíveis, sem retardar o avanço. Sua distância à frente do PelFuzNav é
governada pelas ordens do comandante deste e varia com o terreno e a provável posição do inimigo. Num momento,
poderá se encontrar, por exemplo, a 300 metros do PelFuzNav, e em outro, a 20 metros. Durante todo o tempo, o
deslocamento da ET Esclarecedora é protegido por elementos do PelFuzNav ou, se este se encontrar mascarado, por
dois membros da própria ET, que cobrem o movimento dos outros dois.
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Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
(c) Em terreno limpo, o CmtPelFuzNav determina que a ET Esclarecedora se desloque por lances, ao longo de
uma série de objetivos sucessivos. Entretanto, as condições de visibilidade limitada em bosques ou macegas densas,
na escuridão, no nevoeiro ou sob fumaça, impedem, em grande parte, esse movimento, devendo o comandante da
ET manter o contato visual com o CmtPelFuzNav.
(d) Quando a ET Esclarecedora recebe ordens para avançar sobre terreno limpo para a extremidade de um
bosque, não pára nessa extremidade; dois de seus elementos, preferencialmente o volteador e o municiador,
reconhecem o interior do bosque até cerca de 50 metros para seu interior, enquanto os outros dois componentes os
cobrem. Assim que se constatar estar limpa a área próxima da extremidade do bosque, o comandante da ET enviará
um militar para fazer o gesto de "EM FRENTE" para o CmtPelFuzNav. A ET mantém uma linha de cerca de 50 a 70
metros no interior do bosque, com observação na direção do inimigo, até que o PelFuzNav chegue. Antes de prosseguir
para o interior do bosque, a ET aguarda ordens do comandante de PelFuzNav. Após alcançar a outra extremidade do
bosque, a ET novamente faz alto e aguarda as próximas ordens.
(e) Quando a ET Esclarecedora recebe tiros, imediatamente procura abrigo, localiza e responde aos tiros
inimigos. O comandante da ET deve, nessa ocasião, cumprir uma das partes mais importantes de sua missão,
identificando, tanto quanto possível, o seguinte:
- localização do inimigo (distância e pontos de referência);
- extensão da posição (flancos);
- natureza da posição (tocas de raposa, obstáculos, abrigos concentrados, espaldões etc);
- efetivo estimado;
- armas inimigas (metralhadoras, morteiros, carros de combate etc); e
- terreno entre as posições inimiga e amiga (vias de acesso, picadas, caminhos, estradas, cursos d’água, bosques etc).
Assim que possível, após o contato ocorrer, o CmtPelFuzNav entra em contato com o comandante da ET, para
receber os dados obtidos até aquele momento. A seguir, o CmtPelFuzNav coloca a ET, normalmente, sob controle do
GC a que pertence, que, na maioria das situações, é lançado ao combate.
emprego de uma patrulha. Uma ET do GC mais próximo ao flanco é, geralmente, apropriada para esse fim. A segurança
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da retaguarda do PelFuzNav que se encontra na Vanguarda Desdobrada de uma Marcha de Aproximação normalmente
é conseguida pela vigilância exercida pelos elementos da retaguarda da formação da fração, sob a direção do SG Guia. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
e) GC Base
Quando o PelFuzNav se encontra avançando numa formação de Marcha de Aproximação, seu comandante,
muitas vezes, designa um dos GC como Base, para auxiliá-lo a manter a direção e a velocidade de marcha. O
CmtPelFuzNav indica ao comandante do GC Base a direção de avanço apontando um itinerário, atribuindo um azimute
ou designando um acidente do terreno em direção ao qual deverá se deslocar. Indica também, por gestos ou ordens,
quando o GC deve avançar, mantendo a direção e a posição apropriadas, dentro da formação do PelFuzNav. Quando
o GC Base receber ordem de alto, ou quando tiver alcançado o objetivo que lhe foi determinado, pára e aguarda
ordens. Guiados pelo GC Base, os demais GC também fazem alto.
0607 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE
a) Eixo de Progressão
b) Itinerário de Marcha
c) Hora
É a do início do movimento. Normalmente é fixada pelo escalão superior.
d) Local de Partida
e) Linha de Controle
f) Região de Destino
g) Objetivos de Marcha
h) Zona de Reunião
1) Segurança
(a) Contra ataques terrestres
Quando a possibilidade de ação terrestre do inimigo for remota ou quando outras forças amigas
proporcionarem proteção adequada, as medidas de segurança poderão se limitar ao estabelecimento de Postos de
Observação, ligação com a Força de Cobertura e uma guarda interna, para evitar pilhagem ou sabotagem. Estas são
as medidas mínimas, que poderão aumentar de amplitude de acordo com a ameaça inimiga, alcançando o máximo
quando se prepara uma defesa circular contra um ataque inimigo, ou se a segurança proporcionada por outras forças
amigas for pequena ou inexistir.
(b) Antiaérea
Empregam-se ao máximo as medidas passivas de defesa, como abrigos, camuflagem, cobertas, dispersão
etc. Desde que o tempo permita, as armas antiaéreas orgânicas, ou em reforço, devem ser localizadas de forma a
proteger a Zona de Reunião.
(c) Contra carros de combate
Uma Zona de Reunião que disponha de obstáculos naturais barrando as vias de acesso que a ela conduzam
possui segurança passiva. Cursos d’água, matas densas, pântanos etc. asseguram um certo grau de proteção contra
os carros, que poderá ser aumentada, combinando-se aqueles obstáculos com campos de minas. As medidas ativas,
como colocação de armas anti-carro e lançamento de campos de minas, são normais quando há ameaça de ataque
blindado do inimigo.
i) Ponto de Controle
j) Comunicações
Os meios de comunicação empregados na Marcha para o Combate são o rádio, o mensageiro (o mais usado) e
os visuais (artifícios pirotécnicos e painéis).
1) Prescrições rádio:
CAPÍTULO 7
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ATAQUE COORDENADO
0701 - FASES DO ATAQUE
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Após estabelecido o contato com o inimigo ou ocupada uma Zona de Reunião (ZReu), são iniciadas as ações que Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
permitem o desenvolvimento do Ataque Coordenado. Esta operação ofensiva se divide em três fases: Preparação,
Execução e Continuação. Para o PelFuzNav, a primeira fase tem inicio com a chegada à ZReu e o recebimento da Ordem
de Ataque da CiaFuzNav, e termina com o cruzamento da Linha de Partida (LP), o que marca o início da segunda fase.
Após a conquista do objetivo, mas antes de consolidar sua posse, termina a segunda e tem início a terceira e última fase.
0702 - FASE DA PREPARAÇÃO
Ao atingir a Zreu, o PelFuzNav ocupa o setor atribuído pelo CmtCiaFuzNav, de onde contribui para a segurança
do BtlInfFuzNav, enquanto são ultimados alguns detalhes administrativos. Durante o planejamento do ataque pelos
escalões superiores, parte da fração poderá receber tarefas de reconhecimento. Os comandantes de GC verificam o
estado físico dos homens, levantam as necessidades de suprimentos e reportam-se ao Auxiliar do PelFuzNav. Os
equipamentos não necessários ao ataque são aliviados.
a) Ordem de Ataque do CmtCiaFuzNav
Enquanto o PelFuzNav se prepara para o ataque, na ZReu, seu comandante, acompanhado pelo Auxiliar e dois
mensageiros, entra em contato com o CmtCiaFuzNav, a fim de receber a Ordem de Ataque da Subunidade (SU). O Guia
fiscaliza os preparativos do PelFuzNav. Se for impraticável a ocupação da ZReu e o combate for de encontro, a ordem de
ataque da CiaFuzNav poderá ser fornecida durante o contato com o inimigo. Nesse caso, o CmtPelFuzNav deixará o grosso
do Comando da fração numa zona abrigada situada a curta distância do Posto de Comando (PC) da CiaFuzNav, e seguirá
para este acompanhado apenas por um mensageiro, a fim de reduzir o efetivo do grupo. O CmtCiaFuzNav determinará se a
fração, inicialmente, ficará no escalão de ataque ou em reserva. No primeiro caso, o PelFuzNav receberá uma parte da Linha
de Partida ou da região de onde partirá para o ataque, uma direção e um ou vários objetivos a conquistar. A Zona de Ação
do PelFuzNav poderá ter uma frente de 100 a 250 metros, mas ele poderá não receber limites, caso em que deverá
aproveitar itinerários cobertos nas Zonas de Ação dos PelFuzNav vizinhos, ligando-se previamente com os respectivos
comandantes destes. A hora do ataque normalmente consta da Ordem de Ataque da CiaFuzNav.
b) Normas de Comando
Após receber as ordens do CmtCiaFuzNav, as ações do CmtPelFuzNav seguem uma seqüência lógica
denominada Normas de Comando. Ele emprega essas normas como um meio de economizar tempo e de se lembrar
de tudo o que tem a fazer. São eles:
1) PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO
O CmtPelFuzNav faz um estudo na carta e planeja seu reconhecimento e se liga com os comandantes dos outros
PelFuzNav, antes que eles se afastem do local de recebimento da ordem. O plano deve incluir o estabelecimento de
ligação com os comandantes dos elementos em contato com o inimigo a serem ultrapassados por sua fração. Valiosos
informes sobre o efetivo e a localização do inimigo poderão ser obtidos desses comandantes.
2) ESCOLHA DE UM POSTO DE OBSERVAÇÃO
O CmtPelFuzNav escolhe um Posto de Observação (PO) que ofereça o máximo de vistas sobre sua Zona de Ação,
bem como proteção contra as vistas e os tiros inimigos. Envia seu mensageiro para guiar os comandantes de GC até o
PO, onde receberão a Ordem de Ataque, numa hora pré- estabelecida. Se necessário, determina que o Guia avance
com o PelFuzNav até a posição de onde partirá o ataque.
3) RECONHECIMENTO
O CmtPelFuzNav executa um reconhecimento pessoal, durante o qual faz uma análise continuada da situação e
do terreno, incluindo o estudo topotático, isto é, interpretando e avaliando os aspectos militares do terreno, tanto
para o inimigo como para si:
- Observação e Campos de Tiro;
- Cobertas e Abrigos;
- Obstáculos;
- Acidentes Capitais; e
- Vias de Acesso.
4) EXAME DA SITUAÇÃO
(a) Missão
Análise das missões da CiaFuzNav e do PelFuzNav, relacionando-as com o terreno.
(b) Situação
Em seguida, o CmtPelFuzNav analisa as condições meteorológicas e o terreno e compara as situações inimiga e
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amiga. Analisa, ainda, o poder de combate e os dados disponíveis sobre o inimigo em sua faixa de progressão.
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(c) Levantamento da possibilidades do inimigo (PI), visualização das Linhas de Ação (LA) e confronto PI x LA Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
O CmtPelFuzNav levanta as PI, isto é, as ações que o inimigo pode adotar para comprometer sua missão. Depois,
estuda cuidadosamente as LA capazes de assegurar o cumprimento da missão, levando em conta o terreno até o
objetivo principal. A seguir, confronta as suas LA com as PI, isto é, verifica como cada uma de suas LA reage à ação de
cada uma das PI levantadas.
(d) Comparação das LA
O CmtPelFuzNav sumariza as vantagens e desvantagens das próprias LA, comparando-as entre si.
(e) Decisão
Levando em consideração os fatores de decisão - MISSÃO, INIMIGO, TERRENO, MEIOS e TEMPO DISPONÍVEL - o
CmtPelFuzNav decide qual o processo de ataque a ser utilizado. Esta DECISÃO é um desenvolvimento da LA selecionada,
isto é, aquela que melhor assegure o cumprimento da missão do PelFuzNav. Sua redação deverá responder às perguntas
"QUEM?" (este Pelotão), "O QUE?" (atacará), "QUANDO?", "COMO?", "POR ONDE?" (vias de acesso do PelFuzNav e dos GC)
e "POR QUE?". A decisão deverá ser transcrita no início do parágrafo 3. EXECUÇÃO da Ordem de Ataque do PelFuzNav.
5) ORDEM DE ATAQUE
Quando o CmtPelFuzNav regressa de seu reconhecimento, encontra seus comandantes de GC no PO da fração,
e lá os orienta, mostra os acidentes importantes do terreno e fornece-lhes a Ordem de Ataque em cinco parágrafos.
Na maior parte das situações, a Ordem de Ataque do PelFuzNav é verbal e,
muitas vezes, fragmentária, em virtude da limitação do tempo. Para evitar omissão de informações em sua
Ordem de Ataque, o CmtPelFuzNav toma notas, esboçando-a e consultando-a enquanto a transmite a seus
subordinados. O CmtPelFuzNav se certifica de que todos os comandantes de GC compreenderam a ordem. No Anexo
A - ORDEM DE ATAQUE DO COMANDANTE DE PELOTÃO encontra-se um modelo desse documento.
6) SUPERVISÃO
O CmtPelFuzNav supervisiona os preparativos para o ataque, após dar sua ordem.
c) Ordem de Ataque do Pelotão
1) ESQUEMA DE MANOBRA
É o plano para a disposição e movimento das frações orgânicas e de eventuais frações em reforço, para o
cumprimento da missão.
- A única manobra tática que o PelFuzNav tem condições de realizar é o Ataque Frontal; todavia, pode participar
das demais manobras. Ver capítulo 6 do CGCFN- 1201-MANUAL PARA INSTRUÇÃO DE FUNDAMENTOS DAS
OPERAÇÕES TERRESTRES DE FUZILEIROS NAVAIS. O Ataque Frontal engaja as principais posições da defesa inimiga,
mantendo igual intensidade no ataque, quando a intenção é desalojar o inimigo à frente. Visa a sobrepujar e destruir
uma força inimiga muito mais fraca (Ver figura 7-1). Pode consistir, também, no engajamento das principais posições
de defesa, pelo fogo e à distância, com a intenção de fixar o inimigo, empregando uma base de fogos, em apoio ao
Ataque Principal (Ver figura 7-2). A expressão Ataque Frontal não significa que se deva atacar o inimigo pela frente,
mas sim que se está atacando o primeiro escalão inimigo e não suas forças de retaguarda. Deve-se procurar atacar de
uma posição favorável, que incida no "ombro" ou na retaguarda de suas posições.
(a) Missão
Ver EXAME DA SITUAÇÃO das Normas de Comando.
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(b) Objetivo (Obj) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Os Obj no ataque, normalmente, consistem de um ou mais acidentes capitais que proporcionem observação,
bloqueiem vias de acesso e facilitem o desbordamento das forças inimigas e a continuação do ataque.
Devem possuir as seguintes características:
- contribuírem de modo marcante para o cumprimento da missão;
- serem facilmente identificáveis; e
- ser possível sua conquista pelas frações dentro das limitações de tempo e espaço impostas.
(c) Escalonamento para o ataque
- Escalão de Ataque (1° escalão): normalmente são empregados os três GC;
- Apoio de Fogo: provido pelas seções do Pelotão de Petrechos à disposição; e
- Reserva: neste escalão, normalmente não é empregada.
2) PLANO DE APOIO DE FOGOS
Normalmente, no ataque, este plano consiste de uma cópia do Plano do CmtCiaFuzNav.
d) Ações do comandantes de GC
1) Reconhecimento
Após receber a Ordem de Ataque do CmtPelFuzNav, os comandantes de GC devem, quando possível, reconhecer
o terreno. Durante esse reconhecimento, devem formular um plano para emprego de suas ET, a fim de cumprirem as
tarefas que lhes foram atribuídas. Se o tempo ou a situação não permitir executar o reconhecimento, este deverá ser
feito durante a tomada do dispositivo.
2) Ordem de Ataque
Os comandantes de GC transmitem sua ordem aos comandantes de ET antes do cruzamento da LP. A
transmissão poderá ser feita individualmente, se estiver havendo engajamento com o inimigo, ou coletivamente.
Geralmente será fragmentária, devido ao pouco tempo disponível. Contudo, sempre que possível, deverá ser
fornecida uma ordem completa. Independentemente disto, os comandantes de GC precedem a transmissão da ordem
de um giro do horizonte, apontando a direção de ataque e os acidentes do terreno que serão mencionados naquela.
comandante ordena que uma ou mais ET abram fogo sobre as posições inimigas, procurando obter superioridade de
fogos sobre o inimigo que se encontre detendo seu avanço. A superioridade de fogos é obtida submetendo-se o
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inimigo a tiros de tal precisão e intensidade que os seus cessem ou se tornem ineficazes. O fuzil-metralhador é
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especialmente utilizado para este fim, devido à sua maior cadência. Para auxiliar a obtenção da superioridade de fogos,
emprega-se o tiro de surpresa, sempre que possível. Assim, o comandante do GC transmite aos comandantes de ET Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
suas ordens de tiro e as ET, quando possível, procuram deslocar-se, sem serem pressentidas, para as posições de tiro.
O comandante do GC ordena, então, "FOGO" e todos os homens atiram simultaneamente. Uma grande quantidade
de tiros precisos desencadeados inesperadamente tem um efeito desmoralizante sobre o inimigo e causa-lhe baixas
e desorganização. Uma vez conseguida a superioridade de fogos, o GC se encontra pronto para continuar sua
progressão em direção ao inimigo. A superioridade de fogos deve ser mantida durante todo o ataque, a fim de
assegurar o sucesso de qualquer manobra. Antes de fazer avançar qualquer fração de seu GC, o comandante deve
certificar-se da existência de tiros de apoio ou orgânicos suficientes sobre o inimigo, para que os fogos deste sejam
ineficazes.
(c) Métodos de Avanço de GC
Uma vez decidido o método a ser empregado, a execução deverá ser imediata. Caso os tiros forcem os membros
do GC ou da ET a procurar abrigo, o comandante do GC deverá imediatamente retomar o controle de sua fração e
assegurar que o ataque seja continuado agressivamente, com um mínimo de retardo.
(1) LANCE DE GRUPO
O GC pode se deslocar à uma, por uma série de lances, que serão possíveis se estiver sendo mantida a
superioridade de fogos, com as armas de apoio atirando diretamente sobre o inimigo, e se houver um itinerário de
avanço, ou se ocorrerem as duas condições. MO do comandante do GC, o grupo percorre vários metros e se abriga.
Esse processo é repetido até que o GC não mais possa avançar como um todo.
(2) LANCE DE ESQUADRA
O GC pode se deslocar em série de lances de ET. Quando empregando este método, o comandante do GC ordena
que uma ou mais ET avancem, sob a proteção dos tiros da(s) ET remanescente(s). A porção do GC que estiver
desencadeando os tiros de cobertura (base de fogos) deverá aumentar sua cadência de tiro, se houver qualquer indício
de que a superioridade de fogos possa ser perdida. As outras ET devem avançar tão rapidamente quanto possível para
novas posições de tiro, aproveitando ao máximo os abrigos e cobertas existentes. Muitas vezes essas frações terão de
progredir arrastando-se ou rastejando. Após alcançar novas posições de tiro, abrirão fogo de surpresa, se possível. A
base de fogos original cessa o fogo e, sob a proteção da nova base de fogos, desloca-se, por sua vez, em direção ao
inimigo, aproveitando todos os abrigos e cobertas existentes. Esse processo continua até que parte ou todo o GC se
encontre em posição para assaltar o inimigo com sucesso.
(3) INFILTRAÇÃO INDIVIDUAL
Será realizada quando for impossível o deslocamento de uma ET por lances; seu comandante determinará qual
o homem que deverá se deslocar; este escolherá sua futura posição de tiro, em regra não mais que cerca de 10 metros
à frente; carregará e travará seu fuzil e se deslocará rapidamente para essa posição, aproveitando os abrigos e cobertas
existentes; na ausência destes, correrá em "zig-zag". Chegando à posição escolhida, jogar-se-á ao solo e rolará para
um dos lados, afastando-se do local onde inicialmente aferrou (ao rolar, procura um abrigo que permita realizar o tiro
desenfiado). De imediato, procurará localizar o objetivo e abrirá fogo. O comandante da ET designará, então, outro
homem para se deslocar, que executará o mesmo procedimento, para uma posição próxima do anterior. Este processo
terminará quando toda a ET tiver se deslocado à frente. Pelo menos dois homens deverão estar sempre em condições
de cobrir o avanço de cada componente da ET.
(d) Os lances do PelFuzNav são por GC, com um em base de fogos. O PelFuzNav utiliza itinerários cobertos, se
possível. Caso contrário, avança rapidamente até a PAss, aproveitando os fogos de apoio e a fumaça disponíveis. As
armas inimigas ocasionalmente encontradas devem ser imediatamente batidas durante a progressão. Essa situação
ocorre, muitas vezes, quando o PelFuzNav ataca enquadrado na CiaFuzNav ou BtlInfFuzNav. Algumas vezes, os fogos
de apoio são suficientes para manter o inimigo fixado em seus abrigos e neutralizar sua resistência durante o avanço
da LP até a PAss. Neste caso, o PelFuzNav progride rapidamente, de uma vez, sem que seja necessário apoiá-lo com
os fogos do PelPtr antes do início do assalto. Os fogos de apoio previstos podem não neutralizar todas as armas
inimigas de tiro direto. Nesse caso o PelFuzNav os reforça com suas armas orgânicas, a fim de permitir que outros
elementos da fração progridam.
(e) O PelFuzNav também pode atacar sem integrar um escalão superior, caso em que, para obter superioridade
de fogos rapidamente, o PelFuzNav utiliza parte de seus próprios fogos para substituir ou reforçar os fogos de apoio
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normalmente fornecidos pelo escalão superior. Essa situação pode ocorrer quando:
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(1) atua como patrulha de combate e somente pode contar com concentrações de artilharia e de morteiros
pedidas pelo rádio; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
(2) atua como vanguarda na Marcha de Aproximação e, fazendo contato com o inimigo, os fogos de apoio não
estão imediatamente disponíveis. O PelFuzNav, então, ataca decididamente, combinando o fogo e o movimento, para
vencer pequenas resistências;
(3) está na perseguição ou no prosseguimento de um ataque, em que a rapidez seja fator preponderante e as
armas de apoio não possam mudar de posição; e
(4) no ataque em bosques densos, matas ou montanhas, as armas de apoio não possam ser levadas à frente ou
não tenham campos de tiro.
(f) Se, antes de o PelFuzNav transpor a LP, os fogos de apoio não neutralizarem todas as armas inimigas de tiro
direto, parte da fração poderá executar um ataque frontal, a fim de tornar os fogos do inimigo ineficazes e imobilizá-
los na posição, protegendo o restante da tropa que, utilizando os abrigos e cobertas existentes, avançará para a
posição de assalto. É comum os fogos de apoio serem insuficientes para manter neutralizadas as armas inimigas. Em
conseqüência, elas reaparecem e hostilizam o PelFuzNav tão logo este transponha a LP e avance para a PAss. A ação
inicial do CmtPelFuzNav será tentar a neutralização com os fogos orgânicos. Não obtendo sucesso, ele deverá tentar
uma combinação de fogo e movimento com a tropa. Para isto, empregará os fogos de apoio do PelPtr à disposição e
de parte do PelFuzNav, enquanto o restante da fração estiver avançando. Deverá também procurar trazer os fogos de
apoio dos escalões superiores sobre as armas que impedem sua progressão, comunicando a exata posição destas.
(2) quando não é possível desviar-se dos fogos inimigos e se estes não forem muito densos, muitas vezes, pode-
se atravessar a zona perigosa sofrendo poucas baixas. Em tais situações, o CmtPelFuzNav, resolutamente, desloca com
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rapidez sua fração à frente, tendo em vista que os fogos defensivos geralmente aumentam de intensidade e precisão
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à medida que a luta se desenvolve, particularmente quando o atacante suspende ou afrouxa sua pressão;
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(3) deter o avanço dá ao inimigo mais tempo para ajustar seus fogos e, ao mesmo tempo, priva os elementos
vizinhos do apoio de que eles necessitam. As paradas que não sejam absolutamente forçadas pela ação inimiga
comumente ocasionam baixas evitáveis, em virtude de aumentarem o tempo que os homens ficam expostos aos fogos
inimigos. Por conseguinte, o CmtPelFuzNav só detém seu avanço quando o prosseguimento do movimento pode
causar um número considerável de baixas. Nesse caso, ele participará imediatamente ao CmtCiaFuzNav a sua
localização, a ação inimiga que impôs a parada e quaisquer outras informações úteis. Ao mesmo tempo, ficará em
condições de reiniciar o avanço, logo que o fogo diminuir de intensidade.
(j) Transposição de zona batida por fogos aproximados
(1) Quando os fogos inimigos são desencadeados por armas portáteis situadas dentro do alcance útil das armas
do PelFuzNav, todos os seus homens imediatamente abrem fogo contra elas. Quando esse fogo, entretanto, não puder
neutralizar as armas inimigas, a progressão deverá ser feita pela combinação do fogo e movimento.
(2) Certos objetivos que detêm ou dificultam o avanço devem ser assinalados para os comandantes dos
elementos de apoio, para os observadores avançados que se achem perto do PelFuzNav e ao CmtCiaFuzNav. Ao
mesmo tempo, o CmtPelFuzNav empregará todos os meios de que dispuser para continuar a progressão. O inimigo
deve ser fixado pelo fogo de uma das frações do PelFuzNav, enquanto o restante manobrará, beneficiando-se desse
apoio. A seguir, a fração que manobrou ocupará posição de tiro e passará a apoiar a progressão do elemento que a apoiou.
(3) O avanço pela zona de um PelFuzNav vizinho é, muitas vezes, a única maneira de um grupo ou parte dele
poder aproximar-se da posição inimiga, e deverá ser feito mediante entendimento com essa fração vizinha.
3) Assalto (da PAss para a Linha Limite de Progressão - LLP)
(a) O assalto é um curto e bem coordenado esforço para dominar o objetivo. Por esse motivo, qualquer
hesitação das tropas assaltantes pode ser desastrosa. A ação é caracterizada pelo emprego agressivo do fogo e do
movimento para cerrar sobre o inimigo e destruí-lo ou capturá-lo. As brechas nas defesas inimigas devem ser
exploradas e os pequenos objetivos devem ser, se possível, atacados pelos flancos e pela retaguarda. O emassamento
de forças para conquistar o objetivo deve ser restrito ao mínimo.
(b) O CmtPelFuzNav se prepara para o assalto concentrando os seus fogos de apoio e procurando aproximar-se
o máximo possível da posição inimiga, tirando todo o proveito dos efeitos produzidos no inimigo por aqueles fogos.
(c) A coordenação oportuna do assalto com a suspensão ou alongamento dos fogos de apoio constitui um ponto
de capital importância no combate de infantaria. Quando os elementos do escalão de ataque chegam à distância de
assalto, os fogos de apoio são suspensos a pedido do comandante do PelFuzNav, comandante da CiaFuzNav ou
BtlInfFuzNav; esses elementos partem imediatamente para o assalto, apoiados por suas armas de tiro tenso.
A suspensão daqueles fogos é indicada aos elementos do escalão de ataque por meio de um sinal ótico feito
pelos grupos atacantes ou pelos elementos de apoio. Se o assalto for iniciado no interior do PelFuzNav ou por ordem
de seu comandante, os tiros de apoio devem ser suspensos imediatamente, por meio de um sinal preestabelecido,
como um artefato pirotécnico ou uma granada fumígena colorida. Se as armas de apoio e a base de fogos tiverem
observação adequada, seus tiros poderão ser suspensos por suas agências de observação. Quando se convencionar
que o assalto será desembocado por ordem do CmtPelFuzNav, o início da ação poderá ocorrer ao término de uma
concentração de artilharia ou de morteiros, após o que todos os fogos serão suspensos. O assalto poderá ter início,
também, mediante um programa horário, que, entretanto, é mais comumente empregado quando a coordenação
entre as frações de uma CiaFuzNav ou as SU de um BtlInfFuzNav é essencial para o assalto. Os grupos ainda não
desenvolvidos, ao se aproximarem da PAss, tomarão o dispositivo em linha. O PelFuzNav iniciará o fogo do assalto e
progredirá com rapidez, em direção ao objetivo. Nesse momento, a artilharia, os morteiros e as outras armas de apoio
suspenderão ou alongarão seus fogos sobre o objetivo, para evitar baixas na tropa atacante. Quando o PelFuzNav
ataca enquadrado na CiaFuzNav, o assalto é desencadeado à hora determinada ou a um sinal do CmtCiaFuzNav. Se o
PelFuzNav estiver atacando isoladamente, o sinal convencionado para a suspensão dos fogos de apoio será dado por
seu comandante.
todas as armas disponíveis. O inimigo deverá ser neutralizado, cegado ou destruído pelos fogos dos fuzis,
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fuzismetralhadores, granadas de bocal e de mão e lança-rojões. Os atiradores de escol selecionarão objetivos, quais
sejam: oficiais, graduados, seteiras de fortificações e guarnições de armas. Eles devem atuar atrás ou nos flancos do Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
PelFuzNav. A munição deverá ser utilizada sem parcimônia e recompletada constantemente. O PelFuzNav não deve
deter-se na orla anterior do objetivo, nem vacilar em avançar para sua orla posterior, para que o inimigo não tenha
tempo de se refazer do choque inicial do assalto.
(e) Perseguição pelo fogo
Conservando suas bases de fogos em posição, o CmtPelFuzNav deve assegurar-se de que o terreno conquistado
será conservado. O inimigo em fuga deverá ser engajado pelo fogo até o alcance útil das armas, para evitar que se
reorganize e contra-ataque. Após o assalto executado com êxito, a base de fogos deve permanecer em sua posição de
apoio, para que a reorganização do PelFuzNav possa ser protegida.
0704 - FASE DA CONTINUAÇÃO
a) Ações no objetivo conquistado
1) As primeiras considerações do CmtPelFuzNav, após a conquista do objetivo e durante a perseguição pelo
fogo, são assegurar-se de que mantém o objetivo conquistado e de que não perca nenhuma oportunidade que lhe
facilite ações futuras. Para proteger o objetivo, deve tomar todas as providências necessárias para repelir um contra-
ataque inimigo.
(a) O CmtCiaFuzNav deve:
- coordenar e supervisionar a reorganização de sua SU e dos reforços;
- designar locais e áreas específicas de responsabilidades dos seus PelFuzNav e pontos de ligação;
- desdobrar as armas orgânicas em reforço e em apoio para posições préselecionadas, de onde possa
repelir um contra-ataque; e
- modificar os fogos pré-planejados, como necessário.
A reserva poderá ser posicionada para proteger um flanco exposto ou para aprofundar a posição, ou
poderá ser empregada, temporariamente, à frente do objetivo, para prover segurança durante a reorganização ou
para destruir ou capturar o inimigo em fuga. Segurança local e patrulhas deverão ser empregadas à frente e nos
flancos, para manter contato com o inimigo e com subunidades vizinhas. O Plano de Fogos para o apoio à defesa
imediata da posição conquistada deverá ser melhorado, e a redistribuição das armas e frações executada de acordo
com o reconhecimento pessoal efetuado.
(b) As exigências iniciais mais importantes para o CmtPelFuzNav são:
- o dispositivo dos GC que executaram o assalto; e
- o desdobramento e o posicionamento da base de fogos, se empregada.
O CmtPelFuzNav deve deslocar as armas orgânicas e em reforço rapidamente à frente, para integrar a
defesa. As vias de acesso para contraataques inimigos devem ser cobertas tanto por fogo direto como indireto.
(c) Os comandantes de GC, assessorados pelos comandantes de ET, designam as posições e setores de tiro
individuais para as ET.
(d) As seções de metralhadoras e armas anti-carro recebem setores de tiro e uma direção principal de tiro
para cobrir as vias de acesso mais vantajosas para o inimigo. Os comandantes dessas seções e das outras armas de
apoio selecionam as posições exatas de suas armas, que provêem a defesa em toda volta do PelFuzNav e têm
prioridade para a preparação de suas posições.
1) Ao serem atingidos ou destruídos os objetivos, todos os esforços devem ser concentrados para que se
prossiga no ataque, sem demora. Deve-se utilizar ao máximo o apoio de fogo durante esse período crítico. Um mínimo
de forças manterá o controle do objetivo, se necessário. As frações manterão o contato com o inimigo, impedindo-o
de se reorganizar.
2) O prosseguimento do ataque com a Reserva pode requerer a ultrapassagem ou substituição em posição.
3) O CmtCiaFuzNav e os CmtPelFuzNav, antes do assalto, ao formularem o plano inicial de ataque,
elaboram também Planos Preliminares, para emprego no prosseguimento do ataque, além de um reconhecimento
inicial. Esse planejamento reduz o tempo necessário ao reconhecimento e à orientação da tropa, após a conquista do
objetivo. O plano inicial é continuamente aperfeiçoado, à medida que o exame da situação, no qual ele foi baseado,
vai sendo alterado durante a execução do assalto. Por outro lado, os Planos Preliminares e suas alterações são as bases
para uma ou mais Ordens Fragmentárias, a serem distribuídas, implementando a continuação do ataque para a
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b) Reorganização Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
c) Interrupção do ataque
1) Caso o assalto não obtenha êxito, o CmtPelFuzNav adotará ações alternativas, dependendo dos fatos de
sua força ter simplesmente falhado em conquistar seu objetivo, ou de ter sido repelida, contingências essas para as
quais ele deve ter-se previamente preparado. Suas ordens devem incluir a hora e/ou as circunstâncias que
determinarão a interrupção, a missão e a localização das frações subordinadas e as medidas de coordenação e
controle. A fim de evitar o congestionamento, algumas frações podem ser desviadas para áreas de reunião, antes que
seja ordenado o alto.
2) O comandante terá liberdade para interromper o ataque da sua fração. Nessa eventualidade, devem ser
previstas áreas de reunião, a fim de auxiliar a defesa, diminuir a vulnerabilidade a ataques e facilitar a retomada da
ofensiva.
3) As ações a serem adotadas quando o ataque é interrompido são:
- estabelecer a segurança local necessária;
- comunicar ao CmtCiaFuzNav;
- manter o contato com o inimigo, buscando os dados necessários ao planejamento de ações futuras;
- reorganizar-se e redistribuir forças, com base em seu presumível emprego futuro; e
- estabelecer contato com os PelFuzNav adjacentes.
d) Comunicações no ataque
1) Durante as ações iniciais
(a) COMUNICAÇÕES COM FIO
Muito usadas nesta fase, se for possível instalar os circuitos necessários. Deve-se dar especial atenção à
vigilância dos circuitos.
(b) COMUNICAÇÕES RÁDIO
Até a hora do ataque, normalmente, são sujeitas a restrições (rádio restrito). O uso eventual desse canal visa
a manter a aparência de fluxo normal ao inimigo.
(c) COMUNICAÇÕES POR MENSAGEIROS
É o canal mais utilizado, normalmente empregando mensageiros de escala e os especiais.
(d) COMUNICAÇÕES VISUAIS
Praticamente só utilizadas para ligação terra-avião, principalmente por meio de painéis e de artifícios
pirotécnicos.
2) Durante o ataque
(a) COMUNICAÇÕES RÁDIO
São o meio mais usado, normalmente de forma livre, após o cruzamento da LP. A restrição poderá ser
imposta à reserva e aos elementos em apoio, antes de seu emprego.
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- no âmbito do PC da Unidade, para uso de elementos que delas necessitem; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
- entre o escalão de ataque e o PC da subunidade. Atualmente, não é o meio mais utilizado, devido ao
desenvolvimento dos equipamentos-rádio.
(c) COMUNICAÇÕES POR MENSAGEIROS
Largamente empregados. Devem-se utilizar mensageiros de escala à frente da LP, e escoltá-los quando em
território inimigo.
(d) COMUNICAÇÕES VISUAIS E ACÚSTICAS
Particularmente empregadas para:
- ligações terra-avião;
- suspensão, alongamento e pedidos de fogos; e
- situações em que é necessário estabelecer ligações com um grande número de pessoas.
0705 - RESERVA
a) Tarefas
O PelRes poderá receber uma ou mais das seguintes tarefas:
1) prover a segurança nos flancos e retaguarda, por meio de patrulhas de combate;
2) atacar, por nova direção, uma posição inimiga que detém elemento do escalão de assalto;
3) substituir um PelFuzNav do escalão de ataque;
4) reduzir resistências ultrapassadas;
5) atacar para explorar uma vulnerabilidade;
6) manter ligação com os elementos vizinhos à CiaFuzNav; e
7) proteger a CiaFuzNav dos contra-ataques durante a reorganização.
b) O PelRes avança por lances, de acordo com as ordens de seu comandante, e adota um dispositivo em coluna
até sua entrada em ação. O CmtPelRes observa constantemente a ação dos elementos do escalão de ataque e a
situação nos flancos. À medida que a situação se desenvolve, ele traça planos iniciais de emprego da fração.
CAPÍTULO 8
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0801 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NO ATAQUE NOTURNO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Para o ataque noturno iluminado, seguir os procedimentos previstos para o ataque diurno. Para o ataque não
iluminado, considerar, também, o seguinte:
a) Reconhecimento
Sempre que possível, uma vez que possibilita uma melhor observação, deverá ser diurno. Deverão ser
reconhecidos todos os itinerários a serem utilizados pelas frações, assim como os pontos de liberação e os demais
pontos e linhas de controle.
b) Normas de Comando
1) Providências iniciais - iguais às do ataque diurno; e
2) Demais - ver Anexo G - SEQÜÊNCIA PARA PREPARAÇÃO DE OPERAÇÕES.
c) Preparativos para o Ataque
As atividades levadas a efeito na Zona de Reunião pelo PelFuzNav são semelhantes às de um ataque diurno,
devendo o CmtPelFuzNav ter uma preocupação especial com a segurança. A surpresa é de capital importância, sendo
obtida mediante:
1) ensaios conduzidos, tanto durante o dia como durante a noite, com formações, sinais e as ações da fração,
da Zona de Reunião ao objetivo;
2) descanso dos componentes do PelFuzNav antes do ataque;
3) não conduzir material e equipamentos desnecessários ao ataque, os quais deverão ser reunidos e
entregues no objetivo;
4) camuflagem individual e do equipamento;
5) inspeção dos homens e equipamentos, para que não haja quebra de disciplina de luzes e de ruídos;
6) reduzir ao mínimo indispensável os efetivos e as atividades de elementos empregados em
reconhecimento, e em outras ações preparatórias; e
7) manutenção das armas travadas durante o deslocamento; a abertura de fogo só deverá ocorrer mediante
ordem.
Quando o PelFuzNav iniciar o movimento para a posição de ataque, as armas deverão estar carregadas e
travadas. A Posição de Ataque deve ser ultrapassada com os sabres/baionetas armadas.
d) Conduta
1) Formação
O PelFuzNav geralmente transpõe a Linha de Partida (LP) em coluna, podendo estar ou não sob o controle
da CiaFuzNav. Essa formação é mantida até que seja atingido o Ponto de Liberação (PLib) dos Pelotões ou dos GC, ou
seja forçado o desdobramento pela ação inimiga. Se a visibilidade permitir o controle e o objetivo estiver próximo à
LP, ou o contato com o inimigo for iminente, poderá ser preferível a progressão, a partir da LP, com os PelFuzNav
justapostos, cada um deles em coluna. Ao ser atingida a Linha Provável de Desenvolvimento (LPD), ou se o inimigo
descobrir o ataque antes que ela seja alcançada, o assalto será iniciado com todos os GC em linha. Quando o PelFuzNav
for empregado como reserva, ele deslocará de acordo com a determinação do CmtCiaFuzNav.
2) Progressão até os PLib
(a) A progressão da LP para os PLib é feita em coluna. Um avanço lento, silencioso e furtivo é essencial ao
sigilo. Esse dispositivo é mantido até que seja atingido o PLib/Pel, a menos que a ação inimiga force a um
desenvolvimento prematuro. A área entre a LP e os PLib deve ser constantemente patrulhada antes da chegada da
CiaFuzNav. Quando os PelFuzNav atingem o PLib/Pel, recebem um guia (integrantes das patrulhas de segurança), que
os conduzem até os PLib/GC.
(b) O comandante de cada coluna se desloca à testa ou nas proximidades, e um sargento se desloca atrás de
cada coluna, para auxiliar o controle e manter o sigilo. Os comandantes de coluna e de PelFuzNav verificam
constantemente a direção e a ligação.
(c) Os comandantes procuram evitar um assalto prematuro; contudo, a ação de patrulhas ou de postos de
vigilância inimigos pode forçar parte da CiaFuzNav a se desenvolver antes da hora planejada. Se possível, os elementos
desenvolvidos retomam o dispositivo em coluna após a redução da resistência.
(d) Durante o deslocamento, o PelFuzNav deve adotar medidas de segurança aproximada, nos flancos e à
frente.
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(e) Uma vez ultrapassada a LP, o movimento deve ser contínuo, e a velocidade de progressão
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suficientemente lenta para permitir um movimento silencioso. Ver figuras 8-1 e 8-2. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
(f) O inimigo encontrado no itinerário deve ser eliminado o mais silenciosamente possível.
(g) Se forem lançados iluminativos durante esse deslocamento, os homens devem abaixar-se rapidamente,
evitando olhar para a luz.
(h) Ao chegar ao PLib/GC, o CmtPelFuzNav passa o controle dos GC a seus comandantes; os guias conduzem
os grupos das extremidades para suas posições na Linha Provável de Desenvolvimento (LPD); o grupo do centro
prossegue à frente, desenvolvendo-se entre os homens que marcam seus flancos.
(i) Quando o PelFuzNav estiver completamente desenvolvido, o CmtPelFuzNav avisa ao CmtCiaFuzNav,
mediante ordem do qual o PelFuzNav continuará seu movimento silenciosamente, mantendo a formação em linha e
guiandose pela fração base.
3) Assalto
(a) O desenvolvimento pode ser ordenado pelo CmtCiaFuzNav em função da ação inimiga, ou ser feito na
LPD. No primeiro caso, o assalto deve ser iniciado tão logo o desenvolvimento esteja pronto, e executado em um lance,
com os militares atirando enquanto progridem.
(b) Artifícios iluminativos podem ser usados para auxiliar o tiro e a progressão da tropa assaltante. Esses
fogos de iluminação são solicitados pelo CmtCiaFuzNav.
(c) O PelFuzNav prossegue o seu movimento na direção do objetivo até que o ataque seja descoberto ou até
que seja encontrada resistência inimiga, ocasião em que se desencadeará o assalto.
(d) Ao atingir a LPD, a tropa procura se desenvolver sem ser descoberta e lançase ao assalto, em silêncio, até
que o inimigo abra fogo. Todo esforço deve ser feito para manter-se o dispositivo em linha e evitar que se formem
grupos isolados.
(e) Normalmente o assalto é iniciado por ordem do CmtPelFuzNav; deve ser evitado o assalto prematuro,
ressaltando-se que o fogo disperso de pequenos elementos inimigos não deve ser encarado como perda da surpresa
nem deve ser o sinal para o início do assalto.
(f) É muito importante lançar um grande volume de fogos durante o assalto, pois é necessário que se
estabeleça e mantenha a superioridade. O assalto deve ser conduzido com agressividade, os homens devem gritar,
fazer ruídos e criar tanta confusão quanto possível.
(g) Deve-se usar munição traçante para aumentar a precisão dos tiros e desmoralizar o inimigo.
(h) Durante o assalto são realizados fogos para isolar o objetivo, como pode ser realizada a iluminação, tudo
por solicitação do CmtCiaFuzNav.
(i) Os PelFuzNav em primeiro escalão procuram atingir o limite posterior do objetivo, deixando as tarefa de
limpeza para os elementos em apoio e na reserva. É de acentuada importância um comando enérgico e agressivo por
parte de todos os comandantes de frações.
4) Ataque descoberto antes de atingir a LPD
(a) O CmtCiaFuzNav pedirá os fogos de apoio e a iluminação planejados sobre o objetivo para neutralizar os
fogos do inimigo e para permitir melhor controle e movimento mais rápido. Se os PelFuzNav ainda não houverem sido
liberados, o CmtCiaFuzNav os liberará nesse momento, e eles deverão seguir rapidamente para a LPD.
(b) Os PelFuzNav devem tentar seguir na formação em coluna até as proximidades da LPD, onde adotarão a
formação em linha e procederão como em um ataque diurno, encarando a LPD como a provável posição de assalto.
Se não for possível avançar na formação em coluna sem sofrer muitas baixas, os PelFuzNav devem desenvolver-se e
utilizar fogo e movimento para atingir uma posição da qual possam lançar-se ao assalto.
(c) À medida que os fogos de apoio forem se tornando perigosos à tropa amiga, devem ser transportados
para isolar o objetivo.
(d) Uma vez iniciado o assalto, a conduta deverá ser a mesma já descrita.
5) Consolidação e Reorganização
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(a) Logo que o objetivo tiver sido conquistado, o PelFuzNav ocupará o setor que lhe tiver sido atribuído,
buscando estabelecer seus flancos em pontos característicos do terreno designados anteriormente e mantendo
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contato com os PelFuzNav vizinhos. As armas orgânicas e em reforço devem cerrar com rapidez para posições Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
designadas anteriormente. Estabelece-se a segurança local, que consta de postos de escuta e de pequenas patrulhas;
no entanto, esta segurança não deve ir além da Linha Limite de Progressão (LLP).
(b) Deve-se fazer a redistribuição de munição, a evacuação de baixas e de prisioneiros e o recompletamento
de pessoal. O CmtPelFuzNav deve manter o CmtCiaFuzNav informado dessas ações.
(c) Um pouco antes do alvorecer, o pessoal e os petrechos são reajustados e distribuídos de acordo com as
necessidades, para reforçar a posição e obter melhores campos de tiro.
(d) Quando o ataque tiver de prosseguir após o amanhecer, os preparativos imediatos para o
prosseguimento deverão ser logo iniciados.
(e) Os observadores avançados de artilharia e morteiro devem planejar fogos de caráter defensivo, tipo
barragem em vias de acesso e concentrações, em pontos críticos, a serem desencadeadas MO do CmtCiaFuzNav.
6) Reserva
Poderá seguir de perto o escalão de ataque ou ser deixada atrás da LP, para ser levada à frente por guias ou
mediante um sinal convencionado. Poderá receber as tarefas de limpeza e de ficar em condições de substituir as
frações em primeiro escalão. Se inicialmente não houver reserva, imediatamente após a conquista do objetivo será
designado um PelFuzNav para constitui-la.
0802 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE
a) Direção e Controle
1) emprego de volteadores ou atiradores de metralhadoras selecionados, para executarem tiros traçantes
sobre o objetivo;
2) emprego de guias para deslocamentos atrás e à frente da LP. Bons guias podem ser freqüentemente
escolhidos entre os componentes das patrulhas que estejam familiarizados com a região;
3) designação dos limites laterais e avançados do objetivo, por meio de acidentes notáveis do terreno;
4) designação de azimutes das direções de progressão à frente da LP;
5) designação de um grupo-base. Em geral é o que tem o itinerário mais facilmente identificável;
6) conservação do dispositivo em coluna durante o maior tempo possível; e
7) prescrição da parte da frente a ser defendida pelos GC e determinação, com precisão, da zona e limite de
objetivo de cada um deles.
1) O patrulhamento normal é mantido antes de um ataque noturno; além disto, são lançadas patrulhas de segurança,
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com as tarefas específicas de reconhecer itinerários até a LPD, balizar os PLib e a LPD, fornecer guias para o deslocamento até a
LPD e obter informes sobre o inimigo e o terreno.
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2) Cada PelFuzNav fornece um grupo, cujo efetivo varia de quatro a seis militares; o CmtCiaFuzNav os consolida em
uma patrulha e designa um comandante.
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3) Os grupos dos PelFuzNav devem ser orientados pelo comandante deste quanto ao itinerário do PLib/Pel ao PLib/GC,
localização do PLib/GC, flancos do PelFuzNav e dos grupos na LPD, colocação dos componentes dos grupos nas proximidades da
LPD, de maneira que possam melhor auxiliar o desenvolvimento do PelFuzNav.
4) O CmtCiaFuzNav deve orientar a patrulha quanto ao local e hora onde os guias devem se apresentar, localização
do PLib/Pel, itinerário até o PLib/Pel e sobre a eliminação de postos de escuta inimigos.
5) A patrulha deve reconhecer o itinerário até o PLib/Pel, onde deve permanecer o comandante da mesma, e daí cada
grupo deverá reconhecer o itinerário dos PelFuzNav.
6) Cada grupo de PelFuzNav deverá reconhecer o itinerário até a LPD, onde o comandante mostrará os flancos da
fração e dos GC e designará os elementos que irão balizá-los.
7) Os componentes dos grupos retornam ao PLib/GC, podendo deixar elementos balizando os flancos do PelFuzNav
na LPD; o comandante do grupo deverá ficar nesse ponto, acompanhado dos elementos que guiarão os GC até suas posições na
LPD, e deverá mandar um elemento retornar para o PLib/Pel, as fim de servir como guia para o PelFuzNav.
8) Quando a CiaFuzNav atingir o PLib/Pel, deverá encontrar neste ponto os guias dos PelFuzNav, que deverão conduzi-
los até o PLib/GC.
9) Quando for atingido o PLib/GC, os guias conduzirão os GC para suas posições na LPD.
10) Quando os PelFuzNav estiverem desenvolvidos na LPD, a patrulha de segurança será dissolvida e seus elementos
retornarão às suas frações.
11) Se, durante o cumprimento de sua missão, a patrulha de segurança encontrar o inimigo ou for descoberta por ele,
deverá proceder conforme as instruções dadas pelo CmtCiaFuzNav por ocasião do recebimento da missão.
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CAPÍTULO 9
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0901 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NA FASE DO PLANEJAMENTO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Para o embarque, todos os fuzileiros navais recebem dois cartões de embarque, nos quais se encontram
todas as informações necessárias para sua vida a bordo:
1. - número do beliche e alojamento;
2. - estação de transbordo;
3. - equipe de embarcação;
4. - estação de abandono; e
5. - locais de formatura.
Ao embarcar no navio, o fuzileiro naval entregará um desses cartões ao Oficial de Embarque; o outro continuará
em sua posse, para orientá-lo a bordo, devendo ser levado para a estação de transbordo, onde será entregue a um
oficial do navio, no momento do desembarque.
Os guias do Pelotão do Navio serão utilizados para condução dos elementos da tropa para os alojamentos
designados. Após se instalar, o fuzileiro naval deverá permanecer no seu alojamento até que seja liberado, para não
atrapalhar o restante da faina de embarque. O CmtPelFuzNav, auxiliado pelos comandantes de GC, verifica a instalação
de sua fração, transmitindo ao CmtCiaFuzNav a situação.
muito importante que pelo menos os GC não sejam fracionados, pois isso acarretará a perda de controle por parte de seus
comandantes. Os comandantes dessas equipes devem verificar o estado do equipamento de cada homem, antes do
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transbordo, como também recordar os procedimentos para o transbordo e descida do equipamento. Ver CGCFN-1301 - Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
MANUAL PARA INSTRUÇÃO DE OPERAÇÕES DE FORÇAS DE DESEMBARQUE para esses procedimentos e os relativos a cada
meio utilizado para o MNT.
b) O GC
1) deve estar preparado e adestrado para atuar isoladamente;
2) deve dispor de fumígenos e painéis para balizar a linha de frente, tendo em vista o apoio aéreo;
3) devem-lhe ser atribuídas tarefas específicas, como, por exemplo, a destruição de posições inimigas na praia,
ou parte do objetivo do PelFuzNav. As posições inimigas que permitam observação direta sobre a praia de desembarque
devem ser conquistadas ou destruídas, visando a possibilitar o desembarque das demais vagas em segurança. Contudo,
nem todas as posições inimigas na praia devem ser consideradas como objetivos, pois o ímpeto do ataque poderia ser
perdido. Durante o adestramento, devem ficar bem definidas as ações a serem empreendidas pelos GC para a redução das
posições inimigas, principalmente as localizadas na praia;
4) sempre que possível, preferencialmente com o auxílio de um modelo do terreno, os GC devem ser instruídos
sobre suas tarefas no assalto;
5) os comandantes dos GC devem estar preparados para conduzir as ações de suas frações rapidamente,
visando, dentre outras coisas, a minorar os problemas decorrentes de:
1. - abicagem das embarcações com intervalos de tempo entre elas mais longos que o planejado, produzindo
brechas na frente dos PelFuzNav de assalto;
2. - impossibilidade de localizar todas as posições inimigas na praia; e
3. - possibilidade de o patrão da embarcação perder completamente o rumo ou não conseguir desembarcar
os GC nos locais planejados;
6) o ímpeto do assalto não deve ser perdido; quer atacando um objetivo na praia ou progredindo para o
interior, as ações dos GC devem ser rápidas e agressivas; alguns objetivos podem não ser conquistados de imediato, devido
à resistência apresentada; neste caso, o GC deve neutralizar a posição inimiga e comunicar ao CmtPelFuzNav; se possível,
reforços serão fornecidos para reduzir a posição considerada;
7) as seções de metralhadoras e os grupos de lança-rojão são, normalmente, embarcados com os GC de 1o
escalão; esses elementos são postos à disposição do PelFuzNav para apoiá-lo pelo fogo de suas armas; isto implica que os
GC precisam estar capacitados a atuar junto com as armas de apoio; e
8) por ocasião do assalto deverá ser observado que:
- após o desembarque, cessa a organização das equipes de embarcação,
retornando a tropa à sua organização tática; e
- o assalto é iniciado por pequenas frações, sem maiores meios de controle ou direção, a não ser a influência
pessoal que podem exercer seus comandantes, prevalecendo sua capacidade de liderança.
c) O PelFuzNav
A fim de cobrir com fogos a frente atribuída ao PelFuzNav e assegurar que todas as armas e instalações do
inimigo na praia sejam atacadas imediatamente após o desembarque, as primeiras embarcações normalmente são
distribuídas de modo uniforme sobre a frente designada, mantendo-se a distância de 50 a 75 metros entre elas. Essa
distância também permite que a embarcação tenha espaço necessário para manobrar e fazer-se de novo ao mar, sem
interferência com as vagas de embarcações subseqüentes, que "correm" para a praia. Em situações de baixa visibilidade, ou
quando a praia for estreita, poderá ser necessário reduzir essa distância. Contudo, a distância deve ser suficiente para evitar
que mais de uma embarcação seja atingida por um mesmo artefato do inimigo, e permitir o desdobramento completo das
tropas na praia.
Normalmente, o PelFuzNav desembarca em duas embarcações e recebe uma frente de 100 a 200 metros no
assalto. Poderá estar apoiado por uma seção de metralhadoras, lança-rojões ou morteiros.
O CmtPelFuzNav deve atentar para os seguintes pontos, nos momentos iniciais:
1) retomar o mais cedo possível o controle do PelFuzNav, já que normalmente estará embarcado em mais de
uma embarcação. O fato de estas abicarem lado a lado facilita a retomada de controle pelo CmtPelFuzNav,
não só utilizando seus próprios esforços e os do Auxiliar, como valendo-se de seus mensageiros; e
2) avaliar a situação com que se defronta o PelFuzNav e verificar se o ataque está progredindo de acordo com
o planejado.
d) Prosseguimento do assalto
Após o estabelecimento do controle pelo CmtCiaFuzNav, o PelFuzNav prossegue em suas ações em terra,
como se fossem operações terrestres. Ver capítulos 5 a 8 deste manual.
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1001 –O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS EM 1º ESCALÃO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
a) Generalidades
O PelFuzNav em 1a escalão é aquele que ocupa um núcleo de defesa de Pelotão na Área de Defesa Avançada
(ADA) da CiaFuzNav. O comandante desta delineia o traçado do Limite Anterior da ADA (LAADA) e atribui ao PelFuzNav
uma frente medida ao longo desse limite, desde um ponto de referência no terreno ou desde o flanco de uma unidade
adjacente. A distância do LAADA para a retaguarda é também definida.
1) Frente
A frente máxima atribuída a um PelFuzNav é de 700 metros, medidos sobre o LAADA. Ele ocupa
fisicamente apenas uma porção dessa frente (400 metros), devendo cobrir o restante pelo fogo.
2) Profundidade
É a distância entre as posições principais do GC e a extensão para a retaguarda de suas posições
suplementares, podendo alcançar até 200 metros. Ver figura 10-1.
b) Plano de Defesa
Consiste de um Esquema de Manobra e um Plano de Fogos, este desenvolvido simultaneamente com o Plano
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1) Esquema de Manobra
Prevê para cada GC uma posição principal, geralmente em linha. O CmtPelFuzNav seleciona posições Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
(b) Uma vez determinadas as posições principais dos GC, o CmtPelFuzNav seleciona os setores de tiro. Os
três setores se sobrepõem e cobrem toda a faixa da Área de Segurança da CiaFuzNav pela qual o PelFuzNav é responsável.
A determinação de setores de tiro aos GC resulta na cobertura completa da frente e oferece o máximo de segurança contra
a surpresa. Quando uma larga brecha existe entre Pelotões adjacentes, os GC nos flancos da brecha devem ser colocados
de tal forma que os dois flancos do PelFuzNav devam prover o máximo de apoio mútuo. Ver figura 10-3.
(c) O CmtPelFuzNav prepara um esboço ou calco com o Plano de Fogos e o submete ao CmtCiaFuzNav para
aprovação. Deverá conter:
- posições principais dos GC e setores de tiro;
- posições e direções principais de tiro para todas as armas automáticas, inclusive aquelas da CiaFuzNav que
tiverem sido posicionadas no núcleo de defesa (devendo incluir o setor de tiro);
- Postos de Comando (PC) e de Observação (PO) do PelFuzNav;
- posição e direção principais para as armas anti-carro orgânicas; e
- posições e direções de tiro de outras armas coletivas no núcleo de defesa do PelFuzNav (incluindo setores
de tiro).
c) Organização do Terreno
A tarefa de organizar o terreno começa imediatamente após a chegada do PelFuzNav à ADA. Consiste na
fortificação da posição defensiva, por meio da limpeza dos campos de tiro, construção de abrigos e de obstáculos e do
disfarce e melhoramento das vias de comunicação, continuando ao longo do período de sua ocupação. Os trabalhos
se iniciam conforme uma prioridade estabelecida pelo CmtCiaFuzNav e prescrita na Ordem de Defesa do
CmtPelFuzNav. Normalmente, a prioridade é:
1) Postos de Segurança;
2) posições das armas automáticas e de armas à disposição do PelFuzNav;
3) limpeza de campos de tiro e determinação dos alcances para as prováveis localizações dos alvos;
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O trabalho de disfarce é levado a efeito simultaneamente com todas as tarefas acima. O disfarce da posição
continua durante todo o tempo de ocupação da mesma. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
É, normalmente, colocado à retaguarda dos PelFuzNav em 1o escalão, para prover profundidade à defesa da
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CiaFuzNav. O comandante desta designa uma posição principal e uma ou mais suplementares, e o PelFuzNav em
reserva se desloca de uma para outra, mediante ordem do CmtCiaFuzNav. Sua posição deve estar a mais de 150 metros Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
do limite anterior da Área de Reserva, de modo a estar protegido contra os tiros inimigos sobre o 1° escalão. Suas
posições devem ser organizadas da mesma maneira que as dos demais PelFuzNav, podendo ser ocupadas por todo o
Pelotão ou por GC separados.
b) Tarefas
1) Apoiar pelo fogo os PelFuzNav em 1° escalão
O PelFuzNav em reserva deve posicionar-se de modo que possa bater os flancos ou a retaguarda dos
PelFuzNav em 1° escalão, ou as brechas entre eles.
2) Limitar as penetrações
O PelFuzNav em reserva deve ocupar o terreno de onde possa bloquear a progressão inimiga dentro da
ADA (Ver figura 10-4). Fogos de apoio devem ser planejados, como os demais Pelotões. Quando o PelFuzNav em
reserva for empregado para limitar uma penetração, o contra-ataque para expulsar o inimigo deverá ser executado
pela reserva do escalão superior.
4) Segurança e vigilância
- fornecimento à CiaFuzNav de elementos para a segurança local da frente;
- segurança de setores não ocupados da Área de Defesa; e
- segurança de um flanco exposto.
Essa última tarefa pode implicar o estabelecimento de Postos de Vigilância, Postos de Escuta e
lançamento de patrulhas, a fim de cobrir vias de acesso ou pontos importantes do terreno, além de manter contato
com as CiaFuzNav adjacentes.
5) Contra-atacar
O PelFuzNav em reserva provê meios limitados para contra-ataque.
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b) Limites Laterais (LL);
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e) Posições de Aprofundamento
As de valor Pelotão na Área da Reserva são designadas pelo CmtBtlInfFuzNav. São localizadas sobre os
acidentes capitais (ou de modo a protegê-los), a fim de que possa limitar as penetrações inimigas ao longo das vias de
acesso no interior da posição, provenientes seja da frente, dos flancos ou da retaguarda. O CmtBtlInfFuzNav estabelece
a prioridade de preparação das posições de aprofundamento principal e suplementares. Nos calcos de operação, essa
prioridade é indicada numerando-se os núcleos segundo sua importância para a defesa, considerando-se o número 1
(um) como o de mais alta prioridade. A reserva prepara essas posições.
f) Controle
A eficiência da defesa do PelFuzNav depende da habilidade de seu comandante em controlar os GC e seus
fogos e pedir apoio de fogo adicional.
1) O PelFuzNav emprega uma combinação de PO/PC de onde seu comandante passa controlar a posição
defensiva. Essa posição é selecionada pelo comandante da fração e preparada para ocupação. Ela deve prover a
melhor observação sobre a Área de Defesa do PelFuzNav, as vias de acesso para seu interior e flancos. O Auxiliar
assessora o CmtPelFuzNav no controle dessa posição. O Comando do Pelotão se encontra, normalmente, nas
proximidades. Deve localizar-se de modo a prover um itinerário coberto e abrigado para a retaguarda. Um ponto
isolado de suprimento e evacuação pode ser estabelecido numa posição coberta e abrigada, situada para a retaguarda
do setor defendido, sob a supervisão do Guia, que é encarregado do suprimento e evacuação, tanto na defensiva como
na ofensiva. Terrenos acidentados podem necessitar de mais de um PO. Dessa forma, o CmtPelFuzNav poderá
observar a maior parte das posições ou as vias de acesso mais importantes. O Auxiliar deve ser posicionado para
observar e controlar as outras porções da Área de Defesa.
2) O PelFuzNav mantém um telefone direto com a CiaFuzNav, suplementado pela rede tática desta.
3) Quando o tempo, a situação e a disponibilidade de meios permitirem, o CmtPelFuzNav estabelecerá uma
rede telefônica de sua fração, ligando PO/PC, GC e sentinelas ou postos de escuta. Neste caso, a prioridade seria para
ligação entre o PO/PC e os postos de segurança. Também poderão ser empregados mensageiros, meios visuais,
acústicos ou outros, substituindo ou complementando o telefone. Por exemplo, um mensageiro pode permanecer
todo o tempo no PC da CiaFuzNav, sendo substituído, imediatamente, quando for trazida uma outra mensagem.
4) O CmtPelFuzNav assegura uma completa disseminação dos sinais visuais, tais como os prescritos para o
controle dos fogos de proteção final. Assegura, também, suficiente controle dos dispositivos de sinalização, a fim de
ter certeza de que os sinais para os fogos de proteção final sejam empregados apenas mediante aprovação do
CmtCiaFuzNav, exceto naqueles casos onde a autoridade para ordenar os fogos é o CmtPelFuzNav.
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6) estar dentro da distância de apoio dos elementos do LAADA (entre 800 e 2.000 metros);
7) permitir o controle de todas as vias de acesso do inimigo; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
b) Noturna
1) À noite, a CiaFuzNav depende das patrulhas, postos de escuta e equipamentos de vigilância para detectar
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um movimento ou infiltração. Se a SU reduzir seu perímetro defensivo, ela assegurará vigilância nas brechas criadas
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em seus flancos. Os elementos de segurança devem informar a progressão do inimigo e orientar a iluminação e os
fogos de apoio. Eles se retraem antes de engajar no combate aproximado. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
2) A iluminação deve ser largamente usada para expor o inimigo, à medida que ele se aproxima das área dos
PelFuzNav em 1° escalão. Os CmtPelFuzNav solicitam permissão ao CmtCiaFuzNav para iluminar a área. É
responsabilidade do CmtCiaFuzNav informar às SU adjacentes sua intenção de usar a iluminação. De um modo geral,
as armas não atiram até que os alvos estejam visíveis. Os fogos são executados somente mediante ordem dos
comandantes, que mantêm rígido controle, para evitar tiros indiscriminados, que resultariam em gastos
desnecessários de munição e revelação prematura das posições. Os comandantes podem determinar que algumas
armas atirem em pontos que se revelem pela luz ou, em alguns casos, pelo ruído. Armas coletivas atiram com dados
de tiros prédeterminados ou usando equipamento de visão noturna.
3) Quando se constatar que o inimigo está começando seu assalto, o CmtPelFuzNav solicitará Fogos de
Proteção Final na área ameaçada. A iluminação continuará em grau crescente e a defesa será conduzida da mesma
maneira que a diurna. As armas automáticas atirarão em suas direções principais de tiro. Os atiradores atiram em seus
setores, exceto quando outra ordem tiver sido dada por seu comandante de ET. Granadas de mão deverão ser usadas
para suplementar outros fogos, à medida que o inimigo se aproximar da posição. Outros aspectos da conduta de
defesa noturna são geralmente os mesmos da conduta diurna.
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5 - MANUAL BÁSICO
DOS GRUPAMENTOS
OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
CGCFN-0-1
(1ª Edição – 12 de maio de 2020 – referência “a”)
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FUZILEIROS NAVAIS
CAPÍTULO 1
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GUERRA, CONFLITO, PODER E FUNÇÕES DE COMBATE
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A liderança em todos os níveis, a rapidez³, a surpresa⁴ e a audácia⁵ são elementos fundamentais da Guerra
de Manobra. O sucesso é medido em termos de efeitos desejados alcançados. Nela, evita-se o confronto direto com
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as unidades de combate inimigas, engajando seus sistemas de apoio, de modo a neutralizá-las indiretamente.
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O resultado da ação deixa de ser proporcional ao nível de força empregado, tendendo a reduzir os custos em
pessoal e material e havendo menores chances de danos às áreas de atuação, bem como à população local.
Neste estilo, a vitória exige maior competência dos líderes, sendo relevante a obtenção de superioridade local
em poder de combate. O risco de insucesso aumenta, uma vez que o inimigo ainda poderá dispor fisicamente de seus
meios. Como o estilo de Guerra de Manobra preconiza a rapidez e a audácia em todos os níveis, é natural a ocorrência
maior de erros, que, no entanto, são em muito suplantados pelas benesses da surpresa e da exploração tempestiva
das oportunidades. Nesse sentido, é necessária uma mudança da “mentalidade do erro zero”, a qual não se aplica a
este estilo de guerra, em que a tolerância com erros deve ser maior, assim como, também, devem ser estudadas as
medidas para se contrapor a estes possíveis erros.
Assim, conclui-se que os estilos de guerra, apresentados em suas formas puras, constituem uma estratificação
teórica raramente observada nos campos de batalha. O fogo, que marca a atrição, obviamente gera uma vantagem
no campo psicológico. A obtenção dos efeitos desejados apenas pela manobra sem que um tiro seja disparado é pouco
factível. Dessa forma, a combinação do emprego coordenado do fogo com a manobra deve ser buscado pelos
planejadores.
Qualquer fator ou atividade que aumente a capacidade de uma tropa em operações deve ser considerado
como parte de seu poder de combate. Nesse contexto, podem ser citados os efeitos das ações desenvolvidas no
âmbito da Comunicação Social, das Operações Psicológicas e de Assuntos Civis, que contribuem para a multiplicação
do poder de combate da força militar, constituindo-se em uma valiosa atividade não letal, capaz de reduzir,
consideravelmente, o número de baixas.
Ressalta-se, ainda, a organização administrativa das Forças/Unidades operativas do Corpo de Fuzileiros Navais
(CFN), que é dimensionada visando a adequada transição para a organização para o combate, o que também contribui
para o pronto-emprego, com vistas ao incremento do poder de combate das tropas de Fuzileiros Navais.
CAPÍTULO 2
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OS FUZILEIROS NAVAIS
2.1 - CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
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O CFN, parcela inalienável da Marinha do Brasil, é vocacionado para a projeção de poder, por meio de Operações Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Anfíbias. Além disto, em face de suas características, reúne atributos que o tornam capaz de ser empregado em uma
ampla gama de operações militares e atividades subsidiárias, conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa¹:
“Para assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Marinha possuirá, ainda, meios de Fuzileiros Navais, em
permanente condição de pronto emprego. A existência de tais meios é também essencial para a defesa das instalações
navais e portuárias, dos arquipélagos e ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras, para atuar em operações
internacionais de paz, em operações humanitárias, em qualquer lugar do mundo. Nas vias fluviais, serão fundamentais
para assegurar o controle das margens durante as operações ribeirinhas.
e adequadamente aprestada para cumprir missões por tempo limitado, sob condições austeras e em área operacional
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distante de sua base.
Cabe destacar que expedicionário há que ser o Conjugado Anfíbio e não, unicamente, os Fuzileiros Navais, pois, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
seu principal vetor de mobilidade estratégica são os meios navais da MB, que proporcionam aos GptOpFuzNav a
necessária logística de sustentação.
A utilização de aeronaves possibilita a exploração da terceira dimensão do combate nos campos de batalha,
fator multiplicador de poder de combate, contribuindo decisivamente para o cumprimento das missões dos
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O ApAe em proveito da manobra dos GptOpFuzNav é dividido em dois grandes grupos: ApAeOf e Apoio
Logístico (ApLog) por aeronaves. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
A Artilharia de tubo (obuseiros e morteiros) cerra, normalmente, à retaguarda dos elementos de combate,
apoiando seu ataque e facilitando sua manobra.
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A Artilharia de mísseis e foguetes é de grande importância para aprofundar o combate, batendo alvos de interesse
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do Comando do GptOpFuzNav, particularmente posições inimigas mais distantes. Pode ser empregada, ainda, para
bater meios navais quando em Operações de Defesa de Ilhas Oceânicas e de Instalações Navais. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
e) Blindados
Os CC são empregados, primordialmente, no apoio, destruindo forças inimigas, suas armas, seus blindados
e suas instalações.
As VBTP SL, os CLAnf e as VBTP SR provêm à tropa embarcada proteção blindada, mobilidade e apoio de
fogo, conferindo ação de choque às suas ações. Tais características associadas à flexibilidade, variedade de sistemas
de comunicações e à reação imediata aos comandos recebidos delineiam a atuação dos blindados.
Entretanto, os blindados possuem suas próprias limitações, além de estarem sujeitos às restrições causadas
por obstáculos naturais e artificiais.
Assim, para otimizar suas possibilidades, os blindados devem ser empregados prioritariamente em ações
ofensivas e em combinação com a Infantaria, que lhes proporcionará proteção aproximada, compensando algumas
das limitações supra. Por sua vez, a Infantaria terá sua ação de choque e segurança ampliadas pela atuação conjunta
com os blindados.
f) Comunicações e informática
As comunicações e a informática permitem o estabelecimento de ligações bem como a transmissão de dados
e ordens com rapidez, confiança e segurança, agilizando a tomada de decisão.
Os sistemas devem ser confiáveis e flexíveis. O sucesso depende em grande parte da eficiência no
desempenho das atividades de comunicações associadas com o emprego de sistemas de informações.
Um sistema de comunicações eficaz contribui significativamente para o exercício do C2 por parte do
Comando do GptOpFuzNav.
g) Coordenação do Apoio de Fogo (CAF)
O planejamento do apoio de fogo (ApF) é um processo cíclico e contínuo de seleção e análise de alvos, e da
definição do meio que irá bater cada um deles. Esse processo visa primordialmente facilitar a manobra, como um
todo, do Comandante do GptOpFuzNav, as ações de seus componentes, com vistas a neutralizar, retardar, iludir,
degradar ou destruir as capacidades do inimigo, o que inclui o ataque por fogos às suas instalações, tropas em contato,
reservas e tropas em condições de reforçar, além dos seus meios de Cmb, ApCmb e de ApSvCmb.
O ApF é regido por princípios e fundamentos, que são regulados em manual que trata especificamente da
CAF. Para que a execução desse planejamento do ApF seja integrada à manobra e ao ApLog, são exploradas as
possibilidades e respeitadas as limitações das armas de apoio, de modo a se obter o máximo de eficiência, com
segurança, no emprego de canhões navais, do armamento empregado por aeronaves, de obuseiros e morteiros da
artilharia de campanha, e dos morteiros e mísseis orgânicos do BtlInfFuzNav que integra o núcleo do CCT.
Em síntese, o planejamento do ApF deve considerar os seguintes pontos principais:
a) Apoio às Forças em contato;
b) O atendimento à ideia de manobra;
c) A integração com o conceito da operação; e
d) A continuidade do ApF.
Os fogos de apoio, para que sejam aplicados segundo esses preceitos mencionados, devem ser
rigorosamente coordenados para que não haja prejuízos à manobra e tampouco causem baixas pelo chamado “fogo
amigo”. A CAF, por sua vez, consiste em um processo sistêmico de análise e decisão, que envolve o emprego
simultâneo de múltiplos sistemas de armas, que sejam capazes de identificar e bater, prioritariamente, os alvos que
materializem as VC e o CG inimigos, de modo a potencializar os efeitos desse fogos de apoio.
A CAF torna-se efetiva quando integrada ao sistema de inteligência, em particular quanto à inteligência de
alvos. A aplicação de princípios, fundamentos, métodos e medidas permissivas e restritivas, tal como especificado em
manual próprio sobre a CAF, proporciona rapidez, associada à liberdade de manobra, necessária para o cumprimento
da missão do GptOpFuzNav. Por se tratar da mais complexa das operações militares, a CAF nas Operações Anfíbias,
particularmente durante o movimento-navio-para-terra (MNT), torna-se especialmente completa e complexa por
envolver as três dimensões do combate (naval, terrestre e aéreo) em proveito do conceito da operação do
Comandante da Força-Tarefa Anfíbia (a cargo do Centro de Coordenação das Armas de Apoio – CCAA) e do conceito
da operação em terra do Comandante da Força de Desembarque (a cargo do Centro de Coordenação do Apoio de
Fogo – CCAF).
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A DefAAe desempenha, a partir do solo, a tarefa de destruir aeronaves hostis, tendo em vista a
vulnerabilidade dos GptOpFuzNav aos ataques aéreos inimigos. Tal atuação exige um elevado grau de coordenação e
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centralização do controle, devendo ser levado em conta as respectivas características técnicas (alcance, autonomia, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
velocidade, tipo de armamento etc.) dos vetores aéreos inimigos, os meios disponíveis e a área a defender.
Eventualmente, os meios antiaéreos podem ser utilizados contra alvos de superfície, complementando
outros meios de apoio de fogo quando houver forte ameaça terrestre inimiga e pequena ameaça aérea.
As atividades de DefAAe devem estar intimamente coordenadas e integradas às operações aéreas.
i) Defesa Anticarro (DAC)
Atividades de DAC são integradas em todo o sistema defensivo ou ideia de manobra dos GptOpFuzNav,
sendo desenvolvidas em todo o Espaço de Batalha buscando reduzir a capacidade dos Bld inimigos o mais longe
possível das posições dos GptOpFuzNav.
Os CC, principal arma AC em terra, integram junto com as armas AC o sistema DAC, para barrar as vias de
acesso para blindados do inimigo e proteger os flancos dos GptOpFuzNav.
Além dos meios terrestres, os meios aéreos são empregados para proteger os GptOpFuzNav, executando o
ApAe de forma a destruir as Unidades blindadas inimigas em profundidade.
j) Defesa Nuclear, Bacteriológica, Química e Radiológica (DefNBQR)
A DefNBQR, associada ou não a Artefatos Explosivos (NBQRe), compreende as diversas medidas adotadas
por um GptOpFuzNav com a finalidade de se opor a quaisquer ataques realizados com o emprego de agentes NBQR,
evitando, reduzindo ou eliminando os efeitos produzidos por estes tipos de agentes.
O Sistema de Defesa NBQRe, portanto, se constituirá no conjunto de medidas a serem observadas antes,
durante e após um ataque NBQRe, bem como os elementos especializados e suas organizações específicas e
equipamentos.
A DefNBQRe é responsabilidade de todos os componentes dos GptOpFuzNav. As tarefas de detecção e
identificação de agentes NBQRe, consideradas como atividade de ApCmb, são cumpridas pelas Seções de
Reconhecimento QBN (SecReconQBN) e por elementos especializados em Desativação de Artefatos Explosivos (DAE).
k) Engenharia de Combate
A Engenharia destina-se a ampliar o poder de combate dos GptOpFuzNav aumentando sua mobilidade e
reduzindo a mobilidade das Forças inimigas (contramobilidade). Na defensiva, o Sistema de Barreiras deve ser
integrado à DAC e ao Plano de Fogos.
Os trabalhos que atendem ao propósito do aumento da mobilidade no apoio ao combate compreendem o
reconhecimento de Engenharia, a manutenção da rede mínima de estradas e de campos de pouso, a abertura de
passagens em obstáculos e áreas minadas, a desativação de artefatos explosivos, o lançamento de equipagens de
transposição de cursos d’água e o levantamento de campos de minas visando, principalmente, manter a impulsão da
Força apoiada.
No que tange ao propósito da contramobilidade, grande esforço estará voltado para o lançamento de campo
de minas anticarro, a execução de destruições, demolições e para o estabelecimento de obstáculos que retardem,
canalizem ou detenham o inimigo, com a máxima exploração dos obstáculos naturais, visando economia de tempo e
de meios de engenharia.
Quanto às medidas de proteção, os equipamentos de engenharia poderão ser empregados nos trabalhos de
organização do terreno, provendo excelente apoio na preparação de abrigos, instalações de órgãos de comando, de
artilharia, bem como posições defensivas.
Em situações de emergência, a Engenharia pode ser empregada, com limitações, como Infantaria.
l) Guerra Cibernética (GC)
A GC, também conhecida como Ciberguerra, é uma modalidade de guerra onde o “conflito” não ocorre em
terra, ou no mar, ou no espaço, mas sim no espaço cibernético (ECiber).
O ECiber é um ambiente não tangível formado por ativos de Tecnologia da Informação (TI) onde dados
digitalizados são criados, armazenados, modificados, transitados e processados.
Os armamentos utilizados neste tipo de guerra são conhecidos como artefatos cibernéticos, que se tratam
de equipamentos ou sistemas empregados no ECiber para execução de ações de defesa, exploração e ataque. Tais
ações em conjunto são denominadas ações de guerra cibernética.
Uma ameaça cibernética, por exemplo, pode ser qualquer indivíduo, equipamento ou sistema com potencial
para causar um incidente de TI. Considera-se combatente cibernético como sendo o indivíduo que emprega artefatos
cibernéticos para realizar ações de GC. De forma geral, os alvos da GC são as infraestruturas críticas, assim
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consideradas as instalações, serviços, bens ou sistemas que, caso tenham a sua operação comprometida, afetam o
cumprimento da missão de uma organização. O risco cibernético é a probabilidade de ocorrência de um ataque
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Os ataques cibernéticos são passíveis de ocorrer porque os sistemas computacionais possuem
vulnerabilidades, com os mais diversos propósitos, tais como: subtração de dados; conhecimento das vulnerabilidades Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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c) Suprimento Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
É o conjunto de atividades que trata da previsão e provisão do material, de todas as classes, necessário ao
GptOpFuzNav, permitindo o dimensionamento da estrutura para o fornecimento dos diversos itens e o
estabelecimento e manutenção do fluxo de ressuprimento.
O suprimento pode ser obtido no TO/Área de Operações (AOp) ou vir de fora. O armazenamento deve
considerar níveis de estoque (operacional, segurança, reserva e máximo) compatíveis com sua missão.
No planejamento inicial do GptOpFuzNav, devem ser previstos níveis mínimos de estoque de suprimentos
que garantam sua sobrevivência em combate (autossuficiência), devido a possíveis óbices para implementação do
ressuprimento planejado.
d) Manutenção
A realização da manutenção preventiva e corretiva dos meios é fundamental para que o GptOpFuzNav
possa cumprir sua missão.
Para tal, deve ser realizado o levantamento das necessidades quanto a instalações, pessoal qualificado e
material (ferramental e sobressalentes) para atender às especificidades de cada GptOpFuzNav ativado.
As manutenções pré-operação, durante e pós-operação nos meios são fundamentais para que o
GptOpFuzNav mantenha a disponibilidade de seus meios e, por conseguinte, se mantenha operacional.
e) Engenharia
É o conjunto de atividades que são executadas, visando ao planejamento e à execução de obras e de
serviços com a finalidade de obter e adequar a infraestrutura física e as instalações existentes às necessidades dos
GptOpFuzNav.
As atividades de engenharia têm um sentido técnico combinado com uma necessidade logística. Desta
forma, nem sempre é possível estabelecer uma nítida distinção entre os trabalhos de engenharia que são relacionados
às tarefas de ApCmb e de ApSvCmb.
Alguns trabalhos para aumento de mobilidade, como construção de pontes, assessoria técnica,
levantamentos topográficos, desenvolvimento e manutenção de campos de pouso e vias de transporte ou reparação
de uma estrada para atender ao deslocamento do escalão de ataque, tarefas nitidamente de ApCmb, permitirão o
deslocamento de seus suprimentos, e podem ser considerados também de ApSvCmb.
Quanto às medidas de proteção, os equipamentos de engenharia também poderão ser empregados na
preparação de instalações logísticas, principalmente abrigos para suprimentos críticos, permitem um maior grau de
sobrevivência às Forças apoiadas.
Apesar disso, pode-se afirmar que as atividades voltadas para ampliar as condições de bem-estar dos
GptOpFuzNav, são tarefas exclusivamente de ApSvCmb. Tais atividades não contribuem diretamente para a condução
das operações, porém melhoram as condições de conforto de uma tropa e aumentam sua capacidade de durar na
ação. Dentre elas destacam-se a geração de energia, a produção de água potável e o apoio em construção de
instalações.
f) Transporte
Desde o fornecimento de suprimentos, passando pela evacuação de Prisioneiros de Guerra (PG) e de
feridos, transporte de refugiados, até a coleta de salvados, a eficácia da realização de todas as atividades de ApSvCmb
depende do correto dimensionamento da estrutura de apoio de transporte, da distribuição apropriada de meios e do
gerenciamento dos recursos dentro de prioridades pré-estabelecidas.
Assim, além das viaturas estarem disponíveis, há a necessidade de que sejam confiáveis e provejam a
mobilidade e proteção necessária para cada tipo de missão dos GptOpFuzNav, requerendo motoristas e operadores
qualificados a conduzí-las de acordo com as condições de trafegabilidade da AOp.
g) Salvamento
É o conjunto de atividades que são executadas visando a salvaguarda e o resgate de recursos materiais,
suas cargas ou itens específicos do GptOpFuzNav.
O salvamento consiste em combater incêndios, controlar avarias, rebocar e, no caso do material específico
do GptOpFuzNav, desatolar viaturas e equipamentos, reflutuar Viaturas Anfíbias (VtrAnf) e recuperar suas cargas ou
itens específicos.
h) Serviço de Polícia
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estabelecimento de postos de controle de trânsito, com ações de controle de distúrbios e trato com os PG.
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i) DefNBQRe
Conforme supracitado, a DefNBQRe é responsabilidade de todos os componentes dos GptOpFuzNav. As
tarefas de descontaminação e detoxificação, consideradas como atividades de ApSvCmb, são cumpridas pelas Seções
de Descontaminação QBN (SecDesconQBN).
CAPÍTULO 3
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GUERRA DE MANOBRA
3.1 - GENERALIDADES
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Conforme apresentada no capítulo 1, a Guerra de Manobra é um estilo de condução do conflito em que, em Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
síntese, é priorizada a aproximação indireta, na busca de se abordar o inimigo a partir de uma posição vantajosa, com
o propósito de romper a coesão mental de suas Forças.
Os conceitos a seguir apresentados fornecem o necessário embasamento para um melhor entendimento da
Guerra de Manobra.
O Ciclo OODA é formado por quatro etapas. Na primeira (observação), é percebida uma mudança no curso dos
acontecimentos; na segunda (orientação), é produzida uma imagem mental da nova situação; na terceira (decisão),
chega-se à forma da conduta a ser desenvolvida; e na última (ação), são implementadas as ações decorrentes da
decisão tomada, voltando-se à etapa da observação e, assim, sucessivamente.
A chave para o sucesso na solução de um problema militar é ter mecanismos que façam esse ciclo girar mais
rapidamente que o do seu oponente, ou seja, a realização de um ciclo com menor duração por nossas Forças, sempre
em comparação com o do inimigo, fará com que este tenha grande dificuldade em completar o seu ciclo, prejudicando
a sua orientação e/ou fazendo com que sua conduta se torne inoportuna ou inapropriada, devido à alteração da
situação para a qual esta foi inicialmente idealizada, obrigando-o a reagir às ações de nossas Forças (ver Fig 3.2).
Tendo sido o oponente sucessivamente sobrepujado por ritmo e velocidade superiores do ciclo OODA
executado por nossas Forças, ele tenderá a ter sua coesão mental deteriorada, redundando na sua incapacidade de
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Uma Força que execute um Ciclo de Decisão mais rápido tem grande vantagem sobre outra na qual o processo
é mais lento, criando oportunidades e assegurando a iniciativa das ações. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
A execução de um rápido e eficiente processo decisório traz enorme vantagem àquele que, gerando um ritmo
intenso, consiga, mais rapidamente, desestabilizar e, consequentemente, retardar o ciclo do oponente, gerando a
desordem ou a destruição de sua coesão física, mental ou moral.
3.3 - CENTRO DE GRAVIDADE
O Centro de Gravidade (CG) é uma fonte de força, poder e resistência física ou moral que confere ao contendor,
em ultima análise, a liberdade de ação para utilizar integralmente seu poder de combate. Poderá ser constituído por
um aspecto material, como uma Unidade específica ou sistema de armas, ou não material, como uma liderança
especialmente estimuladora ou a vontade de combater.
O comprometimento do CG implicará uma redução significativa da capacidade do contendor de influir nas ações.
Tropas que se opõem possuirão, normalmente, um CG para cada nível de condução/decisão da guerra, sendo
também possível que estes CG variem no tempo.
A identificação dos CG, por muitas vezes, é complexa, em função da variedade de aspectos que podem ser
considerados como tal. Entretanto, há a necessidade de selecionar um deles como alvo do esforço, o que poderá ser
feito por meio da análise do impacto de seu comprometimento ou perda para o inimigo e da sua acessibilidade.
3.4 - VULNERABILIDADES CRÍTICAS
As Vulnerabilidades Críticas (VC) são pontos fracos do CG que, ao serem exploradas, resultarão na
desestabilização ou destruição do CG oponente. A cada CG pode estar relacionada uma ou mais VC. É importante que
a VC seja acessível pelo contendor oposto para poder ser assim considerada.
As VC são dependentes da evolução da situação, podendo, em um determinado período, ser como tal
enquadradas, deixando de sê-las logo a seguir. Da mesma forma, aquilo que está vulnerável poderá, rapidamente,
deixar de estar.
Deve-se estar atento para proteger nossas VC e perceber e explorar as inimigas, por vezes passageiras e fluidas.
Caso não sejam identificadas VC do inimigo, ações preparatórias devem ser realizadas para criá-las.
Em resumo, as VC devem conter as seguintes características: serem vulneráveis a ações adversas e serem vitais
para o perfeito funcionamento do sistema de combate, permitindo o acesso e a consequente desestabilização do CG
considerado.
3.5 - SUPERFÍCIES E BRECHAS
Para simplificar o entendimento, Superfícies assemelham-se aos fatores de força do inimigo e as Brechas aos
fatores de fraqueza do inimigo, podendo ambos existirem sob a forma física ou não. Assim, a atuação direta contra
uma Superfície imporia um embate difícil e prolongado, ao passo que, atuando nas Brechas, a oposição seria
significativamente menor. Deste modo, as ações devem enfatizar a concentração de esforços explorando as Brechas
encontradas, evitando-se as Superfícies. Fazendo-se uma abstração sobre tais conceitos, uma corrente de águas
deslocando-se em determinado terreno movimentado, tende a desviar-se dos obstáculos (Superfícies) e fluir pelas
partes livres (Brechas).
3.6 - FOCO DO ESFORÇO, PONTO FOCAL DE ESFORÇO E ESFORÇO PRINCIPAL
O Foco do Esforço é caracterizado pelo onde, quando, de que forma e com que meios um Comandante acredita
que poderá cumprir sua missão, sendo composto pelo Ponto Focal do Esforço (PFE) e pelo Esforço Principal (EsfPcp).
O PFE será, em determinado momento, o alvo prioritário, de cunho material ou não, sobre o qual convergirá o
peso do EsfPcp do PCmb. O PFE será designado visando a uma VC do CG considerado. Embora o PFE e o EsfPcp sejam
relacionados entre si, o PFE se refere ao oponente e o EsfPcp às nossas Forças.
A tropa que atuar sobre o PFE, executará o EsfPcp e receberá das demais todo o apoio necessário. O EsfPcp
deve ser determinado com exatidão; reforçado e apoiado adequadamente, para conduzir a ação decisiva; e receber
meios que lhe confiram mobilidade e PCmb e a prioridade dos fogos. A designação da Unidade ou Subunidade que
realizará o EsfPcp garante unidade de esforço, pois, todos os demais integrantes da Força realizarão suas ações em
seu proveito. Normalmente, será direcionado à VC inimiga. Esforços de apoio podem ser empregados em ações de
despistamento ou para modelar o campo de batalha, criando vulnerabilidades a serem exploradas pelo EsfPcp. A
mudança do PFE durante uma operação ocorrerá, normalmente, visando explorar um sucesso ou uma nova VC
levantada.
Em conjunto com a Intenção do Comandante (IC), a ser apresentada no artigo 3.10, o PFE garante a necessária
convergência de ações, ao tempo que possibilita a flexibilidade indispensável à Guerra de Manobra.
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3.7 - ATRIBUIÇÃO DE TAREFA PELO EFEITO DESEJADO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Um Comandante pode atribuir tarefa aos seus subordinados em termos de efeito desejado e/ou ação a
empreender. A primeira forma é imprescindível à consecução da Guerra de Manobra, uma vez que assegura o
necessário grau de flexibilidade e de iniciativa.
Tendo liberdade de ação, os subordinados terão condições de reagir, com presteza, às alterações da situação,
melhor explorando os sucessos e as vulnerabilidades apresentadas, não ficando dependentes de instruções
complementares de seu comando superior, o que poderia ir de encontro ao Princípio da Oportunidade. A atribuição
de tarefa em termos de efeito desejado estará explorando o fato de que, normalmente, o subordinado, por estar
fisicamente mais próximo da ação do que seu superior, tem melhores condições de analisar a situação em curso.
Esta forma de atribuir tarefas ao subordinado, embora exija maior capacidade de controle e coordenação, não
afetará a unidade de esforço, pois a ação empreendida ou em vias de ser empreendida pelo subordinado, uma vez
informada tempestivamente ao Comandante, pode ser interrompida ou executada de forma coordenada pelo
Comando, que detém a visão completa da manobra.
Para integrar armas de forma combinada é preciso planejar a complementaridade de seus efeitos, de forma
que, para se contrapor a determinado efeito de uma arma, o inimigo se torne vulnerável ao efeito de outra. Assim,
além de sofrer com os efeitos de diferentes tipos de fogos, o inimigo é colocado diante de um dilema que afeta sua
coesão mental.
Ao integrar armas de efeitos similares, como obuseiros de diferentes calibres, não se está combinando seus
efeitos, pois ao se proteger de uma arma o inimigo estará, também, se protegendo das demais. Dessa forma, as armas
têm efeitos suplementares e não combinados.
O efeito desejado a ser alcançado com a combinação das armas é aumentar exponencialmente o PCmb das
nossas Forças, mediante emprego coordenado e sincronizado de todos componentes, na busca da neutralização da
capacidade de C2, dos sistemas de armas e da logística do oponente.
Este conceito poderá afetar o oponente nos campos psicológico e físico.
A IC deverá ser redigida de forma clara, simples e objetiva, sem conter detalhamentos próprios de outras partes
da diretiva. Possui redação livre, sendo natural que, de certa forma, venha a refletir, inclusive, a própria personalidade
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do Comandante.
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Em todos os escalões, o Comandante precisa compreender claramente a IC do seu escalão superior, para que
seu Ciclo OODA possa girar de modo eficiente e mais rápido do que o de seus oponentes, sem depender de instruções Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
específicas do COMIMSUP, para cada ação sua no campo de batalha. Ao subordinado cabe a responsabilidade de
implementar a IC do escalão superior.
Essa correlação entre IC e iniciativa dos escalões torna-se especialmente útil para os GptOpFuzNav nas OpAnf,
devido ao distanciamento entre comandantes e subordinados e ao fracionamento das Unidades até o momento do
firme estabelecimento em terra, já que as organizações permanecem fisicamente separadas em três grupos distintos
(embarque, desembarque e tático para o combate), e também por limitação de espaço nos principais meios de
desembarque.
Em resumo, a IC é importante por transformar a experiência e a genialidade do Comandante em ferramenta de
iniciativa para que os subordinados acelerem seu Ciclo OODA, mesmo sob a névoa da guerra, com especial utilidade
nas OpAnf.
A elaboração adequada da IC, a designação do PFE e a atribuição de tarefa aos subordinados por efeito desejado
permitirão a flexibilidade e a iniciativa buscadas na Guerra de Manobra, fornecendo um enquadramento geral a ser
seguido por todos.
Adicionalmente, o emprego da técnica da ação ditada pelo reconhecimento, em conjunto com um planejamento
flexível, deixará a definição final de como a manobra será desencadeada para quando os conhecimentos necessários
tenham sido disponibilizados pelo reconhecimento. Desse modo, as ações estarão perfeitamente adaptadas à situação
vigente em cada momento.
A iniciativa das ações será constantemente perseguida, tendo-se o cuidado de não se ter um comportamento
meramente reativo às situações impostas pelo inimigo. Se isso ocorrer, o inimigo poderá estar girando seu ciclo OODA
mais rapidamente que o de nossas Forças e o que parecia ser um sucesso nas ações, pode se transformar em uma
situação taticamente indesejada.
CAPÍTULO 4
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O GptOpFuzNav é uma forma de organização para o emprego de tropa de Fuzileiros Navais, constituída para o Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
cumprimento de missão específica e estruturada segundo o conceito organizacional de componentes, que agrupa os
elementos constitutivos, de acordo com a natureza de suas atividades.
O conceito organizacional de GptOpFuzNav deve ser considerado complementarmente aos procedimentos
previstos pelo Processo de Planejamento Militar (PPM), não resultando em perda de flexibilidade de escolha da melhor
estrutura para o cumprimento das tarefas recebidas.
O emprego de tropa de Fuzileiros Navais organizadas como GptOpFuzNav dar-se-á, normalmente, quando o
vulto, a complexidade ou a ênfase das tarefas a serem executadas justificarem a reunião de elementos constitutivos sob
um mesmo comando. Esta forma de organização é válida em qualquer ambiente ou nível de violência do conflito. Caberá
à autoridade, que determinar o emprego de tropa, decidir pela ativação ou não de um GptOpFuzNav.
O conceito de GptOpFuzNav permite aliviar o seu Comandante da sobrecarga resultante da complexidade das
atividades de manobra terrestre, de apoio logístico e daquelas relacionadas com o espaço aéreo de sua responsabilidade,
além de facilitar a coordenação e o controle da Força. Assim, possibilita maior eficiência, na medida em que, para cada
área geral de atuação (comando e controle, manobra terrestre, espaço aéreo e logística), existirá um Comandante
designado para planejar, coordenar e controlar as ações desenvolvidas, atendendo ao estabelecido pelo planejamento do
Comando do GptOpFuzNav.
Dessa forma, o Comandante do GptOpFuzNav preocupa-se com a coordenação geral das ações, interage com os
comandos superiores envolvidos na missão e mantém constante acompanhamento da evolução da situação no nível
operacional e tático, com vistas ao possível emprego futuro da Força.
4.2 - ESTRUTURA BÁSICA DOS GptOpFuzNav
Os GptOpFuzNav são constituídos, fundamentalmente, pelos seguintes componentes:
Componente de Comando (CCmdo), Componente de Combate Terrestre (CCT), Componente de Apoio de
Serviços ao Combate (CASC) e Componente de Combate Aéreo (CCA), conforme a Fig 4.1. Essa estruturação, em
conjunto com o Processo de Planejamento Militar (PPM), orientará a organização e o emprego de cada componente.
O CCA concentra ou coordena o emprego de meios para o ApAe, o controle aerotático e a DefAAe do
GptOpFuzNav como um todo, além do apoio logístico de aviação.
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Para tanto, o CCA realiza o planejamento do emprego de todos os meios de aviação e terá o comando dos meios Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Uma BAnf possui, basicamente, um dos componentes integrado por dois ou mais elementos de valor Batalhão,
capacidade média de durar na ação por até trinta dias, sem reabastecimento. A BAnf em que o EsfPcp é exercido pelo
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CCT possui efetivo aproximado de sete mil militares. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Possui capacidade integral para o desenvolvimento de operações continuadas de qualquer natureza, demandando
esforço adicional de mobilização para seu deslocamento e ressuprimento, se necessário.
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6 - MANUAL DE
OPERAÇÕES
MILITARES EM
AMBIENTE URBANO
DOS FUZILEIROS
NAVAIS
CGCFN-401
(1ª Edição – 17 de junho de 2020 – referência “d”)
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CAPÍTULO 1 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
GENERALIDADES
1.1 - INTRODUÇÃO
Devido ao crescente processo de urbanização, será cada vez mais frequente o emprego de forças militares em
epicentros político, econômico, social e cultural em todo o mundo. A realidade é que muitas das operações militares,
se não todas, serão conduzidas em arredores ou no interior de áreas urbanas. O controle de grandes áreas urbanas
será crítico, nos futuros conflitos, para a consecução dos objetivos táticos, operacionais e estratégicos.
Tornam-se cada vez mais constantes as interferências políticas e sociais nesse tipo de confronto, havendo assim
necessidade de considerar os efeitos junto à população. Atualmente conflitos internacionais são acompanhados de
perto pela imprensa. Isso faz com que seja necessário levarmos em conta a necessidade da criação de equipes
específicas para trabalharem junto à mídia em busca de resultados positivos. Estas equipes deverão ser
multidisciplinares formadas por analistas de informações, especialistas em propaganda, especialistas em marketing,
especialistas em jornalismo, em mídia eletrônica, em redes, em digitalização de imagens, em internet, relações
públicas, etc., agindo desta forma será possível explorar ao máximo os efeitos do conflito junto à opinião publica
internacional.
Dentre às principais dificuldades encontradas nesse ambiente operacional, está a possibilidade de um grande
número de baixas junto à população civil, significativa destruição da estrutura urbana, participação de considerável
efetivo de militares empenhados, isto tudo aliado às dificuldades de coordenação e controle, pois o terreno
extremamente compartimentado dificulta a observação da tropa como um todo e as grandes estruturas dificultam as
comunicações rádio tornando muito difícil à intervenção no combate por parte do escalão superior.
Desta forma, sempre que possível o combate em área urbana deve ser evitado, tendo em vista o grande impacto
na mídia e o grau de dificuldade de quem ataca. Para tal, as localidades podem ser desbordadas, isoladas ou cercadas
para se evitar a insurgência dos centros urbanos. Porém, por vezes torna-se necessário entrar na localidade, a fim de
conquistar objetivo específico (siderúrgicas, indústrias, hidroelétricas, refinarias, usinas nucleares, aeroportos, portos,
eclusas, etc.) ou pela necessidade de liberar as forças de contenção, ou até mesmo para abater o moral do inimigo.
Com o crescente processo de urbanização nas faixas litorâneas cresce a possibilidade da ocorrência do combate
urbano. Diante desta realidade, torna-se necessário o desenvolvimento de uma doutrina para os GptOpFN, bem como
o aprimoramento da instrução e adestramento específico para esse tipo de combate.
O combate em área urbanizada apregoa o planejamento centralizado e execução descentralizada, isto implica
num treinamento voltado para desenvolver a iniciativa individual e o trabalho em pequenas frações, rapidez,
agressividade, coordenação e controle das ações, além de cuidados de sincronização no uso dos meios disponíveis. As
técnicas e táticas individuais de combate aliado ao uso correto da iniciativa influenciam sobremaneira no
desenvolvimento do combate. Nenhum tipo de confronto depende tanto do desempenho individual do combatente
quanto o combate em área urbanizada.
Enquanto o atacante deve buscar rapidez, agressividade, eficiência nas comunicações, apoio de fogo,
coordenação e controle; o defensor deve buscar uma excelente preparação da posição (auxiliada pelos meios de
engenharia disponíveis), muita mobilidade para dificultar a concentração dos fogos inimigos, o conhecimento da
área, a localização dos comandantes de fração da tropa oponente e sua anulação por parte dos peritos atiradores.
Para conseguir-se êxito será necessária a conscientização do valor insuperável das informações, pois o
conhecimento cada vez mais será fator de decisão. A aceleração das mudanças e a velocidade dos eventos, premidos
pela exigüidade dos prazos de decisão e ao conseqüente redução dos níveis decisórios nos obrigará a uma maior
qualificação dos comandantes nos níveis mais baixos. Deve ser levada em conta cada vez mais a necessidade de um
sistema de vigilância e informações sobre o inimigo em tempo real, os movimentos migratórios da população local, a
situação da infra-estrutura urbana, as restrições à manobra impostas pelo ambiente operacional, o risco no emprego
dos blindados, a necessidade de mobilidade tática de alta velocidade, às restrições ao apoio de fogo e a necessidade
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do uso de munição inteligente. Desta forma, com o desenvolvimento de dispositivos cada vez mais sofisticados, a
necessidade de informações mais rápidas e precisas nos leva a adotar uma estrutura organizacional mais flexível, onde
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as decisões sejam tomadas de forma tempestiva na origem do problema. Para tal descentraliza-se o poder decisório. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 5
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5.5 - AÇÕES OFENSIVAS EM ÁREA URBANA
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O combate urbano prolongado é o mais complexo dos tipos de combate em área urbana.As ações podem ser
empreendidas contra forças com níveis de adestramento que variam de forças de exército regulares a grupos de civis
sem treinamento.
O grau de aceitabilidade para desencadeamento das ações deve ser cuidadosamente avaliado, pelo fato de até
mesmo forças irregulares serem capazes de infligir perdas significativas em uma força atacante.
As tarefas do combate urbano prolongado são:
1. Conquistar uma cidade;
2. Manter uma cidade após sua conquista; e
3. Destruir forças inimigas que estejam utilizando uma cidade como abrigo.
5.5.1 - Fases
As ações em áreas urbanas dividem-se em três fases: isolamento, avanço e limpeza. Devem ser respeitadas suas
peculiaridades, principalmente, em relação ao poder de combate, apoios e conduta específica no desenvolvimento
das ações.
a) Isolamento
Consiste em isolar a localidade e apoiar pelo fogo a progressão até a orla da localidade.
Seu desenvolvimento caracteriza-se pelo controle do perímetro externo da área urbana, por meio de
combinação da conquista e manutenção de acidentes capitais externos a localidade; pelo desencadeamento de fogos
de interdição, visando impedir que o inimigo concretize o reforço com novos meios ou suprimentos logísticos; pela
ocupação de postos de observação (PO); pelo emprego de patrulhas; emboscadas e pela utilização de lançamentos de
obstáculos interferindo diretamente na mobilidade inimiga.
Quando bem sucedido o isolamento, impede ou dificulta o movimento do inimigo para o exterior ou
interior da área de interesse, contribui para a segurança evitando mudanças súbitas e desfavoráveis do poder relativo
de combate possibilitando que o inimigo possa ser destruído por partes.
A escolha da linha de ação a ser adotada como decisão deve atentar para os seguintes aspectos:
- seleção dos objetivos adequados ao isolamento;
- definição da direção de ataque das peças de manobra; e
- concentração de meios para o ataque principal.
Desta forma, os acidentes capitais que dominam as vias terrestres ou fluviais,quando marcados como
objetivos, durante a fase do isolamento, devem ser conquistados, consolidados e mantidos temporariamente,
isolando a área de interesse e garantindo a força atacante um poder relativo de combate extremamente favorável, no
momento e local onde vão executar ações decisivas.
Semelhante ao terreno em que se desenvolvem operações convencionais, a direção de ataque deve ser
escolhida levando-se em consideração à distância a ser percorrida e o terreno que facilita a progressão da tropa, bem
como seus apoios.
O ataque principal deve sempre incidir sobre acidentes capitais que apóiam a abordagem da localidade e
o prosseguimento para o interior em melhores condições. Seu poder de combate traz as mesmas considerações das
operações ofensivas convencionais. Nesta fase, poderão ser desencadeados fogos indiretos sobre alvos selecionados,
a fim de apoiar a conquista de objetivos isolados.
As armas automáticas e armas anticarro também apoiarão a conquista desses objetivos. Os blindados
proverão apoio e proteção às peças de manobra encarregadas do isolamento.
As ações realizadas na fase do isolamento, quando atender ao princípio da surpresa e convenientemente
sincronizada com as outras fases, representará para o inimigo a quebra de seu planejamento dificultando a condução
de suas ações subseqüentes.
equipamento em quantidade suficiente para construir os obstáculos necessários. Por isto uma ordem de prioridade
deverá ser estabelecida, geralmente, em função da contribuição que um determinado obstáculo pode dar ao
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cumprimento da missão da força atacante, com os esforços iniciais dirigidos para os obstáculos destinados à proteção Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
de um flanco vulnerável e ao bloqueio de prováveis vias de acesso, ou para impedir que o inimigo tenha acesso aos
acidentes capitais do terreno.
b) Avanço
A fase do avanço caracteriza-se pela eliminação ou redução da observação terrestre e dos tiros diretos do
defensor sobre as vias de acesso que chegam à localidade. Nessa fase, também as armas de apoio e a reserva cerram
à frente ocupando posições, que possibilitem a futura progressão no interior da localidade, a ser conduzida na fase
seguinte.
Para o desenvolvimento das ações devem ser considerados os seguintes fatores:
1. - conquista da orla anterior;
2. - surpresa;
3. - simplicidade;
4. - segurança;
5. - posições para armas de tiro direto fora da área edificada;
6. - frentes das unidades de primeiro escalão; e
7. - constituição da reserva.
A segurança está relacionada, principalmente, à conquista de objetivos iniciais situados na orla da área
edificada, que possuem comandamento das vias de acesso. Sua conquista proporciona segurança às peças de
manobra.
Além da conquista desses objetivos podemos citar, também, como tarefas específicas a serem realizadas
na fase do avanço:
- segurança de vias de acesso, que pode ser feita por meio de patrulhas, postos de controle ou postos
de vigilância; e
- estabelecimento de perímetro defensivo, que pode ser feito por meio de lançamentos de obstáculos,
lançamentos de campos de minas, agravamento de obstáculos, pontos de vigilância, patrulhas e
preparo de pontos de resistência.
Quanto à coordenação, a marcação de objetivos diz respeito às regiões que imponham mudança de
dispositivo, direção e ritmo da operação, bem como às necessidades do comandante em coordenar as posições das
peças de manobra com as possibilidades e necessidade do apoio de fogo (segurança da tropa no ataque), reservas e
apoio logístico. Os objetivos, exclusivamente de coordenação, podem ser substituídos por linhas de controle (redução
do tempo de parada e da concentração de tropa). Desta forma, o escalão superior assegura o controle das operações.
Esse procedimento evita a desorganização entre as tropas de primeiro escalão o que poderia comprometer o apoio
de fogo e também causar uma perda de controle do escalão superior.
Apesar de não existir uma obrigatoriedade acerca do número e distância entre as linhas de controle, alguns
aspectos devem ser levados em conta para sua marcação. A profundidade da zona de ação pode comprometer as
comunicações e a diferença de densidade de edificações entre as zonas de ação vizinhas que pode influenciar
diretamente na velocidade de progressão, bem como o desalinhamento dos objetivos iniciais da orla anterior, também
influenciam na coordenação e controle.
Os limites entre as peças de manobra devem ser marcados até o escalão pelotão, podendo passar por um
dos lados das ruas longitudinais ou por dentro de quarteirões e quintais. Ambos os lados da rua devem permanecer
na zona de ação de uma mesma peça de manobra.
A fim de neutralizar as vantagens do defensor quanto a observação, campos de tiro e abrigos, a progressão
para a orla da cidade poderá ser realizada sob a proteção de fogos de. Empregam-se fumígenos com freqüência, seja
para cegar observatórios, seja para encobrir movimentos em terreno descoberto.
Os blindados, na fase da conquista de uma área de apoio na orla da localidade, devem bater pelo fogo os
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prédios ou posições na orla anterior da localidade, além de apoiar a conquista de objetivos com baixa densidade de
áreas construídas. Devem realizar suas progressões somente após a tropa fazer a limpeza das edificações e manter
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uma distância das mesmas, suficiente para se manterem fora do alcance do armamento anticarro inimigo. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Nesta fase, os morteiros realizam concentrações sobre áreas edificadas e vias de acesso, apoiando a
conquista dos objetivos iniciais. Enquanto isto, as armas automáticas auxiliam diretamente na conquista de objetivos
como base de fogos, juntamente com as armas anticarro. Os PO devem ser mantidos a fim de propiciarem o alerta
oportuno e condução de fogos.
A reserva receberá a missões de acordo com a evolução das ações.
Após a conquista da área de apoio, na orla, o escalão de ataque deve ser reorganizado de modo a permitir
o reajustamento do dispositivo das pequenas frações, particularmente no nível pelotão.
c) Limpeza
A fase da limpeza consiste na progressão no interior e conquista da localidade propriamente dita por meio
da progressão sistemática casa a casa, quarteirão a quarteirão, através da área edificada. Para desenvolvimento das
ações, esta fase, requer características específicas, tais como: flexibilidade organizacional e dos meios de
comunicações; autonomia para as pequenas frações; rapidez e agressividade; grande coordenação e controle das
ações; e cuidados de sincronização no uso dos meios disponíveis.
O uso de túneis, bueiros, sótãos, porões e lajes de grandes edificações, conferem a este tipo de combate
uma característica tridimensional, fazendo com que as tropas não se preocupem somente com o inimigo que se
encontra a sua frente, mas também, com aquele ao seu redor ou em partes mais elevadas ou subterrâneas. Os
inúmeros combates de encontros geram inúmeras baixas de difícil evacuação.
Os objetivos na orla posterior servem para o reajustamento, remanejamento e reconhecimento para o
prosseguimento das operações.
No interior da localidade três tipos de objetivos são marcados:
- segurança;
- coordenação; e
- limpeza.
Os objetivos de segurança são aqueles que possuem comandamento sobre as vias de acesso ou que
incidem sobre seu respectivo flanco. Já os objetivos de coordenação possibilitam a sincronização das peças de
manobra, podendo ser substituídos por linhas de controle. Normalmente, os objetivos de limpeza são instalações cuja
manutenção torna-se importante para o sucesso das ações.
O ataque principal é realizado na região que melhor caracterize a limpeza da localidade. Normalmente esta
região apresenta quarteirões mais no interior da localidade, maior densidade de construções e, também, as
construções mais dominantes. Além disso, é a região que possibilita as melhores condições de prosseguimento nas
operações, dominância das vias de acesso e proximidade dos objetivos de limpeza.
A delimitação das frentes a serem distribuídas, é um fator importante na hora do planejamento,
particularmente, na distribuição dos meios e do poder de combate. Deve-se levar em consideração o valor do inimigo,
as dimensões das edificações, a densidade da zona de ação e a resistência esperada. Geralmente, as amplitudes das
frentes normalmente distribuídas são as seguintes: três ou quatro quarteirões por batalhão, dois quarteirões por Cia,
e um quarteirão por pelotão. Estas frentes são aplicáveis às localidades fortemente defendidas, em planejamentos
baseados em cartas e plantas ou quando se dispõe de poucas informações sobre a localidade e o dispositivo inimigo.
Os limites entre as peças de manobra devem ser estabelecidos até o escalão pelotão.
Numa região urbanizada, fortemente defendida, os elementos da vanguarda procederão a limpeza à
medida que avançam. Cada construção situada na zona que lhes é designada deve ser completamente vasculhada.
Esta ação protege os elementos mais avançados de ataques surpresa contra sua retaguarda, assegura suas linhas de
comunicações e evita que as unidades de apoio e reserva sejam empenhadas nessa operação de limpeza, o que
restringiria o seu emprego imediato em outras missões.
Quando uma região urbanizada é fracamente defendida, é preferível que os elementos da vanguarda
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avancem rapidamente para capturar as instalações vitais. Nessa situação, as unidades de apoio e reserva tomam a
seu cargo as missões de limpeza das áreas que tenham sido ultrapassadas ou limpas sumariamente pelas unidades da
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vanguarda. Há necessidade de uma estreita coordenação entre as unidades da vanguarda e as unidades encarregadas Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
da limpeza, para evitar que elas entrem em confronto em conseqüência de enganos na identificação.
No interior da região devem ser usadas linhas de controle com a finalidade de assegurar o controle das
operações por parte do escalão superior, além de proporcionar a este o conhecimento do posicionamento de suas
forças. As linhas de controle evitam que haja uma descoordenação da posição das tropas de primeiro escalão,
quebrando assim a linearidade e facilitando a intervenção do escalão superior por meio da artilharia ou apoio aéreo.
As armas automáticas são empregadas na execução de fogos rasantes nas vias de acesso prováveis,
estabelecendo faixas de fogos ou zonas de matança, com a finalidade de impedir sua utilização pelo inimigo que for
expulso dos prédios. Os lança-chamas podem ser empregados, tanto portáteis como conduzidos em carros, por
unidades em 1º escalão. São particularmente úteis na destruição do inimigo abrigado em porões, esgotos,
subterrâneos ou casamatas. Também serão empregados na redução de barricadas nas ruas. O seu uso deve ser restrito
ao necessário, considerando a possibilidade da proliferação de incêndios.
As pequenas distâncias de combate requerem designações bem precisas dos alvos e restringem o emprego
da artilharia, acarretando um maior emprego de morteiros para suprir esta necessidade; tendo em vista seu menor
alcance, menor raio de ação da granada e a maior mobilidade, em virtude do seu peso reduzido.
Os helicópteros encontram largo emprego, sendo tanto utilizado para evacuações aeromóveis, como para
desalojar franco-atirador por meio da realização de tiro embarcado, ou para condução do apoio de fogo.
As frações de engenharia normalmente, são utilizadas em apoio ao conjunto. São muito úteis na remoção
de minas e armadilhas, destroços, lançamentos de obstáculos, barreiras e demolições previamente planejadas.
Os blindados recebem uma zona de ação secundária onde o inimigo é fraco e possui baixa densidade de
edificações, devido à diminuição de pessoal para ser empregado fazendo limpeza nas edificações. Nesta fase, os
blindados buscam destruir os alvos que não foram batidos pela artilharia.
As comunicações, nesta fase, são fortemente influenciadas pelo ambiente operacional em que as grandes
construções interferem no rendimento do equipamento rádio. Portanto, cresce assim de importância o uso de outros
meios de comunicações, tais como: visuais, acústicos, mensageiro e elétricos.
Deverá ser mantida uma reserva forte nas frações menores e uma reserva relativamente fraca, com grande
mobilidade, nos escalões maiores, tendo em vista as dificuldades destes poderem intervir no combate, devido às
dificuldades de comunicações, coordenação, controle e do próprio ambiente operacional.
Considerando a grande disponibilidade de cobertas e abrigos em área urbana, as reservas terão condições
de deslocar-se imediatamente à retaguarda do primeiro escalão, em condições de prontamente intervir no combate.
5.6 - AÇÕES DEFENSIVAS EM ÁREA URBANA
5.6.1 - Características do combate em área urbana
Do ponto de vista da defesa, são características do combate em área urbana:
1. - cada construção ou conjunto de construções é um ponto forte em potencial;
2. - máximo de abrigos e cobertas;
3. - grande número de obstáculos;
4. - observação e campos de tiro reduzidos, limitando-se principalmente às ruas;
5. - as ruas restringem e canalizam os movimentos de viaturas;
6. - aplicação limitada do princípio da massa pelo atacante;
7. - emprego pouco eficaz das armas de apoio pelo atacante;
8. - descentralização do combate; e
9. - facilidade de movimento no interior da posição e de aprofundamento da defesa.
A utilização de uma área urbana na organização de uma defesa depende de fatores tais como o seu tamanho, a
sua localização em relação à posição defensiva geral e a proteção oferecida pelas edificações. Os edifícios de alvenaria
podem ser transformados em posições defensivas bem fortificadas ou em pontos fortes.
Contudo, a não ser que os edifícios de alvenaria sejam grandes e bem construídos, poderão tornar-se de
pequeno valor, se o inimigo for capaz de batê-los com fogos de carros de combate a curta e média distância. Uma
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região urbana que possa ser facilmente evitada, sem obrigar o inimigo a uma ação frontal ou uma manobra lenta é de
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pequeno valor defensivo.
Apoio mútuo, defesa em todas as direções, defesa em profundidade são os princípios que realçam em uma Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Os peritos atiradores são melhores empregados nas operações defensivas para prover alerta antecipado da
aproximação, desorganizar e, se possível, forçar o inimigo a adotar uma formação de combate e a desdobrar-se
prematuramente o que redundará no retardo de sua progressão. Podem ser empregados, ainda, para:
1) - detectar e destruir elementos infiltrados;
2) - proteger patrulhas contra emboscadas;
3) - prover segurança de flancos e retaguarda de posições defensivas;
4) - infligir baixas e retardar o avanço inimigo;
5) - conduzir fogos;
6) - eliminar alvos selecionados; e
7) - negar ao inimigo o acesso a áreas ou vias de acesso.
O armamento mais adequado para ser utilizado em área urbana é do tipo semiautomático, haja vista que a
distância de engajamento, variedade e fugacidade dos alvos, advindas deste tipo de combate são necessárias
respostas rápidas por parte dos atiradores. As constantes mudanças de posição expõem os peritos atiradores em
travessias de ruas e avenidas, sendo importante nestes momentos críticos, o tiro rápido. O armamento a ser utilizado
deve apresentar uma precisão compatível com a tarefa atribuída.
No combate urbano cresce de importância, também, o uso de armamento (ou munição) com precisão e com
maior poder de destruição, que pode ser utilizado principalmente contra viaturas blindadas, carros de combate,
posições fortificadas, para destruir transformadores, geradores, estações retransmissoras, contra PC, para neutralizar
equipamentos de guerra eletrônica e até mesmo contra aeronaves, em particular as de asa rotativa. Desta forma, o
uso em conjunto de armas anticarro e armas terra-ar portáteis flexibilizam o emprego de peritos atiradores, já que na
maioria das vezes a sua posição de tiro permite o uso de todas estas armas.
Os supressores de ruídos, aliados ao uso de munições subsônicas, devem ter seu uso restrito e de forma
criteriosa, uma vez que diminui bastante a energia a ser transmitida pela munição, devido à diminuição de energia
cinética. Contudo, o supressor de ruídos dificulta a localização dos atiradores, quer pela diminuição do som ou pela
diminuição do clarão na boca da arma, principalmente à noite. No entanto, o supressor de ruído encurta muito o
alcance útil da arma.
O perito atirador deve levar consigo material específico para operar em área urbana. Para isto, ele deve buscar
ao máximo a dissimulação de seu material, quer pelo tipo de camuflagem que deve ser adequada ou pela preocupação
de dissimular o armamento pela quebra do contorno. Além disso, é de suma importância o material de comunicações,
tais como rádios, painéis de sinalização, “strobelights”, espelhos de sinalização, granadas fumígenas, “flashlight” e
bastões de sinalização. O material de sinalização é extremamente útil, possibilita a comunicação com elementos
infiltrados, equipes de resgate, equipes de suprimento ou de ressuprimento e outros elementos de apoio, além do
fumígeno que serve tanto para sinalização quanto para cobrir a evasão.
A instrução das equipes de peritos atiradores deve levar em conta a dificuldade deste ambiente operacional
para progredir, desta forma, o treinamento deve dar ênfase ao avanço por lances, principalmente no que tange ao
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cuidado na escolha das cobertas e abrigos. Deve sempre procurar explorar ao máximo o apoio mútuo entre as equipes
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e a segurança na progressão, por meio da execução de base de fogos para apoiar os lances sucessivos.
Em ambiente operacional urbano a maioria dos movimentos é feita em períodos de escuridão, tendo em vista Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
as curtas distâncias de engajamento e movimento canalizado que propicia a amarração das armas de apoio em pontos
de passagem obrigatórios. As luzes da cidade e holofotes podem comprometer o deslocamento das equipes. Quando
houver luar deve-se buscar progredir pela sombra evitando situações que gerem silhueta. A arma deve ficar o mais
próximo do corpo e o mais perpendicular possível do chão para que a silhueta da arma não seja projetada.
É desejável, também, um conhecimento razoável de explosivos por parte das equipes de peritos atiradores, haja
vista que o uso de cargas já preparadas facilita a abertura de portas ou brechas em paredes na hora da fuga ou
abordagem de edificações.
Outro problema a ser considerado pelos atiradores que operam em ambiente operacional urbano é a
possibilidade de ter sua posição denunciada pelo clarão que é produzido no interior dos cômodos das edificações
quando são realizados disparos em seu interior ou, até mesmo, quando estes estão sobre as lajes ou em terraços.
Os peritos atiradores devem saber exatamente a posição da tropa amiga, tendo em vista a dificuldade de
identificação à noite. Além disso, devem buscar ao máximo a adequabilidade em sua camuflagem. Para tal deve levar
em consideração as horas de luminosidade e as construções à sua volta, por vezes sendo necessária a troca de
uniforme mais de uma vez numa mesma operação.
Outro fator a ser levado em consideração é a utilização de contra-atiradores, para que se tenha êxito na busca
e eliminação dos peritos atiradores inimigos. O primeiro cuidado é adestrar a tropa a perceber a atuação de atiradores
inimigos por meio dos seguintes indícios:
1) - observação de fuzis especiais na área;
2) - descoberta de focos de resistência inimiga, geralmente isolada e nos últimos andares ou a grandes
alturas;
3) - descoberta de pequenos grupos de dois a quatro homens agindo isoladamente;
4) - tiros disparados de posições isoladas a mais de 400m;
5) - vários mortos ou feridos por tiros vindos de uma mesma posição;
6) - grande número de líderes baleados, demonstrando o uso do tiro seletivo;
7) - grande número de mortos por tiro na cabeça advindo de posição de tiro distante; e
8) - execução de tiros contra alvos expostos por poucos segundos.
No tiro de contra-atiradores pode-se refazer a trajetória do tiro de peritos atiradores inimigos por meio de
azimute a ré, quer pela observação da fumaça ou pelo fogo que sai da boca do cano, por meio da observação por
buracos feitos em paredes ou pilares de madeira. Outra forma, é a colocação de bonecos ou capacetes erguidos por
hastes, rapidamente, em diferentes locais para forçar a atuação do perito atirador inimigo para que denuncie
prematuramente a sua posição.
A melhor forma de se precaver contra o tiro de atiradores inimigos é solicitar apoio de fogo sobre possíveis
posições, tais como: terraços, torres, os andares mais altos de prédios destacados, postos de observações, etc. O ideal
é que sejam realizados constantes adestramentos, entre equipes de atiradores e grupamentos específicos, para se
adestrar as formas de se manobrar contra uma posição de peritos atiradores inimigos, constituindo assim, uma equipe
de contra-atiradores.
CAPÍTULO 8
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OUTRAS CONSIDERAÇÕES
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8.1 - ENSINAMENTOS ADQUIRIDOS Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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2) - proporcionalidade - a força a ser empregada deve ser suficiente em intensidade, duração e
magnitude, baseado nos fatos conhecidos na ocasião pelo comandante, para decisivamente conter o Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
b) Intenção hostil
Está vetado o emprego do instrumento de autodefesa, somente devendo ser utilizado com autorização
expressa dos escalões superiores.
As regras de Engajamento (RE), são diretrizes que dizem respeito à preparação e a forma de condução
tática dos combates e engajamentos, descrevendo ações individuais e coletivas, incluindo ações defensivas e de pronta
resposta.
Devem ser estabelecidas nos diversos escalões e serem compreensíveis, executáveis, compatíveis com a
capacidade de combate das tropas envolvidas e, principalmente, os comandantes devem se assegurar que seus
subordinados compreenderam e que cumprirão estritamente o que está estabelecido nas regras.
Normalmente medidas de controle são adicionadas às regras de comportamento/engajamento,
principalmente para afiançar maior segurança e bem estar à população civil. As principais medidas de controle são:
1. - toque de recolher – utilizado em ações defensivas, nunca ser instituído como medida de punição,
visa à manutenção da segurança populacional e o maior controle do tráfego militar;
2. - evacuação de não combatentes – representa o estabelecimento do grau de segurança máxima
prestado à população, devido sua complexidade e do baixo grau de aceitação, por parte da população.
É planejado em casos de extremo comprometimento com a segurança; e
3. - prestação de serviços – o emprego de civis em combate, no desenvolvimento de trabalhos forçados
é proibido em legislação específica, contudo passa a ser autorizada a utilização de serviços prestado
por civis, não envolvendo perigo físico e em benefício da manutenção de empresas ou serviços de
utilidade pública.
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7 - MANUAL DE
OPERAÇÕES DE PAZ
DOS GRUPAMENTOS
OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
CGCFN - 1-8
(1ª revisão – 09 de junho de 2009 – referência “b”)
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CAPÍTULO 2 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
2.2.2 - Composição
As OpPaz no período da Guerra-Fria – ditas de primeira geração - eram de estrutura predominantemente militar.
Seu componente civil era essencialmente voltado para o apoio administrativo às ações militares. Com o término
daquele período, constatou-se que o emprego de forças militares não era suficiente para solucionar as inúmeras crises
que pás saram a eclodir, exigindo a atuação da ONU também nos campos político, econômico, jurídico e social. Desta
forma, as OpPaz passaram a ser, predominantemente, de natureza política, exigindo uma estrutura multifuncional.
Atualmente, dependendo da situação na área em crise, uma OpPaz será estruturada por todos ou parte dos
seguintes componentes:
- Componente de Assuntos Políticos (Political Affairs Component);
- Componente Militar (Military Component);
- Componente Aéreo (Air Component);
- Componente Marítimo (Maritime Component);
- Grupo de Observadores Militares (Military Observers Group);
- Componente de Polícia Civil (Civilian Police Component);
- Componente de Assuntos Humanitários (Humanitarian Affairs Component);
- Componente de Direitos Humanos (Human Rights Component);
- Componente Eleitoral (Electoral Component); e
- Componente Administrativo Civil (Civilian Administrative Component).
Conforme citado, a estrutura variará de acordo com a situação de cada crise, podendo determinado
componente existir em uma operação ou ser absorvido por outro correlato ou simplesmente inexistir em outra. Além
dos componentes acima elencados é comum que existam também órgãos de assessoria ligados diretamente ao
comando da missão.
Essa estrutura interage, no exercício de seu mandato, com os diversos segmentos do país anfitrião, com os
escalões superiores da ONU e com outros parceiros existentes na Área de Operações (Area of Operations – AOp) –
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a) O Componente Militar
O Componente Militar é integrado por forças militares de países contribuintes, denominados contingentes. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Esse componente organizar-se-á em setores ou áreas de responsabilidade e terá a seu encargo o desenvolvimento de
compromissos relativos à interposição, separação e retirada de forças em conflito, à verificação de acordos, ao apoio
à desmobilização das forças, à destruição de armas, o desarmamento, a desmobilização de força irregulares –
guerrilheiros, milícias e bandos – e sua reintegração à sociedade, à criação de novas forças armadas e à ajuda
humanitária. Em determinadas OpPaz, tem-se observado a presença dos Componentes Aéreo e Marítimo que, apesar
de sua natureza militar, não integram o Componente Militar, deixando para este um caráter estritamente de força
terrestre. A título de ilustração, esses componentes são empregados em operações e ações típicas dos poderes aéreo
e naval, respectivamente. Contudo, a decisão para o emprego de cada um deles é objeto de cuidadosa avaliação, pois
envolve uma série de fatores, entre os quais, o controle do poder de destruição, a interdição de espaços aéreos e áreas
marítimas e a liberdade para execução de inspeções e apresamento. Poderá contribuir para Manutenção de Ambiente
Seguro, Garantia dos Direitos Humanos e Conquista de Objetivos Políticos.
c) Contingente Nacional
É a parcela do Poder Militar de um país que participa de uma OpPaz. Um país, em sua opção, poderá prestar
sua contribuição militar com:
- pessoal de emprego individual para funções de comando, estado-maior, observadores militares e
outros;
- unidades de combate, apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate; e
- especialistas para atividades como, por exemplo, treinamento, supervisão e remoção de minas e apoio
na área de saúde.
a) Diplomacia preventiva
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b) Promoção da paz Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
A Promoção da Paz, por sua vez, é o processo destinado à obtenção de acordos que extingam a
confrontação e possibilitem a solução das motivações que originaram o conflito. Normalmente, esta é desencadeada
por intermédio da diplomacia, de mediações, negociações e de outras formas de acordos políticos.
c) Manutenção da paz
Constitui-se no emprego de pessoal militar, policial e civil para auxiliar na implementação de acordos de
cessação de hostilidades celebrados entre as partes em litígio. É fundamentada nos princípios básicos do
consentimento das partes em litígio, da imparcialidade e do uso mínimo da força.
d) Imposição da paz
Tem caráter coercitivo e engloba as medidas desencadeadas por intermédio do emprego de forças militares
que se destinam a restaurar a paz ou estabelecer condições específicas em uma área de conflito ou tensão, onde as
partes estejam envolvidas em confrontação bélica e, pelo menos, uma delas não esteja de acordo com a intervenção.
O emprego da força está prescrito no Capítulo VII da Carta das Nações e será dirigido contra as partes que insistam na
violação da paz.
e) Consolidação da paz
Consiste em ações posteriores a um conflito interno ou entre Estados. Destina-se a consolidar a paz e evitar
o surgimento de novas controvérsias utilizando-se, como instrumentos, projetos de desenvolvimento político, social
e econômico, bem como o estímulo de medidas de confiança e interação entre as partes até então em conflito. Essas
ações, voltadas basicamente para o desenvolvimento econômico e social do país anfitrião, são empreendidas,
preferencialmente, por outros órgãos das Nações Unidas, mas, dependendo das dificuldades no terreno, podem
requerer a atuação militar.
2.3.2 - Outros instrumentos
Dentre outros instrumentos relacionados ao processo de paz, destacam-se por sua relação ao propósito desta
publicação:
- Emprego Preventivo;
- Implementação de Acordos Amplos; e
- Proteção de Operações Humanitárias.
a) Emprego preventivo
No Emprego Preventivo, a parte militar da operação é desencadeada com a aplicação de medidas
preventivas para evitar confrontações, tais como o estabelecimento de zonas e faixas desmilitarizadas e a interposição
de forças.
Essas medidas são complementadas pelo patrulhamento para fiscalização e pela observação, com a
situação formalizada em relatórios divulgados às partes envolvidas e ao CS. Cabe ressaltar a diferença entre a
diplomacia preventiva propriamente dita (item 2.3.1) e o emprego preventivo de tropas. A diplomacia preventiva seria
uma ação consentida, sem uso da força, enquanto o desdobramento preventivo de tropas seria uma ação consentida,
com uso da força.
b) Implementação de Acordos Amplos
No que diz respeito à Implementação de Acordos Amplos, a ONU pode auxiliar as partes em conflito não
apenas quanto ao cessar-fogo, mas também quanto a outros acertos de caráter militar e a uma grande variedade de
assuntos civis. É importante ressaltar que existem ações de caráter predominantemente civil e outras de caráter
essencialmente militar. Contudo, sendo uma OpPaz, em qualquer de seus estágios, uma operação
predominantemente de natureza política, as ações de caráter civil não podem prescindir da presença e do apoio
militar, bem como as ações de caráter militar não podem prescindir da presença, do apoio e da supervisão dos
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- supervisão do cessar-fogo; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Quando, em circunstâncias especiais, a tarefa de manter ou restaurar a paz exceder às atribuições de ForPaz
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nesse tipo de missão, o Conselho de Segurança da ONU considerará a possibilidade de alterar e redefinir essas
atribuições, de ordenar uma retirada ou de empregar nova ForPaz.
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2.5 - IMPOSIÇÃO DA PAZ Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Nas PKO, a força pode ser usada somente como autodefesa ou para executar ações de caráter defensivo,
conforme previsto no mandato.
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Nas Operações de Imposição da Paz, a força é usada para compelir ou impor a paz. Ainda assim, o nível da força Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
a ser usado deve ser sempre o mínimo requerido para garantir o cumprimento do mandato. Mesmo nos casos mais
graves de uso da força contra alguma das partes, deverá buscar-se a restauração da paz ameaçada e não a derrota
total do agressor.
2.6.3 - Imparcialidade
Nas PKO, a imparcialidade deve ser objeto de permanente atenção, especialmente quando se realizam ações
que possam criar a impressão de favorecimento a alguma das partes. Com a perda da imparcialidade, é pouco provável
que se obtenha a confiança e a cooperação desejadas.
Já nas Operações de Imposição da Paz, dificilmente haverá uma absoluta imparcialidade, porque ao menos uma
das partes será compelida a cumprir uma resolução que contraria os seus interesses, os mesmos que levaram essa
parte a romper um status quo anterior ao conflito que se pretende cessar ou interromper. É possível, inclusive, que
estejam envolvidas motivações históricas de difícil conciliação, como por exemplo, territórios perdidos em guerras
passadas ou por força de atos de potências hegemônicas ou organismos intergovernamentais.
O quadro abaixo apresenta uma graduação aceitável dessas variáveis, de acordo com o tipo de OpPaz
executada.
CAPÍTULO 8
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8.1 - GENERALIDADES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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- prover apoio de fogo, caso sejam imprescindíveis para o exercício do direito de autodefesa das forças da ONU Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
em terra;
- alojar temporariamente tropas da ONU;
- prover segurança a instalações e autoridades;
- realizar escolta de comboios e de autoridades;
- realizar a destruição de material bélico capturado ou apreendido;
- realizar trabalhos de engenharia de construção; e
- outras missões previstas no Mandato das Nações Unidas.
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8 - MANUAL DE
OPERAÇÕES
DE EVACUAÇÃO DE
NÃO-COMBATENTES
DE FUZILEIROS
NAVAIS
CGCFN- 2-3
(1ª edição – 12 de maio de 2020 – referência “c”)
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CAPÍTULO 1 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 - GENERALIDADES
A expansão dos interesses brasileiros no exterior tem levado a uma crescente presença de empresas,
representações e toda sorte de organizações em outras nações, aumentando, assim, o número de nossos nacionais
em território estrangeiro. Em alguns países, onde vivem e trabalham brasileiros, o clima de insegurança ocasionado
por instabilidades políticas ou sociais poderá vir a degradar-se ao ponto de constituir ameaça aos nossos nacionais.
A situação no país estrangeiro poderá agravar-se de modo tal que o risco à integridade física aos nossos
compatriotas se torne inaceitável, configurando-se a necessidade da retirada dos mesmos do país em questão. Este
tipo de ação, normalmente, será desenvolvido em decorrência da avaliação e por recomendação do chefe da missão
diplomática no país considerado, podendo ser realizada, parcial ou totalmente, por meios usuais de transporte.
Entretanto, poderão ocorrer situações onde as atividades normais da sociedade local estejam de tal modo
comprometidas que inviabilizem a saída dos cidadãos brasileiros por meios normais de transporte. Nestes casos,
poderá ser necessário o emprego de força militar para garantir a segurança necessária à saída de nossos compatriotas
residentes, bem como de outras pessoas cuja retirada seja de interesse do governo brasileiro.
Vale ressaltar que a salvaguarda das pessoas, dos bens e dos recursos brasileiros ou sob jurisdição brasileira é
matéria constitucional e é um objetivo explicitamente estabelecido na Política de Defesa Nacional.
Assim sendo, poderá a Marinha do Brasil (MB) ser chamada a realizar operações militares para prover a
necessária segurança à evacuação de nossos nacionais, bem como os de outras nacionalidades que sejam de interesse
do governo brasileiro. Ainda que qualquer uma de nossas Forças Singulares seja capaz de executar este tipo de
operação, a MB possui uma especial aptidão para esta tarefa, particularmente quando realizada em outro continente,
em função das características intrínsecas ao Poder Naval.
Tais características permitem que uma Força Naval, que conte com um Grupamento Operativo de Fuzileiros
Navais (GptOpFuzNav) embarcado, possa deslocar-se para uma área marítima em águas internacionais, ficando em
condições de contribuir para a evacuação do pessoal em risco, em coordenação com o Ministério das Relações
Exteriores (MRE).
Na MB, este tipo de operação recebe a denominação de Evacuação de Não- Combatentes (ENC), definido no
CGCFN-0-1, artigo 10.4 como uma operação conduzida com o propósito de evacuar não-combatentes de países onde
exista uma ameaça à sua segurança ou onde exista uma situação de calamidade. Já a expressão nãocombatentes
engloba tanto o pessoal civil de nacionalidade brasileira, como os militares brasileiros impossibilitados de prover
adequadamente sua autodefesa. Como exemplo de não-combatentes, citamos os integrantes das nossas
representações diplomáticas, os participantes de operações de paz, ou os cidadãos de nacionalidade
comprovadamente brasileira que, momentaneamente, encontram-se no país em questão. Pessoas de outras
nacionalidades também deverão, desde que seja do interesse do governo brasileiro, ser consideradas.
Por ser uma ação realizada em solo estrangeiro, será necessária estreita coordenação entre a MB (por intermédio do
Ministério da Defesa) e o MRE, de modo a acordar todos os assuntos relacionados com a operação a ser realizada.
Esta operação exigirá um planejamento minucioso de todas as ações a serem desenvolvidas, para que as repercussões
delas advindas sejam favoráveis aos interesses nacionais na região.
Em território estrangeiro, o chefe de nossa representação diplomática no respectivo país, por ser o representante
direto do Governo Brasileiro, será a autoridade com poder decisório.
Em face da dificuldade do efetivo controle dos nossos nacionais nos países estrangeiros, pela representação
diplomática no país em crise, provavelmente não haverá um plano de evacuação estabelecido. Além disso, durante o
planejamento da ENC, deverá ser considerada a possibilidade da distância entre a sede da missão diplomática e os locais de
reunião dos não-combatentes dificultar a coordenação da operação. A possível degradação dos meios e vias de
comunicação, também, terá grande influência no planejamento e condução da operação.
A ENC é uma operação militar realizada em um cenário fortemente influenciado por aspectos políticos, econômicos
e sociais, relacionados aos interesses brasileiros na região, o que impõe ao comando do GptOpFuzNav particular atenção
no levantamento e análise dos citados aspectos, de modo a evitar que os resultados possam comprometer tais interesses.
No que se refere ao emprego dos GptOpFuzNav quanto aos níveis de condução dos conflitos (político, estratégico-
militar, operacional e tático), a ENC difere das atuações clássicas de um GptOpFuzNav que, normalmente, atua no nível
tático. A ENC, por não possuir, obrigatoriamente, uma estrutura militar específica ativada, permite que o Comando do
GptOpFuzNav, que dela toma parte, atue nos níveis operacional e tático.
O Anexo A - Glossário apresenta a conceituação referente ao tema ENC.
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SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
As ENC executadas por GptOpFuzNav, assumem características similares às das Operações Anfíbias (OpAnf) clássicas, ainda
que, por outra parte, suas especificidades não permitam o seu pleno enquadramento como tal.
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Não obstante, uma Força-Tarefa designada para realizar uma ENC estará, em última análise, projetando poder sobre terra,
poder esse materializado pelos meios de fuzileiros navais desembarcados em um país estrangeiro. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Há que se considerar ainda, a hostilidade real ou potencial em relação a esta Força, mesmo se houver a anuência para a
realização da ENC por parte do governo legalmente estabelecido, uma vez que uma operação desta natureza somente ocorrerá
se houver, necessariamente, uma clara ameaça aos nossos compatriotas e, por conseguinte, à Força desdobrada em prol da sua
salvaguarda.
Deste modo, as peculiaridades das ENC não invalidam a utilização de conceitos perfeitamente consolidados na MB e em
particular no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), com as devidas adaptações, quando necessárias. Definições tais como Força- Tarefa
Anfíbia (ForTarAnf), Força de Desembarque (ForDbq), Área do Objetivo Anfíbio (AOA) e outras relativas ao Planejamento,
Embarque, Travessia e Assalto, especificamente quanto ao Movimento-Navio-para-Terra (MNT), são válidas também para a ENC.
Igualmente aplicáveis são as relações de comando entre os Comandantes da ForTarAnf e da ForDbq.
Em princípio, um GptOpFuzNav, ao realizar uma ENC, valer-se-á dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais de que
dispõe a MB. Não obstante, é plenamente admissível a utilização de aeronaves da Força Aérea Brasileira e de navios ou aeronaves
de Forças Armadas de países amigos, bem como meios civis de transporte, conforme a situação assim o recomendar ou impuser.
1.3 - DIFERENÇAS ENTRE ENC E INCURSÃO ANFÍBIA
A ENC é uma operação militar conduzida em tempo de paz. As ameaças aos cidadãos nacionais são, normalmente,
de âmbito interno do país hospedeiro. Assim sendo, essas operações adquirem características distintas das observadas na
Incursão Anfíbia (IncAnf), que é uma operação de guerra naval cuja execução pressupõe, normalmente, um ato de força
entre as nações envolvidas.
As ENC revestem-se de forte caráter político decorrente das suscetibilidades das relações internacionais, sendo,
portanto, conduzidas, em todos os níveis, pelo MRE em estreita coordenação com o MD. Este tipo de operação difere de
outras operações militares na medida em que o chefe de nossa representação diplomática acreditada no país, por ser o
representante direto do Governo Brasileiro, será a autoridade com poder decisório, caso ele esteja presente durante a
evacuação.
As IncAnf, por sua vez, são conduzidas por meio da Estrutura Militar de Guerra. Quando envolver a evacuação de
não-combatentes residentes em outro país, essas operações não devem prescindir do apoio prestado pelo MRE, nos
assuntos afetos a esses nacionais.
As técnicas de processamento de evacuados, descritas nessa publicação, apesar de objetivarem a execução das ENC,
poderão ser adaptadas para o emprego em IncAnf.
1.4 - TIPOS DE AMBIENTE OPERACIONAL
Os dois tipos de ambiente operacional nos quais os GptOpFuzNav podem ter que atuar ao executar uma ENC são o
permissivo e o hostil.
Esses tipos de ambiente são conseqüência da situação política vigente, dos conflitos internos +ou externos, ou de
desastres naturais que venham a ocorrer no país hospedeiro. Assim sendo, o Comandante do GptOpFuzNav
(CmtGptOpFuzNav) deve manter, tanto durante o planejamento, quanto durante a execução, um acompanhamento
permanente da evolução da situação política e do ambiente operacional, que pode rapidamente evoluir de permissivo para hostil.
1.4.1 - Permissivo
Neste ambiente, a princípio, não se observa nenhum tipo de resistência, ações hostis ou ameaças físicas à Força que
executa a ENC. O Governo local não deverá se opor à partida dos não-combatentes de seu território, podendo inclusive,
prestar algum tipo de apoio à evacuação.
Nesses casos, portanto, o GptOpFuzNav deverá possuir um efetivo reduzido de forças de segurança, enquanto deverá
estar reforçado de tropas e meios logísticos, uma vez que haverá preponderância das atividades de Apoio de Serviços ao
Combate (ApSvCmb), tais como transporte, apoio de saúde e medidas administrativas, além de intensa participação dos
canais diplomáticos.
Apesar da situação favorável, o CmtGptOpFuzNav deve considerar a possibilidade de manter uma pequena força de
reação capaz de prover segurança à Força como um todo e aos evacuados, no caso de ocorrências inopinadas que possam
representar algum tipo de ameaça.
1.4.2 - Hostil
Neste ambiente, o governo do país hospedeiro perdeu o controle da situação e a evacuação se dará sob condições
que poderão abranger distúrbios populacionais, atos terroristas, combates entre forças organizadas ou oposição de
qualquer natureza à ENC. Neste caso, o GptOpFuzNav deve ser reforçado de tropas de combate e serão enfatizadas as
tarefas de caráter tático, tais como: estabelecimento de perímetro defensivo, escolta de comboios, busca de evacuados e
resgate de pessoal militar envolvido com a operação.
CGCFN-309
(2ª REVISÃO –2022 – referência “g”)
CONTROLE DE
9 - MANUAL DE
DISTÚRBIOS DE CIVIS
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CGCFN-309
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2ª Revisão - 2022 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 1
CONCEITOS
1.1. INTRODUÇÃO
As manifestações populares surgiram como um fenômeno psicossocial em Paris no final do século XIX. Devido
ao processo de modernização, à elevação nos níveis de educação, ao desenvolvimento de ferramentas de
comunicação de massas e à urbanização, esse fenômeno foi tornando-se mais frequentei. Considera-se
manifestação popular a reunião de um determinado número de pessoas em prol de uma causa comum.
Ressalta-se que, no Brasil, o direito à manifestação encontra-se amparado em sua Carta Magna, cujo artigo 5o,
itens IV e IX, garante a liberdade de manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato, independente de
censura ou licença. Já o item XVI assegura o direito às reuniões pacíficas em locais públicos, vedando o uso de
armas, independente de autorização, bastando prévia comunicação à autoridade competenteii.
Entre as causas mais frequentes desses fenômenos estão as reivindicações diversas, os protestos contra
situações econômicas, políticas ou sociais, bem como reafirmação de direitos e conquistas civis. Muitas das vezes,
as manifestações reúnem multidões. Nesse sentido, multidão é a reunião de um grande número de pessoas, em
uma área específica e por um tempo determinadoiii.
Contrariando a perspectiva anterior que via as multidões em manifestações como um grupo homogêneo, as
pesquisas recentes, realizadas no âmbito das ciências sociais, indicam que apesar de reunidas por uma causa
comum, as multidões são formadas por um conjunto de grupos menores e de indivíduos isolados. Portanto, não
se constituem numa entidade homogênea. Acrescenta-se que nem todos os grupos são unânimes em suas
motivaçõesiv.
Eventualmente, as multidões em manifestação, ou alguns grupos sociais que dela participam tornam-se
violentos, caracterizando assim os distúrbios. Nesses fenômenos, as insatisfações, tensões e emoções conflitantes
de parcela da população são potencializados pelo efeito das massas. Por isso, frequentemente, tais fenômenos
demandam a gestão e intervenção do poder público.
Quando não controlados pelas autoridades competentes, os referidos distúrbios poderão ocasionar:
- a redução ou perda da confiança da população nas autoridades constituídas;
- a intimidação ou desgaste do poder legal;
- a perturbação da ordem e do funcionamento das Instituições e dos Órgãos Públicos e Privados; e
- a intimidação, a agitação ou o pânico de significativas parcelas da população.
entendimento é relevante em razão do processo de tomada de decisão quanto à atuação de uma tropa de Controle
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de Distúrbios, bem como, quanto ao nível de força a ser utilizado e a prioridade no emprego dos meios.
a) quanto à forma
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I) marcha ou passeata
Manifestação em que os participantes se reúnem com o fim de caminhar até determinado local, onde ocorrerá
as reivindicações ou protestos.
II) piquete
Manifestação de grevistas que consiste no bloqueio de acessos aos locais de trabalho ou estabelecimento de
ensino para impedir sua entrada. Seu objetivo normalmente é fazer com que outras pessoas adiram ao
movimento.
III) comícios
Grupo de pessoas com o objetivo comum de ouvir a pregação de terceiros, normalmente, voltadas à exposição
de ideias de cunho político-eleitoral. Uma de suas características é a utilização de meios auxiliares como
megafones, alto-falantes, carros de som, para que a divulgação da palavra atinja o maior número possível de
pessoas.
b) quanto à natureza
I) pacífica
Consiste na manifestação onde prevalece o respeito às leis, não havendo perturbação da ordem pública.
Pequenos atos isolados e infrações individuais podem se apresentar.
II) violenta
Manifestação tomada pelo caos, desordem e intensa agitação, caracterizada também pela desobediência civil
de seus participantes e pela prática de infrações penais, levando o ato à ilegalidade, se tornando uma turba.
Uma manifestação pacífica pode se tornar violenta, e, assim, ilegal. Cabe salientar que toda manifestação
violenta será ilegal, porém nem toda manifestação ilegal será violenta.
1.2.5. Tumulto
Desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a um desígnio comum de realizar certo
empreendimento, por meio de ação planejada, contra alguém que a elas possa se opor.
1.2.6. Distúrbios
Os distúrbios são fenômenos praticados por turbas constituídas de grupos ou indivíduos isolados integrantes
de uma multidão ou até mesmo uma aglomeração, que se unem a fim de empreender atos ilegais de maneira
exponencialmente violenta.
1.2.7. Controle de Distúrbios (CD)
Conjunto de ações realizadas para prevenir a ocorrência de distúrbios ou, quando de sua ocorrência, para
restaurar a ordem por meio de ações repressivas, utilizando-se de tropa preparada para esta finalidade.
Nesse contexto, consideram-se agentes de pertubação da ordem pública (APOP) as pessoas ou grupos de
pessoas cuja atuação comprometa, momentaneamente, a preservação da ordem pública ou ameace o bem-estar
ou segurança das pessoas e do patrimônio.
1.2.8. tipos de turba
a) turba agressiva
É aquela que estabelece um estado de perturbação da ordem e realiza atos de violência, como acontece em
distúrbios resultantes de conflitos sociais ou políticos, nos linchamentos, levantes de detentos em penitenciárias
ou depredação de patrimônios (públicos ou privados).
b) turba pânica
É aquela que procura fugir de algum local, na tentativa de garantir a sua segurança. Nesta situação, o maior
problema é o de convergência de massas humanas para vias de escoamento (rotas de fuga) de capacidade
limitada, o que poderá provocar danos a pessoas e bens móveis e imóveis. O pânico poderá originar-se de boatos,
incêndios, explosões, calamidades, atentados etc.
c) turba predatória
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É a que além de reproduzir os comportamentos da turba agressiva, passa a se apoderar e/ou destruir bens
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materiais alheios, seja de pessoa física ou jurídica, com violência desmedida, podendo ser impulsionada pelo
desejo de apoderar-se de bens materiais, como em distúrbios para obtenção de alimentos, bens de consumo e
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outros.
Também podem provocar situações para produzir recursos audiovisuais a serem usados fora de contexto e
reforçar a narrativa de determinados grupos sociais.
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A produção de material audiovisual que reforce a narrativa da Força, contrapondo-a com a de elementos
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adversos é extremamente conveniente para contribuir com os relatórios confeccionados após uma ação nesse
contexto.
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Ressalte-se que, o procedimento a ser adotado em caso de Auto de Prisão em Flagrante (APF) deverá ser o
previsto no Capítulo 10 da publicação DGPM-315 – Normas sobre Justiça e Disciplina na MB.
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Além dos aspectos anteriormente citados, acrescentam-se os seguintes conceitos atinentes ao emprego da
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força:
1.4.1. Ameaças
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São atos ou tentativas potencialmente capazes de comprometer a preservação da ordem pública ou ameaçar
a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
1.4.2. Legítima defesa
É o uso moderado dos meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem.
1.4.3. Autodefesa
Legítima defesa com o emprego dos próprios meios em resposta proporcional a um ataque direto.
1.4.4. Reação mínima
É a menor intensidade do uso da força, suficiente e necessária, para repelir ou prevenir a ameaça, se possível,
sem danos ou lesões.
1.4.5. Proporcionalidade
É observada pelo uso proporcional dos meios necessários, considerando a integridade física das pessoas e
bens patrimoniais que se pretende proteger e o afetado pela ação de repulsa à agressão.
A proporcionalidade só pode ser aferida no caso concreto, considerando o contexto da agressão, os objetivos
e resultados alcançados. Mas depreende-se que não é possível utilizar a arma de fogo para repelir todos os tipos
de agressão em CD, sob pena de incorrer-se em excesso, por isso é necessário adotar uma metodologia de
emprego gradual da força a ser explorada no capítulo seguinte.
1.4.6. Excesso
É a inobservância da utilização com proporcionalidade dos meios necessários. Nesse caso, o agente pode ser
responsabilizado.
1.4.7. Força mínima
É o menor grau de força necessário para desestimular o oponente a prosseguir nos seus atos, causando-lhe o
mínimo possível de danos, seja sobre sua pessoa (dano físico ou psíquico), seja sobre o seu patrimônio. A força
mínima é empregada na reação mínima.
CAPÍTULO 4
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4.1. GENERALIDADES
Para a realização de CD serão organizadas CiaCD segundo apresentado neste Capítulo.
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Considerando que os efetivos necessários à realização de CD podem chegar a números elevados em face da
necessidade de prover adequada resposta à determinada situação conturbada, todas as unidades de Fuzileiros Navais
devem estar em condições de reorganizar seus efetivos e contribuir para a formação das CiaCD, mesmo não sendo
tropa cuja natureza seja mais afeta a essa atividade.
Por constituir-se um elemento organizacional criado especificamente para a atividade de CD, não existindo nas
estruturas organizacionais do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), far-se-á necessário que o Comandante (Cmt) da
Organização Militar (OM) que receber a tarefa de organizar uma CiaCD a ative de forma ad hoc, considerando a
necessidade de tempo, material e infraestrutura para o seu preparo, precedendo o momento de seu efetivo emprego.
A manutenção dessa capacidade nas OM e o treinamento periódico serão importantes para uma adequada prontidão
de emprego.
Em ações de CD, a CiaCD normalmente será formada por militares das seguintes frações:
- Companhia de Polícia da Tropa de Reforço;
- Companhia de Polícia do Batalhão Naval;
- Pelotão de Apoio de Polícia (PelApPol) e Companhias de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav) dos Grupamentos de
Fuzileiros Navais Distritais;
- PelApPol, Companhias de Operações Ribeirinhas (CiaOpRib) e Companhia de Infantaria de Fuzileiros Navais
(CiaInfFuzNav) dos Batalhões de Operações Ribeirinhas (BtlOpRib); e
- CiaInfFuzNav dos Batalhões de Infantaria de Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav).
Outras Unidades do CFN poderão ceder efetivos para serem empregados em ações de CD, necessitando de maior
tempo de adestramento específico.
Nos BtlInfFuzNav e BtlOpRib, os militares das CiaInfFuzNav e das CiaOpRib, devidamente reorganizados e
equipados, serão os elementos de emprego em Operações de Controle de Distúrbios (OpCD). Concretizada esta
situação, tais subunidades passarão a ser denominadas de CiaCD.
Em operações cuja finalidade principal não seja o Controle de Distúrbios, o Pelotão de Controle de Distúrbios
(PelCD) deverá estar inserido em uma CiaInfFuzNav, evitando, assim, seu emprego de forma isolada.
A composição da CiaCD dependerá, em princípio, da frente a controlar, do tamanho da turba e das tarefas recebidas.
Será composta por no mínimo um PelCD e no máximo três PelCD. Assim, a CiaCD a um PelCD é capaz de ocupar uma
frente bem definida de até 30 m e controlar uma frente de 60 m empregando armamento não letal. Quando contando
com dois PelCD a frente ocupada não deverá ultrapassar 90 m e a frente a controlar poderá alcançar 125 m. A três
PelCD a frente ocupada será de 150 m e a frente a controlar não ultrapassará 170 m.
Os parâmetros supracitados são passíveis de serem utilizados quando as frentes puderem ser perfeitamente
determinadas, como ocorre na contenção para se contrapor à tentativa de invasão de instalações por APOP, na
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desocupação de instalação ou área invadida por manifestantes, antes da chegada da tropa, ou ainda na
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desobstrução de vias públicas bem delimitadas.
Em situações adversas, quando não for possível determinar, com antecedência, a frente a controlar, será
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conveniente reduzir essas frentes como medida de precaução, não devendo, contudo, tal redução ultrapassar
vinte por cento.
O transporte da CiaCD será realizado por viaturas orgânicas da tropa que podem ser dotadas de algumas
melhorias que otimizem o emprego nas OpCD (ex: proteção nas janelas, local para armazenamento dos escudos
no seu interior, escadas laterais externas, uma base na parte superior externa para que elementos possam utilizar
a própria viatura como uma posição privilegiada de observação etc.).
De acordo com as características da área onde será empregada, a CiaCD poderá ser reforçada com viaturas
blindadas, o que lhe propiciará proteção para o deslocamento até a posição onde será desdobrada, redução da
frente a mobiliar e o aumento na capacidade dissuasória. Igualmente, os blindados podem servir como
plataforma de observação e até para o posicionamento de militares com LRAD e outros armamentos especiais.
Bem como, podem ser ocupados por operadores de vídeo e fotógrafos em apoio à tropa.
O transporte dos Cães de Guerra, preferencialmente, deverá ser feito em viatura própria para esse fim, de
forma que os animais não cheguem na área de atuação desgastados e estressados.
Por fim, o transporte dos detidos deverá ser feito adotando-se as medidas necessárias, para salvaguardar suas
vidas e integridade física. Cabendo observar que conforme a Lei de abuso de autoridade, homens e mulheresi não
podem ser mantidos no mesmo local, na condição de detidos. Caso o detido seja menor, deve-se atentar ao fato
de que somente se justifica a privação de sua liberdade mediante o flagrante de ato infracional ou por decisão
judicial. Também deve-se observar o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, com especial atenção aos
artigos 16 a 18-A, 70-B e 103 a 111ii.
Nos artigos subsequentes serão discutidos a composição e o emprego da CiaCD em ações de CD.
ANEXO F
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COMPOSIÇÃO DA COMPANHIA DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
O PelCD é o Elemento de execução das ações de CD propriamente ditas, sendo a menor fração de emprego em
proveito das ações de controle de distúrbios.
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A atuação de maneira isolada do PelCD não é aconselhável, haja vista a falta dos apoios essenciais providos
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pela SeçCmdoAp da CiaCD. Portanto, sempre que houver necessidade de ser empregado isoladamente, deverá
contar, obrigatoriamente, com operador de vídeo/fotógrafo e, sempre que possível, com Cães de Guerra, grupo
de aprisionamento, meios de transporte, incluindo ambulância. Havendo disponibilidade e possibilidade de
emprego, contará com Viaturas Blindadas. O PelCD possui a seguinte organização:
CAPÍTULO 5
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5.1. GENERALIDADES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Durante as OpCD, a tropa poderá adotar formações que auxiliarão sobremaneira no cumprimento das tarefas
designadas. Para a melhor compreensão, durante a execução destas ações, serão observados comandos
específicos e de fácil entendimento para as Tropas de CD.
Para efeitos das ações de CD, entende-se como intervalo o espaço lateral entre dois homens; e distância, como
o espaço entre elementos considerados em coluna. Nas formações de CD, normalmente, os intervalos e as
distâncias entre os homens são de um passo. Entretanto, tais espaçamentos, poderão ser ajustados às situações
particulares, sendo importante sempre explorar a profundidade das formações.
A cadência normal para a tropa se deslocar e reunir, a fim de adotar qualquer das formações para o CD, é a de
passo acelerado (de 170 a 180 passos por minuto).
A cadência normal para o deslocamento da tropa, depois que ela adotar qualquer das formações para o CD, é
inferior à do passo ordinário (116 passos por minuto).
A cadência poderá ser aumentada ou diminuída, a critério do Comandante da Subunidade/Fração, para
enfrentar as diversas situações.
5.2.1. Em linha
É utilizada para conter a turba, impedir seu acesso à instalação protegida ou bloquear seu acesso a
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determinado local.
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5.2.2. Em cunha
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É utilizada para penetrar e separar grupos de uma turba ou realizar uma ação rápida em qualquer direção.
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É a formação usada para dispersar uma turba posicionada junto a um edifício, parede ou outros locais
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semelhantes. Pode ser utilizada para mudar a direção do movimento de uma turba, forçando-a a seguir para área
de escoamento que se deseja ou, ainda, empregada para dirigir o movimento da multidão em uma só direção.
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Essa formação visa prover proteção durante deslocamentos em vias estreitas com existência de vias
transversais ao deslocamento, fornecendo proteção à frente e aos flancos.
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Caso a via em que o PelCD se desloca seja dominada por edificações em que se supõe a existência de APOP,
pode ser combinada com a “Formação de Escudos Acima”, para maior proteção à tropa.
5.2.5. Circular
Essa formação tem por objetivo a defesa do próprio PelCD, caso ele seja envolvido pela turba. Nesse caso, os
Escudeiros formarão um círculo, permanecendo o restante do PelCD em seu interior.
Os afastamentos (intervalos e distâncias) deverão ser adotados conforme a situação exigir e de modo que
permita à tropa exercer suas tarefas com liberdade de movimento, ou seja, os militares deverão permanecer em
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CAPÍTULO 6
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6.1. GENERALIDADES
As tropas empregadas em ações de CD, podendo estar inseridas em um GptOpFuzNav, podem receber a tarefa
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de restaurar ou manter a ordem, utilizando táticas e técnicas adequadas a cada situação, tais como nos conflitos
de alta intensidade e nas atividades de emprego limitado da força.
Visando a prestar o apoio adequado às ações de CD o Comando dos GptOpFuzNav poderá contar com os
seguintes apoios, além das seções do Estado-Maior (EM) geral e especial:
- de Assuntos Civis;
- de Comunicação Social;
- Equipe de Negociação;
- de Assessor Jurídico; e
- outras julgadas pertinentes, conforme as peculiaridades da missão.
Ademais, deve ser prevista a presença de militares do segmento feminino na composição da tropa que realiza
as ações de Controle de Distúrbios para a realização de revistas e apoio ao Grupo de Presa na detenção de APOP
que sejam mulheres.
A Seção de Comunicação Social (SeçComSoc), específica e com estrutura permanente, deverá atuar sempre
em articulação com o Centro de Comunicação Social da Marinha, por meio da cadeia de comando da Organização
por Tarefas (OrgTar) empregada em CD.
Entre outros aspectos, caberá à SeçComSoc a centralização dos atendimentos aos veículos de comunicação
das diferentes mídias e a produção de conteúdos informativos a serem veiculados aos públicos externo e interno.
É essencial a condução de pautas que visem ao fortalecimento da imagem das nossas Forças, além de ações que
tenham por propósito a desmobilização dos APOP.
Além disso, deverá haver uma equipe de filmagem e fotografia, composta por pessoal especializado, com o
objetivo de registrar a atuação da tropa junto aos escalões avançados.
Dependendo do vulto da Operação e dos meios disponíveis, o GptOpFuzNav empregado em CD poderá ativar
um Centro de Operações Civis-Militares (COpCivMil), onde serão planejadas atividades de Comunicação Social
(ComSoc), Operações Psicológicas (OpPsc) e Assuntos Civis (AssCiv), com apoio de assessoria jurídica, a fim de
integrar essas áreas do conhecimento, facilitar as Operações Militares e alcançar os objetivos operacionais e
táticos.
A tropa deverá prover sua segurança, durante todo o desenrolar das operações, desde a área de reunião até
seu regresso para região de aquartelamento.
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6.4.1. Segurança durante o movimento motorizado
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A segurança durante o movimento para a área de operação é aumentada pelo reconhecimento e seleção de
itinerários que ofereçam maior segurança, bem como pela vigilância na vanguarda, nos flancos e na retaguarda,
proporcionada por observadores preposicionados. Poderá ser previsto o emprego de Batedores para apoiar os
deslocamentos nos referidos itinerários selecionados.
Cada unidade de marcha deverá dispor de um plano de alerta, incluindo a segurança das viaturas, para o caso
de ser atacada durante o movimento, devendo designar ao menos dois militares com munição letal por viatura.
6.4.2. Segurança nas marchas a pé
Devem ser adotadas precauções semelhantes às previstas para os movimentos motorizados. Durante os altos,
medidas de segurança devem ser adotadas, tomando-se sempre a formação mais indicada para a proteção dos
elementos de comando.
6.4.3. Segurança no movimento através das ruas
A tropa deverá evitar o movimento em ruas onde haja edifícios altos. Peritos atiradores poderão ser
designados para se deslocar junto à tropa, em observação constante, ou permanecerem em posições de tiro em
locais pré-selecionados, enquanto a tropa avança.
A CiaCD deve estar atenta a ações contra a tropa pelos APOP. O grau de violência de que a turba será capaz
dependerá de vários fatores, tais como a motivação e dos tipos de sujeitos que a compõe, o número de pessoas
envolvidas e a localização.
Em caso de lançamento sobre a tropa de material inflamável, como coquetel molotov, o fogo deve ser
combatido pelo Elemento de Combate a Incêndio que compõe o PelCD. Além disso, medidas preventivas como a
utilização do fuzil à tira-colo, a manutenção dos velcros do colete desobstruídos, a fim de facilitar a pronta
retirada desse material, contribuem para minimizar danos em caso de fogo.
Em caso de utilização de ARP, que ameacem a segurança da tropa, devem ser empregados, quando disponíveis,
bloqueadores de sinal para impedir o controle dos ARP e, alternativamente, o disparo de 18,6 mm na direção da
ameaça.
6.4.4. Segurança dos flancos e da retaguarda
Durante as ações de CD, cuidados especiais devem ser tomados, a fim de evitar que os APOP realizem ações
violentas contra os flancos e a retaguarda da tropa. Deve-se proteger os flancos com a utilização dos cães. O Grupo
de choque de cães deve empregar seus atiradores em caso de necessidade de proteção dos cães e de seus
cinófilos. O emprego dos cães de guerra deve ser pautado, principalmente, pelo efeito dissuasório causado pela
sua presença. O cinófilo deve conduzir seu cão de guerra utilizando guia curta de 1,5 m ou longa de até 5 m,
mantendo o controle do mesmo.
O lançamento do cão em direção de um APOP somente deve ser realizado após consideração das regras de
engajamento da operação, em virtude do grande dano causado pelas mordidas do cão, e apenas se o alvo do
lançamento estiver bem definido e afastado de outros manifestantes, a fim de evitar danos colaterais. Outrossim,
os impactos de uma ação com cães podem repercutir desfavoravelmente no ambiente informacional.
Além disso, o lançamento dos cães ou o movimento da equipe de choque de cães à frente da linha de escudos
deve ser realizado pelos flancos do PelCD, para evitar que algum elemento deste seja mordido acidentalmente
por algum cão caso este movimento seja realizado pelo centro da formação.
Os Seguranças devem estar atentos para qualquer ameaça vinda da retaguarda da tropa. Além disso, pode ser
alterada a formação do dispositivo de CD conforme a direção de incidência dessa ameaça. Patrulhas motorizadas
equipadas com equipamentos de comunicações, designadas pelo Comando do GptOpFuzNav e, se possível,
observadores aéreos, alertarão a tropa, com a finalidade de evitar surpresas.
6.4.5. Segurança no emprego das viaturas
As viaturas utilizadas para transporte de pessoal e de material, inclusive ambulâncias, e, particularmente, as
destinadas à condução dos APOP detidos, deverão ser protegidas durante todo o período de emprego da tropa.
Nos locais de estacionamento na área de operação, deverão ser atendidos os requisitos de segurança
aplicáveis, como dispersão das viaturas, e o afastamento de prédios de onde possam ser arremessados objetos
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O emprego de viaturas sem capotas ou toldos deve merecer atenção especial, para evitar que a tropa
embarcada sofra ações de provocação ou tentativas de desmoralização, incluindo o lançamento de substâncias
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como o talco e a cal, além de outros objetos, a partir de prédios, ao longo de itinerários ou na área de
estacionamento.
A decisão de empregar essas viaturas como elementos de bloqueio ou em ação direta contra os APOP deve ser
precedida de cuidadosa análise do custo-benefício, em função das vulnerabilidades quanto a incêndio e
depredações.
As Viaturas Blindadas são aptas para emprego em situações em que seja requerida ação de choque, para
dispersar os APOP, desobstruir vias com barricadas e obstáculos de concreto ou restabelecer o controle em áreas
invadidas e ameaçadas.
i WEINER, Myron. Urbanization and Political Protest. Civilisations Vol. 17, No. 1/2 (1967), pp. 44-52 (9 pages).
Institut de Sociologie de l'Université de Bruxelles. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/41231016>.
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Acesso em 09/03/2022. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
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10. DOUTRINA DE
LIDERANÇA DA
MARINHA
EMA-137
(1ª revisão – 18 de dezembro de 2013 – referência “i”)
(Anexo B Rev-1-Mod-2-2018)
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EMA – 137
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ANEXO B REV-1-MOD-2-2018
a) Elementos Conceituais de Liderança (Cap. 1) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
I) Chefia e Liderança (Art. 1.2); XIV) Seleção de estilos de liderança (Art. 1.5);
II) Aspectos fundamentais da liderança (Art. 1.3); XV) Fatores de liderança (Art. 1.6);
III) Aspectos filosóficos (Inciso 1.3.1); XVI) O líder (Inciso 1.6.1);
IV) Aspectos psicológicos (Inciso 1.3.2); XVII) Os liderados (Inciso 1.6.2);
V) Aspectos sociológicos (Inciso 1.3.3); XVIII) A situação (Inciso 1.6.3);
VI) Estilos de liderança (Art. 1.4); XIX) A comunicação (Inciso 1.6.4);
VII) Liderança centralizadora (Inciso 1.4.1); XX) Atributos de um líder (Art. 1.7);
VIII) Liderança participativa ou democrática (Inciso 1.4.2); XXI) Níveis de liderança (Art. 1.8);
IX) Liderança delegativa (Inciso 1.4.3); XXII) Liderança direta (Inciso 1.8.1);
X) Liderança transformacional (Inciso 1.4.4); XXIII) Liderança organizacional (Inciso 1.8.2); e
XI) Liderança transacional (Inciso 1.4.5); XXIV) Liderança estratégica (Inciso 1.8.3).
XII) Liderança orientada para tarefa (Inciso 1.4.6);
XIII) Liderança orientada para relacionamento (Inciso 1.4.7);
CAPÍTULO 1
ELEMENTOS CONCEITUAIS DE LIDERANÇA
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como: “o processo que consiste em influenciar pessoas no sentido de que ajam, voluntariamente, em prol do Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
cumprimento da missão”. Fica evidenciado, pela definição, que a liderança inclui não só a capacidade de fazer um
grupo realizar uma tarefa específica mas, sobretudo, executá-la de forma voluntária, atendendo ao desejo do líder
como se fosse o seu próprio.
Nessa definição de liderança, estão implícitos os seus agentes, ou seja, o líder e os liderados, as relações entre
eles e os princípios filosóficos, psicológicos e sociológicos que regem o comportamento humano.
Sociólogos concordam que a perspectiva sociológica envolve um processo que vai permitir examinar as
coletividades além das fachadas das estruturas sociais, com o propósito de refletir, com profundidade, sobre a
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A liderança envolve líder, liderados, e contexto (ou situação), constituindo, fundamentalmente, uma relação.
Para muitos teóricos, a liderança, dadas as características singulares que envolve, constitui-se em um processo ímpar Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
de interação social. Partindo desta visão da liderança, é evidente o quanto a Sociologia tem para contribuir em termos
de embasamento teórico no estudo e na construção do processo da liderança.
Os militares, em geral, em função da peculiaridade de suas atividades profissionais, constituem uma
subcultura dentro da sociedade brasileira. Focalizando mais de perto ainda, pode-se afirmar que a Marinha, dentro
das Forças Armadas, face a suas atribuições muito próprias, constitui-se, igualmente, em uma subcultura. A liderança,
por definição, pressupõe a atuação do líder sobre grupos humanos; os membros destes grupos são, em geral, oriundos
de diferentes subculturas. Estes indivíduos, ao ingressarem na Marinha, passarão a integrar-se a esta nova subcultura,
após um período de adaptação. No âmbito da Marinha, pode-se distinguir subculturas correspondentes aos diferentes
Corpos e Quadros, em função da missão atribuída a cada um deles. Cultura e subcultura são, portanto, temas de
estudo da Sociologia de interesse para a liderança.
Outro tópico de Sociologia avaliado como relevante é o dos processos sociais, estes definidos como a interação
repetitiva de padrões de comportamento comumente encontrados na vida social. Os processos sociais de maior
incidência nas sociedades e grupos humanos são: cooperação, competição e conflito. O líder, cuja matéria-prima é o
grupo liderado, necessita identificar a existência de tais processos, estimulando- os ou não, em função das
especificidades da situação corrente e da natureza da missão a ser levada a termo.
Cooperação, etimologicamente, significa trabalhar em conjunto. Implica uma opção pelo coletivo em
detrimento do individual, mas nada impede o desenvolvimento e o estímulo das habilidades de cada membro, em
prol de um objetivo comum. Sob muitos aspectos, e de um ponto de vista humanista, é a forma ideal de atuação de
grupos. Ocorre que nem sempre é possível, dentro de um grupo, manter, exclusivamente, o processo cooperativo.
Em função do contexto, das circunstâncias da própria tarefa a realizar, da natureza do grupo, ou das características
do líder, outros processos se desenvolvem.
Competição é definida como a luta pela posse de recompensas cuja oferta é limitada.Tais recompensas
incluem dinheiro, poder, status, amor e muitos outros. Outra forma de descrever o processo competitivo o mostra
como a tentativa de obter uma recompensa superando todos os rivais.
A competição pode ser pessoal – entre um número limitado de concorrentes que se conhecem entre si – ou
impessoal – quando o número de rivais é tal, que se torna impossível o conhecimento entre eles, como ocorre, por
exemplo, nos exames vestibulares ou em concursos públicos.
Atualmente, os especialistas concordam que ambos os processos – cooperação e competição – coexistem e,
até mesmo, sobrepõem-se na maioria das sociedades. O que varia, em função de diferenças culturais, é a intensidade
com que cada um é experimentado.
Sob o ponto de vista psicológico, é relevante considerar que, se a competição tem o mérito inicial de estimular
a atividade dos indivíduos e dos grupos, aumentando-lhes a produtividade, tem o grave inconveniente de
desencorajar os esforços daqueles que se habituaram a fracassar. Vencedor há um só; todos os demais são
perdedores. Outro inconveniente sério, decorrente do estímulo à competição, consiste na forte possibilidade de
desenvolvimento de hostilidades e desavenças no interior do grupo, contribuindo para sua desagregação. A
instabilidade inerente ao processo competitivo faz com que este, com bastante frequência, se transforme em conflito.
Na liderança, a competição tem sempre que ser saudável e estimulante.
Conflito é a exacerbação da competição. Uma definição mais específica afirma que tal processo consiste em
obter recompensas pela eliminação ou enfraquecimento dos competidores. Ou seja, o conflito é uma forma de
competição que pode caminhar para a instalação de violência e, que se vai intensificando, à medida que aumenta a
duração do processo, já que este tem caráter cumulativo – a cada ato hostil surge uma represália cada vez mais
agressiva.
O processo social de conflito inclui aspectos positivos e negativos. Por um lado, o conflito tende a destruir a
unidade social e, da mesma forma, desagregar grupos menores, pelo aumento de ressentimento, pelo desvio dos
objetivos mais elevados do grupo, pela destruição dos canais normais de cooperação, pela intensificação de tensões
internas, podendo chegar à violência. Por outro lado, doses regulares de conflito de posições, podem ter efeito
integrador dentro do grupo, na medida em que obrigam os grupos a se autocriticarem, a reverem posições, a forçarem
a formulação de novas políticas e práticas, e, em consequência, a uma revitalização dos valores autênticos próprios
daquele grupo.
Uma vez instalado e manifesto o conflito no seio de um grupo, seu respectivo líder terá de buscar soluções e
alternativas para manter o controle da situação. Não é fácil ou agradável para os líderes atuar em situações de conflito,
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o que não justifica sua pura e simples negação. É indispensável que o líder seja capaz de diagnosticar as situações de
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conflito, mesmo quando ainda latentes, de modo a buscar estratégias adequadas para gerenciá-las construtivamente.
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Um chefe inseguro dificilmente conseguirá exercer uma liderança democrática, mas tenderá a submeter ao
grupo todas as decisões. Isso poderá fazer com que o chefe acabe sendo conduzido pelo próprio grupo.
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Esse estilo é indicado para assuntos de natureza técnica, onde o líder atribui a assessores a tomada de decisões Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
especializadas, deixando-os agir por si só. Desse modo, ele tem mais tempo para dar atenção a todos os problemas
sem se deter especificamente a uma determinada área. É eficaz quando exercido sobre pessoas altamente
qualificadas e motivadas. O ponto crucial do sucesso deste tipo de liderança é saber delegar atribuições sem perder o
controle da situação e, por essa razão, o líder, também, deverá ser altamente qualificado e motivado. O controle das
atividades dos elementos subordinados é pequeno, competindo ao chefe as tarefas de orientar e motivar o grupo
para atingir as metas estabelecidas.
1.4.4 - Liderança Transformacional
Esse estilo de liderança é especialmente indicado para situações de pressão, crise e mudança, que requerem
elevados níveis de envolvimento e comprometimento dos subordinados, sendo que:
“uma ou mais pessoas engajam-se com outras de tal forma que líderes e seguidores elevam um ao outro a
níveis mais altos de motivação e moral” (BURNS, 1978, apud SMITH; PETERSON, 1994, p. 129)
Quatro aspectos caracterizam a liderança transformacional: 1º) “[...] carisma (influência idealizada) associado
com um grau elevado de poder de referência por parte do líder [...]” (NOBRE, 1998, p. 54), que é capaz de despertar
respeito, confiança e admiração; 2º) inspiração motivadora, que consiste na capacidade de apresentar uma visão,
dando sentido à missão a ser realizada, de instilar orgulho. Inclui também a capacidade de simplificar o entendimento
sobre a importância dos objetivos a serem atingidos e, a “[...] possibilidade de criar símbolos, “slogans” ou imagens
que sintetizam e comunicam metas e ideais, concentrando assim os esforços [...]” (NOBRE, 1998, p. 54); 3º)
estimulação intelectual, consiste “[...] em encorajar os subordinados a questionarem sua forma usual de fazer as
coisas, [...] além de incentivar a criatividade, o auto- desenvolvimento e a autonomia de pensamento” (NOBRE, 1998,
p. 54-55), propiciando a formulação de críticas construtivas, em busca da melhoria contínua; 4º) “consideração
individualizada, implica em considerar as necessidades diferenciadas dos subordinados, dedicando atenção pessoal,
orientando tecnicamente e aconselhando individualmente” (CAVALCANTI et al., 2005) e “[...] oferecendo também
meios efetivos de desenvolvimento e auto-superação.” (NOBRE, 1998, p. 55). Segundo o enfoque da liderança
transformacional, ao encontrarem significado e perspectivas de realização pessoal no trabalho, os subordinados
alcançam os mais elevados níveis de produtividade e criatividade, fazendo desaparecer a dicotomia trabalho e prazer.
(BARRETT, 2000, apud CAVALCANTI et al., 2005).
1.4.5 - Liderança Transacional
Nesse estilo de liderança, o líder trabalha com interesses e necessidades primárias dos seguidores, oferecendo
recompensas de natureza econômica ou psicológica, em troca de esforço para alcançar os resultados organizacionais
desejados (CAVALCANTI et al., 2005).
A liderança transacional envolve os seguintes fatores:
“A recompensa é contingente, buscando-se uma sintonia entre o atendimento das necessidades dos
subordinados e o alcance dos objetivos organizacionais; Esse estilo de liderança caracteriza-se também pela
administração por exceção, que implica num gerenciamento atuante somente no sentido de corrigir erros [...].”
(NOBRE, 1998, p. 55)
Neste estilo de liderança, o líder “[...] observa e procura desvios das regras e padrões, toma medidas corretivas.”
(CAVALCANTI et al., 2005, p. 120).
1.4.6 - Liderança Orientada para Tarefa
A especialização em tarefas é uma das principais responsabilidades do líder, na medida em que possui a
necessária qualificação profissional para o exercício da função. Nesse estilo de liderança, então, o líder focaliza o
desempenho de tarefas e a realização de objetivos, transmitindo orientações específicas, definindo maneiras de
realizar o trabalho, o que espera de cada um e quais são os padrões organizacionais.
1.4.7 - Liderança Orientada para Relacionamento
Nesse estilo de liderança, o foco do líder é a manutenção e fortalecimento das relações pessoais e do próprio
grupo. O líder demonstra sensibilidade às necessidades pessoais dos liderados, concentra-se nas relações
interpessoais, no clima e no moral do grupo. Esse estilo de liderança, que está significativamente associado às medidas
de satisfação dos liderados em relação ao trabalho e ao chefe, pode ser útil em situações de tensão, frustração,
insatisfação e desmotivação do grupo.
Ao proporem diferentes estilos de liderança, os autores condicionam a eficácia do seu emprego a algumas
variáveis, tais como:
relevância da qualidade da tarefa ou decisão;
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importância da aceitação da decisão pelos subordinados para obtenção de seu envolvimento na implantação
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1.6.4 - A Comunicação
“A comunicação é um processo essencial à liderança, que consiste na troca de ordens, informações e ideias, só
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ocorrendo quando a mensagem é recebida e compreendida. [...] É através desse processo que o líder coordena,
supervisiona, avalia, ensina, treina e aconselha seus subordinados.[...] O que é comunicado e a forma como isto é feito
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aumentam ou diminuem o vínculo das relações pessoais, criam o respeito, a confiança mútua e a compreensão. Os laços Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
que se formam, com o passar do tempo, entre o líder e seus liderados, são a base da disciplina e da coesão em uma
organização. O líder deve ser claro e “escolher” cuidadosamente as palavras, de tal forma que signifiquem a mesma coisa
para ele e para seus subordinados.” (BRASIL, 1991, p. 3-4).
dos seus liderados. Independente do tipo de organização que eles chefiem, líderes organizacionais conduzem operações
pela força do exemplo, estimulando os subordinados e supervisionando-os apropriadamente. Sempre que possível, o líder
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organizacional deve mostrar sua presença física junto aos escalões subordinados, seja por intermédio de visitas e mostras,
seja por meio de reuniões funcionais com os comandantes subordinados.
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1.8.3 - Liderança Estratégica
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Líderes estratégicos exercem sua liderança no âmbito dos níveis mais elevados da instituição. Sua influência é ainda
mais indireta e distante do que a dos líderes organizacionais. Desse modo, eles devem desenvolver atributos adicionais de
forma a eliminar ou reduzir esses inconvenientes.
Os líderes estratégicos trabalham para deixar, hoje, a instituição pronta para o amanhã, ou seja, para enfrentar os
desafios do futuro, oscilando entre a consciência das necessidades nacionais correntes e na missão e objetivos de longo
prazo.
Desde que a incerteza quanto às possíveis ameaças não permita uma visualização clara do futuro, a visão dos líderes
estratégicos é especialmente crucial na identificação do que é importante com relação ao pessoal, material, logística e
tecnologia, a fim de subsidiar decisões críticas que irão determinar a estrutura e a capacidade futura da organização.
Dentro da instituição, os líderes estratégicos constroem o suporte para facilitar a busca dos objetivos finais de sua
visão. Isto significa montar um staff que possa assessorá-los convenientemente a conduzir seus subordinados de maneira
segura e flexível. Para obter o suporte necessário, os líderes estratégicos procuram obter o consenso não só no âmbito
interno da organização, como também trabalhando junto a outros órgãos e instituições a que tenham acesso, em questões
como orçamento, estrutura da Força e outras de interesse, bem como estabelecendo contatos com representações de
outros países e Forças em assuntos de interesse mútuo.
A maneira como eles comunicam as suas políticas e diretivas aos militares e civis subordinados e apresentam aquelas
de interesse aos demais cidadãos vai determinar o nível de compreensão alcançado e o possível apoio para as novas ideias.
Para se fazer entender por essas diversas audiências, os líderes estratégicos empregam múltiplas mídias, ajustando a
mensagem ao público alvo, sempre reforçando os temas de real interesse da instituição.
Os líderes estratégicos estão decidindo hoje como transformar a Força para o futuro. Eles devem trabalhar para criar
e desenvolver a próxima geração de líderes estratégicos, montar a estrutura para o futuro e pesquisar os novos sistemas
que contribuirão na obtenção do sucesso.
Para capitanear as mudanças pessoalmente e levar a instituição em direção à realização do seu projeto de futuro,
esses líderes transformam programas conceituais e políticos em iniciativas práticas e concretas. Este processo envolve uma
progressiva alavancagem tecnológica e uma modelagem cultural. Conhecendo a si mesmos e aos demais “atores”
estratégicos, tendo um nítido domínio dos requisitos operacionais, da situação geopolítica e da sociedade, os líderes
estratégicos conduzem adequadamente a Força e contribuem para o desenvolvimento e a segurança da Nação. Tendo em
vista que os conflitos nos dias de hoje podem ser desencadeados muito rapidamente, não permitindo um longo período de
mobilização para a guerra – como se fazia no passado –, o sucesso de um líder estratégico significa deixar a Força pronta
para vencer uma variedade de conflitos no presente e permanecer pronta para enfrentar as incertezas do futuro.
Em resumo, esses líderes preparam a instituição para o futuro por meio de sua liderança. Isto significa influenciar
pessoas – integrantes da própria organização, membros de outros setores do governo, elites políticas – por meio de
propósitos significativos, direções claras e motivação consistente. Significa, também, acompanhar o desenrolar das missões
atuais, sejam quais forem, e buscar aperfeiçoar a instituição – tendo a certeza que o pessoal está adestrado e de que seus
equipamentos e estrutura estão prontos para os futuros desafios.
ANEXO A
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Apresentação pessoal e comportamento coerentes com valores, normas e crenças da instituição, em todas as Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
circunstâncias.
“Não há nada que se exija tanto de um líder quanto dar o exemplo pessoal, ou seja o exemplo do seu
comportamento, pleno de valores inerentes à ética militar, aceitos e respeitados pelo grupo.” (BRASIL, 1996, p. 54)
“A todo momento, o líder é observado por seus subordinadas e deve buscar conquistarlhes a confiança, o
respeito e a admiração.” (BRASIL, 1996).
2 - Integridade Ética
Honestidade, transparência e comprometimento inquebrantável com os valores éticos da instituição, tais
como: honra, lealdade para com seus superiores, pares e subordinados, fidelidade e coragem, dentre outros,
expressos na Rosa das Virtudes (Anexo B).
Dentre os atributos que compõem a integridade ética, pode-se destacar:
8 - Autoconfiança
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Capacidade de pensar e de decidir, autonomamente, e convicção de ter competência para ser bem sucedido
diante de dificuldades, expressa pela segurança, firmeza e otimismo no modo de falar e de agir.
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9 - Autocontrole Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
ANEXO B
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O compromisso de que trata o Art. 176 do Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
Cerimonial Militar das Forças Armadas, aprovado pela Portaria Normativa nº 660/MD/2009, será realizado perante a
Bandeira Nacional desfraldada, com o braço direito estendido horizontalmente à frente do corpo, mão aberta, dedos
unidos, palma para baixo, repetindo, em voz alta e pausada, as seguintes palavras:
“INCORPORANDO-ME À MARINHA DO BRASIL -
- PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE -
- AS ORDENS DAS AUTORIDADES A QUE ESTIVER SUBORDINADO;-
- RESPEITAR OS SUPERIORES HIERÁRQUICOS -
- TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS -
- E COM BONDADE OS SUBORDINADOS -
- E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA -
- CUJA HONRA, INTEGRIDADE E INSTITUIÇÕES -
- DEFENDEREI COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA.”
VALORES DA MARINHA
HONRA
A Honra é o sentimento que induz o indivíduo à prática do Bem, da Justiça e da Moral. É a força que o impele a
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prestigiar sua própria personalidade, como um sentimento de seu patrimônio moral, um misto de brio e valor. Ela Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
exige a posse do perfeito sentimento do que é justo e respeitável, para a elevação da dignidade e da bravura desse
indivíduo, e, assim, afrontar perigos de toda a ordem, na sustentação dos ditames da Verdade e do Direito. É a virtude
por excelência, porque em si contém todas as demais. A Honra está acima da vida e de tudo que existe no mundo. Os
haveres e demais bens que o indivíduo possui são transitórios, enquanto que a Honra a tudo sobrevive; transmite-se
aos filhos, aos netos, ao lar, à profissão escolhida e à terra em que se nasce. A Honra é o patrimônio da alma. Na
profissão, ela consiste, principalmente, na dedicação ao serviço, no cumprimento do dever, na intrepidez e na
disciplina, tudo inspirado pelo patriotismo. Um navio nunca se entrega ao inimigo e sua bandeira jamais se arria em
presença dele. A Honra do Marinheiro o impede!
LEALDADE
A Lealdade é o verdadeiro, espontâneo e incansável devotamento a uma causa, a sincera obediência à autoridade
dos superiores e o respeito aos sentimentos de dignidade alheia. O subordinado leal cumpre as ordens que recebe
sempre com o mesmo ardor, quer esteja perto ou longe de quem as deu, ainda que, por vezes, intimamente não as
compreenda. A Lealdade é mais do que a Obediência, porque esta se refere à vontade expressa pelo superior e aquela,
ao firme propósito de honestamente interpretá-la e fielmente cumpri-la. É o sentimento que leva, pois, o subordinado
a fazer tudo quanto for humanamente possível para bem cumprir uma ordem ou desempenhar uma dada missão. A
Lealdade exige que se manifeste ao superior, disciplinadamente e no interesse do serviço, toda eventual
incompreensão em relação à determinação ou orientação recebida. A franqueza respeitosa, oportuna e justa é uma
autêntica expressão de lealdade. Mantida, porém, a ordem, a mesma lealdade exige que se cumpra rigorosa e
interessadamente o que foi determinado.
INICIATIVA
A Iniciativa é o ânimo pronto para conceber e executar. É uma manifestação de inteligência, imaginação,
atividade, saber e dedicação ao serviço. Um militar cumpre de forma conscienciosa as obrigações, as rotinas de seu
cargo, faz o treinamento regular de seus homens, etc. Um outro faz tudo isto e vê onde um aperfeiçoamento pode
ser introduzido. Não só o concebe, como se interessa por sua adoção. Se é coisa que só dele dependa e a sua ideia
não vai ferir a conveniência da uniformidade dos diversos serviços, nem a harmonia da cooperação, ele a adota, estuda
e a desenvolve. A Iniciativa, em um plano mais elevado, é a faculdade de deliberar acertadamente em circunstâncias
imprevistas ou na ausência dos superiores, agindo sob responsabilidade própria, mas dentro da doutrina, a bem do
serviço. Para assim fazer, é preciso ter capacidade profissional, confiança em si e estar bem orientado.
COOPERAÇÃO
Cooperar é auxiliar eficiente e desinteressadamente; é esforçar-se em benefício de uma causa comum. O militar
deve sempre agir no interesse maior do conjunto dos serviços. É a Cooperação que faz a eficiência da Marinha. Em
todas as atividades, o trabalho deve obedecer a esse espírito de comunhão de esforços, a fim de que a potencialidade
do conjunto, como um todo, seja a mais elevada possível. Assim, superiores e subordinados não devem limitar-se
apenas ao cumprimento das tarefas que lhes tiverem sido cometidas, mas, sim, procurar ajudar-se mutuamente na
execução das mesmas, buscando compreender as necessidades e prioridades da instituição como um todo.
A Cooperação é uma exigência imperiosa para a eficiência da instituição, mas só possui esta qualidade quem não
dá guarida às influências perniciosas do egoísmo, da intriga ou da indiferença, em prol de um sincero e profissional
desprendimento.
ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO
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O Espírito de Sacrifício é a disposição sincera de realmente oferecer, espontaneamente, interesses, comodidades, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
vida, tudo, em prol do cumprimento do dever. O cultivo do Espírito de Sacrifício é praticado vencendo os pequenos
incômodos pessoais, os menores percalços do dia a dia. “Quem não é fiel no pouco, certamente não será no muito”:
somente percebendo o valor das coisas é que se desenvolve o Espírito de Sacrifício e se torna capaz de dar um passo
a mais na formação do caráter marinheiro.
ZELO
O Zelo é atributo que não depende, em alto grau, de preparo profissional, de predicados especiais de inteligência
e de saber. É, por isso mesmo, virtude que deve ser comum a todos os que servem à Marinha. Essa qualidade é
consequência direta do “amor próprio”, do amor à Marinha e à Nação. É o sentimento que leva a não poupar esforços
para o bom desempenho das funções que lhes são atribuídas. É o sentimento que conduz à dedicação ao serviço,
como autêntica expressão do Dever. No Zelo, está implícita a aceitação de que se serve à Nação e não a pessoas.
Ninguém tem o direito de deixar de zelar por suas obrigações, por motivos circunstanciais, alheios ou não à sua
vontade. O Zelo está intimamente ligado à probidade, vista como a capacidade de bem administrar os bens, fundos e
recursos que nos foram confiados. Faz-se presente, assim, no exato cumprimento de orçamentos e planos financeiros
e no atento cuidado com o patrimônio da Marinha.
CORAGEM
A Coragem é a disposição natural que nos permite dominar o medo e enfrentar qualquer perigo. É a força capaz
de fazer com que aquele que ama a vida, e que nela é feliz, saiba arriscá-la e se disponha a morrer por uma causa
nobre. A Coragem é o destemor em combate.
Há também a coragem moral – não menos imprescindível e valiosa, a força psíquica que ampara os homens nas
crises do pensamento e do caráter. É a sustentação das próprias ordens, atitudes e convicções; o saber assumir a
responsabilidade dos seus atos; o afrontamento à perfídia, à inveja e à incompreensão; a manutenção intransigente
do rumo moral, custe o que custar. A coragem tem de andar de mãos dadas com a sabedoria, a prudência, o bom
senso e a calma. O militar corajoso é otimista; confia em si; é eficiente; acredita no valor de seus companheiros.
Comanda seus subordinados, certo de conquistar o êxito.
ORDEM
A Ordem é diligência, porque economiza o tempo, e é previdência, porque o conserva. Como exemplo de
disciplina e método, a ordem orienta o espírito e promove segurança, porque resguarda e alinha em lugar próprio
aquilo que será utilizado no futuro. A sua falta traz o desperdício e a perda do tempo, bem precioso, e que, uma vez
perdido, não há como reaver. A arte de organizar, pôr em ordem, é essencial em um condutor de homens. O
aprendizado da arte de organizar inicia-se individualmente na ordenação do próprio trabalho; organizando o material,
os livros, os uniformes; encontrando o tempo necessário para se ocupar adequadamente dos estudos e das demais
atividades de formação.
FIDELIDADE
Ser fiel é ser honesto, ter têmpera forte para opinar e agir sempre pelo bem, mesmo, e principalmente, quando
não favorecer ou até contrariar as conveniências pessoais. A fidelidade ao serviço impede que o militar cuide de
afazeres e atividades estranhos à Marinha, enquanto estiver ao seu serviço, e negligencie as suas obrigações. Executar
ordens que são agradáveis, ou que partem de pessoas a quem se dedica estima, é um dever fácil de cumprir. Mas,
cumprir ordens difíceis, arriscando a vida, contrariando os próprios interesses e opiniões, por fidelidade ao serviço, é
muito mais digno, porquanto implica sacrifício, que caracteriza a virtude militar.
“FOGO SAGRADO”
O “Fogo Sagrado” é a paixão, a fé, o entusiasmo com que o militar se dedica à sua carreira; é o seu intenso amor
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à Marinha, o seu devotamento pela grandeza da sua profissão; é a larga medida de uma verdadeira vocação e de um Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
sadio patriotismo; é o supremo amor pelo serviço. É essa crença que anima a ponto de, naturalmente, julgar que os
deveres que a lei marca são o mínimo, e que para bem servir cumpre ir além do próprio dever, fazer tudo quanto é
humanamente possível, à custa, embora, de ingente labor. O “Fogo Sagrado” é essa força misteriosa que, dominando
a alma do verdadeiro marinheiro, o conduz sempre ao sacrifício com inexcedível vibração e estóica resignação. O
“Fogo Sagrado” transmite-se, mas para tanto é preciso possuí-lo em grande intensidade e demonstrá-lo mais por
atitudes e ações do que por ordens e palavras. O “Fogo Sagrado” é a alma da Marinha!
TENACIDADE
Aplicação é uma forma de dedicação, de amor ao serviço. É a disposição para estudar tanto o material em si como
também a maneira de utilizá-lo; para estar a par das rotinas, da organização interna de bordo, da ordenança, dos
regulamentos e das leis; para bem conhecer tudo referente aos aspectos essenciais da profissão. Na arte de conduzir
os homens, o campo é mais profundo: faz-se necessária a tenacidade, o poder da vontade. É o saber querer
longamente, sem desfalecimento e sem trégua. É a presença de ânimo perante qualquer obstáculo ou dificuldade, a
vontade constante de tudo superar e bem desempenhar a tarefa ou função, de caráter operativo ou administrativo.
O espírito de tenacidade transmite-se, pois, exatamente, pela continuidade da ação.
DECISÃO
Decidir é tomar resolução, é sentenciar, é orientar a ação. Não há qualidade, no trato geral dos militares para
com seus subordinados, que mais tenda a aumentar o respeito e confiança desses subordinados, do que sua
capacidade de decidir. O irresoluto, o perplexo, jamais poderá conduzir homens ou comandar navios. Uma orientação
insegura é tão nociva quanto a ausência de orientação. Uma decisão vigorosa é a característica dos vencedores.
Evidentemente, para acertar, é necessário meditação, cálculo, considerações cuidadosas e reflexão a respeito das
circunstâncias, a fim de chegar a uma decisão conveniente. Tal “exame de situação” deve preceder à emissão da
ordem. O verdadeiro chefe medita bem antes de chegar a uma decisão. Se sabe dizer sim ou não, com serena energia
e acerto, e mantém-se firme em sua posição, ganha confiança de seus subordinados. A menos que novas
circunstâncias se apresentem, a modificação de uma decisão tomada dá a impressão de que houve precipitação ou
leviandade em formulá-la. O hábito constante de examinar todas as possíveis situações e analisar todos os dados
disponíveis é muito recomendável. Assim procedendo, há sempre certeza de decisões oportunas e adequadas.
ABNEGAÇÃO
A Abnegação é o esquecimento voluntário do que há de egoístico nos desejos e tendências naturais, em proveito
de uma pessoa, causa ou ideia. É a renegação de si mesmo e a disposição de se colocar a serviço dos outros com o
sacrifício dos próprios interesses. O caráter marinheiro é carregado de Abnegação: tem a consciência do “servir”; inclui
a base de todas as virtudes, a humanidade; e possui a simplicidade em todas as suas ações e palavras. A Abnegação,
portanto, fortalece o desenvolvimento de todas as atividades deserviço à Marinha, criando a unidade de ação, pois
ela é passar por cima de qualquer interesse individual.
ESPÍRITO MILITAR
Espírito Militar é a qualidade que impele o militar de cumprir com natural interesse, dentro da ética, os deveres
e obrigações do serviço, com disciplina e lealdade, sempre animado pelo desejo de ver brilhar o seu navio, a sua classe
e aumentar a eficiência e o prestígio da Marinha. O militar demonstra estar possuído de Espírito Militar em suas
maneiras de agir e de se expressar; no apuro de seus uniformes; na saudação a seus superiores; na discrição com que
se manifesta; na seriedade que imprime ao seu serviço, como expressão da dignidade da sua função e da eficiência
dos seus encargos. O militar dotado de Espírito Militar cria em torno de si um ambiente de compostura, seriedade e
confiança, qualidades essenciais a quem comanda e tem sob sua direta responsabilidade a guarda e a defesa de
preciosos valores morais e materiais da Nação.
DISCIPLINA
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A força de coesão de qualquer coletividade humana é a Disciplina. É indispensável não só a um Organismo Militar,
mas a qualquer outro que pretenda reunir indivíduos em uma unidade sólida e eficaz. A Disciplina tem um único
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inimigo verdadeiro, que é o egoísmo, tão mais obstinado quanto mais inconsciente de si mesmo. O amor próprio Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!
ilimitado separa o homem de seus mais nobres pensamentos, tornando-o um ser isolado, que nada aceita fora do seu
eu. Despido de todo o sentimento de solidariedade, não pode conceber a Disciplina a não ser como forma de
escravidão. A Disciplina não visa a tolher a personalidade, mas sim a regular e coordenar esforços. Ela somente torna-
se fecunda quando há condições de ser alegre e ativa. Um simples conformismo ou o receio das censuras ou sanções
não trazem a Disciplina. O que a faz presente e aceita é um forte sentimento de interesse comum e, principalmente,
a correta percepção de um dever comum. Assim entendida, não haverá o risco de ela coibir ou enfraquecer as
iniciativas, pois não será imposta, mais sim adquirida. A Disciplina Militar manifesta-se basicamente: pela obediência
pronta às ordens do superior; pela utilização total das energias em prol do serviço; e pela correção de atitudes e
cooperação espontânea em benefício da disciplina coletiva e da eficiência da instituição. Na Marinha, a Disciplina é
inseparável da hierarquia e traduz-se no perfeito cumprimento do dever por cada um de seus componentes.
PATRIOTISMO
O Patriotismo é o sentimento irresistível que prende os indivíduos à terra em que nasceram.
É a trama de afetos que, através das gerações, vai sendo tecido em suas almas ao redor do solo querido.
Externamente, é a emoção que os indivíduos sentem ao ouvir os acordes do Hino Nacional e ao ver desfraldada a
Bandeira de sua Pátria. Em essência, é a crença na defesa dos ideais de Nacionalidade. Expressão de carinho que os
liga à terra que serviu de berço, o Patriotismo é a força de coesão poderosa que os torna solidários em um interesse
comum, ensinando-os a bem querer, servir, honrar e defender a Pátria.