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Sargentos 2019
CF-SG FN 2023
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Apresentação
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O presente trabalho é mais uma realização do Curso
ADSUMUS que tem por finalidade levar aos candidatos do ao
Curso de Habilitação a Sargento Fuzileiro Naval/2019/2023, um
material compacto e completo, contendo todo o conteúdo
bibliográfico estabelecido pela Portaria nº 1077/2018, do
CpesFN para o referido processo seletivo.
Alertamos aos nosso alunos que a prova de 2019 conterá um
total de 50 questões, abrangendo todo o conteúdo sugerido,
portanto o candidato não deve se ater em um ou outro item do
programa.
Pelo exposto, consideramos de fundamental importância que
candidato estude com afinco a presente Apostila e participe
ativamente dos simulados que além de oferecer uma grande
quantidade de questões, estará, também, preparando o
candidato psicologicamente para o momento mais importante: a
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prova.
LEMBREM-SE:
"AQUELES QUE ALIMENTAM MUITOS DESEJOS SÃO,
GERALMENTE, DOTADOS DE POUCA FORÇA DE VONTADE.
AQUELES QUE TÊM FORÇA DE VONTADE NÃO SÃO DISPERSIVOS.
PARA CONCENTRAR OS ESFORÇOS NUM DETERMINADO
OBJETIVO FAZ-SE NECESSÁRIO RENUNCIAR A MUITAS OUTRAS
COISAS."
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C-Esp-HabSG/2023
1. LEGISLAÇÃO
a) Cerimonial da Marinha (Referência “j”)
I) Considerações Gerais (Título I: Cap. 1 ao Cap. 3); IV) Datas Festivas (Título VII: Cap. 1 e Cap. 2); e
II) Bandeiras (Título II: Cap. 1 ao Cap. 4); V) Honras fúnebres (Título IX: Cap. 1 ao Cap. 3).
III) Honras aos Oficiais de Marinha (Título V: Cap. 1);
b) Estatuto dos Militares (Referência “s”)
I) Disposições Preliminares (Título I: Cap. I); V) Dos Deveres Militares (Título II: Cap. II);
II) Da Hierarquia Militar e da Disciplina (Título I: Cap. III); VI) Da Violação das Obrigações e dos Deveres Militares (Título II: Cap. III);
III) Do Cargo e da Função Militares (Título I: Cap. IV); VII) Dos Direitos (Título III: Cap. I); e
IV) Das Obrigações Militares (Título II: Cap. I); VIII) Das Prerrogativas (Título III: Cap. II).
c) Regulamento Disciplinar para a Marinha (Referência “l”)
I) Generalidades (Título I: Cap. I ao Cap. III); IV) Da Parte, Prisão Imediata e Recursos (Título IV: Cap. I ao Cap. II); e
II) Das Contravenções Disciplinares (Título II: Cap. I ao Cap. II); V) Disposições Gerais (Título V).
III) Das Penas Disciplinares (Título III: Cap. I ao Cap. VII);
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XI) Regras de Comportamento (Inciso 6.3); XIV) Outras Normas (Inciso 6.3.3); e
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XII) Em Relação aos Combatentes Inimigos (Inciso 6.3.1); XV) Sinais Convencionais (Art. 6.4).
XIII) Com Relação aos Civis (Inciso 6.3.2);
f) Organização (Cap. 8)
I) Organização do Comando da Marinha (Art. 8.3); V) Divisão Anfíbia (Art. 8.7);
II) Comando de Operações Navais (Art. 8.4); VI) Tropa de Reforço (Art. 8.8);
III) Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (Art. 8.5); VII) Fuzileiros Navais nos Distritos Navais (Art. 8.9); e
IV) Força de Fuzileiros da Esquadra (Art. 8.6); VIII) OM de Instrução e Adestramento do CFN (Art. 8.11).
VII) Circulação com Controle da Hemorragia (Inciso 15.2.3); XIX) Picadas de Aranhas e Escorpiões (Inciso 15.5.5);
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XXIII) Metralhadora 5,56mm, MINIMI (Art. 17.6); XXXIII) Espingarda 18,6mm (CAL 12) MOSSBERG (Art. 17.11);
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XXIV) Características (Inciso 17.6.1); XXXIV)Características (Inciso 17.11.1);
XXV) Metralhadora 7,62mm, Mod B 60-20, MAG (Art. XXXV) Lança-Granada 40mm M203 (Art. 17.12);
17.7); XXXVI)Características (Inciso 17.12.1);
XXVI) Características (Inciso 17.7.1); XXXVII)AT-4 (Art. 17.13);
XXVII) Pistola 9mm PT92-BERETTA (Art. 17.8); XXXVIII)Características (Inciso 17.13.1);
XXVIII) Características (Inciso 17.8.1); XXXIX)Generalidades Sobre as Armas Pesadas (Art.17.16);
XXIX) Submetralhadora 9mm TAURUS (Art. 17.9); XL) Generalidades (Inciso 17.16.1);
XXX) Características (Inciso 17.9.1); XLI) Características dos Morteiros, Canhões e Obuseiros
XXXI) Metralhadora 12,7mm (.50) HB M2 QCB BROWNING (Inciso 17.16.2); e
(Art.17.10); XLII) Classificação do Armamento Pesado (Inciso 17.16.3).
XXXII) Características (Inciso 17.10.1);
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c) Operações Terrestres (Cap. 5)
I) Generalidades (Art. 5.1); X) Operações Defensivas (Art. 5.5);
II) Operações Ofensivas (Art. 5.2); XI) Classificação das Operações Defensivas (Inciso 5.5.1);
III) Fases da Ofensiva (Inciso 5.2.1); XII) Fundamentos da Defensiva (Inciso 5.5.2);
IV) Tipos de Operações Ofensivas (Inciso 5.2.2); XIII) Organização de uma Área de Defesa (Inciso 5.5.3);
V) Formas de Manobra Táticas Ofensivas (Inciso 5.2.3); XIV) Formas de Manobra Tática Defensiva (Inciso 5.5.4);
VI) Operações Ofensivas em Condições Especiais (Art. 5.4); XV) Outras Operações (Art. 5.6); XVI) Operação de Junção (Inciso 5.6.1);
VII) Ataque a uma Área Edificada (Inciso 5.4.1); XVII) Operações de Substituição (Inciso 5.6.2);
VIII) Ataque a uma Área Fortificada (Inciso 5.4.2); XVIII) Segurança da Área de Retaguarda (SEGAR) (Inciso 5.6.3); e
IX) Transposição de Cursos de Água (Inciso 5.4.3); XIX) Despistamento (Inciso 5.6.4);
f) Patrulhas (Cap. 8)
I) Generalidades (Art. 8.1); XVII) Medidas de Controle da Patrulha (Inciso 8.5.5);
II) Definição (Inciso 8.1.1); XVIII) Navegação (Inciso 8.5.6);
III) Classificação das Patrulhas (Inciso 8.1.2); XIX) Segurança (Inciso 8.5.7);
IV) Organização (Art. 8.2); XX) Regiões Perigosas (Inciso 8.5.8);
V) Funções Individuais em uma Patrulha (Art. 8.3); XXI) Ações Imediatas em Contato com o Inimigo (Inciso 8.5.9);
VI) Funções Básicas (Inciso 8.3.1); XXII) Patrulhas de Reconhecimento (Art. 8.6);
VII) Outras Funções (Inciso 8.3.2); XXIII) Generalidades (Inciso 8.6.1);
VIII) Tarefas e Responsabilidades Comuns a todos os XXIV) Patrulhas de Combate (Art. 8.7);
Componentes da Patrulha (Inciso 8.3.3); XXV) Generalidades (Inciso 8.7.1);
IX) Preparativos (Art. 8.4); XXVI) Informações e Relatórios (Art. 8.8);
X) Recebimento da Missão (Inciso 8.4.1); XXVII) Generalidades (Inciso 8.8.1);
XI) Normas de Comando (Inciso 8.4.2); XXVIII) Seleção dos Meios de Transmissão dos
XII) Execução da Patrulha (Art. 8.5); Conhecimentos (Inciso 8.8.2);
XIII) Formações da Patrulha (Inciso 8.5.1); XXIX) Documentos Capturados (Inciso 8.8.3);
XIV) Técnicas de Movimento (Inciso 8.5.2); XXX) Relatório da Patrulha (Inciso 8.8.4); e
XV) Medidas de Controle de Movimento (Inciso 8.5.3); XXXI) Crítica (Art. 8.9).
XVI) Saída das Linhas Amigas (Inciso 8.5.4);
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g) Marchas e Estacionamentos (Cap. 9)
I) Generalidades (Art. 9.1); IX) Recomendações Gerais (Inciso 9.2.10);
II) Marchas a pé (Art. 9.2); X) Marcha Autorizada (Art. 9.3);
III) Tipos de Marchas a pé (Inciso 9.2.1); XI) Organização da Coluna Motorizada (Inciso 9.3.1);
IV Velocidade de Marcha (Inciso 9.2.3); XII) Formação na Coluna Motorizada (Inciso 9.3.4);
V) Altos nas Marchas a pé (Inciso 9.2.6); XIII) Altos nas Marchas Motorizados (Inciso 9.3.5);
VI) Duração das Marchas (Inciso 9.2.7); XIV) Estacionamentos (Art. 9.4);
VII) Disciplina de Marcha (Inciso 9.2.8); XV) Tipos de Estacionamento (Inciso 9.4.1); e
VIII) O pé e sua proteção (Inciso 9.2.9); XVI) Procedimento em um Estacionamento (Inciso 9.4.2).
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I) Fases do Ataque (Item 0701); IV) Fases da Continuação (Item 0704);
II) Fases da Preparação (Item 0702); V) Reserva (Item 0705); e
III) Fases da Execução (Item 0703); VI) Medidas de Coordenação e Controle (Item 0706);
IV) Conjugado Anfíbio (Art. 2.4); IX) Atividades de ApSvCmb ( Inciso 2.14.3);
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c) Outras Considerações (Cap. 8)
I) Ensinamentos Adquiridos (Art. 8.1); e III) Orientações para o Emprego das REC ( Inciso 8.2.1).
II) Regras de Comportamento e Engajamento (Art. 8.2); e
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a) Elementos conceituais de Liderança (Cap. 1)
I) Chefia e Liderança (Art. 1.2); XIII) Liderança orientada para relacionamento ( Inciso 1.4.7);
II) Aspectos fundamentais da Liderança (Art. 1.3); XIV) Seleção de estilos de liderança ( Art. 1.5);
III) Aspectos filosóficos ( Inciso 1.3.1); XV) Fatores de liderança ( Art. 1.6);
IV) Aspectos psicológicos (Inciso 1.3.2); XVI) O líder ( Inciso 1.6.1);
V) Aspectos sociológicos (Inciso 1.3.3); XVII) Os liderados ( Inciso 1.6.2);
VI) Estilos de liderança (Art. 1.4); XVIII) A situação (Inciso 1.6.3);
VII) Liderança autocrática ( Inciso 1.4.1); XIX) A comunicação (Inciso 1.6.4);
VIII) Liderança participativa ou democrática ( Inciso 1.4.2); XX) Atributos de um líder ( Art. 1.7);
IX) Liderança delegativa (Inciso 1.4.3); XXI) Níveis de liderança ( Art. 1.8);
X) Liderança transformacional ( Inciso 1.4.4); XXII) Liderança direta ( Inciso 1.8.1);
XI) Liderança transacional (Inciso 1.4.5); XXIII) Liderança Organizacional ( Inciso 1.8.2);
XII) Liderança orientada para tarefa ( Inciso 1.4.6); XXIV) Liderança estratégica ( ( Inciso 1.8.3);
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a) BRASIL Marinha do Brasil. Comando-Geral do Corpo de m) _______. Presidência da República. Constituição da
Fuzileiros Navais. CGCFN-0-1. Manual de Fundamentos República Federativa do Brasil de 1988. Título V. Brasília,
de Fuzileiros Navais. 1.rev. Rio de Janeiro, 2013. 1988. Última alteração: 2017.
b) _______. CGCFN-1-8. Manual de Operações de Paz dos n)_______. Decreto nº 3.897, de 24 de agosto de 2001. Fixa
Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais. 1.rev. Rio de as diretrizes para o emprego das Forças Armadas na
Janeiro, 2009. Garantia da Lei e da Ordem e dá outras Providências.
Brasília, 2001
c) _______. CGCFN-1-11. Manual de Operações de
Evacuação de Não-Combatentes dos Grupamentos de o) _______. Decreto nº 6.806, de 25 de março de 2009.
Fuzileiros Navais. 1.ed. Rio de Janeiro, 2008. Delega competência ao Ministo de Estado de Defesa para
aprovar o Regulamento de Continências, Honras e Sinais de
d) _______. CGCFN-31.1. Manual de Operações Militares Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas. Brasília,
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f) _______. CGCFN-1004. Manual do Combatente Anfíbio. q) _______. Lei Complementar nº 117 de 2 de setembro de
1.ed. Rio de Janeiro, 2008. 2004. Altera a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de
1999, que dispõe sobre as normas gerais para a
g) _______. CGCFN-31.3. Manual de Controle de Distúrbios. organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas,
1.Rev. Rio de Janeiro, 2014. para estabelecer novas atribuições subsidiárias. Brasília,
2010
h) _______. CGCFN-3101.1. Manual do Pelotão de
Fuzileiros Navais. 1.ed. Rio de Janeiro, 2008. r) _______. Lei Complementar nº 136 de 25 de agosto de
2010. Altera a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de
i)_______.EMA-137. Doutrina de Liderança da Marinha. 1999, que dispõe sobre as normas gerais para a
1.rev. Brasília 2013. organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas,
para Criar o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e
j) _______. Portaria n° 368/MB, de 30 de novembro de disciplinar as atribuições do Ministro de Estado da Defesa.
2016, do GCM. Aprova o Cerimonial da Marinha. Ed. Brasília, 2010.
Revisada. Rio de Janeiro, 2009.
s) _______. Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980. Dispõe
k) _______. Secretria-Geral da Marinha. Diretoria do sobre o Estatuto dos Militares. Última alteração:2012.
Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha.
Ordenança Geral para o Serviço da Armada. Edição
Revisada. Rio de Janeiro, 2009.
Rio de Janeiro, RJ, em 10 de dezembro de 2018.
l) _______. Regulamento Disciplina para a Marinha. Edição
Revisada. Rio de Janeiro, 2009.
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1 - LEGISLAÇÃO
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CERIMONIAL DA MARINHA
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TÍTULO I - CONSIDERAÇÕES GERAIS
CAPÍTULO 1 - PROPÓSITO E CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Art. 1-1-1 Propósito - Estabelecer os procedimentos relativos ao cerimonial naval, a serem observados pela Marinha do
Brasil (MB).
Art. 1-1-2 Responsabilidade pelo cumprimento - É dever de todo o militar da Marinha que estiver investido de
autoridade fazer cumprir este Cerimonial e exercer fiscalização quanto ao modo pelo qual seus subordinados o cumprem.
Art. 1-1-3 Não observância do Cerimonial - As prescrições deste Cerimonial somente podem ser modificadas nas
seguintes circunstâncias:
I - quando o Ministro da Defesa, o Comandante da Marinha (CM) ou o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA),
assim o determinar;
II - quando aquele a quem forem devidas honras dispensá-las em atendimento às conveniências do serviço; e
III - quando, no estrangeiro, o Comandante de Força ou de navio determinar sua alteração, de acordo com os
costumes locais, e desde que não haja grave prejuízo ao serviço.
Art. 1-1-4 Cadeia de comando - Cadeia de comando é a sucessão de comandos vinculados a um comando superior, por
subordinação militar, em ordem imediata e direta.
Art. 1-1-5 Almirante - Neste Cerimonial, a denominação Almirante refere-se ao círculo de oficiais-generais em tempo de
paz, compreendendo os postos de Almirante-de-Esquadra, Vice-Almirante e Contra-Almirante, a menos que
especificamente aplicado ao posto de Almirante.
Art. 1-1-6 Comandante - Neste Cerimonial, a denominação Comandante significa o oficial de Marinha investido no cargo
de comando.
Art. 1-1-7 Não são prestadas honras - Não são prestadas honras pela Organização Militar (OM) ou por militar, nas
seguintes circunstâncias:
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Art. 1-1-9 Toques de corneta - Os toques de corneta são os previstos no “Manual de Toques, Marchas e Hinos das
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Forças Armadas”.
Art. 1-1-10 Ausência de corneteiro ou bandas - Nas OM em que não existir ou não estiver disponível corneteiro ou
banda, são cancelados os toques, exórdios e hinos previstos ao longo deste Cerimonial, para serem por eles
executados, mantidos os toques de apito.
Art. 1-1-11 Justificativa por honras não prestadas - Quando, por qualquer circunstância, deixarem de ser prestadas
a qualquer autoridade honras a que tenha direito, deve ser-lhe apresentada, antecipadamente ou sem demora
após o evento, a devida justificativa.
Art. 1-1-12 Amarra - Neste Cerimonial, denomina-se amarra à unidade de distância cujo valor é de duzentas jardas.
Art. 1-1-13 Horário - O horário citado neste Cerimonial refere-se à hora local.
Art. 1-1-14 Correspondência oficial - A correspondência oficial da MB emprega a terminologia usada neste
Cerimonial.
Art. 1-1-15 Aplicação às unidades aéreas de fuzileiros navais e Forças - As disposições deste Cerimonial referentes
às OM de terra aplicam-se às unidades aéreas e de fuzileiros navais, aos respectivos Comandos de Força e às
instalações terrestres da Esquadra e Forças Navais, exceto quando determinado em contrário.
Art. 1-1-16 Navios-museu - As disposições deste Cerimonial aplicam-se aos navios-museu, no que for praticável e
quando as circunstâncias o indicarem, como se estes fossem navios incorporados à Armada.
Art. 1-1-17 Comandante da Marinha - As honras e o pavilhão previstos para o CM são estabelecidos em decorrência
de exercer o comando, a direção e a gestão da Marinha.
Art. 1-1-18 Honras de posto acima - É privativo do Presidente da República conceder, em casos excepcionais, como
reconhecimento a relevantes serviços prestados à Marinha e ao País, honras de posto acima, a militares da reserva
ou reformados.
Art. 1-1-19 Guarda de Honra - Guarda de Honra é a tropa armada postada para prestar homenagem às autoridades
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militares e civis que a ela tenham direito. Para as Guardas de Honra serão cumpridas as disposições do Regulamento
de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial das Forças Armadas.
Art. 1-2-7 Dispensa de continência individual - A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado,
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quando uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, à tropa formada e às autoridades, não podendo
por estas ser dispensada, salvo quando um ou outro encontrar-se:
I - em faina ou serviço que não possa ser interrompido;
II - em postos de combate;
III - praticando esportes;
IV - sentado, à mesa de rancho; e
V - remando ou dirigindo viatura.
Art. 1-2-8 Quando a continência individual não é executada - A continência individual não é executada pelo militar
que estiver:
I - de sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe impossibilite o movimento da mão direita;
II - fazendo parte de tropa armada;
III - em postos de continência ou de Parada;
IV - impossibilitado de movimentar a mão direita; e
V - integrando formatura comandada, exceto se:
a) em honra à Bandeira Nacional;
b) em honra ao Hino Nacional, quando este não for cantado; e
c) quando determinado por quem o comandar.
A continência PODE SER DISPENSADA quando um ou A continência NÃO PODE SER EXECUTADA pelo militar
outros militares estiverem: que estiver:
I – Em faina ou serviço que não possa ser interrompido; I – De sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe
impossibilite o movimento da mão direita;
II – Em postos de combate; II – Fazendo parte da tropa armada;
III – Praticando esportes; III – Em postos de continência ou de parada;
IV – Sentado à mesa de rancho; e IV – Impossibilitado de movimentar a mão direita; e
V – Remando ou dirigindo viatura; V – Integrando formatura comandada.
Exceto se:
a) Em honra à Bandeira Nacional;
b) Em honra ao Hino Nacional, quando este não for
cantado; e
c) Quando determinado por quem o comandar.
Art. 1-2-9 Continência por oficiais - Os oficiais, mesmo armados ou em formatura, fazem a continência individual
durante as honras de portaló ou em outras circunstâncias em que a continência com a espada não for regulamentar.
Art. 1-2-10 Posição “firme” - Nos navios, em face das condições do mar, a posição de sentido pode ser substituída
por uma posição “firme”, que indique respeito.
Art. 1-2-11 Caminhando em corredores e escadas - Em corredores estreitos ou escadas, em que não seja possível
militares caminharem lado a lado, a dianteira do grupo é tomada pelo mais antigo, salvo no caso de visitas, quando
o anfitrião segue à frente.
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Art. 1-3-1 Honras de portaló - São denominadas honras de portaló a continência da guarda, “boys” e toques de
corneta e apito, devidas na recepção ou despedida à autoridade.
Art. 1-3-2 Local das honras - As honras de portaló são prestadas junto à escada do portaló ou prancha do navio ou
no local para tal designado nas OM de terra.
Art. 1-3-3 Portaló de honra - Nos navios, é considerado portaló de honra o portaló de boreste que for destinado
ao uso dos oficiais.
Art. 1-3-4 Prancha - Considera-se extremidade superior da prancha a que fica apoiada no navio.
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Art. 1-3-5 Procedimentos para as honras de portaló na recepção - As honras de portaló, na recepção, obedecem
aos seguintes procedimentos:
I - ao chegar a autoridade próximo ao patim inferior da escada de portaló, extremidade inferior da prancha ou
local designado para recepção nas OM de terra, o oficial a quem caiba receber proclama, a viva voz, o vocativo a
que tem direito a autoridade e comanda “Toque de presença”, sendo então executado, por corneta e apito, o toque
de presença; e
II - quando a autoridade atingir o patim superior da escada do portaló, a extremidade superior da prancha, ou o
local da recepção em OM de terra, a autoridade que recebe comanda “Abre o toque”, sendo então iniciados, por
apito e corneta, os toques correspondentes, ocasião em que os oficiais presentes prestam a continência individual
e a guarda, as seguintes continências:
a) apresenta armas para Almirantes ou autoridades de mesma ou maior precedência;
b) faz “Ombro arma” para oficiais superiores ou autoridades de mesma precedência; e
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continência da guarda.
Art. 1-3-6 Procedimentos para as honras de portaló na despedida - As honras de portaló, na despedida, obedecem
aos seguintes procedimentos:
I - atingindo a autoridade o patim superior da escada do portaló, extremidade superior da prancha, ou local de
despedida nas OM de terra, o oficial a quem caiba despedir proclama, a viva voz, o vocativo a que tem direito a
autoridade e comanda “Abre o toque”, sendo então executado por corneta e apito o toque de presença e iniciados,
independentemente de outro comando, os toques correspondentes; nesta ocasião, os oficiais presentes prestam
a continência individual e a guarda, as continências devidas; e
II - terminados os toques e continências, o oficial a quem caiba despedir dirige-se para o patim superior do
portaló, ali permanecendo até a autoridade afastar-se.
Art. 1-3-7 Honras entre o toque de silêncio e o hasteamento da Bandeira Nacional - As autoridades de qualquer
precedência, que entrarem ou saírem de OM da MB no período entre o toque de silêncio e o hasteamento da
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Bandeira Nacional no dia seguinte, são recebidas ou despedidas pelo oficial de serviço ou por quem o estiver
substituindo, conforme dispuser a organização da OM.
Art. 1-3-8 Chegada ou saída de bordo por meios aéreos - As honras às autoridades que entrarem ou saírem de
bordo por meios aéreos sofrem as seguintes modificações:
I - em OM de terra ou navio-aeródromo, um oficial designado acompanha a autoridade entre a aeronave e o
local onde são prestadas as honras; e
II - nos demais navios, as honras são prestadas de forma e em local que não afetem a segurança de aviação,
podendo a autoridade anfitriã, dependendo da situação, dispensar das honras a salva, a guarda e a banda,
mantendo sempre os “boys” e o toque de apito.
Art. 1-3-9 A quem cabe prestar - Cabe ao Titular da OM, ou quem lhe seguir em antiguidade na cadeia de comando,
se houver impedimento para sua presença, prestar as honras de portaló às autoridades de maior ou igual posto.
Art. 1-3-10 Ausência de quem de direito - Quando, por circunstâncias inevitáveis, a autoridade não for recebida
por quem de direito, quem dirigir as honras de portaló apresenta escusas pelo sucedido e a acompanha à presença
do Comandante ou Imediato da OM.
Art. 1-3-11 Ausência da autoridade visitada - Dirigindo-se para bordo autoridade visitante de maior ou igual posto
do que a autoridade visitada, e esta encontrar-se ausente, o oficial de serviço desce até o patim inferior da escada
de portaló ou extremidade inferior da prancha, a fim de participar ao visitante a referida ausência; mantida a
intenção da visita, a autoridade visitante aguarda que o oficial de serviço suba a prancha e retome seu lugar nas
honras de portaló.
Art. 1-3-12 Honras no capitânia - Nos navios capitânias:
I - no curso ordinário do serviço, os cerimoniais de recepção e despedida relativos à Força são conduzidos por
oficiais do Estado-Maior para tal designados; e
II - ao Capitão-de-Bandeira não cabe prestar honras às autoridades em visita à Força.
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Art. 1-3-13 Execução dos toques de apito - Cabe ao Mestre do navio a execução dos toques de apito referentes às
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honras de portaló devidas ao Comandante do navio ou autoridade superior, e ao Contramestre de Serviço nos
demais casos.
Art. 1-3-14 Posição do oficial de serviço - Nas honras de portaló, o oficial de serviço ocupa uma das seguintes
posições:
I - na presença do Comandante, Diretor ou oficial a quem caiba prestar as honras:
a) à sua direita, afastado de um passo, quando o portaló for à boreste, ou nas OM de terra, e à mesma distância,
porém à esquerda, se o portaló for a bombordo; e
b) as presentes disposições referem-se aos portalós cujas escadas sejam voltadas para ré; se voltadas para
vante, as posições são invertidas; e
II - quando couber a si prestar as honras, fica voltado para o portaló tendo os “boys” e o contramestre formados
entre a sua posição e o portaló.
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TÍTULO II – BANDEIRAS
CAPÍTULO 1 – GENERALIDADES
Art. 2-1-1 Hastear a bandeira - Hastear a bandeira significa içá-la e mantê-la desfraldada no tope do mastro, no
tope do pau da bandeira ou no penol da carangueja.
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Art. 2-1-2 Hastear a meia adriça - Hastear a bandeira à meia adriça significa içá-la completamente e, só então,
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trazê-la a uma posição que corresponda aproximadamente à metade da altura do penol da carangueja, do mastro
ou do pau da bandeira.
Art. 2-1-3 Mastro principal - É considerado mastro principal, quando houver mais de um:
I - o mastro de ré, ou o mastro de maior guinda, conforme a classe do navio; e
II - aquele em que é hasteada a Bandeira Nacional, nas OM de terra.
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Art. 2-1-4 - Colocação de bandeiras - Para fim de colocação de bandeiras, considera-se lado direito:
I - nos mastros dotados de penol de carangueja - aquele que seria o bordo de boreste, se o mastro estivesse em
um navio; e
II - nos demais mastros - aquele que está à direita de um observador posicionado ao pé do mastro de costas
para a formatura ou plateia.
Art. 2-1-5 Localização dos signos - A fim de identificar a localização de seus signos, as bandeiras são imaginadas
divididas por dois segmentos de retas perpendiculares entre si, resultando quadriláteros ou triângulos superiores
e inferiores, direitos e esquerdos, com a tralha indicando o lado esquerdo das bandeiras.
Art. 2-1-6 Pano de bandeira - Denomina-se pano à unidade com que se mede o tamanho de uma bandeira, tendo
a bandeira de um pano 0,45 X 0,60m, a de dois panos 0,90 X 1,20m e assim sucessivamente.
Art. 2-1-7 Alcance visual - Alcance visual de bandeiras é a distância máxima em que as bandeiras podem ser
distinguidas.
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II - cinco minutos antes de encerrar-se o expediente, sem cerimonial, nas demais OM.
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Art. 2-2-3 Local de hasteamento - Salvo quando este Cerimonial dispuser em contrário, o local de hasteamento é:
I - o pau da bandeira, disposto à popa, nos navios no dique, fundeados, atracados ou amarrados;
II - o mastro de combate ou o penol da carangueja do mastro principal, nos navios em movimento; e
III - o mastro da fachada principal do edifício ou penol da carangueja do mastro para esse fim destinado, nas OM
de terra.
Art. 2-2-4 Cerimonial à Bandeira - O Cerimonial à Bandeira consiste dos seguintes procedimentos:
I - às 07:55h, por ocasião do hasteamento, ou cinco minutos antes do pôr do Sol, no arriamento, é içado o
galhardete “Prep” na adriça de bombordo ou da esquerda e anunciado, por voz, o “Sinal para Bandeira”, sendo
então dado por corneta o toque de Bandeira;
II - ao sinal, formam nas proximidades do mastro, com a frente voltada para a Bandeira, a guarda e, quando
determinado, as bandas de música e marcial e a tripulação, obedecendo, sempre que possível, à seguinte
disposição, a partir do mastro:
a) em OM de terra, uma praça guarnecendo a adriça do “Prep”; b) uma praça, sem chapéu, guarnecendo a
adriça da Bandeira Nacional;
c) a guarda, tendo à sua frente, se no arriamento, três sargentos;
d) o oficial de serviço, ou o militar designado para conduzir o cerimonial, acompanhado do corneteiro e
contramestre;
e) à retaguarda do oficial de serviço, ou, se não houver espaço suficiente, ao seu lado direito ou esquerdo, este
preferencialmente, a banda de música e, em seguida, a banda marcial; e
f) a tripulação agrupada ou fragmentada, conforme as normas internas da OM, ocupando posição destacada
a oficialidade, formada por antiguidade, tendo à frente de todos aquele que preside a cerimônia;
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III - decorridos três minutos do sinal para a Bandeira, é tocado por corneta o “Primeiro Sinal”, ocasião em que
todo o dispositivo já deve estar formado, na posição de descansar, todos com a frente voltada para a Bandeira;
IV - um minuto após, é tocado por corneta o “Segundo Sinal”, quando então o oficial de serviço comanda sentido
ao dispositivo, e solicita, da autoridade que preside a cerimônia, permissão para prosseguir com o cerimonial;
V - às 08:00h, ou quando do pôr do Sol, o galhardete “Prep” é arriado e anunciado, por voz, “Arriou”, sendo
então tocado, por corneta, o “Terceiro Sinal”;
VI - imediatamente, o oficial de serviço comanda “Em continência”, ocasião em que o corneteiro toca apresentar
armas, e em seguida, “Iça” ou “Arria”, seguindo-se, só então, o ponto do toque de “Apresentar arma”;
VII - nessa ocasião, simultaneamente:
a) é iniciado o hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional;
b) todos os presentes prestam a continência individual; e
c) é iniciado o toque de apito pelo contramestre e a execução do Hino Nacional ou marcha batida e, na ausência
de banda de música ou marcial, os correspondentes toques de corneta;
VIII - o movimento de hasteamento ou arriamento da Bandeira é contínuo e regulado de modo que o seu
término coincida com o término do Hino ou toque;
IX - também prestam continência aqueles que se encontrarem em recintos ou conveses abertos e no passadiço;
os que estiverem cobertas abaixo ou em recintos fechados, e que ouvirem os toques, assumem a posição de
sentido, exceto aqueles que estiverem no rancho, que continuam, normalmente e em silêncio, fazendo suas
refeições;
X - a critério da autoridade que preside o cerimonial, o Hino Nacional pode ou não ser cantado; se cantado, o é
por todos e, nesse caso, não é feita a continência individual;
XI - ao final do Hino, ou dos toques de corneta e apito, a continência é desfeita e, se houver guarda armada, o
oficial de serviço ordena ao corneteiro tocar “Ombro arma”;
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XII - terminado o arriamento, os três sargentos, sem se descobrirem, dobram a Bandeira, cuidando para que ela
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não toque o piso; cabe ao mais antigo desenvergá-la daadriça, ao sargento da esquerda da formatura segurar o lais
da Bandeira e ao da direita, o lado da tralha; ao final, os sargentos voltam à formatura, o mais antigo comanda meia
volta e dá o pronto ao oficial de serviço por meio de continência;
os militares que guarneciam o galhardete “Prep” e a Bandeira, já com chapéu, acompanham os movimentos;
XIII - terminado o hasteamento, aquele que içou coloca seu chapéu e volta-se para o oficial de serviço junto com
o praça que guarneceu o galhardete “Prep”, dando o pronto da faina por meio de continência;
XIV - o oficial de serviço, então, dá o pronto à autoridade que preside o cerimonial, fazendo-lhe continência e
dizendo em voz alta “Cerimonial encerrado”, no hasteamento, ou “Boa noite”, no arriamento;
XV - a autoridade que preside volta-se para os presentes e dá “Boa noite”, sendo este cumprimento respondido
pelos oficiais; e
XVI - a formatura é desfeita.
Art. 2-2-5 Não participam do Cerimonial à Bandeira - O oficial de serviço no passadiço, timoneiro, sotatimoneiro,
vigias e pessoal envolvido em fainas e manobras, cuja interrupção possa afetar a segurança, não participam do
Cerimonial à Bandeira, estando dispensados de prestar a continência durante o arriar e hastear.
Art. 2-2-6 Procedimentos em embarcações miúdas - A bordo de embarcação miúda em movimento, próxima ao
local do hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional:
I - de acordo com o meio de propulsão da embarcação, são executadas as manobras de levar remos ao alto;
arriar as velas; ou parar a máquina; e
II - dependendo do estado do mar, todos se levantam e, se uniformizados, prestam continência à Bandeira,
exceto o patrão, que permanece atento à segurança da embarcação e do pessoal embarcado.
Art. 2-2-7 Procedimentos em veículos - Os ocupantes de veículos transitando dentro de OM, próximos ao local do
hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional, desembarcam e, se uniformizados, prestam continência à
Bandeira, mantendo-se em sentido se em trajes civis.
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Art. 2-2-8 OM de terra designada para cerimonial - Nas áreas onde houver concentração de OM de terra, o
Comandante Mais Antigo Presente (COMAP) pode designar uma OM, à qual cabe realizar diariamente o
hasteamento e arriamento da Bandeira Nacional.
Art. 2-2-9 Concentração de navios no mar - Os navios no mar, situados dentro do alcance visual de bandeiras,
hasteiam e arriam a Bandeira Nacional em obediência aos sinais oriundos do navio onde se encontrar embarcado
o COMAPEM.
Art. 2-2-10 Concentração de navios no porto - Os navios docados ou atracados, situados dentro do alcance visual
de bandeiras, hasteiam e arriam a Bandeira Nacional em obediência aos sinais oriundos:
I - do navio onde se encontrar embarcado o COMAPEM, se este for mais antigo que o COMAP; ou
II - da OM designada.
Art. 2-2-11 Quando os navios mantém hasteada - Os navios mantêm hasteada a Bandeira Nacional, entre o pôr do
Sol e 08:00h, nas seguintes situações especiais:
I - quando avistado o Estandarte Presidencial;
II - quando a bordo Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
III - quando a bordo o Ministro da Defesa;
IV - quando a bordo o Comandante da Marinha;
V - quando a bordo o Governador da Unidade da Federação a que pertencer o porto em que se encontrar o navio;
VI - no porto, durante a entrada ou saída de navio da MB ou de Marinha de Guerra estrangeira, ou se esses
hastearem suas bandeiras;
VII - quando navegando próximo de terra;
VIII - durante a entrada e saída de qualquer porto;
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IX - durante o cruzamento, no mar, com outro navio, ou na passagem próxima de farol ou estação semafórica
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com guarnição;
X - quando sobrevoado por alguma aeronave;
XI - durante postos de combate;
XII - à meia adriça, até as 23:59h do último dia estabelecido, nos casos de luto nacional, no Dia dos Mortos
(Finados) e, nos navios abrangidos pelo ato administrativo, nos dias de luto municipal e estadual.
XIII - quando fotografados ou filmados.
Art. 2-2-12 Navios em mar aberto - Os navios em mar aberto podem prescindir da exibição da Bandeira Nacional,
salvo nas seguintes situações:
I - durante o cruzamento, no mar, com outro navio, ou na passagem próxima de farol ou estação semafórica com guarnição;
II - quando sobrevoado por alguma aeronave;
III - durante postos de combate; e
IV - quando fotografados ou filmados.
Art. 2-2-13 Quando as OM de terra mantêm hasteada - As OM de terra mantêm hasteada a Bandeira Nacional,
entre o pôr do Sol e 08:00 h, nas seguintes situações:
I - quando avistado o Estandarte Presidencial;
II - quando a bordo Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
III - quando a bordo o Ministro da Defesa;
IV - quando a bordo o Comandante da Marinha;
V - quando a bordo o Governador da Unidade da Federação onde se localiza a OM; e
VI - à meia adriça, até as 23:59h do último dia estabelecido, nos casos de luto nacional, no Dia dos Mortos
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(Finados) e, nas OM abrangidas pelo ato administrativo, nos dias de luto municipal e estadual.
Art. 2-2-14 Quando as embarcações miúdas mantêm hasteada - As embarcações miúdas mantêm a Bandeira
Nacional hasteada enquanto:
I - os navios mantiverem o embandeiramento içado, nos dias de gala;
II - conduzir o Presidente da República; Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro; membros do Congresso
Nacional, do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal Militar; Ministro de Estado; Comandante da
Marinha; Comandante do Exército; Comandante da Aeronáutica; Governador da Unidade da Federação onde
estiver a embarcação; e o Almirantado;
III - em águas estrangeiras ou limítrofes internacionais, de dia ou de noite;
IV - dirigir-se a navio estrangeiro ou nele permanecer atracada;
V - para os casos previstos para hasteamento à meia adriça, seguirá os procedimentos adotados pelo navio-mãe; e
VI - for assim determinado pela autoridade competente.
Art. 2-2-15 Iluminação - Depois do pôr e antes do nascer do Sol a Bandeira Nacional, se hasteada, é mantida
iluminada.
Art. 2-2-16 Modo de dobrar - A Bandeira Nacional, no arriamento, após ser desenvergada, é dobrada da seguinte forma:
I - segura pela tralha e pelo lais, é dobrada ao meio em seu sentido longitudinal, ficando para baixo a parte em que
aparecem a estrela isolada Espiga e a parte do dístico “ORDEM E PROGRESSO”;
II - ainda segura pela tralha e pelo lais, é, pela segunda vez, dobrada ao meio, novamente no seu sentido
longitudinal, ficando voltada para cima a parte em que aparece a ponta de um dos ângulos obtusos do losango
amarelo; a face em que aparece o dístico deve estar voltada para a frente da formatura;
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III - a seguir é dobrada no seu sentido transversal, em três partes, indo a tralha e o lais tocarem o pano, pela parte de
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baixo, aproximadamente na posição correspondente às extremidades do círculo azul que são opostas; permanece
voltada para cima e para a frente a parte em que aparecem a estrela isolada e o dístico;
IV - ao final da dobragem, a Bandeira Nacional apresenta a maior parte do dístico para cima e é passada para o braço
flexionado do mais antigo, sendo essa a posição para transporte; e
V - para a guarda, pode ser feita mais uma dobra no sentido longitudinal, permanecendo o campo azul voltado para
cima.
Art. 2-2-17 Guarda da Bandeira - Quando em tropa armada, a Bandeira Nacional é exibida de forma destacada, por
uma guarda armada denominada Guarda da Bandeira, sendo conduzida pelo Porta-bandeira da seguinte forma:
I - em posição de “Ombro arma”, o Porta-bandeira a conduz apoiada em seu ombro direito, inclinada, com o
conto mais abaixo, mantendo, com a mão direita, o pano seguro na altura do peito e naturalmente caído ao lado
recobrindo seu braço;
II - desfilando em continência, o Porta-bandeira desfralda-a e posiciona-a verticalmente, colocando o conto no
talabardão e, com a mão direita, cotovelo lançado para fora, auxiliada pela outra, segura a haste na altura do
ombro;
III - ocupa o centro da testa, ou a sua direita, se esta contar com número par de componentes;
IV - não é abatida em continência;
V - não é acompanhada, por mais de dois estandartes, exceto em cerimônias conjuntas com as demais Forças,
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Art. 2-2-18 Modo de dispor - A Bandeira Nacional é exibida e conduzida na seguinte forma:
I - quando hasteada em janela, porta, sacada ou balcão, fica ao centro, se isolada ou se acompanhada de número par
de outras bandeiras ou estandartes civis ou militares; em posição que mais se aproxime do centro, ou à direita deste, se
acompanhada de número ímpar de outras bandeiras ou estandartes;
II - quando em préstito ou procissão, não é conduzida na horizontal e vai ao centro da testa da coluna, se isolada; à
direita desta, se houver outra bandeira; e à frente do centro da testa da coluna, a dois metros de distância, se houver
outras duas ou mais bandeiras;
III - quando distendida e sem mastro, em rua ou praça, entre edifícios, ou em portas, é colocada de modo que o lado
maior do retângulo fique na horizontal e a estrela isolada voltada para cima;
IV - quando disposta em sala ou salão, por motivo de reuniões, conferências ou solenidades, fica distendida por detrás
da cadeira de quem as preside, ou do local da tribuna, sempre acima da cabeça de quem a ocupa e disposta como no
inciso III;
V - quando em florão, sobre escudo ou qualquer outra peça que agrupe diversas bandeiras, ocupa o centro, não
podendo ser menor do que as outras nem colocada abaixo delas;
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VI - nos mastros ou adriças, se figurar junto com bandeira de outra nação ou bandeira-insígnia, é colocada à mesma
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altura; se acompanhada de estandartes de corporações militares ou bandeiras representativas de instituições ou
associações civis, fica acima;
VII - quando em recinto privativo de autoridade, fica ao lado direito de sua mesa de trabalho ou em outro local em
que fique realçada; e
VIII - quando distendida sobre ataúde, durante enterro, tem a tralha voltada para o lado da cabeceira do ataúde; é
amarrada à urna para evitar que esvoace nos deslocamentos do cortejo, sendo retirada por ocasião do sepultamento.
Art. 2-2-19 Disposição de outras bandeiras e estandartes - A disposição de outras bandeiras e estandartes exibidos em
conjunto com a Bandeira Nacional obedece às seguintes regras:
I - em posições mais próximas à Bandeira Nacional são dispostas as bandeiras de outras nações, seguindo-se os
estandartes militares, cabendo aos estandartes civis as posições mais afastadas;
II - a precedência entre as bandeiras e estandartes civis obedece ao critério da ordem alfabética das nações e
instituições que representam, na língua portuguesa; entre os estandartes militares, ao critério de antiguidade dos
Titulares das OM que representam, considerando-se o estandarte da Marinha como o de maior precedência; e
III - inicia-se a disposição com a de maior precedência à direita da Bandeira Nacional, a que se segue à esquerda e
assim sucessivamente.
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Art. 2-2-20 Hasteamento Simultâneo - Ocorrendo o hasteamento junto com bandeira de outra nação ou
estandarte, a Bandeira Nacional é hasteada em primeiro lugar e arriada por último.
Art. 2-2-21 Cerimonial no estrangeiro - O navio da MB, quando em porto estrangeiro, hasteia e arria a Bandeira Nacional
de acordo com o horário do cerimonial do país a que pertencer o porto.
Art. 2-2-22 Entrada e saída de bordo - Durante o Cerimonial à Bandeira é vedada a entrada ou saída de pessoas e
veículos na OM que o realiza, salvo se localizada próxima à via pública, quando a interrupção do trânsito deve
ocorrer, com o mínimo de prejuízo possível ao tráfego de pessoas e veículos, entre o “Segundo Sinal” e o término
do Cerimonial.
Art. 2-2-23 Saudação diária - Aquele que pela primeira vez no dia chegar à OM, ou dela retirar-se pela última vez no dia,
saúda a Bandeira Nacional, se hasteada, para ela voltado, assim que:
I - a bordo de navio, atingir o patim superior do portaló ou a extremidade superior da prancha; e
II - em OM de terra, transitando a pé, defrontar-se com o mastro onde estiver hasteada.
Art. 2-2-24 Saudação à passagem - Todos saúdam a Bandeira Nacional quando diante de si passar conduzida em desfile
militar, fazendo alto aquele que estiver em marcha.
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Art. 2-2-25 Arriamento seguido de hasteamento - No pôr do Sol, se a Bandeira tiver que permanecer içada, é cumprido
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o cerimonial para arriamento e, ao término, ela volta a ser hasteada.
Art. 2-2-26 Hasteamento e arriamento sem cerimonial - A Bandeira Nacional é hasteada ou arriada sem cerimonial:
I - em manobra de troca de mastro;
II - quando tiver que ser hasteada após a hora do arriamento; e
III - ao ser arriada no início do cerimonial de hasteamento, às 07:55h ou no Dia da Bandeira às 11:55h,
se, por motivo previsto neste Cerimonial, já estiver içada na ocasião; e
IV - ao ser arriada nas situações estabelecidas nos incisos XII do art. 2-2-11, VI do art. 2-2-13, II do art. 9-1-12 e I do art.
9-1-15.
Art. 2-2-27 Proibições - É vedado:
I - fazer saudação com a Bandeira Nacional, salvo em retribuição à saudação idêntica feita por outro navio ou
estabelecimento;
II - usar Bandeira Nacional que não se encontre em bom estado de conservação;
III - usar Bandeira Nacional como reposteiro ou pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna, cobertura
de placas, retratos, painéis ou monumentos a serem inaugurados;
IV - usar Bandeira Nacional para prestação de honras de caráter particular por parte de qualquer pessoa natural ou
entidade coletiva;
V - colocar quaisquer indicações ou emblemas sobre a Bandeira Nacional; e
VI - abater a Bandeira Nacional em continência.
CAPÍTULO 3
BANDEIRAS-DISTINTIVOS
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Art. 2 -3-2 Bandeira do Cruzeiro - A Bandeira do Cruzeiro é usada nas seguintes condições:
I - hasteada e arriada diariamente, no “pau do jeque”, simultaneamente com a Bandeira Nacional, em todos os navios
incorporados à MB, quando estes estiverem no dique, fundeados, amarrados ou atracados; e
II - hasteada à meia adriça quando assim o for a Bandeira Nacional, por motivo de luto ou funeral.
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Art. 2-3-3 Flâmula de Fim de Comissão - A Flâmula de Fim de Comissão é hasteada no tope do mastro principal nos
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navios incorporados à MB, substituindo a Flâmula de Comando, ao término de comissão igual ou superior a seis meses,
quando o navio iniciar a aterragem ao porto final da comissão, sendo arriada no pôr do Sol que se seguir.
Art. 2-3-4 Bandeira da Cruz Vermelha - A Bandeira da Cruz Vermelha é mantida hasteada permanentemente, em tempo
de guerra:
I - nos navios-hospital, nos acampamentos e nos estabelecimentos hospitalares, em mastro ou adriça diferente de
onde estiver içada a Bandeira Nacional; e
II - na proa das embarcações miúdas empregadas em serviços de saúde e das embarcações-hospital de forças de
desembarque.
Art. 2-3-5 Estandartes - O uso e guarda dos estandartes da Marinha, do Corpo de Fuzileiros Navais e das OM autorizadas
a possuir estandarte próprio se dá de acordo com as seguintes regras:
I - o estandarte da Marinha é ostentado por tropa armada da MB, sempre acompanhando a Bandeira Nacional;
II - o estandarte do Corpo de Fuzileiros Navais pode ser usado por todas as unidades de Fuzileiros Navais de escalão
igual ou superior a uma companhia, sempre acompanhando a Bandeira Nacional;
III - os demais estandartes são conduzidos ou exibidos exclusivamente por sua tropa, sempre acompanhando a
Bandeira Nacional; e
IV - os estandartes devem ser guardados no gabinete do Comandante ou em outro lugar de destaque da OM.
Art. 2-3-6 Símbolos - Os símbolos são bandeiras-distintivos que identificam as forças, unidades e subunidades de tropa,
armada ou não, em desfiles e formaturas, sendo envergados:
I - em hastes adaptáveis à boca do cano do fuzil;
II - ao paralama dianteiro direito da viatura do comandante da tropa; ou
III - em mastro próprio, quando então denominam-se “guião”.
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CAPÍTULO 4 - BANDEIRAS-INSÍGNIAS
Art. 2-4-1 Bandeiras-insígnias - São denominadas bandeiras-insígnias as bandeiras constantes do Apêndice a este
Cerimonial destinadas a assinalar a presença de determinada autoridade em OM da MB, bem como distinguir os
cargos de autoridades militares ou civis, a saber:
I - Estandarte Presidencial;
II - Pavilhões de Oficiais de Marinha:
a) Patrono da Marinha;
b) Comandante da Marinha;
c) Almirantado;
d) Chefe do Estado-Maior da Armada;
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f) Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais;
g) Chefe do Estado-Maior de Defesa;
h) Almirante;
i) Almirante-de-Esquadra;
j) Vice-Almirante;
k) Contra-Almirante;
l) Comandante-em-Chefe da Esquadra (ComemCh);
m) Almirante Comandante de Força;
n) CMG Comandante de Força;
o) CF ou CC Comandante de Força;
p) COMAPEM; e
q) Capitão dos Portos;
III - Bandeiras-insígnias de autoridades civis:
a) Vice-Presidente da República;
b) Ministro de Estado da Defesa;
c) Ministro de Estado;
d) Embaixador;
e) Encarregado de Negócios; e
f) Cônsul-Geral; e
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IV - Flâmulas:
a) de Comando; e
b) de Oficial Superior.
Art. 2-4-2 Flâmula de Comando - A Flâmula de Comando é a insígnia privativa dos oficiais de Marinha quando no
exercício do cargo de comando, vedado seu uso em navio não incorporado à Armada.
Art. 2-4-3 Flâmula de Oficial Superior - A Flâmula de Oficial Superior é hasteada nas embarcações miúdas que
conduzam oficial superior uniformizado, sendo arriada tão logo o oficial desembarque.
Art. 2-4-4 Local de hasteamento - As bandeiras-insígnias são hasteadas:
I - no tope do mastro principal dos navios e OM de terra ou no lais da verga de boreste, como determinado neste
Cerimonial;
II - no lais da maior verga, no penol da carangueja ou no topo do mastro das embarcações e navios a vela, desde
que não seja onde se encontre içada a Bandeira Nacional; e
III - em haste apropriada, denominada pau da flâmula, na proa das embarcações miúdas.
Art. 2-4-5 Quando são hasteadas - Quando são hasteadas As bandeiras-insígnias são mantidas asteadas:
I - em caráter permanente, no respectivo navio, unidade ou estabelecimento, quando referente à autoridade
exercendo o cargo de comando;
II - em caráter transitório, na respectiva OM de terra, quando referente à autoridade exercendo o cargo de direção,
enquanto esta permanecer a bordo;
III - em caráter permanente, nos navios capitânias, quando referente ao Comandante de Força embarcado;
IV - em caráter transitório, na OM visitada, quando referente à autoridade superior pertencente à cadeia de comando,
substituindo a bandeira-insígnia da autoridade exercendo o cargo de comando ou direção; e
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V - em caráter eventual, na OM visitada, como determinado neste Cerimonial, em honra a autoridade visitante não
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pertencente à cadeia de comando.
Art. 2-4-6 Concentração de OM de terra - Nos locais onde haja concentração de OM de terra, com a Bandeira Nacional
hasteada em um único mastro, apenas o mais antigo presente das OM da área mantém o pavilhão hasteado.
Art. 2-4-7 Quando podem ser substituídas - A bandeira-insígnia de autoridade no exercício de cargo de comando, salvo
por ocasião da transmissão do cargo, quando obedece a regras próprias, somente é substituída:
I - pelo Estandarte Presidencial;
II - pelo pavilhão da autoridade a que esteja subordinada na cadeia de comando;
III - pela Flâmula de Fim de Comissão; e
IV - pelo pavilhão do Patrono da Marinha, no dia 13 de dezembro, no caso de OM onde haja cerimônia de entrega
da Medalha do Mérito Tamandaré.
Art. 2-4-8 Estandarte Presidencial - Estando içado o Estandarte Presidencial, nenhuma bandeira representativa de
qualquer outra autoridade, com exceção do pavilhão do Patrono da Marinha, pode permanecer içada.
Art. 2-4-9 Hasteamento do pavilhão do Almirantado - Quando o Almirantado estiver a bordo de OM, seu pavilhão
permanecerá hasteado simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de
comando e, se for o caso, da bandeira-insígnia de autoridade não pertencente à cadeia de comando com maior
precedência.
Art. 2-4-10 Hasteamento do pavilhão do CEMA - Quando o CEMA estiver a bordo de OM que não lhe seja subordinada,
seu pavilhão:
I - permanece içado simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de
comando e, se for o caso, da bandeira-insígnia de autoridade não pertencente à cadeia de comando com maior
precedência; e
II - somente é substituído pelo pavilhão do Comandante da Marinha ou do Almirantado.
Art. 2-4-11 Demais autoridades visitantes - A bandeira-insígnia das demais autoridades não pertencentes à cadeia de
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comando somente é hasteada, na forma prevista neste Cerimonial, quando a autoridade for a de maior precedência
presente na OM.
Art. 2-4-12 Hasteamento durante salva - Quando, na forma prevista neste Cerimonial, a bandeira-insígnia de autoridade
visitante for içada durante a salva de partida, ela será hasteada imediatamente antes do primeiro tiro e arriada após o
último tiro.
Art. 2-4-13 Hasteamento Simultâneo - A disposição das bandeiras-insígnias içadas simultaneamente no tope do mastro
principal, salvo por ocasião da transmissão de comando, que obedece a regras próprias, é a seguinte:
I - a bandeira-insígnia da autoridade de maior precedência, não pertencente à cadeia de comando, ocupa a adriça de
boreste ou da direita;
II - a bandeira-insígnia da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de comando ocupa a adriça central ou de
bombordo; e
III - quando o Almirantado ou o CEMA estiverem a bordo juntamente com outra autoridade visitante de maior
precedência, a bandeira-insígnia desta é içada na adriça de boreste, exceto para o Estandarte Presidencial que obedece
a regras próprias, e o pavilhão do Almirantado ou CEMA, na adriça central ou de bombordo.
Art. 2-4-14 Hasteamento no Capitânia - O pavilhão de Comandante de Força é mantido hasteado permanentemente no
navio capitânia, salvo se essa autoridade estiver em outro navio sob seu comando, quando então:
I - o navio capitânia arria o pavilhão e mantém içada a Flâmula de Comando; e
II - o navio visitado arria a Flâmula de Comando e mantém içado o pavilhão.
Art. 2-4-15 Comandante de Distrito Naval ou Comandante Naval - O pavilhão de Comandante de Força relativo a
Comandante de Distrito Naval ou Comandante Naval é mantido hasteado no navio subordinado apenas enquanto aquela
autoridade permanecer a bordo.
Art. 2-4-16 Concentração de Forças ou navios - Quando Forças ou navios estiverem próximos entre si, dentro do alcance
visual de bandeiras, somente o navio onde se encontrar o oficial mais antigo hasteia o pavilhão do COMAPEM.
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Art. 2-4-17 Força-tarefa comandada por comandante de navio - O Oficial Superior Comandante de navio ao se fazer ao
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mar comandando organização por tarefa arvora o pavilhão de Comandante de Força correspondente ao seu posto.
Art. 2-4-18 Quando podem ser arriadas - As bandeiras-insígnias podem ser arriadas durante combate ou operações de
guerra, se assim julgarem conveniente os oficiais que a elas tiverem direito.
Art. 2-4-19 Uso nas embarcações Miúdas - Nas embarcações miúdas, as bandeiras-insígnias somente são usadas durante
o período entre o nascer e o pôr do Sol e enquanto conduzirem oficial ou autoridade civil a que se refira, da seguinte
forma:
I - somente é hasteada a bandeira-insígnia da autoridade de maior precedência ou mais antiga presente;
II - quando forem conduzidas simultaneamente autoridade sem direito à bandeira-insígnia e outra menos preeminente
ou mais moderna, mas com tal direito, nenhuma bandeira-insígnia é hasteada; e
III - em traje civil, têm direito ao uso de sua bandeira-insígnia apenas os Almirantes e os Titulares da OM a que pertencer
a embarcação miúda.
Art. 2-4-20 Uso em viatura - O oficial de marinha com direito a pavilhão pode, por ocasião de solenidade oficial e quando
uniformizado, usar miniatura do respectivo pavilhão na viatura que o transportar, disposta em haste apropriada fixada
no paralama direito dianteiro.
Art. 2-4-21 Presença do Ministro da Defesa - Quando o Ministro da Defesa estiver a bordo de OM da MB, a bandeira-
insígnia de Ministro de Estado permanece hasteada simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior
antiguidade da cadeia de comando.
Art. 2-4-22 Hasteamento do pavilhão do Comandante da Marinha - Quando o Comandante da Marinha estiver a bordo
de OM da MB, seu pavilhão:
I - permanece hasteado, sendo somente substituído pelo Estandarte Presidencial; e
II - permanece içado no mastro do pátio do Comando da Marinha, do Distrito Naval ou do COMAP enquanto o
Comandante da Marinha estiver presente na Capital Federal, na sede do Distrito Naval ou em outra localidade em que
haja OM de Marinha, respectivamente.
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TÍTULO V
CAPÍTULO 1 - HONRAS AOS OFICIAIS DE MARINHA
REGRAS GERAIS
Art. 5-1-1Direito às honras de portaló
Todos os oficiais, ao entrarem ou saírem de OM da MB, têm direito às honras de portaló.
Art. 5-1-2 As honras aos oficiais de marinha, quando o Presidente da República estiver no mar, dentro da distância
máxima de salva, restringem-se às honras de portaló.
Art. 5-1-3 As honras aos oficiais de marinha, quando se encontrar na OM visitada autoridade de maior
precedência, restringem-se às honras de portaló; caso a autoridade de maior precedência se encontre nas
proximidades do local das honras, essas limitar-se-ão às continências de guarda e "boys", não sendo dados toques.
Art. 5-1-4 Toques de apito - Há toques de apito e corneta específicos para cada círculo hierárquico de oficiais e
para as seguintes autoridades:
I - Ministro da Marinha;
II - Chefe do Estado-Maior da Armada;
III - Comandante de Operações Navais;
IV - Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais
V- Comandante-em-Chefe da Esquadra;
VI - Almirante Comandante de Força;
VII - Almirante Comandante;
VIII - Almirante;
IX - Oficial Superior Comandante de Força;
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XI - Oficiais Intermediários Comandantes.
Art. 5-1-5 O oficial no exercício do Comando só tem direito ao toque de Comandante no navio, unidade ou
estabelecimento em que exerce tal cargo; os Comandantes de Força podem receber toques de Comandante de
Força em OM não-subordinadas.
Art. 5-1-6 Há exórdios de marcha de continência específicos para as seguintes autoridades:
I - Patrono da Marinha;
II - Ministro da Marinha;
III - demais membros do Almirantado.
Exórdios
Há exórdios de marcha de continência específicos para as seguintes autoridades:
I - Patrono da Marinha;
II - Ministro da Marinha;
III - demais membros do Almirantado.
Art. 5-1-7 Vocativos
Os seguintes vocativos são utilizados:
I - o Ministro da Marinha, o Chefe do Estado-Maior da Armada, o Comandante de Operações Navais, o
Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, o Comandante-em-Chefe da Esquadra são anunciados pelos
cargos que exercem;
II - os demais Almirantes são anunciados pelo posto, seguido, quando for o caso, da expressão "Comandante de
Força" ou "Comandante";
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III - os oficiais superiores, intermediários ou subalternos são anunciados pelo respectivo círculo hierárquico,
seguido da expressão "Comandante de Força" ou "Comandante", quando for o caso.
Art. 5-1-8 Na recepção e despedida das autoridades abaixo mencionadas o número de "boys" é o seguinte:
I - oito "boys": Almirante, Almirante-de-Esquadra e Vice-Almirante;
II - seis "boys": Contra-Almirante;
III - quatro "boys": oficial superior;
IV - dois "boys": demais oficiais.
Art. 5-1-9 Caso as dimensões do convés não permitam acomodar os boys no número requerido, ou as
circunstâncias assim indicarem, a autoridade a quem caiba receber ou despedir pode autorizar:
I - posicionar dois "boys" junto ao patim inferior da escada de portaló ou extremidade inferior da prancha;
II - reduzir a quantidade de "boys", mantendo-a em número par.
Art. 5-1-10 O uniforme determinado para as honras de portaló, quando diferente do uniforme do dia, é de uso
obrigatório apenas para aqueles que nelas tomarem parte, exceto se for devida à autoridade visitante a honraria
de postos, quando o uniforme determinado para as honras é geral para toda a tripulação visitada.
Art. 5-1-11 As honras de passagem ao Ministro da Marinha e Almirantado são prestadas com a tripulação formada
em postos de Parada
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Art. 7-1-2 Dias de grande gala - Os dias de grande gala são as datas festivas em que se comemora o aniversário da
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Independência (7 de setembro) e da Proclamação da República (15 de novembro).
Art. 7-1-3 Dias de pequena gala - Os dias de pequena gala são as datas festivas em que se comemora o Dia da
Confraternização Universal (1º de Janeiro), o Dia de Tiradentes (21 de abril), o Dia do Trabalho (1º de maio), o
Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha (11 de junho), o Dia da Bandeira (19 de
novembro), o Dia do Marinheiro (13 de dezembro) e o Natal (25 de dezembro).
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II - OM onde se realizam cerimônias de entrega de condecorações da “Medalha Mérito Tamandaré”:
a) ao início da cerimônia, executam, em sequência, o hasteamento do pavilhão do Patrono da Marinha, o “Exórdio do
Patrono da Marinha”, salva de dezenove tiros por estação para tal fim designada e, em seguida, o arriamento do pavilhão
do Patrono da Marinha; e
b) durante o período em que o pavilhão do Patrono da Marinha permanecer içado, só podem permanecer hasteadas no
mastro principal, e com precedência sobre o mesmo, as seguinte bandeiras:
1. a Bandeira Nacional, hasteada em OM de terra ou no penol da carangueja de navios no mar;
2. o estandarte do Presidente da República, se presente à cerimônia;
3. o pavilhão do Vice-Presidente da República, se presente à cerimônia e ausente o Presidente da República; e
4. a Bandeira Nacional, hasteada por motivo de embandeiramento nos topes ou da presença a bordo do Presidente do
Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, Senado Federal ou Câmara dos Deputados; e
III - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da “Medalha Mérito Tamandaré” em outras datas
podem, quando autorizadas pelo Comandante do Distrito Naval, cumprir o cerimonial previsto para o Dia do Marinheiro.
Art. 7-2-5 Demais dias de pequena gala - Nas datas de pequena gala de 1o de janeiro, 21 de abril, 1o de maio e 25
de dezembro, os navios da MB embandeiram nos topes das 08:00 h ao pôr do Sol.
Art. 7-2-6 Datas festivas de Unidades da Federação - Os navios participam das comemorações referentes às datas
festivas de Unidades da Federação onde estiverem atracados, cumprindo embandeiramento em arco.
Art. 7-2-7 Presença de navios estrangeiros - O COMAPEM, no porto brasileiro onde se encontrarem navios de
guerra estrangeiros e nacionais, ou o Comandante do Distrito, na sua sede, deve:
I - às vésperas da data festiva, com antecedência de, pelo menos, vinte e quatro horas, mandar um oficial participar
ao COMAPEM estrangeiro o motivo, natureza e horário do cerimonial que é executado, convidando-o para que
seus navios também participem das honras; e
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I - pelo Presidente da República, Ministro de Estado da Defesa, Comandante da Marinha, Comandante de Distrito
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Naval ou Titular da OM à qual pertencia o militar falecido;
II - pelo Presidente da República, Ministro de Estado da Defesa e Comandante da Marinha, em caráter excepcional,
aos despojos mortais de Chefe de Missão Diplomática
estrangeira falecido no Brasil ou de insigne personalidade, inclusive quanto ao transporte em viatura especial e
acompanhamento por tropa;
III - excepcionalmente, o Presidente da República, o Ministro de Estado da Defesa e o Comandante da Marinha podem
determinar que sejam prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais de Presidente do Congresso Nacional, Presidente
da Câmara dos Deputados, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado ou Secretário Especial da
Presidência da República equiparado a Ministro de Estado, assim como o seu transporte, em viatura especial,
acompanhada por tropa; e
IV - as Honras Fúnebres prestadas a Chefes de Missão Diplomática estrangeira ou às autoridades mencionadas no
inciso III do presente artigo seguem as mesmas prescrições estabelecidas para o Comandante da Marinha.
Art. 9-1-3 Luto oficial - A par das honras fúnebres que venham a ser prestadas, podem os Governos nos âmbitos Federal,
Estadual ou Municipal determinar que seja observado luto oficial por determinado período de dias.
Art. 9-1-4 Guarda fúnebre - Guarda fúnebre é a tropa armada postada para render honras aos despojos mortais de
militares e autoridades civis que a elas tenham direito.
Art. 9-1-5 Escolta fúnebre - Escolta fúnebre é a tropa destinada ao acompanhamento dos despojos mortais de
autoridades civis e de militares falecidos quando em serviço ativo.
Art. 9-1-6 Cobertura do Féretro - Até o ato de inumação, o féretro de militar ativo ou inativo da MB é coberto com a
Bandeira Nacional.
Art. 9-1-7 Sinal de luto - O sinal de luto, em fita de crepe na cor preta, a ser usado somente quando determinado por
autoridade competente, consiste:
I - na Bandeira Nacional e nos estandartes, de laço atado junto à esfera armilar ou lança;
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II - nos uniformes dos oficiais e praças, de braçal na manga esquerda, a quinze centímetros do ombro;
III - nos tambores, de faixa envolta no fuste; e
IV - nas cornetas, de pequeno laço atado ao cordão.
Art. 9-1-8 Sepultamento no mar - Quando as circunstâncias obrigarem ao sepultamento no mar, as honras fúnebres,
caso as condições permitam, limitam-se ao seguinte, observando-se a função, posto ou graduação que o falecido tinha
em vida:
I - o navio responsável pelo sepultamento paira sob máquinas, assim como os que o acompanham;
II - são executadas as honras de portaló, seguidas de três descargas de fuzilaria, antes de ser lançado ao mar o féretro;
III - logo após, inicia a salva final, quando devida, ocasião em que a bandeira-insígnia a que tinha direito o morto é
atopetada, sendo arriada ao término da salva; e
IV - os despojos mortais vão, se possível, em caixão fechado, broqueado, e suficientemente lastrado para garantir a
submersão.
Art. 9-1-9 Honras na saída de bordo do féretro - Quando na saída de féretro de bordo, as honras fúnebres prestadas a
militar ou autoridade civil consistem das continências inerentes às honras de portaló devidas em vida ou aquelas que,
por ocasião de seu falecimento, tenha o Governo resolvido conceder, da seguinte forma:
I - são hasteadas à meia adriça a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro;
II - com a guarnição, descoberta, concentrada nas proximidades, são prestadas as honras de portaló;
III - seguem-se três descargas de fuzilaria e, se devido, a salva;
IV - a banda de música, se presente, toca acordes de marcha fúnebre, antes de cada descarga de fuzilaria; e
V - após a saída do féretro, a Bandeira Nacional e de Cruzeiro são atopetadas.
Art. 9-1-10 Cortejo no mar - O cortejo no mar, para acompanhamento do féretro, é organizado da seguinte forma:
I - constituição, tendo em vista o grau hierárquico ou função exercida pelo falecido:
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a) Comandante de Força - cada navio da respectiva Força faz-se representar, pelo menos, com uma
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embarcação levando oficial, suboficial e praças;
b) Comandante de navio ou oficial embarcado - participam as embarcações disponíveis do navio, levando, cada
uma, oficial, suboficial e praças;
c) Suboficial - participam, pelo menos, duas embarcações conduzindo um oficial, suboficiais e destacamento
de praças; e
d) Praça - participa, pelo menos, uma embarcação conduzindo um oficial, um suboficial e seis outras praças;
II - a embarcação que transportar féretro hasteia à meia adriça a Bandeira Nacional e a bandeira-insígnia que
competia ao falecido quando em vida;
III - as demais embarcações do cortejo hasteiam somente a Bandeira Nacional à meia adriça; e
IV - os navios da MB hasteiam à meia adriça a Bandeira
Nacional sempre que passar próximo o cortejo fúnebre oficial ou navio de guerra com bandeira em funeral.
Art. 9-1-11 Honras em terra - Quando em terra, as honras fúnebres prestadas a militar da MB, com a participação
de tropa da MB, obedecem ao seguinte:
I - iniciam com o toque de presença, correspondente ao devido em vida, quando o féretro alcançar a direita da
guarda fúnebre, seguindo-se o de continência;
II - o féretro para ao chegar em frente ao Comandante da guarda fúnebre, ocasião em que são dadas três
descargas de fuzilaria, tocando a banda de música, se presente, acordes de marcha fúnebre, antes de cada
descarga;
III - caso o efetivo da guarda fúnebre seja maior do que uma companhia:
a) durante as descargas, o restante da tropa permanece em “Ombro arma”, sendo os acordes da marcha
fúnebre iniciados logo após a voz de “Preparar” dada pelo oficial que comandar o funeral; e
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b) após as descargas, o comandante da guarda fúnebre dá voz de “Apresentar arma” e “Olhar à direita”,
quando então o féretro desfila diante da tropa em continência, tocando a banda de música, se presente, marcha
fúnebre; e
IV - a salva e o “Toque de silêncio”, se devidos, são executados ao baixar o corpo à sepultura.
Art. 9-1-12 Prescrições especiais para os dias de funeral e luto oficial - Nos dias de funeral e de luto oficial:
I - não são executados toques de continência nem dadas salvas por outros motivos que não sejam os previstos
neste Título, a menos que especificamente autorizado pelos Comandantes de Distrito Naval;
II - a Bandeira Nacional é hasteada à meia adriça, sendo observado o cerimonial completo, com todas as honras
e toques de continência; durante postos de combate ou por ocasião de fotografias ou filmagem é atopetada;
quando conduzida por tropa, ostenta o sinal de luto. Enquanto perdurar o luto oficial, permanecerá à meia
adriça, também, após o pôr do Sol e até as 23:59h do último dia estabelecido;
III - não é executado o Hino Nacional, exceto por ocasião do Cerimonial à Bandeira Nacional;
IV - a Bandeira do Cruzeiro é hasteada à meia adriça acompanhando a Bandeira Nacional;
V - nas OM onde se realizem honras fúnebres, as guardas e sentinelas têm as armas em funeral;
VI - para os procedimentos não previstos neste Cerimonial referentes às honras fúnebres, são cumpridas as
disposições do Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas;
e
VII - mediante autorização do Comandante do Distrito Naval da área, as cerimônias militares, tais como
formaturas e graduações, cujas datas de realização, por serem especiais, não devem ser alteradas, podem ser
realizadas por completo, observado o inciso I deste artigo.
Art. 9-1-13 Quando não são prestadas as honras - As honras fúnebres não são prestadas, mas transferidas, se
possível, para outra ocasião:
I - nos dias de festa nacional; e
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II - nos dias de grande gala do país estrangeiro, em cujo porto se encontrar navio da MB.
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Art. 9-1-14 Quando podem ser dispensadas - As honras fúnebres podem ser dispensadas, a critério da autoridade
competente:
I - quando o falecido as houver dispensado em vida;
II - quando solicitação nesse sentido partir da própria família;
III - quando a comunicação do falecimento chegar tardiamente;
IV - no caso de perturbação da ordem pública; e
V - em condições adversas de tempo.
Art. 9-1-15 No Dia dos Mortos - No dia 2 de novembro, data consagrada ao culto aos mortos:
I - os navios e OM embandeiram à meia adriça de 08:00 h até as 23:59h; eII - durante o embandeiramento à
meia adriça, as embarcações miúdas mantêm nessa posição a Bandeira Nacional.
Art. 9-1-16 Presente em porto nacional navio de guerra estrangeiro - guerra estrangeiros, o COMAPEM:
I - manda, com a possível antecedência, oficial participar aos COMAPEM estrangeiros o motivo e a natureza das
honras fúnebres que são prestadas pelos navios da MB; e
II - terminadas as honras fúnebres, manda oficial agradecer aos COMAPEM dos navios estrangeiros que nelas
houverem tomado parte.
Art. 9-1-17 Em países Estrangeiros - Não obstante o disposto neste Cerimonial, as honras fúnebres em países
estrangeiros devem pautar-se ao que for neles de uso.
Art. 9-1-18 Guarda fúnebre em porto estrangeiro - Quando em porto estrangeiro ocorrer, a bordo de navio da MB,
o falecimento de militar ou civil com direito a honras fúnebres, compete ao COMAPEM solicitar à autoridade local
competente, por intermédio do agente diplomático ou consular brasileiro, permissão para desembarcar a guarda
fúnebre, que junto ou não com a escolta fúnebre tiver de prestar as devidas honras.
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Art. 9-2-3 Ministro da Defesa e Comandante da Marinha - Quando ocorrer o falecimento do Ministro da Defesa ou do
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Comandante da Marinha, as OM da MB prestam as seguintes honras fúnebres:
I - OM de terra sediadas e navios surtos no porto onde forem conduzidas as honras:
a) na hora determinada para o início das honras fúnebres, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e, os navios,
também a do Cruzeiro;
b) simultaneamente, a estação de salva ou o navio designado inicia salva de dezenove tiros, com o intervalo entre
os tiros convenientemente ajustado para que o último ocorra quinze minutos antes do término das honras fúnebres; ao
término das honras é dada nova salva com dezenove tiros;
c) logo após a execução do último tiro, são atopetadas a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro; e
d) se o enterro se der em data posterior ao dia do início das honras, os dezenove tiros periódicos são iniciados ao
nascer do sol do dia do enterro.
II - em outras localidades, inclusive estrangeiras, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro, desde
o início até o término das honras fúnebres.
Art. 9-2-4 Governador de Estado - Por ocasião de falecimento de Governador de Unidade da Federação, os navios da
MB que se encontrarem em porto da respectiva Unidade prestam as honras fúnebres idênticas às previstas para o
Ministro da Defesa.
Art. 9-2-5 Almirantado - Quando ocorrer o falecimento de um dos membros do Almirantado, as OM da MB prestam as
honras fúnebres idênticas às previstas para o Ministro da Defesa, sem tiros periódicos e com a salva, ao término das
honras fúnebres,de dezessete tiros.
Art. 9-2-6 Demais Almirantes - Quando ocorrer o falecimento de Almirante que não seja membro do Almirantado, são
prestadas as seguintes honras fúnebres:
I - na hora determinada para início das honras, os navios e unidades subordinadas, surtos ou localizadas no porto
onde serão conduzidas as honras, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e, os navios, também a do Cruzeiro;
II - caso a autoridade falecida exercesse cargo de Comando ou Direção, seu pavilhão é hasteado à meia adriça no
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c) logo após a execução do último tiro, são atopetadas a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro e arriada a bandeira-
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insígnia, quando terminam as honras fúnebres; e
II - para Chefes de Missão, as devidas a Embaixador, devendo a bandeira-insígnia correspondente ser hasteada, à
meia adriça, apenas no navio do COMAPEM e o número de tiros da salva, o que competia à autoridade quando viva.
Art. 9-2-11 Agente Consular - Quando ocorrer o falecimento de agente consular brasileiro em país estrangeiro, os navios
da MB que se encontrarem em porto sob a jurisdição do respectivo distrito consular prestam as honras fúnebres devidas
a agente diplomático Chefe de Missão, devendo a bandeira-insígnia correspondente ser hasteada, à meia adriça, apenas
por ocasião da salva, sendo arriada ao término.
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TÍTULO I - Generalidades
CAPÍTULO 1- Disposições Preliminares
Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos membros das
Forças Armadas.
Art. 2° - As Forças Armadas, essenciais à execução da política de segurança nacional, são constituídas pela Marinha,
pelo Exército e pela Aeronáutica, e destinam-se a defender a Pátria e a garantir os poderes constituídos, a lei e a
ordem. São Instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei.
Art. 3° - Os membros das Forças Armadas, em razão de sua destinação constitucional, formam uma categoria
especial de servidores da Pátria e são denominados militares.
§ 1º - Os militares encontram-se em uma das seguintes situações:
a) na ativa:
I - os de carreira;
II - os incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar inicial, durante os prazos previstos na
legislação que trata do serviço militar, ou durante as prorrogações daqueles prazos;
III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados, reincluídos, designados ou
mobilizados;
IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; e
V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas Forças Armadas.
b) na inatividade:
I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Armadas e percebam remuneração da
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União, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização;
II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores estejam dispensados,
definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber remuneração da União; e
III - os da reserva remunerada e, excepcionalmente, os reformados, executando tarefa por tempo certo,
segundo regulamentação para cada Força Armada.
(Redação dada pela Lei no 9.442, de 14 de março de 1997) (Vide Decreto no 4.307, de 2002)
§ 2º - Os militares de carreira são os da ativa que, no desempenho voluntário e permanente do serviço militar,
tenham vitaliciedade assegurada ou presumida.
Art. 4° - São considerados reserva das Forças Armadas:
I - individualmente:
a) os militares da reserva remunerada; e
b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa.
II - no seu conjunto:
a) as Polícias Militares; e
b) os Corpos de Bombeiros Militares.
§ 1o - A Marinha Mercante, a Aviação Civil e as empresas declaradas diretamente devotadas às finalidades
precípuas das Forças Armadas, denominada atividade efeitos de mobilização e de emprego, reserva das Forças
Armadas.
§ 2o - O pessoal componente da Marinha Mercante, da Aviação Civil e das empresas declaradas diretamente
relacionadas com a segurança nacional, bem como os demais cidadãos em condições de convocação ou mobilização
para a ativa, só serão considerados militares quando convocados ou mobilizados para o serviço nas Forças
Armadas.
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Art. 5° - A carreira militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades precípuas
das Forças Armadas, denominada atividade militar.
§ 1o - A carreira militar é privativa do pessoal da ativa, inicia-se com o ingresso nas Forças Armadas e obedece
às diversas sequências de graus hierárquicos.
§ 2o - São privativas de brasileiro nato as carreiras de oficial da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Art. 6° - São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em serviço”, “em
atividade” ou “em atividade militar”, conferidas aos militares no desempenho de cargo, comissão, encargo, incumbência ou
missão, serviço ou atividade militar ou considerada de natureza militar, nas organizações militares das Forças Armadas, bem
como na Presidência da República, na Vice-Presidência da República, no Ministério da Defesa e nos demais órgãos quando
previsto em lei, ou quando incorporados às Forças Armadas. (Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de
agosto de 2001)
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Art. 7° - A condição jurídica dos militares é definida pelos dispositivos da Constituição que lhes sejam aplicáveis,
por este Estatuto e pela Legislação, que lhes outorgam direitos e prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações.
Art. 8o - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber:
I - aos militares da reserva remunerada e reformados;
II - aos alunos de órgão de formação da reserva;
III - aos membros do Magistério Militar; e
IV - aos Capelães Militares.
Art. 9o - Os oficiais-generais nomeados Ministros do Superior Tribunal Militar, os membros do Magistério Militar e
os Capelães Militares são regidos por legislação específica.
CAPÍTULO 3
Da Hierarquia Militar e da Disciplina
Art. 14 - A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a responsabilidade
crescem com o grau hierárquico.
§ 1o - A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças
Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela
antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à
sequência de autoridade.
§ 2o - Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições
que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
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§ 3o - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre militares
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da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Art. 15 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da mesma categoria e têm a finalidade
de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Art. 16 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Forças Armadas, bem como a correspondência entre os
postos e as graduações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são fixados nos parágrafos seguintes e no Quadro
em anexo.
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§ 1o - Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do Ministro de
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Força Singular e confirmado em Carta Patente.
§ 2o - Os postos de Almirante, Marechal e Marechal-do-Ar somente serão providos em tempo de guerra.
§ 3o - Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente.
§ 4o - Os Guardas-Marinha, os Aspirantes-a-Oficial e os alunos de órgãos específicos de formação de militares
são denominados praças especiais.
§ 5o - Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Corpos, Quadros, Armas, Serviços, Especialidades ou
Subespecialidades são fixados, separadamente, para cada caso, na Marinha, no Exército e na Aeronáutica.
§ 6o - Os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, cujos graus hierárquicos tenham denominação
comum, acrescentarão aos mesmos, quando julgado necessário, a indicação do respectivo Corpo, Quadro, Arma
ou Serviço e, se ainda necessário, a Força Armada a que pertencerem, conforme os regulamentos ou normas em
vigor.
§ 7o - Sempre que o militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá fazê-
lo com as abreviaturas respectivas de sua situação.
Art. 17 - A precedência entre militares da ativa do mesmo grau hierárquico, ou correspondente, é assegurada
pela antiguidade no posto ou graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em lei.
§ 1o - A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva
promoção, nomeação, declaração ou incorporação, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data.
§ 2o - No caso do parágrafo anterior, havendo empate, a antiguidade será estabelecida:
a) entre militares do mesmo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, pela posição nas respectivas escalas numéricas
ou registros existentes em cada força;
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou graduação anterior; se, ainda assim, subsistir a igualdade,
recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, à data de praça e à data de nascimento para
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definir a precedência, e, neste último caso, o de mais idade será considerado o mais antigo;
c) na existência de mais de uma data de praça, inclusive de outra Força Singular, prevalece a antiguidade do
militar que tiver maior tempo de efetivo serviço na praça anterior ou nas praças anteriores; e
d) entre os alunos de um mesmo órgão de formação de militares, de acordo com o regulamento do respectivo
órgão, se não estiverem especificamente enquadrados nas letras a, b e c.
§ 3o - Em igualdade de posto ou de graduação, os militares da ativa têm precedência sobre os da inatividade.
§ 4o - Em igualdade de posto ou de graduação, a precedência entre os militares de carreira na ativa e os da
reserva remunerada ou não, que estejam convocados, é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou
graduação.
Art. 18 - Em legislação especial, regular-se-á:
I - a precedência entre militares e civis, em missões diplomáticas, ou em comissão no País ou no estrangeiro; e
II - a precedência nas solenidades oficiais.
Art. 19 - A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada:
I - os Guardas-Marinha e os Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente superiores às demais praças;
II - os Aspirantes, alunos da Escola Naval, e os Cadetes, alunos da Academia Militar das Agulhas Negras e da Academia
da Força Aérea, bem como os alunos da Escola de Oficiais Especialistas da Aeronáutica, são hierarquicamente superiores
aos suboficiais e aos subtenentes;
III - os alunos de Escola Preparatória de Cadetes e do Colégio Naval têm precedência sobre os Terceiros-Sargentos,
aos quais são equiparados;
IV - os alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando fardados, têm precedência sobre os Cabos, aos
quais são equiparados; e
V - os Cabos têm precedência sobre os alunos das escolas ou dos centros de formação de sargentos, que a eles são
equiparados, respeitada, no caso de militares, a antiguidade relativa.
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TÍTULO I
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Capítulo 4 - Do Cargo e da Função Militares
Art. 20 – Cargo militar é um conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometidos a um militar em
serviço ativo.
§ 1o – O cargo militar, a que se refere este artigo, é o que se encontra especificado nos Quadros de Efetivo
ou Tabelas de Lotação das Forças Armadas ou previsto, caracterizado ou definido como tal em outras
disposições legais.
§ 2o – As obrigações inerentes ao cargo militar devem ser compatíveis com o correspondente grau
hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação específica.
Art. 21 – Os cargos militares são providos com pessoal que satisfaça aos requisitos de grau hierárquico e de
qualificação exigidos para o seu desempenho.
Parágrafo único – O provimento de cargo militar far-se-á por ato de nomeação ou determinação expressa da
autoridade competente.
Art. 22 – O cargo militar é considerado vago a partir de sua criação e até que um militar nele tome posse, ou
desde o momento em que o militar exonerado, ou que tenha recebido determinação expressa da autoridade
competente, o deixe e até que outro militar nele tome posse de acordo com as normas de provimento previstas
no parágrafo único do artigo anterior.
Parágrafo único – Consideram-se também vagos os cargos militares cujos ocupantes tenham:
a) falecido;
b) sido considerados extraviados;
c) sido feitos prisioneiros; e
d) sido considerados desertores.
Art. 23 – Função militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar.
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Art. 24 – Dentro de uma mesma organização militar, a sequência de substituições para assumir cargo ou
responder por funções, bem como as normas, atribuições e responsabilidades relativas, são as estabelecidas
na legislação ou regulamentação específica, respeitadas a precedência e a qualificação exigidas
para o cargo ou o exercício da função.
Art. 25 – O militar ocupante de cargo provido em caráter efetivo ou interino, de acordo com o parágrafo único
do artigo 21, faz jus aos direitos correspondentes ao cargo, conforme previsto em dispositivo legal.
Art. 26 – As obrigações que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não são catalogadas
como posições tituladas em "Quadro de Efetivo", "Quadro de Organização", "Tabela de Lotação" ou dispositivo
legal, são cumpridas como encargo, incumbência, comissão, serviço ou atividade, militar ou de natureza
militar.
Parágrafo único – Aplica-se, no que couber, a encargo, incumbência, comissão, serviço ou atividade, militar ou
de natureza militar, o disposto neste Capítulo para cargo militar.
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Art. 28 - O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das
Forças Armadas, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos seguintes preceitos da ética
militar:
I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal;
II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes;
V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o
cumprimento da missão comum;
VII - empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
VIII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação;
IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza;
XI - acatar as autoridades civis;
XII - cumprir seus deveres de cidadão;
XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;
XIV - observar as normas da boa educação;
XV - garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar;
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XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou
para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas;
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou militares,
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
e) no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja na Administração Pública.
XIX - zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus integrantes, obedecendo e fazendo
obedecer os preceitos da ética militar.
Art. 29 - Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela
ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de
responsabilidade limitada.
§ 1o - Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas organizações militares e nas
repartições públicas civis, de interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
§ 2o - Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o
disposto no presente artigo.
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§ 3o - No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos oficiais titulares dos Quadros ou Serviços
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de Saúde e de Veterinária o exercício de atividade técnico-profissional no meio civil, desde que tal prática não
prejudique o serviço e não infrinja o disposto neste artigo.
Art. 30 – Os Ministros das Forças Singulares poderão determinar aos militares da ativa da respectiva Força que,
no interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a origem e natureza dos seus bens, sempre
que houver razões que recomendem tal medida.
SEÇÃO II
Do Compromisso Militar
Art. 32 - Todo cidadão, após ingressar em uma das Forças Armadas mediante incorporação, matrícula ou nomeação,
prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres militares
e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.
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Art. 33 - O compromisso do incorporado, do matriculado e do nomeado, a que se refere o artigo anterior, terá
caráter solene e será sempre prestado sob a forma de juramento à Bandeira na presença de tropa ou guarnição
formada, conforme os dizeres estabelecidos nos regulamentos específicos das Forças Armadas, e tão logo o militar
tenha adquirido um grau de instrução compatível com o perfeito entendimento de seus deveres como integrante
das Forças Armadas.
§ 1o - O compromisso de Guarda-Marinha ou Aspirante-a-Oficial é prestado nos estabelecimentos de formação,
obedecendo o cerimonial ao fixado nos respectivos regulamentos.
§ 2o - O compromisso como oficial, quando houver, será regulado em cada Força Armada.
SEÇÃO III
Do Comando e da Subordinação
Art. 34 - Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o militar é investido legalmente
quando conduz homens ou dirige uma organização militar. O comando é vinculado ao grau hierárquico e constitui
uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o militar se define e se caracteriza como chefe.
Parágrafo único - Aplica-se à direção e à chefia de organização militar, no que couber, o estabelecido para comando.
Art. 35 - A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do militar e decorre, exclusivamente, da
estrutura hierarquizada das Forças Armadas.
Art. 36 - O oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício de funções de comando, de chefia e de direção.
Art. 37 - Os graduados auxiliam ou complementam as atividades dos oficiais, quer no adestramento e no emprego
de meios, quer na instrução e na administração.
Parágrafo único - No exercício das atividades mencionadas neste artigo e no comando de elementos subordinados,
os suboficiais, os subtenentes e os sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade
profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do
serviço e das normas operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a manutenção da
coesão e do moral das mesmas praças em todas as circunstâncias.
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Art. 38 - Os Cabos, Taifeiros Mores, Soldados de Primeira Classe, Taifeiros de Primeira Classe, Marinheiros,
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Soldados, Soldados de Segunda Classe e Taifeiros de Segunda Classe são, essencialmente, elementos de execução.
Art. 39 - Os Marinheiros Recrutas, Recrutas, Soldados Recrutas e Soldados de Segunda Classe constituem os
elementos incorporados às Forças Armadas para a prestação do serviço militar inicial.
Art. 40 - Às praças especiais cabe a rigorosa observância das prescrições dos regulamentos que lhes são pertinentes,
exigindo-se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional.
Parágrafo único - Às praças especiais também se assegura a prestação do serviço militar inicial.
Art. 41 - Cabe ao militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos
que praticar.
Art. 42 – A violação das obrigações ou dos deveres militares constituirá crime, contravenção ou transgressão
disciplinar, conforme dispuser a legislação ou regulamentação específica.
§ 1o – A violação dos preceitos da ética militar será tão mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de
quem a cometer.
§ 2o – No concurso de crime militar e de contravenção ou transgressão disciplinar, quando forem da mesma
natureza, será aplicada somente a pena relativa ao crime.
SEÇÃO I
Conceituação
Art. 42 – A violação das obrigações ou dos deveres militares constituirá crime, contravenção ou transgressão
disciplinar, conforme dispuser a legislação ou regulamentação específica.
§ 1o – A violação dos preceitos da ética militar será tão mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico
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de quem a cometer.
§ 2o – No concurso de crime militar e de contravenção ou transgressão disciplinar, quando forem da mesma
natureza, será aplicada somente a pena relativa ao crime.
Art. 43 – A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos, ou a falta de exação no cumprimento
dos mesmos, acarreta para o militar responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, consoante a
legislação específica.
Parágrafo único – A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal poderá concluir pela
incompatibilidade do militar com o cargo, ou pela incapacidade para o exercício das funções militares a ele
inerentes.
Art. 44 – O militar que, por sua atuação, se tornar incompatível com o cargo, ou demonstrar incapacidade no
exercício de funções militares a ele inerentes, será afastado do cargo.
§ 1o – São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do exercício da
função:
a) o Presidente da República;
b) os titulares das respectivas pastas militares e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; e
c) os comandantes, os chefes e os diretores, na conformidade da legislação ou regulamentação específica de
cada Força Armada.
§ 2o – O militar afastado do cargo, nas condições mencionadas neste artigo, ficará privado do exercício de
qualquer função militar até a solução do processo ou das providências legais cabíveis.
Art. 45 – São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter
reivindicatório ou político.
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SEÇÃO II
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Dos Crimes Militares
Art. 46 – O Código Penal Militar relaciona e classifica os crimes militares, em tempo de paz e em tempo de guerra,
e dispõe sobre a aplicação aos militares das penas correspondentes aos crimes por eles cometidos.
SEÇÃO III
Das Contravenções ou Transgressões Disciplinares
Art. 47 – Os regulamentos disciplinares das Forças Armadas especificarão e classificarão as contravenções ou
transgressões disciplinares e estabelecerão as normas relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à
classificação do comportamento militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares.
§ 1o – As penas disciplinares de impedimento, detenção ou prisão não podem ultrapassar 30 (trinta) dias.
§ 2o – À praça especial aplicam-se, também, as disposições disciplinares previstas no regulamento do
estabelecimento de ensino onde estiver matriculada.
SEÇÃO IV
Dos Conselhos de Justificação e de Disciplina
julgar, em instância única, os processos oriundos dos Conselhos de Justificação, nos casos previstos em lei
específica.
§ 3o – A Conselho de Justificação poderá, também, ser submetido o oficial da reserva remunerada ou reformado
presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.
Art. 49 – O Guarda-Marinha, o Aspirante-a-Oficial e as praças com estabilidade assegurada, presumivelmente
incapazes de permanecerem como militares da ativa serão submetidos a Conselho de Disciplina e afastados das
atividades que estiverem exercendo, na forma de regulamentação específica.
§ 1o – O Conselho de Disciplina obedecerá a normas comuns às trêsForças Armadas.
§ 2o – Compete aos Ministros das Forças Singulares julgar, em última instancia, os processos oriundos dos
Conselhos de Disciplina convocados no âmbito das respectivas Forças Armadas.
§ 3o – A Conselho de Disciplina poderá, também, ser submetida a praça na reserva remunerada ou reformada,
presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.
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III - o provento calculado com base no soldo integral do posto ou graduação quando, não contando trinta anos
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de serviço, for transferido para a reserva remunerada, ex officio, por ter atingido a idade-limite de permanência
em atividade no posto ou na graduação, ou ter sido abrangido pela quota compulsória; e
(Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31.8.2001)
IV - nas condições ou nas limitações impostas na legislação e regulamentação específicas:
a) a estabilidade, quando praça com 10 (dez) ou mais anos de tempo de efetivo serviço;
b) o uso das designações hierárquicas;
c) a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à graduação;
d) a percepção de remuneração;
e) a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida como o conjunto de atividades
relacionadas com a prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos,
farmacêuticos e odontológicos, bem como o fornecimento, a aplicação de meios e os cuidados e demais atos
médicos e paramédicos necessários;
f) o funeral para si e seus dependentes, constituindo-se no conjunto de medidas tomadas pelo Estado, quando
solicitado, desde o óbito até o sepultamento condigno;
g) a alimentação, assim entendida como as refeições fornecidas aos militares em atividade;
h) o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, roupa branca e roupa de cama, fornecido ao
militar na ativa de graduação inferior a Terceiro-Sargento e, em casos especiais, a outros militares;
i) a moradia para o militar em atividade, compreendendo;
1) alojamento em organização militar, quando aquartelado ou embarcado; e
2) habitação para si e seus dependentes: em imóvel sob a responsabilidade da União, de acordo com a
disponibilidade existente;
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III - a filha solteira, desde que não receba remuneração;
IV - o filho estudante, menor de 24 (vinte e quatro) anos, desde que não receba remuneração;
V - a mãe viúva, desde que não receba remuneração;
VI - o enteado, o filho adotivo e o tutelado, nas mesmas condições dos itens II, III e IV;
VII - a viúva do militar, enquanto permanecer neste estado, e os demais dependentes mencionados nos
itens II, III, IV, V e VI deste parágrafo, desde que vivam sob a responsabilidade da viúva;
VIII - a ex-esposa com direito à pensão alimentícia estabelecida por sentença transitada em julgado,
enquanto não contrair novo matrimônio.
§ 3º São, ainda, considerados dependentes do militar, desde que vivam sob sua dependência econômica,
sob o mesmo teto, e quando expressamente declarados na organização militar competente:
a) a filha, a enteada e a tutelada, nas condições de viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas, desde
que não recebam remuneração;
b) a mãe solteira, a madrasta viúva, a sogra viúva ou solteira, bem como separadas judicialmente ou
divorciadas, desde que, em qualquer dessas situações, não recebam remuneração;
c) os avós e os pais, quando inválidos ou interditos, e respectivos cônjuges, estes desde que não recebam
remuneração;
d) o pai maior de 60 (sessenta) anos e seu respectivo cônjuge, desde que ambos não recebam remuneração;
e) o irmão, o cunhado e o sobrinho, quando menores ou inválidos ou interditos, sem outro arrimo;
f) a irmã, a cunhada e a sobrinha, solteiras, viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas, desde que não
recebam remuneração;
g) o neto, órfão, menor inválido ou interdito;
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h) a pessoa que viva, no mínimo há 5 (cinco) anos, sob a sua exclusiva dependência econômica, comprovada
mediante justificação judicial;
i) a companheira, desde que viva em sua companhia há mais de 5 (cinco) anos, comprovada por justificação
judicial; e
j) o menor que esteja sob sua guarda, sustento e responsabilidade, mediante autorização judicial.
§ 4o Para efeito do disposto nos §§ 2o e 3o deste artigo, não serão considerados como remuneração os
rendimentos não provenientes de trabalho assalariado, ainda que recebidos dos cofres públicos, ou a remuneração
que, mesmo resultante de relação de trabalho, não enseje ao dependente do militar qualquer direito à assistência
previdenciária oficial.
Art. 51 - O militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar de superior
hierárquico poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou representação, segundo
regulamentação específica de cada Força Armada.
§ 1o - O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quando o ato que decorra
de inclusão em quota compulsória ou de composição de Quadro de Acesso; e
b) em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos.
§ 2o - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos coletivamente.
§ 3o - O militar só poderá recorrer ao Judiciário após esgotados todos os recursos administrativos e deverá
participar esta iniciativa, antecipadamente, à autoridade à qual estiver subordinado.
Art. 52 - Os militares são alistáveis, como eleitores, desde que oficiais, guardas-marinha ou aspirantes-a-oficial,
suboficiais ou subtenentes, sargentos ou alunos das escolas militares de nível superior para formação de oficiais.
Parágrafo único - Os militares alistáveis são elegíveis, atendidas as seguintes condições:
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a) se contar menos de 5 (cinco) anos de serviço, será, ao se candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo
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mediante demissão ou licenciamento ex officio; e
b) se em atividade, com 5 (cinco) ou mais anos de serviço, será, ao se candidatar a cargo eletivo, afastado,
temporariamente, do serviço ativo e agregado, considerado em licença para tratar de interesse particular. Se eleito,
será, no ato da diplomação, transferido para a reserva remunerada, percebendo a remuneração a que fizer jus em
função do seu tempo de serviço.
SEÇÃO II
Da Remuneração
Art. 53 - A remuneração dos militares será estabelecida em legislação específica, comum às Forças Armadas,
e compreende: (Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
I - na ativa: (Redação dada pela Lei no 8.237, de 1991)
a) soldo, gratificações e indenizações regulares. (Redação dada pela Lei no 8.237, de 1991)
II - na inatividade: (Redação dada pela Lei no 8.237, de 1991)
a) proventos, constituídos de soldos ou quotas de soldo e gratificações incorporáveis; (Redação dada pela
Lei no 8.237, de 1991)
b) adicionais. (Redação dada pela Lei no 8.237, de 1991)
Art. 54 - O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos previstos
em lei.
Art. 55 - O valor do soldo é igual para o militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um mesmo
grau hierárquico, ressalvado o disposto no item II do caput do art 50.
Art. 56 - Por ocasião da sua passagem para a inatividade, o militar terá direito a tantas quotas de soldo quantos
forem os anos de serviço, computáveis para a inatividade, até o máximo de 30 (trinta) anos, ressalvado o
disposto no item III do caput do art 50.
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Parágrafo único - Para efeito de contagem das quotas, a fração de tempo igual ou superior a 180 (cento e
oitenta) dias será considerada 1 (um) ano.
Art. 57 - Nos termos do § 9o, do artigo 93 da Constituição, a proibição de acumular proventos de inatividade
não se aplica a militares da reserva remunerada e aos reformados quanto ao exercício de mandato eletivo,
quanto ao de função de magistério ou de cargo em comissão ou quanto ao contrato para prestação de serviços
técnicos ou especializados.
Art. 58 - Os proventos de inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo
da moeda, se modificarem os vencimentos dos militares em serviço ativo.
Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em lei, os proventos da inatividade não poderão exceder a
remuneração percebida pelo militar da ativa no posto ou graduação correspondente aos dos seus proventos.
SEÇÃO III
Da Promoção
Art. 59 - O acesso da hierarquia militar, fundamentado principalmente no valor moral e profissional, é seletivo,
gradual e sucessivo e será feito mediante promoções, de conformidade com a legislação e regulamentação de
promoções de oficiais e de praças, de modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira para os militares.
Parágrafo único - O planejamento da carreira dos oficiais e das praças é atribuição de cada um dos Ministérios das
Forças Singulares.
Art. 60 - As promoções serão efetuadas pelos critérios de antiguidade, merecimento ou escolha, ou, ainda, por
bravura e post mortem.
§ 1o - Em casos extraordinários e independentes de vagas, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição.
§ 2o - A promoção de militar feita em ressarcimento de preterição será efetuada segundo os critérios de
antiguidade ou merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na escala hierárquica, como se houvesse sido
promovido, na época devida, pelo critério em que hora é feita sua promoção.
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Art. 61 - A fim de manter a renovação, o equilíbrio e a regularidade de acesso nos diferentes Corpos, Quadros, Armas
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ou Serviços, haverá anual e obrigatoriamente um número fixado de vagas à promoção, nas proporções abaixo
indicadas:
I - Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos
Corpos ou Quadros;
II - Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão e Majores-Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos ou
Quadros;
III - Contra-Almirantes, Generais-de-Brigada e Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos ou Quadros;
IV - Capitães-de-Mar-e-Guerra e Coronéis - no mínimo 1/8 (um oitavo) dos respectivos Corpos, Quadros, Armas
ou Serviços;
V - Capitães-de-Fragata e Tenentes-Coronéis - no mínimo 1/15 (um quinze avos) dos respectivos Corpos,
Quadros, Armas ou Serviços;
VI - Capitães-de-Corveta e Majores - no mínimo 1/20 (um vinte avos) dos respectivos Corpos, Quadros, Armas
ou Serviços; e
VII - Oficiais dos 3 (três) últimos postos dos Quadros de que trata a alínea b, do inciso I do artigo 98, 1/4 para o
último posto, no mínimo 1/10 para o penúltimo posto, e no mínimo 1/15 para o antepenúltimo posto, dos respectivos
Quadros, exceto quando o último e o penúltimo postos forem Capitão-Tenente ou Capitão e 1o Tenente, caso em que
as proporções serão no mínimo 1/10 e 1/20 respectivamente. (Redação dada pela Lei no 7.666, de 1988)
§ 1o - O número de vagas para promoção obrigatória em cada ano-base para os postos relativos aos itens IV, V,
VI e VII deste artigo será fixado, para cada Força, em decretos separados, até o dia 15 (quinze) de janeiro do ano
seguinte.
§ 2o - As frações que resultarem da aplicação das proporções estabelecidas neste artigo serão adicionadas,
cumulativamente, aos cálculos correspondentes dos anos seguintes, até completar-se pelo menos 1 (um) inteiro que,
então, será computado para obtenção de uma vaga para promoção obrigatória.
§ 3o - As vagas serão consideradas abertas:
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a) na data da assinatura do ato que promover, passar para a inatividade, transferir de Corpo ou Quadro, demitir
ou agregar o militar;
b) na data fixada na Lei de Promoções de Oficiais da Ativa das Forças Armadas ou seus regulamentos, em casos
neles indicados; e
c) na data oficial do óbito do militar.
Art. 62 - Não haverá promoção de militar por ocasião de sua transferência para a reserva remunerada ou reforma.
SEÇÃO IV
Das Férias e de Outros Afastamentos Temporários do Serviço
TEMPO DE SERVIÇO
AFASTAMENTO É REMUNERADO? CONTA COMO TEMPO SERVIÇO
EXIGIDO
1. FÉRIAS: 30 DIAS; SIM QUALQUER TEMPO SIM
2. NÚPCIAS : 8 DIAS; SIM QUALQUER TEMPO SIM
3 . LUTO : 8 DIAS SIM QUALQUER TEMPO SIM
4. INSTALAÇÃO : ATÉ 10 DIAS SIM QUALQUER TEMPO SIM
5. TRANSITO : ATÉ 30 DIAS SIM QUALQUER TEMPO SIM
6. LTSP : ATÉ 2 ANOS SIM QUALQUER TEMPO SIM
7. LTSPF : ATÉ 2 ANOS SIM QUALQUER TEMPO SIM
8. LESM : 6 MESES SIM 10 ANOS SIM
9. LTIP: ATÉ 2 ANOS NÃO 10 ANOS NÃO
10 . LAC : ATÉ 3 ANOS NÃO 10 ANOS NÃO
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Art. 63 - Férias são afastamentos totais do serviço, anual e obrigatoriamente concedidos aos militares para
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descanso, a partir do último mês do ano a que se referem e durante todo o ano seguinte:
§ 1o - O Poder Executivo fixará a duração das férias, inclusive para os militares servindo em localidades especiais.
§ 2o - Compete aos Comandantes Militares regulamentar a concessão de férias.
§ 3o - A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento de saúde, nem por
punição anterior decorrente de contravenção ou transgressão disciplinar, ou pelo estado de guerra, ou para que
sejam cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquela licença.
(Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
§ 4o - Somente em casos de interesse da segurança nacional, de manutenção da ordem, de extrema necessidade
do serviço, de transferência para a inatividade, ou para cumprimento de punição decorrente de contravenção ou
de transgressão disciplinar de natureza grave e em caso de baixa a hospital, os militares terão interrompido ou
deixarão de gozar na época prevista o período de férias a que tiverem direito, registrando-se o fato em seus
assentamentos.
§ 5o (Revogado pela Medida Provisória no 2.215-10)
Art. 64 - Os militares têm direito ainda aos seguintes períodos de afastamento total do serviço, obedecidas as
disposições legais e regulamentares, por motivo de:
I - núpcias: 8 (oito) dias;
II - luto: 8 (oito) dias;
III - instalação: até 10 (dez) dias; e
IV - trânsito: até 30 (trinta) dias.
Art. 65 - As férias e os afastamentos mencionados no artigo anterior são concedidos com a remuneração prevista
na legislação específica e computados como tempo de efetivo serviço para todos os efeitos legais.
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Art. 66 - As férias, instalação e trânsito dos militares que se encontram a serviço no estrangeiro devem ter
regulamentação idêntica para as três Forças Armadas.
SEÇÃO V
Das Licenças
Art. 67 - Licença é a autorização para afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida ao militar,
obedecidas às disposições legais e regulamentares.
§ 1o - A licença pode ser:
a) (Revogada pela Medida Provisória no 2.215-10)
b) para tratar de interesse particular;
c) para tratamento de saúde de pessoa da família;
d) para tratamento de saúde própria; e
e) para acompanhar cônjuge ou companheiro(a). (Redação Lei no 11.447, de 2007)
§ 2o - A remuneração do militar licenciado será regulada em legislação específica.
§ 3o - A concessão da licença é regulada pelo Comandante da Força. (Redação dada pela Medida Provisória no
2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
Art. 68 (Revogado Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
§ 1o A licença especial tem a duração de 6 (seis) meses, a ser gozada de uma só vez; quando solicitado pelo
interessado e julgado conveniente pela autoridade competente, poderá ser parcelada em 2 (dois) ou 3 (três) meses.
§ 2o O período de licença especial não interrompe a contagem de tempo de efetivo serviço.
§ 3o Os períodos de licença especial não gozados pelo militar são computados em dobro para fins exclusivos de
contagem de tempo para a passagem à inatividade e, nesta situação, para todos os efeitos legais.
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§ 4o A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licença para tratamento de saúde e para
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que sejam cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças.
§ 5o Uma vez concedida a licença especial, o militar será exonerado do cargo ou dispensado do exercício das
funções que exercer e ficará à disposição do órgão de pessoal da respectiva Força Armada, adido à Organização
Militar onde servir.
Art. 69. Licença para tratar de interesse particular é a autorização para o afastamento total do serviço, concedida
ao militar, com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço, que a requeira com aquela finalidade.
Parágrafo único. A licença de que trata este artigo será sempre concedida com prejuízo da remuneração e da contagem
de tempo de efetivo serviço, exceto, quanto a este último, para fins de indicação para a quota compulsória.
Art. 69-A. Licença para acompanhar cônjuge ou companheiro (a) é a autorização para o afastamento total do
serviço, concedida a militar com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço que a requeira para acompanhar cônjuge
ou companheiro (a) que, sendo servidor público da União ou militar das Forças Armadas, for, de ofício, exercer
atividade em órgão público federal situado em outro ponto do território nacional ou no exterior, diverso da localização
da organização militar do requerente. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 1o A licença será concedida sempre com prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de efetivo serviço,
exceto, quanto a este último, para fins de indicação para a quota compulsória. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007).
§ 2o O prazo limite para a licença será de 36 (trinta e seis) meses, podendo ser concedido de forma contínua ou
fracionada. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 3o Para a concessão da licença para acompanhar companheiro(a), há necessidade de que seja reconhecida a
união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, de acordo com a legislação específica. (Incluído
pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 4o Não será concedida a licença de que trata este artigo quando o militar acompanhante puder ser passado à
disposição ou à situação de adido ou ser classificado/lotado em organização militar das Forças Armadas para o
desempenho de funções compatíveis com o seu nível hierárquico. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 5o A passagem à disposição ou à situação de adido ou a classificação/ lotação em organização militar, de que
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trata o § 4o deste artigo, será efetivada sem ônus para a União e sempre com a aquiescência das Forças Armadas
envolvidas.
(Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
Art. 70. As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições estabelecidas neste artigo.
§ 1o - A interrupção da licença especial, da licença para tratar de interesse particular e da licença para acompanhar
cônjuge ou companheiro(a) poderá ocorrer: (Redação dada pela Lei no 11.447, de 2007)
a) em caso de mobilização e estado de guerra;
b) em caso de decretação de estado de emergência ou de estado de sítio;
c) para cumprimento de sentença que importe em restrição da liberdade individual;
d) para cumprimento de punição disciplinar, conforme regulamentação de cada Força. (Redação dada pela
Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
e) em caso de denúncia ou de pronúncia em processo criminal ou indiciação em inquérito militar, a juízo da
autoridade que efetivou a denúncia, a pronúncia ou a indiciação.
§ 2o - A interrupção da licença para tratar de interesse particular e da licença para acompanhar cônjuge ou
companheiro(a) será definitiva quando o militar for reformado ou transferido, de ofício, para a reserva remunerada.
§ 3o - A interrupção da licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para cumprimento de pena
disciplinar que importe em restrição da liberdade individual, será regulada em cada Força.
SEÇÃO VI
Da Pensão Militar
Art. 71 - A pensão militar destina-se a amparar os beneficiários do militar falecido ou extraviado e será paga
conforme o disposto em legislação específica.
§ 1o - Para fins de aplicação da legislação específica, será considerado como posto ou graduação do militar o
correspondente ao soldo sobre o qual forem calculadas as suas contribuições.
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§ 2o - Todos os militares são contribuintes obrigatórios da pensão militar correspondente ao seu posto ou
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graduação, com as exceções previstas em legislação específica.
§ 3o - Todo militar é obrigado a fazer sua declaração de beneficiários que, salvo prova em contrário, prevalecerá
para a habilitação dos mesmos à pensão militar.
Art. 72 - A pensão militar defere-se nas prioridades e condições estabelecidas em legislação específica.
TÍTULO III
CAPÍTULO II - Das Prerrogativas
SEÇÃO I- Constituição e Enumeração
Art. 73 - As prerrogativas dos militares são constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas aos graus
hierárquicos e cargos.
Parágrafo único - São prerrogativas dos militares:
a) uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas militares das Forças Armadas, correspondentes
ao posto ou graduação, Corpo, Quadro, Arma, Serviço ou Cargo;
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em leis e regulamentos;
c) cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em organização militar da respectiva Força cujo
comandante, chefe ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou, na impossibilidade de cumprir esta
disposição, em organização militar de outra Força cujo comandante, chefe ou diretor tenha a necessária
precedência; e
d) julgamento em foro especial nos crimes militares.
Art. 74 - Somente em caso de flagrante delito o militar poderá ser preso por autoridade policial, ficando esta
obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou posto
policial durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.
§ 1o - Cabe à autoridade militar competente a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial pelo não
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cumprimento do disposto neste artigo e ainda que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer preso
militar ou não lhe der tratamento devido ao seu posto ou graduação.
§ 2o - Se durante o processo e julgamento no foro civil houver perigo de vida para qualquer preso militar, a
autoridade militar competente, mediante requisição da autoridade judiciária, mandará guardar os pretórios ou
tribunais por força federal.
Art. 75 - Os militares da ativa, no exercício de funções militares, são dispensados do serviço na instituição do Júri e
do serviço na Justiça Eleitoral.
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§ 3o - Os militares na inatividade cuja conduta possa ser considerada como ofensiva à dignidade da classe
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poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes por decisão do Ministro da respectiva Força Singular.
Art. 78 - O militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que use e aos distintivos, emblemas ou
às insígnias que ostente.
Art. 79 - É vedado às Forças Auxiliares e a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou ostentar
distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados nas Forças Armadas.
Parágrafo único - São responsáveis pela infração das disposições deste artigo, além dos indivíduos que as tenham
cometido, os comandantes das Forças Auxiliares, diretores ou chefes de repartições, organizações de qualquer
natureza, firmas ou empregadores, empresas, institutos ou departamentos que tenham adotado ou consentido
sejam usados uniformes ou ostentado distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os
adotados nas Forças Armadas.
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REGULAMENTO DISCIPLINAR PARA A MARINHA
TÍTULO I - GENERALIDADES
CAPÍTULO 1- Do Propósito
Art. 1º O RDM tem por propósito a especificação e a classificação das contravenções disciplinares e o
estabelecimento das normas relativas à amplitude e à aplicação das penas disciplinares, à classificação do
comportamento militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares.
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9. aconselhar ou concorrer para o não cumprimento de qualquer ordem de autoridade competente ou para o
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retardamento da sua execução;
10. induzir ou concorrer intencionalmente para que outrem incida em contravenção;
11. deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele recebida;
12. retirar-se da presença de superior sem a sua devida licença ou ordem para fazê-lo;
13. deixar o oficial presente a solenidade interna ou externa onde se encontrem superiores hierárquicos de
apresentar-se ao mais antigo e saudar os demais;
14. deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu lugar ao superior, ressalvadas as exceções regulamentares previstas;
15. representar contra o superior:
a) sem prévia autorização deste;
b) em inobservância à via hierárquica;
c) em termos desrespeitosos; e
d) empregando argumentos falsos ou envolvendo má fé.
16. deixar de se apresentar, finda a licença ou cumprimento de pena, aos seus superiores ou a quem deva fazê-
lo, de acordo com as normas de serviço de Organização Militar;
17. permutar serviço sem autorização do superior competente;
18. autorizar, promover, tomar parte ou assinar representação ou manifestação coletiva de qualquer caráter contra
superior;
19. recusar pagamento, fardamento, equipamento ou artigo de recebimento obrigatório;
20. recusar-se ao cumprimento de castigo imposto;
21. tratar subalterno com injustiça
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40. fazer qualquer transação de caráter comercial em Organização militar
41. estar fora do uniforme determinado ou tê-lo em desalinho;
42. ser descuidado no asseio do corpo e do uniforme;
43. ter a barba, bigode, as costeletas, o cavanhaque ou o cabelo fora das normas regulamentares;
44. dar, vender, empenhar ou trocar peças de uniformes fornecidas pela União;
45. simular doença;
46. executar intencionalmente mal qualquer serviço ou exercício;
47. ser negligente no desempenho da incumbência ou serviço que lhe for confiado;
48. extraviar ou concorrer para que se extraviem ou se estraguem quaisquer objetos da Fazenda Nacional ou documentos
oficiais, que estejam sob sua responsabilidade direta;
49. deixar de comparecer ou atender imediatamente à chamada para qualquer exercício, faina, manobra ou formatura;
50. deixar de se apresentar, sem motivo justificado, nos prazos regulamentares, à OM para que tenha sido transferido e, às
autoridades competentes, nos casos de comissões ou serviços extraordinários para que tenha sido nomeado ou
designado;
51. deixar de participar em tempo à autoridade a que estiver diretamente subordinado a impossibilidade de comparecer à
Organização Militar ou a qualquer ato de serviço a que esteja obrigado a participar ou a que tenha que assistir;
52. faltar ou chegar atrasado, sem justo motivo, a qualquer ato ou serviço de que deva participar ou a que deva assistir;
53. ausentar-se sem a devida autorização da OM onde serve ou do local onde deva permanecer;
54. ausentar-se sem a devida autorização da sede da OM onde serve;
55. deixar de regressar à hora determinada à OM onde serve;
56. exceder licença;
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75. deixar de comunicar em tempo hábil ao seu superior imediato ou a quem de direito o conhecimento que tiver de
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qualquer fato que possa comprometer a disciplina ou a segurança da OM, ou afetar os interesses da Segurança Nacional;
76. ser discreto em relação a assuntos de caráter oficial, cuja divulgação possa ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem do
serviço;
77. discutir pela imprensa ou por qualquer outro meio de publicidade, sem autorização competente, assunto militar, exceto
de caráter técnico não sigiloso e que não se refira à Defesa ou à Segurança Nacional;
78. manifestar-se publicamente a respeito de assuntos políticos ou tomar parte fardado em manifestações de caráter
político-partidário;
79. provocar ou tomar parte em OM em discussão a respeito de política ou religião;
80. faltar com o respeito devido, por ação ou omissão, a qualquer dos símbolos nacionais, desde que em situação não
considerada como crime;
81. fazer uso indevido de viaturas, embarcações ou aeronaves pertencentes à Marinha, desde que o ato não constitua crime;
82. disparar arma em OM por imprudência ou negligência;
83. concorrer para a discórdia ou desarmonia ou cultivar inimizades entre os militares ou seus familiares; e
84. disseminar boatos ou notícias tendenciosas.
Parágrafo único – são também consideradas contravenções disciplinares todas as omissões do dever militar não especificadas
no presente artigo, desde de que não qualificadas como crime nas leis penais militares, cometidas contra preceitos da
subordinação e regras de serviço estabelecidos nos diversos regulamentos militares e determinações das autoridades
superiores competentes.
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CAPÍTULO 1 - Da Classificação e Extensão
Art.13- As contravenções definidas e classificadas no Título anterior serão punidas com penas disciplinares.
Art.14- As penas disciplinares são as seguintes:
b) para Oficiais da reserva que exerçam funções de atividade:
a) para Oficiais da ativa:
1.repreensão;
1. repreensão;
2.prisão simples, até 10 dias;
2. prisão simples, até 10 dias; e
3.prisão rigorosa, até 10 dias; e
3. prisão rigorosa, até 10 dias.
4.dispensa das funções de atividade.
c) para os Oficiais da reserva remunerada não
d) para Suboficiais:
compreendidos na alínea anterior e os
1. repreensão
reformados:
2. prisão simples, até 10 dias;
1. repreensão;
3. prisão rigorosa, até 10 dias; e
2. prisão simples, até 10 dias; e
4. exclusão do serviço ativo, a bem da disciplina.
3. prisão rigorosa, até 10 dias.
e) para Sargentos: f) para Cabos Marinheiros e Soldados:
1. repreensão; 1. repreensão;
2. impedimento, até 30 dias; 2. impedimento, até 30 dias;
3. prisão simples, até 10 dias 3. serviço extraordinário, até 10 dias;
4. prisão rigorosa, até 10 dias; e 4. prisão simples, até 10 dias;
5. licenciamento ou exclusão do serviço 5. prisão rigorosa, até 10 dias; e
ativo, a bem da disciplina. 6. licenciamento ou exclusão do serviço ativo, a bem da
disciplina.
GRADUAÇÕES
PENAS PREVISTAS NO OF RR
RDM EM OF SD/M
ATIVIDA OF SO SG CB
RM1 N
DE
Afastamento das Funções NÃ
SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
de Atividades O
Repreensão SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM
Prisão Rigorosa até 10 dias SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM
Prisão Simples até 10 dias SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM
Exclusão do SAM a Bem
NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM
da Disciplina
Licenciamento do SAM a
NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM
Bem da Disciplina
Impedimento até 30 dias NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM
Serviço extra até 10 dias NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM
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Parágrafo Único – Às praças da reserva ou reformadas aplicam-se as mesmas penas estabelecidas neste artigo, de
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acordo com a respectiva graduação.
Art. 15 – Não será considerada como pena a admoestação que o superior fizer ao subalterno, mostrando-lhe
irregularidade praticada no serviço ou chamando sua atenção para fato que possa trazer como conseqüência
uma contravenção.
Art. 16 – Não será considerado como pena o recolhimento em compartimento fechado, com ou sem sentinela,
bem como a aplicação de camisa de força, algemas ou outro meio de coerção física de quem for atacado de
loucura ou excitação violenta.
Art. 17 – Por uma única contravenção não pode ser aplicada mais de uma punição.
Art. 18 – A punição disciplinar não exime o punido da responsabilidade civil que lhe couber.
c) nos casos em que a Direção ou Chefia de Estabelecimento ou Repartição for exercida por servidor civil :
- o oficial mais antigo da ativa da OM
§ 1º - Os Almirantes poderão delegar esta competência, no todo ou em parte, a Oficiais subordinados.
§ 2º - Os Comandantes de Força observarão a Competência preconizada na OGSA.
§ 3º - A pena de licenciamento e exclusão do Serviço Ativo da Marinha, será imposta pelo MM ou por
autoridade que dele tenha recebido delegação de Competência.
§4º - a pena de Licenciamento do SAM “ex-officio”, a bem da disciplina, será aplicada às Praças prestando
serviço militar inicial pelo Comandante de DN ou de Comando Naval onde ocorreu a incorporação, de acordo com
o Regulamento da Lei do Serviço Militar.
§5º - A pena de dispensa das funções de atividade será imposta privativamente pelo CM.
§6º - Os Comandantes dos DN ou Comando Naval têm competência, ainda, para aplicar punição aos
militares da reserva remunerada ou reformados que residem ou exerce atividade na área de jurisdição do
respectivo comando, respeitada a precedência hierárquica.
Art. 20 – Quando duas autoridades, ambas com jurisdição disciplinar sobre o contraventor, tiverem
conhecimento da falta caberá o julgamento à autoridade mais antiga ou à mais moderna, se o seu superior assim
o determinar.
Parágrafo Único – A autoridade mais moderna deverá manter o mais antigo informado a respeito da falta,
dos esclarecimentos que se fizerem necessários, bem como, quando julgar a falta, participar a pena imposta e os
motivos que orientaram sua disposição.
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CAPÍTULO 3 - Do Cumprimento
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COMO CUMPRIR AS PENAS DISCIPLINARES
PUNIÇAO RESUMO DE CUMPRIMENTO DAS PENAS
DISCIPLINARES
Presença do contraventor seu
VERBAL
círculo e círculos superiores
PÚBLICA Em documento que será dado
ESCRITA conhecimento aos círculos
acima.
Presença única do
VERBAL
REPREENSÃO contraventor.
PARTICULAR
Ofício reservado ao
ESCRITA
contraventor.
NÃO LANÇA NO LIVRO REGISTRO
VERBAL
DE CONTRAVENÇÕES ou O.S.
NÃO LANÇA NOS ASSENTAMENTOS
PARTICULAR
DO CONTRAVENTOR.
Permanecer na Organização Militar, sem prejuízo de qualquer
IMPEDIMENTO
serviço que lhe competir
Desempenho de qualquer serviço interno, inclusive faina, em
dias e horas em que
SERVIÇO EXTRA
não lhe competir esse serviço.
Art. 24 – A pena de prisão simples consiste no recolhimento:
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Art. 22 – A pena de impedimento obriga o contraventor a permanecer na OM, sem prejuízo de qualquer serviço
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que lhe competir.
Art. 23 – A pena de serviço extraordinário consistira no desempenho pelo contraventor de qualquer serviço
interno, inclusive faina em dias e horas em que não lhe competir este serviço.
Art. 24 – A pena de prisão simples consiste no recolhimento:
a) do Oficial, SO ou SG na OM ou outro local determinado, sem prejuízo do serviço interno que lhe couber; e
b) da Praça à sua coberta na OM ou outro local determinado sem prejuízo dos serviços internos que lhe
couberem, salvo os de responsabilidades e confiança.
Art. 25 – A pena de prisão rigorosa consiste no recolhimento:
a) do Oficial, SO ou SG aos recintos que OM forem destinados ao uso de seu círculo; e
b) da Praça, à prisão fechada.
§ 1º - Quando na OM não houver lugar ou recinto apropriado ao cumprimento da prisão rigorosa com a
necessária segurança ou em boas condições de higiene, o Comandante ou autoridade equivalente solicitará que
esse cumprimento seja feito em outra OM em que isso seja possível.
§ 2º - A critério da autoridade que as impôs, as penas de prisão simples e prisão rigorosa poderão ser
cumpridas pelas praças como determina o art. 22 ( impedimento), computando-se 2 dias de impedimento para
cada dia de prisão simples e 3 dias de impedimento para cada dia de prisão rigorosa.
§ 3º - Não será considerada agravação da pena deste artigo a reclusão do Oficial SO ou SG a camarote com
ou sem sentinela quando sua liberdade puder causar dano à ordem ou à disciplina.
§ 1º - Normalmente a pena deverá ser imposta dentro do prazo de 48 horas, contadas do momento em que a
contravenção chegou ao conhecimento da autoridade que tiver que impô-la.
§ 2º- O Oficial que lançou a Contravenção disciplinar em Livro de Registro de Contravenção deverá dar
conhecimento dos seus termos à referida Praça, antes do julgamento da mesma.
§ 3º - Quando houver necessidade de maiores esclarecimentos sobre a contravenção, a autoridade mandará
proceder a sindicância ou, se houver indício de crime, a inquérito, de acordo com as normas e prazos legais.
§ 4º - Durante o período de sindicância de que trata o parágrafo anterior, o contraventor poderá ficar detido
na OM ou em qualquer outro local que seja determinado.
§ 5º - Os militares detidos para averiguação de contravenções disciplinares não devem comparecer a
exercícios e fainas, nem executar serviço algum.
§ 6º - A prisão ou detenção de qualquer militar e o local onde se encontra deverão ser comunicados
imediatamente à sua família ou a pessoa por ele indicada, de acordo com a Constituição Federal.
§ 7º - Nenhum contraventor será interrogado se desprovido da plena capacidade de entender o caráter
contravencional de sua ação ou omissão, devendo, nessa situação, ser recolhido a prisão, em benefício da
manutenção da ordem ou de sua própria segurança.
Art. 27 – A autoridade julgará com imparcialidade e isenção de ânimo a gravidade da contravenção, sem
condescendência ou rigor excessivo, levando em conta as circunstâncias justificativas ou atenuantes, em face das
disposições deste regulamento e tendo sempre em vista os acontecimentos e a situação pessoal do contraventor.
Art. 28 - Toda pena disciplinar, exceto repreensão verbal, será imposta na forma abaixo:
a) para Oficiais e Suboficiais, mediante Ordem de Serviço que contenha resumo do histórico da falta, seu
enquadramento neste regulamento, as circunstâncias atenuantes ou agravantes e a pena imposta; e
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b) para Sargentos e demais Praças: mediante lançamento nos respectivos livros de Registro de Contravenções,
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onde constará o histórico da falta, seu enquadramento neste Regulamento, as circunstâncias atenuantes ou
agravantes e a pena imposta.
Art. 29- Quando o contraventor houver cometido contravenções simultâneas mas não correlatas, ser-lhe-ão
impostas penas separadamente.
Parágrafo único- se essas penas consistirem em prisão rigorosa e seu total exceder o máximo fixado no art. 14,
serão cumpridas em parcelas não maiores do que esse prazo, com intervalos de cinco dias.
Art. 30- A pena de licenciamento ex-officio”do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, será imposta ás Praças
com estabilidade assegurada, como disposto no Estado dos Militares e nos Regulamentos do Corpo de Praças da
Armada e do Corpo de Praças do Corpo de Fuzileiros Navais.
Art. 31- A pena de exclusão da Marinha será imposta:
a) a bem da disciplina ou por conveniência do serviço;
b) por incapacidade moral
§ 1º- A bem da disciplina ou por conveniência do serviço , a pena será imposta sempre que a Praça, de
graduação inferior a Suboficial, houver sido punida no espaço de um ano com trinta dias de prisão rigorosa ou
quando for julgado merecê-la por um Conselho de Disciplina, por má conduta habitual ou inaptidão profissional.
§ 2º- Por incapacidade moral, será imposta quando houver cometido ato julgado aviltante ou infamante por
um Conselho de Disciplina.
Art.32- A pena de exclusão do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, será aplicada “ex-officio” ás Praças
com estabilidade assegurada, como disposto no Estatuto dos Militares.
Art.33- O licenciamento “ex-officio” e a exclusão do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, inabilita o
militar para exercer cargo, função ou emprego na Marinha.
Parágrafo único- A sua situação posterior relativa á reserva será determinada pela Lei do Serviço Militar e pelo
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CAPÍTULO 7
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Da Anulação, Atenuação, Agravamento, Relevamento e Cancelamento
a) não ter sido a falta cometida atentatória à honra pessoal, ao pundonor militar ou ao decoro da classe;
b) haver decorrido o prazo de cinco anos de efetivo serviço, sem qualquer punição, a contar da data do
cumprimento da última pena. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
c) ter bons serviços prestados no período acima, mediante análise de suas folhas de alterações; e
d) ter parecer favorável de seu Chefe, Comandante ou Diretor.
§ 1o - O militar, cujas punições disciplinares tenham sido canceladas, poderá concorrer, a partir da data do ato
de cancelamento, em igualdade de condições com seus pares em qualquer situação da carreira.
§ 2o - Além das autoridades mencionadas na letra a) do artigo 19, a competência para autorizar o
cancelamento de punições cabe aos Oficiais-Generais em cargo de Chefia, Comando ou Direção, obedecendo-se à
Cadeia de Comando do interessado, não podendo ser delegada.
§ 3o - A autoridade que conceder o cancelamento da punição deverá comunicar tal fato à DPMM ou CApCFN,
conforme o caso.
§ 4o - O cancelamento concedido não produzirá efeitos retroativos, para quaisquer fins de carreira.
Art. 40 - Todo superior que tiver conhecimento, direto ou indireto, de contravenção cometida por qualquer
subalterno, deverá dar parte escrita do fato à autoridade sob cujas ordens estiver, a fim de que esta puna ou
remeta a parte à autoridade sob cujas ordens estiver o contraventor, para o mesmo fim.
Parágrafo único - Servindo superior e subalterno na mesma Organização Militar e sendo o subalterno Praça de
graduação inferior a Suboficial, será efetuado o lançamento da parte no Livro de Registro de Contravenções
Disciplinares.
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Art. 41 - O superior deverá também dar voz de prisão imediata ao contraventor e fazê-lo recolher-se à sua
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Organização Militar quando a contravenção ou suas circunstâncias assim o exigirem, a bem da ordem pública, da
disciplina ou da regularidade do serviço.
Parágrafo único - Essa voz de prisão será dada em nome da autoridade a que o contraventor estiver diretamente
subordinado, ou, quando esta for menos graduada ou antiga do que quem dá a voz, em nome da que se lhe
seguir em escala ascendente. Caso o contraventor se recuse a declarar a Organização Militar em que serve, a voz
de prisão será dada em nome do Comandante do Distrito Naval ou do Comando Naval em cuja jurisdição ocorrer
a prisão.
Art. 42 - O superior que houver agido de acordo com os artigos 40 e 41 terá cumprido seu dever e resguardada
sua responsabilidade. A solução que for dada à sua parte pela autoridade superior é de inteira e exclusiva
responsabilidade desta, devendo ser adotada dentro dos prazos previstos neste Regulamento e comunicada ao
autor da parte.
Parágrafo único - A quem deu parte assiste o direito de pedir à respectiva autoridade, dentro de oito dias úteis,
pelos meios legais, a reconsideração da solução, se julgar que esta deprime sua pessoa ou a dignidade de seu
posto, não podendo o pedido ficar sem despacho. Para tanto, a autoridade que aplicar a pena disciplinar deverá
comunicar ao autor da parte a punição efetivamente imposta e o enquadramento neste Regulamento, com as
circunstâncias atenuantes ou agravantes que envolveram o ato do contraventor.
Art. 43 - O subalterno preso nas condições do artigo 41 só poderá ser solto por determinação da autoridade a
cuja ordem foi feita a prisão, ou de autoridade superior a ela.
Art. 44 - Esta prisão, de caráter preventivo, será cumprida como determina o artigo 24.
Art. 45 - Àquele a quem for imposta pena disciplinar será facultado solicitar reconsideração da punição à
autoridade que a aplicou, devendo esta apreciar e decidir sobre a mesma dentro de oito dias úteis, contados do
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recebimento do pedido.
Art. 46 - Aquele a quem for imposta pena disciplinar poderá, verbalmente ou por escrito, por via hierárquica e em
termos respeitosos, recorrer à autoridade superior à que a impôs, pedindo sua anulação ou modificação, com
prévia licença da mesma autoridade.
§ 1o - O recurso deve ser interposto após o cumprimento da pena e dentro do prazo de oito dias úteis.
§ 2o - Da solução de um recurso só cabe a interposição de novos recursos às autoridades superiores, até o
Ministro da Marinha.
§ 3o - Contra decisão do Ministro da Marinha, o único recurso admissível é o pedido de reconsideração a essa
mesma autoridade.
§ 4o - Quando a punição disciplinar tiver sido imposta pelo Ministro da Marinha, caberá interposição de
recurso ao Presidente da República, nos termos definidos no presente artigo.
Art. 47 - O recurso deve ser remetido à autoridade a quem dirigido, dentro do prazo de oito dias úteis,
devidamente informado pela autoridade que tiver imposto a pena.
Art. 48 - A autoridade a quem for dirigido o recurso deve conhecer do mesmo sem demora, procedendo ou
mandando proceder às averiguações necessárias para resolver a questão com justiça.
Parágrafo único - No caso de delegação, para proceder a estas averiguações será nomeado um Oficial de posto
superior ao do recorrente.
Art. 49 - Se o recurso for julgado inteiramente procedente, a punição será anulada e cancelado tudo quanto a ela
se referir; se apenas em parte, será modificada a pena.
Parágrafo único - Se o recurso fizer referência somente aos termos em que foi aplicada a punição e parecer à
autoridade que os mesmos devem ser modificados, ordenará que isso se faça, indicando a nova forma a ser
usada.
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Art. 50 Aos Guardas-Marinha, Aspirantes, Alunos do Colégio Naval e Aprendizes-Marinheiros serão aplicados,
quando na Escola Naval, Colégio Naval ou nas Escolas de Aprendizes, as penas estabelecidas nos respectivos
regulamentos, e mais as escolares previstas para faltas de aproveitamento; quando embarcados, as que este
Regulamento determina para Oficiais e Praças, conforme o caso.
Art. 51 O militar sob prisão rigorosa fica inibido de ordenar serviços aos seus subalternos ou subordinados, mas
não perde o direito de precedência às honras e prerrogativas inerentes ao seu posto ou graduação.
Art. 52 Os Comandantes de Organizações Militares farão com que seus respectivos médicos ou requisitados para
tal visitem com freqüência os locais destinados a prisão fechada, a fim de proporem, por escrito, medidas que
resguardem a saúde dos presos e higiene dos mesmos locais.
Art. 53 Os artigos deste Regulamento que definem as contravenções e estabelecem as penas disciplinares devem
ser periodicamente lidos e explicados à guarnição.
Art. 54 A Jurisdição disciplinar, quando erroneamente aplicada, não impede nem restringe a ação judicial militar.
pena
posto.
120 DIAS Revisão de julgamento Da data da sua imposição.
5 ANOS Cancelamento Da data do cumprimento da última pena.
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TÍTILO – I - FORÇAS E NAVIOS
CAPÍTULO 1 – Conceituação de Forças
Art. 1-1-1 Armada é a totalidade de navios, meios aéreos e de fuzileiros, destinados ao serviço naval, pertencentes
ao Estado e incorporados à Marinha do Brasil.
Art. 1-1-2 Força é uma parcela da Armada, posta sob Comando único e constituída para fins operativos ou
administrativos.
Art. 1-1-3 Esquadra é o conjunto de Forças e navios soltos, posto sob Comando único, para fins administrativos.
O Comandante de Esquadra terá todas as prerrogativas de Comandante de Força e o título de Comandante-em-
Chefe.
Art. 1-1-4 Força Naval é a Força constituída por navios, para fins administrativos.
Parágrafo único - As Forças Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Flotilhas, Divisões, Esquadrões
ou Grupamentos.
Art. 1-1-5 Força Aeronaval é a Força constituída por unidades aéreas ou por navios e unidades aéreas, para fins
administrativos
§ 1º - As Forças Aeronavais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Grupos.
§ 2º - Constituem-se em unidades aéreas os esquadrões de aeronaves.
Art. 1-1-6 Força de Fuzileiros Navais é a Força constituída por unidades de fuzileiros navais, para fins
administrativos.
§ 1º - As Forças de Fuzileiros Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Divisões e Tropas.
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MARINHA DO BRASIL
ESQUADRA
Conjunto de Forças e navios soltos, posto sob Comando único, para fins administrativos.
ADMINISTRATIVO OU
OPERATIVO
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ORGANIZAÇOES DENOMINAÇÃO OU CONSTITUEM-SE EM UNIDADES...
SUBDIVISÃO
Forças Navais (Navios) Flotilhas, Divisões, Esquadrões Navais os navios.
ou Grupamentos.
Forças Aeronavais (navios e Grupos Aéreas os esquadrões de aeronaves
unidades aéreas)
Forças de FN (unidades de Divisões e Tropas De Fuzileiros Navais os Batalhões, os
fuzileiros navais) Grupos, os Grupamentos e as
Companhias independentes
Art. 1-1- 7 Força-Tarefa é uma Força constituída para a condução de operações navais em cumprimento a
determinada missão.
Parágrafo único - As Forças-Tarefa terão a denominação que lhes for dada pela autoridade que ordenar
suas constituições e se subdividirão em Grupos-Tarefa, Unidades-Tarefa e Elementos-Tarefa.
FT GT UT ET FT=GUE
GT UT ET
Art. 1-1-8 Qualquer fração de Força-Tarefa que dela se separar temporariamente para cumprir uma tarefa será
denominada Força Destacada, se não tiver denominação própria.
TÍTULO II - ORGANIZAÇÃO
CAPÍTULO 1 - Disposições Gerais
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Art. 2-1-1 A preparação dos navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais para combate e sua conduta
durante o mesmo serão regidas por uma Organização de Combate.
Art. 2-1-2 As atividades administrativas das forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais serão
regidas por uma Organização Administrativa.
Parágrafo único - A Organização Administrativa dos navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais serão
elaboradas com base nas respectivas Organizações de Combate e deverá atender, na distribuição do pessoal, tanto
quanto possível, a que trabalhem juntos, nas diferentes fainas e tarefas, os que irão trabalhar juntos em combate.
Art. 2-1-3 A Organização Administrativa deverá abordar, entre outros, os seguintes pontos:
a) Distribuição das tarefas por setor da OM e fixação das atribuições dos respectivos encarregados;
b) Distribuição do pessoal por setor da OM;
c) Fixação das incumbências e atribuições das Praças;
d) Distribuição do material;
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e) Distribuição do pessoal pelos diversos serviços e postos (Detalhes de Serviços e Tabelas Mestras);
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f) Fainas comuns e de emergências, e sua execução; e
g) Rotinas das tarefas normais diárias, semanais e mensais, e sua execução.
Art. 2-1-4 A elaboração das organizações das forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais será
pautada em normas baixadas pelo Estado-Maior da Armada.
Art. 2-1-5 É da competência do Ministro da Marinha, ou das autoridades que tenham recebido expressa delegação
de competência para tal, a aprovação das Organizações de forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros
navais.
Art. 2-1-6 As Organizações Militares (OM) de terra são estruturadas com base em três documentos fundamentais:
Ato de Criação, Regulamento e Regimento Interno.
§ 1o – Ato de Criação é o documento que especifica propósito, a subordinação, a sede, o posto do Comandante
e a constituição de um núcleo de implantação, quando necessário.
§ 2o – Regulamento é o ato administrativo que complementa o Ato de Criação permitindo que, em âmbito geral,
possam ser conhecidas a sua missão, organização, estrutura e outros dados de interesse.
§ 3o – Regimento Interno é o ato administrativo que complementa o Regulamento, ordenando seu
detalhamento e permitindo que, em âmbito interno, sejam disciplinadas todas as atividades rotineiras da OM.
Art. 2-1-7 A elaboração dos Regulamentos e Regimentos Internos das OM de terra será pautada em normas
baixadas pelo Estado-Maior da Armada.
Art. 2-1-8 É da competência do Ministro (Comandante) da Marinha ou das Autoridades que tenham recebido
expressa delegação de competência para tal a aprovação dos Regulamentos e Regimentos Internos das OM de
terra.
Art. 2-1-9 O número e a qualificação do pessoal necessário para exercer os diversos cargos nas OM serão fixados
em Tabelas de Lotação aprovadas pelo (Comandante) Ministro da Marinha, ou por autoridade que tenha recebido
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CAPÍTULO 1 - Disposições Gerais
Art. 4-1-1 Todos os Oficiais e Praças, quer a bordo, quer em terra, em serviço ou não, devem:
a) proceder de acordo com as normas de boa educação civil e militar e com os bons costumes, de modo a
honrar e preservar as tradições da Marinha;
b) respeitar a legislação em vigor, obedecer aos superiores e conhecer e cumprir as normas e instruções da
Marinha;
c) empenhar-se em dirigir ou executar as tarefas de que forem incumbidos com o máximo de zelo e dedicação; e
d) empregar os maiores esforços em prol da glória das armas brasileiras e sustentação da honra nacional,
mesmo nas circunstâncias mais difíceis e quaisquer que sejam os perigos a que se possam achar expostos.
Art. 4-1-2 A autoridade de cada um promana do ato de designação para o cargo que tiver que desempenhar; ou da
ordem superior que tiver recebido; começa a ser exercida com a posse nesse cargo ou com o início da execução da
ordem; a autoridade corresponde inteira responsabilidade pelo bom desempenho no cargo ou pela perfeita
execução da ordem.
Parágrafo único - Aplica-se, da mesma forma, o disposto nesse artigo a encargo, incumbência, comissão, serviço ou
atividade militar.
Art. 4-1-3 Todos são individualmente responsáveis, dentro de sua esfera de ação:
a) por negligência, imprevidência, fraqueza ou falta de energia no cumprimento de deveres e no desempenho
de suas atribuições;
b) por imperícia na direção ou execução de fainas, ou no desempenho de atribuições para as quais estejam
legalmente qualificados;
c) por infração à legislação em vigor, às disposições desta Ordenança e às normas e instruções da Marinha;
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Parágrafo único - As ordens devem ser emitidas de forma clara, concisa e precisa.
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Art. 4-1-7 Cumpre ao subordinado:
a) respeitar seus superiores e ter para com eles a consideração devida, quer estejam ou não presentes; e
b) obedecer às ordens dos superiores.
Parágrafo único – As ordens verbais dadas pelo superior, ou em seu nome, obrigam tanto como se fossem por
escrito. Se tais ordens, por sua importância, puderem envolver grave responsabilidade para o executor, este poderá
pedir que lhe sejam dadas por escrito, o que não poderá ser recusado.
Art. 4-1-8 subordinado é responsável:
a) pela execução das ordens que receber; e
b) pelas conseqüências da omissão em participar ao superior, em tempo hábil, qualquer ocorrência que
reclame providência, ou que o impeça de cumprir a ordem recebida.
Parágrafo único - O subordinado deixa de ser responsável pelo não cumprimento de uma ordem recebida de
superior quando outro superior lhe der outra ordem que prejudique o cumprimento da primeira e nela insistir,
apesar de cientificado pelo subordinado da existência da ordem anterior. Deve, porém, participar a ocorrência ao
primeiro, logo que possível.
Art. 4-1-9 Os superiores e subordinados não devem limitar-se apenas ao cumprimento das tarefas que lhes tiverem
sido cometidas, procurando ajudar-se mutuamente na execução das mesmas.
Art. 4-1-10 O subordinado dará o pronto a seu superior da execução das ordens que dele tiver recebido. Quando
circunstâncias insuperáveis impossibilitarem sua execução, ou ocorrência não prevista aconselhar a conveniência
de retardar, de modificar ou de não cumprir as ordens recebidas, dará conhecimento imediato do fato ao seu
superior, ou logo que possível, para que este providencie como julgar conveniente.
Parágrafo único - Caso, porém, não haja tempo de fazer essa participação, nem de esperar novas ordens,
subordinado resolverá, sob sua responsabilidade, como lhe parecer mais conveniente ao serviço.
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Art. 4-1-11 Qualquer subordinado que receber uma ordem e entender que de sua execução possa resultar prejuízo
ao serviço deverá ponderar respeitosamente, expondo as razões em que se fundamenta, por assim o entender;
mas, se o superior insistir na execução da referida ordem, obedecerlhe-á de pronto e lealmente, podendo, depois
de a cumprir, representar a este respeito ao Comandante ou à autoridade imediatamente superior à que lhe tiver
dado a ordem, de acordo com o prescrito no artigo 4-1-27 desta Ordenança.
Art. 4-1-12 Todos devem respeitar a religião, as instituições, os costumes e os usos do país em que se acharem.
Art. 4-1-13 Todos devem tratar-se mutuamente com respeito e polidez, e com atenção e justiça os subordinados.
Parágrafo único - No exercício de suas atribuições, é vedado ao pessoal qualquer intimidade.
Art. 4-1-14 Todo superior deve fazer cessar prontamente as contendas que presenciar a bordo entre mais
modernos e, em caso de insulto, injúria, ameaça ou vias de fato, prender os transgressores e endereçar parte de
ocorrência aos respectivos Comandantes.
Art. 4-1-15 O militar que presenciar qualquer irregularidade em que se envolva pessoal da Marinha, ou verificar
desvio de objetos pertencentes à Fazenda Nacional e atos comprometedores da segurança das Organizações
Militares (OM) da Marinha deve, conforme as circunstâncias, reprimir de pronto esses atos, ou dar parte deles com
a maior brevidade a seu Comandante ou à autoridade competente
Art. 4-1-16 Todo militar que tiver conhecimento de notícia, ainda que vaga, de algum fato que, direta ou
indiretamente, possa comprometer as tarefas da sua ou de outras OM, ou que tenha relação com os interesses
nacionais, tem rigorosa obrigação de o participar de pronto –verbalmente ou por escrito, com conveniente reserva
– ao seu Comandante, pelos canais competentes ou em caso de urgência, diretamente.
Art. 4-1-17 Todo Oficial ou Praça pode, sempre que for conveniente à ordem, à disciplina ou à normalidade do
serviço, prender à sua ordem ou à de autoridade competente, quem tiver antigüidade inferior à sua.
§ 1º - Pode, também, em flagrante de crime inafiançável, prender à ordem de autoridade superior qualquer
Oficial ou Praça de antigüidade superior à sua.
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§ 2 -Em qualquer caso, quem efetuar a prisão dará logo parte circunstanciada, por escrito e por intermédio do
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próprio Comandante, à autoridade a que o preso estiver diretamente subordinado.
Art. 4-1-18 Os militares presos na forma prevista no “caput” do artigo anterior só poderão ser postos em liberdade
por determinação da autoridade a cuja ordem tiver sido efetuada a prisão, ou de autoridade superior.
Art. 4-1-19 Se pessoa estranha à Marinha cometer crime a bordo, será presa e autuada em flagrante delito, em
seguida, será apresentada à autoridade competente.
Art. 4-1-20 A continência individual é a saudação devida pelo militar de menor antigüidade, quando uniformizado,
a bordo ou em terra, aos mais antigos da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e dos países estrangeiros, ainda que
em traje civil; neste último caso, desde que os conheça.
§ 1º - Em trajes civis, o mais moderno assumirá postura respeitosa, e cumprimentará formalmente o mais
antigo, utilizando-se das expressões usadas no meio civil.
§ 2º - Os mais antigos devem responder tanto à saudação quanto à continência individual dos mais modernos.
Art. 4-1-21Oficial ou a Praça, ao dirigir-se a superior, tomará a posição de sentido e prestar-lhe-á continência.
Art. 4-1-22 É obrigatório possuir todos os uniformes previstos na legislação em vigor, em quantidade suficiente. O
pessoal embarcado deve manter a bordo os uniformes para serviço, licença e representação em condições de
pronto uso.
Art. 4-1-23 O uniforme do dia é obrigatório, a bordo, para todos os Oficiais e Praças.
Art. 4-1-24 Aos Oficiais, Suboficiais e Primeiros-Sargentos é permitido entrar e sair à paisana das OM em que
servem. (TODOS PODEM)
§ 1º - O Ministro da Marinha e os Comandantes de Força, ou de navio escoteiro no exterior, considerando
circunstâncias especiais, poderão ampliar ou restringir estatuído neste artigo.
§ 2º - O traje civil permitido será estabelecido pelo Ministro da Marinha.
Art. 4-1-25 Nas Estações de Comando no mar, na Tolda e na Sala de Estado, ou locais equivalentes, só deverão
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Art. 4-1-31 Na correspondência, quer do subordinado para o superior, quer deste para aquele, são proibidas
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expressões que envolvam, direta ou indiretamente, ofensa, insulto ou injúria a alguém.
Art. 4-1-32 Todas as representações, partes ou requerimentos que militares da Marinha dirigirem a autoridades
superiores devem ser encaminhados por intermédio do seu respectivo Comandante, o qual os transmitirá a quem
de direito, dando sua própria informação a respeito, antes de decorrido prazo de oito dias desde o seu recebimento.
Art. 4-1-33 Se a representação, parte ou requerimento estiver escrito de modo contrário ao que é preceituado
nos artigos anteriores, o Comandante o reterá em seu poder, fazendo ciente ao respectivo autor para que o
substitua, modificando sua linguagem. Se o autor, dentro de prazo nunca maior de oito dias, não atender ao
Comandante, este fará pelos canais competentes a remessa à autoridade a quem for dirigido o documento, desde
que o mesmo não contenha insulto, ofensa ou injúria, anexando sua informação e justificando a demora.
Art. 4-1-34 Se a representação, parte ou requerimento, ao ser apresentado, contiver insulto, ofensa ou injúria, o
Comandante não o encaminhará e punirá seu autor; aquele documento somente servirá para o processo que
deverá ser instaurado posteriormente.
Art. 4-1-35 Só o Comandante, ou subordinado por ele autorizado, poderá fazer comunicação verbal ou escrita
para fora de sua unidade, sobre assuntos operativos ou administrativos de sua OM.
Art. 4-1-36 Nenhum militar poderá, a não ser que devidamente autorizado, discutir ou divulgar por qualquer meio
assunto de caráter oficial, exceto os de caráter técnico não sigiloso e que não se refiram à Defesa ou à Segurança
Nacional.
§ 1º – É vedado ao militar manifestar-se publicamente a respeito de assuntos políticos ou tomar parte fardado
em manifestações de caráter político partidário.
§ 2º – Em visitas a portos nacionais ou estrangeiros caberá exclusivamente ao Comandante Mais Antigo Presente
Embarcado (COMAPEM) o estabelecimento dos contatos externos para fins do disposto neste artigo.
Art. 4-1-37 Todas as pessoas, pertencentes ou não à Marinha, que se acharem, ainda que ocasionalmente, a bordo
de uma unidade, independente de seu posto, graduação ou categoria, ficarão sujeitas às normas em vigor nessa
unidade.
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Art. 4-1-38 Todas as pessoas estranhas à Marinha que se acharem a bordo por qualquer motivo, por ocasião de
combate ou fainas de emergência, serão obrigadas a ocupar o posto ou local que lhes designar o Comandante do
navio, salvo se forem de antigüidade superior à do Comandante, caso em que só voluntariamente poderão
cooperar.
Art. 4-1-39 É vedado aos militares o uso de barba, cavanhaque, costeletas e do corte de cabelo que não sejam os
definidos pelas normas em vigor.
§ 1º – O uso de bigode é permitido aos Oficiais, Suboficiais e Sargentos.
§ 2º – O militar que necessitar encobrir lesão fisionômica poderá usar barba, bigode, cavanhaque ou cabelo fora
das normas em vigor, desde que esteja autorizado pelo seu respectivo Comandante.
§ 3º – O militar que tiver sua fisionomia modificada deverá ser novamente identificado.
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c) auxiliar o pessoal de serviço; e fazer os serviços de rancho que lhes forem atribuídos.
Art. 4-3-5Às Praças Especiais matriculadas em Órgãos de Formação de Oficias caberá, além do disposto no artigo
anterior, dirigir, sob supervisão e responsabilidade de Oficiais, fainas e exercícios compatíveis com o adestramento
já recebido.
Parágrafo único - Os alunos do Colégio Naval deverão participar daquelas atividades, sob supervisão e
responsabilidade dos Oficiais de bordo.
Art. 4-3-6 As Praças Especiais matriculadas em Escolas de Formação de Oficias e no Colégio Naval têm a obrigação
de se impor às Praças mais modernas, evitar intimidade e exigir tratamento militar apropriado à sua posição
hierárquica.
a) os Suboficiais serão auxiliares diretos dos Oficiais em todos os atos de serviços e na execução das fainas que
aqueles dirigirem;
b) os Sargentos serão auxiliares diretos dos Suboficiais, ou dos Oficiais, conforme a OM em que servirem, em
todos os atos de serviço e na execução das fainas que aqueles auxiliarem ou dirigirem; e
c) os Cabos e Marinheiros executarão qualquer serviço que contribua para o cumprimento de tarefa atribuída à
OM a que pertencerem, com responsabilidade pela parte que lhes couber.
Art. 4-4-4 Distribuição por incumbências - As Praças serão distribuídas por incumbências, de acordo com as
habilitações correspondentes às suas graduações e às especialidades, observado o grau de competência que exijam
do executor, para que este seja responsável pela execução da tarefa de que for incumbido.
Art. 4-4-5 Os deveres das Praças relativos às suas incumbências serão fixados nos Regimentos Internos ou nas
Organizações Administrativas e de Combate.
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Art. 8-2-1 No porto, os Cabos e Marinheiros serão distribuídos por três Quartos de Serviço, permanecendo a bordo após o
licenciamento apenas aqueles efetivamente constantes do detalhe de serviço.
Art. 8-2-2 Em viagem, os Cabos e Marinheiros serão distribuídos por três Quartos, os quais se sucederão continuadamente no
serviço.
Parágrafo único – Para os serviços que exijam maior esforço físico ou continuada atenção e concentração, poderão ser
escaladas mais de uma Praça por Quarto, que se revezarão em intervalos de tempo menores.
Art. 8-2-3 A critério do Comandante, Cabos e Marinheiros, em função das incumbências que exercem a bordo, poderão ser
dispensados de concorrer à Escala de Serviço.
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REGULAMENTO DE CONTINÊNCIA
Art. 1o É delegada competência ao Ministro de Estado da Defesa, vedada a subdelegação, para aprovar o
Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas.
Art. 2o O Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas,
cujas prescrições serão aplicáveis às situações diárias da vida castrense, estando o militar de serviço ou não, em
área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de natureza militar ou cívica, terá por finalidade:
I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito que os militares prestam a determinados
símbolos nacionais e às autoridades civis e militares;
II - regular as normas de apresentação e de procedimento dos militares, bem como as formas de tratamento e
a precedência; e
III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às Forças Armadas.
Art. 3o O Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas
observará os seguintes preceitos:
I - terão continências:
a) a Bandeira Nacional:
1. ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;
2. Por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação nas formaturas;
3. Quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar;
4. Quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização civil em
cerimônia cívica; e
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5. Quando, no período compreendido entre oito horas e o pôr-do-sol, um militar entra a bordo de navio de
guerra ou dele sai ou quando, na situação de “embarcado”, avista-a ao entrar a bordo pela primeira vez ou ao
sair pela última vez;
b) o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;
c) o Presidente da República;
d) o Vice-Presidente da República;
e) os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal;
f) o Ministro de Estado da Defesa;
g) os demais Ministros de Estado quando em visita de caráter oficial;
h) os Governadores de Estado, de Territórios Federais e do Distrito Federal nos respectivos territórios ou,
quando reconhecidos ou identificados, em qualquer parte do País em visita de caráter oficial;
i) os Ministros do Superior Tribunal Militar quando reconhecidos ou identificados;
j) os militares da ativa das Forças Armadas, mesmo em traje civil; nesse último caso, quando for obrigatório o
seu reconhecimento em função do cargo que exerce ou, para os demais militares, quando reconhecidos ou
identificados;
l) os militares da reserva ou reformados quando reconhecidos ou identificados;
m) a tropa quando formada;
n) as Bandeiras e os Hinos das Nações Estrangeiras, nos casos das alíneas “a” e “b” deste inciso;
o) as autoridades civis estrangeiras correspondentes às constantes das alíneas “c” a “h” deste inciso quando
em visita de caráter oficial;
p) os militares das Forças Armadas estrangeiras quando uniformizados e, se em trajes civis, quando
reconhecidos ou identificados; e
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q) os integrantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, corporações consideradas forças
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auxiliares e reserva do Exército;
II - terão continência da tropa os símbolos e as autoridades relacionadas nas alíneas “a” a “j”, “m” a “o” e “q”
do inciso I deste artigo e, ainda:
a) os militares da reserva ou reformados quando uniformizados; e
b) os militares das Forças Armadas estrangeiras quando uniformizados;
III - terão direito a honras militares:
a) o Presidente da República;
b) o Vice-Presidente da República;
c) o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal quando incorporados;
d) o Ministro de Estado da Defesa;
e) os demais Ministros de Estado quando em visita de caráter oficial a organização militar;
f) os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
g) o Superior Tribunal Militar quando incorporado;
h) os militares das Forças Armadas;
i) os Governadores dos Estados, dos Territórios Federais e do Distrito Federal quando em visita de caráter
oficial a organização militar;
j) os Chefes de Missão Diplomática;
l) os Ministros Plenipotenciários de Nações Estrangeiras e os Enviados Especiais; e
m) outras autoridades, desde que expressa e excepcionalmente determinado pelo Presidente da República,
pelo Ministro de Estado da Defesa ou pelo Comandante da Força Singular que prestará a homenagem.
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DECRETO nº 3.897/2001
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DIRETRIZES PARA O EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS
NA GARANTIA DA LEI E DA ORDEM, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS
Art. 1º As diretrizes estabelecidas neste Decreto têm por finalidade orientar o planejamento, a coordenação e a
execução das ações das Forças Armadas, e de órgãos governamentais federais, na garantia da lei e da ordem.
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Art. 2º É de competência exclusiva do Presidente da República a decisão de emprego das Forças Armadas na
garantia da lei e da ordem.
§ 1º A decisão presidencial poderá ocorrer por sua própria iniciativa, ou dos outros poderes constitucionais,
representados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, pelo Presidente do Senado Federal ou pelo
Presidente da Câmara dos Deputados.
§ 2º O Presidente da República, à vista de solicitação de Governador de Estado ou do Distrito Federal, poderá,
por iniciativa própria, determinar o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem.
Art. 3º Na hipótese de emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem, objetivando a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, porque esgotados os instrumentos a isso
previstos no art. 144 da Constituição, lhes incumbirá, sempre que se faça necessário, desenvolver as ações de
polícia ostensiva, como as demais, de natureza preventiva ou repressiva, que se incluem na competência,
constitucional e legal, das Polícias Militares, observados os termos e limites impostos, a estas últimas, pelo
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. Consideram-se esgotados os meios previstos no art. 144 da Constituição, inclusive no que
concerne às Polícias Militares, quando, em determinado momento, indisponíveis, inexistentes, ou insuficientes ao
desempenho regular de sua missão constitucional.
Art. 4º Na situação de emprego das Forças Armadas objeto do art. 3o, caso estejam disponíveis meios, conquanto
insuficientes, da respectiva Polícia Militar, esta, com a anuência do Governador do Estado, atuará, parcial ou
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totalmente, sob o controle operacional do comando militar responsável pelas operações, sempre que assim o
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exijam, ou recomendem, as situações a serem enfrentadas.
§ 1º Tem-se como controle operacional a autoridade que é conferida, a um comandante ou chefe militar, para
atribuir e coordenar missões ou tarefas específicas a serem desempenhadas por efetivos policiais que se encontrem
sob esse grau de controle, em tal autoridade não se incluindo, em princípio, assuntos disciplinares e logísticos.
§ 2º Aplica-se às Forças Armadas, na atuação de que trata este artigo, o disposto no caput do art. 3o anterior
quanto ao exercício da competência, constitucional e legal, das Polícias Militares.
Art. 5º O emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, que deverá ser:
Episódico,
Em área previamente definida e
Ter a menor duração possível,
Abrange, ademais da hipótese objeto dos arts. 3º e 4º, outras em que se presuma ser possível a perturbação da
ordem, tais como as relativas a eventos oficiais ou públicos, particularmente os que contem com a participação de
Chefe de Estado, ou de Governo, estrangeiro, e à realização de pleitos eleitorais, nesse caso quando solicitado.
Parágrafo único. Nas situações de que trata este artigo, as Forças Armadas atuarão em articulação com as
autoridades locais, adotando-se, inclusive, o procedimento previsto no art. 4º.
Art. 6º A decisão presidencial de emprego das Forças Armadas será comunicada ao Ministro de Estado da Defesa
por meio de documento oficial que indicará a missão, os demais órgãos envolvidos e outras informações
necessárias.
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Lei Complementar nº 97/1999, incluindo as alterações pelas Leis
Complementares nº 117/2004 e nº 136/2010
Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO
Seção I - Das Forças Armadas
Art. 3o As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa, dispondo de estruturas próprias.
Art. 3o-A. O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, órgão de assessoramento permanente do Ministro de
Estado da Defesa, tem como chefe um oficial-general do último posto, da ativa ou da reserva, indicado pelo
Ministro de Estado da Defesa e nomeado pelo Presidente da República, e disporá de um comitê, integrado pelos
chefes de Estados-Maiores das 3 (três) Forças, sob a coordenação do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas.
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§ 1o Se o oficial-general indicado para o cargo de Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas estiver
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na ativa, será transferido para a reserva remunerada quando empossado no cargo.
§ 2o É assegurado ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas o mesmo grau de precedência
hierárquica dos Comandantes e precedência hierárquica sobre os demais oficiais-generais das 3 (três) Forças
Armadas.
§ 3o É assegurado ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas todas as prerrogativas, direitos e
deveres do Serviço Ativo, inclusive com a contagem de tempo de serviço, enquanto estiver em exercício.
Art. 4o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem, singularmente, de 1 (um) Comandante, indicado pelo
Ministro de Estado da Defesa e nomeado pelo Presidente da República, o qual, no âmbito de suas atribuições,
exercerá a direção e a gestão da respectiva Força.
Art. 5o Os cargos de Comandante da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são privativos de oficiais-generais do
último posto da respectiva Força.
§ 1o É assegurada aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica precedência hierárquica sobre
os demais oficiais-generais das três Forças Armadas.
§ 2o Se o oficial-general indicado para o cargo de Comandante da sua respectiva Força estiver na ativa, será
transferido para a reserva remunerada, quando empossado no cargo.
§ 3o São asseguradas aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica todas as prerrogativas, direitos
e deveres do Serviço Ativo, inclusive com a contagem de tempo de serviço, enquanto estiverem em exercício.
Art. 6o O Poder Executivo definirá a competência dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
para a criação, a denominação, a localização e a definição das atribuições das organizações integrantes das
estruturas das Forças Armadas.
Art. 7o Compete aos Comandantes das Forças apresentar ao Ministro de Estado da Defesa a Lista de Escolha,
elaborada na forma da lei, para a promoção aos postos de oficiais-generais e propor-lhe os oficiais-generais para
a nomeação aos cargos que lhes são privativos.
Parágrafo único. O Ministro de Estado da Defesa, acompanhado do Comandante de cada Força, apresentará os
nomes ao Presidente da República, a quem compete promover os oficiais-generais e nomeá-los para os cargos
que lhes são privativos.
Art. 8o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem de efetivos de pessoal militar e civil, fixados em lei, e dos
meios orgânicos necessários ao cumprimento de sua destinação constitucional e atribuições subsidiárias.
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Parágrafo único. Constituem reserva das Forças Armadas o pessoal sujeito a incorporação, mediante mobilização
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ou convocação, pelo Ministério da Defesa, por intermédio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, bem como as
organizações assim definidas em lei.
legislativa ordinária, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, a partir do ano de 2012, com as devidas atualizações:
I - a Política de Defesa Nacional;
II - a Estratégia Nacional de Defesa;
III - o Livro Branco de Defesa Nacional.
Art. 11. Compete ao Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas elaborar o planejamento do emprego conjunto
das Forças Armadas e assessorar o Ministro de Estado da Defesa na condução dos exercícios conjuntos e quanto à
atuação de forças brasileiras em operações de paz, além de outras atribuições que lhe forem estabelecidas pelo
Ministro de Estado da Defesa.
Art. 11-A. Compete ao Ministério da Defesa, além das demais competências previstas em lei, formular a política
e as diretrizes referentes aos produtos de defesa empregados nas atividades operacionais, inclusive armamentos,
munições, meios de transporte e de comunicações, fardamentos e materiais de uso individual e coletivo, admitido
delegações às Forças.
CAPÍTULO IV - DO PREPARO
Art. 13. Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças Armadas, cabe aos Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica o preparo de seus órgãos operativos e de apoio, obedecidas as políticas estabelecidas
pelo Ministro da Defesa.
§ 1o O preparo compreende, entre outras, as atividades permanentes de planejamento, organização e
articulação, instrução e adestramento, desenvolvimento de doutrina e pesquisas específicas, inteligência e
estruturação das Forças Armadas, de sua logística e mobilização.
§ 2o No preparo das Forças Armadas para o cumprimento de sua destinação constitucional, poderão ser
planejados e executados exercícios operacionais em áreas públicas, adequadas à natureza das operações, ou em
áreas privadas cedidas para esse fim.
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§ 3o O planejamento e a execução dos exercícios operacionais poderão ser realizados com a cooperação dos
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órgãos de segurança pública e de órgãos públicos com interesses afins.
Art. 14. O preparo das Forças Armadas é orientado pelos seguintes parâmetros básicos
I - permanente eficiência operacional singular e nas diferentes modalidades de emprego interdependentes;
II - procura da autonomia nacional crescente, mediante contínua nacionalização de seus meios, nela incluídas
pesquisa e desenvolvimento e o fortalecimento da indústria nacional;
III - correta utilização do potencial nacional, mediante mobilização criteriosamente planejada.
CAPÍTULO V - DO EMPREGO
Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e
da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da República, que
determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de
subordinação:
I - ao Comandante Supremo, por intermédio do Ministro de Estado da Defesa, no caso de Comandos
conjuntos, compostos por meios adjudicados pelas Forças Armadas e, quando necessário, por outros órgãos;
II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, em operações conjuntas, ou por
ocasião da participação brasileira em operações de paz;
III - diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do Ministro de Estado da
Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única Força.
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§ 1o Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou
em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes
do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados.
§ 2o A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes
constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados
os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
relacionados no art. 144 da Constituição Federal.
§ 3o Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da Constituição Federal quando, em
determinado momento, forem eles formalmente reconhecidos pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal
ou Estadual como indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão
constitucional.
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§ 4o Na hipótese de emprego nas condições previstas no § 3o deste artigo, após mensagem do Presidente da
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República, serão ativados os órgãos operacionais das Forças Armadas, que desenvolverão, de forma episódica, em
área previamente estabelecida e por tempo limitado, as ações de caráter preventivo e repressivo necessárias para
assegurar o resultado das operações na garantia da lei e da ordem.
§ 5o Determinado o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, caberá à autoridade
competente, mediante ato formal, transferir o controle operacional dos órgãos de segurança pública necessários
ao desenvolvimento das ações para a autoridade encarregada das operações, a qual deverá constituir um centro
de coordenação de operações, composto por representantes dos órgãos públicos sob seu controle operacional ou
com interesses afins.
§ 6o Considera-se controle operacional, para fins de aplicação desta Lei Complementar, o poder conferido à
autoridade encarregada das operações, para atribuir e coordenar missões ou tarefas específicas a serem
desempenhadas por efetivos dos órgãos de segurança pública, obedecidas as suas competências constitucionais
ou legais.
§ 7o A atuação do militar nos casos previstos nos arts. 13, 14, 15, 16-A, nos incisos IV e V do art. 17, no inciso III
do art. 17-A, nos incisos VI e VII do art. 18, nas atividades de defesa civil a que se refere o art. 16 desta Lei
Complementar e no inciso XIV do art. 23 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), é considerada
atividade militar para os fins do art. 124 da Constituição Federal.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
Art. 16. Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e
a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da República.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de caráter geral a participação em
campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse social.
Art. 16-A. Cabe às Forças Armadas, além de outras ações pertinentes, também como atribuições subsidiárias,
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preservadas as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar, por meio de ações preventivas e repressivas,
na faixa de fronteira terrestre, no mar e nas águas interiores, independentemente da posse, da propriedade, da
finalidade ou de qualquer gravame que sobre ela recaia, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente
ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as ações de:
I - patrulhamento;
II - revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e
III - prisões em flagrante delito
Parágrafo único. As Forças Armadas, ao zelar pela segurança pessoal das autoridades nacionais e estrangeiras em
missões oficiais, isoladamente ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, poderão exercer as
ações previstas nos incisos II e III deste artigo.
Art. 17. Cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias particulares:
I - orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa à defesa nacional;
II - prover a segurança da navegação aquaviária;
III - contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao mar;
IV - implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas interiores, em
coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, federal ou estadual, quando se fizer necessária, em razão de
competências específicas.
V – cooperar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de repercussão
nacional ou internacional, quanto ao uso do mar, águas interiores e de áreas portuárias, na forma de apoio logístico,
de inteligência, de comunicações e de instrução.
Parágrafo único. Pela especificidade dessas atribuições, é da competência do Comandante da Marinha o trato dos
assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como "Autoridade Marítima", para esse fim.
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BRASIL DE 1988
TÍTULO V
Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
CAPÍTULO II
Das Forças Armadas
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes,
da lei e da ordem.
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego
das Forças Armadas.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser
fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela EC n. 18/1998)
I – as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da
República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e
postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela EC n.
18/1998)
II – o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a
hipótese prevista no art. 37, XVI, c, será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
III – o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil
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temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, XVI, c, ficará
agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade,
contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois
anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela EC n. 18/1998)
V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;(Incluído pela EC n. 18/1998)
VI – o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por
decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
(Incluído pela EC n. 18/1998)
VII – o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por
sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; (Incluído pela EC n. 18/1998)
VIII – aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, XI, XIII, XIV e XV,
bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, XVI, c; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
IX – (Revogado pela EC n. 41/2003)
X – a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de
transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações
especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de
compromissos internacionais e de guerra. (Incluído pela EC n. 18/1998)
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NAVAIS
DOS FUZILEIROS
2 . MANUAL BÁSICO
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CAPÍTULO 1 - HISTÓRICO DOS FUZILEIROS NAVAIS
1.1 - ANTECEDENTES
A Brigada Real da Marinha foi criada em Lisboa a 28 de agosto de 1797 por alvará de D. Maria I, e suas raízes
remontam a 1618, data de criação do Terço da Armada da Coroa de Portugal, primeiro corpo militar constituído
em caráter permanente naquele país.
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) originou-se dessa brigada, cujos componentes aportaram no Rio de Janeiro
a 7 de março de 1808, guarnecendo as naus utilizadas pela Família Real e a Corte Portuguesa, para transmigrar para
o Brasil em decorrência das Guerras Napoleônicas.
No Brasil, a Brigada Real da Marinha ocupou a Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, em 21 de março de
1809, por determinação do Ministro da Marinha D. João Rodrigues de Sá e Menezes - Conde de Anadia.
Ao longo de sua existência, o CFN recebeu várias denominações, podendo sua história ser dividida em três
fases principais, de acordo com as características básicas de sua atuação:
- de 1808 a 1847, atuando como Artilharia da Marinha;
- de 1847 a 1932, atuando como Infantaria da Marinha; e
- a partir de 1932, sendo empregado como uma combinação de tropas de variadas características.
Em todas essas fases, o exercício de atividades de guarda e segurança de instalações navais ou de interesse da
Marinha tem sido constante. Na fase recente, a capacitação para a realização de desembarques nas Operações
Anfíbias (OpAnf), de acordo com o conceito atual, tem definido a atuação do CFN.
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Fig1.2 - Almirante Rodrigo Pinto Guedes, Barão do Rio da Prata,
primeiro Comandante da Brigada Real da Marinha no Brasil
Vale destacar que, na campanha contra Aguirre, os FN desempenharam papel relevante na tomada da Praça
Forte Paissandu, quando o 2o Sargento Francisco Borges de Souza se destacou por seu heroísmo e destemor. Esse
episódio ficou conhecido entre os combatentes pelo nome de “Tomada do Forte Sebastopol”.
Por sua vez, o Batalhão Naval participou com todo seu efetivo na longa e cruenta Guerra da Tríplice Aliança
(1864). Das 1845 praças que constituíam o efetivo do Batalhão Naval à época, 1428 estavam embarcadas nas
unidades navais em operações no Prata, sendo 585 artilheiros e 843 fuzileiros.
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Fig 1.4 - Batalha Naval do Riachuelo
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Deve ser destacada uma série de fatos ocorridos em relativo curto espaço de tempo que permitiram esta
evolução:
1. - a formação dos primeiros oficiais FN na Escola Naval;
2. - o extraordinário desenvolvimento das OpAnf na Segunda Guerra Mundial;
3. - a expansão da Marinha;
4. - o aprimoramento técnico-profissional dos oficiais por meio de cursos, estágios e visitas ao exterior;
5. - a criação do Campo da Ilha do Governador e, nele, o Centro de Instrução (hoje Centro de Instrução
Almirante Sylvio de Camargo) e a Companhia Escola (hoje Centro de Instrução Almirante Milcíades
Portela Alves, localizado no Campo de Guandu do Sapê, no subúrbio carioca de Campo Grande, RJ); e
6. - a obtenção de áreas para adestramento e a construção de aquartelamentos.
Nesta fase, o CFN, como um todo ou em parte, atuou em acontecimentos relevantes da história do Brasil, a
saber:
1. - posição legalista nas Revoluções Constitucionalista (1932) e Integralista (1938);
2. - Segunda Guerra Mundial com destacamentos embarcados, Companhias Regionais nos portos de
onde nossas forças navais participavam do conflito e destacamento na Ilha da Trindade; e
3. - posição democrática na Revolução de 1964.
Por ocasião do conflito entre a Índia e o Paquistão, em 1965, o Brasil, como membro da Organização das
Nações Unidas (ONU), enviou observadores militares com uma representação do CFN, o mesmo ocorrendo na luta
deflagrada entre Honduras e El Salvador.
Nas operações levadas a efeito pela Organização dos Estados Americanos (OEA) na República Dominicana, o
CFN enviou um Grupamento Operativo (GptOp) integrando o Destacamento Brasileiro da Força Interamericana de
Paz (FAIBRAS), um dos componentes da Força Interamericana de Paz (FIP). De março de 1965 a setembro de 1966,
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esse GptOp foi revezado três vezes, cumprindo as tarefas recebidas com exemplar disciplina e eficiência técnico-
profissional.
Nos últimos anos e em atendimento às solicitações da ONU, o Brasil tem enviado militares de suas forças
armadas (FA) para várias regiões em conflito no mundo. O CFN, como uma tropa de elite, tem participado
ativamente dessas Missões de Paz, com observadores militares ou mesmo tropa. Desta forma, os FN do Brasil já
marcaram presença em El Salvador; em Honduras; na antiga Iugoslávia; em Moçambique; em Ruanda; em Angola;
no Equador; no Peru e no Haiti. O elevado grau de profissionalismo dos seus militares, aliado à disciplina, é fator
fundamental para o êxito nesses tipos de operações e tem contribuído para que o Brasil, cada vez mais, seja um
membro atuante na nova ordem internacional.
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Também, no âmbito interno, por diversas vezes o CFN teve atuação destacada no restabelecimento da ordem,
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CAPÍTULO 2
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TRADIÇÕES NAVAIS
2.1 - GENERALIDADES
O presente capítulo aborda as tradições navais e a sua linguagem, sem pretensão de esgotar o assunto, mas tão-
somente disseminar conhecimentos iniciais àqueles que começam, como fuzileiro naval, a vida de bordo, em qualquer
Organização Militar (OM) da Marinha do Brasil (MB). Todos os militares, quer a bordo, quer em terra, em serviço ou não,
devem proceder de acordo as normas de boa educação civil e militar e com os bons costumes, de modo a honrar e
preservar as tradições da Marinha.
2.2 - A GENTE DE BORDO
O Comandante é a autoridade suprema de bordo. O Imediato é o oficial cuja autoridade se segue, em qualquer
caso, à do Comandante. É, portanto, o substituto eventual do Comandante.
A gente de bordo compõe-se do Comandante e da Tripulação. O Imediato e os demais oficiais constituem a
oficialidade. As praças constituem a guarnição. A oficialidade e a guarnição formam a tripulação da OM.
As ordens emanam do Comandante e são feitas executar pelo Imediato, coordenador de todos os trabalhos de
bordo e que exerce a gerência das atividades administrativas.
2.5 - PROCEDIMENTOS ROTINEIROS
2.5.1 - Saudação entre militares
A saudação entre militares é a continência. Ela é uma reminiscência do antigo costume que tinham os combatentes
medievais, metidos em suas armaduras, levarem a mão direita à têmpora para suspender a viseira e permitir a sua
identificação, ao serem inspecionados por um superior.
2.5.2 - Saudar o oficial de serviço
Todos que entram a bordo obrigatoriamente saúdam o oficial de serviço e pedem licença para entrar a bordo. Da
mesma forma, para retirar-se de bordo, qualquer pessoa deve obter permissão do oficial de serviço e dele se despedir.
2.5.3 - Saudar o pavilhão nacional
É costume, ao entrar-se a bordo pela 1a vez no dia, saudar o pavilhão nacional, bem como ao retirar-se de bordo.
2.5.4 - Dar o pronto da execução de ordem recebida
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O subordinado dará o pronto a seu superior da execução das ordens que dele tiver recebido, bem como o
manterá informado do andamento das tarefas por ele determinadas.
2.5.5 - Uniformes a bordo
É obrigatório possuir a bordo todos os uniformes previstos, em quantidade suficiente e em condições de pronto
uso.
2.9 - A LINGUAGEM DO MAR
Este artigo contém uma pequena mostra de expressões de uso consagrado na Marinha do Brasil, visando a uma
adaptação inicial com a linguagem própria da Força: a linguagem do homem do mar.
2.9.1 - O navio e as posições relativas a bordo
a) Nomenclatura das partes mais importantes
I) Casco
É o corpo do navio sem levar em consideração os mastros, aparelhos e outros acessórios. Não possui uma forma
geométrica única, sendo sua principal característica ter um plano de simetria (plano diametral), que se imagina passar
pelo eixo da quilha, dividindo-o, verticalmente, em duas partes no sentido do comprimento.
II) Quilha
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É a peça estrutural básica do casco do navio, disposta na parte mais baixa do seu plano diamentral, em quase todo o
seu comprimento. É considerada a "espinha dorsal" do navio.
III) Cavernas
São assim chamadas as peças curvas que se fixam transversalmente à quilha do navio e que servem para dar forma
ao casco e sustentar o chapeamento exterior.
IV) Costado
É a parte do forro exterior do casco situada entre a borda e a linha de flutuação a plena carga.
V) Anteparas
São as separações verticais que subdividem, em compartimentos, o espaço interno do casco, em cada
pavimento.
bombordo (BB) à esquerda, supondo-se o observador situado no plano diametral e olhando para a proa.
IX) Convés
É a denominação atribuída aos pavimentos com que o navio é dividido no sentido da altura. O primeiro pavimento
contínuo de proa a popa, contando de cima para baixo, que é descoberto em todo ou em parte, tem o nome de convés
principal. Abaixo do convés principal, os conveses são designados da seguinte maneira: segundo convés, terceiro convés,
etc. Eles também podem ser chamados de cobertas. Um convés parcial, acima do principal, é chamado convés da
superestrutura.
X) Convés de vôo ou convôo
É o convés principal dos navios-aeródromos, que se estende de popa a proa, constituindo sua pista de decolagem e
pouso.
XI) Superestrutura
É a construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou não de um bordo a outro, e cuja cobertura é,
em geral, ainda, um convés.
XII) Castelo da proa ou simplesmente castelo
É a superestrutura na parte extrema da proa.
XIII) Tombadilho
É a superestrutura na parte extrema da popa.
XIV) Superestrutura central
É a existente a meia-nau. Nela normalmente são encontrados dois importantes conveses: o tijupá, convés
geralmente aberto e mais elevado do navio, onde é instalada a agulha magnética padrão e outros instrumentos que não
devem ficar cobertos; imediatamente abaixo do tijupá, encontra-se o passadiço, pavimento dispondo de uma ponte
(passagem) na direção de BB a BE, de onde o Comandante dirigi a manobra do navio e onde permanece o oficial de
quarto.
XV) Porão
É o espaço entre o convés mais baixo e o fundo do navio. Nos navios transporte, ele é, também, o compartimento
estanque onde se acondiciona a carga.
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XVI) Bailéu
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É um pavimento parcial abaixo do último pavimento contínuo, isto é, no espaço do porão. Nele fazem-se paióis
ou outros compartimentos semelhantes. É, também, uma expressão naval utilizada para designar a prisão a bordo.
Essa acepção decorre do fato de, na Marinha antiga, tais prisões ficarem situadas no bailéu dos navios.
XVII) Portaló
É a abertura feita na borda ou passagens nas balaustradas, por onde o pessoal entra e sai do navio, ou por
onde passa a carga leve. Há um portaló de BB e um de BE, sendo esse último considerado o portaló de honra dos
navios de guerra.
b) Posições relativas a bordo
I) A vante e a ré
Diz-se que qualquer coisa é de vante ou está a vante (AV) quando está na proa, e que é de ré ou está a ré (AR)
quando está na popa. Se um objeto está mais para a proa que outro, diz-se que está por ante-a-avante (AAV) dele;
se está mais para a popa, diz-se que está por ante-a-ré (AAR).
II) Cobertas abaixo
Diz-se que algo se encontra cobertas abaixo quando está nos conveses cobertos.
III) Cobertas acima
Diz-se de atividade, faina, etc. realizada no convés ou em pavimento a céu aberto.
IV) No convés
Diz-se que algo se encontra no convés quando está em um convés descoberto.
2.9.2 - Expressões do cotidiano
a) Safo
É talvez a palavra mais usual na Marinha. Serve para tudo que está correndo bem ou que faz correr as coisas
bem: “oficial safo”, “marinheiro safo”. “A faina está safa”. “Consegui safar o navio do banco de areia”. “A entrada
é safa, pode demandar: não há obstáculos”.
b) Onça
Também de grande uso. É dificuldade: “onça de dinheiro”, “onça de sobressalente”. Estar na onça é estar em
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apuros. “A onça está solta”, quer dizer que tudo está ruim a bordo, tudo de ruim acontece. Vem a expressão de
uma velha história de uma onça de circo solta a bordo.
c) Safa-onça
É a combinação das duas expressões anteriores. Significa salvação. “safa-onça” é tudo que soluciona uma
emergência. “Safei a onça agarrando uma táboa que flutuava”. “O meu safa-onça foi um pedaço de queijo, que
ainda restava no barco; do contrário, morreria de fome”. “Este livro é o safa-onça de inglês”.
d) Pegar
É o contrário de estar safo. Significa entravar, não conseguir andar direito. “Tenente, o rancho está pegando,
não chegou a carne”. “Este Mestre D’armas não serve; com ele tudo pega”. “Comandante, não pude chegar a
tempo, a lancha pegou bem no meio da baía”.
Parece que a expressão vem de pegar tempo ou seja pegar mau tempo. “Aquele fuzileiro não conseguiu safar-
se para a parada: pegou tempo para arranjar um gorro de fita novo”.
e) Caverna mestra
Oficial ou praça que, por achar-se há muito tempo no navio e ser dedicado às coisas de bordo, torna-se profundo
conhecedor dos problemas e peculiaridades do mesmo.
f) Bóia de espera, ficar na bóia de espera
Esperar a vez; aguardar promoção.
g) Cochar
Proteger; cuidar com preferência de (alguém); proporcionar as melhores situações a.
Cocha é o empenho ou a recomendação de pessoa importante. É também a pessoa que faz esse empenho ou
recomendação. Cochado, por sua vez, é o protegido, recomendado.
h) Voga
Ritmo ou regime imprimido a uma atividade ou trabalho. Voga picada significa uma voga puxada, com ritmo
acelerado.
i) Arvorar - Desistir de uma empreitada. Suspender a execução de uma atividade determinada anteriormente.
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CAPÍTULO 3
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HIERARQUIA, DISCIPLINA E CORTESIA
3.1 - HIERARQUIA E DISCIPLINA
A hierarquia e a disciplina são a base institucional das forças armadas. A autoridade e a responsabilidade
crescem com o grau hierárquico.
A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das forças armadas.
A ordenação se faz por posto ou graduação; dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antigüidade no
posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência de
autoridade.
Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre os militares
da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Quando se fala de disciplina no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), não se quer referir
aos regulamentos, às punições ou a uma condição de subserviência. O que se quer dizer é a exata execução
das ordens, decorrente de uma obediência inteligente e voluntária, e não de uma disciplina baseada somente no
temor.
A punição de militares por quebra da disciplina é as vezes necessária, mas apenas para
corrigir os rumos daqueles que ainda não foram capazes de fazer parte de uma equipe.
A disciplina é necessária a fim de assegurar a correta execução das ações ordenadas, as quais serão de grande
importância, principalmente nas situações de combate. O fuzileiro naval (FN) precisa ser capaz de reconhecer e
enfrentar o medo por ser este o inimigo da disciplina em determinadas situações. O medo não controlado
transformar-se-á em pânico, e a unidade que entrar em pânico não será mais uma unidade disciplinada e sim uma
turba. Não há pessoa sã que não sinta medo, mas com disciplina e moral elevado, todos podem enfrentar o perigo.
Um FN aprende a ser disciplinado adquirindo um senso de obrigação para com ele próprio, com seus
companheiros, com seu comandante e com o CFN. Ele aprende que é membro de uma equipe organizada, treinada
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e equipada com o propósito de engajar e derrotar o inimigo. A meta final da disciplina militar é a eficiência em
combate, a fim de garantir que uma unidade lute corretamente, conquiste seus objetivos, cumpra a missão
recebida e auxilie outras unidades na execução de suas tarefas.
Um Comandante é investido da mais alto grau de autoridade, que se estende, inclusive, aos assuntos que
dizem respeito aos indivíduos que estejam sob suas ordens. Incluem-se nesse caso, a preocupação com a
alimentação, o cuidado e o modo de usar os uniformes, os hábitos de higiene, as condições de saúde e os fatores
morais, todos afetando direta ou indiretamente as vidas de cada um.
É importante que o FN obedeça prontamente às ordens de seu omandante, o qual é particularmente
interessado no bem-estar dos homens sob seu comando. Desenvolvendo o hábito da pronta obediência a todas as
ordens, o FN alcançará a disciplina individual e da unidade.
Será demasiadamente tarde adquirir disciplina no campo de batalha. É preciso que ela seja conseguida em
tempo de paz nas atividades diárias. Um FN treina com seus companheiros de modo que, como uma equipe,
consigam cumprir tarefas com variados graus de dificuldade e possam se orgulhar de seus atos. O FN deve se
comportar como um representante de uma tradicional e gloriosa instituição e não como um indivíduo isolado.
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Se o FN encontrar um superior numa escada cede-lhe o melhor lugar e saúda-o fazendo alto, com a frente
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voltada para ele.
Todo FN deve se levantar sempre que passar uma tropa nas proximidades de onde se encontra; caso esteja
andando, deverá parar, voltando a frente para essa tropa.
No quartel, navio ou outro estabelecimento militar, a praça, diariamente, faz Alto para a continência ao
Comandante na primeira oportunidade que o encontrar. Das outras vezes, gira a cabeça com vigor, encarando-o.
Fora dessas dependências, cumprimenta o superior sempre que encontrá-lo.
Quando um militar entra em um estabelecimento público, percorre com o olhar o recinto para verificar se
há algum superior presente; se houver, o militar, do lugar onde está, faz-lhe a continência.
O FN que entrar em um quartel ou navio deverá prestar continência à Bandeira Nacional, se estiver hasteada,
e apresentar-se imediatamente ao oficial-de-serviço.
Quando dois militares se locomovem juntos, o mais moderno dá a direita ao mais antigo. Numa calçada, o
mais moderno deslocar-se-á deixando o lado interno da calçada para o deslocamento do mais antigo.
Em embarcações ou viaturas, o embarque é feito do mais moderno para o mais antigo.
Por ocasião do desembarque, os militares saem em ordem decrescente de antigüidade.
Os lugares de honra deverão ser reservados aos mais antigos.
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CAPÍTULO 6
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DIREITO DA GUERRA
6.1 - GENERALIDADES
A História registra que a disciplina e o moral contribuíram para inúmeras vitórias militares. Tais virtudes são
desenvolvidas por uma série de atitudes, dentre as quais ressalta a observância das normas que regulam os
conflitos armados, no que concerne ao comportamento individual de cada combatente diante das Leis da Guerra.
As Convenções de Genebra e de Haia estabeleceram essas normas, que passaram, com o peso de lei, a
fundamentar o Direito Internacional Humanitário, no campo dos conflitos armados. De um modo geral, pode-se
dizer que essas leis têm por finalidade proteger os combatentes fora de combate e as pessoas que não participam
das hostilidades, bem como as pessoas encarregadas de prestar auxílio às vítimas, ou seja, integrantes devidamente
autorizados dos serviços de saúde e religiosos, sejam esses militares ou civis, e da Cruz Vermelha.
O Brasil ratificou as convenções e aderiu aos seus protocolos adicionais, o que, em outras palavras, significa
que se comprometeu a respeitar e fazer respeitar, em todas as circunstâncias, as normas estabelecidas.
É dever, pois, de todo o fuzileiro naval (FN), conhecer e obedecer as regras que regem os conflitos armados,
nos seus aspectos fundamentais, que serão apresentados neste capítulo.
6.2 - NORMAS FUNDAMENTAIS
6.2.1 - Responsabilidade pela observância
Respeitar as regras do Direito da Guerra é uma obrigação precípua de todo militar.
Cada combatente é individualmente responsável pela sua observância, mas os Comandantes são os únicos
responsáveis por fazerem com que seus subordinados as respeitem.
Antes de dar a ordem para uma ação militar, o Comandante deve avaliar o risco de cada uma das alternativas
para cumprir a missão recebida e verificar se elas não violam nenhuma das regras do Direito da Guerra.
6.2.2 - Evitar sofrimentos inúteis
O Direito da Guerra também rege a conduta do combate e o uso de certas armas, com o fim de evitar
sofrimentos ou males que sejam excessivos em relação à vantagem militar que possam proporcionar. A necessidade
militar não admite a crueldade, quer dizer infligir um sofrimento sem motivo, ou por vingança.
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Incluem-se como não-combatentes a população civil (todas as pessoas que não pertençam às forças armadas
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e não participam das hostilidades) e, por conseqüência, não deve ser atacada; o mesmo vale para os feridos,
náufragos e doentes que não tomem parte nas hostilidades.
Os ardis de guerra tais como estratagemas, fintas, armadilhas, camuflagem ou simulação de ações são
permitidos. No entanto, ficam proibidos os meios desleais.
6.2.9 - Respeitar o pessoal, os veículos e as instalações do serviço de saúde militar ou civil e da Cruz Vermelha
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O Direito da Guerra protege especialmente os feridos e doentes, tanto amigos como inimigos, assim como os
prisioneiros. Por conseguinte, é lógico prever a proteção ativa de quem está encarregado de recolher e/ou assistir
a essas vítimas, nas zonas de combate ou na retaguarda.
A utilização de veículos e instalações do serviço de saúde com fins militares de disfarce ou escudo de proteção,
ou, ainda, o uso indevido do emblema da Cruz Vermelha ou de outra organização humanitária, são exemplos de
violações graves ao Direito da Guerra.
b) O inimigo pode usar diferentes sinais para indicar que está se rendendo, porém essa indicação deve ser
clara e perceptível. É crime atirar num inimigo que tenha deposto sua arma e oferecido rendição.
c) Prover sempre cuidados médicos para os combatentes feridos, sejam eles amigos ou inimigos. De acordo
com o Direito da Guerra, é necessário proporcionar ao inimigo doente ou ferido tratamento médico da mesma
qualidade que o proporcionado ao próprio pessoal.
d) Quando se captura alguém, nem sempre é possível ter certeza se este indivíduo é um inimigo. A
confirmação, em caso de dúvida, só poderá ser obtida por pessoal especialmente adestrado para esse fim em
Postos de Comando de escalões mais elevados. O captor, contudo, pode interrogar seus prisioneiros sobre
informações militares de valor imediato para o cumprimento de sua missão, porém sem nunca ameaçar, torturar
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ou empregar qualquer outra forma de coerção para obter esses conhecimentos. Por sua vez, o PG, quando
interrogado, só é obrigado a dizer seu nome, posto ou graduação, data de nascimento e número de matrícula. Ou
seja, os dados constantes de sua placa de identificação em campanha.
e) Não se pode tomar de um PG seus bens pessoais, exceto aqueles itens claramente de valor militar ou de
interesse para a produção de informações, tais como: armas, canivetes, equipamentos de sapa, de orientação e de
comunicações, sinalizadores, lanternas, cartas geográficas e documentos militares. Nesse caso, a retirada desses
bens só se fará após o prisioneiro ter sido colocado sob segurança, separado e mantido em silêncio. Nada que não
tenha algum valor militar lhe poderá ser tomado. Somente por ordem de um oficial poderá ser retirado dinheiro
de um prisioneiro. Nesse caso, será fornecido recibo assinado pelo elemento responsável pela custódia, no qual
serão registrados os dados que permitam a perfeita identificação do emitente.
f) Os PG podem realizar vários tipos de trabalhos, desde que estes não estejam relacionados ao esforço de
guerra da parte captora. O trabalho aceitável que pode ser executado pelos PG deve ser limitado, admitindo-se,
entretanto, que cavem tocas de raposa e abrigos coletivos destinados à sua própria proteção.
g) Segundo as leis que regulam os conflitos armados, não é permitido utilizar prisioneiros: como escudo ou
medida de proteção no ataque ou defesa contra o inimigo; na localização, limpeza ou lançamento de minas ou
armadilhas; ou, ainda, para transportar munição ou equipamentos pesados.
h) Não é permitido atacar localidades. Porém, admite-se engajar o inimigo que nelas se encontre, bem como
destruir qualquer equipamento ou suprimento que o mesmo lá possua, quando a sua missão assim exigir. Em
qualquer caso, as destruições devem se limitar ao absolutamente necessário para o cumprimento da missão. Caso
se empregue o apoio de fogo numa área urbana, só os alvos militares devem ser atacados.
i) Os prédios e instalações protegidos não devem ser atacados. Embora uma edificação possa parecer de menor
importância para quem a ataca, na verdade pode apresentar importância relevante para determinado país.
Exemplos de edificações protegidas: prédios dedicados às atividades religiosas, artísticas, científicas ou caritativas;
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b) Eventualmente pode ser necessário movimentar ou reposicionar civis, em virtude da urgência exigida
pelas atividades militares. Sob nenhuma circunstância pode ser destruída uma propriedade civil sem aprovação do
Comandante do mais alto escalão. Da mesma forma, nada pode ser retirado ou tomado dos civis sem autorização
expressa de autoridade competente. A não observância dessas regras é uma grave violação das leis sobre o Direito
da Guerra.
c) Sob nenhuma circunstância, também, pode-se abrir fogo sobre pessoal médico ou equipamentos
empregados pelos serviços de saúde públicos ou militares do inimigo. A maioria do pessoal e das instalações de
saúde são distinguidos pelo símbolo da Cruz Vermelha. É proibido o uso deste símbolo por qualquer tropa ou
instalação que não as de saúde e de assistência humanitária.
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a) Segundo as leis que regem os conflitos armados, não é permitido o uso de veneno ou meios tóxicos.
Entretanto, podem ser empregados meios não tóxicos para destruir os estoques de alimentos e água do inimigo,
de forma a impedir que ele disponha desses recursos em combate.
b) Não é permitido modificar as características das armas com o propósito de causar sofrimento
desnecessário ao inimigo. Também não podem ser utilizadas munições alteradas para infligir a máxima destruição
ao inimigo.
CAPÍTULO 8
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ORGANIZAÇÃO
8.3 - ORGANIZAÇÃO DO COMANDO DA MARINHA
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O Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN) tem o propósito de contribuir para o preparo e
aplicação do Poder Naval no tocante às atividades relacionadas com o pessoal, o material e o detalhamento
doutrinário, específico do CFN.
O Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (ComGer) é um Almirante-deEsquadra do Corpo de
Fuzileiros Navais (CFN), que também está diretamente subordinado ao CM. O ComGer é membro do Almirantado.
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Comando da Força
de Fuzileiros da Esquadra
(ComFFE)
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A Divisão Anfíbia (DivAnf), localizada na Ilha do Governador (RJ), está estruturada para executar Operações Anfíbias
(OpAnf) e Operações Terrestres limitadas, necessárias à realização de uma campanha naval.
O Comandante da DivAnf é um Contra-Almirante do CFN, que está diretamente subordinado ao Comandante da
FFE.
Comando da
Divisão Anfíbia
(ComDivAnf)
1º Batalhão de Batalhão de
Infantaria de Fuzileiros Blindados de Fuzileiros
N avais (1º BtlInfFuzN av) N avais (BtlBldFuzNav)
3º Batalhão de Batalhão de
Infantaria de Fuzileiros Comando e Controle
N avais (3º BtlInfFuzN av) (BtlCmdoCt)
Comando da
Tropa de Reforço
(ComTrRef)
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Batalhão de
Companhia de Polícia
Engenharia de Fuzileiros
(CiaPol)
N avais (BtlEngFuzN av)
Distritos N avais
Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Na va is do 1ºDN 2ºDN Fuzileiros Na va is de
Rio de Janeiro (GptFNRJ) Sa lva dor (GptFN Sa)
Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Na va is de 3ºDN 4ºDN Fuzileiros Na va is de
N atal (GptFN Na ) Belém (GptFNBe)
Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Na va is do 5ºDN 6ºDN Fuzileiros Na va is de
Rio Gra nde (GptFN RG) La dário (GptFNLa )
Grupamento de Ba ta lhão de
Fuzileiros Na va is de 7ºDN 9ºDN Opera ções Ribeirinha s
Brasília (GptFN B) (BtlOpRib)
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Localizado na cidade de Manaus, o Batalhão de Operações Ribeirinhas (BtlOpRib) tem a seguinte missão: realizar
Operações Ribeirinhas, prover guarda e proteção às instalações navais e civis de interesse da MB na região,
realizar ações de Segurança Interna e formar Reservistas Navais, a fim de contribuir para a segurança da área sob
jurisdição do 9ºDN e para a garantia do uso dos rios Solimões, Amazonas e das hidrovias secundária atingíveis a
partir da calha principal desses rios.
Além das tarefas previstas na missão, o BtlOpRib cumpre ainda:
1. - prover apoio de segurança às Inspeções Navais; e
2. - ministrar o Curso Expedito de Operações Ribeirinhas.
CAPÍTULO 11
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CONDICIONAMENTO FÍSICO
11.1 - GENERALIDADES
A boa forma física é fator fundamental para que o fuzileiro naval (FN) consiga desempenhar suas tarefas, tanto
em combate quanto no adestramento diário.
O estilo de vida sedentário que o homem moderno adotou concorre para o prejuízo de sua própria saúde. A
falta de exercício físico contribui para o aumento da obesidade, excesso de colesterol no sangue e hipertensão
arterial, que são a porta de entrada para o desenvolvimento de sérios problemas cardíacos.
Os exercícios físicos incrementam a massa muscular, proporcionando uma boa postura, o aumento da
densidade óssea, diminuindo a possibilidade de fraturas, e diminuem a ansiedade e o estresse. Ressalte-se que
essas condicionantes podem ser decisivas em situações de combate.
11.2 - ORIENTAÇÕES
O militar é o principal responsável pela manutenção do seu condicionamento físico. O Treinamento Físico-
Militar (TFM) deve fazer parte da rotina de cada FN independentemente da organização militar (OM) onde
sirva e da função que esteja exercendo.
A freqüência ideal de exercícios é de cinco vezes por semana. No entanto, para que haja progresso no
condicionamento físico, considera-se indispensável a prática de atividades físicas por, pelo menos, três vezes
em cada sete dias.
O TFM deve ser realizado nos horários que não interfiram com os períodos de digestão das principais
refeições. Em regiões ou estações com temperaturas muito baixas ou elevadas, o TFM deverá ser executado
quando a temperatura estiver amena.
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CAPÍTULO 13
EQUIPAGENS INDIVIDUAIS
13.1 - GENERALIDADES
A Equipagem Individual Básica de Combate (EIBC) foi organizada para que o Fuzileiro Naval (FN) tenha à disposição
o mínimo indispensável para um militar em campanha.
A ela devem ser acrescidas outras que complementam a necessidade do combatente. Assim, se ele portar um fuzil,
receberá uma equipagem individual para este armamento; se forem requeridos meios de orientação, deverá
conduzir uma equipagem de orientação.
O uso das equipagens é o método pelo qual o FN se equipa por módulos, utilizando o que é fundamental para o
momento e deixando de carregar os itens desnecessários.
Diversas são as equipagens individuais atualmente em uso no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). A descrição
detalhada de todas foge ao propósito desta publicação. Dessa forma, apenas aquelas julgadas de uso mais
freqüente pelo FN serão tratadas no presente capítulo.
13.3 - CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAGENS
13.3.1 - Equipagem Individual Básica de Combate (EIBC) É constituída dos seguintes itens: capacete, poncho,
edredom, mochila, pá biarticulada, porta pá, marmita, talher articulado, estojo individual de higiene, colete
balístico, suspensório, cinto simples, cantil, porta-cantil, caneco de alumínio, isolante térmico, saco protetor do
isolante térmico, estojo individual de primeirossocorros e saco de transporte.
13.3.2 - Equipagem Suplementar de Combate (ESC) É composta de: alicate cortador de arame e seu estojo, apito
de metal com fiador, facão de mato e bainha, lanterna elétrica, luva de amianto, luva para aramado e óculos da
guarnição de viatura.
13.3.3 - Equipagem Individual para Fuzil (EIF) É constituída da bandoleira e do porta-carregador.
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13.3.4 - Equipagem Individual para Pistola 9mm (EIP) É constituída do coldre, fiador, porta-carregador e faca de
combate com bainha.
13.6 - CUIDADOS COM A EQUIPAGEM As equipagens individuais são rústicas mas não são indestrutíveis. Elas devem
ser usadas adequadamente e o FN deve zelar por sua manutenção principalmente em operação, a fim de evitar
desgastes prematuros e, por conseqüência, prejuízos à Nação. O cuidado para evitar danos desnecessários às
equipagens individuais inicia-se com o uso adequado dos itens que o FN está portando, ajustando-os para evitar a
fricção e a sobrecarga, e utilizando-os para os fins a que se destinam. Como exemplo, citam-se os cantis que só
devem ser usados para portar água porque outro líquido poderá corroer o material e provocar mal cheiro. Deve-se
ter atenção para a possibilidade de ocorrência de baixas causadas pela ingestão de detritos que possam se formar
no interior dos cantis pela falta de higiene.
Independente de ordem, o FN deve habituar-se a efetuar freqüentes inspeções na sua equipagem individual,
especialmente em campanha. Essa providência deve fazer parte da rotina diária e ser repetida sempre que possível.
Agindo dessa forma, o FN poderá detectar se algum item de sua equipagem não funciona bem, antes mesmo que
se torne inservível. Identificando a falha, o item poderá ser trocado, reparado e recolocado em uso, em perfeito
estado, resultando em economia para o CFN; mas se a situação ou os meios disponíveis não o permitirem, caberá
ao próprio FN executar um pequeno reparo no item de modo a permitir seu uso até ser possível a troca. Em todo
caso, nunca se abandona a equipagem ou parte dela sem que haja ordem expressa para isso, especialmente em
campanha.
Para conservar a equipagem individual, é preciso conhecer como mantê-la a bordo e em campanha, observando o
seguinte:
- manter a ajustagem correta para o corpo do utilizador de todos os itens que possuam presilhas e alças reguláveis;
- ter sempre a equipagem limpa e seca. A marmita, o talher articulado, o caneco de alumínio e os cantis devem ser
mantidos em perfeitas condições de higiene com vista ao uso imediato; e
- dobrar os itens observando os vincos existentes, evitando comprimir e dobrar as partes metálicas e os reforços
de lona.
CAPÍTULO 14
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HIGIENE E PROFILAXIA DAS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
- em caso de suspeita de algum parasita, mosquito ou qualquer inseto estranho no local do acampamento,
comunicar logo ao serviço de saúde, para que sejam tomadas as providências pertinentes;
- é conveniente examinar, arejar, limpar a barraca ou local de dormir; e
- comer o alimento fornecido, pois contém nutrientes para se manter.
CAPÍTULO 15
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PRIMEIROS SOCORROS
15.1 - GENERALIDADES
Primeiro socorro é o atendimento imediato e provisório prestado a uma vítima de enfermidade ou
ferimento de forma a assegurar a vida enquanto se aguarda ou até se consiga o atendimento médico especializado
necessário. É aplicado em situação de emergência. Porém, algumas vezes, são utilizados também nos casos de
urgências.
15.1.1 - Emergência
É a situação em que o risco de vida é crítico e iminente. Caso não se intervenha imediatamente, esta poderá
evoluir para complicações graves ou ser fatal.
15.1.2 - Urgência
É a situação em que o risco de vida pode até existir porém, a intervenção pode aguardar um tempo, pois o
risco de vida não é iminente.
Deve-se inicialmente, procurar estabelecer as funções vitais da vítima. Para isso, deve-se seguir a seguinte
seqüência de cuidados, que podem ser realizadas simultaneamente:
1. - vias aéreas com controle da coluna vertebral;
2. - respiração e ventilação;
3. - circulação com controle de hemorragia;
4. - incapacidade, estado neurológico; e
5. - exposição e controle do ambiente (despir completamente a vítima, mais prevenindo a hipotermia - baixa
temperatura corporal).
Logo após, devemos proceder o exame secundário, que consiste em uma avaliação detalhada da vítima,
abordando lesões que não implique risco imediato de vida.
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Durante o exame inicial da vítima, as vias aéreas (VA) devem ser avaliadas em primeiro lugar, assegurando
a sua permeabilidade. Deve-se identificar a presença de corpos estranhos, fraturas faciais, mandibulares ou
traqueo-laríngeas que podem resultar em obstruções das VA. (Fig 15.2)
Todos os procedimentos para restabelecer a permeabilidade das VA devem ser feitos protegendo a coluna
cervical, para tanto, é recomendável a elevação ou anteriorização da mandíbula, indicada para vítimas com suspeita
de lesão na coluna cervical e queda da língua. Para tanto, o socorrista deve:
1. - posicionar-se atrás da cabeça da vítima em decúbito dorsal; segurar com as mãos os ângulos da mandíbula,
deslocando-a para frente enquanto faz a abertura da boca; e
2. - estabilizar ao mesmo tempo a coluna cervical da vítima.
No caso da vítima estar inconsciente e com suspeita de lesão na coluna cervical, o socorrista deve executar
a elevação da mandíbula da seguinte forma:
1. - posicionar-se do lado da vítima, e empurrar os ângulos da mandíbula com o polegar, deslocando-a para
cima. (Fig 15.3)
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Em ambos os caso, estabilizar ao mesmo tempo a coluna cervical da vítima com as mãos, evitando sua
lateralização.
As causas de obstrução de vias aéreas podem ser divididas em dois grupos: causas tratáveis e não tratáveis
pelo socorrista.
Causas tratáveis – queda da língua, corpos estranhos, vômitos, secreções e sangue.
Sendo a queda da língua sobre a parede posterior da faringe e corpos estranhos as causas mais comuns. O
socorrista deve:
1. - usar as mãos para diferenciar o posicionamento da cabeça e do pescoço, pois pode deslocar a língua da
parede posterior da faringe e efetuar a limpeza da cavidade oral;
2. - na inclinação da cabeça e elevação do queixo, o socorrista coloca uma de suas mãos na fronte da vítima
e a utiliza para inclinar a cabeça para trás;
3. - deslocar a mandíbula para frente com os dedos da outra mão colocados no queixo da vítima;
4. - não usar este procedimento na suspeita de lesão da coluna cervical.
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A permeabilidade das vias aéreas, por si só, não implica em ventilação adequada. A respiração é necessária
para que haja a oxigenação do organismo e eliminação de gás carbônico. (Fig 15.4)
O tórax da vítima deve estar exposto para avaliar adequadamente a ventilação e outras lesões associadas.
As lesões que podem prejudicar de imediato a respiração são: o pneumotórax, hipertensivo, o tórax instável com
contusão pulmonar e o pneumotórax aberto, as fraturas de costelas.
Os pneumotórax simples e as contusões pulmonares, podem comprometer a ventilação, mas em menor
grau.
15.2.3 - Circulação com Controle da Hemorragia
A hemorragia é uma das principais causas de morte no período pós-traumático, sabendo deste fato, o
socorrista deve agir rapidamente.
A hipotensão em vítimas traumatizadas deve ser considerada como hipovolemia (baixo volume de sangue
circulante). Uma avaliação rápida e apurada do estado hemodinâmico (fluxo sangüíneo) da vítima traumatizada é
essencial. A análise de três elementos nos permite este diagnóstico rapidamente: o nível de consciência da vítima,
a cor da pele e o pulso.
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a) Nível de Consciência
Quando o volume de sangue é reduzido, o fluxo sangüíneo cerebral pode estar prejudicado, alterando o
nível de consciência da vítima. Entretanto, esta pode estar consciente mesmo perdendo uma quantidade
significativa de sangue.
b) Cor da Pele
A cor da pele pode ser importante na avaliação de uma vítima hipovolêmica traumatizada. Uma vítima com
pele de coloração rósea, especialmente na face e extremidade, raramente estará criticamente hipovolêmica após
um trauma. Ao contrário, a coloração acinzentada da face e a pele esbranquiçada e extremidades cianóticas (roxas)
são sinais evidentes de hipovolemia, estes últimos sinais usualmente indicam uma perda de volume sangüíneo de
pelo menos 30%.
c) Pulso
O pulsar sangüíneo de fácil acesso (carotídeo) deve ser examinado, bilateralmente para se avaliar sua
quantidade, freqüência e regularidade. Pulsos periféricos cheios, lentos e regulares, são usualmente sinais de
normovolemia (circulação normal). (Fig 15.5)
d) Sangramentos (Hemorragias)
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Hemorragia externas graves são identificadas com um exame primário, a rápida perda sangüínea externa é
controlada exercendo pressão manual sobre a ferida ou utilizando o torniquete.
Hemorragias torácicas, do abdômen, nos músculos ao redor de fraturas, e como resultado de ferimentos
penetrantes podem ser responsáveis por perdas ocultas consideráveis de sangue.
15.2.4 - Incapacidade (Avaliação Neurológica)
Uma avaliação neurológica rápida é realizada no final do exame primário para estabelecer o nível de consciência
da vítima. Uma maneira simples de avaliar o nível de consciência é pelo método A.V.D.I.
A - ALERTA-ACORDADO - se está alerta é porque está acordado;
V - RESPONDE AOS ESTÍMULOS VERBAIS - verificar se responde a perguntas;
D - SÓ RESPONDE A DOR - provocar estímulo que provoquem dor;
I - INCONSCIENTE, NÍVEL DE CONSCIÊNCIA - verificar se está consciente ou inconsciente.
A alteração do nível de consciência pode significar necessidade imediata de reavaliação da oxigenação, da
respiração e da perfusão. Álcool e outras drogas podem alterar o nível de consciência da vítima. Deve-se lembrar que a
diminuição do nível de consciência pode representar alteração na oxigenação e/ou na perfusão cerebral, ou é resultado
de um trauma direto ao cérebro.
15.2.5 - Exposição e Exame
A vítima deve ser despida, e é usual cortar as roupas para facilitar o acesso adequado as lesões e ao exame
complementar. Quando a vítima estiver exposta em via pública, deve-se ter pudor e evitar constrangimento e outros
problemas.
O exame da vítima deve ser feito da seguinte forma:
1. - verificar, através de exame rápido, se está respirando;
2. - se não estiver, iniciar imediatamente a respiração artificial;
3. - retirar com cuidado, apenas as roupas necessárias. O vestuário sujo pode ocultar ferimentos e aumentar o
perigo de infecção;
4. - é melhor cortar, rasgar ou descoser as roupas do que despir o ferido;
5. - não dar qualquer espécie de bebida alcoólica;
6. - em caso de fraturas, só movimentar a vítima após sua imobilização. O transporte deve ser suave e firme; e
7. - jamais presumir que a vítima esteja morta, até que a real confirmação.
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coloração vermelho vivo. É mais grave que o sangramento venenoso, pois a pressão no sistema arterial é maior que a
pressão no sistema venenoso, então a perda sangüínea é maior.
VENENOSO – sangramento contínuo, geralmente de coloração vermelho escuro.
CAPILAR – sangramento contínuo, discreto, por se tratar de vaso de pequeno calibre.
II) Quanto a localização
EXTERNA – ocorre o sangramento de estruturas superficiais com exteriorização do sangramento, podem ser
controladas utilizando técnicas básicas de primeiros socorros.
INTERNA – ocorre o sangramento de estruturas profundas, pode ser oculto ou se exteriorizar, por exemplo:
hemorragia do estômago com hematêmese e vômito com sangue. As medidas básicas de socorro não funcionam, a vítima
deve ser levada para o hospital.
Ao prestar socorro a uma vítima, o socorrista deve ter a preocupação com a sua própria saúde, usando, sempre
que possível, luvas. Na impossibilidade, pode-se improvisar com saco ou sacolas plásticas.
c) Reconhecimento de Hemorragias
As hemorragias internas muitas vezes podem ser reconhecidas na inspeção.
Vítima com roupas grossas pode disfarçar a hemorragia, devido a absorção do sangue pelas vestes. O sangue
pode também ser absorvido pelo solo e tapetes, lavado pela chuva, dificultando a ação do socorrista. As vítimas
politraumatizadas com sinais de choque e lesão externa pouco importantes provavelmente apresentam lesão interna.
As hemorragias internas são comuns no tórax e abdômen. Deve-se procurar a presença de lesões perfurantes e
equimoses e contusões na pele sobre estruturas vitais. Os órgãos que mais freqüentemente apresentam graves
sangramento são o fígado, no quadrante superior direito; e o baço, no quadrante superior esquerdo.
Algumas fraturas, como as de bacias e fêmur, podem produzir hemorragias internas graves e estado de choque.
Observar extremidade com deformidade e dolorosas e instabilidade pélvica. A distensão abdominal com dor após
traumatismo deve sugerir hemorragia interna. (Fig 15.6)
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1. - desobstruir as vias aéreas e efetuar assistência respiratória se necessário.
2. - posicionando a vítima em decúbito dorsal com as extremidades inferiores elevadas;
3. - vítimas que estiverem vomitando sangue (hematêmese) ou eliminando sangue juntamente com a saliva no ato
de cuspir (hemoptise) devem ser colocadas em decúbito lateral para evitar a aspiração pulmonar;
e) Torniquete
É o último recurso para conter hemorragias graves nas extremidades do corpo.
Atualmente só é utilizado nas amputações traumáticas. Cuidados na utilização do torniquete são:
1. - só utilizar quando esgotados os outros métodos de controle de hemorragia;
2. - aplicar acima do ferimento, isto é entre o ferimento e o coração;
3. - o torniquete deve ser utilizado sempre acima das articulações;
4. - não aplicar sob as vestes, para não correr o risco de ficar escondido;
5. - apertar apenas o suficiente para estancar a hemorragia;
6. - não utilizar arame ou outro material cortante;
7. - não cobrir com atadura ou curativo, evitando assim que fique escondido;
8. - não colocá-lo sobre uma proeminência óssea (ex. joelho, cotovelo etc.);
9. - marcar a hora que foi colocado o torniquete, e afrouxar a cada intervalo de 10/15 minutos, por um período de
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f) Improvisação do torniquete
1. - utilizar panos largos; não usar fios, barbantes, arames ou materiais finos e estreitos, pelo risco de agravar as
lesões cortando a pele e estruturas profundas;
2. - envolver o membro afetado com o pano logo acima do ferimento;
3. - fazer um meio nó, colocar um pedaço de madeira no meio do nó;
4. - dar um nó completo sobre o pedaço de madeira;
5. - torcer moderadamente o pedaço de madeira até parar a hemorragia;
6. - fixar com um nó a madeira; e
7. - marcar em local visível na vítima as iniciais T.Q. e anotar a hora. (Fig 15.7 e Fig 15.8)
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15.3.2 - Reanimação cardiopulmonar - RCP
É a técnica adotada para retardar uma lesão cerebral até a instituição de medidas mais avançadas. Consiste
na associação das técnicas de abertura de vias aéreas, respiração assistida e compressões torácicas.
a) Parada cardíaca
Interrupção repentina da função de bombeamento cardíaco, que pode ser revertida com intervenção
rápida, mas que pode levar a uma parada respiratória e causar a morte se não for tratada.
c) Conseqüências da P.C.R.
A ausência da circulação sangüínea cessa a oxigenação dos órgãos e, após alguns minutos, as células mais
sensíveis são afetadas. Os órgãos mais sensíveis
a falta de oxigênio são o cérebro e o coração. A lesão cerebral é irreversível após 4 a 6 minutos sem oxigenação.
9. - no tórax da vítima localizar no peito o osso esterno, na sua porção inferior, que é o ponto de compressão,
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onde irá colocar o “calcanhar” de uma das mãos;
10. - posicionar a outra mão em cima da que já estava sobre o tórax da vítima; e
11. - fazer 15 compressões com a freqüência média de 80bpm por minuto. (Fig 15.9 a Fig 15.13)
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h) Problemas da R.C.P.
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Caso a R.C.P. seja realizada de forma imprópria, as compressões torácicas e a respiração artificial podem
não surtir o efeito desejado.
I) Complicações na Respiração Artificial
O principal problema associado a respiração artificial é a distensão do estômago, que resulta de fluxos
rápidos de ventilação, e pode causar regurgitação e aspiração pulmonar. Um outro efeito é a elevação do
diafragma, que limita a expansibilidade pulmonar.
II) Complicações das Compressões Torácicas
Durante o procedimento, podem ocorrer, especialmente em idosos: fratura de costelas, a separação entre
es costelas e o esterno, fratura de esterno e pneumotórax. O traumatismo de órgãos abdominais também
pode ocorrer com as compressões torácicas sobre o esterno.
III) Erros Comuns na execução da R.C.P.
1. - Posição incorreta das mãos;
2. - Profundidade de compressão inadequada;
3. - Incapacidade de vedação do nariz e da boca durante a ventilação;
4. - Dobrar os cotovelos ou joelhos durante as compressões leva ao cansaço;
5. - Ventilação com muita força e rapidez levam a distensão do estômago;
6. - Incapacidade de manter vias aéreas abertas; e
7. - Não ativar o socorro médico em tempo hábil, para o socorro avançado.
15.3.3 - Proteção de ferimentos
O curativo inicial visa proteger contra a contaminação de micróbios e sujeira.
Deve-se lavar o ferimento com água limpa em abundância ou soro fisiológico. Na falta de um curativo individual,
deve-se usar pano limpo e seco.
costelas. Algumas espécies possuem glândulas que produzem veneno. Os dentes das cobras peçonhentas têm um
canal ou sulco que se comunica com as glândulas produtoras de veneno. No momento da picada o veneno escoa
por esse canal e é inoculado no corpo da vítima (Fig 15.38).
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As cobras venenosas apresentam certas características que as distinguem das demais:
1. - A cascavel, a jararaca e a surucucu têm um par de dentes inoculadores localizados na parte anterior da
boca. Esses dentes são grandes, caniculados e móveis, o que permite sua movimentação para a frente
quando essas cobras dão o bote.
2. - Na coral verdadeira, os dentes inoculadores são pequenos, imóveis e caniculados; localizam-se na parte
anterior da boca.
3. - Ao contrário das cobras peçonhentas, as não peçonhentas em geral possuem todos os dentes do mesmo
tamanho e sem sulcos. É o caso da sucuri, da jibóia, da salamanta e da cobra-cachorro.
4. - Há também cobras não peçonhentas que apresentam um par de dentes posteriores maiores que os
outros. Esses dentes são sulcados e fixos. Como exemplo de cobras não peçonhentas com essas
características, podem ser citadas a cobra-verde e a cobra-espada.
5. - Além dos dentes, as cobras peçonhentas, com exceção da coral, apresentam um orifício entre o olho e a
narina, chamado de fosseta loreal ou lacrimal. A fosseta loreal é um órgão termo-receptor que capta as
variações de temperatura.
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Existem plantas que podem causar irritações quando em contato com a pele. Lavar bem a parte atingida
com água fria e sabão; cobrir a parte afetada e procurar atendimento médico, logo que a situação permitir. Não
coçar o local atingido.
15.5.3 - Caravelas ou águas vivas
Lavar o local atingido e não coçar; proteger o ferimento e procurar atendimento médico.
15.5.4 - Picadas de insetos
Em picadas de insetos como abelhas, marimbondos e formigas, procurar, sempre que possível, retirar o
ferrão, cobrindo o local com compressas de álcool com gotas de amônia ou anti-séptico.
15.5.5 - Picadas de aranhas e escorpiões
Poucos são os casos fatais registrados, motivados por picadas de aranha e escorpiões. No Brasil, existem
alguns tipos de aranhas peçonhentas, cuja picada pode pôr em risco a vida de um homem adulto (Fig 15.40).
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Todos os escorpiões são peçonhentos, isto é, produzem veneno e são capazes de injetá-lo na vítima. No
Brasil devem ser temidos, pois existem espécies que têm veneno em quantidade suficiente para matar um homem.
O veneno é neurotóxico porque age especialmente sobre o sistema nervoso, causando a morte por asfixia,
devido ao bloqueio do sistema respiratório.
No caso de acidentes com aranhas ou escorpiões, proceder da mesma forma como descrito para o acidente com
cobras, providenciando socorro médico o mais rápido possível.
15.6 - ACIDENTES POR AGENTES FÍSICOS
15.6.5 - Choque elétrico
Antes de atender a vítima, procurar desligar a fonte de energia elétrica que alimenta o sistema onde a pessoa
levou o choque; se não for possível, usar um pau seco, pano seco, cinto de lona ou outro material não condutor de
eletricidade para afastar a vítima do contato com fonte elétrica. Iniciar imediatamente a respiração artificial, caso a
vítima não esteja respirando, e providenciar socorro médico o mais rápido possível.
15.6.6 - Envenenamento por monóxido de carbono
Ocorre geralmente nas proximidades de viaturas, principalmente em locais fechados. Remover a vítima para um
local arejado. Havendo dificuldade respiratória, fazer respiração artificial.
15.6.7 - Afogamento
Remover as secreções das vias respiratórias. Deitar a vítima de bruços sobre seus joelhos e procurar fazê-la
eliminar a água ingerida. Iniciar logo a respiração artificial. Procurar socorro médico imediatamente.
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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 16
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NAVEGAÇÃO TERRESTRE
16.1 - GENERALIDADES
Em tempo de paz é possível a um estrangeiro se localizar em uma grande cidade por meio de indagações.
Qualquer policial ou morador do lugar pode fornecer-lhe a orientação necessária para encontrar o lugar procurado.
Na guerra, porém, um fuzileiro naval (FN) em país estrangeiro pode não contar com a colaboração da
população local e terá que se orientar com o único meio que em geral lhe estará disponível: a carta. Mesmo que a
população local seja amiga, só poderá prestar informações a quem souber falar a sua língua. Com a carta acontece
a mesma coisa. Só poderá extrair dela as informações necessárias quem souber entendê-la e utilizá-la
corretamente.
O presente capítulo tem por finalidade proporcionar os conhecimentos necessários à orientação no terreno
por meio da utilização da carta e da bússola.
16.2 - CARTAS
Uma carta é um desenho que não tem por finalidade reproduzir de forma fiel os acidentes naturais e
artificiais da porção do terreno que representa, tal qual uma fotografia. Esses acidentes são representados por
símbolos, de forma a facilitar o manuseio das cartas e padronizar sua confecção. Em lugar de se desenhar um rio,
uma casa, um pântano, etc., o que não seria fácil nem prático, adota-se um símbolo particular para cada um desses
acidentes do terreno. Esses símbolos são conhecidos por convenções cartográficas e são previamente padronizados
e utilizados de acordo com a finalidade a que se destinam as cartas.
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A classificação das cartas procura agrupá-las de acordo com a finalidade a que as mesmas se destinam e,
portanto, as convenções cartográficas são previamente padronizadas e utilizadas de acordo com essa finalidade.
As cartas náuticas, por exemplo, buscam um maior detalhamento dos acidentes que interessam a navegação, tais
como ilhas, faroletes, profundidade do mar, etc., em detrimento dos acidentes naturais e artificiais de terra. Em
contrapartida, as cartas topográficas procuram detalhar ao máximo esses acidentes do terreno. Um outro exemplo
são as cartas rodoviárias, que contém, detalhadamente, o traçado de rodovias, estradas e vias secundárias, em
detrimento de outros acidentes do terreno que não se relacionam com o fim a que essas cartas se destinam.
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16.4 - CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
São símbolos empregados nas cartas para representar os acidentes naturais e artificiais existentes no
terreno. Geralmente constituem desenhos simples, semelhantes aos acidentes e construções que representam.
Causaria muita confusão na carta se em todas as curvas de nível fossem assinalados os valores de suas
cotas, por essa razão, nem todas são numeradas.
16.6 - ESCALA DA CARTA
As cartas devem ser confeccionadas de modo a guardar proporcionalidade entre as dimensões
representadas nas mesmas e seus correspondentes valores reais no terreno. Além disso, as cartas devem conter a
informação de quantas vezes ela é menor que o terreno representado. Essa informação, contida na margem da
carta, chama-se escala, que pode ser indicada, tanto na forma numérica, quanto na forma gráfica.
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A escala numérica é representada por uma fração (1/25.000 ou 1:25.000, por exemplo). Em ambos os casos,
indica que uma medida tomada na carta vale 25.000 vezes esse valor no terreno (1 cm na carta, por exemplo,
corresponde a 25.000 cm ou 250 m no terreno).
Vale aplicar essas noções à carta. Para se obter a distância real no terreno entre dois pontos da carta, deve-se,
primeiramente, aplicar uma régua graduada sobre a carta, como mostrado na figura 16.5.
Na figura acima, observa-se que a medida entre os pontos A e B é de 4cm. Nesse caso, a escala da carta é 1/25.000,
isto é, 1cm na carta vale 25.000cm no terreno. Portanto, pode-se concluir que a distância real no terreno será:
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4 X 25.000 = 100.000cm.
Como as distâncias são geralmente avaliadas em metros, converte-se o valor encontrado, ou seja:
100 centímetros = 1 metro
100.000cm = 100.000 100 = 1000 metros
Matematicamente isto pode ser representado da seguinte forma:
E =ddd onde E - escala da carta
D d - grandeza na carta ou dimensão gráfica
D - grandeza no terreno ou dimensão real
16.6.2 - Escala Gráfica
A escala gráfica nada mais é que a representação gráfica da escala numérica. É um segmento de reta
graduado, de modo a indicar diretamente os valores medidos na própria carta. As cartas as trazem normalmente
desenhadas abaixo da indicação da escala numérica.
Observando-se a figura 16.6, verifica-se que o segmento da reta está dividido em duas partes distintas,
separadas pelo índice zero. A parte da direita é chamada escala e a da esquerda talão.
No caso considerado, a escala foi dividida em graduações de 1000 metros e o talão em graduações de 100
metros. O talão é sempre uma graduação da escala dividida em dez partes iguais, numeradas da direita para a
esquerda, enquanto a escala é numerada da esquerda para a direita.
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16.7 - DESIGNAÇÃO DE PONTOS NA CARTA
Um ponto na carta é designado por suas coordenadas, ou seja pelo cruzamento do paralelo (ordenada) com
o meridiano (abcissa) que por ele passa.
Existem várias formas de indicar as coordenadas de um ponto, as mais comuns são:
- geográficas: onde são indicadas as latitude e longitude do ponto considerado em relação ao paralelo de Oo
(Equador) e ao meridiano base de Grenwich, respectivamente.
Por exemplo: LAT - 15o 30`22`` S
LONG - 45o 17`55`` W
- retangulares ou de grade: onde são indicados o afastamento vertical e horizontal em relação a grade construída
sobre a carta.
As cartas utilizadas nas operações militares, em geral, possuem uma série de linhas retas que se cruzam a intervalos
regulares (grade), formando quadrados chamados de quadrículas (Fig 16.7).
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Cada quadrícula, portanto, pode ser facilmente designada pelos números indicativos das retas que se
cruzam no seu canto inferior esquerdo. A designação da quadrícula é feita pela colocação desses números entre
parênteses, separados por um traço. O primeiro número refere-se à reta vertical e o segundo à reta horizontal. Por
exemplo, caso se saiba que um ponto esta localizado na quadrícula (94-82) - como a Capela de Santo Antonio na
figura 16.7 - ao consultar a carta, procurar-se-á na sua margem inferior ou superior a indicação da reta base 94 e
nas margens laterais a reta 82. O encontro das duas retas permitirá identificar a quadrícula desejada no quadrante
superior direito. A designação de um ponto na carta por meio das coordenadas retangulares é feita escrevendo-se
uma letra designativa do ponto, seguida dos algarismos que definem o afastamento horizontal e vertical das
respectivas retas bases da quadrícula que o contém, os quais são separados por um traço e apresentados entre
parênteses: P (94,3 - 82,1), por exemplo, designa as coordenadas da Capela de Santo Antonio na figura 16.7.
De acordo com a precisão desejada, utilizar-se um múltiplo da unidade de distância para a apresentação
dessas coordenadas.
- quilométrica - em quilômetros: P (94,3 - 82,1);
- hectométrica - em hectômetros: P (943 - 821);
- decamétrica - em decâmetros: P (9430 - 8210); e
- métrica - em metros: P (94300 - 82100), maior precisão.
Com o auxílio da carta, pode-se localizar o ponto onde se está e o ponto para onde se vai, e obter, por meio da
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escala, a distância entre ambos. Para se estabelecer a direção a ser seguida, o método mais apropriado é o de
determinar o ângulo formado entre uma direção base fixa e a direção a ser seguida. Este ângulo é chamado de
azimute (Fig 16.8).
16.8.1 - Direções-Base
As direções-base, por convenção, apontam sempre para um Norte e são utilizadas como referência inicial
para a determinação dos azimutes.
a) Norte Verdadeiro ou Geográfico (NV ou NG)
É a direção que passa pelo pólo norte da terra (Fig 16.9).
b) Norte Magnético (NM)
É a direção que passa pelo pólo magnético da terra, ou seja, pelo ponto para o qual são atraídas todas as
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agulhas imantadas. Esse ponto fica localizado próximo ao norte geográfico (Fig 16.9).
d) Diagrama de orientação
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Uma das informações contidas nas inscrições marginais dessas cartas é o que se chama de Diagrama de
Orientação (Fig. 16.10). Tal diagrama contém as três direções-base indicadas, bem como o valor do ângulo formado
entre as mesmas.
Considerando os dados contidos no exemplo de diagrama de orientação da figura 16.11 e que se está
calculando a declinação magnética para o ano de 1997, o resultado obtido seria 21o 10’W, pois à declinação de
17o 52’W em 1975 deve ser acrescida a variação anual de 9’ nos 22 anos decorridos, logo:
dm = 17o 52’ + 22 x 9’
dm = 17o 52’ + 198’ = 17o 52’ + 3o 18’
dm = 21o
10'
Será W porque o NM encontra-se a Oeste do NG.
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Pela figura 16.12, pode-se observar que a direção do NV é diferente da direção do NQ da carta. Desse modo,
o ângulo formado entre as direções do NV e NQ, contado a partir do NV, é chamado de convergência de meridianos.
Essa será E ou W conforme o NQ esteja à leste ou oeste do NV/NG.
A convergência se dá em virtude da distorção causada pela projeção da superfície terrestre, que é curva, na
superfície plana do papel, quando da confecção das cartas. Apesar de sofrer uma variação entre diferentes pontos
de uma mesma carta, pode-se considerá-la constante nas cartas utilizadas, sem perigo de erro, em virtude dessa
variação ser desprezível.
III) Ângulo QM
O ângulo formado entre as direções do NQ e do NM é chamado ângulo QM. O ângulo será W, quando o
norte magnético estiver a Oeste do norte da quadrícula, e E, quando o norte magnético estiver a Leste do norte da
quadrícula. O ângulo QM será calculado somando a dm e a convergência de meridianos quando a direção do NM e
do NQ estiverem em lados opostos a direção do NG/NV, e subtraindo uma da outra quando estiverem do mesmo
lado do NG/NV. Uma vez calculado o ângulo QM, ele deve ser anotado na carta para uso futuro. A variação anual
da declinação magnética acarreta aumento ou diminuição do ângulo QM. Se as direções do NM e do NQ se
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16.8.2 - Azimutes
Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, a partir
de uma direção base.
a) Azimute Magnético (AzM)
AzM é o ângulo horizontal medido a partir do NM até a direção desejada. Na figura 16.13, por exemplo, o
AzM da direção entre a bifurcação de estrada e a capela é de 60o.
b) Azimute Verdadeiro (AzV)
AzV é o ângulo horizontal medido a partir do NG/NV até a direção desejada. Na figura 16.13, por exemplo,
este azimute pode ser de 54o.
c) Azimute da Quadrícula (AzQ) ou Lançamento (L)
Lançamento é o ângulo horizontal medido a partir do NQ até a direção desejada. Na figura 16.13, o
lançamento é de 51o.
16.8.3 - Contra-Azimutes
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O contra-azimute de uma direção é o azimute da direção oposta. Caso se esteja voltado para uma
determinada direção, considera-se essa direção como azimute. Ao se voltar para a direção oposta, ter-se-á o contra-
azimute dessa direção. O contra-azimute está sobre o prolongamento, no sentido inverso, da reta que determina
o azimute.
Sabendo utilizar de forma correta o contra-azimute, o militar estará em condições de retornar ao ponto de
partida. No cumprimento de uma tarefa em lugar desconhecido e à noite, por exemplo, o contra-azimute poderá
indicar a direção pela qual deve-se retornar.
Para se encontrar o contra-azimute, basta somar 180º ao azimute quando esse for menor que 180º ou
subtrair 180º quando maior que 180º.
16.9 - BÚSSOLA
Bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais e à orientação no terreno.
A bússola é um goniômetro (instrumento com que se medem ângulos) no qual a origem de suas medidas é
determinada por uma agulha imantada que indica uma direção aproximadamente constante que é o NM.
Uma bússola está declinada quando as leituras nela realizadas representam lançamentos, ou seja, ângulos
medidos em relação ao NQ, ao invés de AzM.
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Além da variação causada pela dm, uma bússola é afetada pela presença de ferro, magnetos, fios condutores de
eletricidade e aparelhos elétricos.
Certas áreas geográficas possuem depósitos de minério (tal como o ferro) que podem tornar uma bússola
imprecisa quando colocada próxima a eles. Conseqüentemente, todas as massas visíveis de ferro ou campos elétricos
devem ser evitados quando se utiliza uma bússola.
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16.9.5 - Medida de um contra-azimute
A bússola também permite determinar o contra-azimute lendo-se, no limbo, o valor do ângulo que fica na
extremidade oposta à linha de visada.
16.9.6 - Marcha segundo um azimute
Suponha-se que se está num determinado lugar do terreno e que se precisa alcançar um outro afastado
daquele cerca de 1 km. Sabe-se, também, que esse segundo lugar se encontra no AzM 60º. Basta, portanto, que
se marche segundo o azimute de 60o já determinado. Para tanto, deve-se proceder da seguinte maneira:
1. - inserir no limbo graduado da bússola o azimute dado;
2. - sem mover a mão e olhando pelo espelho, girar o corpo até que a agulha coincida com a seta da direção N-S;
3. - através do entalhe da mira, observa-se um ponto do terreno que seja notável para tê-lo como referência
do lugar que se deseja alcançar;
4. - a direção a ser seguida é a desse ponto notável, observado pelo entalhe da mira; e
5. - caso ao se olhar na direção do lugar a ser alcançado, não for possível observá-lo diretamente, segue-se
segundo a direção do azimute até um ponto notável do terreno que será utilizado como referência inicial.
Após atingir este ponto, utilizando o mesmo azimute, tenta-se localizar o lugar desejado. Não sendo
possível, repete-se o processo até que se consiga localizá-lo.
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Quando se marcha, segundo um azimute, com a finalidade de atingir determinado ponto específico, caso
se tenha conhecimento da distância que dele se está, deve-se utilizá-la como meio de controle do deslocamento.
Isso é feito por meio da passada individual, geralmente aferida antecipadamente. A aferição consiste na verificação
do número médio de passos que cada individuo executa ao percorrer, em terreno variado, uma distância pré-
estabelecida, normalmente, 100 metros. Para marchar à noite segundo um azimute, é preciso estar em
condições de visar pontos à frente, tal como feito de dia. Entretanto, em face da visibilidade reduzida, isso se torna
mais difícil, impondo que os pontos visados sejam em maior número e mais próximos uns dos outros.
Se a escuridão for tal que impeça as visadas sobre pontos de referência no terreno, deve-se empregar um
companheiro à frente, à pouca distância, e determinar que ele se desloque para a direita ou para a esquerda até
situar-se no azimute desejado. Essa operação deve ser repetida até que seja possível identificar um ponto de
referência no terreno.
À noite, geralmente, não é possível fazer a visada através do entalhe da mira da bússola como se faz durante
o dia, e nem é necessário. Basta voltar a bússola para a direção a seguir, de modo que fiquem num mesmo
alinhamento o operador, a três marcas luminosas existente na bússola (duas em cada lateral da seta e uma na
agulha imantada) e o ponto de destino.
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A orientação da carta também poderá ser feita pela bússola. Para tanto, desdobra-se a carta sobre uma
superfície plana, coloca-se sobre ela a bússola com a declinação já inserida, de modo que um dos lados da caixa da
bússola fique tangenciando a reta base vertical de uma das quadrículas. Depois, girando-se o conjunto carta-bússola
e conservando-se a bússola no mesmo local, procura-se fazer com que a seta da agulha imantada coincida com a
marcação do NV. Quando houver a coincidência, a carta estará orientada.
A orientação da carta poderá, ainda, ser feita por meios expeditos. O sol, por exemplo, ao nascer, define
aproximadamente a direção Leste. Ao se pôr, a direção Oeste. Conhecidas essas direções, basta que para elas se
dirija a margem direita da carta no primeiro caso, ou a esquerda no segundo, para que se tenha a carta mais ou
menos orientada.
Ainda com o sol e com auxílio de um relógio devidamente certo, pode-se determinar a direção Norte. Basta
que, conservando-se a graduação das 12 horas na direção do sol, se identifique no terreno a direção da linha
bissetriz que divide ao meio o ângulo formado pela direção do sol (12 horas) e a do ponteiro das horas, contada no
sentido do movimento dos ponteiros. Essa bissetriz define a direção Norte-Sul.
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Durante o dia, entre às 09:00 e 15:00 horas, a posição do sol define, em relação ao observador, os planos
que contêm, respectivamente, as direções Nordeste e Noroeste. Um processo prático para se materializar essas
direções é o prolongamento da sombra de um objeto posto na vertical nessa ocasião.
Outro processo é o dos ventos regionais dominantes que normalmente sopram na mesma direção e com
isso possibilitam a orientação. O minuano, vento muito conhecido no Sul do Brasil, sopra de Oeste-Sudoeste para
Este-Nordeste.
A observação de vários fenômenos naturais, quase todos relativos ao movimento do sol, também permite
conhecer, a grosso modo, no hemisfério sul, a direção Norte. Os caules das árvores, as superfícies das pedras, os
moirões das cercas e as paredes das casas são mais úmidos na parte voltada para o Sul, porque só recebem luz e
calor do sol na face voltada para o Norte. Do mesmo modo, os animais, ao construírem seus abrigos, o fazem com
a entrada voltada para o Norte, abrigando-se dos ventos frios do Sul e recebendo diretamente o calor e a luz do
sol.
Durante a noite, a orientação sem o auxílio da bússola é feita, principalmente, por meio da lua ou das
estrelas. A lua, em seu movimento aparente, nos dá aproximadamente as mesmas identificações que o sol,
principalmente em sua fase cheia, quando se pode observá-la em sua plenitude. A constelação do Cruzeiro do Sul
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proporciona uma boa e fácil orientação. Qualquer que seja a sua posição na esfera celeste, a determinação do pólo
Sul se obtém prolongando-se em quatro vezes e meia a distância entre as estrelas que correspondem à altura da
cruz. O pé da perpendicular baixada pelo ponto fictício que limita esse prolongamento sobre o horizonte nos indica
a direção Sul, conforme demonstrado na figura 16.20.
fazenda Dois Rios, e uma ponte. O AzM da direção casa-ponte pode ser obtido de acordo com a seguinte seqüência:
- a primeira coisa a fazer é traçar uma reta na carta, ligando a casa (ponto A) e a ponte (ponto B), como
mostrado na figura 16.21;
- em seguida, orientar a carta;
- após isso, colocar a bússola aberta sobre a carta, de tal modo que a borda graduada fique sobre a linha
traçada na carta e a tampa voltada para a ponte; e
- a seguir, gira-se o anel serrilhado até que a seta indicadora do Norte coincida com a agulha. O ângulo
indicado na escala no ponto onde esta intercepta a linha do centro da bússola, no lado da articulação da
tampa, será o AzM (Fig 16.22).
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Uma outra situação, envolvendo o uso da carta e da bússola, seria a necessidade de localizar, na mesma
carta, um outro ponto (C) do qual se sabe estar situado no sopé de uma elevação, junto a uma trilha, no AzM 119o
da ponte citada no caso anterior (ponto B). Nesse caso, observam-se os seguintes passos:
1. - orientar a carta;
2. - colocar a bússola sobre a carta orientada, com a lateral da caixa tangenciando a referida ponte;
3. - sem tirar a bússola de sobre a ponte, girá-la até que a agulha marque os 119o graus do azimute dado; e
4. - traçar uma reta sobre a carta, utilizando a lateral da caixa. O ponto que essa reta tocar o sopé da elevação,
após cruzar a trilha, é a exata localização do ponto que se deseja identificar na carta (Fig 16.23).
No exemplo utilizado, um reservatório d’água.
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Giro do horizonte é a identificação, com o auxílio da carta, dos diversos acidentes do terreno, desde o ponto
estação até a linha do horizonte. Para executá-lo, deve-se ocupar uma posição que tenha dominância de vistas
sobre a região a ser identificada.
De início, determina-se o ponto estação por um dos processos anteriormente indicados e orienta-se a carta.
Feito isso, realiza-se uma verificação sumária dos acidentes circunvizinhos mais notáveis, identificando-os com a
carta para se ter a certeza de que a orientação da carta está correta. O trecho a ser identificado deve ser dividido
em setores e dentro deles inicia-se a identificação do mais próximo para o mais afastado e da esquerda para direita.
Obedecendo-se a esse critério, todos os acidentes serão observados e pode-se-á realizar a completa identificação
do terreno com a carta.
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CAPÍTULO 17
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ARMAMENTO DO CFN
17.1 - DEFINIÇÕES BÁSICAS
17.1.1 - Arma ou lançador
É todo equipamento pelo qual é efetuado o lançamento ou o disparo de munição.
17.1.2 - Munição
É o artefato empregado para produzir determinado efeito sobre um alvo, sendo geralmente lançado por
uma arma (munição de canhão, míssil, torpedo, munição de pistola, munição de fuzil, etc.).
17.1.3 - Armamento
É o conjunto formado pela arma e por sua munição, especificado para atender determinados requisitos,
algumas vezes referido apenas pelo lançador ou arma e outras, pela munição.
17.1.4 - Raias
São sulcos helicoidais abertos na parte interna do cano de uma arma (alma), destinados a imprimir ao
projétil movimento de rotação, a fim de mantê-lo estável na sua trajetória.
17.1.5 - Cheio
Parte saliente do raiamento que separa uma raia da outra.
17.1.6 - Calibre
É a medida do diâmetro entre dois cheios e tem a finalidade de caracterizar as armas.
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17.2.1 - Arma leve
É toda aquela de calibre inferior 0.60" (15,24mm). A espingarda 18,6mm (CAL 12) Mossberg e o lança-
granadas 40mm M-203 são exceções.
17.2.2 - Classificação
a) Quanto ao tipo
I) De porte
Quando, devido ao volume e peso, pode ser conduzida no coldre.
II) Portátil
Quando pode ser conduzida por um só homem, sendo, normalmente, dotada de uma bandoleira para
transporte.
III) Não-portátil
Quando, devido ao volume e peso, somente pode ser deslocada por uma viatura ou dividida em fardos por
vários homens.
b) Quanto ao emprego
I) Individual
Quando destinada à proteção daquele que a conduz.
II) Coletivo
Quando se destina ao emprego em benefício de parte ou da tropa como um todo.
c) Quanto à refrigeração
I) Refrigeração à água
Quando o cano é envolvido por uma camisa d`água.
II) Refrigeração a ar
Quando é o próprio ar atmosférico que produz o resfriamento.
III) Refrigeração a ar e à água
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Quando o cano está em contato com o ar atmosférico mas recebe periodicamente jatos d'água para ajudar
o arrefecimento.
d) Quanto ao funcionamento
I) De repetição
É aquela em que se emprega a força muscular do atirador para a execução das diferentes fases de
funcionamento (carregamento, trancamento, ejeção, etc.), decorrendo, assim, a necessidade de se repetir a ação
a cada disparo.
II) Semi-automático
É aquela que realiza automaticamente as fases do ciclo de funcionamento, à exceção do disparo.
III) Automático
É aquela que realiza automaticamente todas as fases do funcionamento enquanto houver munição e o
gatilho permanecer acionado.
g) Quanto ao raiamento
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- alma com raiamento, no sentido:
* da esquerda para a direita (à direita); e
* da direita para a esquerda (à esquerda).
- alma lisa.
h) Quanto à alimentação
- manual; e
- com carregador
* metálico: tipo lâmina e tipo cofre.
* tipo fita: metálica com elos articulados, metálica com elos desintegráveis e de pano (em desuso).
* tipo especial.
17.3 - FUZIL DE ASSALTO 5,56mm M16A2Mod705
17.3.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil de assalto calibre 5,56mm M16A2 modelo 705.
b) Simbologia
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c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Semi-automático e automático com rajada de três tiros.
IV) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 ou 30 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
De regulagem micrométrica, com visor basculante, graduado de 100 em 100 metros no alcance de 300 a
800m e disco de direção com regulagem variável.
II) Massa de mira
Tipo ponto, com protetores laterais e regulagem em altura.
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g) Dados numéricos
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I) Comprimento: 1m.
II) Peso
- com carregador desmuniciado - 3,510kg; e
- com carregador municiado - 3,850kg.
III) Velocidade prática de tiro
- funcionamento semi-automático - 45 tpm; e
- funcionamento automático com rajada de 3 tiros: 90 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.600m; e
- útil: para alvos tipo área - 800m e para alvos tipo ponto - 550m.
17.4 - FUZIL AUTOMÁTICO 7,62mm M964 FAL
17.4.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil automático leve calibre 7,62mm modelo 1964 (FAL).
b) Simbologia
Fz 7,62mm M964 (FAL).
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c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Automático, semi-automático e repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração - A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
e) Raiamento
Número de raias: 4 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 em 100m, no alcance de 200 a 600m.
II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura, com protetores laterais.
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g) Dados numéricos
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I) Comprimento: 1,10m.
II) Peso
- sem carregador: 4,20kg; e
- do carregador municiado: 0,730kg.
III) Velocidade prática de tiro
- funcionamento automático: 120 tpm; e
- funcionamento semi-automático: 60 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.800m; e
- útil: 600m.
17.5.1 - Características
a) Nomenclatura
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b) Simbologia
FM 7,62mm M964 (FAP).
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automático, semi-automático e repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
e) Raiamento
Número de raias: 4 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
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I) Alça de mira
Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 em 100 metros no alcance
de 200 a 600m.
II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura, com protetores laterais.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,125m.
II) Peso
- sem carregadores e com bipé: 6kg; e
- do cano: 1,60kg.
III) Velocidade prática de tiro
- funcionamento automático: 120 tpm; e
- funcionamento semi-automático: 60 tpm.
IV) Alcance
- máximo - 3.800m; e
- útil - 600m.
17.6 - METRALHADORA 5,56mm MINIMI
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17.6.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora Ligeira calibre 5,56mm x 45mm (NATO).
b) Simbologia
Mtr 5,56mm MINIMI (Standard); e
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos articulados, acondicionados em caixa de alimentação maleável de 100 ou 200 cartuchos
e carregador metálico de 30 cartuchos (fuzil M16).
II) Sentido
À direita
e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.
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f) Aparelho de pontaria:
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I) Alça de mira
Tipo lâmina, com botão de regulagem das alças, graduado em 100m com ajuste de 300 a 1000m e em direção com
botão de regulagem em direção graduado em milésimos.
II) Massa de mira
Tipo ponto com proteção circular, regulável em altura.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,04m.
II) Peso
- com bipé: 7,100kg; e
- do cano: 1,800kg.
III) Velocidade teórica de tiro
- Normal: 750 tpm; e
- Máxima: 1000 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 2.700m;
- útil: 1.000m; e
- letal: 1.300m.
17.7 - METRALHADORA 7,62mm Mod B 60-20 MAG
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17.7.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora a gás 7,62mm Modelo B.
b) Simbologia
MAG 7,62mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil e não portátil (quando utilizando tripé).
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos articulados, acondicionados em cofre de 50 ou 250 cartuchos.
II) Sentido
À direita
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e) Raiamento
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Número de raias: 4 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo lâmina basculante, com cursor e visor, graduada em intervalos de l00m, utilizada em duas posições:
rebatida (graduada de 200 a 800m) e levantada (graduada de 800 a 1.800m).
II) Massa de mira
Seção retangular, regulável em altura e direção, com protetores laterais.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,255m.
II) Peso
- com bipé: 10,800kg;
- do cano: 2,800kg; e
- do tripé: 10,450kg.
III) Velocidade de tiro (regulável): 600 a 1.000 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.800m; e
- útil: 800m sobre bipé e l.800m sobre tripé.
17.8 - PISTOLA 9mm PT92 - BERETTA
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17.8.1 - Características
a) Nomenclatura
Pistola calibre 9mm.
b) Simbologia
Pst 9mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
De porte.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Semi-automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Curto recuo do cano.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
15 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
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e) Raiamento
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Número de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
Tipo entalhe retangular.
II) Massa de mira
Seção retangular.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 9mm.
II) Comprimento: 21,7cm.
III) Peso
- com carregador desmuniciado: .0,950kg; e
- com carregador municiado: .l,137kg.
IV) Velocidade prática de tiro: variável.
V) Alcance
- máximo - 1.800m; e
- útil - 50m.
17.9 - SUBMETRALHADORA 9mm TAURUS
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17.9.1 - Características
a) Nomenclatura
Submetralhadora calibre 9mm.
b) Simbologia
SMtr 9mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao funcionamento
Automática e semi-automática.
III) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o ferrolho.
IV) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
30 ou 40 cartuchos.
III) Sentido de alimentação
De baixo para cima.
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e) Raiamento
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Número de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo visor, basculante, graduada para 100 e 200m, com proteção lateral e
regulável em altura.
II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 9mm.
II) Comprimento
- com coronha aberta: .64,5cm; e
- com coronha rebatida: .41,8cm.
III) Peso
- sem carregador: 3kg aproximadamente;
- com carregador municiado com 30 cartuchos: 3,800kg; e
- com carregador municiado com 40 cartuchos: 3,920kg.
IV) Velocidade teórica de tiro: 500 a 550 tpm.
V) Alcance útil: até 200m.
17.10.1 – Características
a) Nomenclatura
Metralhadora 12,7mm M2.
b) Simbologia
Mtr 12,7mm M2 (ou Mtr.50").
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Não portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletiva.
III) Quanto ao funcionamento
Automática
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Curto recuo do cano.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
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I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos.
II) Capacidade
Indeterminada.
III) Sentido
Da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, mediante o reposicionamento de algumas peças
do sistema de alimentação.
e) Raiamento
Número de raias: 8 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 a 2600 jardas (aprox 90 a 2.380m).
II) Massa de mira
Seção triangular curva, com protetores laterais.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 12,7mm (.50”)
II) Comprimento
- com o cano - 1,643m; e
- do cano - 1,143m.
III) Peso
- sem o cano: 25,424kg; e
- do cano: 12,712kg.
IV) Velocidade teórica
- funcionamento automático: 400 a 600 tpm; e
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Esta arma é empregada a distâncias curtas (próximo de 50m) e em situações nas quais outras armas podem
acarretar riscos desnecessários devido ao excesso de potência (controle de distúrbios civis, guarda de
prisioneiros, retomada de instalações que não devam ser danificadas etc.).
17.11.1 - Características
a) Nomenclatura
Espingarda 18,6mm (CAL 12) Mossberg.
b) Simbologia
EspMil l8,6mm (CAL 12) Mossberg.
c) Classificação
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I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Força muscular do atirador.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Depósito tubular de munição conjugado à arma, sob o cano; e
II) Capacidade (com um cartucho na câmara):
- 9 cartuchos de 70mm de comprimento; e
- 8 cartuchos de 76mm de comprimento.
e) Raiamento
Alma lisa.
f) Aparelho de pontaria
Somente conta com a massa de mira. Devido às características de dispersão da munição empregada e das
distâncias curtas no tiro das espingardas, o atirador tem que se preocupar, apenas, com a linha de visada,
enquadrando a massa de mira e o alvo.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 18,6mm;
II) Comprimento: 1,016m;
III) Peso: 4kg aproximadamente; e
IV) Alcance útil: variável em função da munição empregada.
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17.12.1 - Características
É uma arma especialmente desenvolvida para ser empregada juntamente com o fuzil M16A2.
a) Nomenclatura
Lança-granadas calibre 40mm modelo M203.
b) Simbologia
LGr 40mm M203.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
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Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação muscular do atirador.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
Manual: uma granada por vez.
e) Raiamento
Números de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Conjunto de quadrante de mira
Acoplado sobre a armação superior dos fuzis da série M16, graduados de 25 em 25m para seleção de alcance entre
50 e 400m, com regulagem em altura e direção.
II) Alça de mira
Tipo lâmina basculante, acoplada sobre o guarda-mão, graduada de 50 a 250m, com regulagem em altura e direção.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 39cm;
II) Peso descarregado: 1,350kg;
III) Peso carregado: 1,580kg; e
IV) Alcance
- máximo: 400m;
- útil - para alvos tipo área: 350m e para alvos tipo ponto: 150m; e
- mínimo de segurança - para treinamento: 80m e em combate: 31m.
17.13 - AT-4
Munição anticarro que se confunde com um armamento, uma vez que sua embalagem individual é também um
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lançador descartável após o disparo. Como o lança-rojão, não apresenta recuo e é de transporte individual.
Utilizado primordialmente contra alvos blindados e, secundariamente, contra fortificações e pessoal.
d) Dados numéricos
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I) Comprimento: 1m.
II) Peso: 6,7Kg.
III) Alcance
- máximo: 2100m; e
- eficaz: 300m.
IV) Penetração em blindagem: 400mm.
b) Canhões
- tubo longo;
- tiro direto e, raramente, indireto;
- trajetória tensa; e
- carregamento pela culatra.
c) Obuseiros
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- tubo curto;
- tiro normalmente indireto;
- trajetória curva; e
- carregamento pela culatra.
b) Quanto ao emprego
- de campanha;
- de costa;
- antiaéreo; e
- de emprego especial.
c) Quanto ao deslocamento
I) Transportado
- sobre dorso;
- em viatura automóvel;
- trem; e
- em aeronave (aerotransportado ou helitransportado).
II) Auto-rebocado ou tracionado
III) Auto-propulsado
- sobre rodas; e
- sobre lagartas.
CAPÍTULO 18
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MEDIDAS DE PROTEÇÃO
18.1 – GENERALIDADES
A proteção, uma das componentes do poder de combate, é a conservação da capacidade de combate de uma
tropa, de modo que possa ser utilizada no local e momento apropriados. Ela inclui, entre outras, a Organização do
Terreno (OT), que consiste em alterar as características de uma área ou órgão por meio de construções ou
destruições.
Seja na defensiva (defesa preparada), seja nas situações estáticas da ofensiva (defesa imediata), as tropas devem
procurar reforçar sua proteção por meio de trabalhos de OT.
Reunidos em dois grandes grupos - fortificações de campanha e camuflagem - os trabalhos de OT visam
principalmente a ampliar o poder de combate das forças amigas, bem como a impedir ou dificultar as ações e a
observação do inimigo.
Os trabalhos de fortificação permanente são mais apurados, exigindo o concurso de pessoal especializado, enquanto os
trabalhos de fortificação de campanha, por serem mais sumários, podem ser executados por qualquer combatente.
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2. - em setores organizados para a defesa aproximada, efetuar a limpeza até, pelo menos, 100 m à frente da
posição;
3. - em qualquer caso, deixar uma delgada cortina de vegetação natural para esconder as posições (Fig 18.2);
4. - nas áreas com árvores esparsas, remover os ramos mais baixos. Em alguns casos, é aconselhável remover
certas árvores que possam ser utilizadas como pontos de referência para execução dos fogos inimigos;
5. - nas florestas densas não é aconselhável nem possível a limpeza completa dos campos de tiro. Deve-se
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portanto, restringir o trabalho ao desbastamento da vegetação rasteira e à remoção dos ramos mais baixos
8. - ceifar as plantações de cereais e os campos de feno ou queimá-los, se maduros ou secos, caso isto não
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revele a posição. Geralmente, em uma posição organizada, isso é possível antes do contato com inimigo;
9. - remover a vegetação cortada para locais onde não proporcione cobertas para o inimigo nem denuncie a
posição; e
10. - antes de efetuar a limpeza dos campos de tiro, fazer uma cuidadosa avaliação do vulto do trabalho que
pode ser feito dentro do tempo disponível.
Essa estimativa, muitas vezes, determina a natureza e a extensão da limpeza a ser realizada, pois uma limpeza
de campos de tiro que não possa ser completada pode dar ao inimigo melhores abrigos e cobertas que o terreno com
sua feição natural.
18.2.2 - Espaldões
a) Espaldões para metralhadora
Há dois tipos de espaldões para esta arma: o ferradura e o duas tocas. Como posição de tiro, o tipo duas tocas
apresenta menor flexibilidade que o outro;
entretanto, devido a sua maior facilidade de construção e maior resistência à passagem de carros de combate, é
geralmente o preferido.
I) Espaldão tipo ferradura
Coloca-se a arma em posição pronta para o tiro. Primeiramente, a guarnição faz uma escavação rasa de 2,20m
x 1,60m x 0,15m, aproximadamente, com o lado maior perpendicular a provável direção de ataque do inimigo. A terra
escavada é depositada em volta, formando um parapeito.
O espaldão é completado pela escavação de uma sapa, em forma de ferradura, com 0,60m de largura,
acompanhando as faces laterais e posterior da escavação inicial, ficando uma massa de terra da altura do peito na
parte central da frente do espaldão, que servirá como plataforma da arma (Fig 18.4). A terra escavada é amontoada
em torno do espaldão, completando o parapeito até pelo menos 0,90m de espessura e suficientemente baixo para
permitir o tiro em todas as direções.
Esse espaldão protege contra o tiro das armas portáteis e contra estilhaços de granada ou bombas. Em terreno
firme, proporciona proteção contra ação de esmagamento dos carros de combate; em terreno frouxo, um
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revestimento dos taludes do espaldão, feito com troncos de 0,20m de diâmetro aproximadamente, colocados
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Esse espaldão (Fig 18.5) consiste em duas tocas para um homem, junto a posição da arma. Para demarcá-lo, é
feito um pequeno traço no terreno, na direção principal de tiro. À direita desse traço é cavada a toca para o atirador;
à esquerda, e a 0,60m à frente da toca do atirador, é cavada outra toca para o municiador. A terra escavada é disposta
em torno da posição, formando um parapeito, o qual não deverá prejudicar o tiro em qualquer direção. Em terreno
firme esse tipo de espaldão protege a guarnição e a arma contra a ação de esmagamento dos carros. Quando os carros
estão a ponto de passar sobre a posição, a arma é retirada do tripé e colocada numa das tocas, enquanto o tripé é
colocado na outra. O atirador e o municiador agacham-se nas respectivas tocas.
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18.2.3 – Abrigos
a) Tocas
As tocas são os abrigos básicos e individuais dos fuzileiros, que proporcionam a máxima proteção contra o
fogo inimigo de todos os tipos (exceto impactos diretos). Sempre que o tempo e os recursos permitirem, as tocas
devem ser melhoradas pelo acréscimo de tetos, qualquer que seja o tipo de toca, e pela adoção de medidas para
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Geralmente, as tocas são cavadas com o lado maior paralelo à frente e distribuídas em torno dos espaldões
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das armas de emprego coletivo para garantir a defesa em todas as direções. Todas as tocas são localizadas de modo a
permitir, principalmente, um bom campo de tiro.
Nas situações defensivas estabilizadas, a toca pode ser aumentada para comportar um espaço para dormir, devendo
ter teto resistente.
I) Toca para um homem
Características
1. - dimensões mínimas de acordo com as especificadas na Fig 18.8
2. - quaisquer outras dimensões utilizadas devem ser as menores possíveis, a fim de proporcionar um alvo
reduzido aos possíveis fogos inimigos;
3. - suficientemente largas para conter os ombros de um homem localizado na banqueta de tiro (largura mínima:
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Proteção superior
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- contra esmagamento: na maioria dos tipos de solo, a toca proporciona proteção efetiva contra a ação de
esmagamento dos carros de combate, se o ocupante se agachar pelo menos 0,60m abaixo da superfície do terreno.
Nossolos muito arenosos ou frouxos, pode ser necessário revestir os taludes para evitar seu desmoronamento; e
- contra arrebentamentos aéreos: para proteger os fuzileiros contra os precisos arrebentamentos aéreos das
granadas com espoleta tempo, as tocas devempossuir teto. Em alguns casos podem ser empregados troncos de 0,10m
a 0,15m de diâmetro, cobertos com uma camada de terra; em outras situações, qualquer material disponível pode
servir, se coberto com 0,15m a 0,20m de terra, areia ou neve.
Camuflagem das tocas
Se possível, a terra escavada deve ser removida para um local onde não atraia a atenção do inimigo e a toca
camuflada com uma cobertura improvisada.
Essa cobertura consiste em uma armação, que deve ser guarnecida com capim ou folhagem para assemelhar-
se ao terreno circunvizinho, ou forrada com um pano de barraca ou qualquer outro recurso, de acordo com as
condições locais do terreno (Fig 18.10). Essa técnica é particularmente eficiente contra um ataque de blindados
apoiados por tropa a pé. Os fuzileiros permanecem dissimulados até que os carros tenham ultrapassado a posição,
depois levantam-se e atacam os soldados a pé que acompanham os carros inimigos.
A toca assim camuflada ou suas variantes é, em alguns lugares, chamada toca de aranha.
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Parapeito
Parte da terra escavada é amontoada em torno da toca, deixando uma berma bastante larga para permitir
que o soldado apoie os cotovelos durante o tiro. Oparapeito deve ser cerca de 0,90m de largura e 0,15m de altura. Se
foremempregadas leivas (placas de vegetação rasteira) para camuflar o parapeito, elas devem ser retiradas de uma
área quadrada de 3m de lado e colocadas à parte, até que a toca fique pronta. Neve socada também constitui um bom
parapeito.
II) Toca para dois homens
A toca de raposa para dois homens nada mais é do que duas tocas para um homem adjacentes. Oferece
proteção contra os fogos inimigos diretos comparável à toca individual. Entretanto, apresenta menor proteção contra
a ação de esmagamento dos carros de combate, contra os estilhaços de granadas e o bombardeio pela aviação.
Nas posições defensivas, a toca para dois homens (Fig 18.11) é geralmente preferida à toca para um homem, pelas
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seguintes razões:
- é preparada com maior facilidade. Um homem pode fazer a proteção, enquanto o outro trabalha na toca;
- proporciona revezamento e repouso para os ocupantes, pois um deles descansa enquanto o outro fica alerta. Assim,
as posições ficam guarnecidas eficientemente por períodos de tempo mais longos;
- se um dos soldados é ferido ou morto, a posição continuará ocupada, o que não acarretará uma brecha na linha;
- em situação crítica, o efeito psicológico da camaradagem mantém os homens na posição por mais tempo do que um
homem isolado; e
- proporciona maior conforto, especialmente em tempo frio, quando os ocupantes poderão juntar seus cobertores e
panos de barraca.
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A figura 18.12 apresenta vários tipos de taludes preparados.
c) Crateras melhoradas
O terreno entre duas tropas inimigas geralmente apresenta crateras de vários tamanhos, provocadas por granadas,
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18.2.4 - Obstáculos
Na concepção militar, um obstáculo é qualquer acidente do terreno, condição do solo ou ambiente, existente
ou resultante de fenômeno meteorológico adverso, ou qualquer objeto, obra ou situação criada pelo homem, exceto
o fogo das armas, utilizado para canalizar, retardar ou impedir o movimento do inimigo numa determinada direção.
Embora o obstáculo deva ser denso o bastante para impedir uma fácil penetração na posição defensiva, não
deverá ser tão denso que seja facilmente identificado em fotografias aéreas ou ofereça um bom alvo para a artilharia
inimiga. Os obstáculos deverão ser simples, de modo a poderem ser feitos rapidamente pelas tropas com pouca
experiência, mesmo na escuridão e na presença do inimigo. O primeiro elemento construído deverá oferecer proteção
imediata; o restante deverá ser executado sob a proteção do que já se encontra pronto.
a) Obstáculos de arame farpado
Entre os vários tipos de obstáculos, os de arame farpado são os mais empregados em qualquer tipo de
operação. Normalmente estão disponíveis em grandes quantidades, são facilmente transportáveis e formam uma
barreira eficaz.
Oferecem o máximo de interferência por tonelada de material, são facilmente construídos e oferecem
pequena visibilidade e alta resistência aos tiros de artilharia.
Os obstáculos de arame farpado são classificados quanto à missão que desempenham como táticos, de
proteção ou suplementares (Fig 18.14 a 18.17).
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18.3 - CAMUFLAGEM
É o conjunto de medidas que visam a iludir ou a ocultar a verdadeira natureza de uma tropa, instalação,
atividade ou equipagem, e que devem ser praticadas intensamente por todos.
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Todo fuzileiro é responsável por sua camuflagem individual, devendo preocupar-se com a equipagem, com o
armamento, com a posição e com os seus itinerários de progressão. Deve ser devidamente preparado para empregá-
la e motivado no sentido de que, utilizando-a bem, poderá aproximar-se do inimigo sem ser visto.
Por sua vez, cada Comandante é responsável pelo apropriado emprego da camuflagem por sua tropa. Embora
os modernos meios de observação possam detectar materiais artificiais bem como alterações no terreno ou na
vegetação, a observação direta através do olho humano ainda é a mais largamente empregada. Desse modo, a
camuflagem pode ser considerada um fator básico nas operações por sua influência no despistamento e na proteção.
Na ofensiva e na defensiva, a camuflagem auxilia a obtenção da surpresa, além de reduzir o número de baixas.
Nega ao inimigo o conhecimento das posições exatas ocupadas por tropas amiga, difilcultando-lhe o
desencadeamento de fogos. Muitas vezes, a rapidez inerente às operações de combate impede a execução de medidas
de camuflagem elaboradas; nessas situações, o correto aproveitamento do disfarce proporcionado pelo terreno
poderá contribuir eficazmente para a segurança da tropa.
vagões de petróleo parecerem vagões comuns), seja para elevar tal valor (como por exemplo, fazendo viaturas não
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c) Montagem
O material da camuflagem deverá ser montado de maneira que oculte a forma, a sombra e o tamanho do
objeto a ser camuflado, não possuir forma regular ou sombra bem definida e esconder as pistas e pegadas
denunciadoras do pessoal que o montou.
d) Escolha do material
Para que a camuflagem seja eficaz, os materiais utilizados para esse fim deverão confundir-se com o tipo de
terreno adjacente no que refere à textura, tonalidade e cor. Os materiais de camuflagem compreendem as seguintes
classes:
I) Material natural
Na guerra, apenas essa classe de material estará disponível em quantidade suficiente para permitir um
trabalho de camuflagem eficiente. Inclui, geralmente, árvores, macegas, glebas, camada superficial do solo e destroços
encontrados nas proximidades. Sua disponibilidade e emprego tornam a reprodução das formas locais, texturas e
cores relativamente fáceis, se utilizados e conservados apropriadamente. Deve ser lembrado que macegas,
folhagens e capim, após serem cortados, murcharão e morrerão, com uma modificação marcante em sua aparência,
dentro de um período de tempo relativamente curto. Novas folhagens e macegas deverão ser cortadas para
substituírem as existentes na camuflagem antes que suas cores apresentem modificações.
O material natural possui várias vantagens sobre o artificial: iguala as cores e as texturas locais mais fielmente;
enquanto não murcha, é eficaz contra todos os tipos de fotografia aérea, particularmente a infravermelha e em cores;
e reduz a quantidade de material de camuflagem a ser fornecido pela retaguarda. Contudo, apresenta algumas
desvantagens quando comparado com o artificial, principalmente quando se leva em conta que o trabalho tem de ser
executado no local, o que impede a preparação antecipada. Além disso, perde rapidamente suas características e
tem que ser substituído com freqüência.
CAPÍTULO 19
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INTRODUÇÃO ÀS OPERAÇÕES ANFÍBIAS
19.4 - MEIOS EMPREGADOS
A realização de uma OpAnf, além da mobilização de pessoal, implica na disponibilidade de meios navais, meios
aeronavais e meios de fuzileiros navais.
Assim, a Marinha do Brasil vem envidando esforços para acompanhar a evolução destes meios.
Como meios navais disponíveis, diretamente ligados ao emprego da Tropa, podemos citar os Navios de
Desembarque Doca (NDD), o Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC), Navios Transporte de Tropa
(NTrT), Embarcação de Desembarque de Carga Geral (EDCG) e Embarcação de Desembarque de Viaturas e Material
(EDVM). Meios aeronavais temos o Super Pumar (UH-14) e o Esquilo (UH-12) e meios de fuzileiros navais o Carro
Lagarta Anfíbio (CLAnf), o M-113 e outros variados meios.
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- exercícios de postos de combate, postos de abandono, homem ao mar, operações aéreas e transferências de carga
e combustível.
São também programadas:
- inspeções do pessoal e do material; e
- aprestamento quanto à missão e ao emprego da tropa, incluindo-se o tiro com armas portáteis.
a) Fainas de emergência As fainas de emergência são sempre anunciadas pelo soar de um alarme, seguido de aviso
pelo fonoclama.
O atendimento deverá ser realizado por todo o pessoal embarcado, no menor tempo possível, obedecendo as regras
de trânsito do navio. Geralmente os navios dispõem dos seguintes sinais de alarme: alarme geral, colisão, ataque
químico e "crash" de aeronave.
Todos os componentes da Tropa deverão estar familiarizados com as ações a serem tomadas nos casos de emergência.
O adestramento para essas fainas, bem como para as de homem ao mar e abandono do navio, deverá ter início,
sempre que possível, assim que a tropa embarcada já estiver alojada.
I) Postos de Combate
Ao soar o alarme geral seguido do aviso, pelo fonoclama, “GUARNECER POSTOS DE COMBATE”, todos os elementos
da tropa deverão guarnecer o colete salva vidas e se dirigir para os locais previamente designados, onde receberão
ordens especiais.
II) Incêndio e alagamento
Ao soar o alarme geral seguido do aviso, pelo fonoclama, do local do incêndio ou do alagamento, de imediato será
tocado “POSTOS DE COMBATE”. Todos os elementos da tropa deverão guarnecer os coletes salva vidas, concentrar
nos locais previamente designados, e aguardar as ordens. Sempre que qualquer elemento da tropa perceber fumaça,
início de incêndio ou entrada de água em qualquer compartimento do navio, deverá comunicar imediatamente o fato
ao Oficial de quarto, que se encontra no passadiço do navio.
III) Postos de colisão
Ao soar o alarme de colisão, seguido do aviso pelo fonoclama, todos os elementos da tropa deverão guarnecer os
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coletes salva vidas e se concentrar nos locais previamente designados, aguardando as instruções.
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As instruções para a tropa embarcada conterão as normas de conduta a serem observadas a bordo. Essas normas não
podem ser padronizadas, tendo em vista as peculiaridades de cada navio. Assim, como orientação geral, são listados,
a seguir, os assuntos para os quais deve haver o detalhamento necessário nas instruções de cada navio. Esse rol pode
ser acrescido dos aspectos que cada navio julgar conveniente divulgar a tropa.
a) Água potável
A disponibilidade de água doce a bordo é geralmente restrita. Os horários para utilização de água constarão da rotina
divulgada nos quadros de avisos da tropa. O consumo excessivo de água doce poderá acarretar o racionamento. Os
maiores consumos são para banho, lavanderia e serviço de rancho.
b) Alojamento
Os elementos da tropa serão distribuídos pelos diversos camarotes e cobertas, de acordo com o previsto no Plano de
Embarque, estando essa informação registrada em seu Cartão de Embarque. Na entrada de cada coberta será afixado
um diagrama com a localização e o número dos beliches. O pessoal da tropa que desempenhar função especial a
bordo,, tal como de rancho, será alojado em áreas determinadas em cada coberta da tropa ou, se possível, em uma
área separada. Tal medida facilitará a rendição do serviço.
c) Bar e cantina
A tropa poderá utilizar as facilidades de bar e cantina de bordo de acordo com as normas do navio. É expressamente
proibido o embarque de bebidas alcoólicas de qualquer espécie.
d) Barbearia A tropa deverá embarcar o número de barbeiros que julgar conveniente para atender ao seu pessoal. O
local do navio a ser utilizado como barbearia deverá ser do conhecimento da Tropa.
e) Colete salva-vidas
Cada elemento da tropa, ao embarcar, receberá um colete salva-vidas, o qual ficará junto ao seu beliche e sob a sua
responsabilidade.
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Procedimentos inadequados, tais como a utilização sob a forma de travesseiros ou almofadas, prejudicam as condições
de flutuabilidade desse importante item de segurança.
f) Detalhe de serviço
Militares da tropa serão escalados para os diversos serviços a bordo logo após o embarque. Existem detalhes de serviço
para o navio no mar e o navio no porto.
g) Disciplina
O pessoal da tropa, enquanto embarcado, ficará sujeito às disposições regulamentares concernentes ao serviço e à
disciplina do navio. As penas disciplinares ao pessoal da tropa serão impostas, a priori, pelo Comandante do navio.
h) Cartão de embarque
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Cada FN deverá portar dois cartões de embarque. Um a ser entregue ao embarcar e outro para ficar em seu poder.
i) Fonoclama
Todas as ordens de caráter geral, destinadas ao pessoal da tropa, serão anunciadas pelo fonoclama, precedidas da
expressão “PARA TROPA” ou “DA TROPA”.
j) Formatura e postos
Os locais para a formatura e guarnecimento dos postos de abandono, colisão e incêndio serão previamente
determinados e constarão do cartão de embarque.
k) Fumo
Não é permitido fumar nas cobertas, banheiros e sanitários durante as fainas de emergência e quando em postos de
vôo e transferências de combustíveis. Só é permitido fazê-lo nos conveses e compartimentos abertos onde não
existem substâncias inflamáveis. Os militares deverão ficar atentos às ordens emitidas pelo fonoclama quanto às
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u) Secretaria da tropa
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Normalmente existe um compartimento que é destinado ao serviço de secretaria da tropa. Os expedientes referentes
à tropa deverão convergir para esse local. Destina-se ao serviço do Oficial de Pessoal, o Sargenteante Geral da Tropa,
escreventes e outros auxiliares.
O Sargenteante Geral da Tropa embarcada executará, dentre outras, as seguintes tarefas na secretaria:
- controle de efetivos;
- confecção do detalhe de serviço;
- expedição de documentos administrativos;
- controle de baixados; e
- controle dos cartões de embarque.
v) Serviço de saúde
O serviço de saúde é exercido na enfermaria do navio. A tropa poderá comparecer às revistas médicas nos horários
de rotina ou em qualquer horário nas situações de emergência. Os médicos e os enfermeiros da tropa suplementam
o pessoal de saúde do navio.
x) Trânsito a bordo
O trânsito a bordo dos navios é regido pelas seguintes normas gerais:
- no sentido da proa à popa, por bombordo (BB); e
- no sentido da popa à proa, por boreste (BE). As setas indicativas nas anteparas e escadas devem ser obedecidas.
y) Escoteria
É o local destinado à guarda da munição, dos armamentos portáteis e de porte da tropa. Existe o serviço de escoteria.
O material deve ser recolhido logo após o embarque da tropa.
z) Uniformes
Deverão ser levados para bordo todos os uniformes previstos para a viagem. Nas comissões em que está prevista a
estadia do navio em portos, normalmente usa-se uniformes do grupo branco.
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ANFÍBIO
3.MANUAL DO
COMBATENTE
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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 2
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CARACTERÍSTICAS DE UMA ÁREA DE OPERAÇÕES
2.1 - GENERALIDADES
O estudo das características da área de operações (AOp), visando sua utilização nas operações militares, é um
assunto de elevada importância para os combatentes anfíbios.
A história está repleta de exemplos de batalhas perdidas ou ganhas por influência única e exclusiva do terreno.
Linhas de Ação, formação de tropas, localização das armas, posições a serem defendidas e etc. Várias destas decisões
são grandemente influenciadas pelo terreno ou quando não ditadas totalmente por ele. O terreno é o tabuleiro onde
os oponentes se defrontam. Todo comandante, de qualquer escalão, leva em consideração, para tomar suas decisões,
fundamentalmente, alguns fatores:
MISSÃO - fator básico - é o que dirige, ilumina e direciona as ações e seu planejamento;
o INIMIGO - a incógnita - por mais que se busque informações não se pode conhecer sua vontade portanto,
não há como saber suas intenções e mesmo que se as suponha não seria confiável raciocinar em cima delas;
MEIOS - os braços – tudo aquilo utilizado para cumprir as tarefas impostas, sendo também bastante variáveis;
TEMPO DISPONÍVEL - a moldura - está ligado à própria missão e, normalmente, será imposto; finalmente,
o TERRENO, que será sempre constante e influenciará todos os outros fatores de uma maneira ou de outra.
O estudo do terreno é uma análise dos acidentes naturais e artificiais da área de operações, envolvendo
também as conseqüências dos efeitos das condições climáticas e meteorológicas sobre estes acidentes, com vistas a
determinar sua influência nas operações militares dos contendores.
O terreno exerce influência sobre a tática e a logística. A tática de uma campanha deve levar em consideração
as barreiras impostas por pântanos, rios e lagos maiores, montanhas e bosques. Já para as necessidades logísticas,
dentro do estudo, dar-se-á ênfase às redes de estradas, vias fluviais, centros urbanos e de comunicações, etc.
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No ataque, a utilização adequada do terreno pode aumentar a eficiência do fogo e diminuir as perdas. As
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O terreno sempre foi considerado como um dos fatores da decisão na guerra terrestre, não só devido à
influência da natureza do solo e dos acidentes naturais - elevações, depressões, cursos de água, bosques, florestas,
campinas, etc. - como pelos elementos artificiais, tais como vias de transporte, obras de arte, localidades, portos,
aeroportos, etc.
O terreno tem imensa influência na aplicação do poder de combate, uma vez que representa o cenário onde
as operações ocorrerão. Aquele que realizar uma adequada avaliação para sua utilização poderá assegurar para si
substancial vantagem em relação ao seu oponente.
A natureza da missão e o escalão considerado determinarão o enfoque sob o qual o estudo do terreno deverá
ser conduzido. Por exemplo, comandantes de subunidades e frações preocupam-se com matas densas, pequenos
cursos de água e pequenas elevações; enquanto que comandantes de unidades e escalões superiores preocupam-se,
principalmente, com redes de estradas, vales, linhas de crista, compartimentos, etc.
Quer no ataque, quer na defesa, um estudo tático do terreno deve ser executado, não só do ponto de vista do
lado amigo, como do ponto de vista do inimigo. Cada comandante deve procurar entender o terreno como seu
oponente o vê, de modo a antecipar que influência exercerá sobre os planos de ambos.
Além de seus aspectos topográficos - relevo, linhas d’água, vegetação, natureza do solo, vias de transporte,
instalações, etc., o terreno deve ser analisado de acordo com o seu valor militar, segundo seus aspectos táticos:
observação e campos de tiro; cobertas e abrigos; obstáculos; acidentes capitais; e vias de acesso (OCOAV).
2.2.1 - Conceituação dos aspectos táticos
No intuito de facilitar o entendimento deste capítulo, são a seguir apresentados os conceitos pertinentes aos
aspectos táticos do terreno. Assim, quando se falar das características da área de operações, poder-se-á recorrer a
estes aspectos táticos que são, na essência, a motivação de todo o estudo.
a) Observação e campos de tiro
Tanto o atacante como o defensor tentará tirar o máximo proveito do terreno para que possam ter a mais
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profunda observação e, ao mesmo tempo, dificultar a do inimigo. A observação diz respeito à influência do terreno na
mínimo o número de baixas e obter surpresa. Na defesa, as cobertas e os abrigos serão utilizados não só em benefício
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dos abrigos individuais como na ocultação da fisionomia da frente, com vistas a surpreender (novamente) a tropa
atacante.
Quando se analisa o terreno do ponto de vista do abrigo que proporcionará, devem ser consideradas as características
de todas as armas do inimigo. Isto inclui seus alcances, tipos de munição e quantidade de peças. A topografia é o
principal fator que influi no abrigo. Os vales e as elevações, de maneira geral, serão massas cobridoras que
proporcionarão abrigo contra as armas de tiro tenso. Pequenos efetivos se valerão de córregos, dobras do terreno,
cortes de estradas, etc. O abrigo contra os fogos das armas de tiro de trajetória curva será normalmente de difícil
obtenção. Os acidentes do terreno que oferecem abrigo proporcionam também coberta contra a observação terrestre.
Quanto mais irregular o terreno, mais cobertas ele irá proporcionar. Pequenos escalões se preocupam com a cobertura
individual e dos veículos, armas e posições. À medida que sobe o escalão, a análise recai sobre a necessidade de
cobertura dos postos de comando (PC), instalações de apoio de serviços ao combate (ApSvCmb) e grandes
movimentos.
c) Obstáculos
Obstáculos (Obt) são acidentes do terreno, naturais ou artificiais, que: impedem, retardam, canalizam ou
dissociam o movimento de tropas em uma AOp. Os Obt impeditivos são aqueles que por suas características impedem
a tropa afetada de cumprir as tarefas impostas no tempo disponível; ou seja, a tropa poderá até transpor o obstáculo,
porém, calculada a cinemática das ações, concluir-se que a mesma não chegará a tempo, no local devido. Os Obt que
retardam, diminuem a velocidade de avanço em maior ou menor grau. O canalizador procura fazer com que a tropa
que com ele se depara escoe na direção desejada pelo inimigo e não na direção que vinha mantendo. O que ocorre é
que há uma tendência natural da tropa “escoar“ numa direção paralela ao Obt até conseguir ultrapassá-lo. Diz-se que
um Obt dissocia a tropa quando esta fica dividida; ou seja, parcela considerável de seu efetivo em um bordo do
obstáculo e o restante no outro bordo.
Como já mencionado, os obstáculos podem ser naturais ou artificiais. Os naturais são todos aqueles que já
estavam presentes no terreno antes das operações militares se iniciarem, aí incluídos os rios, lagos, vegetação,
edificações, cortes de estradas, etc. Os artificiais são aqueles que foram construídos com fins militares;
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longo delas. Vertente ou encosta é, portanto, uma superfície inclinada do terreno que forma um ângulo com o plano
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horizontal. Este grau de inclinação será chamado de declive ou declividade.
As encostas sempre se ligam duas a duas. Se esta ligação é um ângulo convexo, a encosta desse ângulo será dominante
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e divisora de águas, formando uma linha de crista, de festo, linha de cumeada ou divisora de águas; se a ligação é
côncava ou dominada pelas encostas será formada a linha de fundo, linha de reunião de águas ou talvegue. No caso
da linha de crista, há dois conceitos importantes a esclarecer. O segmento mais alto da linha de crista será chamado
de crista topográfica, já a crista militar será o ponto da linha de crista que proporciona comandamento sobre todo o
terreno à frente da elevação, sem a presença de ângulos mortos. Poderá coincidir com a crista topográfica ou não.
Nas encostas planas ou côncavas isto poderá acontecer, já na convexa dificilmente.
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As linhas de fundo são ravinas ou linhas d’água, formadas pela linha inferior da vertente (encosta). São elementos
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naturalmente desenfiados, razão pela qual podem ser aproveitados militarmente em função da proteção que
oferecem (Fig 2.5).
A ligação de duas vertentes em ângulo convexo pode dar origem a três formas básicas do terreno: o espigão, a garupa
e o esporão. Elas devem ser estudadas em função da elevação a que pertencem. Tanto podem constituir um acesso
favorável ao movimento, como um elemento de dissociação, em face de sua altitude, facilidade de acesso,
configuração, etc. O espigão é a forma do terreno em que as vertentes são íngremes e uniformes. O ângulo por elas
formado é agudo, levando a uma representação das curvas de nível cuneiforme, pontuda (Fig 2.6).
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O esporão é a forma do terreno caracterizada por uma linha de crista com uma inflexão, ou seja, apresentando uma
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elevação de menor porte mais próxima ao sopé (Fig 2.8).
Da reunião das vertentes surgirão ainda os seguintes elementos: A ravina, que é um sulco ou mordedura na encosta
da elevação, provocada pela ligação lateral de duas vertentes; normalmente servirá como linha de reunião de águas.
Às vezes as ravinas correm de alto a baixo da elevação, fazendo com que a curva de nível mais alta sofra as mesmas
inflexões da mais baixa. A essa ravina mais alongada dá-se também o nome de fundo. O nó de crista é o elemento
resultante da reunião de várias linhas de festo no topo de uma elevação.
b) Formas Isoladas
I) Mamelão
Tipo de elevação em que as vertentes são arredondadas e uniformes. Pela sua forma, suas encostas permitem,
normalmente, ampla observação em qualquer direção (Fig 2.9).
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Assim, a colina difere do mamelão por ter formato alongado segundo uma direção. Sua linha de crista, normalmente,
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tende a abaular-se, formando uma espécie de cela.
As elevações isoladas podem se apresentar, na sua parte superior, em forma de pico, zimbório ou platô.
c) Formas grupadas
I) Montanha
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II) Cordilheira
É uma série de montanhas que se sucedem numa grande extensão, sempre na mesma direção, dando origem a
grandes linhas de cumeada e donde, em geral, se destacam, no sentido mais ou menos paralelo ao da direção principal,
montanhas alongadas denominadas contrafortes, das quais, por sua vez, se destacam, em grande número,
contrafortes secundários ou espigões.
IV) Serra
Montanha de forma muito alongada, em cuja parte elevada aparecem pontos salientes, culminantes, em forma de
dentes de serra, denominados vértices, cumes ou cimos, em forma de picos ou agulhas.
V) Maciço
É um agrupamento de elevações que se ramificam de diversas maneiras, em qualquer sentido, apresentando o aspecto
de um círculo de elevações em torno de um ponto culminante central.
VI) Planalto
Superfície mais ou menos extensa e regular, situada a grande altura em relação do nível do mar, em geral ondulada,
com declividades suaves e algumas vezes acidentada, porém acessíveis. Quando o planalto é de grande extensão, é
chamado de chapada.
As montanhas paralelas à direção de progressão de uma tropa podem limitar ou impedir os movimentos laterais,
porém protegem os flancos. As perpendiculares à essa direção, são obstáculos para o atacante e favorecem ao
defensor.
Quando as operações se desenvolvem em terreno montanhoso, muitas vezes tomam caráter especial, exigindo tropas
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e equipamentos especializados.
d) Depressões
As depressões são as formas opostas às elevações e para onde vão ter as águas que se escoam das vertentes que as
cercam e formam. Algumas depressões, embora raramente se apresentem isoladas e sem escoamento para as águas,
têm forma de cume invertido e recebem a denominação de cuba, servindo em geral como fundo dos lagos.
Vales - nome genérico de depressão que serve de leito para escoamento das águas, com a forma de sulcos alongados
e sinuosos, de profundidade e largura variáveis. Desfiladeiro - é uma passagem mais ou menos longa, entre duas
elevações, cujas vertentes se prestam a uma organização do terreno capaz de barrar a progressão inimiga, por ser
uma passagem natural de tropas, ou ainda suscetível de ter essa passagem impedida por uma posição defensiva
localizada em um movimento do terreno que a enfie. As elevações que o formam são de difícil acesso.
Corredor - é caracterizado por uma passagem entre elevações de extensão apreciável, podendo as elevações que o
forma serem ou não acessíveis à tropa. Se prestam excelentemente para defesa dada a canalização do movimento
para o seu interior.
A garganta é uma passagem estreita e curta entre elevações.
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e) Planícies
Forma intermediária entre as elevações e depressões, são resultantes muitas vezes do aterramento das depressões
com detritos provenientes da erosão. São vastas extensões de terreno sensivelmente planas, situadas nas regiões mais
baixas da superfície terrestre. Conforme o aspecto que apresentam e a situação em que se encontram, recebem as
seguintes denominações:
- Várzea - quando cultivadas ou a isso se prestarem;
- Charneca - quando além disso falta água e vegetação;
- Descampados - quando muito extensas;
- Brejo ou Charco - quando baixas, sujeitas às invasões das águas pluviais;
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- Pampas - são vastas planícies, quase sem relevo, monótonas, cobertas por leivas, revestidas de prados, baixas e
desabrigadas dos ventos.
As planícies, em geral, diferem dos planaltos pela sua situação em relação ao nível do mar, pois os planaltos nada mais
são do que planícies situadas no alto das grandes cadeias de montanhas.
a) Quanto ao relevo
Plano - quando a diferença de nível é quase nula;
Ondulado - quando apresenta dobras não superiores a 20 metros;
Movimentado - quando apresenta elevações e depressões, próximas umas das outras, e de altura entre 20 e 50 metros;
Acidentado - quando as elevações variam entre 50 e 100 metros;
Montuoso - quando apresenta elevações entre 100 e 1000 metros; e
Montanhas - Quando as elevações são superiores a 1000 metros.
Com relação à forma, os compartimentos podem ser simples ou complexos, em que um grande compartimento
contém em seu interior compartimentos menores.
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Quanto à direção prevista para o deslocamento da tropa no seu interior, eles serão denominados longitudinais ou
corredores, quando seu eixo maior coincidir com a direção daquele movimento e transversais quando perpendiculares
ou oblíquos ao referido deslocamento.
Geralmente os compartimentos longitudinais se constituem em vias de acesso favoráveis, facilitando o ataque e
dificultando a defesa. O atacante poderá utilizar um corredor como via de acesso deslocando-se de dois modos: pelo
vale ou pela crista. Neste tipo de compartimento, as cristas topográficas dividem a observação terrestre e os campos
de tiro das armas de trajetória tensa do defensor, dificultando ou mesmo impedindo-o de coordenar e emassar fogos,
bem como de obter apoio mútuo. As tropas posicionadas defensivamente nas encostas só dispõem de observação
para frente. Além disso, perdendo o controle das cristas, o defensor deixa de dispor de observação para o interior do
compartimento, não podendo, deste modo, coordenar os fogos para o seu interior. Por essas razões, os corredores
são desfavoráveis à defesa.
Os compartimentos transversais são propícios à defesa e não se constituem em vias de acesso favoráveis.
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O defensor disporá de boa observação e bons campos de tiro, podendo, ainda, realizar a coordenação de fogos e
desenvolver apoio mútuo lateralmente e em profundidade. Com isto será estabelecida uma barragem de fogos densa,
contínua e profunda à frente da posição. Adicionalmente, a posição na encosta facilitará o desencadeamento dos
fogos defensivos e permitirá abrigar as reservas na contra-encosta.
A tropa atacante, por sua vez, poderá dispor, inicialmente, de observação, cobertas, abrigos e campos de tiro.
Contudo, tais condições serão perdidas à medida que o ataque se desenvolve, em virtude das vantagens de que dispõe
o defensor.
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Os rios largos e profundos poderão proporcionar boas condições para instalação de uma Área de Defesa debruçada
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sobre eles. Quanto mais importante o rio, mais vantagens oferecerá ao estabelecimento de uma posição defensiva
nele apoiada. Em contrapartida, no ataque, a existência de um curso d’água transversal à sua direção geral irá com
certeza causar-lhe embaraço. Em alguns exigirá um planejamento prévio para travessia, podendo chegar até a uma
operação de transposição de curso d’água, um tipo de operação terrestre com planejamento específico e complexo.
Os rios com mais de 100m de largura são obstáculos importantes.
A ocorrência de lagoas próximas às praias de desembarque, em um assalto anfíbio, irá formar corredores estreitos
que canalizarão o movimento da tropa, limitarão sua manobra e concentrarão seus meios, tornando-a um bom alvo
para a artilharia inimiga. Além de restringir, posteriormente, o estabelecimento da Área de Apoio de Praia (AApP) e
de Apoio de Serviços ao Combate (AApSvCmb). Contudo, caso seja possível o estabelecimento dessas áreas, poderá
vir a favorecer a defesa das mesmas.
Os conhecimentos necessários a seguir mencionados, deverão ser coletados ou buscados de forma a permitir a análise
do curso d’ água e estabelecer para que tipos de meios ele será obstáculo e sua influência sobre a manobra planejada:
identificação e localização; largura; natureza do leito (composição, profundidade e consistência); velocidade da
corrente; e características da margem (composição, estabilidade, altura e rampa). Os mesmos conhecimentos serão
necessários para a análise dos lagos.
2.2.8 - Vegetação
A localização, tipo, dimensões, densidade e diâmetro dos troncos constituem elementos que, analisados, determinam
seu valor militar.
a) Macegas
São formadas por arbustos e gramíneas, podendo existir árvores pequenas e esparsas. A macega é considerada alta
quando encobre o movimento de um cavaleiro e densa quando torna penosa a sua travessia. A macega rala e baixa
carece de importância militar, quer sob o ponto de vista do desenfiamento, quer da transitabilidade.
b) Matas
São formadas por árvores copadas de médio ou pequeno porte. Considera-se mata rala desde que seja fácil o trânsito
de tropa a pé em qualquer direção.
c) Florestas
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São caracterizadas pelo arvoredo copado e denso, de grande porte e formado por árvores normalmente seculares.
A classe da estrada de rodagem, a bitola da estrada de ferro e a própria natureza dos caminhos, são dados
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indispensáveis à estimativa da capacidade de transporte da via e são, normalmente, fornecidos por elementos de
Engenharia.
2.3.1 - Clima
O clima está relacionado com a variação da estação e os padrões de temperatura, precipitação, umidade do ar,
nebulosidade, ventos e pressão atmosférica. Representa o estado da atmosfera de um determinado local durante um
certo período, geralmente extenso, e normalmente caracteriza uma área geográfica. A força e direção dos ventos, a
quantidade de chuvas e as temperaturas médias que reinarão em uma certa área podem ser estabelecidos em termos
médios, com precisão regular, com base em dados estatísticos. Além dos elementos climáticos, estão presentes
também os fatores climáticos, que atuam indiretamente, modificando esses elementos: altitude, continentalidade,
correntes marítimas, latitude, massas líquidas, vegetação, etc.
Existe vários tipos de climas, cuja classificação é variável. Para o fim desta publicação são de interesse os seguintes.
- Equatorial: quente, com temperaturas médias acima de 25º, elevada pluviosidade, não possui estação seca. Céu
freqüentemente oculto por nuvens pesadas. Caracterizado por floresta equatorial: úmida, com grande variedade e
quantidade de insetos e aves, bem como peixes e jacarés.
- Tropical: quente, com temperaturas e pluviosidade inferiores as do clima equatorial; duas estações distintas: verões
chuvosos e invernos secos. Apresenta regiões com florestas de menos densidade que a equatorial, havendo
predominância de savanas (cerrados no Brasil). Ocorre a presença de animais de grande porte.
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- Semi-árido: clima misto, quente e seco, com chuvas no inverno, apesar da baixa pluviosidade. Na vegetação
a) Temperatura do Ar
Temperatura do ar é a quantidade de calor que circula livremente, medida por um termômetro protegido do sol. Em
geral será fornecida à tropa uma média dos dados coletados em anos anteriores no mesmo período da operação.
I) Gradiente de temperatura
A diferença entre a temperatura do solo e a do ar originará a ocorrência de correntes de ar verticais que terão
influência direta no planejamento do uso de fumígenos e agentes químicos na área de operações (AOp). O gradiente
é a diferença entre a temperatura do ar medida à 30cm e 180cm do nível do solo. Três casos são possíveis. A INVERSÃO
ocorre quando o ar mais próximo da terra é mais frio que o ar superior. Quando ocorre a inversão, as condições
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atmosféricas e, conseqüentemente, o ar mais baixo permanecem mais estáveis com ventos de pouca velocidade,
influenciando o emprego de meios na medida em que a poeira, a nebulosidade, a fumaça e agentes químicos tendem
a permanecer próximos a terra, reduzindo a visibilidade e a pureza do ar, levando também mais tempo para se dissipar.
Estas condições de inversão favorecerão o uso de fumígenos, cortinas de fumaça, agentes químicos e bacteriológicos.
Desfavorecerão, contudo, a observação, tendo em vista a redução da visibilidade. O segundo caso é o de
NEUTRALIDADE - a temperatura permanece constante - é uma situação intermediária e pouca ou nenhuma influência
tem sobre o estabelecimento de cortinas de fumaça, bem como na observação. E, por fim, a LAPSE - a temperatura
decresce com a altura – na qual ocorrem condições atmosféricas instáveis próximo ao solo, e, ao contrário da inversão,
faz com que o teto aumente (as nuvens sobem), contra-indicando o uso de fumígenos, cortinas de fumaça, agentes
químicos e bacteriológicos, favorecendo a observação.
b) Pressão atmosférica
É a força exercida sobre uma unidade de área pelo peso da atmosfera. Geralmente, o ar frio que é pesado e denso
ocasiona alta pressão, enquanto o ar quente que é leve e mais rarefeito causa pressões baixas. Os sistemas de alta
pressão são associados ao tempo bom e seco; os sistemas de baixa pressão, por sua vez, associam-se às condições
incertas e nebulosas. A pressão não tem influência direta ou marcante sobre as operações militares, mas a sua medição
e, particularmente, o seu acompanhamento trará indícios importantes na previsão de variações meteorológicas
bruscas.
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c) Ventos
d) Umidade
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É o termo usado para descrever a quantidade de vapor d’água no ar. A quantidade de vapor d’água que o ar contém
é comparada com a que ele poderia ter a uma dada temperatura e pressão, a isto é chamado Umidade Relativa.
Quando a massa de ar tem a quantidade máxima de vapor relativa àquela temperatura, diz-se que está a 100%.
A maior influência da umidade é sobre o emprego de cortinas de fumaça. Ao empregá-la em uma situação em que a
umidade esteja a 90% o efeito de obscurecimento será duas vezes maior do que a 40%, por exemplo. Ela também
afeta o desempenho do pessoal, a eficiência e conservação de certos itens de material.
e) Nebulosidade
As nuvens são massas de umidade condensada e suspensa no ar em forma de diminutas gotas d’água. As quantidades
de nuvens são apreciadas em torno da fração de céu que elas cobrem. São usados os seguintes termos. O céu sem
nuvens ou com somente 10% encoberto é chamado de Céu Claro. De 10 a 50% chamamos de Céu Espalhado; de 50 a
90% de Céu Interrompido. E o Céu Carregado é aquele que está coberto acima de 90%.
O nevoeiro é definido como a massa de gotículas d’água suspensa na atmosfera próxima a superfície da terra e que
reduz a visibilidade horizontal. É formado pela condensação do vapor d’água em abundância, a alta umidade relativa
e vento ligeiro de superfície. Um vento ligeiro tende a adensar o nevoeiro. Aumentando o vento, o nevoeiro subirá e
se dissipará. Quanto mais próximo ao mar maior é a incidência de nevoeiros, devido à existência de mais vapor d’água
em suspensão. A maior freqüência de nevoeiros ocorre, normalmente, nas épocas mais frias da AOp e em regiões
baixas ou próximas a grandes serras.
A nebulosidade diurna reduz a quantidade de calor recebido pelo sol, afetando a secagem das estradas e a
transitabilidade através campo. Ela afetará, principalmente, as operações aéreas, limitando a observação vertical e os
reconhecimentos aéreos. Em áreas nubladas, ou com o teto muito baixo, o apoio aéreo aproximado será grandemente
dificultado, ficando restrito às aeronaves equipadas com instrumentos adequados de navegação. A defesa antiaérea,
neste caso, também ficará prejudicada.
Os nevoeiros serão importantes na análise de cobertas e abrigos, já que poderão encobrir os movimentos de uma
tropa. Permitirá, dependendo da densidade e duração, uma série de ações táticas preparatórias para o ataque, tais
como o lançamento de patrulhas para levantamento do dispositivo inimigo que se encontra mais próximo,
desdobramento sobre a Linha de Partida (LP), infiltração de pequenos efetivos entre as linhas inimigas, etc.
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diurnos. Para se ter uma idéia, somados os períodos matutinos e vespertinos, em geral se dispõe de mais uma hora
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de luz para movimentos. Ainda quanto ao náutico, deve-se considerar que a visibilidade ficará reduzida a não mais de
400m. Portanto, atividades que necessitem observação a distâncias maiores não poderão ser executadas sem auxílio
de meios optrônicos. Além disso, o momento dos crepúsculos fornece, também, um dado bem definido para fins de
coordenação, evitando, por conseguinte, expressões vagas como: clarear do dia, nascer do sol, alvorecer, entardecer,
início da noite. Já o civil proporciona luz suficiente para que quaisquer atividades militares diurnas sejam executadas,
ou seja, o “dia militar” começa antes do sol nascer. Assinala, ainda, o fim e o início da iluminação natural sobre os
alvos terrestres, permitindo a observação de artilharia, bombardeios aéreos e os reconhecimentos de qualquer tipo
com um mínimo de precisão (Fig 2.32).
b) Luminosidade lunar
I) Luminosidade
Durante o planejamento de uma operação militar, no estabelecimento ou análise do “quando” ela deverá ser ou não
desencadeada, o comandante, junto com o estado-maior, deverá considerar os dados referentes aos crepúsculos, o
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A determinação do início e término com maior precisão, tanto dos crepúsculos como dos períodos de luar, podem ser
obtidos nos almanaques astronômicos. Na MB, utiliza-se uma publicação da Diretoria de Hidrografia e Navegação
chamada Almanaque Náutico, que contém todos os dados necessários a estes cálculos de forma precisa. A forma
prática apresentada neste manual atende às necessidades em campanha.
III) Definições pertinentes
- Duração da Noite: período compreendido entre o Fim do Crepúsculo Vespertino Náutico (FCVN) e o Início do
Crepúsculo Matutino Náutico (ICMN).
- Período de Luz: período entre o ICMN e o FCVN.
- Período de Visibilidade sem Restrições: período entre o Início do Crepúsculo Matutino Civil (ICMC) e o Fim do
Crepúsculo Vespertino Civil (FCVC).
- Noite com Luar: período entre o FCVN e o ICMN em que há luar.
- Visibilidade Nula: período entre o FCVN e o ICMN no qual não há luar.
IV) Efeitos e outras considerações
A visibilidade diurna irá favorecer a observação afastada e aproximada, conseqüentemente favorecerá as ações de
reconhecimento, condução dos fogos, controle dos movimentos das tropas, o apoio aéreo e todos os trabalhos de
organização do terreno. Noites com luar favorecem a observação e o controle aproximado de efetivos até o escalão
pelotão. Se reduzida, em ambos os casos, irá favorecer o sigilo das operações.
2.4 - INFLUÊNCIA DO TERRENO E DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E METEOROLÓGICAS NAS OPERAÇÕES MILITARES
Nas operações militares essa influência é levantada por meio de um estudo específico. A finalidade desse estudo é
analisar a provável AOp, visando a determinar a influência que a mesma venha a exercer sobre as ações das tropas
amigas e também das inimigas. Essa análise, para ser objetiva, deve ser condicionada por dois fatores: a missão e o
escalão, os quais definirão o grau de detalhamento do estudo.
É evidente que o estudo do terreno com vistas a um ataque, há de ser orientado na determinação de objetivos, direção
geral do ataque (se for o caso), etc. o que não se verificaria se a missão fosse defensiva, quando outros elementos
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Tendo sempre em mente o enfoque acima apresentado, sintetiza-se a seguir algumas conclusões que se pode obter
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nesse estudo.
2.4.1 - Trafegabilidade
Elementos que influenciam: temperatura e precipitações (neve, chuva, etc.).
CAPÍTULO 4
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OPERAÇÕES ANFÍBIAS
4.1 - GENERALIDADES
O desenvolvimento da doutrina, das táticas, das técnicas e dos meios empregados nas operações anfíbias
(OpAnf) iniciou-se há quase 3000 anos, quando os gregos desembarcaram em praias próximas à cidade de Tróia, para
conquistá-la. Desde então, a História registrou muitas outras operações similares. As mais conhecidas ocorreram
durante a 2a Guerra Mundial, como o desembarque na NORMANDIA, que levou os aliados à abertura de uma segunda
frente na Europa, ou o assalto a IWO JIMA, com o propósito de negar o seu uso pelo inimigo e prover uma base aérea
avançada para os ataques ao Japão. Mais recentemente, ocorreu o desembarque britânico nas ILHAS
FALKLANDS/MALVINAS e o assalto à ILHA DE GRANADA pelos norte-americanos.
As OpAnf exigem, para o seu planejamento e execução, um alto nível de preparo técnico-profissional do
pessoal envolvido com a mais complexa das operações militares.
A OpAnf refere-se, normalmente, a um ataque lançado do mar por uma Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf),
sobre litoral hostil ou potencialmente hostil.
A publicação CGCFN-1-1 - Manual de Operações Anfíbias dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais
aborda o assunto tratado neste capítulo com maior profundidade.
4.3.2 - IncAnf
- destruir ou danificar certos objetivos;
- criar uma diversão;
- obter informações; e
- capturar, evacuar, ou resgatar pessoal e/ou material.
4.4.1 - Planejamento
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Corresponde ao período decorrido desde a expedição da Diretiva Inicial (DI) para uma OpAnf até o embarque
dos meios. Embora o planejamento da operação não cesse efetivamente ao término dessa fase, é conveniente
distinguí-la, devido às diferenças que ocorrerão nas relações de comando.
4.4.2 - Embarque
Compreende o período durante o qual as forças com seus meios são embarcados nos navios previamente
designavos. Esta fase estará terminada com a partida dos navios.
4.4.3 - Ensaio
É o período durante o qual a operação em perspectiva é ensaiada. O Ensaio, normalmente, ocorre durante a
Travessia.
O Ensaio é realizado para testar a adequação do plano, proporcionando a familiarização com o mesmo. Nele
é feita a tomada de tempo dos eventos de forma a confirmar o quadro-horário elaborado para a operação. Serão
testadas, ainda, a prontificação do pessoal e as comunicações.
Antes do Ensaio, assim como antes do desembarque, deverão ser ministrados “briefings” sobre a operação e
disseminadas as medidas de segurança destinadas a preservar o sigilo da operação.
4.4.4 - Travessia
A Travessia envolve o movimento de uma ForTarAnf desde os pontos de embarque até os postos ou áreas
previstos no interior da Área de Desembarque (ADbq). Deverão ser realizados nesta fase exercícios de guarnecimento
de Postos de Abandono para a tropa, instrução sobre controle de avarias e utilização de equipamentos de respiração,
com auxílio do pessoal do navio.
O tempo disponível nessa fase deverá ser utilizado para disseminar as alterações no planejamento, divulgação
de informações e instruções, bem como a realização dos adestramentos possíveis, conforme necessário.
É importante a realização de treinamento físico militar, exercícios de tiro e de embarque em viaturas anfíbias
e aeronaves, oportunidade na qual poderão ser prontificados os manifestos de embarque. A execução da verificação
diária de pessoal faz-se necessária, para constatar a presença física e o estado de saúde física e mental de todos os
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elementos.
4.5.1 - Períodos
Para facilitar o controle, o MNT é dividido em dois períodos: Descarga Inicial e Descarga Geral.
a) Descarga inicial
É, principalmente, de caráter tático. Inclui o desembarque das unidades de assalto e dos equipamentos e
suprimentos essenciais à conquista dos objetivos iniciais da ForDbq.
b) Descarga geral
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É, principalmente, de caráter logístico. Só começa quando a descarga seletiva não é mais necessária e tem por
propósito descarregar, no menor tempo possível, um grande volume de equipamentos e suprimentos.
4.5.2 - Organização
As unidades que integram a organização por tarefas da ForDbq são organizadas para o MNT por superfície em
vagas de ED e VtrAnf, contendo tropas e equipamentos que devam desembarcar simultaneamente. O pessoal e os
equipamentos conduzidos em cada ED ou VtrAnf de determinada vaga constituem uma Equipe de Embarcação
(EE).
Para o MNT por helicópteros, estas unidades se organizam em vagas de helicópteros, contendo pessoal e
equipamentos que são desembarcados aproximadamente ao mesmo tempo. O pessoal e equipamentos conduzidos
em cada He constituem uma heliequipe.
4.5.3 - Números-Série
Série é um número representando tropas, seus equipamentos e suprimentos iniciais de combate embarcados
em um mesmo navio, que desembarcam aproximadamente ao mesmo tempo e na mesma praia ou zona de
desembarque.
Os números-série são empregados como um meio conveniente para identificar elementos da ForDbq e facilitar
sem controle durante o MNT. Todas as unidades da ForDbq, inclusive alguns componentes navais a serem
desembarcados com ela, recebem números-série.
a) Vagas Programadas
Consistem de ED, VtrAnf ou He nos quais são embarcados os elementos de assalto da ForDbq e cuja hora, local
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b) Vagas a Pedido
Consistem dos elementos da ForDbq, com seus suprimentos iniciais de combate, cuja necessidade em terra
está prevista para os movimentos iniciais, mas cuja hora e local de desembarque não podem ser exatamente
determinados, não sendo portanto especificados.
São compostas, normalmente, pela reserva do Componente de Combate Terrestre (CCT) da ForDbq, artilharia
em apoio direto, engenharia, carros de combate e Equipes do Destacamento de Praia (EqDP). Como a categoria
anterior, também recebem números-série.
d) Suprimentos Emergenciais
Compreendem os suprimentos planejados pela ForDbq para fazer face às necessidades adicionais de itens
críticos de suprimentos nos momentos iniciais do assalto. Devem estar disponíveis para entrega imediata às unidades
em terra e se subdividem em Depósitos Flutuantes e Suprimentos Helitransportados.
Muito embora os Depósitos Flutuantes não recebam número-série, os Suprimentos Helitransportados o
receberão para facilitar o controle.
e) Suprimentos Remanescentes
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Consiste dos suprimentos de assalto e equipamentos que não foram incluídos nas cargas prescritas individuais
de cada combatente, nos depósitos flutuantes nem nos suprimentos helitransportados. Não recebem número-série.
f) Embarcações Livres
Não constituem uma categoria de desembarque. Entretanto, são usadas no transporte para a praia de
elementos de comando e controle. Recebem númerosérie.
g) Helicópteros Livres
São designados para as unidades helitransportadas com os mesmos propósitos determinados para as
embarcações-livres. Recebem número-série.
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É assim chamada a tropa, os equipamentos e suprimentos designados para embarcar numa mesma ED para o
MNT, por superfície, numa OpAnf.
Quando da composição das EE, deve-se ter em mente a necessidade de manutenção da integridade tática dos
GC, possibilitando suas ações como um sistema básico de combate logo após o desembarque.
a) Organização
A EE para uma ED é organizada da seguinte forma:
1. - comandante da equipe;
2. - auxiliar do comandante da equipe;
3. - até oito (08) carregadores;
4. - quatro (04) serventes de rede;
5. - carregador da raquete; e
6. - restante do pessoal a ser embarcado na ED, demais equipamentos e suprimentos.
b) Comandante da EE
É o FN mais antigo que dela faz parte. É o responsável pelo (a):
- designação do auxiliar da EE, serventes de rede, carregadores e o raquete;
1. - adestramento preliminar da EE;
2. - preparação e inspeção de sua equipe antes do transbordo;
3. - supervisão do deslocamento da EE do ponto de reunião para a estação de transbordo ou VtrAnf designada;
4. - amarração e descida do equipamento de sua equipe para a ED;
5. - transbordo de sua equipe para a ED;
6. - disciplina na ED; e
7. - desembarque de sua equipe na praia.
c) Auxiliar
É normalmente o que se segue em antigüidade ao comandante da EE. Substituto eventual do Cmt, auxilia-o
no cumprimento de suas tarefas.
d) Carregadores
Oito integrantes da EE são designados como carregadores. Eles descem, guiam e arrumam no interior da ED
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todo o equipamento que não puder descer com o pessoal pela rede. Quatro deles são designados para permanecer
4.10.8 - Heliequipe
Para o desembarque por helicópteros, a tropa é organizada em heliequipes.
a) Composição
Cada heliequipe é composta por:
1. - comandante;
2. - auxiliar;
3. - carregador; e
4. - demais componentes.
CAPÍTULO 5
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OPERAÇÕES TERRESTRES
5.1 - GENERALIDADES
No contexto da guerra anfíbia, os Fuzileiros Navais terão que executar operações terrestres com a finalidade
de cumprirem sua missão.
Tais operações poderão ser de caráter ofenssivo (operações ofensivas) ou defensivo (operações defensivas).
a) Preparação
Esta fase tem início com o recebimento da diretiva, que dará origem à operação, até a ocupação de uma posição
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b) Execução
Esta fase se inicia com o cruzamento de uma LP ou linha de contato (LC) até a conquista do(s) objetivo(s) (Obj)
decorrentes das tarefas impostas pela missão atribuída na diretiva.
Sob a proteção dos fogos de preparação realizados pelas armas de apoio, as tropas progridem até as Posições
de Assalto (PAss), Linha Final de Coordenação (LFC) ou Linha de Provável Desenvolvimento (LPD), no caso de um
ataque noturno (Fig 5.1). O efeito de obscurecimento e de neutralização proporcionado pelas armas de apoio, em
geral é necessário para apoiar o assalto. Porém, na medida do possível, a surpresa deve ser preservada. Quanto mais
próximo do objetivo o escalão de assalto chegar antes de abrir fogo, melhor. Além do inimigo ser atingido
psicologicamente, ele também terá menos tempo para colocar em ação suas armas mais pesadas.
O assalto ocorre tão logo os fogos das armas de apoio tenham se deslocado para a retaguarda e flancos da
posição inimiga para não por em risco o escalão de assalto, o qual, desencadeando os fogos de assalto com suas armas
orgânicas, se lança, rápida e agressivamente sobre o(s) objetivo(s). Este escalão não se detém na orla anterior do(s)
objetivo(s); pelo contrário, dirige-se com rapidez em um único lanço, ou executando as técnicas de fogo e movimento
quando a resistência inimiga assim exigir, até a orla posterior ou a parte que lhe for designada.
A história ensina que a velocidade no combate é uma arma preciosa. A unidade, os homens ou máquinas que
conseguem, consistentemente, se mover e agir mais rápido que seu inimigo durante o assalto obtêm vantagem
decisiva.
Para garantir velocidade no assalto, cada combatente deve:
- possuir a máxima habilidade com as armas por ele usadas;
- explorar convenientemente os pequenos abrigos e as cobertas proporcionados pelo terreno em sua zona de ação
(ZAç), bem como a qualidade dos campos de tiro dessas posições;
- atacar sem depender de comandos verbais ou visuais e, sendo um comandante de pequena fração, posicionar-se na
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frente, junto aos elementos mais avançados, de forma a conduzir o assalto com deslocamentos taticamente seguros
e movimentação flexível, evitando confusão na transmissão das ordens e retardos desnecessários. Convém lembrar
que no meio do barulho, vegetação, confusão e fumaça do ambiente de combate, raramente um comandante de
fração conseguirá fazer com que suas ordens transmitidas a viva voz ou por gestos alcancem todos os seus
subordinados, principalmente se ele estiver à retaguarda; e
- unir forças e aliviar o isolamento do combate simplesmente conversando com o combatente ao seu lado. Isso é
importante não apenas para a disseminação lateral das informações e ordens, mas mais importante ainda, para a
coesão moral da fração.
Além disso, a velocidade de progressão das frações será influenciada pela flexibilidade de manobra proporcionada
pela formação adotada. Em geral, uma formação em triângulo (ou em cunha) oferece mais flexibilidade do que a em
linha, que compromete todo o poder de combate em uma direção.
c) Continuação
Com a conquista do (s) objetivo (s), segue-se uma série de ações com vistas a consolidar sua posse, reorganizar a tropa
e adotar um dispositivo que permita a continuação das operações. A partir daí, poderá ter início tipos de operações
ofensivas, como o aproveitamento do êxito ou a perseguição.
Tendo em vista que raramente um ataque consegue destruir de uma só vez e totalmente um inimigo que se
defende, é provável que os seus remanescentes procurem desengajar, retrair o que for possível, reorganizar-se e
estabelecer novas posições. Dependendo do escalão, poderão ser colocadas em ação tropas deslocadas de áreas em
que houver menor atividade ou mesmo empregar suas reservas para destruição dos bolsões de resistência
apresentados pelos remanescentes .
Assim, salvo restrições impostas pelo comando ou pela eventual falta de meios, o ataque deve ser seguido de
um agressivo aproveitamento do êxito obtido com a conquista do(s) objetivo(s), visando manter pressão sobre o
inimigo e destruir sua capacidade de reorganizar-se.
Quando existem indícios de que a resistência do inimigo se desintegra, o ataque ou o aproveitamento do êxito se
transforma em perseguição, destinada à destruição da tropa inimiga (Fig 5.1).
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É uma operação que visa estabelecer, o mais cedo possível, o contato com o inimigo ou restabelecê-lo quando
perdido. Termina com a ocupação de uma região pré-estabelecida ou quando posições de resistência do inimigo
impedem o movimento, forçando o desdobramento da tropa.
A tropa, neste tipo de operação ofensiva, poderá adotar uma das seguintes formações táticas, a depender,
principalmente, do grau de ameaça do inimigo:
- coluna de marcha;
- coluna tática; e
- marcha de aproximação.
I) Coluna de marcha
Utilizada quando o contato com o inimigo for remoto. Prevalecem as medidas que visam facilitar e acelerar o
movimento. O deslocamento é realizado, normalmente, por estradas e motorizado.
em profundidade, como após os momentos iniciais do assalto anfíbio. Sua ocorrência é mais freqüente nos pequenos
b) Reconhecimento em força
É uma operação realizada com propósito limitado, visando revelar e testar o dispositivo e o valor do inimigo em
uma determinada posição ou obter outras informações.
O vulto da força a ser empregada neste tipo de operação deverá ser adequado para obrigar o inimigo a reagir
em força e decididamente, sem que se permita um engajamento decisivo, mas que revele seu valor, dispositivo,
reservas, localização das armas de apoio, instalações de comando e logísticas, etc.
Normalmente, desta forma, os conhecimentos desejados são obtidos mais rápido e pormenorizadamente do
que em outros métodos de reconhecimento.
c) Ataque coordenado
O ataque coordenado é o principal tipo de operação ofensiva. Em geral, quando se emprega a palavra ataque,
tem-se em mente um ataque coordenado. Caracteriza-se pelo emprego coordenado da manobra e do apoio de fogo
para cerrar sobre o inimigo, destruí-lo ou neutralizá-lo. É, normalmente, empregado contra posições inimigas
organizadas ou fortificadas e necessita de adequado apoio de fogo.
Pode ser precedido de uma marcha de aproximação e/ou de um reconhecimento em força e deve ser executado com
agressividade.
É planejado e se completa, habitualmente, segundo as três fases já apresentadas para as operações ofensivas
(preparação, execução e continuação).
d) Aproveitamento do êxito
O aproveitamento do êxito é a agressiva continuação de um ataque bem sucedido e tem início, normalmente,
quando for constatado que a tropa inimiga está encontrando dificuldades para manter sua defensiva.
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movimento retrógrado ordenado.
Quando o inimigo apresenta indícios de desorganização e suas tropas se desintegram sob a pressão do ataque
continuado, o aproveitamento do êxito pode se transformar em perseguição.
e) Perseguição
A perseguição é uma operação destinada a cercar e destruir uma tropa inimiga que está em processo de
desengajamento ou que tenta fugir. Normalmente, segue-se ao aproveitamento do êxito, diferindo deste na sua
finalidade principal que é a de completar a destruição da tropa inimiga. Na perseguição, o inimigo perde sua
capacidade de influenciar a situação e age de acordo com as ações da tropa perseguidora.
A perseguição pode, também, ocorrer em qualquer operação em que o inimigo tenha perdido sua capacidade
de agir eficientemente e tenta desengajar-se do combate.
a) - penetração;
b) - ataque frontal;
c) - desbordamento;
d) - envolvimento; e
e) - infiltração.
a) Penetração
Na penetração, o ataque principal (AtqPcp) é orientado contra uma faixa estreita da posição defensiva do
inimigo, com a finalidade de romper o seu dispositivo, dividi-lo e derrotá-lo por partes.
Esta manobra é adotada em função da existência de uma ou mais das seguintes condições:
1) - o dispositivo inimigo não apresenta flancos acessíveis e/ou vulneráveis;
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b) Ataque frontal
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Nesta forma de manobra, o ataque incide ao longo de toda a frente da posição defensiva inimiga com a mesma
intensidade (Fig 5.3).
Normalmente, o ataque frontal é a forma de manobra menos desejável para ser realizada, porque o inimigo
terá condições de aplicar o seu máximo poder de fogo em toda a frente da tropa atacante.
A menos que haja uma grande superioridade do poder de combate do atacante, raramente o ataque frontal
conduz a resultado decisivos. Por tal razão, o atacante deve procurar criar ou aproveitar vantagens e condições que
lhe permitam evoluir para outra forma de manobra que propicie o êxito esperado.
c) Desbordamento
No desbordamento, o ataque principal ou de desbordamento contorna, por terra ou pelo ar, as principais
posições defensivas do inimigo, visando conquistar um objetivo à retaguarda do seu dispositivo (Fig 5.4).
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Esta manobra procura evitar um engajamento decisivo com a parcela principal do sistema defensivo, atingindo-o onde
é mais fraco, desorganizando seus sistemas de comando, de comunicações, de apoio logístico e meios de apoio de
fogo, e cortando seus itinerários de retraimento, impondo-lhe uma destruição em posição.
Um ou mais ataques secundários (AtqScd) fixam o inimigo, forcando-o a combater em duas ou mais direções,
simultaneamente, desviando sua atenção do ataque principal.
É a forma de manobra tática que oferece melhor oportunidade para obtenção do sucesso e tende a diminuir o
número de baixas entre os atacantes. Em condições normais, o desbordamento deve ser adotado preferencialmente
à penetração e ao ataque frontal.
A execução do desbordamento caracteriza- se pelo sigilo nas ações iniciais, rapidez no deslocamento do ataque
principal e proteção dos seus flancos expostos.
Todo o esforço será desenvolvido pelo (s) ataque(s) secundário(s) com vistas a manter o inimigo engajado e
evitar que suas reservas sejam empregadas contra o ataque principal.
I) Duplo desbordamento
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É uma variante do desbordamento em que o atacante procura contornar, simultaneamente, ambos os flancos
da posição inimiga. É de difícil controle e exige grande superioridade de poder de combate e de mobilidade.
d) Envolvimento
No envolvimento, o ataque principal contorna, por terra ou pelo ar, as posições defensivas do inimigo, visando
conquistar objetivos profundos em sua retaguarda (Fig 5.5). Esta manobra força o defensor a abandonar sua posição
para fazer face à ameaça envolvente. O inimigo é, então, engajado em local escolhido pelo atacante.
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e) Infiltração
A infiltração possibilita o deslocamento furtivo de uma força, por elementos isolados ou em pequenos grupos,
através, sobre ou ao redor das posições inimigas, ou em seu interior, e o seu posterior desdobramento à retaguarda
dessas posições.
Embora a infiltração possa ser empregada nas operações defensivas, ela é normalmente realizada em operações
ofensivas, apoiando a ação principal e direcionada para:
a) - atacar o inimigo, após a passagem através de suas posições, pelo flanco ou retaguarda, em apoio a uma
operação de maior vulto;
b) - conquistar posições de bloqueio, após a passagem através das posições inimigas, para impedir o seu
retraimento ou que seja reforçada;
c) - atacar posições sumariamente organizadas, após passar através do dispositivo inimigo; e
d) - inserir forças para conduzir operações de inquietação e desgaste na área de retaguarda do inimigo.
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a) - a pé;
b) - helitransportadas;
c) - usando embarcações; e
d) - lançadas por pára-quedas.
A existência de evidentes brechas no sistema defensivo inimigo, combinada com boa transitabilidade do terreno
e adequadas cobertas, possibilitará aos elementos de infiltração o emprego de viaturas, embora possa haver
comprometimento da surpresa.
O escalão mais apropriado para a realização da infiltração é o Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais ou
menores. Em escalões maiores o Batalhão pode adotar esta forma de manobra em apoio aos demais elementos, que
executam outra forma de manobra.
A adoção desta forma de manobra tem as seguintes vantagens:
a) Possibilitar o emprego de tropa com menor poder de combate contra tropa de maior poder de combate;
b) Diminuir baixas, desde que mantido o sigilo e garantida a surpresa;
c) Conquistar região em profundidade com maior rapidez; e
d) Desorientar e desorganizar o inimigo preparado para o combate linear.
a) Isolamento da localidade
Será obtido mediante a conquista dos acidentes capitais que dominam as vias de acesso à localidade. É
planejado sob a forma de um ataque coordenado e visa permitir o apoio às demais fases e , principalmente, impedir
e/ou dificultar a chegada de reforços inimigos.
A penetração é a forma de manobra tática mais adotada para o ataque a essas áreas. A execução do ataque é
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extremamente descentralizada, compreendendo uma série de ações isoladas por parte dos menores escalões da
tropa, para o que é mandatório a iniciativa e agressividade por parte de seus comandantes.
a) Transposição de oportunidade
É aquela na qual o curso de água, embora em território hostil, não é defendido. Pode ocorrer, também, nas áreas de
retaguarda. O planejamento é eminentemente técnico de engenharia e depende do controle de trânsito para a
execução.
I) Transposição imediata
É aquela conduzida em continuação a uma operação, sem que a tropa perca sua impulsão. É realizada por forças
descentralizadas, empregando meios orgânicos ou previamente colocados à sua disposição, bem como meios de
fortuna. Normalmente, é realizada quando as defesas inimigas são fracas, quando for possível neutralizar pelo fogo as
defesas inimigas e quando o inimigo, embora de efetivo apreciável, esteja desorganizado, mal adestrado ou for
apanhado de surpresa.
É aquela conduzida após planejamento detalhado e execução de amplos preparativos, visando concentrar poder de
O defensor obtém a iniciativa selecionando e organizando, de acordo com suas conveniências, a área a
defender, induzindo o inimigo a reagir de acordo com os planos defensivos, explorando suas vulnerabilidades e erros
por meio de ações ofensivas e contra-atacando sua forças que tenham obtido sucesso.
O propósito principal de uma operação defensiva é derrotar um ataque inimigo, contendo, repelindo ou destruindo
suas tropas. Os propósitos secundários incluem:
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As operações defensivas abrangem todas as ações que representam resistência a uma força atacante. Podem
ser classificadas quanto ao tipo e quanto ao tempo disponível para a preparação da posição.
I) Defesa em uma
ou mais posições; e
a) DEFENSIVA QUANTO AO II) Movimentos Os movimentos retrógrados são classificados como:
TIPO Retrógrados. 1. Ação retardadora (AçRtrd);
2. Retraimento (Ret); e
3. Retirada (Rda).
b) DEFENSIVA QUANTO AO I) Defesa preparada
TEMPO DISPONÍVEL II) Defesa imediata.
inimigo, por pressão deste ou em decorrência de uma idéia de manobra. Em qualquer caso, devem ser aprovadas pelo
I) Defesa preparada
Ocorre quando uma força não está em contato com o inimigo, nem há iminência de sua ocorrência, havendo,
portanto, condições para planejamento e execução detalhada da defensiva. Normalmente, inclui um bem planejado
sistema de barreiras, trabalhos de fortificações e extensa rede de comunicações. A defensiva será tanto mais eficaz
quanto maior o tempo disponível para sua implementação.
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a) Apropriada utilização do terreno
O defensor deve desdobrar suas tropas com base, principalmente, no terreno.
Manterá o controle sobre os acidentes capitais essenciais à observação, comunicações e movimentos da
reserva, e negará ao inimigo o uso do terreno que ameace o sucesso da defesa. A área selecionada deverá
fornecer boas condições de observação, campos de tiro, coberta e abrigos. Os obstáculos deverão canalizar o
movimento das forças inimigas para áreas favoráveis ao desencadeamento de contra-ataques ou de fogos de
destruição.
b) Segurança
O defensor deve adotar medidas para não ser surpreendido, uma vez que o inimigo retém a iniciativa das
ações e a liberdade de manobra. Tais medidas incluem: emprego de forças de segurança, busca de conhecimentos
sobre a localização e deslocamentos das forças inimigas, aproveitamento das cobertas e abrigos, camuflagem, uso
de radares de vigilância terrestre, dispositivos de escuta, etc.
c) Surpresa
A surpresa é tão importante na defensiva quanto na ofensiva. Assim, o defensor deve empreender seus esforços
tanto para negá-la ao inimigo pelo uso de elementos de segurança, reconhecimento e vigilância, quanto para obtê-la.
Adotará, então, medidas para não ser surpreendido, tais como emprego de forças de segurança, busca de
informes sobre a localização e deslocamentos de forças inimigas, meios de defesa passiva como aproveitamento de
cobertas e abrigos, uso de camuflagem, radares de vigilância terrestres, dispositivos de escuta, etc.
d) Conhecimento do inimigo
O defensor deve considerar a liberdade de que dispõe o atacante para escolher o momento, o local, a direção
e o valor de suas tropas para realizar o ataque. Deste modo, o conhecimento das possibilidades do inimigo, sua
doutrina operativa, seus principais hábitos e o levantamento das vias de provável acesso do inimigo e os objetivos
que este poderá selecionar são essenciais para o sucesso da defesa. Uma vez obtidos o maior número de dados
possível sobre o inimigo, o defensor poderá antecipar as ações inimigas, estabelecendo mais rapidamente as
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g) Defesa em profundidade
É necessária com vistas a: reduzir o ímpeto do ataque e evitar o rompimento da posição defensiva; forçar o
inimigo a realizar repetidos ataques; permitir ao defensor avaliar as ações executadas pelo inimigo e contê-las; impedir
o inimigo a empregar suas reservas em local e momento não decisivos; e diminuir os efeitos dos seus fogos.
A profundidade da defesa é conseguida engajando o mais cedo possível o inimigo com elementos aéreos, com
as forças de segurança, empregando as armas de apoio a partir de posições avançadas e em seu máximo alcance de
utilização, empregando núcleos defensivos sucessivos, utilizando obstáculos e barreiras dispostos em profundidade,
e pela manobra e adequado emprego das reservas e fogos de apoio.
A profundidade deve ser equilibrada com a defesa a toda volta.
h) Flexibilidade
Na defensiva, a flexibilidade é conseguida pela seleção e preparo de posições de muda e suplementares, pela
mobilidade dos elementos de combate e da reserva, pelo controle centralizado das armas de apoio, pela preparação
dos planos de contra-ataque e pelo planejamento de retomada das ações ofensivas.
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Considerando que a ofensiva é a forma decisiva de combate, o defensor deve estar atento às oportunidades
que permitam adotá-la. Ações dinâmicas que levam à retomada da iniciativa incluem: patrulhamento agressivo,
ataques com as forças de segurança antes que o inimigo alcance a posição defensiva (PD), incursões contra suas
tropas que estejam se preparando para o ataque e contra-atacando suas penetrações na PD.
j) Dispersão
Este fundamento deve ser considerado concorrentemente com a necessidade de se obter o máximo apoio
mútuo, a máxima segurança e o mínimo de vulnerabilidade aos fogos inimigos.
A dispersão em profundidade evita que as frentes se tornem muito extensas para o defensor, proporciona mais
meios para a reserva, evita os movimentos laterais quando ocorrer um ataque inimigo apenas numa parte da frente,
facilita a detecção e destruição de elementos de infiltração e proporciona um dispositivo mais apropriado à realização
de contra-ataques.
A dispersão em largura pode conduzir a um isolamento dos elementos avançados, os quais ficariam sujeitos
a serem engajados e batidos por partes na eventualidade de uma penetração inimiga.
a) Área de segurança
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É a que se estende para frente e para os flancos desde o Limite Anterior da Área de Defesa Avançada (LAADA).
Nesta área, operam as forças de segurança ou escalão de segurança, destinadas a fornecer conhecimentos e alerta
oportuno sobre o inimigo, impedir sua observação terrestre sobre a ADA, iludi-lo quanto à PD e, de acordo com suas
possibilidades, retardá-lo e desorganizá-lo.
b) Área de defesa avançada
É a que se estende para retaguarda desde o LAADA até o limite posterior dos elementos de primeiro escalão.
Nela é que terão lugar as ações decisivas da defensiva.
Nesta área operam as forças de defesa avançada, que serão estruturadas de acordo com a forma de manobra
tática defensiva adotada. Quando esta for baseada na manutenção do terreno, tais forças serão destinadas a
impedir a entrada do atacante na área. Se o planejamento estabelecer uma defesa com base na mobilidade, as
forças de defesa avançada terão a tarefa de canalizar o inimigo para uma região previamente escolhida, que
favoreça sua destruição pelo fogo e pela manobra ofensiva com a reserva.
c) Área de reserva
É a que se estende desde a retaguarda dos elementos de primeiro escalão até o limite posterior do escalão
considerado.
Na defensiva, a reserva é o principal meio de que dispõe o comandante para influenciar no combate e
reconquistar a iniciativa.
5.5.4 - Formas de Manobra Tática Defensiva
Nas operações defensivas, o comandante pode empregar cinco formas de manobra tática. Duas dessas formas de
manobra correspondem à operação de defesa em uma ou mais posições e três aos movimentos retrógrados,
conforme sintetizado no quadro abaixo:
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- o tempo para o estabelecimento da defensiva é limitado;
- há forças mecanizadas suficientes para possibilitar rápida concentração do poder de combate;
- o defensor possui superioridade aérea; e
- o inimigo tem capacidade de empregar armamento de destruição em massa.
c) Ação retardadora (AçRtrd)
É o movimento retrógrado em que uma força sob pressão ganha tempo e cede espaço, infligindo o máximo de
retardo e de danos ao inimigo, sem ser engajar decisivamente no combate.
Existem quatro tipos de ação retardadora:
- retardamento em uma única posição;
- retardamento em posições sucessivas;
- retardamento em posições alternadas; e
- combinação dos anteriores.
d) Retraimento (Ret)
É o movimento retrógrado por meio do qual uma força engajada, ou parte dela, rompe o contato com o inimigo.
Existem dois tipos de retraimento:
- sob pressão do inimigo, em que este tenta impedir o desengajamento, atacando ; e
- sem pressão do inimigo, em que este não tenta ou não pode impedir o desengajamento, havendo, entretanto,
uma ameaça potencial.
e) Retirada (Rda)
É um movimento retrógrado planejado e realizado por uma força que não está em contato com o inimigo, visando
poupar uma força desgastada, permitir o seu emprego em outro local ou evitar um combate decisivo.
a) Propósitos
Uma operação de junção pode ter um ou mais dos seguintes propósitos:
- emassar forças de modo a concentrar poder de combate para emprego posterior em outras operações;
- conduzir elementos de combate e/ou de apoio em benefício de tropas que estejam operando em local afastado
das demais forças amigas;
- substituir em posição uma tropa isolada ou ultrapassá-la para prosseguir ou iniciar um ataque;
- aliviar a pressão inimiga e auxiliar uma tropa que esteja lutando para romper um cerco;
- permitir que duas forças independentes conduzam um movimento convergente; e
- estabelecer a ligação com forças de infiltração ou com elementos de guerrilha amigos.
Considerando-se as dificuldades de tal operação, antes de decidir realizá-la, devem ser avaliados os riscos decorrentes
e as possibilidades de alcançar os efeitos desejados por outros meios.
5.6.2 - Operações de substituição
A substituição de forças em combate é inerente à conduta do mesmo. Quando as operações táticas se estendem por
períodos prolongados, será necessária a substituição periódica das unidades empregadas.
a) Propósitos
- considerar necessidades ditadas pelo planejamento, como, por exemplo, prosseguir no ataque em outra
direção: - preservar o poder de combate de uma força para posterior emprego desta em outras ações ofensivas,
substituindo-a por outra descansada; e
- preparar a força substituída para uma operação que exija equipamento e/ou adestramento de caráter particular.
b) Tipos de substituição
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- substituição em posição;
- ultrapassagem, e
- acolhimento.
I) Substituição em posição
É a operação em que uma tropa assume o dispositivo de uma outra (ou parte dela) em combate.
É executada quando o elemento a ser substituído encontra-se na defensiva, podendo caber à tropa que substitui
continuar nesta situação ou prosseguir no ataque.
II) Ultrapassagem
É a operação em que uma tropa ataca através do dispositivo de uma outra que está em posição na linha de frente.
Pode ter lugar quer na ofensiva, quer na defensiva, visando manter a iniciativa e a impulsão do ataque, explorar
deficiências do inimigo, iniciar um ataque ou um contra-ataque.
III) Acolhimento
É uma ação na qual uma tropa realizando um movimento retrógrado passa através das posições ocupadas por uma
outra. Esta operação é utilizada quando se deseja substituir uma força que esteja demasiadamente empenhada ou se
encontre muito desfalcada. Pode também ocorrer como parte de um movimento retrógrado ou para permitir o
retraimento de uma força que deva cumprir uma outra missão. Basicamente pode ser considerado como uma
ultrapassagem para a retaguarda, mas, por acarretar um retraimento através de uma posição defendida, envolve mais
riscos e dificuldades do que uma ultrapassagem, principalmente se realizado sob pressão do inimigo.
c) Seleção do tipo de substituição antes do ataque
I) Substituição em posição
Será empregada quando houver tempo suficiente para sua realização e:
- a tropa a ser substituída é necessária em outra área, antes ou logo após o desembocar do ataque;
- o atacante necessita de conhecimento mais detalhado do terreno e/ou do inimigo; e
- o poder de combate do inimigo é capaz de colocar em risco a concentração de tropas decorrente de uma
ultrapassagem.
II) Ultrapassagem. Será, empregada preferencialmente, quando:
- não houver tempo suficiente para realizar uma substituição em posição;
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CAPÍTULO 6
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O GRUPO DE COMBATE E A ESQUADRA DE TIRO
6.1 - GENERALIDADES
Nas operações terrestres deve ser valorizado o emprego dos menores escalões de tropa, por sua importância
e contribuição para o cumprimento dos mais variados tipos de tarefas. O espírito combativo e a proficiência tática
dessas frações, particularmente do Grupo de Combate (GC), enaltece o poder de combate de uma tropa de Fuzileiros
Navais
O presente capítulo descreve a finalidade, organização, tarefas e armamento do GC e de suas frações
constituintes - as Esquadras de Tiro (ET). Além disso, apresenta as táticas e procedimentos dessas frações no combate
ofensivo e defensivo.
a) Comandante do GC (CmtGC)
Lidera o GC e faz cumprir as ordens de seu Cmt de Pelotão de Fuzileiros Navais (CmtPelFuzNav). Ele é o
responsável pela disciplina, apresentação pessoal, adestramento, controle, conduta e bem estar de suas ET, em todos
os momentos, bem como pelas condições de manutenção e uso apropriado das armas e equipamentos utilizados pelos
integrantes de sua fração.
Em combate ele é responsável, também, pelo emprego tático de sua fração, controle e disciplina dos fogos, e
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a manobra de suas ET. Coloca-se onde melhor puder fazer cumprir as ordens emanadas do seu Cmt de pelotão e, ao
mesmo tempo, conduzir e controlar as ET.
b) Comandante de ET (CmtET)
Faz cumprir, no âmbito da sua fração, as ordens dadas pelo CmtGC. Ele é o responsável pelas condições de
funcionamento e limpeza das armas e equipamentos de sua ET, bem como pela utilização correta desses meios.
É responsável, ainda, pelo controle do tiro e disciplina de fogo de sua ET. Para tal, mantém-se tão próximo
quanto possível do Atirador de forma a exercer efetivamente o controle dos seus tiros. Contudo, com vistas a fazer
cumprir as ordens emanada pelo CmtGC, coloca-se numa posição de onde melhor possa observar todos os integrantes
da ET e controlar seus movimentos e o emprego de suas armas.
Além dessas tarefas básicas como líder de uma pequena fração, porém sem comprometê-las, ele atua também
como granadeiro e é o responsável pelo emprego eficiente do Lança-Granadas 40mm M203, do seu Fuzil de Assalto
5,56mm e, ainda, pelas condições de funcionamento e conservação dos seus próprios armamento e equipamentos.
O mais antigo dos três CmtET é o substituto eventual do CmtGC.
c) Atirador
Cumpre as ordens do CmtET. É o responsável pelo emprego eficiente da arma automática da ET (MINIMI), bem
como pelas condições de funcionamento e conservação dessa arma e de seus equipamentos.
d) Municiador
Auxilia o Atirador no emprego da arma automática da ET (MINIMI). Para tal, colabora no posicionamento dessa
arma e na identificação de alvos, protege o atirador, transporta carregadores ou cofres de munição adicionais para o
reabastecimento e ajuda na solução dos incidentes de tiro. Deve estar preparado para substituir o Atirador. É
responsável pelo emprego, condições de funcionamento e conservação do seu Fuzil de Assalto 5,56mm e de seus
equipamentos.
e) Volteador
Cumpre as ordens do CmtET, atuando como elemento de segurança na incessante tarefa de localizar o inimigo
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nas proximidades de sua fração. É responsável pelo emprego e pelas condições de funcionamento e conservação do
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6.4.3 - Apoio do Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav)
A Companhia de Apoio de Fogo (CiaApF) do BtlInfFuzNav dispõe de morteiros 81mm (Mrt81mm),
metralhadoras pesadas calibre .50 e Mísseis AntiCarro BILL(MACBILL). Ela é organizada em um Pelotão de Morteiro
81mm (PelMrt81mm), com três seções de Morteiro 81mm (SeçMrt81mm), a duas peças cada; um Pelotão de
Metralhadoras Pesadas .50 (PelMtrP.50), com três seções de Metralhadora Pesada .50 (SeçMtrP.50) a duas peças
cada; e um Pelotão de Míssil AntiCarro BILL (PelMACBILL), com três seções de Míssil AntiCarro BILL(SeçMACBILL) a
duas equipes cada.
6.4.4 - Outros apoios
Além das armas mencionadas, o GC poderá ser apoiado também por outros meios que normalmente atendem às
necessidades da CiaFuzNav, tais como: fogo naval, aviação, artilharia de campanha e carros de combate.
6.5 - TÉCNICA DE TIRO
Quando os integrantes do GC estiverem individualmente habilitados na execução do tiro com suas armas e antes que
eles comecem a executar o tiro de combate como uma fração constituída, vivenciando uma situação tática, é
necessário que o GC desenvolva as técnicas de tiro do conjunto de suas armas. Essa técnica diz respeito à aplicação e
controle dos tiros combinados das armas de uma determinada unidade de tiro. Denomina-se unidade de tiro o
conjunto de combatentes cujos tiros combinados de suas armas está sob o controle direto e efetivo de um
comandante.
6.5.1 - Determinação de distâncias
É um processo para descobrir a distância aproximada entre um observador e um alvo ou qualquer objeto distante.
Uma cuidadosa determinação de distâncias faz com que os integrantes da ET executem corretamente a pontaria de
suas armas e realizem tiros eficazes sobre os alvos inimigos. São dois os métodos mais comuns para determinação de
distâncias: estimativa visual e observação do tiro.
a) Estimativa visual
Inclui dois processos: unidade de medida memorizada e aparência dos objetos. Este método permite a um atirador
bem adestrado determinar distâncias com razoável precisão e executar um grande número de tiros sobre o inimigo,
surpreendendo-o.
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Quando existirem elevações, bosques ou outros obstáculos entre o observador e o alvo, ou onde a maior parte do
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terreno interposto está oculto das vistas, é impraticável aplicar o processo da unidade de medida memorizada para
determinar a distância.
Por meio da prática constante no adestramento, o combatente deve se familiarizar com a aparência que determinados
objetos apresentam a várias distâncias conhecidas. Por exemplo, observa-se um combatente quando ele estiver de pé
afastado 100 metros, procurando-se fixar na mente a aparência do seu tamanho e dos detalhes pertinentes aos seus
traços característicos e equipamentos. Observase, então, o mesmo combatente, a mesma distância, na posição de
joelhos e, a seguir, na posição deitado. Repete-se o processo de memorização para aos distâncias de 200, 300 e 500
metros. Pela comparação da aparência de um combatente verificada nestas distâncias e nestas posições, pode ser
estabelecida uma série de imagens mentais cuja memorização servirá ao combatente como um padrão de referência
a ser empregado na determinação estimada de distâncias.
Quando o tempo e as condições permitirem, uma estimativa de distância mais precisa pode ser conseguida pela média
de algumas estimativas realizadas por diferentes combatentes.
b) Observação do tiro
Uma determinação precisa de distância pode ser obtida observando-se o ponto de impacto dos projetis de munição
comum ou traçante. É necessário empregar um observador porque é muito difícil ao próprio atirador acompanhar a
trajetória do seu projetil traçante e localizar o ponto de impacto. Este método permite estimar distâncias rápida e
precisamente, contudo a possibilidade de obtenção da surpresa é perdida e a posição do atirador pode ser localizada
pelo inimigo.
O método segue os seguintes passos:
- o atirador estima visualmente a distância até o alvo, faz a pontaria com essa distância inserida na alça de mira do seu
fuzil e dispara;
- um observador próximo ao atirador segue a trajetória do traçante e marca o local de impacto do projetil;
- o observador, então, indica a viva voz as correções em cliques de elevação do cursor da alça de mira e, caso exista, a
força do vento que possa ter desviado o projetil, de forma a atingir o alvo;
- o atirador introduz as correções na pontaria e executa novo disparo, repetindo o passo anterior até que um impacto
no alvo tenha sido observado. O observador fica atento ao número de cliques de elevação inseridos até conseguir o
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acerto no alvo; e
6.5.2 - Fogos dos fuzis de assalto e das armas automáticas e seus efeito
O emprego correto dos fogos dos fuzis de assalto e das armas automáticas do GC, bem como a exploração dos seus
efeitos, é a segunda parte da técnica de tiro dessa fração. O conhecimento sobre o comportamento do projetil durante
o vôo e um entendimento do efeito do fogo dessas armas sobre o inimigo podem auxiliar os integrantes do GC na
obtenção da máxima eficiência.
a) Trajetória
É o caminho percorrido por um projetil em seu vôo até o alvo. A trajetória é quase horizontal a curtas distâncias;
porém quando ela cresce, a altura da curva (ordenada) que a representa também cresce.
O espaço entre o fuzil e o alvo no qual a trajetória nunca ultrapassa a altura de um homem de estatura mediana
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(1,70m), é chamado de área de rasância. Um projetil disparado por um fuzil no nível do solo (posição de tiro deitada)
contra um alvo localizado a uma distância relativamente curta, ocasiona um área de rasância contínua quando a
superfície do terreno é plana ou levemente inclinada. A grandes distâncias apenas em parcelas desse espaço ocorre
áreas de rasância, pois o projetil passa, na maior parte da trajetória, bem acima da cabeça de um homem com aquela
estatura. Esse espaço que a trajetória se mantém mais elevada é chamado de espaço morto.
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c) Zona batida
O cone de tiro que atinge uma superfície forma uma zona batida, a qual se apresenta de forma comprida e estreita.
As zonas batidas variam em comprimento. Quando a distância aumenta, o comprimento da zona batida diminui. A
inclinação do terreno afeta o tamanho e a forma da zona batida. Quando o alvo se encontra na encosta de uma
elevação, a zona batida é encurtada; numa superfície descendente, onde o ângulo de inclinação for menor do que a
curva das trajetórias, a zona batida é alongada. A superfície que se inclina abruptamente em um ângulo maior do que
o de queda dos projetis não será atingida e é dita como estando desenfiada.
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Quanto à trajetória, eles podem ser:
- rasantes: são aqueles que não ultrapassam a altura de um homem de estatura mediana (1,70m). Os tiros de fuzil
executados de uma posição deitada proporcionam fogos rasantes até distâncias de aproximadamente 600 metros
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- sobre tropa: são aqueles executados acima das cabeças da tropa amiga. O fogo dos fuzis é considerado seguro
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quando a movimentação do terreno protege a tropa à frente ou quando ela se encontra em uma posição
suficientemente abaixo da linha de fogo.
e) Efeito do fogo dos fuzis
Os melhores resultados do fogo dos fuzis são obtidos quando o GC está perto do inimigo. O GC deve se aproveitar das
cobertas e abrigos proporcionados pelo terreno e dos fogos de apoio executados pelas metralhadoras, morteiros e
artilharia para avançar até o mais perto possível do inimigo antes de abrir fogo. Normalmente, o GC não deve abrir
fogo a distâncias superiores a 800m (para alvos tipo área) e 550m (para alvos tipo ponto), o máximo de alcance útil do
Fuzil de Assalto 5,56mm.
Só em condições muito favoráveis o fuzil pode ser usado contra grupos de combatentes inimigos ou alvos que
apresentem áreas mais extensas, entre as distâncias de 460 e 1.000 metros, seu alcance máximo eficaz.
A área na qual o inimigo está localizado pode ser habitualmente determinada pelo som dos seus disparos. Os tiros de
uma fração devem ser distribuídos uniformemente em largura e profundidade, de forma a bater a área ocupada pelo
inimigo por inteiro, obrigando-o a manter-se abrigado e tornando seus tiros ineficazes.
f) Cadência de tiro
As cadências de tiro das armas do GC combinam-se para formar o poder de fogo dessa fração. O emprego dessas
armas e o poder de fogo do GC não são determinados pela rapidez com que os combatentes são capazes de disparar
suas armas, mas sim pela velocidade com que são capazes de executar os tiros com precisão. Os comandantes de GC
ou ET devem estar aptos a controlar a cadência e o efeito dos tiros de seus subordinados, caso contrário a munição
será desperdiçada. A cadência de tiro é expressa em tiros por minutos (tpm). As cadências a seguir se aplicam às armas
do GC:
- cadência normal: refere-se a velocidade média de execução do tiro com pontaria que um combatente é capaz de
realizar com o Fuzil de Assalto 5,56mm ou com o Lança-Granadas 40mm M203 , a saber: 5,56mm – 10 a 12 tpm; e M-
203 – 5 a 7 tpm;
- cadência mantida: este termo se aplica à arma automática da ET (MINIMI) e às metralhadoras do PelPtr (MAG). Ela
é a cadência que uma arma de tiro de trajetória tensa efetivamente consegue executar por um período de tempo
indefinido sem causar uma interrupção do tiro ou mau funcionamento da arma devido a um super- aquecimento. A
cadência de tiro da arma automática da ET é da ordem de 90 tpm.
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- cadência rápida: este termo também se aplica à arma automática da ET e às metralhadoras. Ela é a quantidade
6.6.1 - Emprego
Na ofensiva, o Lança-Granadas 40mm M203 é empregado para destruir grupos de indivíduos inimigos e
proporcionar o apoio de fogo aproximado durante o assalto em conjugação ou para suplementar outros fogos de
apoio.
O CmtET seleciona pessoalmente os alvos e executa os tiros durante o ataque. Nos últimos 35 metros do
assalto, quando os fogos do Lança-Granadas 40mm M203 podem se tornar perigosos para as tropas amigas que estão
executando o assalto ao objetivo, ele deve empregar a munição antipessoal multiprojeteis. Esta munição pode ser
disparada da mesma linha que a tropa assaltante se encontra sem colocar em perigo os demais combatentes próximos
ao CmtET. Ele pode, entretanto, lançar granadas explosivas contra alvos que estejam suficientemente distantes da
faixa de terreno a ser percorrida pela tropa que realiza o assalto, de forma que a explosão da granada não lhe traga
qualquer risco. Convém lembrar que as granadas alto explosivas necessitam de uma distância mínima de
aproximadamente 30 metros para armar a espoleta.
Durante o assalto, o CmtET pode utilizar seu fuzil até que apareça algum alvo apropriado ou até que ele tenha
tempo para recarregar o M-203. Os alvos apropriados para serem batidos pelas granadas lançadas pelo M-203 são
posições de fuzismetralhadores, metralhadoras e as guarnições de outras armas de emprego coletivo, no setor de tiro
da ET. Esta forma de emprego é usada quando um volume intenso de fogo é necessário para reduzir a posição inimiga
assaltada.
Na defesa, o CmtET ocupa uma posição de tiro abrigada, que lhe permita controlar sua ET e lançar as granadas
com o M-203 sobre todo o setor de tiro de sua fração. Posições principal e suplementar são preparadas aproveitando
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ao máximo as cobertas e abrigos que o terreno a ser ocupado para o cumprimento da missão puder oferecer. Cuidados
especiais devem ser tomados para garantir que os campos de tiro sejam desobstruídos, de forma a evitar a detonação
prematura dos projetis do M-203. A medida que o inimigo se aproxima da posição defensiva, ele vai sendo submetido
a um volume cada vez mais intenso de fogos. Inicialmente, o CmtET só deve utilizar o fuzil, reservando o lançamento
de granadas com o M-203 para quando o inimigo estiver bem próximo das posições amigas. Nessa oportunidade,
disparará contra as armas automáticas e tropa inimiga que se encontrem em posições desenfiadas para os fuzis. Isto
fará com que essas bases de fogos inimigas silenciem e suas tropas abandonem as posições cobertas para serem
engajadas pelas armas automáticas das ET.
a) ET
Normalmente, cada CmtET determinará a formação para sua própria fração.
Conseqüentemente, um GC pode conter uma variedade de formações de combate de ET, em um dado
momento, e ter essas formações modificadas freqüentemente.
A posição relativa de uma ET dentro da formação do GC deve ser tal que uma não mascare o tiro das outras.
Não é importante que distâncias e intervalos precisos sejam mantidos entre as ET e os indivíduos, contanto que o
controle não seja perdido. Contato por sinais ou a viva voz serão mantidos dentro da ET e entre os comandantes destas
frações e o CmtGC. Todo movimento ligado a mudanças de formação é realizado pelo itinerário mais curto e fácil. As
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características das formações de combate da ET são similares àquelas correspondentes do GC. Essas características
II) Triângulo
- permite um bom controle;
- provê segurança em todas as direções;
- proporciona bastante flexibilidade; e
- facilita a execução do tiro em qualquer direção.
É usada quando não existem dados exatos sobre a situação do inimigo, e o terreno e a visibilidade favorecem
a dispersão.
III) Linha
- proporciona o máximo poder de fogo para a frente; e
- dificulta o controle.
Nessa formação, dependendo da situação, o Atirador poderá ocupar uma posição no dispositivo à direita ou à
esquerda.
É usada quando a posição e o efetivo do inimigo são conhecidos, durante a execução do assalto e a limpeza
do objetivo, e
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É usada para proteger um flanco exposto.
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I) GC em coluna
As ET são dispostas em sucessão, uma atrás da outra.
- vulnerável aos fogos partidos da frente;
- facilita o controle e o deslocamento;
- proporciona excelente velocidade de deslocamento; e
- favorece um controle mais eficientemente, quando isto é desejado.
É especialmente apropriada para o deslocamento através de itinerários de aproximação cobertos e estreitos,
para manobrar através dos espaços entre duas áreas sob fogo de artilharia inimiga, para o movimento através de áreas
com limitadas condições de observação ou sob condições de visibilidade reduzida.
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É usada, também, nas operações noturnas.
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III) GC em “V”
- facilita a mudança de formação para o GC em linha;
- provê excelente poder de fogo para frente e para os flancos; e
- provê segurança a toda volta.
É usada quando o inimigo se encontra à frente, e sua correta localização e efetivo são conhecidos. Pode ser
empregada para cruzar extensas áreas descobertas.
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V) GC escalonado
As considerações sobre essa formação são as mesmas da formação escalonada da ET
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6.10.1 - Apito
É um excelente instrumento de sinalização para os comandantes de pequenas frações. Ele provê um meio
rápido de transmitir uma mensagem para um grupo grande de indivíduos. Entretanto, os sinais precisam ser
previamente convencionados e corretamente compreendidos por todos para evitar interpretações equivocadas. Além
disso, sempre existe o perigo de um sinal de apito de uma fração adjacente causar confusão, bem como o barulho do
campo de batalha reduzir sua eficiência.
6.10.3 - Gestos
ET
Coluna
Pelotão
Em frente
Acelerado
Eu não entendi
Alto
Atenção
Diminuir
Dispersar
velocidade
Abrigar-se
Cessar fogo
a
mim
à
Em V
Linha
Última
Triângulo
atiradores
Escalonado
Os gestos que se seguem são utilizados na manobra de pequenas frações:
direita/esquerda
forma
direita/esquerda ou
GC
Linha
pronto.”
Congelar
de Substituir
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Reunir
Inimigo
à
rápida:
direção
vista Mudança
executado
lentamente.
rapidamente.
cadência de tiro”
Cadência lenta:
sinal
Obs: Cadência
ou “diminuir a
de
ou “aumentar”
“Abrir fogo”
sinal executado
ou esquerda
Distância 200 m Flanco à direita
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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 7
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OPERAÇÕES SOB CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE REDUZIDA
7.4 - TIPOS DE ATAQUE NOTURNO
Os ataques noturnos são classificados em: iluminados, não iluminados, apoiados e não apoiados.
7.4.1 - Ataques iluminados
São aqueles iluminados artificialmente. Dentre os meios que fornecem iluminação artificial, incluem-se os
projetores, as granadas e foguetes iluminativos e os artefatos lançados de aeronaves.
Como vantagens deste tipo de ataque noturno, destacam-se:
- as de possibilitar a conquista de objetivos profundos, bem como o
- apoio eficaz de blindados;
- permitir maior velocidade ao escalão de ataque, na realização das tarefas de engenharia e na ultrapassagem de
obstáculos;
- maior facilidade de coordenação e controle; e
- o aumento da eficácia dos fogos.
Normalmente, a iluminação é utilizada em ataques contra posições fortemente defendidas, uma vez que são
pequenas as probabilidades de obtenção da surpresa.
Como desvantagens, cita-se que diminui a probabilidade de obtenção de surpresa, exige artefatos especiais, expõe o
atacante aos fogos do inimigo e facilita a movimentação das suas reservas.
Outros fatores devem ser também considerados quando da realização deste tipo de ataque noturno, como por
exemplo: a utilização de artefatos especiais providos de pára-quedas, ao serem lançados sobre a retaguarda inimiga,
com a finalidade de delinear seu dispositivo, podem ser conduzidos pelo vento para o lado do atacante,
proporcionando vantagem para o inimigo; e o uso de iluminação artificial em uma determinada área pode prejudicar
operações não iluminadas em áreas adjacentes.
7.4.2 - Ataques não iluminados
Nos dias atuais, o ataque noturno não iluminado passou a ser realizado com o auxílio dos equipamentos de
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visão noturna, que minimizam as restrições de visibilidade a noite. Tais meios, além de contribuírem para o sigilo e
- a surpresa e a ação de choque são sempre grandes para o defensor e podem provocar pânico em suas defesas;
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- o objetivo deverá ser facilmente identificável e pequeno para poder ser conquistado em um único assalto; e
- devido às dificuldades para a reorganização, normalmente não se atribui mais de um objetivo em um ataque.
caso, serão estabelecidos e balizados PPsg tantos quantos forem as frações a transpor a LP em coluna.
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7.7- PREPARAÇÃO PARA O ATAQUE NOTURNO
As atividades de preparação realizadas na ZReu pelo Grupo de Combate (GC) são semelhantes as de um
ataque diurno, devendo o comandante (Cmt) do GC ter uma preocupação especial com a segurança.
São preparativos para a realização do ataque noturno:
a) - ensaios conduzidos, tanto durante o dia como durante a noite, com formações, sinais e demais ações
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7.8.3 - Assalto
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O GC prossegue o seu movimento na direção do Obj até que o ataque seja descoberto ou até que seja encontrada
resistência inimiga, ocasião em que se desencadeará o assalto.
Todo esforço deverá ser feito para manter o GC em linha e evitar que se formem grupos separados. É muito importante
lançar um grande volume de fogos durante o assalto, pois é necessário que se estabeleça e mantenha uma
superioridade de fogos.
O assalto deve ser conduzido com agressividade. A partir da LPD e após a quebra do sigilo, utilização de artifícios
iluminativos é liberada, de modo a auxiliar a orientação do pessoal e a ajustagem dos tiros. É necessário um controle
rigoroso pelos comandantes, para que a tropa mantenha
CAPITULO 8
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PATRULHAS
8.1 - GENERALIDADES
Uma patrulha é um destacamento de forças terrestres despachado na direção do inimigo por uma unidade
maior, com a finalidade de obter dados sobre o inimigo e/ou terreno, prover segurança, causar destruição ou
inquietação, resgatar ou capturar de pessoal e/ou equipamento.
Dependendo do seu tipo, da missão a ser cumprida e da distância em que irá atuar da unidade que a enviou,
a patrulha pode ter um efetivo de no mínimo quatro elementos.
As ações das patrulhas dependem da engenhosidade de quem as emprega, do grau de instrução, do nível de
adestramento e da agressividade de seus componentes.
8.1.1 - Definição
Patrulha é uma organização por tarefas constituída por militares de uma ou mais frações, com a finalidade de
cumprir tarefas de reconhecimento, de combate ou uma combinação de ambas.
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Atuam por um período de tempo superior a 72 horas, na área de ação ou de Interesse da Unidade que as
lançou, recebendo desta apenas apoio de fogo aéreo.
8.2 - ORGANIZAÇÃO
O comandante da patrulha a organiza com base nas tarefas a serem cumpridas. Basicamente uma patrulha
se constitui de escalões e estes, de um ou mais grupos, os quais poderão ter uma ou mais equipes.
Os escalões podem ser divididos em:
- Escalão de Comando – É comum a todos os tipos de patrulha, sendo normalmente constituído pelo
comandante da patrulha, seu subcomandante, rádio operador, guia, intérprete, mateiro, ou qualquer outro elemento
especializado. Recebe tarefas associadas ao controle da patrulha.
- Escalão de Segurança - comum a todos os tipos de patrulha. É responsável pela segurança da patrulha
durante os deslocamentos, por ocasião dos estacionamentos e na área do objetivo. Na ação do objetivo, é responsável
por impedir a saída das forças inimigas e a entrada de seus reforços. O número dos grupos de segurança é uma unidade
a mais que o das vias de acesso.
- Escalão de Assalto - Sua ativação só se justifica em patrulhas de combate sendo, portanto, o escalão
característico deste tipo de patrulha. Recebe tarefas de destruição ou de engajar fisicamente o inimigo devendo dispor
de forte poder de fogo para lhe proporcionar superioridade durante o assalto, quando são necessárias ações rápidas
e violentas.
- Escalão de Reconhecimento - Recebendo tarefas específicas de reconhecimento, este escalão só é ativado
neste tipo de patrulhas.
- Escalão de Apoio de Fogo - Sua ativação só se justifica em patrulhas de combate. Provê o apoio de fogo
orgânico à patrulha. Pode ser um grupo do escalão de assalto, desde que o apoio de fogo seja pequeno e o comandante
do escalão de assalto controle as armas de apoio. Quando o emprego das armas deste escalão não puder ser
controlado diretamente pelo seu comandante, serão organizados dois ou mais grupos de apoio de fogo. Isto ocorrerá
quando houver grande quantidade de armas de apoio de fogo ou quando estas ocuparem posições muito afastadas.
8.3 - FUNÇÕES INDIVIDUAIS EM UMA PATRULHA
São oito as funções individuais básicas de uma patrulha, a saber: comandante, subcomandante, homem-
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ponta, homem-carta, homem-passo, homem-bússola, rádio-operador e gerente. Toda patrulha deve possuir entre
h) Gerente
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Suas atribuições se restringem à fase dos preparativos: receber, conferir e distribuir os equipamentos,
armamentos e munição necessários. Após essa fase inicial, o gerente será empregado normalmente na patrulha com
outra tarefa qualquer.
8.3.2 - Outras funções
a) Desenhista/Fotógrafo
Confecciona croquis e fotografa os alvos do reconhecimento, bem como tudo o que for julgado importante
durante o movimento.
b) Enfermeiro
É o responsável por prestar os primeiros socorros às baixas e evacuar os feridos. Deve conduzir quantidade
extra de suprimentos de saúde.
c) 2o Rádio Operador
Conduz e opera um segundo ou terceiro equipamento rádio, quando mais de uma rede tiver que ser
guarnecida.
d) 2o Homem Passo
Executa a mesma tarefa do homem passo. Quando empregado, será realizada a média da contagem de passos
de ambos. Uma patrulha deve possuir preferencialmente dois homens-passo.
e) Anotador
Relaciona os fatos ocorridos e as atividades desenvolvidas durante a patrulha, tais como: partida, cruzamento
das linhas amigas, regiões perigosas, presença inimiga, dados obtidos na área do objetivo, etc. Auxilia o Comandante
no relatório final.
8.4 - PREPARATIVOS
do inimigo, ações a desencadear, o emprego do poder de fogo, terreno, visibilidade, condições meteorológicas. As
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formações mais comuns são: coluna, linha, “v” e cunha.
8.5.2 - Técnicas de movimento
São procedimentos utilizados pelos patrulheiros para se deslocarem com o devido sigilo e a devida velocidade
associados ao necessária segurança, indispensáveis ao cumprimento da missão. Tais técnicas são adotadas de acordo
com a situação, com a possibilidade de contato com o inimigo, segundo as condições de visibilidade e as limitações do
terreno. São classificadas em: movimento contínuo, movimento contínuo em dois escalões e movimento por lances,
podendo este ser classificado em movimento por lances alternados ou por lances sucessivos.
8.5.3 - Medidas de controle de movimento
Consistem no planejamento na carta, para reconhecimento e posterior confirmação ou não no terreno, de locais
destinados à reunião e reorganização da patrulha. Tais locais, denominados pontos de reunião, são escolhidos no
interior das linhas amigas, ao longo do itinerário e nas proximidades do objetivo, exigindo a observância de
determinados requisitos para sua escolha, procedimentos específicos para sua assunção e com ações a serem
desencadeadas durante sua ocupação.
8.5.6 - Navegação
O comandante patrulha é o responsável pela navegação, entretanto, normalmente, essa tarefa é atribuída ao
homem carta. Devem ser designados pelo menos dois homens passo, os quais devem estar separados na formação,
de modo a não se influenciarem mutuamente. O comandante da patrulha considera, então, a média das distâncias
fornecidas por ambos.
O itinerário deve ser dividido em pernadas e cada pernada deve iniciar em um ponto facilmente identificável
no terreno. Os homens passo iniciam a contagem dos passos no início de cada pernada. Isto facilita a contagem da
distância e proporciona ao comandante da patrulha a verificação periódica de seu deslocamento.
Deve haver também um homem-bússola, principalmente para ambiente de selva, ou deslocamento noturno.
O Homem Carta deverá confeccionar um quadro de navegação, onde irá inserir pontos de controle, preferencialmente
visíveis no terreno.
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8.5.7 - Segurança
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A segurança impõe à patrulha dispersão no terreno, utilização de cobertas e abrigos, disciplina de luzes e sons,
manutenção do contato entre os patrulheiros adjacentes na formação. Numa patrulha, a segurança (individual e
coletiva) deverá ser preservada em todas as ocasiões, em todas as direções (vanguarda, retaguarda e flancos).
a) Conduta na Patrulha
Os patrulheiros atuam no mínimo em dupla. Quando em deslocamento, cada patrulheiro deverá ter atenção
à sua silhueta, especialmente em terreno elevado, aproveitar ao máximo as cobertas e abrigos disponíveis, manter
um passo regular, evitar, sempre que possível, áreas perigosas, lanços longos e corridas, locais com suspeita ou
confirmação de presença inimiga, bem como áreas construídas. Em patrulhas noturnas, os patrulheiros devem ser
mantidos próximos uns aos outros.
O silêncio no deslocamento torna-se mais importante ainda, já que a noite o campo de batalha é,
comparativamente com o dia, mais silencioso, e os sons projetam-se a uma distância maior. A velocidade de
deslocamento é menor que nas patrulhas diurnas, e o controle sobre os elementos da patrulha precisa ser aumentado.
Durante os altos, os seguintes princípios de segurança devem ser observados:
I) todo alto deve ser realizado em áreas que proporcionem boas cobertas e abrigos;
II) devem ser evitados os movimentos desnecessários durante os altos;
III) o perímetro deve ser automaticamente reajustado, se a segurança a toda volta não estiver adequada; e
IV) as armas automáticas deverão ser posicionadas preferencialmente de forma a cobrir os acessos mais
favoráveis ao local.
b) Alto de Segurança
É ordenado para que a ponta possa observar rapidamente algo à frente, ou para uma verificação rápida da
navegação. Cada elemento procura cobertas e abrigos, ajoelha-se e, sem retirar equipamento e nem desfazer a
formação, mantém a segurança em seu setor de responsabilidade.
c) Alto Guardado
É o alto que o comandante ordena ocasionalmente à patrulha, para que seja observada uma determinada
atividade inimiga ou executadas outras atividades que não possam ser realizadas em movimento, tais como:
reconhecimento de área perigosa; confirmação da navegação; estabelecimento de comunicação rádio; ou, ainda,
permitir a alimentação.
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Ao ser determinado um alto guardado de pequena duração, os componentes da patrulha procuram um local
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a) Contato com o inimigo
Uma patrulha pode estabelecer contato com o inimigo de forma inesperada. Quando a patrulha observa o
inimigo, mas não é detectada, o seu comandante pode decidir por engajar ou evitar o engajamento, baseando sua
decisão na missão da patrulha e na capacidade de obter sucesso no engajamento. Quando a missão de uma patrulha
não comportar o engajamento, as suas ações serão de natureza defensiva. O engajamento, se inevitável, é rompido o
mais rápido possível e a patrulha, se ainda for capaz, prossegue para o cumprimento de sua missão.
Quando a missão recomendar que a patrulha explore oportunidades de contato (como no caso de uma patrulha
de combate), as suas ações serão de natureza ofensiva, bem como decisivas e imediatas. Sob fogo eficaz do inimigo,
o comandante da patrulha possui muito pouco ou nenhum tempo para avaliar a situação adequadamente e disseminar
ordens. Nessas situações, as técnicas de ação imediata propiciam uma rápida reação de natureza ofensiva ou
defensiva, conforme for o caso.
b) Técnicas de ação imediata (TAI)
As TAI têm por finalidade proporcionar uma rápida e eficaz reação, no caso de contato visual ou físico com o
inimigo. Elas consistem em uma seqüência de ações com as quais todos os combatentes devem estar bem
familiarizados e treinados, para que, com um mínimo de comandos e/ou gestos, a patrulha, como um todo, inicie sua
execução. São três os princípios que norteiam as TAI: simplicidade, velocidade e agressividade.
8.6-PATRULHAS DE RECONHECIMENTO
8.6.1 - Generalidades
As patrulhas de reconhecimento são um dos meios mais confiáveis para se obter informações precisas e
oportunas sobre o terreno e o inimigo em auxílio à tomada de decisão. As patrulhas de reconhecimento só engajam o
inimigo quando necessário ao cumprimento de sua missão ou por auto-proteção. Geralmente evitam o combate e
cumprem sua missão com a máxima discrição. Uma patrulha de reconhecimento é capaz de conduzir uma busca de
conhecimentos em uma área ocupada por forças inimigas, normalmente além da visão dos postos de observação (PO).
8.7 - PATRULHAS DE COMBATE
8.7.1 - Generalidades
As patrulhas de combate normalmente precisam engajar efetivamente o inimigo. Entretanto, não
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c) Utilização de mensageiros
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Se a mensagem for de grande importância e a patrulha estiver em território inimigo, dois mensageiros, cada
uma tomando um itinerário diferente, são enviados para aumentar a possibilidade da mensagem chegar ao
destinatário. Aos mensageiros são fornecidas instruções detalhadas sobre aonde a mensagem deve ser entregue e
qual o itinerário a ser seguido. Qualquer informação que o mensageiro obtiver ao longo do itinerário deve ser
transmitida quando a mensagem for entregue. Se estiver em risco de ser capturado, o mensageiro destroe a
mensagem imediatamente.
d) Utilização do rádio e de outros meios
Se a patrulha for provida de rádio, devem ser definidos horários para chamadas antes da patrulha partir. O
comandante da patrulha toma todas as precauções para assegurar-se que freqüências, códigos e cópias de mensagens
não serão capturados pelo inimigo. No caso de um reconhecimento próximo às linhas inimigas, o rádio deve ser
deixado em uma posição coberta, a uma distância segura do inimigo. Quando um relatório for transmitido pelo rádio,
a patrulha deve deixar o local imediatamente para não permitir tempo hábil para reação por parte do inimigo, o qual
poderá empregar seus dispositivos de localização rádiogoniométrica. Pirotécnicos (fachos, foguetes, fumígenos, etc.)
e painéis de sinalização terra-avião podem, também, ser utilizados pela patrulha para reportar informações simples e
concisas.
e) Modelo de relatório
As informações devem ser reportadas da forma mais rápida, precisa e completa possível. Um método
estabelecido para lembrar como e o que reportar sobre o inimigo é a utilização das letras da palavra TALUDE:
Tamanho, Atividade, Localização, Unidade, Data-hora, e Equipamento
Um exemplo desse relatório é: sete militares inimigos, deslocando-se para sudeste, atravessaram o
cruzamento de estradas em CÓRREGO NEGRO, unidade desconhecida, em 211300 agosto, portando uma
metralhadora e uma munição AT-4.
8.8.3 - Documentos capturados
Toda patrulha deve estar adestrada em revistar baixas inimigas, prisioneiros e instalações para encontrar
equipamentos, papéis, cartas, mensagens, ordens, diários e códigos, após verificar cuidadosamente se não estão
armadilhados. Esse material é coletado pelo comandante da patrulha e entregue junto com o seu relatório. Os itens
encontrados são marcados com o local e a data-hora de captura. Quando possível, os itens capturados devem ser
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CAPÍTULO 9
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MARCHAS E ESTACIONAMENTOS
9.1 - GENERALIDADES
As unidades em combate devem muitas vezes cumprir suas tarefas em locais distantes.
Portanto, o seu deslocamento far-se-á por meio de marcha, que poderá ser a pé ou motorizada.
A marcha para ser eficaz deve chegar ao seu destino no tempo previsto e em condições de cumprir a missão recebida.
Com essa finalidade, deve-se observar: cuidadosa preparação; espírito de corpo; escolha correta dos itinerários;
disciplina de marcha; moral; e vigor físico dos executantes.
Os seguintes termos e expressões são empregados nas marchas:
- Balizador, Balizamento – elemento ou sinal colocado em um ponto crítico, que visa indicar uma direção, um
procedimento ou um obstáculo;
- Coluna de marcha – é a tropa que se desloca pelo mesmo itinerário, realizando o mesmo tipo de marcha, sob um
comando único;
- Coluna dupla ou desdobramento de coluna – são colunas que se deslocam lado a lado, na mesma direção, em um
mesmo caminho, trilha ou estrada. A coluna de marcha pode, ao chegar em determinada posição, desdobrar-se em
coluna dupla;
- Controlador – elemento que colocado em determinados pontos críticos do itinerário (cruzamentos, passagens de
nível, etc.), visa evitar acidentes e facilitar o movimento;
- Densidade de trânsito - número de viaturas, em formação de marcha, por unidade de comprimento de estrada (1 Km);
- Densidade mínima - número de viaturas, em formação de marcha, por unidade de comprimento de estrada (1 Km),
compatível com o tempo disponível para a realização do movimento;
- Distância – é intervalo de espaço entre dois homens, duas frações, unidades, viaturas, etc. Quando se trata de
frações, a distância é medida entre a cauda da fração da frente à testa da que se lhe segue. Chama-se também distância
o espaço a percorrer por uma coluna;
- Escoamento - tempo necessário para a coluna ou elemento desta passar por um ponto determinado;
- Grupamento de marcha – São duas ou mais unidades de marcha colocadas sob um comando único e às quais se
aplicam as mesmas instruções ou ordens
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A velocidade de marcha é a distância, em quilômetros, que uma tropa percorre em uma hora, incluindo o alto.
Em geral, nas marchas a pé, são consideradas, para fim de planejamento, as seguintes velocidades médias:
3. - receber o armamento;
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Caso venha a fazer bolhas nos pés, proceder como mostrado na figura a seguir.
O movimento em coluna aberta possibilita um melhor ajuste entre as necessidades de escoamento de um trânsito
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mais intenso com o deslocamento do comboio.
c) Infiltração
Neste caso as viaturas são despachadas isoladamente ou em pequenos grupos numa estrada devidamente balizada.
Este tipo de formação proporciona a melhor proteção passiva contra a observação e o ataque inimigo. Porém, a
duração do escoamento da coluna é maior que em qualquer outro tipo de formação.
9.4 - ESTACIONAMENTOS
9.4.1 - Tipos de estacionamento
A tropa, depois de empregada num combate ou após a realização de um deslocamento, necessita de repouso para se
recuperar fisicamente, alimentar-se melhor, reparar o material, etc. A tropa pode estacionar de três maneiras
diferentes: bivacada, acampada e acantonada.
a) Bivaque
Uma tropa está bivacada quando estacionada sob árvores, abrigos naturais ou improvisados, sem o emprego de
barracas.
b) Acampamento
Uma tropa está acampada quando estacionada no campo em barracas de campanha.
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CAPÍTULO 10
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APOIO DE FOGO
10.1 - GENERALIDADES
O apoio de fogo (ApF) é essencial para destruir a capacidade e a vontade de lutar do inimigo. Sua utilização facilita a
manobra, suprimindo ou neutralizando os fogos inimigos e desorganizando o movimento de suas tropas. Também
pode ser empregado independentemente da manobra, com vistas a destruir, retardar ou desorganizar tropas inimigas
ainda não empregadas.
Os comandantes de todos os escalões devem estar habilitados a empregar o armamento orgânico e os fogos de apoio
disponíveis, de forma coordenada e integrados à idéia de manobra, assegurando a adequada aplicação do poder de
combate.
Os Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) dispõem, normalmente, dos seguintes meios de ApF:
morteiros de 81mm e 120mm, canhões e mísseis navais, obuses de 105 e 155mm e aeronaves de ataque com bombas,
foguetes, mísseis, canhões e metralhadoras.
b) Limitações
I) Hidrografia
Nem sempre as condições hidrográficas permitem a necessária aproximação dos navios até a costa e por isso, muitas
vezes são obrigados a ocupar posições desfavoráveis.
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Determinar com precisão a posição do navio é uma tarefa indispensável para a realização de um tiro perfeito, o que
faz com que seja dependente muitas vezes do uso de equipamentos especiais para esta definição de posição.
III) Condições de tempo e visibilidade
O mau tempo e a visibilidade reduzida podem tornar difícil a determinação da posição do navio e reduzir as
oportunidades de localização de alvos e condução do tiro.
IV) Linha Canhão-Alvo Variável
Quando o fogo estiver sendo realizado com o navio em movimento, a linha canhão-alvo pode variar em relação à linha
de frente em terra, podendo tornar-se necessário, para maior segurança da tropa, impor certas restrições à execução
de algumas das tarefas de apoio de fogo.
V) Dispersão em alcance
A trajetória tensa dos canhões navais gera um retângulo de dispersão peculiar, longo em alcance e estreito em direção,
o que pode por em perigo às tropas amigas, exigindo mudança de posição do navio para garantir a segurança dessas
tropas.
VI) Trajetória tensa
A trajetória tensa do canhão naval restringe seu emprego para muitos alvos, particularmente aqueles localizados em
contra-encostas.
VII) Capacidade de Armazenamento de Munição
A capacidade dos paióis de munição dos navios de apoio de fogo é limitada.
VIII) Comunicações
O único meio de comunicação que pode ser usado para realizar o controle do apoio de fogo, ou seja, o rádio, é
susceptível à falhas em decorrência de interferência externa e de condições atmosféricas adversas.
I) Velocidade e manobrabilidade
b) Limitações
I) Condições meteorológicas e de visibilidade
Certas condições meteorológicas e de visibilidade podem impedir o apoio ou limitar sua precisão.
II) Raio de ação
A capacidade de combustível das aeronaves de apoio limitam o período de tempo em que podem permanecer sobre
o alvo.
III) Capacidade de munição
Cada aeronave possui uma quantidade limitada de munição e por isso cada aeronave deve retornar à sua base após
esgotar a sua munição.
IV) Comunicações
Há uma grande dependência de comunicações eficientes de modo a propiciar a correta identificação do alvo e sua
vetoração pelo controlador aéreo avançado.
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A artilharia do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) é constituída de forma a prover apoio de fogo cerrado e contínuo à
Força de Desembarque (ForDbq).
a) Possibilidades
I) Transferir fogos
A artilharia possui rapidez nas ações devido à sua capacidade de prover uma rápida concentração de fogos sobre alvos
em grandes áreas, sem necessidade de deslocamento do material.
II) Emassar fogos
A artilharia é capaz de concentrar fogos em um alvo ou em uma série de alvos em apoio às operações das forças.
III) Surpresa
A artilharia pode desencadear fogos sem ajustagem para intensificar o efeito de choque e surpresa.
IV) Fogos sobre alvos desenfiados
A trajetória dos tiros de artilharia possibilita o ataque contra alvos desenfiados ou, estando desenfiada, possibilita
atacar alvos a curtas ou longas distâncias.
V) Apoio contínuo
A artilharia é capaz de, mesmo durante as mudanças de posição, estar sempre em condições de prestar apoio de fogo
aos elementos de manobra.
VI) Fogos precisos sob quaisquer condições de tempo e visibilidade
Os atuais armamentos da artilharia permitem que se atire, com precisão, em quaisquer condições de tempo e
visibilidade, sendo limitados apenas pela dificuldade de observação, o que pode ocorrer quando da busca de alvos por
meios visuais.
VII) Mobilidade
A artilharia é capaz de se deslocar rapidamente para novas posições, a fim de prestar apoio de fogo contínuo e cerrado.
b) Limitações
I) Apoio inicial
A principal limitação da artilharia de campanha é a impossibilidade de apoiar a fase inicial do AssAnf.
II) Deslocamentos
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As unidades de artilharia têm reduzida a sua eficiência durante os deslocamentos, quando fica prejudicada a sua
CAPÍTULO 14
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DEFESA CONTRA AGENTES QUÍMICOS
14.1 - GENERALIDADES
Na 1a Guerra Mundial (1914-1918), gases causadores de baixas foram amplamente utilizados pelos dois grupos de
nações beligerantes. A Liga das Nações (organização antecessora às Nações Unidas) patrocinou um movimento de
proscrição desses agentes em combate, daí resultando a proibição da Guerra Química pela Conferência de Genebra
de 1925 e a proibição da Guerra Biológica pela Convenção de Saúde de Genebra de 1927. Alguns países, entretanto,
como os Estados Unidos, Japão, Brasil e Rússia nunca ratificaram esses dois tratados.
Na 2a Guerra Mundial, entretanto, agentes químicos ainda mais perigosos não foram utilizados por qualquer dos
beligerantes, provavelmente devido à possibilidade de represália de mesma intensidade por parte do inimigo.
Mais recentemente, há notícias de que tenha havido, na Guerra do Vietnam, emprego, pelos norte-americanos, de
agentes químicos desfolhantes, incendiários e causadores de baixa.
Na guerra entre Irã e Iraque, veiculou-se a informação de que o Iraque teria utilizado, em larga escala, agentes
químicos contra as forças iranianas.
Durante a Guerra do Golfo, embora os informes não sejam confirmados, há suspeitas de que o Iraque teria feito uso
de armas químicas e biológicas contra tropas da ONU e localidades de Israel.
Os exemplos citados permitem concluir que os agentes químicos são eficientes, fáceis de produzir e capazes de matar
ou incapacitar o inimigo em poucos segundos. Portanto, o convencimento do combatente quanto à defesa contra a
ação desses agentes e um adestramento eficaz são absolutamente necessários para sobreviver e combater com
eficiência.
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14.4.4 - Classificação fisiológica
É baseada nos diferentes efeitos produzidos pelos agentes químicos sobre o organismo humano:
a) Sufocantes
Afetam o aparelho respiratório, provocando a irritação e inflamação das vias respiratórias superiores, dos pulmões e
brônquios, produzindo edema pulmonar intenso e, em conseqüência, a morte por asfixia;
b) Vesicantes
Agem sobre a pele, produzindo queimaduras com a formação de bolhas e a destruição dos tecidos subjacentes. Afetam
os olhos e os aparelhos respiratório e digestivo, quando inalados ou ingeridos, produzindo os mesmos efeitos de
destruição dos tecidos;
c) Tóxicos do sangue
Afetam diversas funções vitais em razão da ação que exercem sobre os elementos do sangue. Após absorvidos pelo
organismo, por inalação, ingestão ou através da pele, a morte ocorre em cerca de 15 minutos;
e) Psicoquímicos
Agem sobre as funções psíquicas do homem, acarretando a descoordenação muscular, perda de equilíbrio, da visão e
perturbações mentais diversas. Seus efeitos podem durar até vários dias.
O Anexo G apresenta os principais agentes químicos, suas diversas classificações, medidas de proteção, sintomas que
provocam e os primeirossocorros às vítimas desses agentes.
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a) Inquietantes
Os que, produzindo efeitos leves e temporários, porém desagradáveis, diminuem a capacidade combativa do atacado
e obrigam ao uso da máscara.
b) Fumígenos
Subdivididos em dois subgrupos: cobertura e sinalização.
c) Incendiários
Os que são empregados para destruir pelo fogo, instalação e material, ou atacar pessoal.
d) Lacrimogêneos
Afetam diretamente os olhos, provocando irritação, dor e lacrimejamento intenso. Seus efeitos são temporários,
raramente passando de meia hora.
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e) Vomitivos
Atuam principalmente sobre o sistema digestivo, provocando a irritação da garganta, náuseas e vômitos, seguidos de
debilidade física e mental. Seus efeitos duram, no máximo, 3 horas.
14.6 - DESCONTAMINAÇÃO
Ato ou processo de remover, destruir ou neutralizar agentes químicos de modo a desfazer ou minimizar a situação
existente, decorrente de contaminação química. Todo combatente deve estar familiarizado com os tipos de agentes
de descontaminação: os naturais, os descontaminantes padrão e outros, bem como com os procedimentos do pessoal
designado para a descontaminação.
CAPÍTULO 15
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COMUNICAÇÕES
15.1 - SISTEMA DE COMUNICAÇÕES DA MARINHA
O Sistema de Comunicações da Marinha constitui-se no conjunto de meios materiais, recursos humanos e
procedimentos operacionais, estruturados na forma necessária ao exercício das atividades de Comunicações na
Marinha do Brasil (MB). Ele compreende todos os meios de comunicações sob o controle da MB e dele fazem parte
todas as organizações militares (OM) da Marinha.
15.2 - MEIOS DE COMUNICAÇÕES
A eficiência de qualquer sistema de comunicações é diretamente influenciada por seus utilizadores. Para que
se tire o maior proveito dos meios disponíveis, é essencial que o pessoal esteja perfeitamente familiarizado com as
possibilidades desses meios, do mesmo modo que com as regras que norteiam o seu uso.
Os meios de comunicações são classificados em: ótico, acústico, elétrico e postal.
15.2.1 - Meio ótico
Emprega a luz na transmissão de mensagens. Possui alcance limitado e quando utilizado reduz a probabilidade
de interceptação não desejada. São exemplos de canais do meio ótico, as bandeiras, os painéis, a semáfora, os
artefatos pirotécnicos e os dispositivos fumígenos.
15.2.2 - Meio acústico
Emprega o som para transmissão de mensagens. É usado segundo códigos pré-estabelecidos, tais como
alarmes com sirenes, tiros, cornetas e apitos. O megafone e o fonoclama são canais amplamente empregados nas OM.
15.2.3 - Meio elétrico
Emprega as ondas eletromagnéticas na transmissão de mensagens. Os canais mais empregados são o
rádiotelefone e o telefone. O equipamento rádio é largamente usado em todos os escalões de tropa de Fuzileiros
Navais, proporcionando comunicações rápidas e flexíveis. Contudo, o rádio é o canal de comunicação menos seguro,
por utilizar o princípio da transmissão por ondas eletromagnéticas.
O telefone é o canal de comunicações mais utilizado. Em uma situação estacionária ou quando a unidade
assume uma posição defensiva, é o principal meio de comunicação.
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Por outro lado, as seguintes práticas são recomendadas para obtenção do melhor rendimento:
- verificar se a rede está livre, antes de iniciar a transmissão;
- falar claro e pausadamente, dando a mesma entonação a todas as palavras;
- pronunciar as frases em ritmo normal de conversação e não palavra por palavra;
- manter-se calmo, não falar de maneira monótona, irritante ou demonstrar ansiedade; e
- pensar no que vai falar antes de iniciar a transmissão.
Quando se torna necessária a identificação pelo som, de qualquer letra ou algarismo, a fim de serem evitadas
confusões com pronúncias semelhantes, deve-se transmiti-las de acordo com a convenção do alfabeto fonético.
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LETRA ESCRITA/FALADA COMO PRONUNCIAR
A ALFA álfa
B BRAVO brávo
C CHARLIE tchárlie
D DELTA délta
E ECHO éco
F FOXTROT foxtrót
G GOLF gôlf
H HOTEL rôtel
I INDIA índia
J JULIETT djiuliét
K KILO kilo
L LIMA lima
M MIKE máike
N NOVEMBER november
O OSCAR óscar
P PAPA pápa
Q QUEBEC quebéc
R ROMEO rômeo
S SIERRA siérra
T TANGO tângo
U UNIFORME iúniform
V VICTOR víctor
W WHISKEY uíski
X XRAY éksirei
Y YANKEE iânki
Z ZULU zúlu
15.7.2 – Algarismos
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CIENTE Sua última mensagem foi recebida.
CORREÇÃO Houve um erro na transmissão desta mensagem. Continuarei com a última palavra correta.
CORRETO O texto transmitido por este posto está correto.
No preâmbulo da mensagem completa, data e hora da mensagem expressos em seis
DATA-HORA
algarismos e o sufixo do fuso horário.
Verificar ou repetir a parte da mensagem após o grupo que se segue (precedido de
DEPOIS DE
VERIFICAR ou REPETIR)
DEVAGAR O ritmo de sua transmissão está excessivo. Fale mais devagar.
Nas intruções de transmissão: Repita toda mensagem exatamente como recebeu. Nas
DEVOLVA
intruções finais: repita a parte da mensagem indicada.
Estou devolvendo a mensagem, ou parte indicada como recebi.
DEVOLVENDO
É SÓ Encerrei esta transmissão e não aguardo recibo ou resposta.
EMERGÊNCIA Mensagem de emergência.
Recebi sua última mensagem, entendi-a e posso cumpri-la (usado somente pelo
ENTENDIDO
destinatário).
Sua última transmissão está incorreta.
ERRADO
A versão correta é ......
EXCETUAR As estações indicadas após esta expressão são excluídas desta chamada geral.
EXERCÍCIO No preâmbulo da mensagem, significa que a mensagem é de exercício.
FALE DEVAGAR Sua transmissão está muito rápida. Reduza a velocidade de sua transmissão.
GRUPOS O número de grupo do texto é o que se segue.
HORA No fecho das mensagens abreviadas usada no lugar da expressão DATA-HORA.
INFORMAÇÃO O destinatário que se segue é apenas de informação.
IMEDIATA Mensagem imediata.
INSTANTÂNEA Mensagem instantânea.
MAIS TRÁFEGO A estação que está transmitindo tem mais tráfego para a estação recebedora.
MENSAGEM Uma mensagem que necessita ser registrada vai seguir.
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A estação chamada não deve acusar recebimento (quando esta expressão é empregada, a
CAPÍTULO 16
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APOIO LOGÍSTICO
16.1 - GENERALIDADES
Para que uma operação anfíbia (OpAnf) se realize com sucesso, é fundamental que as atividades logísticas se
desenvolvam integradas e coordenadas com as ações táticas. Foi na prática da guerra que a logística buscou seus
ensinamentos. Das lições tiradas e das experiências vividas, com seus erros e acertos, decorreram as normas e
princípios que a constituem. O presente capítulo visa apresentar os aspectos básicos da logística de interesse do
combatente anfíbio quando integrando um GptOpFuzNav. O CGCFN-33 - Manual para Instrução de Apoio Logístico aos
Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais aborda o assunto com mais profundidade.
16.2 - CONCEITOS
16.2.2 - Apoio de Serviço ao Combate (ApSvCmb )
É conceituado como o apoio proporcionado por parcela de uma Força de Desembarque (ForDbq) ou GptOpFuzNav ao
conjunto da força ou grupamento, por meio da aplicação das funções logísticas essenciais à sua manutenção em
combate. É pois, um caso especial da logística militar, cabendo a ele prover o apoio sob as condições de combate,
influenciando, assim, diretamente o cumprimento da missão dessas forças ou grupamentos.
O DP é uma organização por tarefas nucleada em torno da CiaApDbq, ou de suas frações, capaz de operar, dependendo
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da situação tática e das condições do terreno, duas AApP e uma AApZDbq ou três AApP.
O ElmASC é uma organização por tarefas nucleada pela CiaAbst ou pela CiaMnt do BtlLogFuzNav. Cada ElmASC é capaz
de operar uma AApSvCmb. O estabelecimento de uma ou duas AApSvCmb será ditado pelas condições do terreno
e/ou situação tática, sendo, então, determinado o número de ElmASC de acordo com o número de AApSvCmb.
Outros elementos com tarefas específicas poderão ser incluídos na organização do GASC como, por exemplo, a CiaPol
e, em casos especiais, unidades ou subunidades de combate, com a tarefa de prover segurança às instalações de
ApSvCmb.
b) AApL
São aquelas áreas estabelecidas em terra, destinadas a concentrar suprimentos, equipamentos, instalações e pessoal
necessários ao ApSvCmb proporcionado a um GptOpFuzNav.
Dependendo das circunstâncias e da natureza da operação realizada, podem ser de quatro tipos:
- Área de Apoio de Praia (AApP);
- Área de Apoio de Zona de Desembarque (AApZDbq);
- Área de Apoio de Serviços ao Combate (AApSvCmb); e
- Instalação Logística Sumária (ILS).
I) AApP
Área junto a uma praia de desembarque (PDbq), organizada e operada inicialmente pelo DP, contendo as facilidades
para o desembarque de tropas e de material, e para o apoio às forças em terra, bem como para a evacuação de baixas,
de PG e de material capturado.
II) AApZDbq
É aquela estabelecida para apoiar os elementos de assalto desembarcados por helicópteros.
III) AApSvCmb
Área em terra onde se encontram os suprimentos, equipamentos, instalações e pessoal necessários ao ApSvCmb da
ForDbq no decorrer da operação. Em OpAnf, normalmente, é organizada e desenvolvida a partir de uma AApP,
podendo incluir ou ser justaposta a mesma. É estabelecida também, para prover o apoio às demais operações
terrestres de caráter naval.
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IV) ILS
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Conjunto de recursos para o ApSvCmb organizados em bases mínimas, nos escalões companhia e batalhão, de forma
a garantir um apoio contínuo e cerrado, e preservar a mobilidade.
c) Ensaio
No que diz respeito ao ApSvCmb, antes do embarque são realizados ensaios específicos para se comprovar a
exeqüibilidade do plano logístico, familiarizar as unidades com as instruções nele contidas e aferir o seu grau de
prontificação para o combate.
Uma vez embarcada a ForDbq, o tempo disponível e grau de surpresa que se deseja alcançar limitarão as possibilidades
de realização de ensaios suficientemente completos, que permitam o desenvolvimento do apoio logístico na
profundidade adequada.
d) Travessia
Durante esta fase são reduzidas as responsabilidades logísticas da ForDbq. A execução das atividades de apoio se
descentraliza pelos navios e as necessidades porventura existentes são atendidas pelos Pelotões dos Navios. Ainda
nesta fase, é feita a preparação final para o assalto, quando ocorre a distribuição dos itens de suprimentos da Carga
Prescrita Individual (CPI) à tropa, o embarque de itens críticos de suprimentos nas VtrAnf que se constituirão em
Depósitos Flutuantes e a ativação das agências de controle do movimento navio-para-terra (MNT), para verificação
das condições de prontificação.
e) Assalto
Para fins do apoio logístico, o assalto é dividido em duas etapas: durante o MNT e após o MNT. Durante o MNT ocorrem
as Descargas Inicial e Geral. Na Descarga Inicial, o apoio logístico tem caráter eminentemente tático, devendo atender
prontamente as necessidades do escalão de assalto da ForDbq. As principais fontes de apoio logístico durante os
momentos iniciais do MNT, quando o apoio é prestado de forma seletiva, são as seguintes: cargas prescritas,
suprimentos emergenciais (depósitos flutuantes e suprimentos helitransportados) e os navios.
O apoio logístico durante a Descarga Geral caracterizar-se por ser principalmente quantitativo e por atender a ForDbq
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como um todo. Ela se inicia quando já há em terra tropas de ApSvCmb e uma quantidade balanceada de itens das
diversas classes de suprimentos capazes de manter a impulsão do ataque. O apoio logístico após o MNT é caracterizado
pelo estabelecimento de toda a estrutura de ApSvCmb da ForDbq em terra e a centralização do apoio a partir das
instalações e organizações que integram essa estrutura.
a) Suprimentos de assalto
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Compreende os suprimentos da Carga Prescrita e os Suprimentos da Força de Desembarque (SupForDbq).
I) Carga Prescrita
Representa as quantidades, por tipo de suprimentos, que um comandante, a seu critério, prescreve para o apoio inicial
de suas unidade ou subunidades subordinadas, normalmente expressas em Dias de Suprimento, e que depende, entre
outros fatores, da capacidade de transporte dos indivíduos ou dos meios de transporte disponíveis.
A quantidade transportada por cada combatente é denominada Carga Prescrita Individual (CPI), enquanto que a
carregada nos meios de transporte disponíveis é denominada Carga Prescrita da Unidade (CPU).
No caso dos suprimentos da Classe V, a Carga Prescrita pode ser expressa, dependendo da arma ou do meio, em:
- dotação básica mais ou menos um determinado número de tiros;
- dias de munição; e
- número de granadas e mísseis.
II) SupForDbq
São aqueles mantidos sob o controle direto do ComForDbq e transportados nos navios do comboio de assalto, com
vistas a permitir o estabelecimento dos níveis de estoque da força até a chegada do reabastecimento no Comboio de
Acompanhamento.
b) Suprimentos de reabastecimento
São aqueles transportados para a Área do Objetivo Anfíbio (AOA) nos Comboios de Acompanhamento ou por
transportes aéreos, para manter um nível de estoque que permita a ForDbq concluir a operação.
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NAVAIS
FUZILEIROS
PELOTÃO DE
4 - MANUAL DO
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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!
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MANUAL DO PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS
CAPÍTULO 1
ORGANIZAÇÃO DO PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS
0101 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS
O Pelotão de Fuzileiros Navais (PelFuzNav) faz parte da organização de uma Companhia de Fuzileiros Navais
(CiaFuzNav), como sua peça de manobra. Ver CGCFN-3101-MANUAL PARA INSTRUÇÃO DA COMPANHIA DE
FUZILEIROS NAVAIS.
É constituído pelo Comando do Pelotão (CmdoPel) e por três Grupos de Combate (GC), estes organizados, cada qual,
em três Esquadras de Tiro (ET). Ver figura 1-1.
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d) Mensageiros (3) - SD-FN
São encarregados de manter a ligação entre o CmtPelFuzNav e os comandantes de GC.
b) três ET.
b) Atirador - CB-FN-IF
É o responsável pela manutenção, funcionamento, regime de fogo e eficiência do fuzil-metralhador;
c) Municiador - SD-FN
Responsável pelo fornecimento de munição ao fuzil-metralhador e pela segurança do Atirador, quando este
se encontra em posição de tiro, agindo em benefício da arma automática; e
d) Volteador - SD-FN
Responsável pela segurança da ET, fazendo esclarecimentos e agindo em benefício da ET, particularmente do
Atirador que porta o fuzil-metralhador.
CAPÍTULO 2
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FORMAÇÕES DE COMBATE E SEUS EMPREGOS
0201 - GENERALIDADES
Quando um comandante de fração recebe uma tarefa que envolve um movimento, ele deve decidir que
formação usar. Os fatores que influenciam sua decisão são:
a) a missão;
b) a situação do inimigo (possibilidade de contato);
c) o terreno;
d) as condições meteorológicas e de visibilidade (facilidade de controle);
e) o tempo disponível para o cumprimento da missão;
f) a velocidade desejada para o deslocamento; e
g) o grau de flexibilidade desejado durante o movimento.
b) Em linha
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É a formação de assalto básica. Proporciona os meios para lançamento do máximo volume de fogo à frente,
mas muito pouco aos flancos. É a melhor formação para o cruzamento de áreas expostas aos tiros inimigos. É a
formação mais difícil de ser controlada e de manobrar. Ver figura 2-2.
c) Em triângulo
Usada quando a situação do inimigo não está definida, quando o PelFuzNav se encontra em terreno fechado,
ou quando a frente da fração é estreita. Esta formação proporciona um grande volume de fogos à frente e aos flancos.
Favorece a manobra e o controle, provê flexibilidade para enfrentar mudanças na situação tática e possibilita que um
ou dois GC possam ser conservados como reserva. Ver figura 2-3.
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e) Escalonado
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Com os GC escalonados à direita ou à esquerda, podendo ser empregada para proteger um flanco exposto,
permitindo que o máximo poder de fogo possa ser rapidamente desencadeado na direção desse flanco. Ver figura 2-5.
As formações dos GC são as mesmas do PelFuzNav, levando-se em conta as mesmas considerações quanto
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d) em "V" (figura 2-9); e
2) Atirador
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Encontra-se, habitualmente, no interior das formações da ET. Normalmente, seu lugar é entre o CmtET e o
Municiador, de onde pode desencadear rapidamente tiros eficazes sobre o inimigo, de acordo com as ordens do
primeiro, e receber auxílio e proteção por parte do Municiador.
3) Municiador
Coloca-se em uma posição ao lado do Atirador, de modo a poder, eficientemente, supri-lo de munição e
prestar auxílio no emprego de sua arma.
Substitui o Atirador, caso este se torne baixa. Coordena sua posição e seu deslocamento pelo Atirador, provendo-lhe
segurança.
4) Volteador
Coloca-se no local mais vulnerável da formação da ET. Se a ET estiver avançando em direção ao inimigo, ele
deverá estar na posição mais à frente; se a ET estiver se retirando, ele deverá estar à retaguarda; se a ET estiver com
um flanco exposto, ele deverá ser colocado naquele flanco.
b) Formações
1) em Coluna (figura 2-11);
2) em Triângulo (figura 2-12);
3) em Linha de Atiradores
Será “à direita” ou “à esquerda” em função, respectivamente, do posicionamento do Atirador: se no centro à direita
ou se no centro à esquerda. (figura 2-13); e
4) Escalonada (figura 2-14).
c) Comando por gestos
Ver CGCFN-1003 - LIVRO BÁSICO DO FUZILEIRO NAVAL.
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CAPÍTULO 4
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ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA NO PELFUZNAV
0401 - GENERALIDADES
a) Condições Atmosféricas
O PelFuzNav, normalmente, recebe da CiaFuzNav os informes referentes às condições atmosféricas. Incluem informes
relativos à temperatura, nebulosidade, visibilidade, ventos e chuvas, que permitem ao CmtPelFuzNav avaliar os efeitos
desses fenômenos nas operações táticas planejadas.
b) Condições de Luminosidade
O Oficial de Inteligência (S-2) do BtlInfFuzNav pode prover informes referentes às fases da lua e aos horários para o
nascer e pôr do sol e da lua. Esses informes podem afetar as operações táticas e são valiosos para se estabelecer os
horários de ataque, deslocamentos e patrulhas.
c) Características
Geográficas Os aspectos militares do terreno e da hidrografia são as maiores preocupações na estimativa de situação
do CmtPelFuzNav (ver Anexo E) e são importantes requisitos de inteligência no planejamento e condução de operações
táticas. A análise dessas características deve abranger não apenas o modo como afetam a missão do PelFuzNav, mas
também a maneira pela qual influenciam na capacidade do inimigo.
d) Inimigo
Informes confiáveis referentes ao inimigo, particularmente seu valor, localização, dispositivo e atividades, influenciam
o planejamento operacional. Dentre os de interesse particular do PelFuzNav, destacam-se os referentes a posições
inimigas e localização de suas armas automáticas, morteiros, carros de combate, armamento anticarro, campos
minados e obstáculos.
b) Plano de Busca
No nível PelFuzNav, o maior problema encontrado na busca de dados é o limitado tempo disponível entre o
recebimento da ordem e a sua execução. Para compensar isto, os CmtPelFuzNav continuamente dão ênfase à
importância da transmissão dos dados obtidos e ficam atentos à capacidade de todos os seus meios disponíveis de
obtê-los.
1) INIMIGO
É a fonte de muitos dados. A quantidade de dados relativos à atividade inimiga é limitada pelos elementos disponíveis
capazes de detectá-los e observá-los e pela sua habilidade em dissimular suas ações.
O PelFuzNav não é órgão de avaliação, análise ou interpretação de dados, devendo limitar-se à busca de dados ou a
coleta de conhecimentos. Portanto, é fundamental que proceda, no menor tempo possível, à evacuação dos
prisioneiros de guerra, do material e da documentação capturados ao inimigos.
(a) PRISIONEIROS DE GUERRA
Uma das fontes mais valiosas de dados referentes ao inimigo. O interrogatório de prisioneiros de guerra deve ser
conduzido por interrogadores treinados. Quando a situação tática impede a rápida evacuação de prisioneiros, um
interrogatório rápido (se for o caso, utilizando intérpretes locais) pode ser conduzido, buscando informes de valor
tático imediato. O CmtPelFuzNav deve ter certeza de que todo o seu pessoal compreende e aplica as técnicas de
conduta com prisioneiros de guerra. Ver Anexo B - CONDUTA COM PRISIONEIROS DE GUERRA.
(b) MATERIAL E DOCUMENTAÇÃO INIMIGOS
O material capturado é parte importante do esforço de busca. Em muitas situações, a designação da fração inimiga é
muito valiosa para complementar o exame da situação, caso a localização e a hora precisa da captura sejam
conhecidos. Os documentos recebem a mesma etiqueta que é utilizada nos prisioneiros de guerra, que, como os
mortos inimigos, são boas fontes de dados. O material inimigo capturado, apesar de poder não apresentar valor tático
imediato, pode vir a ser uma fonte de conhecimentos valiosa.
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(c) BOMBARDEIO INIMIGO
A observação de fogos inimigos de artilharia e/ou morteiros e a análise de crateras resultantes são fontes de dados
freqüentemente disponíveis às frações. Ver Anexo C - Formatação para a transmissão de dados.
2) CARTAS E FOTOGRAFIAS
São de valor para todos os comandantes de fração, como fontes de dados relativos a aspectos geográficos da área de
operação. O planejamento inclui o uso de cartas com escalas especiais ou maiores do que o normal, ampliação de
escalas disponíveis ou fotografias de determinados objetivos.
3) ESCALÕES SUPERIORES
Podem ser capazes de ajudar a responder aos CN. Os pedidos devem ser tão específicos quanto possível.
c) Agências de Busca
1) O PelFuzNav
Desempenha um papel vital em combate. Estando em contato aproximado com o inimigo, obtém dados consideráveis
sobre o valor, localização e armamento do inimigo; a trafegabilidade do terreno; a situação de pontes e instalações
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(a) PATRULHAS
Muito usadas para busca de dados, é importante que lhes sejam cuidadosamente esclarecidos os CN. O valor da
patrulha está diretamente relacionado com a habilidade em reportar o que foi observado.
O PelFuzNav é, por excelência, o elemento tático destinado a formar e lançar patrulhas, que podem ser, basicamente,
de dois tipos:
- de reconhecimento; e
- de combate.
0403 - CONTRA-INTELIGÊNCIA
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a) Medidas de Contra-Inteligência
A ênfase da contra-inteligência está em negar informes ao inimigo e em neutralizar seus esforços para obter informes
referentes a forças amigas.
a. todo o pessoal deve ser instruído quanto ao comportamento em caso de captura, para assegurar que nenhum
conhecimento de valor caia em mãos inimigas, por meio de interrogatório;
b. cartas, papéis pessoais, fotografias e outros dados que possam prover algo de valor ao inimigo devem ser
coletados antes de uma ação tática. Especiais precauções devem ser tomadas, para garantir que o pessoal em
deslocamento para fora de linhas amigas não tenha material desta natureza sob sua posse;
c. camuflagem e disciplina de luzes e ruídos deverão ser enfatizadas, e as cobertas e abrigos disponíveis
utilizadas, quando a fração estiver exposta a possível observação inimiga; deverá ser observado o
posicionamento no terreno das Linhas de Escurecimento, para que se possa cumprir rigorosamente a disciplina
de luzes estabelecida (ver Anexo D - ABRIGOS, COBERTAS e CAMUFLAGEM);
e. as áreas de bivaque, as zonas de reunião, as bases de patrulha, as áreas de apoio de fogos etc. devem ser
fiscalizadas para garantir que não serão deixados para trás cartas, mensagens ou outros materiais que possam
ter valor para a Inteligência inimiga;
f. instruções específicas devem ser emitidas, para a salvaguarda de equipamentos e informes militares,
incluindo-se a destruição em emergência de documentos e equipamentos de valor para o inimigo, quando a
captura é iminente;
g. todo o pessoal deve receber instruções quanto ao procedimento fonia, para evitar que sejam revelados
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CAPÍTULO 6
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MARCHA PARA O COMBATE
0601 - GENERALIDADES
Em combate, para se estabelecer o contato com o inimigo, é necessário que se realize um movimento em sua direção,
que se chama Marcha para o Combate.
0602 - VANGUARDA
A Vanguarda é de natureza ofensiva e deve detectar o inimigo antes do contato.
O PelFuzNav poderá marchar na Vanguarda, recebendo atribuições na PONTA DE VANGUARDA (Fig 6-1) ou no
ESCALÃO DE RECONHECIMENTO (Fig 6-2), dependendo do vulto da Coluna Tática. No escalão BtlInfFuzNav, a
Vanguarda é normalmente composta por uma CiaFuzNav. Ver figura 6-2.
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a) Tarefas
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1) assegurar a progressão rápida e ininterrupta do grosso;
2) propiciar ao grosso tempo e espaço necessários ao seu desdobramento; e
3) proteger o grosso contra a ação do inimigo terrestre à frente.
b) Ponta de Vanguarda
1) Desloca-se ao longo do eixo de avanço. Sua tarefa principal é impedir que um inimigo situado nas vizinhanças
imediatas do eixo ou do itinerário possa abrir fogos de surpresa contra a Coluna. Ela deve se esforçar para impedir
qualquer retardo indevido da Coluna. Para realizar a sua tarefa, a Ponta investiga quaisquer posições favoráveis a
emboscadas situadas no itinerário, tais como passagens ou travessias de cursos d’água, entroncamentos de estradas,
pequenas aldeias e desfiladeiros. Para executar essas investigações e evitar retardar indevidamente a coluna, a Ponta
deve ser agressiva e conduzir seu reconhecimento rapidamente.
2) A Ponta precede o Escalão de Reconhecimento de uma distância determinada pelo comandante da Vanguarda. Essa
distância, usualmente, varia entre 50 e 300 metros, dependendo da proximidade do inimigo, do terreno sobre o qual
a unidade se encontra avançando e da visibilidade.
3) Sempre que possível, o GC que estiver sendo utilizado como Ponta emprega a formação em TRIÂNGULO para
garantir proteção a toda volta e para facilitar o desenvolvimento, quando necessário. As Esquadras de Tiro (ET)
pertencentes à Ponta adotam uma formação em TRIÂNGULO ou em COLUNA. Quando o GC estiver avançando em
Triângulo, a ET da testa se deslocará sobre as extremidades da estrada ou caminho; as demais ET, fora dela, uma de
cada lado. Quando a estrada ou caminho for ladeada por vegetação densa, ou quando a rapidez do movimento for
exigida, a formação da Ponta será em Coluna. As ET também poderão se encontrar numa formação em Coluna e
avançar em lados alternados da estrada. Em qualquer caso, a formação da Ponta é determinada pelo comandante do
GC e é responsabilidade dele modificá-la quando houver necessidade.
4) O comandante do GC na Ponta geralmente se desloca imediatamente à retaguarda da ET da testa, pois dessa
posição pode controlar mais eficientemente seu grupo. Assim, posta-se suficientemente à retaguarda para evitar ser
fixado ao terreno pelos fogos iniciais inimigos e, ao mesmo tempo, à frente, para poder executar um reconhecimento
contínuo que o possibilite fazer seu exame da situação e tomar uma decisão sem perda de tempo.
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5) A Ponta engaja todos os elementos inimigos que se encontram dentro do alcance eficaz de suas armas, inclusive
0603 - FLANCOGUARDA
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a) A missão da Flancoguarda é proteger os flancos da coluna contra a observação terrestre e os ataques de surpresa
do inimigo partindo dos flancos, a fim de proporcionar o tempo necessário para o desenvolvimento do Grosso, para
fazer face à ameaça dos flancos, ou permitir sua passagem ininterrupta. Esta missão é de natureza defensiva.
b) A Flancoguarda emprega patrulhas à frente, nos flancos e à retaguarda, para sua própria proteção, e dá os
oportunos alarmes, referentes à presença de forças inimigas.
c) Sem que se leve em conta o efetivo da coluna, o GC e a ET são muito empregados. Podem receber ordens para se
deslocar e ocupar um acidente importante do terreno situado no flanco ou simplesmente se deslocar paralelamente
à coluna, a uma determinada distância que dependerá da velocidade da coluna e das condições do terreno.
d) Quando se deslocando a pé, paralelamente à coluna, adota formações que permitam aproveitar melhor o terreno.
e) Desloca-se de modo a impedir que o inimigo possa disparar tiros eficazes de suas armas portáteis sobre a coluna.
Investiga as áreas possíveis de ocultarem elementos hostis e os locais situados próximos ou em seu itinerário de
deslocamento que possam oferecer boa observação ao inimigo.
f) A presença de elementos hostis é comunicada por meio de gestos ou por mensageiros. A observação de patrulhas
inimigas que se encontrem afastadas do Grosso é comunicada, devendo-se evitar o engajamento. Todas as demais
forças inimigas que se encontrarem dentro do alcance eficaz devem ser imediatamente engajadas pela Flancoguarda.
Se o inimigo abrir fogo sobre a Flancoguarda ou sobre a Coluna, aquela estima seu efetivo e dispositivo e informa
imediatamente ao comandante da Coluna. Enquanto isso, deve resistir a qualquer ataque inimigo, até receber ordem
de se retirar.
g) O comandante da Coluna mantém o contato com a Flancoguarda. Este contato poderá ser visual ou através de
homens ou Grupos de Ligação.
0604 - RETAGUARDA
a) A tarefa da Retaguarda é proteger o Grosso de ataques provenientes da retaguarda.
b) Sempre que possível, a Retaguarda deve ser motorizada, para que disponha de uma velocidade igual ou superior à
do Grosso. Atua de maneira semelhante à Flancoguarda e é preparada para executar destruições e construir
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d) O GC, quando destacado para essa função, é informado pelo CmtPelFuzNav da situação, da posição do posto a ser
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ocupado, a quem e onde qualquer comunicação sobre o inimigo deverá ser enviada e da duração prevista para o alto.
e) Após chegar ao local determinado e executar um rápido reconhecimento, o comandante do GC coloca em posição
suas ET, de modo a que possam observar e defender todas as vias de acesso que se dirigem para seu setor de
responsabilidade. Deve ser assegurada uma observação constante, destacando-se os observadores aos pares e
providenciando-se uma rendição freqüente.
b) Os GC ou as ET aproveitam os abrigos e cobertas existentes ao longo de seu itinerário, como dobras do terreno,
macegas, ravinas, contra-encostas, bosques e outros acidentes similares. A fim de aproveitar todos os abrigos e
cobertas disponíveis, o comandante de GC pode fazer pequenos desvios do itinerário de avanço que lhe foi
determinado. Se tiver que cruzar áreas expostas que não ofereçam abrigos ou cobertas, o comandante de GC
usualmente ordenará que uma ET de cada vez atravesse essa área e siga para um local determinado, onde o GC irá se
reunir para prosseguir o avanço. Quando atravessando em um único movimento, a ET emprega a formação em linha
de atiradores à direita (esquerda) e avança em acelerado. Se a área estiver sendo batida por fogos de artilharia, as ET
podem receber ordem de atravessá-la por infiltração individual. Nesse método, o comandante da ET ordena que cada
elemento se desloque rapidamente, através da área exposta, para um ponto preestabelecido onde a ET irá se reunir
novamente.
c) Conduta Após assumir uma formação de Marcha de Aproximação, o CmtPelFuzNav também prescreve as formações
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iniciais aos comandantes de GC, permitindo-lhes a mudança à medida que se avança e que o terreno, a frente atribuída
1) Objetivos Intermediários
Na Marcha de Aproximação, o PelFuzNav tem por tarefa ocupar a parte que lhe compete do objetivo de marcha da
CiaFuzNav. Quando este não pode ser mostrado no terreno ao elemento esclarecedor do PelFuzNav, ou quando o
CmtPelFuzNav planeja deslocar o grosso de sua fração por lances para um ou mais dos acidentes ao longo do terreno,
são escolhidos objetivos intermediários para a fração.
Características - devem se encontrar dentro do alcance das armas orgânicas do PelFuzNav. Cada objetivo é uma área
onde o grosso da fração irá fazer um alto, enquanto o CmtPelFuzNav retoma o controle, faz um breve reconhecimento
à frente e formula seu plano para o deslocamento para o objetivo seguinte.
3) Posição do CmtPelFuzNav
Varia de acordo com a situação e a possibilidade de observação, devendo ser escolhida de forma a permitir a
observação e o controle dos elementos esclarecedores, mas não demasiadamente próxima deles a ponto de haver o
risco de o CmtPelFuzNav ser atingido ou detido por tiros dirigidos a eles. Essa posição também deve permitir ao
CmtPelFuzNav manter contato com o grosso da fração e manobrá-la eficazmente.
(a) estudam constantemente o terreno à frente, para escolherem os melhores itinerários e para controlarem e
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regularem o movimento de seus GC;
(b) diminuem as distâncias e intervalos entre os homens, quando as condições de visibilidade se tornam reduzidas;
(c) conservam as direções de avanço que lhes foram determinadas; e (d) são responsáveis pela segurança de seus GC
contra quaisquer ações inimigas.
5) Zona de Reconhecimento
Um PelFuzNav que se encontra na Vanguarda Desdobrada normalmente recebe uma Zona de Reconhecimento de 300
metros de largura para ser completamente investigada, a fim de cobrir o avanço das unidades maiores que vêm à sua
retaguarda. Para cumprir essa missão, o CmtPelFuzNav envia à frente uma ou mais ET como esclarecedoras. Ele
coordena o movimento dessas ET com o restante do PelFuzNav, de modo a proteger o grosso contra os fogos de armas
portáteis que possam ser desencadeados de pontos situados dentro de 400 a 500 metros, ou, em terreno coberto, de
pontos situados dentro do limite da observação inimiga. Esse movimento pode ser controlado por três métodos
diferentes, dependendo da iminência do contato com o inimigo e da natureza do terreno:
Enquanto o PelFuzNav está se deslocando para um objetivo, os esclarecedores se encontram a caminho do objetivo
6) ET Esclarecedora
(a) A ET Esclarecedora opera sob o controle do PelFuzNav. O comandante do GC que forneceu a ET esclarecedora
marcha próximo ao CmtPelFuzNav, para estar em condições de auxiliá-lo nesse controle.
(b) A ET Esclarecedora se desloca agressivamente, cobrindo a frente do PelFuzNav que avança, para forçar qualquer
inimigo a revelar sua posição. Geralmente, adota uma formação em triângulo ou em linha de atiradores à direita
(esquerda). Normalmente será atribuída uma frente de 50 a 150 metros, a cada ET, para ser reconhecida. O
comandante da ET olha constantemente à retaguarda, para observar quaisquer gestos executados pelo CmtPelFuzNav.
A ET aproveita todos os abrigos e cobertas disponíveis, sem retardar o avanço. Sua distância à frente do PelFuzNav é
governada pelas ordens do comandante deste e varia com o terreno e a provável posição do inimigo. Num momento,
poderá se encontrar, por exemplo, a 300 metros do PelFuzNav, e em outro, a 20 metros. Durante todo o tempo, o
deslocamento da ET Esclarecedora é protegido por elementos do PelFuzNav ou, se este se encontrar mascarado, por
dois membros da própria ET, que cobrem o movimento dos outros dois.
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Quando o PelFuzNav se desloca com um flanco exposto, procura estabelecer a segurança do mesmo pelo emprego de
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uma patrulha. Uma ET do GC mais próximo ao flanco é, geralmente, apropriada para esse fim. A segurança da
retaguarda do PelFuzNav que se encontra na Vanguarda Desdobrada de uma Marcha de Aproximação normalmente
é conseguida pela vigilância exercida pelos elementos da retaguarda da formação da fração, sob a direção do SG Guia.
e) GC Base
Quando o PelFuzNav se encontra avançando numa formação de Marcha de Aproximação, seu comandante, muitas
vezes, designa um dos GC como Base, para auxiliá-lo a manter a direção e a velocidade de marcha. O CmtPelFuzNav
indica ao comandante do GC Base a direção de avanço apontando um itinerário, atribuindo um azimute ou designando
um acidente do terreno em direção ao qual deverá se deslocar. Indica também, por gestos ou ordens, quando o GC
deve avançar, mantendo a direção e a posição apropriadas, dentro da formação do PelFuzNav. Quando o GC Base
receber ordem de alto, ou quando tiver alcançado o objetivo que lhe foi determinado, pára e aguarda ordens. Guiados
pelo GC Base, os demais GC também fazem alto.
0607 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE
a) Eixo de Progressão
b) Itinerário de Marcha
c) Hora
É a do início do movimento. Normalmente é fixada pelo escalão superior.
d) Local de Partida
e) Linha de Controle
f) Região de Destino
g) Objetivos de Marcha
h) Zona de Reunião
1) Segurança
(a) Contra ataques terrestres
Quando a possibilidade de ação terrestre do inimigo for remota ou quando outras forças amigas proporcionarem
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CAPÍTULO 7
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ATAQUE COORDENADO
0701 - FASES DO ATAQUE
Após estabelecido o contato com o inimigo ou ocupada uma Zona de Reunião (ZReu), são iniciadas as ações que
permitem o desenvolvimento do Ataque Coordenado. Esta operação ofensiva se divide em três fases: Preparação,
Execução e Continuação. Para o PelFuzNav, a primeira fase tem inicio com a chegada à ZReu e o recebimento da Ordem
de Ataque da CiaFuzNav, e termina com o cruzamento da Linha de Partida (LP), o que marca o início da segunda fase.
Após a conquista do objetivo, mas antes de consolidar sua posse, termina a segunda e tem início a terceira e última
fase.
0702 - FASE DA PREPARAÇÃO
Ao atingir a Zreu, o PelFuzNav ocupa o setor atribuído pelo CmtCiaFuzNav, de onde contribui para a segurança do
BtlInfFuzNav, enquanto são ultimados alguns detalhes administrativos. Durante o planejamento do ataque pelos
escalões superiores, parte da fração poderá receber tarefas de reconhecimento. Os comandantes de GC verificam o
estado físico dos homens, levantam as necessidades de suprimentos e reportam-se ao Auxiliar do PelFuzNav. Os
equipamentos não necessários ao ataque são aliviados.
a) Ordem de Ataque do CmtCiaFuzNav
Enquanto o PelFuzNav se prepara para o ataque, na ZReu, seu comandante, acompanhado pelo Auxiliar e dois
mensageiros, entra em contato com o CmtCiaFuzNav, a fim de receber a Ordem de Ataque da Subunidade (SU). O Guia
fiscaliza os preparativos do PelFuzNav. Se for impraticável a ocupação da ZReu e o combate for de encontro, a ordem
de ataque da CiaFuzNav poderá ser fornecida durante o contato com o inimigo. Nesse caso, o CmtPelFuzNav deixará
o grosso do Comando da fração numa zona abrigada situada a curta distância do Posto de Comando (PC) da CiaFuzNav,
e seguirá para este acompanhado apenas por um mensageiro, a fim de reduzir o efetivo do grupo. O CmtCiaFuzNav
determinará se a fração, inicialmente, ficará no escalão de ataque ou em reserva. No primeiro caso, o PelFuzNav
receberá uma parte da Linha de Partida ou da região de onde partirá para o ataque, uma direção e um ou vários
objetivos a conquistar. A Zona de Ação do PelFuzNav poderá ter uma frente de 100 a 250 metros, mas ele poderá não
receber limites, caso em que deverá aproveitar itinerários cobertos nas Zonas de Ação dos PelFuzNav vizinhos, ligando-
se previamente com os respectivos comandantes destes. A hora do ataque normalmente consta da Ordem de Ataque
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b) Normas de Comando
Após receber as ordens do CmtCiaFuzNav, as ações do CmtPelFuzNav seguem uma seqüência lógica denominada
Normas de Comando. Ele emprega essas normas como um meio de economizar tempo e de se lembrar de tudo o que
tem a fazer. São eles:
1) PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO
O CmtPelFuzNav faz um estudo na carta e planeja seu reconhecimento e se liga com os comandantes dos outros
PelFuzNav, antes que eles se afastem do local de recebimento da ordem. O plano deve incluir o estabelecimento de
ligação com os comandantes dos elementos em contato com o inimigo a serem ultrapassados por sua fração. Valiosos
informes sobre o efetivo e a localização do inimigo poderão ser obtidos desses comandantes.
3) RECONHECIMENTO
O CmtPelFuzNav executa um reconhecimento pessoal, durante o qual faz uma análise continuada da situação e do
terreno, incluindo o estudo topotático, isto é, interpretando e avaliando os aspectos militares do terreno, tanto para
o inimigo como para si:
- Observação e Campos de Tiro;
- Cobertas e Abrigos;
- Obstáculos;
- Acidentes Capitais; e
- Vias de Acesso.
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4) EXAME DA SITUAÇÃO
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(a) Missão
Análise das missões da CiaFuzNav e do PelFuzNav, relacionando-as com o terreno.
(b) Situação
Em seguida, o CmtPelFuzNav analisa as condições meteorológicas e o terreno e compara as situações inimiga e amiga.
Analisa, ainda, o poder de combate e os dados disponíveis sobre o inimigo em sua faixa de progressão.
(c) Levantamento da possibilidades do inimigo (PI), visualização das Linhas de Ação (LA) e confronto PI x LA
O CmtPelFuzNav levanta as PI, isto é, as ações que o inimigo pode adotar para comprometer sua missão. Depois,
estuda cuidadosamente as LA capazes de assegurar o cumprimento da missão, levando em conta o terreno até o
objetivo principal. A seguir, confronta as suas LA com as PI, isto é, verifica como cada uma de suas LA reage à ação de
cada uma das PI levantadas.
(e) Decisão
Levando em consideração os fatores de decisão - MISSÃO, INIMIGO, TERRENO, MEIOS e TEMPO DISPONÍVEL - o
CmtPelFuzNav decide qual o processo de ataque a ser utilizado. Esta DECISÃO é um desenvolvimento da LA
selecionada, isto é, aquela que melhor assegure o cumprimento da missão do PelFuzNav. Sua redação deverá
responder às perguntas "QUEM?" (este Pelotão), "O QUE?" (atacará), "QUANDO?", "COMO?", "POR ONDE?" (vias de
acesso do PelFuzNav e dos GC) e "POR QUE?". A decisão deverá ser transcrita no início do parágrafo 3. EXECUÇÃO da
Ordem de Ataque do PelFuzNav.
5) ORDEM DE ATAQUE
Quando o CmtPelFuzNav regressa de seu reconhecimento, encontra seus comandantes de GC no PO da fração, e lá os
orienta, mostra os acidentes importantes do terreno e fornece-lhes a Ordem de Ataque em cinco parágrafos. Na maior
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6) SUPERVISÃO
O CmtPelFuzNav supervisiona os preparativos para o ataque, após dar sua ordem.
c) Ordem de Ataque do Pelotão
1) ESQUEMA DE MANOBRA
É o plano para a disposição e movimento das frações orgânicas e de eventuais frações em reforço, para o cumprimento
da missão.
- A única manobra tática que o PelFuzNav tem condições de realizar é o Ataque Frontal; todavia, pode participar das
demais manobras. Ver capítulo 6 do CGCFN- 1201-MANUAL PARA INSTRUÇÃO DE FUNDAMENTOS DAS OPERAÇÕES
TERRESTRES DE FUZILEIROS NAVAIS.
O Ataque Frontal engaja as principais posições da defesa inimiga, mantendo igual intensidade no ataque, quando a
intenção é desalojar o inimigo à frente. Visa a sobrepujar e destruir uma força inimiga muito mais fraca (Ver figura 7-
1). Pode consistir, também, no engajamento das principais posições de defesa, pelo fogo e à distância, com a intenção
de fixar o inimigo, empregando uma base de fogos, em apoio ao Ataque Principal (Ver figura 7-2). A expressão Ataque
Frontal não significa que se deva atacar o inimigo pela frente, mas sim que se está atacando o primeiro escalão inimigo
e não suas forças de retaguarda. Deve-se procurar atacar de uma posição favorável, que incida no "ombro" ou na
retaguarda de suas posições.
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- Os seguintes aspectos são abordados:
(a) Missão
Ver EXAME DA SITUAÇÃO das Normas de Comando.
d) Ações do comandantes de GC
1) Reconhecimento
Após receber a Ordem de Ataque do CmtPelFuzNav, os comandantes de GC devem, quando possível, reconhecer o
terreno. Durante esse reconhecimento, devem formular um plano para emprego de suas ET, a fim de cumprirem as
tarefas que lhes foram atribuídas. Se o tempo ou a situação não permitir executar o reconhecimento, este deverá ser
feito durante a tomada do dispositivo.
2) Ordem de Ataque
Os comandantes de GC transmitem sua ordem aos comandantes de ET antes do cruzamento da LP.
A transmissão poderá ser feita individualmente, se estiver havendo engajamento com o inimigo, ou coletivamente.
Geralmente será fragmentária, devido ao pouco tempo disponível. Contudo, sempre que possível, deverá ser
fornecida uma ordem completa. Independentemente disto, os comandantes de GC precedem a transmissão da ordem
de um giro do horizonte, apontando a direção de ataque e os acidentes do terreno que serão mencionados naquela.
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a) Execução do Ataque
1) Da ZReu para a Linha de Partida (LP)
O PelFuzNav se desloca em coluna, realizando um movimento contínuo, até a Posição de Ataque (PAtq); até a LP,
adota um dispositivo parcialmente desenvolvido ou o próprio dispositivo de ataque, dependendo do terreno, da
observação e dos fogos inimigos. Esta última parte do movimento deve ser regulada de maneira que os primeiros
elementos do PelFuzNav transponham a LP, sem parar, à hora marcada. O atraso na transposição da LP pode causar a
perda do aproveitamento máximo dos fogos de apoio e pode expor os flancos dos elementos vizinhos. O movimento
da PAtq pode ser protegido por uma preparação de artilharia, caso os fogos desta não venham a ser suspensos em
benefício da surpresa. O escalão de ataque cruza a LP durante ou após a preparação de artilharia.
2) Da LP para a Posição de Assalto (PAss)
(a) O PelFuzNav ultrapassa a LP aproveitando as cobertas e os abrigos disponíveis. A observação e os fogos inimigos
devem ser neutralizados pelos fogos e pela fumaça desencadeados pelas armas de apoio, particularmente morteiros
e obuseiros. Quando as tropas dispõem de fogos de apoio eficazes, devem se aproveitar disto para se deslocarem
rapidamente. Tão logo forem localizados os alvos inimigos, os observadores avançados de morteiro e de artilharia,
que se deslocam com os elementos de 1° escalão, deverão pedir fogos. Estes fogos apoiam o avanço do PelFuzNav em
1° escalão até a distância de assalto, em geral de 100 a 150 metros do objetivo.
(b) O PelFuzNav progride da LP até a PAss usando o fogo e o movimento. Além dos tiros indiretos executados por
obuseiros e morteiros, a fração emprega suas próprias armas orgânicas, com apoio das armas do Pelotão de Petrechos
(PelPtr). O tiro do GC deve ser contido enquanto o fogo eficaz do inimigo estiver sendo revidado pelo das armas de
apoio. Quando um GC alcança um ponto em que não mais pode progredir sem sofrer baixas excessivas, seu
comandante ordena que uma ou mais ET abram fogo sobre as posições inimigas, procurando obter superioridade de
fogos sobre o inimigo que se encontre detendo seu avanço. A superioridade de fogos é obtida submetendo-se o
inimigo a tiros de tal precisão e intensidade que os seus cessem ou se tornem ineficazes. O fuzil-metralhador é
especialmente utilizado para este fim, devido à sua maior cadência. Para auxiliar a obtenção da superioridade de fogos,
emprega-se o tiro de surpresa, sempre que possível. Assim, o comandante do GC transmite aos comandantes de ET
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suas ordens de tiro e as ET, quando possível, procuram deslocar-se, sem serem pressentidas, para as posições de tiro.
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Será realizada quando for impossível o deslocamento de uma ET por lances; seu comandante determinará qual o
homem que deverá se deslocar; este escolherá sua futura posição de tiro, em regra não mais que cerca de 10 metros
à frente; carregará e travará seu fuzil e se deslocará rapidamente para essa posição, aproveitando os abrigos e cobertas
existentes; na ausência destes, correrá em "zig-zag". Chegando à posição escolhida, jogar-se-á ao solo e rolará para
um dos lados, afastando-se do local onde inicialmente aferrou (ao rolar, procura um abrigo que permita realizar o tiro
desenfiado). De imediato, procurará localizar o objetivo e abrirá fogo. O comandante da ET designará, então, outro
homem para se deslocar, que executará o mesmo procedimento, para uma posição próxima do anterior. Este processo
terminará quando toda a ET tiver se deslocado à frente. Pelo menos dois homens deverão estar sempre em condições
de cobrir o avanço de cada componente da ET.
(d) Os lances do PelFuzNav são por GC, com um em base de fogos. O PelFuzNav utiliza itinerários cobertos, se possível.
Caso contrário, avança rapidamente até a PAss, aproveitando os fogos de apoio e a fumaça disponíveis. As armas
inimigas ocasionalmente encontradas devem ser imediatamente batidas durante a progressão. Essa situação ocorre,
muitas vezes, quando o PelFuzNav ataca enquadrado na CiaFuzNav ou BtlInfFuzNav. Algumas vezes, os fogos de apoio
são suficientes para manter o inimigo fixado em seus abrigos e neutralizar sua resistência durante o avanço da LP até
a PAss. Neste caso, o PelFuzNav progride rapidamente, de uma vez, sem que seja necessário apoiá-lo com os fogos do
PelPtr antes do início do assalto. Os fogos de apoio previstos podem não neutralizar todas as armas inimigas de tiro
direto. Nesse caso o PelFuzNav os reforça com suas armas orgânicas, a fim de permitir que outros elementos da fração
progridam.
(e) O PelFuzNav também pode atacar sem integrar um escalão superior, caso em que, para obter superioridade de
fogos rapidamente, o PelFuzNav utiliza parte de seus próprios fogos para substituir ou reforçar os fogos de apoio
normalmente fornecidos pelo escalão superior. Essa situação pode ocorrer quando:
(1) atua como patrulha de combate e somente pode contar com concentrações de artilharia e de morteiros pedidas
pelo rádio;
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(2) atua como vanguarda na Marcha de Aproximação e, fazendo contato com o inimigo, os fogos de apoio não estão
(3) está na perseguição ou no prosseguimento de um ataque, em que a rapidez seja fator preponderante e as armas
de apoio não possam mudar de posição; e
(4) no ataque em bosques densos, matas ou montanhas, as armas de apoio não possam ser levadas à frente ou não
tenham campos de tiro.
(f) Se, antes de o PelFuzNav transpor a LP, os fogos de apoio não neutralizarem todas as armas inimigas de tiro direto,
parte da fração poderá executar um ataque frontal, a fim de tornar os fogos do inimigo ineficazes e imobilizá-los na
posição, protegendo o restante da tropa que, utilizando os abrigos e cobertas existentes, avançará para a posição de
assalto. É comum os fogos de apoio serem insuficientes para manter neutralizadas as armas inimigas. Em
conseqüência, elas reaparecem e hostilizam o PelFuzNav tão logo este transponha a LP e avance para a PAss. A ação
inicial do CmtPelFuzNav será tentar a neutralização com os fogos orgânicos. Não obtendo sucesso, ele deverá tentar
uma combinação de fogo e movimento com a tropa. Para isto, empregará os fogos de apoio do PelPtr à disposição e
de parte do PelFuzNav, enquanto o restante da fração estiver avançando. Deverá também procurar trazer os fogos de
apoio dos escalões superiores sobre as armas que impedem sua progressão, comunicando a exata posição destas.
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Em virtude das desigualdades da resistência oferecida pelo inimigo, do terreno e dos tipos de apoio recebido, alguns
PelFuzNav podem ser detidos. A proteção dos flancos é feita por meio de elementos que mantêm ligação com as
frações vizinhas. Quando for criada uma brecha entre um PelFuzNav e a fração vizinha, o comandante do primeiro
reforçará o destacamento de ligação e participará imediatamente este fato ao CmtCiaFuzNav. Quando a resistência
inimiga for fraca, o PelFuzNav prosseguirá rapidamente à frente, até capturar a parte do objetivo que lhe cabe, sem
levar em consideração se as frações adjacentes se encontram ou não em linha. Esse avanço tornará possível a
colocação das armas automáticas em posições de onde possam desencadear tiros oblíquos ou de enfiada sobre a
resistência inimiga que estiver detendo o avanço das frações adjacentes, bem como poderá facilitar, para o
CmtCiaFuzNav, a manobra de seu Pelotão Reserva (PelRes) para desbordar um flanco inimigo ou atingir sua
retaguarda. Após capturar sua parte do objetivo, o PelFuzNav não poderá ser empregado para auxiliar com seus tiros
uma fração adjacente, sem conhecimento e permissão do comandante daquela. Um auxílio não coordenado poderá
interferir com a idéia de manobra da fração adjacente e causar baixas entre suas tropas.
(i) Transposição de zonas batidas por fogos longínquos Durante a progressão do PelFuzNav para a PAtq, é possível que
as armas de apoio não neutralizem completamente os fogos inimigos de armas que a fração não pode bater
(metralhadoras, morteiros ou baterias de artilharia instalados a grandes distâncias). O CmtPelFuzNav tem, então, três
alternativas: desviar-se das zonas perigosas, utilizando itinerários desenfiados, a fim de escapar dos tiros de
metralhadoras ou contornar as zonas batidas pela artilharia e morteiros inimigos; atravessar a zona perigosa o mais
rapidamente possível; ou deter sua própria progressão.
(1) Quando o terreno ou a extensão da concentração inimiga permite o desvio da zona perigosa, esta alternativa é a
melhor;
(2) quando não é possível desviar-se dos fogos inimigos e se estes não forem muito densos, muitas vezes, pode-se
atravessar a zona perigosa sofrendo poucas baixas. Em tais situações, o CmtPelFuzNav, resolutamente, desloca com
rapidez sua fração à frente, tendo em vista que os fogos defensivos geralmente aumentam de intensidade e precisão
à medida que a luta se desenvolve, particularmente quando o atacante suspende ou afrouxa sua pressão;
(3) deter o avanço dá ao inimigo mais tempo para ajustar seus fogos e, ao mesmo tempo, priva os elementos vizinhos
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(1) Quando os fogos inimigos são desencadeados por armas portáteis situadas dentro do alcance útil das armas do
PelFuzNav, todos os seus homens imediatamente abrem fogo contra elas. Quando esse fogo, entretanto, não puder
neutralizar as armas inimigas, a progressão deverá ser feita pela combinação do fogo e movimento.
(2) Certos objetivos que detêm ou dificultam o avanço devem ser assinalados para os comandantes dos elementos de
apoio, para os observadores avançados que se achem perto do PelFuzNav e ao CmtCiaFuzNav. Ao mesmo tempo, o
CmtPelFuzNav empregará todos os meios de que dispuser para continuar a progressão. O inimigo deve ser fixado pelo
fogo de uma das frações do PelFuzNav, enquanto o restante manobrará, beneficiando-se desse apoio. A seguir, a
fração que manobrou ocupará posição de tiro e passará a apoiar a progressão do elemento que a apoiou.
(3) O avanço pela zona de um PelFuzNav vizinho é, muitas vezes, a única maneira de um grupo ou parte dele poder
aproximar-se da posição inimiga, e deverá ser feito mediante entendimento com essa fração vizinha.
(b) O CmtPelFuzNav se prepara para o assalto concentrando os seus fogos de apoio e procurando aproximar-se o
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máximo possível da posição inimiga, tirando todo o proveito dos efeitos produzidos no inimigo por aqueles fogos.
(c) A coordenação oportuna do assalto com a suspensão ou alongamento dos fogos de apoio constitui um ponto de
capital importância no combate de infantaria. Quando os elementos do escalão de ataque chegam à distância de
assalto, os fogos de apoio são suspensos a pedido do comandante do PelFuzNav, comandante da CiaFuzNav ou
BtlInfFuzNav; esses elementos partem imediatamente para o assalto, apoiados por suas armas de tiro tenso.
A suspensão daqueles fogos é indicada aos elementos do escalão de ataque por meio de um sinal ótico feito pelos
grupos atacantes ou pelos elementos de apoio. Se o assalto for iniciado no interior do PelFuzNav ou por ordem de seu
comandante, os tiros de apoio devem ser suspensos imediatamente, por meio de um sinal preestabelecido, como um
artefato pirotécnico ou uma granada fumígena colorida. Se as armas de apoio e a base de fogos tiverem observação
adequada, seus tiros poderão ser suspensos por suas agências de observação. Quando se convencionar que o assalto
será desembocado por ordem do CmtPelFuzNav, o início da ação poderá ocorrer ao término de uma concentração de
artilharia ou de morteiros, após o que todos os fogos serão suspensos. O assalto poderá ter início, também, mediante
um programa horário, que, entretanto, é mais comumente empregado quando a coordenação entre as frações de
uma CiaFuzNav ou as SU de um BtlInfFuzNav é essencial para o assalto. Os grupos ainda não desenvolvidos, ao se
aproximarem da PAss, tomarão o dispositivo em linha. O PelFuzNav iniciará o fogo do assalto e progredirá com rapidez,
em direção ao objetivo. Nesse momento, a artilharia, os morteiros e as outras armas de apoio suspenderão ou
alongarão seus fogos sobre o objetivo, para evitar baixas na tropa atacante. Quando o PelFuzNav ataca enquadrado
na CiaFuzNav, o assalto é desencadeado à hora determinada ou a um sinal do CmtCiaFuzNav. Se o PelFuzNav estiver
atacando isoladamente, o sinal convencionado para a suspensão dos fogos de apoio será dado por seu comandante.
(e) Perseguição pelo fogo Conservando suas bases de fogos em posição, o CmtPelFuzNav deve assegurar-se de que o
terreno conquistado será conservado. O inimigo em fuga deverá ser engajado pelo fogo até o alcance útil das armas,
para evitar que se reorganize e contra-ataque. Após o assalto executado com êxito, a base de fogos deve permanecer
em sua posição de apoio, para que a reorganização do PelFuzNav possa ser protegida.
0704 - FASE DA CONTINUAÇÃO
1) As primeiras considerações do CmtPelFuzNav, após a conquista do objetivo e durante a perseguição pelo fogo, são
assegurar-se de que mantém o objetivo conquistado e de que não perca nenhuma oportunidade que lhe facilite ações
futuras. Para proteger o objetivo, deve tomar todas as providências necessárias para repelir um contra-ataque inimigo.
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- o dispositivo dos GC que executaram o assalto; e
- o desdobramento e o posicionamento da base de fogos, se empregada.
O CmtPelFuzNav deve deslocar as armas orgânicas e em reforço rapidamente à frente, para integrar a defesa. As vias
de acesso para contraataques inimigos devem ser cobertas tanto por fogo direto como indireto.
(c) Os comandantes de GC, assessorados pelos comandantes de ET, designam as posições e setores de tiro individuais
para as ET.
(d) As seções de metralhadoras e armas anti-carro recebem setores de tiro e uma direção principal de tiro para cobrir
as vias de acesso mais vantajosas para o inimigo. Os comandantes dessas seções e das outras armas de apoio
selecionam as posições exatas de suas armas, que provêem a defesa em toda volta do PelFuzNav e têm prioridade
para a preparação de suas posições.
1) Ao serem atingidos ou destruídos os objetivos, todos os esforços devem ser concentrados para que se prossiga no
ataque, sem demora. Deve-se utilizar ao máximo o apoio de fogo durante esse período crítico. Um mínimo de forças
manterá o controle do objetivo, se necessário. As frações manterão o contato com o inimigo, impedindo-o de se
reorganizar.
3) O CmtCiaFuzNav e os CmtPelFuzNav, antes do assalto, ao formularem o plano inicial de ataque, elaboram também
Planos Preliminares, para emprego no prosseguimento do ataque, além de um reconhecimento inicial. Esse
planejamento reduz o tempo necessário ao reconhecimento e à orientação da tropa, após a conquista do objetivo. O
plano inicial é continuamente aperfeiçoado, à medida que o exame da situação, no qual ele foi baseado, vai sendo
alterado durante a execução do assalto. Por outro lado, os Planos Preliminares e suas alterações são as bases para
uma ou mais Ordens Fragmentárias, a serem distribuídas, implementando a continuação do ataque para a conquista
de objetivos mais profundos.
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1) Quando necessário, o CmtCiaFuzNav alivia um ou ambos os PelFuzNav em primeiro escalão, para que possam recuar
para uma área coberta, para reorganização.
2) A frente do PelFuzNav no objetivo muitas vezes é bastante reduzida e a manutenção de três GC para assegurar a
posição não é necessária. Isto é particularmente verdadeiro quando o objetivo do PelFuzNav é conquistado por um ou
dois GC. O GC base de fogos ou o que não tiver sido empregado no ataque poderá substituir os que participaram do
assalto. Os GC substituídos serão recuados para a primeira coberta disponível, para reorganização.
c) Interrupção do ataque
1) Caso o assalto não obtenha êxito, o CmtPelFuzNav adotará ações alternativas, dependendo dos fatos de sua força
ter simplesmente falhado em conquistar seu objetivo, ou de ter sido repelida, contingências essas para as quais ele
deve ter-se previamente preparado. Suas ordens devem incluir a hora e/ou as circunstâncias que determinarão a
interrupção, a missão e a localização das frações subordinadas e as medidas de coordenação e controle. A fim de evitar
o congestionamento, algumas frações podem ser desviadas para áreas de reunião, antes que seja ordenado o alto.
2) O comandante terá liberdade para interromper o ataque da sua fração. Nessa eventualidade, devem ser previstas
áreas de reunião, a fim de auxiliar a defesa, diminuir a vulnerabilidade a ataques e facilitar a retomada da ofensiva.
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- estabelecer a segurança local necessária;
- comunicar ao CmtCiaFuzNav;
- manter o contato com o inimigo, buscando os dados necessários ao planejamento de ações futuras;
- reorganizar-se e redistribuir forças, com base em seu presumível emprego futuro; e - estabelecer contato com os
PelFuzNav adjacentes.
d) Comunicações no ataque
2) Durante o ataque
São o meio mais usado, normalmente de forma livre, após o cruzamento da LP. A restrição poderá ser imposta à
0705 - RESERVA
a) Tarefas
O PelRes poderá receber uma ou mais das seguintes tarefas:
1) prover a segurança nos flancos e retaguarda, por meio de patrulhas de combate;
2) atacar, por nova direção, uma posição inimiga que detém elemento do escalão de assalto;
3) substituir um PelFuzNav do escalão de ataque;
4) reduzir resistências ultrapassadas;
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6) manter ligação com os elementos vizinhos à CiaFuzNav; e
7) proteger a CiaFuzNav dos contra-ataques durante a reorganização.
b) O PelRes avança por lances, de acordo com as ordens de seu comandante, e adota um dispositivo em coluna até
sua entrada em ação. O CmtPelRes observa constantemente a ação dos elementos do escalão de ataque e a situação
nos flancos. À medida que a situação se desenvolve, ele traça planos iniciais de emprego da fração.
CAPÍTULO 8
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OPERAÇÕES SOB CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE REDUZIDA
a) Reconhecimento
Sempre que possível, uma vez que possibilita uma melhor observação, deverá ser diurno. Deverão ser reconhecidos
todos os itinerários a serem utilizados pelas frações, assim como os pontos de liberação e os demais pontos e linhas
de controle.
b) Normas de Comando
1) Providências iniciais - iguais às do ataque diurno; e
2) Demais - ver Anexo G - SEQÜÊNCIA PARA PREPARAÇÃO DE OPERAÇÕES.
d) Conduta
1) Formação
O PelFuzNav geralmente transpõe a Linha de Partida (LP) em coluna, podendo estar ou não sob o controle da
CiaFuzNav. Essa formação é mantida até que seja atingido o Ponto de Liberação (PLib) dos Pelotões ou dos GC, ou seja
forçado o desdobramento pela ação inimiga. Se a visibilidade permitir o controle e o objetivo estiver próximo à LP, ou
o contato com o inimigo for iminente, poderá ser preferível a progressão, a partir da LP, com os PelFuzNav justapostos,
cada um deles em coluna. Ao ser atingida a Linha Provável de Desenvolvimento (LPD), ou se o inimigo descobrir o
ataque antes que ela seja alcançada, o assalto será iniciado com todos os GC em linha. Quando o PelFuzNav for
empregado como reserva, ele deslocará de acordo com a determinação do CmtCiaFuzNav.
(a) A progressão da LP para os PLib é feita em coluna. Um avanço lento, silencioso e furtivo é essencial ao sigilo. Esse
dispositivo é mantido até que seja atingido o PLib/Pel, a menos que a ação inimiga force a um desenvolvimento
prematuro. A área entre a LP e os PLib deve ser constantemente patrulhada antes da chegada da CiaFuzNav. Quando
os PelFuzNav atingem o PLib/Pel, recebem um guia (integrantes das patrulhas de segurança), que os conduzem até os
PLib/GC.
(b) O comandante de cada coluna se desloca à testa ou nas proximidades, e um sargento se desloca atrás de cada
coluna, para auxiliar o controle e manter o sigilo. Os comandantes de coluna e de PelFuzNav verificam constantemente
a direção e a ligação.
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(c) Os comandantes procuram evitar um assalto prematuro; contudo, a ação de patrulhas ou de postos de vigilância
inimigos pode forçar parte da CiaFuzNav a se desenvolver antes da hora planejada. Se possível, os elementos
desenvolvidos retomam o dispositivo em coluna após a redução da resistência.
(d) Durante o deslocamento, o PelFuzNav deve adotar medidas de segurança aproximada, nos flancos e à frente.
(e) Uma vez ultrapassada a LP, o movimento deve ser contínuo, e a velocidade de progressão suficientemente lenta
para permitir um movimento silencioso.
(f) O inimigo encontrado no itinerário deve ser eliminado o mais silenciosamente possível.
(g) Se forem lançados iluminativos durante esse deslocamento, os homens devem abaixar-se rapidamente, evitando
olhar para a luz.
(h) Ao chegar ao PLib/GC, o CmtPelFuzNav passa o controle dos GC a seus comandantes; os guias conduzem os grupos
das extremidades para suas posições na Linha Provável de Desenvolvimento (LPD); o grupo do centro prossegue à
frente, desenvolvendo-se entre os homens que marcam seus flancos.
(i) Quando o PelFuzNav estiver completamente desenvolvido, o CmtPelFuzNav avisa ao CmtCiaFuzNav, mediante
ordem do qual o PelFuzNav continuará seu movimento silenciosamente, mantendo a formação em linha e guiandose
pela fração base.
3) Assalto
(a) O desenvolvimento pode ser ordenado pelo CmtCiaFuzNav em função da ação inimiga, ou ser feito na LPD. No
primeiro caso, o assalto deve ser iniciado tão logo o desenvolvimento esteja pronto, e executado em um lance, com
os militares atirando enquanto progridem.
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(c) O PelFuzNav prossegue o seu movimento na direção do objetivo até que o ataque seja descoberto ou até que seja
encontrada resistência inimiga, ocasião em que se desencadeará o assalto.
(d) Ao atingir a LPD, a tropa procura se desenvolver sem ser descoberta e lançase ao assalto, em silêncio, até que o
inimigo abra fogo. Todo esforço deve ser feito para manter-se o dispositivo em linha e evitar que se formem grupos
isolados.
(e) Normalmente o assalto é iniciado por ordem do CmtPelFuzNav; deve ser evitado o assalto prematuro, ressaltando-
se que o fogo disperso de pequenos elementos inimigos não deve ser encarado como perda da surpresa nem deve ser
o sinal para o início do assalto.
(f) É muito importante lançar um grande volume de fogos durante o assalto, pois é necessário que se estabeleça e
mantenha a superioridade. O assalto deve ser conduzido com agressividade, os homens devem gritar, fazer ruídos e
criar tanta confusão quanto possível.
(g) Deve-se usar munição traçante para aumentar a precisão dos tiros e desmoralizar o inimigo.
(h) Durante o assalto são realizados fogos para isolar o objetivo, como pode ser realizada a iluminação, tudo por
solicitação do CmtCiaFuzNav.
(i) Os PelFuzNav em primeiro escalão procuram atingir o limite posterior do objetivo, deixando as tarefa de limpeza
para os elementos em apoio e na reserva. É de acentuada importância um comando enérgico e agressivo por parte de
todos os comandantes de frações.
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4) Ataque descoberto antes de atingir a LPD
(a) O CmtCiaFuzNav pedirá os fogos de apoio e a iluminação planejados sobre o objetivo para neutralizar os fogos do
inimigo e para permitir melhor controle e movimento mais rápido. Se os PelFuzNav ainda não houverem sido liberados,
o CmtCiaFuzNav os liberará nesse momento, e eles deverão seguir rapidamente para a LPD.
(b) Os PelFuzNav devem tentar seguir na formação em coluna até as proximidades da LPD, onde adotarão a formação
em linha e procederão como em um ataque diurno, encarando a LPD como a provável posição de assalto. Se não for
possível avançar na formação em coluna sem sofrer muitas baixas, os PelFuzNav devem desenvolver-se e utilizar fogo
e movimento para atingir uma posição da qual possam lançar-se ao assalto.
(c) À medida que os fogos de apoio forem se tornando perigosos à tropa amiga, devem ser transportados para isolar
o objetivo.
(d) Uma vez iniciado o assalto, a conduta deverá ser a mesma já descrita.
5) Consolidação e Reorganização
(a) Logo que o objetivo tiver sido conquistado, o PelFuzNav ocupará o setor que lhe tiver sido atribuído, buscando
estabelecer seus flancos em pontos característicos do terreno designados anteriormente e mantendo contato com os
PelFuzNav vizinhos. As armas orgânicas e em reforço devem cerrar com rapidez para posições designadas
anteriormente. Estabelece-se a segurança local, que consta de postos de escuta e de pequenas patrulhas; no entanto,
esta segurança não deve ir além da Linha Limite de Progressão (LLP).
(c) Um pouco antes do alvorecer, o pessoal e os petrechos são reajustados e distribuídos de acordo com as
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(e) Os observadores avançados de artilharia e morteiro devem planejar fogos de caráter defensivo, tipo barragem em
vias de acesso e concentrações, em pontos críticos, a serem desencadeadas MO do CmtCiaFuzNav.
6) Reserva
Poderá seguir de perto o escalão de ataque ou ser deixada atrás da LP, para ser levada à frente por guias ou mediante
um sinal convencionado. Poderá receber as tarefas de limpeza e de ficar em condições de substituir as frações em
primeiro escalão. Se inicialmente não houver reserva, imediatamente após a conquista do objetivo será designado um
PelFuzNav para constitui-la.
1) emprego de volteadores ou atiradores de metralhadoras selecionados, para executarem tiros traçantes sobre o
objetivo;
2) emprego de guias para deslocamentos atrás e à frente da LP. Bons guias podem ser freqüentemente escolhidos
entre os componentes das patrulhas que estejam familiarizados com a região;
3) designação dos limites laterais e avançados do objetivo, por meio de acidentes notáveis do terreno;
4) designação de azimutes das direções de progressão à frente da LP;
5) designação de um grupo-base. Em geral é o que tem o itinerário mais facilmente identificável;
6) conservação do dispositivo em coluna durante o maior tempo possível; e
7) prescrição da parte da frente a ser defendida pelos GC e determinação, com precisão, da zona e limite de objetivo
de cada um deles.
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São comumente escolhidas pelo CmtCiaFuzNav durante seu reconhecimento diurno.
g) Limite de Progressão
Para manter o controle e evitar que o escalão de ataque seja atingido por fogos de proteção das tropas amigas. O
CmtPeFuzNav o estabelece tanto em profundidade como nos flancos do objetivo, materializando-o por pontos
característicos do terreno, identificáveis à noite.
h) Sigilo
1) redução ao mínimo indispensável do efetivo e das atividades dos elementos de reconhecimento, bem como de
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i) Comunicações
Como no ataque diurno, sendo dada ênfase às comunicações por mensageiros e por fio.
j) Patrulhas de Segurança
Sempre que o terreno e o dispositivo inimigo permitirem, deverão ser desencadeadas as ações de patrulhamento de
segurança.
1) O patrulhamento normal é mantido antes de um ataque noturno; além disto, são lançadas patrulhas de segurança,
com as tarefas específicas de reconhecer itinerários até a LPD, balizar os PLib e a LPD, fornecer guias para o
deslocamento até a LPD e obter informes sobre o inimigo e o terreno.
2) Cada PelFuzNav fornece um grupo, cujo efetivo varia de quatro a seis militares; o CmtCiaFuzNav os consolida em
uma patrulha e designa um comandante.
3) Os grupos dos PelFuzNav devem ser orientados pelo comandante deste quanto ao itinerário do PLib/Pel ao PLib/GC,
localização do PLib/GC, flancos do PelFuzNav e dos grupos na LPD, colocação dos componentes dos grupos nas
proximidades da LPD, de maneira que possam melhor auxiliar o desenvolvimento do PelFuzNav.
4) O CmtCiaFuzNav deve orientar a patrulha quanto ao local e hora onde os guias devem se apresentar, localização do
PLib/Pel, itinerário até o PLib/Pel e sobre a eliminação de postos de escuta inimigos.
5) A patrulha deve reconhecer o itinerário até o PLib/Pel, onde deve permanecer o comandante da mesma, e daí cada
grupo deverá reconhecer o itinerário dos PelFuzNav.
6) Cada grupo de PelFuzNav deverá reconhecer o itinerário até a LPD, onde o comandante mostrará os flancos da
fração e dos GC e designará os elementos que irão balizá-los.
7) Os componentes dos grupos retornam ao PLib/GC, podendo deixar elementos balizando os flancos do PelFuzNav
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na LPD; o comandante do grupo deverá ficar nesse ponto, acompanhado dos elementos que guiarão os GC até suas
posições na LPD, e deverá mandar um elemento retornar para o PLib/Pel, as fim de servir como guia para o PelFuzNav.
8) Quando a CiaFuzNav atingir o PLib/Pel, deverá encontrar neste ponto os guias dos PelFuzNav, que deverão conduzi-
los até o PLib/GC.
9) Quando for atingido o PLib/GC, os guias conduzirão os GC para suas posições na LPD.
10) Quando os PelFuzNav estiverem desenvolvidos na LPD, a patrulha de segurança será dissolvida e seus elementos
retornarão às suas frações.
11) Se, durante o cumprimento de sua missão, a patrulha de segurança encontrar o inimigo ou for descoberta por ele,
deverá proceder conforme as instruções dadas pelo CmtCiaFuzNav por ocasião do recebimento da missão.
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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!
CAPÍTULO 9
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O PELFUZNAV NO ASSALTO ANFÍBIO
0901 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NA FASE DO PLANEJAMENTO
No Assalto Anfíbio, seguindo-se ao Movimento Navio-para-Terra (MNT), seja por superfície ou
helitransportado, os Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFN) desenvolvem ações de guerra terrestre
para conquistar e manter objetivos que contribuirão para o cumprimento da missão da Força de Desembarque
(ForDbq).
Durante a fase do planejamento, o PelFuzNav estará se adestrando, visando a propiciar a todos uma noção
exata do papel que cada um, individualmente e como fração, desempenhará na operação. O fato de a ForDbq ser uma
organização por tarefas, reunindo elementos de diversas organizações, torna necessária grande ênfase no
adestramento.
Para o embarque, todos os fuzileiros navais recebem dois cartões de embarque, nos quais se encontram
todas as informações necessárias para sua vida a bordo:
1. - número do beliche e alojamento;
2. - estação de transbordo;
3. - equipe de embarcação;
4. - estação de abandono; e
5. - locais de formatura.
Ao embarcar no navio, o fuzileiro naval entregará um desses cartões ao Oficial de Embarque; o outro continuará
em sua posse, para orientá-lo a bordo, devendo ser levado para a estação de transbordo, onde será entregue a um
oficial do navio, no momento do desembarque.
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a) O PelFuzNav, para o MNT, é organizado em equipes que, normalmente, não correspondem ao total da fração. É
muito importante que pelo menos os GC não sejam fracionados, pois isso acarretará a perda de controle por parte de
seus comandantes. Os comandantes dessas equipes devem verificar o estado do equipamento de cada homem, antes
do transbordo, como também recordar os procedimentos para o transbordo e descida do equipamento.
b) O GC
1) deve estar preparado e adestrado para atuar isoladamente;
2) deve dispor de fumígenos e painéis para balizar a linha de frente, tendo em vista o apoio aéreo;
3) devem-lhe ser atribuídas tarefas específicas, como, por exemplo, a destruição de posições inimigas na praia, ou
parte do objetivo do PelFuzNav. As posições inimigas que permitam observação direta sobre a praia de desembarque devem
ser conquistadas ou destruídas, visando a possibilitar o desembarque das demais vagas em segurança. Contudo, nem todas
as posições inimigas na praia devem ser consideradas como objetivos, pois o ímpeto do ataque poderia ser perdido.
Durante o adestramento, devem ficar bem definidas as ações a serem empreendidas pelos GC para a redução das
posições inimigas, principalmente as localizadas na praia;
4) sempre que possível, preferencialmente com o auxílio de um modelo do terreno, os GC devem ser instruídos
sobre suas tarefas no assalto;
5) os comandantes dos GC devem estar preparados para conduzir as ações de suas frações rapidamente, visando,
dentre outras coisas, a minorar os problemas decorrentes de:
1. - abicagem das embarcações com intervalos de tempo entre elas mais longos que
2. o planejado, produzindo brechas na frente dos PelFuzNav de assalto;
3. - impossibilidade de localizar todas as posições inimigas na praia; e
4. - possibilidade de o patrão da embarcação perder completamente o rumo ou não conseguir desembarcar os GC
nos locais planejados;
6) o ímpeto do assalto não deve ser perdido; quer atacando um objetivo na praia ou progredindo para o interior,
as ações dos GC devem ser rápidas e agressivas; alguns objetivos podem não ser conquistados de imediato, devido à
resistência apresentada; neste caso, o GC deve neutralizar a posição inimiga e comunicar ao CmtPelFuzNav; se possível,
reforços serão fornecidos para reduzir a posição considerada;
7) as seções de metralhadoras e os grupos de lança-rojão são, normalmente, embarcados com os GC de 1o escalão;
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esses elementos são postos à disposição do PelFuzNav para apoiá-lo pelo fogo de suas armas; isto implica que os GC precisam
c) O PelFuzNav
A fim de cobrir com fogos a frente atribuída ao PelFuzNav e assegurar que todas as armas e instalações do inimigo
na praia sejam atacadas imediatamente após o desembarque, as primeiras embarcações normalmente são distribuídas de
modo uniforme sobre a frente designada, mantendo-se a distância de 50 a 75 metros entre elas.
Essa distância também permite que a embarcação tenha espaço necessário para manobrar e fazer-se de novo ao
mar, sem interferência com as vagas de embarcações subseqüentes, que "correm" para a praia. Em situações de baixa
visibilidade, ou quando a praia for estreita, poderá ser necessário reduzir essa distância. Contudo, a distância deve ser
suficiente para evitar que mais de uma embarcação seja atingida por um mesmo artefato do inimigo, e permitir o
desdobramento completo das tropas na praia.
Normalmente, o PelFuzNav desembarca em duas embarcações e recebe uma frente de 100 a 200 metros no
assalto. Poderá estar apoiado por uma seção de metralhadoras, lança-rojões ou morteiros.
O CmtPelFuzNav deve atentar para os seguintes pontos, nos momentos iniciais:
1) retomar o mais cedo possível o controle do PelFuzNav, já que normalmente estará embarcado em mais de uma
embarcação. O fato de estas abicarem lado a lado facilita a retomada de controle pelo CmtPelFuzNav, não só utilizando
seus próprios esforços e os do Auxiliar, como valendo-se de seus mensageiros; e
2) avaliar a situação com que se defronta o PelFuzNav e verificar se o ataque está progredindo de acordo com o
planejado.
d) Prosseguimento do assalto
Após o estabelecimento do controle pelo CmtCiaFuzNav, o PelFuzNav prossegue em suas ações em terra, como se
fossem operações terrestres. Ver capítulos 5 a 8 deste manual.
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CAPÍTULO 10 - DEFESA DE ÁREA
1001 –O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS EM 1º ESCALÃO
a) Generalidades
O PelFuzNav em 1a escalão é aquele que ocupa um núcleo de defesa de Pelotão na Área de Defesa Avançada (ADA)
da CiaFuzNav. O comandante desta delineia o traçado do Limite Anterior da ADA (LAADA) e atribui ao PelFuzNav uma
frente medida ao longo desse limite, desde um ponto de referência no terreno ou desde o flanco de uma unidade
adjacente. A distância do LAADA para a retaguarda é também definida.
1) Frente
A frente máxima atribuída a um PelFuzNav é de 700 metros, medidos sobre o LAADA. Ele ocupa fisicamente apenas
uma porção dessa frente (400 metros), devendo cobrir o restante pelo fogo.
2) Profundidade
É a distância entre as posições principais do GC e a extensão para a retaguarda de suas posições suplementares,
podendo alcançar até 200 metros. Ver figura 10-1.
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3) Área de Segurança
É atribuída uma parte da Área de Segurança da CiaFuzNav à frente do LAADA, normalmente estendendo-se ao alcance
das armas portáteis. O PelFuzNav coloca elementos de segurança nessa área, cobrindo-os pelo fogo. Normalmente, o
CmtCiaFuzNav determina a localização, o efetivo e as tarefas desses grupos de segurança. Quando o CmtCiaFuzNav
tiver estabelecido um Posto de Observação (PO) à frente do LAADA, será necessário duplicar essa segurança. Se isso
não houver ocorrido, caberá ao CmtPelFuzNav estabelecer um ou mais elementos de segurança próprios, usualmente
constituídos por uma ET. Esses elementos poderão operar até 400 metros do LAADA. Durante a noite, sob a forma de
Postos de Escuta, a segurança é disposta junto à parte anterior das cercas de arame de proteção. No interior da posição
do PelFuzNav deve ser promovida uma segurança local adicional, determinando-se que cada comandante de GC
designe uma sentinela durante o dia e uma sentinela por ET durante a noite, ou sob outras condições de visibilidade
reduzida.
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b) Plano de Defesa
Consiste de um Esquema de Manobra e um Plano de Fogos, este desenvolvido simultaneamente com o Plano de Fogos
e de Barreiras da CiaFuzNav e a ele integrado. Ver figura 10-2.
1) Esquema de Manobra Prevê para cada GC uma posição principal, geralmente em linha. O CmtPelFuzNav seleciona
posições suplementares para proteger os flancos e a retaguarda.
(a) As posições principais são selecionadas, a fim de prover a melhor observação e campos de tiro sobre as vias de
acesso do inimigo. São normalmente localizadas nas cristas militares dos acidentes capitais. A seleção das posições
principais dos GC deve levar em consideração as necessidades de apoio mútuo entre os elementos adjacentes.
(b) Armas de apoio como metralhadoras, canhões anti-carro e lança rojões podem ser localizadas no núcleo de defesa
do PelFuzNav. Uma vez que os planos de defesa do BtlInfFuzNav e da CiaFuzNav são baseados nessas armas, seu
posicionamento tem precedência sobre o da tropa; assim, o CmtPelFuzNav procura posicionar seus GC visando
também à segurança dessas armas. As posições principal, de muda e suplementares das armas coletivas são incluídas
dentro das posições dos GC.
(c) A escolha das posições suplementares para os GC obedece aos mesmos parâmetros utilizados para a da posição
principal, ressalvada a sua finalidade. Se o terreno permitir, itinerários cobertos entre as posições principal e
suplementar deverão ser selecionados.
(d) Quando o PelFuzNav se encontra defendendo uma frente estreita, os três GC podem ser colocados em linha e os
flancos ligados fisicamente com os Pelotões adjacentes.
2) Plano de Fogos
O CmtPelFuzNav recebe informações sobre os fogos dos escalões superiores, devendo integrar seu planejamento a
estes.
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(b) Uma vez determinadas as posições principais dos GC, o CmtPelFuzNav seleciona os setores de tiro. Os três setores
se sobrepõem e cobrem toda a faixa da Área de Segurança da CiaFuzNav pela qual o PelFuzNav é responsável. A
determinação de setores de tiro aos GC resulta na cobertura completa da frente e oferece o máximo de segurança
contra a surpresa. Quando uma larga brecha existe entre Pelotões adjacentes, os GC nos flancos da brecha devem ser
colocados de tal forma que os dois flancos do PelFuzNav devam prover o máximo de apoio mútuo.
(c) O CmtPelFuzNav prepara um esboço ou calco com o Plano de Fogos e o submete ao CmtCiaFuzNav para aprovação.
Deverá conter:
- posições principais dos GC e setores de tiro;
- posições e direções principais de tiro para todas as armas automáticas, inclusive aquelas da CiaFuzNav que tiverem
sido posicionadas no núcleo de defesa (devendo incluir o setor de tiro);
- Postos de Comando (PC) e de Observação (PO) do PelFuzNav;
- posição e direção principais para as armas anti-carro orgânicas; e
- posições e direções de tiro de outras armas coletivas no núcleo de defesa do PelFuzNav (incluindo setores de tiro).
c) Organização do Terreno
A tarefa de organizar o terreno começa imediatamente após a chegada do PelFuzNav à ADA. Consiste na fortificação
da posição defensiva, por meio da limpeza dos campos de tiro, construção de abrigos e de obstáculos e do disfarce e
melhoramento das vias de comunicação, continuando ao longo do período de sua ocupação. Os trabalhos se iniciam
conforme uma prioridade estabelecida pelo CmtCiaFuzNav e prescrita na Ordem de Defesa do CmtPelFuzNav.
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Normalmente, a prioridade é:
1) Postos de Segurança;
2) posições das armas automáticas e de armas à disposição do PelFuzNav;
3) limpeza de campos de tiro e determinação dos alcances para as prováveis localizações dos alvos;
4) preparação das posições; e
5) outras tarefas, na prioridade determinada pelo CmtCiaFuzNav, como a colocação de minas e as demolições, o
estabelecimento de comunicações e de observação adequada.
O trabalho de disfarce é levado a efeito simultaneamente com todas as tarefas acima. O disfarce da posição continua
durante todo o tempo de ocupação da mesma.
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1002 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NA RESERVA
a) Localização e organização
É, normalmente, colocado à retaguarda dos PelFuzNav em 1o escalão, para prover profundidade à defesa da
CiaFuzNav. O comandante desta designa uma posição principal e uma ou mais suplementares, e o PelFuzNav em
reserva se desloca de uma para outra, mediante ordem do CmtCiaFuzNav. Sua posição deve estar a mais de 150 metros
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b) Tarefas
1) Apoiar pelo fogo os PelFuzNav em 1° escalão
O PelFuzNav em reserva deve posicionar-se de modo que possa bater os flancos ou a retaguarda dos PelFuzNav em 1°
escalão, ou as brechas entre eles.
2) Limitar as penetrações
O PelFuzNav em reserva deve ocupar o terreno de onde possa bloquear a progressão inimiga dentro da ADA (Ver
figura 10-4). Fogos de apoio devem ser planejados, como os demais Pelotões. Quando o PelFuzNav em reserva for
empregado para limitar uma penetração, o contra-ataque para expulsar o inimigo deverá ser executado pela reserva
do escalão superior.
4) Segurança e vigilância
- fornecimento à CiaFuzNav de elementos para a segurança local da frente;
- segurança de setores não ocupados da Área de Defesa; e
- segurança de um flanco exposto. Essa última tarefa pode implicar o estabelecimento de Postos de Vigilância, Postos
de Escuta e lançamento de patrulhas, a fim de cobrir vias de acesso ou pontos importantes do terreno, além de manter
contato com as CiaFuzNav adjacentes.
5) Contra-atacar
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O PelFuzNav em reserva provê meios limitados para contra-ataque.
e) Posições de Aprofundamento
As de valor Pelotão na Área da Reserva são designadas pelo CmtBtlInfFuzNav. São localizadas sobre os acidentes
capitais (ou de modo a protegê-los), a fim de que possa limitar as penetrações inimigas ao longo das vias de acesso no
interior da posição, provenientes seja da frente, dos flancos ou da retaguarda. O CmtBtlInfFuzNav estabelece a
prioridade de preparação das posições de aprofundamento principal e suplementares. Nos calcos de operação, essa
prioridade é indicada numerando-se os núcleos segundo sua importância para a defesa, considerando-se o número 1
(um)como o de mais alta prioridade. A reserva prepara essas posições.
f) Controle
A eficiência da defesa do PelFuzNav depende da habilidade de seu comandante em controlar os GC e seus fogos e
pedir apoio de fogo adicional.
1) O PelFuzNav emprega uma combinação de PO/PC de onde seu comandante passa controlar a posição defensiva.
Essa posição é selecionada pelo comandante da fração e preparada para ocupação. Ela deve prover a melhor
observação sobre a Área de Defesa do PelFuzNav, as vias de acesso para seu interior e flancos. O Auxiliar assessora o
CmtPelFuzNav no controle dessa posição. O Comando do Pelotão se encontra, normalmente, nas proximidades. Deve
localizar-se de modo a prover um itinerário coberto e abrigado para a retaguarda. Um ponto isolado de suprimento e
evacuação pode ser estabelecido numa posição coberta e abrigada, situada para a retaguarda do setor defendido, sob
a supervisão do Guia, que é encarregado do suprimento e evacuação, tanto na defensiva como na ofensiva. Terrenos
acidentados podem necessitar de mais de um PO. Dessa forma, o CmtPelFuzNav poderá observar a maior parte das
posições ou as vias de acesso mais importantes. O Auxiliar deve ser posicionado para observar e controlar as outras
porções da Área de Defesa.
2) O PelFuzNav mantém um telefone direto com a CiaFuzNav, suplementado pela rede tática desta.
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3) Quando o tempo, a situação e a disponibilidade de meios permitirem, o CmtPelFuzNav estabelecerá uma rede
telefônica de sua fração, ligando PO/PC, GC e sentinelas ou postos de escuta. Neste caso, a prioridade seria para ligação
entre o PO/PC e os postos de segurança. Também poderão ser empregados mensageiros, meios visuais, acústicos ou
outros, substituindo ou complementando o telefone. Por exemplo, um mensageiro pode permanecer todo o tempo
no PC da CiaFuzNav, sendo substituído, imediatamente, quando for trazida uma outra mensagem.
4) O CmtPelFuzNav assegura uma completa disseminação dos sinais visuais, tais como os prescritos para o controle
dos fogos de proteção final. Assegura, também, suficiente controle dos dispositivos de sinalização, a fim de ter certeza
de que os sinais para os fogos de proteção final sejam empregados apenas mediante aprovação do CmtCiaFuzNav,
exceto naqueles casos onde a autoridade para ordenar os fogos é o CmtPelFuzNav.
b) Efetivo Variam de um PelFuzNav(Ref) a uma CiaFuzNav(Ref), por BtlInfFuzNav em 1° escalão, sendo controlados por
este.
c) Localização e Organização A linha dos PAC, normalmente, situa-se de 800 a 2.000 metros à frente do LAADA, nos
acidentes do terreno de onde possam melhor cumprir sua missão. Esses acidentes devem:
1) permitir observação e oferecer campos de tiro longínquos;
2) constituir-se em obstáculos à frente e nos flancos;
3) oferecer itinerários de retraimento desenfiados das vistas e dos fogos inimigos;
4) impedir a observação terrestre aproximada e o tiro direto do inimigo sobre o LAADA;
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2) Observadores avançados procuram alvos, regulam e ajustam os tiros indiretos. Carros de combate (CC) e armas
anticarro (AC) atiram sobre alvos apropriados, quando o inimigo atinge seus alcances úteis. Todas as armas no LAADA
abrem fogo gradativamente, à medida que ele atinge o alcance útil. Quando se suspeita que o inimigo não conheça o
LAADA, quase todos os fogos são mantidos em suspenso, até que ele esteja dentro do alcance útil das armas de tiro
tenso. Então, todas as armas posicionadas no LAADA engajam alvos específicos, dentro de seus setores de tiro. Quando
o inimigo ataca sem blindados, as guarnições dos CC e as armas AC podem engajar alvos tais como armas coletivas,
viaturas e concentrações de tropa. Os comandantes controlam ativamente os tiros de suas frações, para assegurar
que eles sejam suficientes. Eles deslocam suas armas para posições de muda ou suplementares, conforme necessário.
3) A intensidade dos fogos cresce à medida que o inimigo se aproxima do LAADA. Se a força atacante inclui CC, bem
como infantaria, os CC são engajados pelas armas AC e artilharia, enquanto armas de menor calibre disparam contra
a infantaria. Todo esforço é feito para separar os CC da infantaria.
4) Quando o inimigo é repelido, deve ser perseguido por todos os fogos disponíveis. Se ele romper contato, é
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restabelecida a segurança local e são enviadas patrulhas à frente, para recuperá-lo. Lançam-se fogos de inquietação
nas áreas onde o inimigo provavelmente irá reagrupar-se. Os PelFuzNav se reorganizam, evacuam as baixas,
reabastecem e redistribuem a munição e reforçam suas defesas.
5) Durante a conduta de defesa, todos os comandantes mantêm seus superiores informados da situação. Uma
liderança agressiva é essencial, e, para tanto, os comandantes devem deslocar-se de um local para outro, de tal forma
que possam influenciar a ação, por meio de sua presença.
6) Quando o inimigo tem sucesso em sua progressão, através dos fogos defensivos aproximados, os CmtPelFuzNav da
ADA requisitam os Fogos de Proteção Final. Ao receber esses pedidos, o CmtCiaFuzNav normalmente os autoriza. Toda
a SU, então, lança o máximo de fogos possíveis.
7) Quando a ruptura do LAADA for iminente, o CmtCiaFuzNav deslocará a reserva para posições das quais possa
bloqueá-la e/ou apoiar pelo fogo as frações ameaçadas. Se a ruptura ou ameaça ocorrer na área de SU vizinha, ele
posicionará sua reserva para cobrir o flanco em perigo.
8) Quando o assalto inimigo atinge a posição, o defensor procura repeli-lo pelo fogo, granadas e combate aproximado.
Todas as armas AC disponíveis engajam CC inimigos. Soldados ao longo do LAADA continuam atirando, até serem
forçados a se abrigar dos CC, retornando para suas posições de tiro e continuando a combater, tão logo os CC passem.
Os que penetrarem na ADA deverão ser engajados pelas armas AC que estiverem aprofundando a defesa AC.
9) Quando uma posição defensiva de GC é ocupada ou o núcleo de defesa de Pelotão é ameaçado pelos flancos e pela
retaguarda, o CmtPelFuzNav deve ajustar sua defesa, deslocando pessoal e armas dos locais menos engajados para
posições suplementares na área ameaçada. Ele orienta os fogos de todas as armas que possam engajar eficientemente
alvos dentro da posição que "submergiu". Fogos são também lançados sobre a base da ruptura, para evitar que o
inimigo possa reforçá-la. O comandante normalmente tenta limitar a ruptura com a reserva e destruir o inimigo pelo
fogo.
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2) A iluminação deve ser largamente usada para expor o inimigo, à medida que ele se aproxima das área dos PelFuzNav
em 1° escalão. Os CmtPelFuzNav solicitam permissão ao CmtCiaFuzNav para iluminar a área. É responsabilidade do
CmtCiaFuzNav informar às SU adjacentes sua intenção de usar a iluminação. De um modo geral, as armas não atiram
até que os alvos estejam visíveis. Os fogos são executados somente mediante ordem dos comandantes, que mantêm
rígido controle, para evitar tiros indiscriminados, que resultariam em gastos desnecessários de munição e revelação
prematura das posições. Os comandantes podem determinar que algumas armas atirem em pontos que se revelem
pela luz ou, em alguns casos, pelo ruído. Armas coletivas atiram com dados de tiros prédeterminados ou usando
equipamento de visão noturna.
3) Quando se constatar que o inimigo está começando seu assalto, o CmtPelFuzNav solicitará Fogos de Proteção Final
na área ameaçada. A iluminação continuará em grau crescente e a defesa será conduzida da mesma maneira que a
diurna. As armas automáticas atirarão em suas direções principais de tiro. Os atiradores atiram em seus setores, exceto
quando outra ordem tiver sido dada por seu comandante de ET. Granadas de mão deverão ser usadas para
suplementar outros fogos, à medida que o inimigo se aproximar da posição. Outros aspectos da conduta de defesa
noturna são geralmente os mesmos da conduta diurna.
NAVAIS
FUZILEIROS
5 - MANUAL DE
FUNDAMENTOS DE
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FUZILEIROS NAVAIS
CAPÍTULO 1
GUERRA, CONFLITO, PODER E FUNÇÕES DE COMBATE
1.3 - ESTILOS DE CONDUÇÃO DOS CONFLITOS
1.3.1 - Considerações Iniciais
Na condução dos conflitos identificam-se dois estilos diferentes, mas não antagônicos, conhecidos como
Guerra de Atrito e Guerra de Manobra. Precedendo suas definições, é importante enfatizar que ambos são
implementados com base na doutrina em vigor, sem que representem novas concepções. Tais estilos não existem em
suas formas puras, coexistindo simultânea, interdependente e complementarmente nos engajamentos, batalhas e
campanhas, sendo passíveis de serem empregados em quaisquer dos níveis de condução da guerra, escalões de Forças
ou intensidade dos conflitos.
Todo emprego ou enfrentamento de Forças se vale de fundamentos das Guerras de Manobra e de Atrito. A
predominância de um dos estilos depende de uma variedade de fatores que compreendem, dentre outros, a natureza,
a eficiência e o poder de combate das Forças envolvidas. Assim, enquanto no nível tático pode estar se enfatizando a
aplicação de aspectos inerentes à Guerra de Atrito, no nível operacional, pode haver a predominância de emprego dos
princípios da Guerra de Manobra.
emprego dos sistemas de armas, importa mais do que a criatividade e a astúcia e o sucesso em combate passam a
A liderança em todos os níveis, a rapidez3, a surpresa4 e a audácia5 são elementos fundamentais da Guerra
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de Manobra. O sucesso é medido em termos de efeitos desejados alcançados. Nela, evita-se o confronto direto com
as unidades de combate inimigas, engajando seus sistemas de apoio, de modo a neutralizá-las indiretamente.
O resultado da ação deixa de ser proporcional ao nível de força empregado, tendendo a reduzir os custos em
pessoal e material e havendo menores chances de danos às áreas de atuação, bem como à população local.
Neste estilo, a vitória exige maior competência dos líderes, sendo relevante a obtenção de superioridade local
em poder de combate. O risco de insucesso aumenta, uma vez que o inimigo ainda poderá dispor fisicamente de seus
meios. Como o estilo de Guerra de Manobra preconiza a rapidez e a audácia em todos os níveis, é natural a ocorrência
maior de erros, que, no entanto, são em muito suplantados pelas benesses da surpresa e da exploração tempestiva
das oportunidades. Nesse sentido, é necessária uma mudança da “mentalidade do erro zero”, a qual não se aplica a
este estilo de guerra, em que a tolerância com erros deve ser maior, assim como, também, devem ser estudadas as
medidas para se contrapor a estes possíveis erros.
Assim, conclui-se que os estilos de guerra, apresentados em suas formas puras, constituem uma estratificação
teórica raramente observada nos campos de batalha. O fogo, que marca a atrição, obviamente gera uma vantagem
no campo psicológico. A obtenção dos efeitos desejados apenas pela manobra sem que um tiro seja disparado é pouco
factível. Dessa forma, a combinação do emprego coordenado do fogo com a manobra deve ser buscado pelos
planejadores.
CAPÍTULO 2
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OS FUZILEIROS NAVAIS
2.1 - CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
O CFN, parcela inalienável da Marinha do Brasil, é vocacionado para a projeção de poder, por meio de
Operações Anfíbias. Além disto, em face de suas características, reúne atributos que o tornam capaz de ser empregado
em uma ampla gama de operações militares e atividades subsidiárias, conforme previsto na Estratégia Nacional de
Defesa10: “Para assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Marinha possuirá, ainda, meios de Fuzileiros Navais,
em permanente condição de pronto emprego.
A existência de tais meios é também essencial para a defesa das instalações navais e portuárias, dos
arquipélagos e ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras, para atuar em operações internacionais de paz, em
operações humanitárias, em qualquer lugar do mundo. Nas vias fluviais, serão fundamentais para assegurar o controle
das margens durante as operações ribeirinhas.
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2.5 - CARÁTER EXPEDICIONÁRIO
A capacidade expedicionária do CFN decorre da existência de uma tropa de pronto emprego, autossustentável e
adequadamente aprestada para cumprir missões por tempo limitado, sob condições austeras e em área operacional
distante de sua base.
Cabe destacar que expedicionário há que ser o Conjugado Anfíbio e não, unicamente, os Fuzileiros Navais, pois, seu
principal vetor de mobilidade estratégica são os meios navais da MB, que proporcionam aos GptOpFuzNav a necessária
logística de sustentação.
a) Infantaria
No combate, a Infantaria combina fogo, movimento e ação de choque. Tal técnica consiste, inicialmente, na
progressão da tropa sob a proteção e apoio de uma base de fogos.
A Força que se movimenta busca o contato com o inimigo, enquanto a base de fogos procura reduzir a
interferência dele no referido deslocamento e, se possível, destruílo.
Por sua vez, a ação de choque consiste no impacto físico e psicológico imposto ao inimigo pela associação dos
fogos e do movimento - a manobra - com o reforço, quando for o caso, da proteção blindada. Assim, a ação de choque
variará desde o assalto realizado pelo combatente a pé, realizando fogos potentes a curta distância, empregando o
combate corpo-a-corpo e apoiado por fogos, até a utilização de elementos blindados em apoio.
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A Infantaria é capaz de progredir praticamente em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições
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O ApAe exerce um papel fundamental no desenvolvimento das ações em terra, compreendendo, além do
transporte tático, dentre as atividades de ApCmb, as ações de Apoio Aéreo Ofensivo (ApAeOf).
A utilização de aeronaves possibilita a exploração da terceira dimensão do combate nos campos de batalha, fator
multiplicador de poder de combate, contribuindo decisivamente para o cumprimento das missões dos GptOpFuzNav.
Esse emprego constitui o Apoio ApAe.
O ApAe em proveito da manobra dos GptOpFuzNav é dividido em dois grandes grupos: ApAeOf e Apoio Logístico
(ApLog) por aeronaves.
d) Artilharia de Campanha
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A Artilharia de Campanha é o principal meio de apoio de fogo orgânico dos GptOpFuzNav nas Operações de Guerra
Naval. Graças à flexibilidade, alcance e poder de destruição de seus meios, pode ser empregada para apoiar os
elementos de combate aplicando fogos sobre os escalões avançados do inimigo e seus meios de apoio de fogo, bem
como aprofundando o combate por meio de fogos contra as instalações de comando, comunicações, sistemas de
armas, logísticas e reservas do oponente.
A Artilharia de tubo (obuseiros e morteiros) cerra, normalmente, à retaguarda dos elementos de combate,
apoiando seu ataque e facilitando sua manobra.
A Artilharia de mísseis e foguetes é de grande importância para aprofundar o combate, batendo alvos de interesse
do Comando do GptOpFuzNav, particularmente posições inimigas mais distantes. Pode ser empregada, ainda, para
bater meios navais quando em Operações de Defesa de Ilhas Oceânicas e de Instalações Navais.
e) Blindados
Os CC são empregados, primordialmente, no apoio, destruindo forças inimigas, suas armas, seus blindados e suas
instalações.
As VBTP SL, os CLAnf e as VBTP SR provêm à tropa embarcada proteção blindada, mobilidade e apoio de fogo,
conferindo ação de choque às suas ações. Tais características associadas à flexibilidade, variedade de sistemas de
comunicações e à reação imediata aos comandos recebidos delineiam a atuação dos blindados.
Entretanto, os blindados possuem suas próprias limitações, além de estarem sujeitos às restrições causadas por
obstáculos naturais e artificiais.
Assim, para otimizar suas possibilidades, os blindados devem ser empregados prioritariamente em ações ofensivas
e em combinação com a Infantaria, que lhes proporcionará proteção aproximada, compensando algumas das
limitações supra. Por sua vez, a Infantaria terá sua ação de choque e segurança ampliadas pela atuação conjunta com
os blindados.
f) Comunicações e informática
As comunicações e a informática permitem o estabelecimento de ligações bem como a transmissão de dados e
ordens com rapidez, confiança e segurança, agilizando a tomada de decisão.
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Os sistemas devem ser confiáveis e flexíveis. O sucesso depende em grande parte da eficiência no desempenho das
Os fogos de apoio, para que sejam aplicados segundo esses preceitos mencionados, devem ser rigorosamente
coordenados para que não haja prejuízos à manobra e tampouco causem baixas pelo chamado “fogo amigo”.
A CAF, por sua vez, consiste em um processo sistêmico de análise e decisão, que envolve o emprego simultâneo
de múltiplos sistemas de armas, que sejam capazes de identificar e bater, prioritariamente, os alvos que materializem
as VC e o CG inimigos, de modo a potencializar os efeitos desse fogos de apoio.
A CAF torna-se efetiva quando integrada ao sistema de inteligência, em particular quanto à inteligência de alvos. A
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aplicação de princípios, fundamentos, métodos e medidas permissivas e restritivas, tal como especificado em manual
próprio sobre a CAF, proporciona rapidez, associada à liberdade de manobra, necessária para o cumprimento da
missão do GptOpFuzNav.
Por se tratar da mais complexa das operações militares, a CAF nas Operações Anfíbias, particularmente durante o
movimento-navio-para-terra (MNT), torna-se especialmente completa e complexa por envolver as três dimensões do
combate (naval, terrestre e aéreo) em proveito do conceito da operação do Comandante da Força-Tarefa Anfíbia (a
cargo do Centro de Coordenação das Armas de Apoio – CCAA) e do conceito da operação em terra do Comandante da
Força de Desembarque (a cargo do Centro de Coordenação do Apoio de Fogo – CCAF).
k) Engenharia de Combate
A Engenharia destina-se a ampliar o poder de combate dos GptOpFuzNav aumentando sua mobilidade e reduzindo
a mobilidade das Forças inimigas (contramobilidade). Na defensiva, o Sistema de Barreiras deve ser integrado à DAC
e ao Plano de Fogos.
Os trabalhos que atendem ao propósito do aumento da mobilidade no apoio ao combate compreendem o
reconhecimento de Engenharia, a manutenção da rede mínima de estradas e de campos de pouso, a abertura de
passagens em obstáculos e áreas minadas, a desativação de artefatos explosivos, o lançamento de equipagens de
transposição de cursos d’água e o levantamento de campos de minas visando, principalmente, manter a impulsão da
Força apoiada.
No que tange ao propósito da contramobilidade, grande esforço estará voltado para o lançamento de campo de
minas anticarro, a execução de destruições, demolições e para o estabelecimento de obstáculos que retardem,
canalizem ou detenham o inimigo, com a máxima exploração dos obstáculos naturais, visando economia de tempo e
de meios de engenharia.
Quanto às medidas de proteção, os equipamentos de engenharia poderão ser empregados nos trabalhos de
organização do terreno, provendo excelente apoio na preparação de abrigos, instalações de órgãos de comando, de
artilharia, bem como posições defensivas.
Em situações de emergência, a Engenharia pode ser empregada, com limitações, como Infantaria.
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A GC, também conhecida como Ciberguerra, é uma modalidade de guerra onde o “conflito” não ocorre em terra,
ou no mar, ou no espaço, mas sim no espaço cibernético (ECiber).
O ECiber é um ambiente não tangível formado por ativos de Tecnologia da Informação (TI) onde dados digitalizados
são criados, armazenados, modificados, transitados e processados.
Os armamentos utilizados neste tipo de guerra são conhecidos como artefatos cibernéticos, que se tratam de
equipamentos ou sistemas empregados no ECiber para execução de ações de defesa, exploração e ataque. Tais ações
em conjunto são denominadas ações de guerra cibernética.
Uma ameaça cibernética, por exemplo, pode ser qualquer indivíduo, equipamento ou sistema com potencial para
causar um incidente de TI. Considera-se combatente cibernético como sendo o indivíduo que emprega artefatos
cibernéticos para realizar ações de GC. De forma geral, os alvos da GC são as infraestruturas críticas, assim
consideradas as instalações, serviços, bens ou sistemas que, caso tenham a sua operação comprometida, afetam o
cumprimento da missão de uma organização.
O risco cibernético é a probabilidade de ocorrência de um ataque associado à magnitude do dano por ele
provocado.
Os ataques cibernéticos são passíveis de ocorrer porque os sistemas computacionais possuem vulnerabilidades,
com os mais diversos propósitos, tais como: subtração de dados; conhecimento das vulnerabilidades de redes e
dispositivos; alterações de páginas na internet; interrupção de serviços; e degradação da infraestrutura crítica.
Mesmo nas redes segregadas ou sistemas isolados, observa-se a existência de vulnerabilidades nos mesmos
patamares das redes conectadas. De fato, não há segregação total, pois alguma rede ou dispositivo, mesmo dito
isolado, são acessados por dispositivos que, em outro momento, estiveram ou estarão conectados à internet.
Assim sendo, as Forças estarão mais ou menos vulneráveis à medida que sejam capazes de detectar, corrigir ou
proteger estas falhas presentes no seu ECiber.
a) Recursos Humanos
Os GptOpFuzNav ativados para emprego em operações são priorizados quanto ao recebimento do pessoal em
quantidade e com a capacitação profissional necessária ao cumprimento de sua missão.
Caso necessário, o Cmt do GptOpFuzNav levantará suas necessidades de pessoal, assim como as qualificações
específicas desse pessoal, a fim de providenciar junto ao seu Comando superior o recompletamento e a qualificação
necessários ao cumprimento de sua missão.
Normalmente, essa função logística refere-se ao controle de efetivos, recompletamentos, controle de extraviados,
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assistência religiosa, moral, justiça e disciplina, dentre outros aspectos.
Com relação à atividade de bem-estar e manutenção do moral da tropa, visa manter as condições psicossociais
adequadas ao cumprimento da missão. Compreende ações voltadas para o atendimento de necessidades como:
repouso, recuperação, recreação, suprimento reembolsável, serviço de assistência social, serviço de assistência
religiosa, serviço postal, serviço de lavanderia e sepultamento.
b) Saúde
O apoio de saúde (médico e odontológico) é prestado visando a conservação do poder combatente dos
GptOpFuzNav, o que é conseguido por meio da execução de medidas de medicina preventiva e de reabilitação.
É o conjunto de atividades relacionadas com a conservação do pessoal, nas condições adequadas de aptidão física
e psíquica, por intermédio de medidas sanitárias de prevenção e recuperação, para que a tropa tenha plenas condições
de cumprir suas tarefas.
As atividades da função logística saúde consistem no levantamento das necessidades, determinação dos padrões
psicofísicos, seleção médica, medicina preventiva e medicina curativa.
Ressalta-se a importância dos procedimentos de primeiros-socorros individuais, a capacitação profissional dos
enfermeiros e a existência de cadeias de evacuação claramente definidas para que o GptOpFuzNav minimize suas
perdas de pessoal em situações de combate.
c) Suprimento
É o conjunto de atividades que trata da previsão e provisão do material, de todas as classes, necessário ao
GptOpFuzNav, permitindo o dimensionamento da estrutura para o fornecimento dos diversos itens e o
estabelecimento e manutenção do fluxo de ressuprimento.
O suprimento pode ser obtido no TO/Área de Operações (AOp) ou vir de fora. O armazenamento deve considerar
níveis de estoque (operacional, segurança, reserva e máximo) compatíveis com sua missão.
No planejamento inicial do GptOpFuzNav, devem ser previstos níveis mínimos de estoque de suprimentos que
garantam sua sobrevivência em combate (autossuficiência), devido a possíveis óbices para implementação do
ressuprimento planejado.
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e) Engenharia
É o conjunto de atividades que são executadas, visando ao planejamento e à execução de obras e de serviços com
a finalidade de obter e adequar a infraestrutura física e as instalações existentes às necessidades dos GptOpFuzNav.
As atividades de engenharia têm um sentido técnico combinado com uma necessidade logística. Desta forma, nem
sempre é possível estabelecer uma nítida distinção entre os trabalhos de engenharia que são relacionados às tarefas
de ApCmb e de ApSvCmb.
Alguns trabalhos para aumento de mobilidade, como construção de pontes, assessoria técnica, levantamentos
topográficos, desenvolvimento e manutenção de campos de pouso e vias de transporte ou reparação de uma estrada
para atender ao deslocamento do escalão de ataque, tarefas nitidamente de ApCmb, permitirão o deslocamento de
seus suprimentos, e podem ser considerados também de ApSvCmb.
Quanto às medidas de proteção, os equipamentos de engenharia também poderão ser empregados na preparação
de instalações logísticas, principalmente abrigos para suprimentos críticos, permitem um maior grau de sobrevivência
às Forças apoiadas.
Apesar disso, pode-se afirmar que as atividades voltadas para ampliar as condições de bem-estar dos
GptOpFuzNav, são tarefas exclusivamente de ApSvCmb. Tais atividades não contribuem diretamente para a condução
das operações, porém melhoram as condições de conforto de uma tropa e aumentam sua capacidade de durar na
ação. Dentre elas destacam-se a geração de energia, a produção de água potável e o apoio em construção de
instalações.
f) Transporte
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Desde o fornecimento de suprimentos, passando pela evacuação de Prisioneiros de Guerra (PG) e de feridos,
transporte de refugiados, até a coleta de salvados, a eficácia da realização de todas as atividades de ApSvCmb depende
do correto dimensionamento da estrutura de apoio de transporte, da distribuição apropriada de meios e do
gerenciamento dos recursos dentro de prioridades pré-estabelecidas.
Assim, além das viaturas estarem disponíveis, há a necessidade de que sejam confiáveis e provejam a mobilidade
e proteção necessária para cada tipo de missão dos GptOpFuzNav, requerendo motoristas e operadores qualificados
a conduzí-las de acordo com as condições de trafegabilidade da AOp.
g) Salvamento
É o conjunto de atividades que são executadas visando a salvaguarda e o resgate de recursos materiais, suas cargas
ou itens específicos do GptOpFuzNav.
O salvamento consiste em combater incêndios, controlar avarias, rebocar e, no caso do material específico do
GptOpFuzNav, desatolar viaturas e equipamentos, reflutuar Viaturas Anfíbias (VtrAnf) e recuperar suas cargas ou itens
específicos.
h) Serviço de Polícia
Conjunto de atividades relacionadas diretamente com a segurança de instalações e comboios, com o
estabelecimento de postos de controle de trânsito, com ações de controle de distúrbios e trato com os PG.
i) DefNBQRe
Conforme supracitado, a DefNBQRe é responsabilidade de todos os componentes dos GptOpFuzNav. As tarefas de
descontaminação e detoxificação, consideradas como atividades de ApSvCmb, são cumpridas pelas Seções de
Descontaminação QBN (SecDesconQBN).
CAPÍTULO 3
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GUERRA DE MANOBRA
3.1 - GENERALIDADES
Conforme apresentada no capítulo 1, a Guerra de Manobra é um estilo de condução do conflito em que, em síntese,
é priorizada a aproximação indireta, na busca de se abordar o inimigo a partir de uma posição vantajosa, com o
propósito de romper a coesão mental de suas Forças.
Os conceitos a seguir apresentados fornecem o necessário embasamento para um melhor entendimento da Guerra
de Manobra.
O Ciclo OODA é formado por quatro etapas. Na primeira (observação), é percebida uma mudança no curso dos
acontecimentos; na segunda (orientação), é produzida uma imagem mental da nova situação; na terceira (decisão),
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Tendo sido o oponente sucessivamente sobrepujado por ritmo e velocidade superiores do ciclo OODA executado por
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nossas Forças, ele tenderá a ter sua coesão mental deteriorada, redundando na sua incapacidade de lidar com a
situação em tela.
Uma Força que execute um Ciclo de Decisão mais rápido tem grande vantagem sobre outra na qual o processo é mais
lento, criando oportunidades e assegurando a iniciativa das ações.
A execução de um rápido e eficiente processo decisório traz enorme vantagem àquele que, gerando um ritmo intenso,
consiga, mais rapidamente, desestabilizar e, consequentemente, retardar o ciclo do oponente, gerando a desordem
ou a destruição de sua coesão física, mental ou moral.
não sejam identificadas VC do inimigo, ações preparatórias devem ser realizadas para criá-las.
Em conjunto com a Intenção do Comandante (IC), a ser apresentada no artigo 3.10, o PFE garante a necessária
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convergência de ações, ao tempo que possibilita a flexibilidade indispensável à Guerra de Manobra.
Normalmente, o emprego da reserva deve explorar o sucesso obtido pelo EsfPcp.
independentemente de informações mais detalhadas sobre o inimigo ou o campo de batalha, podendo, assim, gerar
Em todos os escalões, o Comandante precisa compreender claramente a IC do seu escalão superior, para que seu Ciclo
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OODA possa girar de modo eficiente e mais rápido do que o de seus oponentes, sem depender de instruções
específicas do COMIMSUP, para cada ação sua no campo de batalha. Ao subordinado cabe a responsabilidade de
implementar a IC do escalão superior.
Essa correlação entre IC e iniciativa dos escalões torna-se especialmente útil para os GptOpFuzNav nas OpAnf, devido
ao distanciamento entre comandantes e subordinados e ao fracionamento das Unidades até o momento do firme
estabelecimento em terra, já que as organizações permanecem fisicamente separadas em três grupos distintos
(embarque, desembarque e tático para o combate), e também por limitação de espaço nos principais meios de
desembarque.
Em resumo, a IC é importante por transformar a experiência e a genialidade do Comandante em ferramenta de
iniciativa para que os subordinados acelerem seu Ciclo OODA, mesmo sob a névoa da guerra, com especial utilidade
nas OpAnf.
e ativas contra os seus elementos geradores de conhecimentos, forte emprego de ações diversionárias e manutenção
CAPÍTULO 4
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GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS
4.1 - GENERALIDADES
O GptOpFuzNav é uma forma de organização para o emprego de tropa de Fuzileiros Navais, constituída para o
cumprimento de missão específica e estruturada segundo o conceito organizacional de componentes, que agrupa os
elementos constitutivos, de acordo com a natureza de suas atividades.
O conceito organizacional de GptOpFuzNav deve ser considerado complementarmente aos procedimentos previstos
pelo Processo de Planejamento Militar (PPM), não resultando em perda de flexibilidade de escolha da melhor estrutura
para o cumprimento das tarefas recebidas.
O emprego de tropa de Fuzileiros Navais organizadas como GptOpFuzNav dar-se-á, normalmente, quando o vulto, a
complexidade ou a ênfase das tarefas a serem executadas justificarem a reunião de elementos constitutivos sob um
mesmo comando. Esta forma de organização é válida em qualquer ambiente ou nível de violência do conflito. Caberá à
autoridade, que determinar o emprego de tropa, decidir pela ativação ou não de um GptOpFuzNav.
O conceito de GptOpFuzNav permite aliviar o seu Comandante da sobrecarga resultante da complexidade das atividades
de manobra terrestre, de apoio logístico e daquelas relacionadas com o espaço aéreo de sua responsabilidade, além de
facilitar a coordenação e o controle da Força. Assim, possibilita maior eficiência, na medida em que, para cada área
geral de atuação (comando e controle, manobra terrestre, espaço aéreo e logística), existirá um Comandante designado
para planejar, coordenar e controlar as ações desenvolvidas, atendendo ao estabelecido pelo planejamento do Comando
do GptOpFuzNav.
Dessa forma, o Comandante do GptOpFuzNav preocupa-se com a coordenação geral das ações, interage com os
comandos superiores envolvidos na missão e mantém constante acompanhamento da evolução da situação no nível
operacional e tático, com vistas ao possível emprego futuro da Força.
O CCT concentra os meios de Cmb e de ApCmb necessários à execução das tarefas relacionadas com a conquista e
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manutenção do terreno, a destruição da coesão mental e sistêmica do inimigo, bem como outras relacionadas com o
controle de áreas terrestres.
A estrutura logística do CCT é sumária, atendendo apenas ao desencadeamento de sua capacidade de combate. Cabe ao
CASC prover o ApSvCmb necessário à sustentação do CCT.
É desejável que haja um único CCT. Entretanto, poderão existir situações que indiquem a constituição de um segundo
CCT. Tais situações, normalmente, relacionam-se com a não existência de condições adequadas para o controle,
coordenação e apoio das ações de um elemento que atue afastado, diferença da natureza das tarefas a serem
simultaneamente empreendidas e o emprego sequencial de dois elementos de combate, que embora atuem na mesma
área, o façam em períodos de tempo distintos.
Em uma mesma operação, a realização do EsfPcp atribuída a um componente poderá ser transferida para outro para
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atender às necessidades operativas.
O componente designado para a condução do EsfPcp contará com o apoio de todos os demais integrantes do
GptOpFuzNav.
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OPERAÇÕES
6 - MANUAL DE
MILITARES EM
OPERATIVOS DE
AMBIENTE URBANO
DOS GRUPAMENTOS
FUZILEIROS NAVAIS
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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!
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EM AMBIENTE URBANO DOS GRUPAMENTOS
OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS
CAPÍTULO 1
GENERALIDADES
1.1 - INTRODUÇÃO
Devido ao crescente processo de urbanização, será cada vez mais frequente o emprego de forças militares em
epicentros político, econômico, social e cultural em todo o mundo. A realidade é que muitas das operações militares,
se não todas, serão conduzidas em arredores ou no interior de áreas urbanas. O controle de grandes áreas urbanas
será crítico, nos futuros conflitos, para a consecução dos objetivos táticos, operacionais e estratégicos.
Tornam-se cada vez mais constantes as interferências políticas e sociais nesse tipo de confronto, havendo assim
necessidade de considerar os efeitos junto à população.
Atualmente conflitos internacionais são acompanhados de perto pela imprensa. Isso faz com que seja necessário
levarmos em conta a necessidade da criação de equipes específicas para trabalharem junto à mídia em busca de
resultados positivos. Estas equipes deverão ser multidisciplinares formadas por analistas de informações, especialistas
em propaganda, especialistas em marketing, especialistas em jornalismo, em mídia eletrônica, em redes, em
digitalização de imagens, em internet, relações públicas, etc., agindo desta forma será possível explorar ao máximo os
efeitos do conflito junto à opinião publica internacional.
Dentre às principais dificuldades encontradas nesse ambiente operacional, está a possibilidade de um grande número
de baixas junto à população civil, significativa destruição da estrutura urbana, participação de considerável efetivo de
militares empenhados, isto tudo aliado às dificuldades de coordenação e controle, pois o terreno extremamente
compartimentado dificulta a observação da tropa como um todo e as grandes estruturas dificultam as comunicações
rádio tornando muito difícil à intervenção no combate por parte do escalão superior.
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Desta forma, sempre que possível o combate em área urbana deve ser evitado, tendo em vista o grande impacto na
restrições à manobra impostas pelo ambiente operacional, o risco no emprego dos blindados, a necessidade de
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mobilidade tática de alta velocidade, às restrições ao apoio de fogo e a necessidade do uso de munição inteligente.
Desta forma, com o desenvolvimento de dispositivos cada vez mais sofisticados, a necessidade de informações mais
rápidas e precisas nos leva a adotar uma estrutura organizacional mais flexível, onde as decisões sejam tomadas de
forma tempestiva na origem do problema. Para tal descentraliza-se o poder decisório. Surge então a valorização do
elemento humano na condução do combate.
As características do ambiente operacional urbano fazem com que ele imponha algumas restrições na utilização de
determinados equipamentos, restringindo assim algumas vantagens táticas advindas de um nível tecnológico superior
por parte de um dos contendores.
A assimetria do combate urbano, aliada à pequena distância entre as tropas restringe o apoio de fogo, não só por
parte da artilharia como também do apoio aéreo. Ficam restritas as comunicações terrestres, devido às estruturas das
edificações, os blindados têm seus movimentos restringidos em face da canalização gerada pelas ruas, obstáculos,
escombros, etc. e os helicópteros ficam vulneráveis, em virtude da existência de armas terra-ar portáteis nos andares
superiores e terraços das edificações.
Fica evidenciado neste tipo de ação militar o valor dos sistemas de inteligência e informação sendo extremamente
necessário a valorização do sistema: comando e controle (C²). O sistema de combate urbano deve considerar ao
máximo o uso do C² de forma integrada, com a robótica, de veículos aéreos não-tripulados, de sensores, de sistemas
que apresentem grande mobilidade tática, de apoio médico especializado para fazer face à ameaça QBN (químicos,
biológicos e nucleares), de munição inteligente e sobretudo da valorização do elemento humano.
O adestramento deve ser redirecionado de forma a dar maior enfoque às operações combinadas de grande vulto, à
reprodução do terreno urbano para treinamento, à construção de centros de treinamento virtuais e, sobretudo, ao
aperfeiçoamento do sistema C² para este tipo de operação.
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CAPÍTULO 5
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AÇÕES EM ÁREAS URBANAS
Conquistar e/ou defender – ação de mais elevado grau de controle que infere alto grau de liberdade de ação para
nossas forças, normalmente envolvendo a aceitação de combates intensos e prolongados, esta tarefa é normalmente
atribuída quando a área urbana é um objetivo como um todo;
Destruir – ação que visa impedir o uso da área urbana pelo inimigo como fonte logística ou base de operação;
usualmente atribuída quando esta não apresenta utilidade para nossas forças mas pode servir ao inimigo,
particularmente quando não houver força disponível para a sua manutenção;
Controlar – grau de controle menor do que o obtido pela conquista, o qual admite uma seletividade de locais ou áreas
e temporariedade de atuação, representando uma relativa liberdade de ação para nossas forças e um significativo
grau de negação de atuação para o inimigo; tarefa que visa obter um grau mínimo de segurança para a utilização de
determinadas vias ou instalações por nossas tropas ou negação ao uso pelo oponente; Isolar – ação que busca impedir
a entrada e saída na área urbana de meios de toda ordem visando evitar que a área urbana interfira nas operações
realizadas fora desta;
Resgatar – ação de retirar do interior da área urbana pessoal ou material de importância para as ações militares.
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O planejador selecionará, dentre as citadas tarefas essenciais, a combinação necessária à obtenção dos efeitos
5.5.1 - Fases
As ações em áreas urbanas dividem-se em três fases: isolamento, avanço e limpeza. Devem ser respeitadas suas
peculiaridades, principalmente, em relação ao poder de combate, apoios e conduta específica no desenvolvimento
das ações.
a) Isolamento
Consiste em isolar a localidade e apoiar pelo fogo a progressão até a orla da localidade. Seu desenvolvimento
caracteriza-se pelo controle do perímetro externo da área urbana, por meio de combinação da conquista e
manutenção de acidentes capitais externos a localidade; pelo desencadeamento de fogos de interdição, visando
impedir que o inimigo concretize o reforço com novos meios ou suprimentos logísticos; pela ocupação de postos de
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observação (PO); pelo emprego de patrulhas; emboscadas e pela utilização de lançamentos de obstáculos interferindo
diretamente na mobilidade inimiga. Quando bem sucedido o isolamento, impede ou dificulta o movimento do inimigo
para o exterior ou interior da área de interesse, contribui para a segurança evitando mudanças súbitas e desfavoráveis
do poder relativo de combate possibilitando que o inimigo possa ser destruído por partes.
A escolha da linha de ação a ser adotada como decisão deve atentar para os seguintes aspectos:
- seleção dos objetivos adequados ao isolamento;
- definição da direção de ataque das peças de manobra; e
- concentração de meios para o ataque principal.
Desta forma, os acidentes capitais que dominam as vias terrestres ou fluviais,quando marcados como objetivos,
durante a fase do isolamento, devem ser conquistados, consolidados e mantidos temporariamente, isolando a área
de interesse e garantindo a força atacante um poder relativo de combate extremamente favorável, no momento e
local onde vão executar ações decisivas.
Semelhante ao terreno em que se desenvolvem operações convencionais, a direção de ataque deve ser escolhida
levando-se em consideração à distância a ser percorrida e o terreno que facilita a progressão da tropa, bem como seus
apoios.
O ataque principal deve sempre incidir sobre acidentes capitais que apóiam a abordagem da localidade e o
prosseguimento para o interior em melhores condições. Seu poder de combate traz as mesmas considerações das
operações ofensivas convencionais. Nesta fase, poderão ser desencadeados fogos indiretos sobre alvos selecionados,
a fim de apoiar a conquista de objetivos isolados.
As armas automáticas e armas anticarro também apoiarão a conquista desses objetivos. Os blindados proverão
apoio e proteção às peças de manobra encarregadas do isolamento.
As ações realizadas na fase do isolamento, quando atender ao princípio da surpresa e convenientemente
sincronizada com as outras fases, representará para o inimigo a quebra de seu planejamento dificultando a condução
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b) Avanço
A fase do avanço caracteriza-se pela eliminação ou redução da observação terrestre e dos tiros diretos do defensor
sobre as vias de acesso que chegam à localidade. Nessa fase, também as armas de apoio e a reserva cerram à frente
ocupando posições, que possibilitem a futura progressão no interior da localidade, a ser conduzida na fase seguinte.
A segurança está relacionada, principalmente, à conquista de objetivos iniciais situados na orla da área edificada,
que possuem comandamento das vias de acesso. Sua conquista proporciona segurança às peças de manobra.
Além da conquista desses objetivos podemos citar, também, como tarefas específicas a serem realizadas na fase
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do avanço:
- segurança de vias de acesso, que pode ser feita por meio de patrulhas, postos de controle ou postos
de vigilância; e
- estabelecimento de perímetro defensivo, que pode ser feito por meio de lançamentos de obstáculos,
lançamentos de campos de minas, agravamento de obstáculos, pontos de vigilância, patrulhas e preparo de pontos
de resistência.
Quanto à coordenação, a marcação de objetivos diz respeito às regiões que imponham mudança de dispositivo,
direção e ritmo da operação, bem como às necessidades do comandante em coordenar as posições das peças de
manobra com as possibilidades e necessidade do apoio de fogo (segurança da tropa no ataque), reservas e apoio
logístico. Os objetivos, exclusivamente de coordenação, podem ser substituídos por linhas de controle (redução do
tempo de parada e da concentração de tropa). Desta forma, o escalão superior assegura o controle das operações.
Esse procedimento evita a desorganização entre as tropas de primeiro escalão o que poderia comprometer o apoio
de fogo e também causar uma perda de controle do escalão superior.
Apesar de não existir uma obrigatoriedade acerca do número e distância entre as linhas de controle, alguns
aspectos devem ser levados em conta para sua marcação. A profundidade da zona de ação pode comprometer as
comunicações e a diferença de densidade de edificações entre as zonas de ação vizinhas que pode influenciar
diretamente na velocidade de progressão, bem como o desalinhamento dos objetivos iniciais da orla anterior, também
influenciam na coordenação e controle.
Os limites entre as peças de manobra devem ser marcados até o escalão pelotão, podendo passar por um dos lados
das ruas longitudinais ou por dentro de quarteirões e quintais. Ambos os lados da rua devem permanecer na zona de
ação de uma mesma peça de manobra.
A fim de neutralizar as vantagens do defensor quanto a observação, campos de tiro e abrigos, a progressão para a
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orla da cidade poderá ser realizada sob a proteção de fogos de. Empregam-se fumígenos com freqüência, seja para
c) Limpeza
A fase da limpeza consiste na progressão no interior e conquista da localidade propriamente dita por meio da
progressão sistemática casa a casa, quarteirão a quarteirão, através da área edificada. Para desenvolvimento das
ações, esta fase, requer características específicas, tais como: flexibilidade organizacional e dos meios de
comunicações; autonomia para as pequenas frações; rapidez e agressividade; grande coordenação e controle das
ações; e cuidados de sincronização no uso dos meios disponíveis.
O uso de túneis, bueiros, sótãos, porões e lajes de grandes edificações, conferem a este tipo de combate uma
característica tridimensional, fazendo com que as tropas não se preocupem somente com o inimigo que se encontra
a sua frente, mas também, com aquele ao seu redor ou em partes mais elevadas ou subterrâneas.
Os inúmeros combates de encontros geram inúmeras baixas de difícil evacuação.
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prosseguimento das operações.
No interior da localidade três tipos de objetivos são marcados:
- segurança;
- coordenação; e
- limpeza.
Os objetivos de segurança são aqueles que possuem comandamento sobre as vias de acesso ou que incidem sobre
seu respectivo flanco. Já os objetivos de coordenação possibilitam a sincronização das peças de manobra, podendo
ser substituídos por linhas de controle.
Normalmente, os objetivos de limpeza são instalações cuja manutenção torna-se importante para o sucesso das
ações. O ataque principal é realizado na região que melhor caracterize a limpeza da localidade. Normalmente esta
região apresenta quarteirões mais no interior da localidade, maior densidade de construções e, também, as
construções mais dominantes. Além disso, é a região que possibilita as melhores condições de prosseguimento nas
operações, dominância das vias de acesso e proximidade dos objetivos de limpeza.
A delimitação das frentes a serem distribuídas, é um fator importante na hora do planejamento, particularmente,
na distribuição dos meios e do poder de combate. Deve-se levar em consideração o valor do inimigo, as dimensões
das edificações, a densidade da zona de ação e a resistência esperada.
Geralmente, as amplitudes das frentes normalmente distribuídas são as seguintes: três ou quatro quarteirões por
batalhão, dois quarteirões por Cia, e um quarteirão por pelotão. Estas frentes são aplicáveis às localidades fortemente
defendidas, em planejamentos baseados em cartas e plantas ou quando se dispõe de poucas informações sobre a
localidade e o dispositivo inimigo.
Os limites entre as peças de manobra devem ser estabelecidos até o escalão pelotão. Numa região urbanizada,
fortemente defendida, os elementos da vanguarda procederão a limpeza à medida que avançam. Cada construção
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situada na zona que lhes é designada deve ser completamente vasculhada. Esta ação protege os elementos mais
Os helicópteros encontram largo emprego, sendo tanto utilizado para evacuações aeromóveis, como para desalojar
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franco-atirador por meio da realização de tiro embarcado, ou para condução do apoio de fogo.
As frações de engenharia normalmente, são utilizadas em apoio ao conjunto. São muito úteis na remoção de minas
e armadilhas, destroços, lançamentos de obstáculos, barreiras e demolições previamente planejadas.
Os blindados recebem uma zona de ação secundária onde o inimigo é fraco e possui baixa densidade de edificações,
devido à diminuição de pessoal para ser empregado fazendo limpeza nas edificações. Nesta fase, os blindados buscam
destruir os alvos que não foram batidos pela artilharia.
As comunicações, nesta fase, são fortemente influenciadas pelo ambiente operacional em que as grandes
construções interferem no rendimento do equipamento rádio. Portanto, cresce assim de importância o uso de outros
meios de comunicações, tais como: visuais, acústicos, mensageiro e elétricos.
Deverá ser mantida uma reserva forte nas frações menores e uma reserva relativamente fraca, com grande
mobilidade, nos escalões maiores, tendo em vista as dificuldades destes poderem intervir no combate, devido às
dificuldades de comunicações, coordenação, controle e do próprio ambiente operacional.
Considerando a grande disponibilidade de cobertas e abrigos em área urbana, as reservas terão condições de
deslocar-se imediatamente à retaguarda do primeiro escalão, em condições de prontamente intervir no combate.
A utilização de uma área urbana na organização de uma defesa depende de fatores tais como o seu tamanho, a
sua localização em relação à posição defensiva geral e a proteção oferecida pelas edificações. Os edifícios de alvenaria
podem ser transformados em posições defensivas bem fortificadas ou em pontos fortes.
Contudo, a não ser que os edifícios de alvenaria sejam grandes e bem construídos, poderão tornar-se de pequeno
valor, se o inimigo for capaz de batê-los com fogos de carros de combate a curta e média distância. Uma região urbana
que possa ser facilmente evitada, sem obrigar o inimigo a uma ação frontal ou uma manobra lenta é de pequeno valor
defensivo.
Apoio mútuo, defesa em todas as direções, defesa em profundidade são os princípios que realçam em uma defesa
em área urbana.
Os peritos atiradores são melhores empregados nas operações defensivas para prover alerta antecipado da
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aproximação, desorganizar e, se possível, forçar o inimigo a adotar uma formação de combate e a desdobrar-se
prematuramente o que redundará no retardo de sua progressão. Podem ser empregados, ainda, para:
- detectar e destruir elementos infiltrados;
- proteger patrulhas contra emboscadas;
- prover segurança de flancos e retaguarda de posições defensivas;
- infligir baixas e retardar o avanço inimigo;
- conduzir fogos;
- eliminar alvos selecionados; e
- negar ao inimigo o acesso a áreas ou vias de acesso.
O armamento mais adequado para ser utilizado em área urbana é do tipo semiautomático, haja vista que a distância
de engajamento, variedade e fugacidade dos alvos, advindas deste tipo de combate são necessárias respostas rápidas
por parte dos atiradores. As constantes mudanças de posição expõem os peritos atiradores em travessias de ruas e
avenidas, sendo importante nestes momentos críticos, o tiro rápido. O armamento a ser utilizado deve apresentar
uma precisão compatível com a tarefa atribuída.
No combate urbano cresce de importância, também, o uso de armamento (ou munição) com precisão e com maior
poder de destruição, que pode ser utilizado principalmente contra viaturas blindadas, carros de combate, posições
fortificadas, para destruir transformadores, geradores, estações retransmissoras, contra PC, para neutralizar
equipamentos de guerra eletrônica e até mesmo contra aeronaves, em particular as de asa rotativa. Desta forma, o
uso em conjunto de armas anticarro e armas terra-ar portáteis flexibilizam o emprego de peritos atiradores, já que na
maioria das vezes a sua posição de tiro permite o uso de todas estas armas.
Os supressores de ruídos, aliados ao uso de munições subsônicas, devem ter seu uso restrito e de forma criteriosa,
uma vez que diminui bastante a energia a ser transmitida pela munição, devido à diminuição de energia cinética.
Contudo, o supressor de ruídos dificulta a localização dos atiradores, quer pela diminuição do som ou pela diminuição
do clarão na boca da arma, principalmente à noite. No entanto, o supressor de ruído encurta muito o alcance útil da
arma.
O perito atirador deve levar consigo material específico para operar em área urbana. Para isto, ele deve buscar ao
máximo a dissimulação de seu material, quer pelo tipo de camuflagem que deve ser adequada ou pela preocupação
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de dissimular o armamento pela quebra do contorno. Além disso, é de suma importância o material de comunicações,
- descoberta de focos de resistência inimiga, geralmente isolada e nos últimos andares ou a grandes alturas;
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- descoberta de pequenos grupos de dois a quatro homens agindo isoladamente;
- tiros disparados de posições isoladas a mais de 400m;
- vários mortos ou feridos por tiros vindos de uma mesma posição;
- grande número de líderes baleados, demonstrando o uso do tiro seletivo;
- grande número de mortos por tiro na cabeça advindo de posição de tiro distante; e
- execução de tiros contra alvos expostos por poucos segundos.
No tiro de contra-atiradores pode-se refazer a trajetória do tiro de peritos atiradores inimigos por meio de azimute
a ré, quer pela observação da fumaça ou pelo fogo que sai da boca do cano, por meio da observação por buracos feitos
em paredes ou pilares de madeira. Outra forma, é a colocação de bonecos ou capacetes erguidos por hastes,
rapidamente, em diferentes locais para forçar a atuação do perito atirador inimigo para que denuncie
prematuramente a sua posição.
A melhor forma de se precaver contra o tiro de atiradores inimigos é solicitar apoio de fogo sobre possíveis
posições, tais como: terraços, torres, os andares mais altos de prédios destacados, postos de observações, etc. O ideal
é que sejam realizados constantes adestramentos, entre equipes de atiradores e grupamentos específicos, para se
adestrar as formas de se manobrar contra uma posição de peritos atiradores inimigos, constituindo assim, uma equipe
de contra-atiradores.
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CAPÍTULO 8
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OUTRAS CONSIDERAÇÕES
8.1 - ENSINAMENTOS ADQUIRIDOS
Analisando as diversas ações conduzidas em ambiente urbano verificamos os seguintes ensinamentos:
1. - no combate em áreas urbanas, o estudo dos aspectos militares do terreno (observação e campo de tiro; cobertas
e abrigos; obstáculos; acidentes capitais e vias de acesso) é bastante complexo e dinâmico;
2. - apesar de ser um típico combate do componente de infantaria, o apoio cerrado de outras armas e serviços é
fundamental para o êxito das operações;
3. - uma doutrina específica para o combate em área urbana é de vital importância, quando do emprego
descentralizado das pequenas frações, a observação do princípio do apoio mútuo, a utilização
equipamentos/armamentos adequados a cada tipo de operação;
4. - uma maneira de forçar o defensor, bem abrigado, à rendição é destruir seus serviços básicos, cortando-lhe os
suprimentos, quer pelo cerco geral, quer por ações rápidas contra sua linha de abastecimento;
5. - para minimizar a vantagem do conhecimento do terreno por parte do defensor, as tropas atacantes devem buscar
treinar em terrenos semelhantes ao que irão combater, principalmente em termos de conformação, densidade,
tipos de edificações, área construídas e resistência das edificações;
6. - necessidade do uso criterioso do apoio de fogo a fim de evitar danos desnecessários à estrutura urbana e
escombros em excesso, causados pelo uso de munição inadequada ou emprego exagerado dos fogos,
comprometendo a progressão, principalmente o movimento dos blindados;
7. - o emprego das “operações pontuais”, lança possíveis soluções para forçar o inimigo à rendição, ao destruir seus
pontos sensíveis não só na área urbana como também no terreno adjacente;
8. - deve-se buscar o revezamento entre as equipes encarregadas de fazer o vasculhamento das edificações devido
ao alto grau de tensão ao qual são submetidos os militares no desenvolvimento das ações;
9. - a grande importância que é conferida aos peritos atiradores quando atuam no cenário - necessidade de ocupar
as edificações mais altas, o mais rápido possível, para possibilitar comandamento das ações, postos de observação
e posições de peritos atiradores;
10.- antes de iniciar o deslocamento, para diminuir os riscos durante a progressão, devem ser verificados os possíveis
abrigos e cobertas;
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a) Princípios de aplicação da força em autodefesa
- necessidade - mediante a ocorrência de um ato hostil; e
- proporcionalidade - a força a ser empregada deve ser suficiente em intensidade, duração e magnitude, baseado
nos fatos conhecidos na ocasião pelo comandante, para decisivamente conter o ato hostil, garantindo a condição de
segurança da unidade.
b) Intenção hostil
Está vetado o emprego do instrumento de autodefesa, somente devendo ser utilizado com autorização expressa
dos escalões superiores.
1. - toque de recolher – utilizado em ações defensivas, nunca ser instituído como medida de punição, visa à
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NAVAIS
PAZ DOS
FUZILEIROS
7 - MANUAL DE
OPERAÇÕES DE
GRUPAMENTOS
OPERATIVOS DE
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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!
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GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS
CAPÍTULO 2
AS OPERAÇÕES DE PAZ, SUA ESTRUTURA E TIPIFICAÇÃO.
2.1 - CONCEITO
Uma OpPaz é definida como a presença da ONU ou outro organismo por ela autorizado, integrando componentes
civis e militares, em uma área ou região de conflito, com o objetivo de implementar ou monitorar a aplicação de
resoluções e acordos relativos ao controle do conflito, ou para prover e assegurar a distribuição de ajuda humanitária.
Assim, por definição, uma OpPaz visa, essencialmente, a preservação, contenção, à moderação e ao fim das
hostilidades entre ou dentro de Estados, bem como cooperar com o esforço da região ou país afetado na busca da
reestruturação política, econômica e social, por meio de uma intervenção pacífica de uma terceira parte organizada e
dirigida internacionalmente, empregando, para tal, forças multinacionais militares, forças policiais e elementos civis.
Para efeito de padronização, quando se referir de maneira genérica ao processo de promoção da paz, esta
publicação utilizará a denominação OpPaz. Para uma estrutura militar constituída para a execução de uma OpPaz, será
utilizada a denominação genérica Força de Paz (ForPaz). E para uma ForPaz especificamente constituída para
solucionar uma crise em determinada região, será utilizado o título Missão, ao qual serão acrescidos complementos,
conforme apresentado a seguir.
2.2.2 - Composição
As OpPaz no período da Guerra-Fria – ditas de primeira geração - eram de estrutura predominantemente militar.
Seu componente civil era essencialmente voltado para o apoio administrativo às ações militares. Com o término
daquele período, constatou-se que o emprego de forças militares não era suficiente para solucionar as inúmeras crises
que pás saram a eclodir, exigindo a atuação da ONU também nos campos político, econômico, jurídico e social. Desta
forma, as OpPaz passaram a ser, predominantemente, de natureza política, exigindo uma estrutura multifuncional.
Atualmente, dependendo da situação na área em crise, uma OpPaz será estruturada por todos ou parte dos
seguintes componentes:
- Componente de Assuntos Políticos (Political Affairs Component);
- Componente Militar (Military Component);
- Componente Aéreo (Air Component);
- Componente Marítimo (Maritime Component);
- Grupo de Observadores Militares (Military Observers Group);
- Componente de Polícia Civil (Civilian Police Component);
- Componente de Assuntos Humanitários (Humanitarian Affairs Component);
- Componente de Direitos Humanos (Human Rights Component);
- Componente Eleitoral (Electoral Component); e
- Componente Administrativo Civil (Civilian Administrative Component).
Conforme citado, a estrutura variará de acordo com a situação de cada crise, podendo determinado componente
existir em uma operação ou ser absorvido por outro correlato ou simplesmente inexistir em outra. Além dos
componentes acima elencados é comum que existam também órgãos de assessoria ligados diretamente ao comando
da missão.
Essa estrutura interage, no exercício de seu mandato, com os diversos segmentos do país anfitrião, com os
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escalões superiores da ONU e com outros parceiros existentes na Área de Operações (Area of Operations – AOp) –
Organizações Não-Governamentais e agências da ONU, dentre outros.
a) O Componente Militar
O Componente Militar é integrado por forças militares de países contribuintes, denominados contingentes. Esse
componente organizar-se-á em setores ou áreas de responsabilidade e terá a seu encargo o desenvolvimento de
compromissos relativos à interposição, separação e retirada de forças em conflito, à verificação de acordos, ao apoio
à desmobilização das forças, à destruição de armas, o desarmamento, a desmobilização de força irregulares –
guerrilheiros, milícias e bandos – e sua reintegração à sociedade, à criação de novas forças armadas e à ajuda
humanitária. Em determinadas OpPaz, tem-se observado a presença dos
Componentes Aéreo e Marítimo que, apesar de sua natureza militar, não integram o Componente Militar,
deixando para este um caráter estritamente de força terrestre. A título de ilustração, esses componentes são
empregados em operações e ações típicas dos poderes aéreo e naval, respectivamente. Contudo, a decisão para o
emprego de cada um deles é objeto de cuidadosa avaliação, pois envolve uma série de fatores, entre os quais, o
controle do poder de destruição, a interdição de espaços aéreos e áreas marítimas e a liberdade para execução de
inspeções e apresamento. Poderá contribuir para Manutenção de Ambiente Seguro, Garantia dos Direitos Humanos e
Conquista de Objetivos Políticos.
c) Contingente Nacional
É a parcela do Poder Militar de um país que participa de uma OpPaz. Um país, em sua opção, poderá prestar sua
contribuição militar com:
- pessoal de emprego individual para funções de comando, estado-maior, observadores militares e outros;
- unidades de combate, apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate; e
- especialistas para atividades como, por exemplo, treinamento, supervisão e remoção de minas e apoio na área
de saúde.
a) Diplomacia preventiva
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Compreende o conjunto de medidas destinadas a evitar o surgimento ou acirramento de controvérsias entre duas
ou mais partes.
b) Promoção da paz
A Promoção da Paz, por sua vez, é o processo destinado à obtenção de acordos que extingam a confrontação e
possibilitem a solução das motivações que originaram o conflito. Normalmente, esta é desencadeada por intermédio
da diplomacia, de mediações, negociações e de outras formas de acordos políticos.
c) Manutenção da paz
Constitui-se no emprego de pessoal militar, policial e civil para auxiliar na implementação de acordos de cessação
de hostilidades celebrados entre as partes em litígio. É fundamentada nos princípios básicos do consentimento das
partes em litígio, da imparcialidade e do uso mínimo da força.
d) Imposição da paz
Tem caráter coercitivo e engloba as medidas desencadeadas por intermédio do emprego de forças militares que
se destinam a restaurar a paz ou estabelecer condições específicas em uma área de conflito ou tensão, onde as partes
estejam envolvidas em confrontação bélica e, pelo menos, uma delas não esteja de acordo com a intervenção. O
emprego da força está prescrito no Capítulo VII da Carta das Nações e será dirigido contra as partes que insistam na
violação da paz.
e) Consolidação da paz
Consiste em ações posteriores a um conflito interno ou entre Estados. Destina-se a consolidar a paz e evitar o
surgimento de novas controvérsias utilizando-se, como instrumentos, projetos de desenvolvimento político, social e
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econômico, bem como o estímulo de medidas de confiança e interação entre as partes até então em conflito. Essas
a) Emprego preventivo
No Emprego Preventivo, a parte militar da operação é desencadeada com a aplicação de medidas preventivas
para evitar confrontações, tais como o estabelecimento de zonas e faixas desmilitarizadas e a interposição de forças.
Essas medidas são complementadas pelo patrulhamento para fiscalização e pela observação, com a situação
formalizada em relatórios divulgados às partes envolvidas e ao CS. Cabe ressaltar a diferença entre a diplomacia
preventiva propriamente dita (item 2.3.1) e o emprego preventivo de tropas. A diplomacia preventiva seria uma ação
consentida, sem uso da força, enquanto o desdobramento preventivo de tropas seria uma ação consentida, com uso
da força.
militar. Contudo, sendo uma OpPaz, em qualquer de seus estágios, uma operação predominantemente de natureza
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política, as ações de caráter civil não podem prescindir da presença e do apoio militar, bem como as ações de caráter
militar não podem prescindir da presença, do apoio e da supervisão dos componentes civis da estrutura de uma missão
de paz.
Os aspectos essencialmente militares são os seguintes:
- supervisão do cessar-fogo;
- desarmamento, desmobilização de forças irregulares – guerrilheiros, milícias e bandos - e sua reintegração à
sociedade, atividade esta conhecida na comunidade da ONU como Desarmamento, Desmobilização e Reintegração
(Disarmament, Demobilization and Reintegration - DDR);
- destruição de armamento e munições recolhidos;
- elaboração e implementação de planos para a localização, demarcação, interdição e limpeza de áreas minadas; e
- proteção ao retorno de refugiados e pessoas deslocadas aos seus locais de origem.
Em que pese a sua finalidade, este tipo de instrumento requer especial atenção no que concerne à sua aplicação, visto
Essas atividades, de caráter não-bélico, caracterizam-se pelo desenvolvimento imparcial de suas tarefas,
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limitando o uso da força aos casos de autodefesa.
Quando, em circunstâncias especiais, a tarefa de manter ou restaurar a paz exceder às atribuições de ForPaz
nesse tipo de missão, o Conselho de Segurança da ONU considerará a possibilidade de alterar e redefinir essas
atribuições, de ordenar uma retirada ou de empregar nova ForPaz.
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Nas PKO, a força pode ser usada somente como autodefesa ou para executar ações de caráter defensivo,
conforme previsto no mandato. Nas Operações de Imposição da Paz, a força é usada para compelir ou impor a paz.
Ainda assim, o nível da força a ser usado deve ser sempre o mínimo requerido para garantir o cumprimento do
mandato. Mesmo nos casos mais graves de uso da força contra alguma das partes, deverá buscar-se a restauração da
paz ameaçada e não a derrota total do agressor.
2.6.3 - Imparcialidade
Nas PKO, a imparcialidade deve ser objeto de permanente atenção, especialmente quando se realizam ações que
possam criar a impressão de favorecimento a alguma das partes. Com a perda da imparcialidade, é pouco provável
que se obtenha a confiança e a cooperação desejadas.
Já nas Operações de Imposição da Paz, dificilmente haverá uma absoluta imparcialidade, porque ao menos uma
das partes será compelida a cumprir uma resolução que contraria os seus interesses, os mesmos que levaram essa
parte a romper um status quo anterior ao conflito que se pretende cessar ou interromper. É possível, inclusive, que
estejam envolvidas motivações históricas de difícil conciliação, como por exemplo, territórios perdidos em guerras
passadas ou por força de atos de potências hegemônicas ou organismos intergovernamentais.
O quadro abaixo apresenta uma graduação aceitável dessas variáveis, de acordo com o tipo de OpPaz executada.
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CAPÍTULO 8
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O BATALHÃO DE PROTEÇÃO E OUTROS GptOpFuzNav NAS OPERAÇÕES DE PAZ
8.1 - GENERALIDADES
As publicações MD34-M-02 e EMA-402 descrevem, em linhas gerais, os aspectos básicos do UNSAS e a participação
brasileira acordada por nossos representantes. A adesão do Brasil ao citado sistema impôs a necessidade de manter
em condição de pronto emprego uma parte do poder militar, tanto em termos de pessoal quanto de material. No
âmbito da Marinha do Brasil, julgou-se adequado que fosse posto à disposição da ONU um GptOpFuzNav denominado
Batalhão de Proteção (BtlPtç) – ou, ainda, BRAMARB - e uma Unidade Médica Nível 2, cada qual com sua organização
descrita detalhadamente em documentos produzidos pelo ComFFE e pela Diretoria de Saúde da Marinha (DSM),
respectivamente.
As disposições sobre a organização e emprego do BtlPtç, nos termos acordados no UNSAS, é da alçada do Comando
de Operações Navais (ComOpNav), cabendo ao CGCFN prover, no que lhe couber, o apoio necessário à sua ativação e
preparação.
Cabe ressaltar que o UNSAS não impõe ao país a obrigatoriedade de participar em todas as OpPaz desencadeadas.
Para cada operação, haverá um convite à participação, o qual será aceito ou não pelo país contribuinte, conforme
ditarem os seus interesses naquele determinado conflito ou crise. Tampouco há a obrigatoriedade de que, uma vez
aceita a participação, esta venha a dar-se com exatamente a força posta à disposição no UNSAS. Igualmente, os
interesses nacionais e as possibilidades econômicas e militares do país no momento da proposta de participação
poderão determinar alterações na constituição da força a ser efetivamente empregada.
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- executar operações de transporte de carga, pessoal ou material;
- atuar no espectro eletromagnético;
- prover apoio de fogo, caso sejam imprescindíveis para o exercício do direito de autodefesa das forças da ONU em terra;
- alojar temporariamente tropas da ONU;
- prover segurança a instalações e autoridades;
- realizar escolta de comboios e de autoridades;
- realizar a destruição de material bélico capturado ou apreendido;
- realizar trabalhos de engenharia de construção; e
- outras missões previstas no Mandato das Nações Unidas.
DOS
NÃO-
NAVAIS
FUZILEIROS
8 - MANUAL DE
COMBATENTES
OPERAÇÕES DE
GRUPAMENTOS
EVACUAÇÃO DE
OPERATIVOS DE
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GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS
CAPÍTULO 1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 - GENERALIDADES
A expansão dos interesses brasileiros no exterior tem levado a uma crescente presença de empresas,
representações e toda sorte de organizações em outras nações, aumentando, assim, o número de nossos nacionais
em território estrangeiro. Em alguns países, onde vivem e trabalham brasileiros, o clima de insegurança ocasionado
por instabilidades políticas ou sociais poderá vir a degradar-se ao ponto de constituir ameaça aos nossos nacionais.
A situação no país estrangeiro poderá agravar-se de modo tal que o risco à integridade física aos nossos
compatriotas se torne inaceitável, configurando-se a necessidade da retirada dos mesmos do país em questão. Este
tipo de ação, normalmente, será desenvolvido em decorrência da avaliação e por recomendação do chefe da missão
diplomática no país considerado, podendo ser realizada, parcial ou totalmente, por meios usuais de transporte.
Entretanto, poderão ocorrer situações onde as atividades normais da sociedade local estejam de tal modo
comprometidas que inviabilizem a saída dos cidadãos brasileiros por meios normais de transporte. Nestes casos,
poderá ser necessário o emprego de força militar para garantir a segurança necessária à saída de nossos compatriotas
residentes, bem como de outras pessoas cuja retirada seja de interesse do governo brasileiro.
Vale ressaltar que a salvaguarda das pessoas, dos bens e dos recursos brasileiros ou sob jurisdição brasileira é
matéria constitucional e é um objetivo explicitamente estabelecido na Política de Defesa Nacional.
Assim sendo, poderá a Marinha do Brasil (MB) ser chamada a realizar operações militares para prover a necessária
segurança à evacuação de nossos nacionais, bem como os de outras nacionalidades que sejam de interesse do governo
brasileiro. Ainda que qualquer uma de nossas Forças Singulares seja capaz de executar este tipo de operação, a MB
possui uma especial aptidão para esta tarefa, particularmente quando realizada em outro continente, em função das
características intrínsecas ao Poder Naval.
Tais características permitem que uma Força Naval, que conte com um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais
(GptOpFuzNav) embarcado, possa deslocar-se para uma área marítima em águas internacionais, ficando em condições
de contribuir para a evacuação do pessoal em risco, em coordenação com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
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As ENC executadas por GptOpFuzNav, assumem características similares às das Operações Anfíbias (OpAnf) clássicas,
ainda que, por outra parte, suas especificidades não permitam o seu pleno enquadramento como tal.
Não obstante, uma Força-Tarefa designada para realizar uma ENC estará, em última análise, projetando poder sobre
terra, poder esse materializado pelos meios de fuzileiros navais desembarcados em um país estrangeiro.
Há que se considerar ainda, a hostilidade real ou potencial em relação a esta Força, mesmo se houver a anuência para a
realização da ENC por parte do governo legalmente estabelecido, uma vez que uma operação desta natureza somente
ocorrerá se houver, necessariamente, uma clara ameaça aos nossos compatriotas e, por conseguinte, à Força desdobrada
em prol da sua salvaguarda.
Deste modo, as peculiaridades das ENC não invalidam a utilização de conceitos perfeitamente consolidados na MB e em
particular no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), com as devidas adaptações, quando necessárias. Definições tais como Força-
Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), Força de Desembarque (ForDbq), Área do Objetivo Anfíbio (AOA) e outras relativas ao
Planejamento, Embarque, Travessia e Assalto, especificamente quanto ao Movimento-Navio-para-Terra (MNT), são válidas
também para a ENC. Igualmente aplicáveis são as relações de comando entre os Comandantes da ForTarAnf e da ForDbq.
Em princípio, um GptOpFuzNav, ao realizar uma ENC, valer-se-á dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais de
que dispõe a MB. Não obstante, é plenamente admissível a utilização de aeronaves da Força Aérea Brasileira e de navios ou
aeronaves de Forças Armadas de países amigos, bem como meios civis de transporte, conforme a situação assim o
recomendar ou impuser.
1.3 - DIFERENÇAS ENTRE ENC E INCURSÃO ANFÍBIA
A ENC é uma operação militar conduzida em tempo de paz. As ameaças aos cidadãos nacionais são, normalmente, de
âmbito interno do país hospedeiro. Assim sendo, essas operações adquirem características distintas das observadas na
Incursão Anfíbia (IncAnf), que é uma operação de guerra naval cuja execução pressupõe, normalmente, um ato de força
entre as nações envolvidas.
As ENC revestem-se de forte caráter político decorrente das suscetibilidades das relações internacionais, sendo,
portanto, conduzidas, em todos os níveis, pelo MRE em estreita coordenação com o MD. Este tipo de operação difere de
outras operações militares na medida em que o chefe de nossa representação diplomática acreditada no país, por ser o
representante direto do Governo Brasileiro, será a autoridade com poder decisório, caso ele esteja presente durante a
evacuação.
As IncAnf, por sua vez, são conduzidas por meio da Estrutura Militar de Guerra. Quando envolver a evacuação de não-
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DISTÚRBIOS
CONTROLE DE
9 - MANUAL DE
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MANUAL DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS
CAPÍTULO 1
DISTÚRBIOS
1.1 - GENERALIDADES
Distúrbios são manifestações decorrentes da inquietação ou tensão de parcela da população, que tomam a
forma de atos de violência. São empreendidos por Agentes de Perturbação da Ordem Pública (APOP) e podem
originar-se de diversas causas de cunho social, político e econômico, cujo estudo não é objeto desta
publicação. Adicionalmente, condições resultantes de calamidades públicas podem contribuir para a geração
de distúrbios, seja pela tentativa da população de escapar de catástrofes, seja pelo aproveitamento da situação
reinante por indivíduos ou grupos inescrupulosos.
Quando não controlados pelas autoridades competentes, os referidos distúrbios poderão ocasionar:
- a redução ou perda da confiança do povo nas autoridades constituídas;
- a intimidação ou desgaste do poder legal;
- a perturbação da ordem e do funcionamento das Instituições e dos Órgãos Públicos e Privados; e
- a agitação, a intimidação ou o pânico de toda a população.
1.2.4 - Autodefesa
Legítima defesa com o emprego dos próprios meios em resposta a um ataque direto.
1.2.6 - Proporcionalidade
Correspondência proporcional entre a ação dos APOP e a reação da tropa empregada, de modo a não haver
excesso por parte do integrante desta, durante toda a operação.
1.2.8 - Manifestação
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É a demonstração, realizada por pessoas reunidas, com sentimento hostil ou simpático a determinada
autoridade ou a alguma condição ou fato de natureza social, política ou econômica.
1.2.9 - Aglomeração
Grande número de pessoas temporariamente reunidas. Geralmente, os integrantes de uma aglomeração
pensam e agem como elementos isolados e não organizados.
1.2.10 - Multidão
Grande número de pessoas reunidas e psicologicamente unificadas por interesses comuns. Em geral, a
formação de multidão caracteriza-se pelo aparecimento do emprego do pronome "nós" entre os participantes,
que utilizam frases de efeito, tais como: "nós estamos aqui para protestar..." ou "nós viemos prestar nossa
solidariedade...".
1.2.11 - Tumulto
Desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a um desígnio comum de realizar certo
empreendimento, por meio de ação planejada, contra alguém que a elas possa se opor.
1.2.13 - Turba
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b) Tipos de Turba
I) Turba agressiva
É aquela que estabelece um estado de perturbação da ordem e realiza atos de violência, como acontece em
distúrbios resultantes de conflitos sociais ou políticos, nos linchamentos ou levantes de detentos em
penitenciárias.
II) Turba pânica
É aquela que procura fugir de algum local, na tentativa de garantir a sua segurança. Seus elementos poderão
perder o senso da razão, o que poderá induzi-los a provocar danos em pessoas e bens móveis e imóveis. O
pânico poderá originar-se de boatos, incêndios, explosões, calamidades etc.
III) Turba predatória
É a impulsionada pelo desejo de apoderar-se de bens materiais, como em distúrbios para obtenção de
alimentos.
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Os componentes de uma Turba são influenciados, em maior ou menor grau, por seu espírito inventivo, pela
capacidade de seus líderes e pela existência ou não de armas, suprimentos, equipamentos e outros materiais.
Os seguintes fatores ditarão o grau de violência de que será capaz uma Turba:
- espécie de indivíduos que a compõem;
- número de pessoas envolvidas;
- localização;
- a causa da perturbação; e
- as armas disponíveis.
A Turba poderá dirigir impropérios aos elementos encarregados de manter a ordem, como, por exemplo,
observações obscenas e insultos, com a finalidade de ridicularizá-los ou irritá-los, o que caracteriza o desacato.
Tais atitudes, embora não exijam o emprego imediato da força, são ilícitas e devem ser coibidas. Poderão
ocorrer também ações de vandalismo contra propriedades particulares e públicas, arremesso de objetos de toda
sorte contra a Tropa, lançamento, deliberado de veículo em direção ou de encontro a pessoal ou instalações,
distribuição de panfletos contendo frases ofensivas às autoridades ou de estímulo à continuação das ações.
d) Os líderes da Turba
Os líderes agem diferentemente dos demais, pois dão início às atividades do movimento, incitam com
“slogans” e coordenam as ações. Poderão colocar à frente dos manifestantes crianças, mulheres e idosos, com
a finalidade de desencorajar as ações da Tropa.
CAPÍTULO 4
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A COMPANHIA DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS
4.1 - GENERALIDADES
A Companhia de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav), devidamente reorganizada e equipada, será o elemento básico de
emprego em CD. Após observada a referida reorganização, passará à denominação de Companhia de Controle de
Distúrbios (CiaCD), sendo esta o menor valor de Tropa empregado em ações de CD. Outras Unidades do Corpo de
Fuzileiros Navais poderão ceder efetivos para serem empregados em ações de CD, necessitando para tal maior tempo
de adestramento específico. As Companhias de Polícia do Comando da Tropa de Reforço, do Batalhão Naval e dos
Grupamentos de Fuzileiros Navais Distritais, por serem vocacionadas para as ações de CD, poderão conduzir o referido
adestramento.
A frente a controlar, em princípio, determinará a composição da CiaCD que poderá contar com um, dois ou três
Pelotões. Assim, a CiaCD a um Pelotão é capaz de ocupar uma frente bem definida de até vinte metros e controlar
uma frente de sessenta metros empregando fogos de dispersão. A dois Pelotões a frente ocupada não deverá
ultrapassar setenta metros e a frente a controlar poderá alcançar 105m. A três pelotões a frente ocupada será de
120m e a frente a controlar não ultrapassará 160m.
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A CiaCD é estruturada com três Pelotões de Controle de Distúrbios (PelCD) e uma Seção de Comando (SeçCmdo),
sendo cada PelCD organizado em uma SeçCmdo e três Grupos de Controle de Distúrbios (GpCD).
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4.3.2 - PelCD
O PelCD é o Elemento de execução das ações de CD propriamente ditas. A atuação de maneira isolada do PelCD
não é aconselhável, haja vista a falta dos apoios essenciais providos pela SeçCmdo da CiaCD. Portanto, sempre que
houver necessidade de ser empregado isoladamente, deverá contar, obrigatoriamente, com operador de
video/fotógrafo e, sempre que possível, com Cães de Guerra, grupo de aprisionamento, meios de transporte, incluindo
ambulância. Havendo disponibilidade e possibilidade de emprego, contará com Viaturas Blindadas.
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5.3.1 - Em linha
5.3.2 - Em cunha
5.3 - FORMAÇÕES DO PELOTÃO DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS
CAPÍTULO 5
ser modificada, adotando a formação circular fim prover defesa a toda volta.
FORMAÇÕES E COMANDOS
É utilizada para penetrar e separar grupos de uma Turba e realizar uma ação rápida em qualquer direção. Ela pode
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É a formação usada para dispersar uma Turba posicionada junto a um edifício, parede ou outros locais semelhantes.
Pode ser utilizada para mudar a direção do movimento de uma Turba, forçando-a a seguir para área de escoamento
que se deseja ou, ainda, empregada para dirigir o movimento da Multidão em uma só direção.
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5.3.5 - Circular
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Essa formação visa à defesa do próprio PelCD, caso este seja envolvido pela Turba. Nesse caso, os Escudeiros
formarão um círculo, e todo o restante do PelCD permanecerá em seu interior. Militares deverão permanecer em
condições de utilizar os equipamentos/armamento inerentes à sua função.
5.4 - COMANDOS
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Durante o emprego de uma Tropa de CD, faz-se necessário simplificar ao máximo todos os comandos, as formações
CAPÍTULO 6
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AÇÕES DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS
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Durante as ações de CD, cuidados especiais devem ser tomados, a fim de evitar que os APOP realizem ações
violentas contra os flancos e a retaguarda da Tropa. Deve-se proteger os flancos com a utilização dos cães. Os
Seguranças devem estar atentos para qualquer ameaça vinda da retaguarda da Tropa. Além disso, pode ser alterada
a formação do dispositivo de CD conforme a direção de incidência desta ameaça. Patrulhas motorizadas equipadas
com equipamentos de comunicações, designadas pelo Comando do GptOpFuzNav e, se possível, observadores aéreos
alertarão a Tropa, com a finalidade de evitar surpresas.
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DA MARINHA
10. DOUTRINA
DE LIDERANÇA
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CAPÍTULO 1
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ELEMENTOS CONCEITUAIS DE LIDERANÇA
1.1 - PROPÓSITO
Este capítulo aborda conceitos, aspectos fundamentais, estilos, fatores, atributos e níveis de liderança, para
prover conhecimentos básicos que definam a natureza das relações desejáveis entre líderes e liderados.
também contribuirá para o sucesso profissional individual de cada militar. Desta forma, o contínuo desenvolvimento
O ser humano precisa receber uma educação adequada para ser capaz de valorizar um objeto (a vida humana,
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a Pátria, a família). Sem essa educação, perde-se a capacidade de perceber esses valores, especialmente quando se
trata daqueles universais, tais como: honra, dignidade e honestidade.
A característica fundamental da Axiologia consiste na hierarquização desses valores, que são transmitidos pela
educação familiar, pela sociedade e pelo grupo. Essa hierarquização de valores varia de um país para o outro, de uma
sociedade organizada para outra, de um grupo social para outro. Por exemplo, os fundamentalistas islâmicos, que se
sacrificam em atentados, contrariando o instinto de preservação, valor primordial do ser humano.
Valores como a honra, a dignidade, a honestidade, a lealdade e o amor à pátria, assim como todos os outros
considerados vitais pela Marinha, devem ser praticados e transmitidos, permanentemente, pelo líder aos seus
liderados. A tarefa de doutrinamento visa a transmitir a sua correta hierarquização, priorizando-os em relação aos
valores materiais, como o dinheiro, o poder e a satisfação pessoal.
Este é o maior desafio a ser enfrentado por aquele que pretende exercer a liderança de um grupo.
Outro tópico de Sociologia avaliado como relevante é o dos processos sociais, estes definidos como a interação
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repetitiva de padrões de comportamento comumente encontrados na vida social. Os processos sociais de maior
incidência nas sociedades e grupos humanos são: cooperação, competição e conflito. O líder, cuja matéria-prima é o
grupo liderado, necessita identificar a existência de tais processos, estimulando-os ou não, em função das
especificidades da situação corrente e da natureza da missão a ser levada a termo.
Cooperação, etimologicamente, significa trabalhar em conjunto. Implica uma opção pelo coletivo em
detrimento do individual, mas nada impede o desenvolvimento e o estímulo das habilidades de cada membro, em prol
de um objetivo comum. Sob muitos aspectos, e de um ponto de vista humanista, é a forma ideal de atuação de grupos.
Ocorre que nem sempre é possível, dentro de um grupo, manter, exclusivamente, o processo cooperativo. Em função
do contexto, das circunstâncias da própria tarefa a realizar, da natureza do grupo, ou das características do líder,
outros processos se desenvolvem.
Competição é definida como a luta pela posse de recompensas cuja oferta é limitada. Tais recompensas incluem
dinheiro, poder, status, amor e muitos outros. Outra forma de descrever o processo competitivo o mostra como a
tentativa de obter uma recompensa superando todos os rivais.
A competição pode ser pessoal – entre um número limitado de concorrentes que se conhecem entre si – ou
impessoal – quando o número de rivais é tal, que se torna impossível o conhecimento entre eles, como ocorre, por
exemplo, nos exames vestibulares ou em concursos públicos.
Atualmente, os especialistas concordam que ambos os processos – cooperação e competição – coexistem e,
até mesmo, sobrepõem-se na maioria das sociedades. O que varia, em função de diferenças culturais, é a intensidade
com que cada um é experimentado.
Sob o ponto de vista psicológico, é relevante considerar que, se a competição tem o mérito inicial de estimular
a atividade dos indivíduos e dos grupos, aumentando-lhes a produtividade, tem o grave inconveniente de desencorajar
os esforços daqueles que se habituaram a fracassar. Vencedor há um só; todos os demais são perdedores. Outro
inconveniente sério, decorrente do estímulo à competição, consiste na forte possibilidade de desenvolvimento de
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hostilidades e desavenças no interior do grupo, contribuindo para sua desagregação. A instabilidade inerente ao
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complexidade envolvida e evoluindo para análises bem mais sofisticadas, que incluíam diversas variáveis situacionais.
Nesse contexto, observa-se a proliferação de publicações sobre liderança, incluindo trabalhos científicos e literatura
sensacionalista e de autoajuda. Diferentes autores propõem uma infinidade de estilos de liderança que se sobrepõem.
Alguns fundamentam-se em estudos e pesquisas e outros são meramente empíricos e intuitivos. Há também muitos
modismos, alguns consistindo, apenas, em atribuição de novos nomes e roupagens a antigos conceitos, sendo
reapresentados como se fossem avanços na área de liderança.
Para simplificar a apresentação e o emprego de uma gama de estilos de liderança consagrados e relevantes para
o contexto militar-naval, foram considerados alguns estilos selecionados em três grandes eixos: grau de centralização
de poder; tipo de incentivo; e foco do líder. Pode-se afirmar, genericamente, que os diferentes estilos de liderança,
propostos à luz das diversas teorias, se enquadram em três principais critérios de classificação, apresentados como
eixos lógicos em que se agrupam apenas sete estilos principais:
a) quanto ao grau de centralização de poder: Liderança Autocrática, Liderança Participativa e Liderança
Delegativa;
b) quanto ao tipo de incentivo: Liderança Transformacional e Liderança Transacional; e
c) quanto ao foco do líder: Liderança Orientada para Tarefa e Liderança Orientada para Relacionamento.
Os subitens a seguir descrevem os sete principais estilos de liderança propostos pelas diversas teorias.
O líder deve estabelecer um ambiente de respeito, confiança e entendimento recíprocos, devendo possuir, para
tanto, ascendência técnico-profissional sobre seus subordinados e conduta ética e moral compatíveis com o cargo que
exerce. Um líder que adota o estilo democrático encoraja a participação e delega com sabedoria, mas nunca perde de
vista sua autoridade e responsabilidade.
Um chefe inseguro dificilmente conseguirá exercer uma liderança democrática, mas tenderá a submeter ao
grupo todas as decisões. Isso poderá fazer com que o chefe acabe sendo conduzido pelo próprio grupo.
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Esse estilo é indicado para assuntos de natureza técnica, onde o líder atribui a assessores a tomada de decisões
especializadas, deixando-os agir por si só. Desse modo, ele tem mais tempo para dar atenção a todos os problemas
sem se deter especificamente a uma OSTENSIVO - 1-7 - REV.1 OSTENSIVO EMA-137 determinada área. É eficaz quando
exercido sobre pessoas altamente qualificadas e motivadas. O ponto crucial do sucesso deste tipo de liderança é saber
delegar atribuições sem perder o controle da situação e, por essa razão, o líder, também, deverá ser altamente
qualificado e motivado. O controle das atividades dos elementos subordinados é pequeno, competindo ao chefe as
tarefas de orientar e motivar o grupo para atingir as metas estabelecidas.
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1.4.7 - Liderança Orientada para Relacionamento
Nesse estilo de liderança, o foco do líder é a manutenção e fortalecimento das relações pessoais e do próprio
grupo. O líder demonstra sensibilidade às necessidades pessoais dos liderados, concentra-se nas relações
interpessoais, no clima e no moral do grupo. Esse estilo de liderança, que está significativamente associado às medidas
de satisfação dos liderados em relação ao trabalho e ao chefe, pode ser útil em situações de tensão, frustração,
insatisfação e desmotivação do grupo.
1.6.1 - O Líder
O líder deve conhecer a si mesmo, para saber de suas capacidades, características e limitações, evitando atribuir aos
seus liderados falhas ou restrições.
“Os bons líderes eficientes são também bons seguidores [...]” (BRASIL, 1991, p. 3-3) e cumpridores das orientações
de seus superiores, passando esse exemplo a seus subordinados. “O líder, independentemente de sua vontade, atua como
elemento modificador do comportamento de seus liderados subordinados.
[...] A função militar está relacionada com a segurança e a responsabilidade pela vida de seres humanos.” (BRASIL,
1991, p. 3-3, 3-4)
Provavelmente, poucos profissionais são forçados a assumir tarefa tão grave ao liderar subordinados. (BRASIL, 1991).
1.6.2 - Os Liderados
“O conhecimento dos liderados é fator essencial para o exercício da liderança e depende do entendimento
claro da natureza humana, das suas necessidades, emoções e motivações.” (BRASIL, 1991, p. 3-4)
Isto é, ainda, crucial para o salutar exercício de Delegação de Autoridade.
1.6.3 - A Situação
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“Não existem normas nem fórmulas que mostrem com exatidão o que deve ser feito. O líder precisa
compreender a dinâmica do processo de liderança, os fatores principais que a compõem, as características de seus
liderados e aplicar estes conhecimentos como guia para cada situação em particular.” (BRASIL, 1991, p. 3- 5)
Fica, assim, bem clara a necessidade exaustiva da prática da liderança, para o sucesso do líder, levando sempre
em conta a cultura e/ou a subcultura organizacional da instituição.
1.6.4 - A Comunicação
“A comunicação é um processo essencial à liderança, que consiste na troca de ordens, informações e ideias, só
ocorrendo quando a mensagem é recebida e compreendida. [...] É através desse processo que o líder coordena,
supervisiona, avalia, ensina, treina e aconselha seus subordinados.[...] O que é comunicado e a forma como isto é feito
aumentam ou diminuem o vínculo das relações pessoais, criam o respeito, a confiança mútua e a compreensão. Os
laços que se formam, com o passar do tempo, entre o líder e seus liderados, são a base da disciplina e da coesão em
uma organização. O líder deve ser claro e “escolher” cuidadosamente as palavras, de tal forma que signifiquem a
mesma coisa para ele e para seus subordinados.” (BRASIL, 1991, p. 3-4).
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Essa é a primeira linha de liderança e ocorre em organizações onde os subordinados estão acostumados a ver
seus chefes frequentemente: seções, divisões, departamentos, navios, batalhões, companhias, pelotões e esquadras
de tiro. Para serem eficazes, os líderes diretos devem possuir muitas habilidades interpessoais, conceituais, técnicas e
táticas.
Os líderes diretos aplicam os atributos conceituais de pensamento crítico-lógico e pensamento criativo para
determinar a melhor maneira de cumprir a missão. Como todo líder, usam a Ética para pautar suas condutas e adquirir
certeza de que suas escolhas são as melhores e contribuem para o aperfeiçoamento da performance do grupo, dos
subordinados e deles próprios. Eles empregam os atributos interpessoais de comunicação e supervisão para realizar
o seu trabalho. Desenvolvem seus liderados por instruções e aconselhamento e os moldam em equipes coesas,
treinando-os até a obtenção de um padrão.
São especialistas técnicos e os melhores mentores. Tanto seus chefes quanto seus subordinados esperam que
eles conheçam bem sua equipe, os equipamentos e que sejam “expert” na área em que atuam.
Usam a competência para incrementar a disciplina entre os seus comandados. Usam o conhecimento dos
equipamentos e da doutrina para treinar homens e levá-los a alcançar padrões elevados, bem como criam e sustentam
equipes com habilidade, certeza e confiança no sucesso na paz e na guerra.
Exercem influência continuamente, buscando cumprir a missão, tendo por base os propósitos e orientações
emanadas das decisões e do conceito da operação do chefe, adquirindo e aferindo resultados e motivando seus
subordinados, principalmente pelo exemplo pessoal. Devido a sua liderança ser face a face, veem os resultados de
suas ações quase imediatamente.
Trabalham focando as atividades de seus subordinados em direção aos objetivos da organização, bem como
planejam, preparam, executam e controlam os resultados.
Se aperfeiçoam ao assumirem os valores da instituição e ao estabelecerem um modelo de conduta para seus
subordinados, colocando os interesses da instituição e do Grupo que lideram acima dos próprios. Com isto, eles
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logística e tecnologia, a fim de subsidiar decisões críticas que irão determinar a estrutura e a capacidade futura da
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organização.
Dentro da instituição, os líderes estratégicos constroem o suporte para facilitar a busca dos objetivos finais de
sua visão. Isto significa montar um staff que possa assessorá-los convenientemente a conduzir seus subordinados de
maneira segura e flexível. Para obter o suporte necessário, os líderes estratégicos procuram obter o consenso não só
no âmbito interno da organização, como também trabalhando junto a outros órgãos e instituições a que tenham
acesso, em questões como orçamento, estrutura da Força e outras de interesse, bem como estabelecendo contatos
com representações de outros países e Forças em assuntos de interesse mútuo.
A maneira como eles comunicam as suas políticas e diretivas aos militares e civis subordinados e apresentam
aquelas de interesse aos demais cidadãos vai determinar o nível de compreensão alcançado e o possível apoio para as
novas ideias. Para se fazer entender por essas diversas audiências, os líderes estratégicos empregam múltiplas mídias,
ajustando a mensagem ao público alvo, sempre reforçando os temas de real interesse da instituição.
Os líderes estratégicos estão decidindo hoje como transformar a Força para o futuro. Eles devem trabalhar para
criar e desenvolver a próxima geração de líderes estratégicos, montar a estrutura para o futuro e pesquisar os novos
sistemas que contribuirão na obtenção do sucesso.
Para capitanear as mudanças pessoalmente e levar a instituição em direção à realização do seu projeto de
futuro, esses líderes transformam programas conceituais e políticos em iniciativas práticas e concretas. Este processo
envolve uma progressiva alavancagem tecnológica e uma modelagem cultural. Conhecendo a si mesmos e aos demais
“atores” estratégicos, tendo um nítido domínio dos requisitos operacionais, da situação geopolítica e da sociedade, os
líderes estratégicos conduzem adequadamente a Força e contribuem para o desenvolvimento e a segurança da Nação.
Tendo em vista que os conflitos nos dias de hoje podem ser desencadeados muito rapidamente, não permitindo um
longo período de mobilização para a guerra – como se fazia no passado –, o sucesso de um líder estratégico significa
deixar a Força pronta para vencer uma variedade de conflitos no presente e permanecer pronta para enfrentar as
incertezas do futuro.
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Em resumo, esses líderes preparam a instituição para o futuro por meio de sua liderança. Isto significa
ANEXO A
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PRINCIPAIS ATRIBUTOS DE UM LÍDER
1 - Exemplo
Apresentação pessoal e comportamento coerentes com valores, normas e crenças da instituição, em todas as
circunstâncias.
“Não há nada que se exija tanto de um líder quanto dar o exemplo pessoal, ou seja o exemplo do seu
comportamento, pleno de valores inerentes à ética militar, aceitos e respeitados pelo grupo.” (BRASIL, 1996, p. 54)
“A todo momento, o líder é observado por seus subordinadas e deve buscar conquistarlhes a confiança, o
respeito e a admiração.” (BRASIL, 1996).
2 - Integridade Ética
Honestidade, transparência e comprometimento inquebrantável com os valores éticos da instituição, tais como:
honra, lealdade para com seus superiores, pares e subordinados, fidelidade e coragem, dentre outros, expressos na
Rosa das Virtudes (Anexo C). Dentre os atributos que compõem a integridade ética, pode-se destacar:
2.1 - Lealdade
“A Lealdade é o verdadeiro, espontâneo e incansável devotamento a uma causa, a sincera obediência à
autoridade dos superiores e o respeito aos sentimentos de dignidade alheia.” (BRASIL, 2009, p. 33).
2.2 - Coragem
A coragem apresenta-se sob duas formas: coragem física – superação do medo ao dano físico no cumprimento
do dever; e coragem moral – disposição para defender suas convicções, sobretudo em situações críticas, e para “[...]
opinar e agir sempre pelo bem, mesmo e, principalmente, quando não favorecer e ou até contrariar as conveniências
pessoais.” (BRASIL, 2009, p. 39).
Por sua importância na paz ou no combate, ressalta-se que a coragem moral é a capacidade de assumir
responsabilidade por suas decisões e erros.
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3 - Humildade
É ter consciência de que o líder pode não saber tudo sobre determinado assunto, que pode estar equivocado
em seu julgamento ou sua posição e que mais modernos, ou mais antigos, com suas experiências, podem saber mais
e ajudá-lo no cumprimento da missão.
4 - Competência Profissional
“Competências representam combinações sinérgicas de conhecimentos, habilidades e atitudes, expressas pelo
desempenho profissional, dentro de determinado contexto organizacional.” (DURAND, 2000; NISEMBAUM, 2000,
apud BRUNOFARIA; BRANDÃO, 2003, p. 37)
O militar deve sempre aprimorar seus conhecimentos e habilidades e, por meio de uma atitude positiva
compatível com seu grau hierárquico, conseguir resultados eficazes para a instituição.
5 - Determinação
Persistência para a realização de tarefas, possibilitando vencer as dificuldades encontradas até concluí-las com
eficácia, dentro dos prazos estabelecidos.
6 - Entusiasmo
É uma disposição para assumir responsabilidades e enfrentar desafios, demonstrando vibração espontânea e
contagiante pelo seu trabalho e pela Organização.
7 - Capacidade Decisória
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É a habilidade para considerar diversas linhas de ação, diante de uma situação-problema, escolhendo, em tempo
hábil, aquela mais adequada para, assim, implementá-la.
Quando necessário, o líder deve ser capaz de tomar decisões difíceis ou impopulares com firmeza e coragem.
O líder deve ter firmeza em suas decisões, não sendo, irredutível, diante das circunstâncias que se apresentam.
8 - Autoconfiança
Capacidade de pensar e de decidir, autonomamente, e convicção de ter competência para ser bem sucedido diante
de dificuldades, expressa pela segurança, firmeza e otimismo no modo de falar e de agir.
9 - Autocontrole
Estabilidade de humor e capacidade de atuar eficazmente, mesmo sob pressão.
10 -Flexibilidade
Maleabilidade de ideias e habilidade para integrar informações novas, mesmo que divergentes em relação a crenças
e planejamentos prévios, desde que agreguem valor.
Capacidade de adaptação a mudanças. Habilidade para atuar corretamente de modo diverso em diferentes situações.
11 -Altruísmo
Capacidade de se colocar no lugar dos liderados, compreendendo-os, demonstrando interesse genuíno por suas
necessidades, preocupando-se e provendo o desenvolvimento e bem-estar pessoal e profissional destes.
12 -Respeito
O líder deve ter respeito pela dignidade humana, que é inerente a todo indivíduo. O líder que respeita seu
subordinado é educado ao dirigir-lhe a palavra. É imparcial em seus julgamentos, seus elogios e suas críticas. Age com tato
e demonstra consideração com cada um de seus comandados.
13 -Capacidade de Relacionamento Interpessoal
Habilidade para lidar com pessoas, sejam superiores, pares ou subordinados, com tato, respeito e consideração
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individualizada. Capacidade de exercer o papel de mentor, cultivando habilidades alheias, fornecendo feedback construtivo
ANEXO C
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JURAMENTO À BANDEIRA E ROSA DAS VIRTUDES
HONRA
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A Honra é o sentimento que induz o indivíduo à prática do Bem, da Justiça e da Moral. É a força que o impele a
prestigiar sua própria personalidade, como um sentimento de seu patrimônio moral, um misto de brio e valor. Ela
exige a posse do perfeito sentimento do que é justo e respeitável, para a elevação da dignidade e da bravura desse
indivíduo, e, assim, afrontar perigos de toda a ordem, na sustentação dos ditames da Verdade e do Direito. É a virtude
por excelência, porque em si contém todas as demais. A Honra está acima da vida e de tudo que existe no mundo. Os
haveres e demais bens que o indivíduo possui são transitórios, enquanto que a Honra a tudo sobrevive; transmite-se
aos filhos, aos netos, ao lar, à profissão escolhida e à terra em que se nasce. A Honra é o patrimônio da alma. Na
profissão, ela consiste, principalmente, na dedicação ao serviço, no cumprimento do dever, na intrepidez e na
disciplina, tudo inspirado pelo patriotismo. Um navio nunca se entrega ao inimigo e sua bandeira jamais se arria em
presença dele. A Honra do Marinheiro o impede!
LEALDADE
A Lealdade é o verdadeiro, espontâneo e incansável devotamento a uma causa, a sincera obediência à autoridade
dos superiores e o respeito aos sentimentos de dignidade alheia. O subordinado leal cumpre as ordens que recebe
sempre com o mesmo ardor, quer esteja perto ou longe de quem as deu, ainda que, por vezes, intimamente não as
compreenda. A Lealdade é mais do que a Obediência, porque esta se refere à vontade expressa pelo superior e aquela,
ao firme propósito de honestamente interpretá-la e fielmente cumpri-la. É o sentimento que leva, pois, o subordinado
a fazer tudo quanto for humanamente possível para bem cumprir uma ordem ou desempenhar uma dada missão. A
Lealdade exige que se manifeste ao superior, disciplinadamente e no interesse do serviço, toda eventual
incompreensão em relação à determinação ou orientação recebida. A franqueza respeitosa, oportuna e justa é uma
autêntica expressão de lealdade. Mantida, porém, a ordem, a mesma lealdade exige que se cumpra rigorosa e
interessadamente o que foi determinado.
INICIATIVA
A Iniciativa é o ânimo pronto para conceber e executar. É uma manifestação de inteligência, imaginação,
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ZELO
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O Zelo é atributo que não depende, em alto grau, de preparo profissional, de predicados especiais de inteligência
e de saber. É, por isso mesmo, virtude que deve ser comum a todos os que servem à Marinha. Essa qualidade é
consequência direta do “amor próprio”, do amor à Marinha e à Nação. É o sentimento que leva a não poupar esforços
para o bom desempenho das funções que lhes são atribuídas. É o sentimento que conduz à dedicação ao serviço,
como autêntica expressão do Dever. No Zelo, está implícita a aceitação de que se serve à Nação e não a pessoas.
Ninguém tem o direito de deixar de zelar por suas obrigações, por motivos circunstanciais, alheios ou não à sua
vontade. O Zelo está intimamente ligado à probidade, vista como a capacidade de bem administrar os bens, fundos e
recursos que nos foram confiados. Faz-se presente, assim, no exato cumprimento de orçamentos e planos financeiros
e no atento cuidado com o patrimônio da Marinha.
CORAGEM
A Coragem é a disposição natural que nos permite dominar o medo e enfrentar qualquer perigo. É a força capaz
de fazer com que aquele que ama a vida, e que nela é feliz, saiba arriscá-la e se disponha a morrer por uma causa
nobre. A Coragem é o destemor em combate.
Há também a coragem moral – não menos imprescindível e valiosa, a força psíquica que ampara os homens nas
crises do pensamento e do caráter. É a sustentação das próprias ordens, atitudes e convicções; o saber assumir a
responsabilidade dos seus atos; o afrontamento à perfídia, à inveja e à incompreensão; a manutenção intransigente
do rumo moral, custe o que custar. A coragem tem de andar de mãos dadas com a sabedoria, a prudência, o bom
senso e a calma. O militar corajoso é otimista; confia em si; é eficiente; acredita no valor de seus companheiros.
Comanda seus subordinados, certo de conquistar o êxito.
ORDEM
A Ordem é diligência, porque economiza o tempo, e é previdência, porque o conserva. Como exemplo de
disciplina e método, a ordem orienta o espírito e promove segurança, porque resguarda e alinha em lugar próprio
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aquilo que será utilizado no futuro. A sua falta traz o desperdício e a perda do tempo, bem precioso, e que, uma vez
FIDELIDADE
Ser fiel é ser honesto, ter têmpera forte para opinar e agir sempre pelo bem, mesmo, e principalmente, quando
não favorecer ou até contrariar as conveniências pessoais. A fidelidade ao serviço impede que o militar cuide de
afazeres e atividades estranhos à Marinha, enquanto estiver ao seu serviço, e negligencie as suas obrigações. Executar
ordens
que são agradáveis, ou que partem de pessoas a quem se dedica estima, é um dever fácil de cumprir. Mas, cumprir
ordens difíceis, arriscando a vida, contrariando os próprios interesses e opiniões, por fidelidade ao serviço, é muito
mais digno, porquanto implica sacrifício, que caracteriza a virtude militar.
“FOGO SAGRADO”
O “Fogo Sagrado” é a paixão, a fé, o entusiasmo com que o militar se dedica à sua carreira; é o seu intenso amor
à Marinha, o seu devotamento pela grandeza da sua profissão; é a larga medida de uma verdadeira vocação e de um
sadio patriotismo; é o supremo amor pelo serviço. É essa crença que anima a ponto de, naturalmente, julgar que os
deveres que a lei marca são o mínimo, e que para bem servir cumpre ir além do próprio dever, fazer tudo quanto é
humanamente possível, à custa, embora, de ingente labor. O “Fogo Sagrado” é essa força misteriosa que, dominando
a alma do verdadeiro marinheiro, o conduz sempre ao sacrifício com inexcedível vibração e estóica resignação. O
“Fogo Sagrado” transmite-se, mas para tanto é preciso possuí-lo em grande intensidade e demonstrá-lo mais por
atitudes e ações do que por ordens e palavras. O “Fogo Sagrado” é a alma da Marinha!
TENACIDADE
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Aplicação é uma forma de dedicação, de amor ao serviço. É a disposição para estudar tanto o material em si como
também a maneira de utilizá-lo; para estar a par das rotinas, da organização interna de bordo, da ordenança, dos
regulamentos e das leis; para bem conhecer tudo referente aos aspectos essenciais da profissão. Na arte de conduzir
os homens, o campo é mais profundo: faz-se necessária a tenacidade, o poder da vontade. É o saber querer
longamente, sem desfalecimento e sem trégua. É a presença de ânimo perante qualquer obstáculo ou dificuldade, a
vontade constante de tudo superar e bem desempenhar a tarefa ou função, de caráter operativo ou administrativo.
O espírito de tenacidade transmite-se, pois, exatamente, pela continuidade da ação.
DECISÃO
Decidir é tomar resolução, é sentenciar, é orientar a ação. Não há qualidade, no trato geral dos militares para
com seus subordinados, que mais tenda a aumentar o respeito e confiança desses subordinados, do que sua
capacidade de decidir. O irresoluto, o perplexo, jamais poderá conduzir homens ou comandar navios. Uma orientação
insegura é tão nociva quanto a ausência de orientação. Uma decisão vigorosa é a característica dos vencedores.
Evidentemente, para acertar, é necessário meditação, cálculo, considerações cuidadosas e reflexão a respeito das
circunstâncias, a fim de chegar a uma decisão conveniente. Tal “exame de situação” deve preceder à emissão da
ordem. O verdadeiro chefe medita bem antes de chegar a uma decisão. Se sabe dizer sim ou não, com serena energia
e acerto, e mantém-se firme em sua posição, ganha confiança de seus subordinados. A menos que novas
circunstâncias se apresentem, a modificação de uma decisão tomada dá a impressão de que houve precipitação ou
leviandade em formulá-la. O hábito constante de examinar todas as possíveis situações e analisar todos os dados
disponíveis é muito recomendável. Assim procedendo, há sempre certeza de decisões oportunas e adequadas.
ABNEGAÇÃO
A Abnegação é o esquecimento voluntário do que há de egoístico nos desejos e tendências naturais, em proveito
de uma pessoa, causa ou ideia. É a renegação de si mesmo e a disposição de se colocar a serviço dos outros com o
sacrifício dos próprios interesses. O caráter marinheiro é carregado de Abnegação: tem a consciência do “servir”; inclui
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DISCIPLINA
A força de coesão de qualquer coletividade humana é a Disciplina. É indispensável não só a um Organismo Militar,
mas a qualquer outro que pretenda reunir indivíduos em uma unidade sólida e eficaz. A Disciplina tem um único
inimigo verdadeiro, que é o egoísmo, tão mais obstinado quanto mais inconsciente de si mesmo. O amor próprio
ilimitado separa o homem de seus mais nobres pensamentos, tornando-o um ser isolado, que nada aceita fora do seu
eu. Despido de todo o sentimento de solidariedade, não pode conceber a Disciplina a não ser como forma de
escravidão. A Disciplina não visa a tolher a personalidade, mas sim a regular e coordenar esforços. Ela somente torna-
se fecunda quando há condições de ser alegre e ativa. Um simples conformismo ou o receio das censuras ou sanções
não trazem a Disciplina. O que a faz presente e aceita é um forte sentimento de interesse comum e, principalmente,
a correta percepção de um dever comum. Assim entendida, não haverá o risco de ela coibir ou enfraquecer as
iniciativas, pois não será imposta, mais sim adquirida. A Disciplina Militar manifesta-se basicamente: pela obediência
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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!
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pronta às ordens do superior; pela utilização total das energias em prol do serviço; e pela correção de atitudes e
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cooperação espontânea em benefício da disciplina coletiva e da eficiência da instituição. Na Marinha, a Disciplina é
inseparável da hierarquia e traduz-se no perfeito cumprimento do dever por cada um de seus componentes.
PATRIOTISMO
O Patriotismo é o sentimento irresistível que prende os indivíduos à terra em que nasceram.
É a trama de afetos que, através das gerações, vai sendo tecido em suas almas ao redor do solo querido.
Externamente, é a emoção que os indivíduos sentem ao ouvir os acordes do Hino Nacional e ao ver desfraldada a
Bandeira de sua Pátria. Em essência, é a crença na defesa dos ideais de Nacionalidade. Expressão de carinho que os
liga à terra que serviu de berço, o Patriotismo é a força de coesão poderosa que os torna solidários em um interesse
comum, ensinando-os a bem querer, servir, honrar e defender a Pátria.
Estamos juntos!
Bons estudos.
ADSUMUS!
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