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Saúde e Segurança do Trabalho além da Legislação

eSocial e a Saúde e Segurança do Trabalho


A importância da Segurança e Saúde no trabalho para com os
colaboradores terceirizados
Por que encarar com maior seriedade o combate aos acidentes do
trabalho?

GRO x Gestão da SST


O que sua empresa precisa saber sobre a Modernização das NR’s?

Um guia básico e objetivo do que está por vir.


EPI - Forneci o EPI, mas o funcionário não usa
Quais os riscos do funcionário não usar o EPI e o que fazer?
Equipamento de proteção individual Conjugado vale a pena?
Como saber se está na hora de atualizar os EPIs dos meus funcionários?
Quando o EPI deve ser trocado

Nova obrigação do eSocial?


Eventos S-2200 e S-2240

Mobilização: Erros nos Documentos de Segurança do Trabalho


10 ações para a sua empresa promover saúde e segurança o ano inteiro
Saúde e
Segurança
do Trabalho
A importância da Gestão de vidas no ambiente laboral

Atualmente contamos com documentos de gestão de riscos, ISOs, Normas, Leis… E


estas ferramentas surgem para formalizar algo que remonta da antiguidade: A proteção
da vida. Com a chegada da Revolução Industrial, o trabalho que anteriormente era
braçal e realizado num ritmo humanamente possível, tomou uma nova proporção para
atender à evolução tecnológica e a demanda da época. Com isso, o homem tinha que se
adaptar a máquina e (diferente do que ocorre hoje em que a máquina deve se adaptar
ao homem e há leis e ações para assegurar a saúde e segurança do trabalhador) não
haviam critérios estabelecidos quanto a aptidão ou capacitação de uma pessoa para
manter o funcionamento das linhas de produção: homens e mulheres, crianças e idosos,
gestantes e doentes, eram expostos ao mesmo tipo de atividade e risco, não existiam
critérios.

Atualmente no Brasil, estima-se que a cada


minuto que passa, um trabalhador sofre um
acidente enquanto desempenha suas funções.
De acordo com o Anuário Estatístico de
Acidentes do Trabalho (AEAT), em 2018,
foram registrados 576.951 acidentes de
trabalho pela previdência social, mas essa
marca abrange apenas os empregados com
carteira assinada. A Fundacentro estima que,
se forem considerados os trabalhadores

+
informais e autônomos, esse número pode ser
até sete vezes maior, girando em torno de 4
milhões de acidentados todos os anos. O %
Cadastro Geral de Empregados e em óbitos e
Desempregados (Caged), monitorado pelo acidentes de
Ministério da Economia, contabilizou cerca de trabalho em
38 milhões de empregados formais no final de
2018. Ao confrontar esses dados com o 2021
número de acidentes, chegamos a uma
relação de 15 mil casos para cada milhão de
trabalhadores.
No dia 07 de abril é celebrado o Dia Mundial da
Abril Verde

Saúde, instituída pela Organização Mundial da


Saúde, que define: “a saúde é um estado de
completo bem-estar físico, mental e social e não
apenas a ausência de doença ou enfermidade”.
Criada em 1948, a data tem como objetivo
conscientizar a população a respeito da qualidade de
vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde
populacional.

28 de abril é a data dedicada em memória das


vítimas de acidentes de trabalho. A data ficou
marcada no ano de 1969, quando 78 mineiros
morreram na explosão da mina de Farmington, no
estado da Virgínia, Estados Unidos. Em 2003 a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) adotou
esta data como o dia oficial da segurança e saúde
nos locais de trabalho. No Brasil, em maio de 2005,
foi promulgada a Lei No. 11.121, criando o Dia
Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e
Doenças do Trabalho. A cor verde está relacionada
aos cursos da área da saúde, e por isso o símbolo da
campanha Abril Verde é o laço verde.
Para se aprofundar um pouco mais sobre a importância
de gerir vidas no ambiente laboral, deixamos sugestões
de documentários interessantes que vão agregar
conhecimento neste mês de significado tão relevante:

Carne e Osso

Documentários Importantes Lançado em 2011, produzido pela produtora Repórter


Brasil, trabalhadores de frigoríficos contam a realidade
de sua rotina na indústria pecuarista, os efeitos sobre
sua saúde e os agravos relacionados às doenças
ocupacionais.
Assista no canal do Vimeo da Repórter Brasil.
https://vimeo.com/117457305

Combate ao Trabalho escravo


contemporâneo no Brasil
Lançado em 2013, produzido pelo Ministério Público
do Trabalho (MPT) em conjunto com o Ministério do
Trabalho e Emprego, Polícia Federal, Polícia Rodoviária
Federal e Pastoral da Terra retrata o combate ao
trabalho escravo contemporâneo no Brasil com a
participação do procurador-geral do Trabalho, Luís
Camargo, de procuradores do Trabalho, auditores
fiscais do Trabalho, juízes e trabalhadores resgatados.
Assista no canal do Youtube do MPT.
https://www.youtube.com/watch?v=m0J5nHN4dzg

Batalhadores
Lançado em 2015, e também produzido pelo MPT,
conhecemos – através da ótica de familiares e médicos
– as histórias de Aldo, José, Antônio e Jorge, quatro
pessoas que perderam suas vidas em decorrência de
doenças ocupacionais.
Assista no canal do Youtube do MPT.
https://www.youtube.com/watch?v=9dz-5alg1IA

Precisão
Lançado em 2019, produzido pela Organização
Internacional do Trabalho (OIT) em parceria com o
MPT, mostra a história de 6 pessoas resgatadas de
condições análogas a de trabalho escravo e que por
“precisão” (necessidade) acabaram sendo submetidos a
esta situação.
Assista no canal do Youtube do OIT.
https://www.youtube.com/watch?v=IGK_m8VKNsM
O que mudou e quais relatórios devem ser enviados

Com a iniciativa de unificar e modernizar as entregas obrigatórias recorrentes das áreas


trabalhista e previdenciária, o e-Social unifica na sua plataforma as informações que
antes eram enviadas pelas empresas por diversas fontes e canais.

Seguindo esse fluxo de integração, a partir do dia 13 de outubro de 2021, a área de SST
também começou a realizar entregas por meio da plataforma governamental. Mais uma
vez podemos enxergar os benefícios de incluir e acessar informações tão importantes
para a empresa num único local.

O cronograma de implantação seguirá por etapas, e o primeiro grupo a seguir as


obrigatoriedades sobre SST são as grandes empresas, com faturamento acima de 78
milhões de reais ao ano:
CONSOLIDAÇÃO DO CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO ESOCIAL
1ºGRUPO 2ºGRUPO 3ºGRUPO 3ºGRUPO 4ºGRUPO
Pessoas jurídicas Pessoas físicas

1º FASE
08/01/2018 16/07/2018 10/01/2019 10/01/2019 21/07/2021
(Eventos de tabelas)

2º FASE
(Eventos não 01/03/2018 10/10/2018 10/04/2019 10/04/2019 22/11/2021
periódicos)

3º FASE
01/05/2018 10/01/2019 10/05/2021 19/07/2021 22/04/2022
(Eventos periódicos)
4º FASE
13/10/2021 10/01/2022 10/01/2022 10/01/2022 11/07/2022
(Eventos de SST)

As empresas do grupo 1 já estão obrigadas a apresentar os seguintes eventos com


informações de saúde e segurança do trabalho:
• S-2210 – Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT): Como já ocorre hoje, ela deve ser registrada
no e-social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato;
• S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador: o evento detalha as informações relativas as
avaliações clínicas de cada trabalhador durante todo o vínculo laboral com o declarant, bem como
os exames complementares aos quais foi submetido, com respectivas datas e conclusões;
• S-2240 – Condições Ambientais do Trabalho – Agentes Nocivos: este evento é utilizado para
registrar as condições ambientais de trabalho pelo declarante, indicando as condições de prestação
de serviços pelo trabalhador, bem como para informar a exposição aos fatores de risco e o exercício
das atividades descritos na “Tabela 24 – Fatores de Risco e Atividades – Aposentadoria Especial” do
eSocial.
A adequação à alimentação do eSocial com os novos eventos
gera credibilidade e simplicidade no tratamento de dados.

E, mais do que simplificar processos e unificar informações,


enxerga-se neste processo a oportunidade de integrar setores e
equipes. Ações e ocorrências em Saúde e Segurança do
Trabalho impactam diretamente as pessoas (colaboradores
próprios e terceirizados), o que implica na atuação conjunta de
variados setores como RH, departamento pessoal e SESMT,
que podem se integrar cada vez mais em busca de um
ambiente corporativo mais sintonizado e estratégico,
valorizando sempre a saúde, segurança e bem-estar das
pessoas no trabalho.

Para o tomador de serviços terceirizados, o acompanhamento


dessas novas obrigatoriedades por parte das empresas
contratadas é igualmente importante. Os colaboradores
terceiros realizam os serviços tendo como ambiente de trabalho
a empresa contratante e seus riscos de saúde e segurança
envolvidos. Por isso, os devidos registros dos eventos de SST no
eSocial são apenas uma parte de todo um trabalho que envolve
análise de: PPRA, PCMSO, atestados de saúde ocupacional,
relação de equipamentos de proteção individual entregues,
treinamentos com bases nas Normas Regulamentadoras, entre
outros documentos – tudo para garantir que o prestador
contratado esteja realizando o serviço contratado de acordo
com as normas de saúde e segurança vigentes.
Já há algum tempo que as estatísticas oficiais de Acidentes do Trabalho no
Brasil evidenciam uma relação conflituosa entre Segurança e Saúde no
Trabalho e colaboradores terceirizados. Segundo pesquisa do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), de cada 5 mortes
ocorridas por acidentes de trabalho, 4 vitimaram prestadores de serviço.

mortes por maiores resgastes


acidente de de trabalhadores

4 90
trabalho são %
terceirizados das vítimas
eram terceiros

Como se já não bastasse, dados do Departamento de Erradicação do Trabalho


Escravo (DETRAE) apontam que nos 10 maiores resgastes de trabalhadores das
condições análogas à escravidão, 90% das vítimas eram terceiros. Tais números tem
dado embasamento ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para argumentar que os
colaboradores terceirizados representam uma parcela bastante prejudicada no
tocante aos direitos de proteção a vida no trabalho.
Uma das principais causas desse problema está relacionada
a falta de monitoramento adequado por parte das
empresas contratantes sobre a sua cadeia de fornecedores. É
preciso lembrar que ao terceirizar serviços, os riscos
envolvidos nas atividades também são terceirizados e muitas
falta de das empresas contratadas não possuem condições
monitoramento econômicas e tecnológicas de gerenciá-los. Na busca pela
contratação em meio a um mercado tão competitivo, muitos
adequado fornecedores reduzem os preços do seu serviço através dos
dispositivos de Segurança e Saúde no Trabalho.

Uma das consequências mais evidentes desse conflito é o de


capacitação ofertados aos seus colaboradores. Suponha que
uma grande empresa necessite fazer reformas em uma de
suas unidades produtivas. A execução desse serviço implica
na realização de atividades de trabalhos em altura, espaços
confinados, movimentação de cargas volumosas, entre outras
atividades consideradas de alto risco. Visando apenas a
redução de custos, a empresa tomadora de serviço pode
incorrer no erro de contratar fornecedores negligentes, os
baixo nível quais possuem um preço abaixo do valor de mercado por
técnico dos que não possuem mão de obra devidamente capacitada para
treinamentos a execução segura da atividade. As máquinas e
equipamentos que serão utilizados são arcaicos e os seus
colaboradores foram treinados a baixo custo por empresas
de capacitação duvidosa.

Dessa maneira, como a probabilidade de ocorrência


de acidentes e doenças do trabalho é bem maior com esses
tipos de fornecedores, destaca-se que a ilusória sensação de
redução de custos poderá custar muito caro com o decorrer
da prestação de serviços. Por envolverem eventos de
ocorrência grande carga emocional (mortes/amputações/sequelas), a
responsabilidade solidária das contratantes, quando estas
de acidentes e não comprovam medidas efetivas de monitoramento
doenças do das condições de trabalho dos terceirizados, é um tema
trabalho que vem sendo cada vez mais pacificado judicialmente e o
custo indenizatório da reparação é exponencialmente maior
que o custo inicial da contratação. Isso sem contar nos
prejuízos secundários, como o dano à imagem da empresa
contratante e atrasos no calendário da obra.
Ademais, por força de competitividade, empresas que contratam apenas fornecedores
íntegros em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho estão contribuindo para subir a
régua do mercado, pois, as empresas terceirizadas terão que se adaptar a essa
exigência se quiserem fechar o contrato. Indiretamente, impondo relevância para as
questões de Segurança e Saúde no Trabalho, as empresas Contratantes estão excluindo
os maus fornecedores da competição, haja visto que caso estes demonstrem
negligência na execução das suas atividades, terão seus contratos rescindidos.

Sendo assim, conclui-se que a efetiva Gestão


de Riscos com Terceiros no tocante a
Segurança e Saúde dos colaboradores tem
uma gama gigantesca de benefícios. Além de
evitar pesados custos não-programados para
a empresa tomadora de serviços, melhora
sua imagem perante a sociedade, eleva
o nível dos fornecedores existentes no
mercado e contribui para o desenvolvimento
harmônico da economia, isto é, a geração
de emprego e renda sem prejuízos a
saúde e segurança daqueles que
fazem esse progresso acontecer. BENE
O controle de terceiros se torna
cada vez mais essencial para as FÍCIOS
empresas hoje em dia
Difícil encontrar grandes empresas que atualmente não sofram com o tema
de Acidentes de Trabalho. No caso das que não sofrem, certamente há uma
preocupação grande sobre o tema, que tem chamado cada vez mais a atenção das
empresas devido a mudanças de E-social e aumento de riscos.

O que a previdência social define


como acidente do trabalho
A previdência social define como acidente do trabalho aquele que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador
doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso
VII, art. 11 da Lei 8.213/91., provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.

Olhando para a história, é possível encontrar vários casos em que esses


acidentes ganharam dimensões catastróficas, afetando milhares de
pessoas trabalhadores e cidadãos, alguns exemplos são a Catástrofe de
Chernobyl (Ucrânia), Tragédia em Seveso (Itália), Explosão da plataforma P-
36 (Brasil) e Devastação em Bhopal (Índia).

Revisando os detalhes desses acontecimentos é claramente constatada a


importância da existência e cumprimento de políticas e normas de saúde e
segurança efetivas que previnam a ocorrência de situações de risco e
desastres.
Normas regulamentadoras no Brasil
No Brasil, é de incumbência do órgão de âmbito nacional competente em matéria de
segurança e medicina do trabalho estabelecer, normas sobre a promoção
da saúde e segurança do trabalho.

Também é dever desse órgão coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização


e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo
o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do
Trabalho.

No país existem vários dispositivos e normas que contemplam práticas que visam
fomentar a segurança no ambiente do trabalho.

Destacando-se, entretanto, as Normas Regulamentadoras (NR) que são disposições


complementares ao capitulo V da CLT, consistindo em obrigações, direitos e deveres a
serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir
trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.

De acordo com o Anuário Estatístico de


Acidentes de Trabalho – AEAT 63,7% dos
acidentes de trabalho com registro de CAT
em 2017 ocorreram em decorrência de
situações relacionadas ao desempenho da
dos acidentes de trabalho atividade no ambiente de trabalho.
em 2017 ocorreram em
Já segundo o Observatório Digital de
decorrência de situações Segurança e Saúde do Trabalho, entre 2012
relacionadas ao ambiente de 2018 foram contabilizados 17.200
de trabalho falecimentos em razão de algum incidente ou
doença relacionados à atividade laboral no
Brasil.
Isso significa dizer que:

a cada

3h 40’’

uma pessoa morre


por acidente de
trabalho.
lesão imediata
distorção corte e
e tensão laceração

contusão e
esmagam…
fraturas

O estudo ainda revelou que os tipos de lesão mais comuns


foram corte e laceração, com 734 mil casos (21%), fraturas, com 610 mil
casos (17,5%), contusão e esmagamento, com 547 mil (15,7%), distorção e
tensão, com 321 mil (9,2%) e lesão imediata, com 285 mil (8,16%).

correio
transporte de
cargas atendimento
construção hospitalar
de edifícios

administração pública comércio varejista

As áreas mais atingidas foram os dedos (833 mil incidentes), pés (273
mil), mãos (254 mil), joelho (180 mil), partes múltiplas (152 mil) e articulação
do tornozelo (135 mil).

partes múltiplas
joelho
dedos

mãos

pés

As áreas com maior incidência de acidentes de trabalho foram


atendimento hospitalar (378 mil), comércio varejista, especialmente
supermercados (142 mil), administração pública (119 mil), construção de
edifícios (106 mil), transporte de cargas (100 mil) e correio (90 mil).
De acordo com a

A empresa (empregador) é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e


individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, sendo caracterizado
como contravenção penal, punível com multa, a omissão no cumprimento das normas
de segurança e higiene do trabalho.

Também compete à empresa o dever de prestar informações pormenorizadas sobre


os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

Considerando que o tomador dos serviços terceirizados é corresponsável pela saúde e


segurança dos trabalhadores, é necessário que este adote medidas que previnam e
combatam os riscos de incidências de acidentes, primeiramente por questões
de responsabilidade social.

Mas também levando em conta os impactos negativos da ausência de uma política e


programas nesse sentido, quais sejam: altíssimos passivos trabalhistas,
comprometimento da imagem da empresa, paradas na operação, atrasos nas entregas,
absenteísmo elevado, etc.

Pensando em combate a esses riscos, é essencial entender as principais causas que


contribuem para a sua ocorrência.

Nesse sentido é correto afirmar 1. Não cumprimento do procedimento


que entre as principais causas de padrão;
acidente e gravidade desses estão:
2. Desconhecimento das medidas
de segurança necessárias;

3. Inaptidão física ou psicológica para a


execução da atividade;

4. Falta de capacidade técnica para


execução da atividade;

5. Não utilizar dos equipamentos


de proteção coletiva;
6. Não utilizar do equipamento
de proteção individual.
Conscientização
Interna
Um importante fator para adoção pelo empregador e contratante de
serviços terceirizados é a conscientização interna e de todos que
participam do processo, sobre a importância da implementação e
realização dos processos relacionados a saúde e segurança do trabalho,
mas a conscientização apenas não garante a efetividade do processo.

Então a automação de controles e medidas fiscalizatórias se


apresentam como o melhor caminho para a efetividade das práticas de
combate aos acidentes, isso é reforçado, se considerarmos que o “Não
cumprimento do procedimento padrão” é uma das principais causas
das ocorrências de acidentes.

Através da análise de mobilização de trabalhadores,


a Gestão de Terceiros da BexUp auxilia os seus
clientes no controle dos aspectos relacionados
a saúde e segurança dos trabalhadores, buscando
avaliar a conformidade das empresas contratadas
quanto a correta aplicação das leis e normas de
segurança do trabalho, assim como a adoção de
melhores práticas e programas para mitigar
os riscos inerentes a prestação de serviços
terceirizados na base da contratante ou em locais
por ela indicado.
GRO
O gerenciamento de riscos ocupacionais
(GRO) surge com o objetivo de organizar e
integrar todo o processo de gerenciamento
de riscos, compreendendo a identificação
de perigos e avaliação de riscos, o controle
dos riscos, a análise de acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho e a preparação
para emergências.
GRO Gestão da SST
A gestão da Saúde e Segurança do Trabalho
(SST) é um processo estratégico, a longo prazo,
que considera os contextos internos e externos,
os perigos e as oportunidades, já o GRO é um
processo tático e operacional, a curto e médio
prazo, com foco no cenário interno e limitado os
perigos para a segurança e saúde dos
trabalhadores, desse modo o GRO está contido
na gestão da SST.

GRO e PGR são a mesma coisa?


O GRO é o processo de gerenciamento de risco, já o Programa
de Gerenciamento de Riscos (PGR) é uma das formas como o
GRO se concretiza. Segundo o item 1.5.3.1.2 da NR 01 “O PGR
pode ser atendido por sistemas de gestão” tendo em vista que não
é um documento com forma definida, é composto pelo inventário
de ricos e plano de ação, e que um sistema de gestão em SST
possui todos os elementos necessários ao GRO.

PGR substitui o PPRA?


Em agosto de 2021 também entrou em vigor a atualização da NR
09, a norma adotada atualmente que trata do Programa de
Prevenção a Riscos Ambientes (PPRA) terá seu título substituído
para Avaliação e Controle Das Exposições Ocupacionais a Agentes
Físicos, Químicos e Biológicos e passará a ter como objetivo
estabelecer os requisitos para a avaliação da exposição a esses
agentes quando identificados no PGR a apoia-lo no
estabelecimento de medidas de prevenção. Desse modo o PPRA
deixa de existir e a NR 09 passa a integrar o PGR.

Como a implantação do PGR impacta na Gestão de


Riscos com Terceiros?
As empresas que terceirizem serviços precisarão incluir em seu
programa medidas de prevenção para as empresas contratadas
que executem atividades dentro de suas dependências, já os
fornecedores devem incluir em seu PGR medidas de prevenção
específicos para os riscos a que os colaboradores estarão expostos
na unidade da contratante. Além disso, para os casos de prestação
de serviço simultâneo por fornecedores distintos, devem ser
aplicadas medidas de prevenção integradas para proteger a todos
trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais.
Os riscos dos fornecedores impactam na contratante?
Assim como a contratante precisará disponibilizar as informações
sobre os riscos ocupacionais a que os terceiros estarão expostos em
suas dependências, as contratadas devem fornecer o inventário de
riscos ocupacionais das atividades que serão realizadas, pois o
serviço executado pela terceira pode trazer novos riscos as
dependências da contraente. Sendo assim, se faz necessário a
implantação de um sistema para gestão e análise dos documentos
fornecidos, de maneira simplificada e segura, efetuando a validação
com base nos critérios legais estabelecidos pela norma, para isso
podemos contar com o apoio da BexUp na análise de documentos
para mobilização de colaboradores terceiros.

Como integrar as medidas de prevenção dos terceiros e


da contratante?
Através da plataforma BexUp é possível efetuar o acompanhamento
do PGR e também incluir critérios mínimos para aprovação dos
colaboradores durante a análise documental, tais como exames, EPIs
e capacitações básicas para a integração dos colaboradores. Para
acompanhamento destes dados a BexUp dispõe do que chamamos
da Gestão de Atividades de Risco diretamente no sistema,
previamente adequada a realidade do cliente. Através dela o
fornecedor indica quais atividades possui a intenção de realizar nas
dependências de seu contratante e automaticamente o documento
lista os critérios mínimos que devem ser apresentados na ficha de
EPI, no ASO e nos certificados de treinamento para a aprovação
desses colaboradores.

Na Gestão de Riscos com Terceiros da BexUp o tema


Segurança é levado a sério quando analisamos os
documentos e riscos dos funcionários terceiros nas
operações dos clientes. Queremos atuar impactando
positivamente o maior bem de todos, a vida.
O que sua empresa precisa saber sobre a

Anunciado oficialmente no dia 30 de Julho de 2019, o


início do processo de Modernização das Normas
Regulamentadoras de Segurança e Saúde no
Trabalho foi recebido com bastante cautela pelo setor
prevencionista brasileiro. Apesar da óbvia necessidade
de atualização desse conjunto normativo, postagens em
páginas oficiais do Governo Federal anunciavam uma
redução de até 90% das normas, número considerado
bastante radical dada a importância que esta legislação
possui para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho no Brasil.

Passados mais de 12 meses do início do processo, a previsão


governamental nem de longe se confirmou e a névoa existente sobre
esse debate já começa a se dissipar. Até o presente momento, já foram
atualizadas 9 Normas Regulamentadoras (NR’s) e todas elas
apresentaram um admirável respaldo técnico. Como, desde 1996, as
Normas Regulamentadoras são construídas em um ambiente tripartite,
isto é, Confederações Empresariais, Representantes dos Trabalhadores
e Auditores Fiscais do Governo se unem para tentar obter um
consenso sobre o texto final, o caráter técnico do processo parece ter
se sobressaído.

Do ponto de vista empresarial, há algumas importantes lições a serem


observadas diante desse momento histórico vivenciado pelo Brasil. De
início, a dispensa de elaboração do PPRA e do PCMSO para algumas
MicroEmpresas e Empresas de Pequeno porte é um claro exemplo de
que há uma busca por textos normativos que possam ser aplicáveis a
realidade econômica brasileira. Não é justo cobrar que uma Refinaria
de Petróleo com 1000 funcionários elabore o mesmo programa e
tenho mesmo nível de obrigatoriedades que uma empresa de
contabilidade com 10 colaboradores. Houve um tratamento
diferenciado ao Micro e Pequeno empreendedor, constituinte de mais
de 90% do cenário econômico nacional. A legislação passa a ter foco
no resultado e permite a dispensa de elaboração de documentos
cartoriais para serem eventualmente apresentados em fiscalizações.
Além de mais aplicável, o processo de Modernização das Normas
Regulamentadoras está tornando a legislação brasileira em
conformidade com as boas práticas internacionais. A atualização
da NR-12, legislação que, a grosso modo, regula os dispositivos de
proteção necessários para as Máquinas e Equipamentos que operam
no parque industrial brasileiro, foi muito bem aceita pela comunidade
técnica prevencionista. Antenada com os anseios da Indústria 4.0 e
das soluções robóticas de engenharia, especialistas concordaram que
o novo texto serviu, principalmente, para reduzir burocracias, pois,
máquinas importadas de países europeus, mesmo que fabricadas
conforme normas técnicas mundialmente reconhecidas, enfrentavam
uma enorme burocracia para operar no Brasil. A nova NR-12 coloca o
Brasil na rota do livre comércio internacional, contribui para aumentar
a competitividade da ociosa indústria brasileira e mantém os
principais dispositivos de proteção ao trabalhador.

Esse exemplo demonstra que o trabalho da Comissão Tripartite com a


modernização das NR’s tem buscado trazer maior segurança jurídica
ao ambiente empresarial brasileiro e é justo que sejam dados os
devidos créditos aos profissionais responsáveis por esse processo.
Pautado pelos princípios técnicos do debate, Confederações
Empresariais, Representações Sindicais e Auditores Fiscais do Trabalho
tem mantido o nível técnico do debate, independente da política de
governo em questão e essa independência racional é uma premissa
elementar para o desenvolvimento econômico de um país.

Sendo assim, cabe ao empresariado brasileiro fazer a sua parte e se


adequar a essa nova realidade normativa. Se por um lado, está
havendo um grande esforço para que as Normas Regulamentadoras
sejam definitivamente cumpridas, por outro, há maior espaço para
a Fiscalização do Trabalho ser mais severa em caso de
irregularidades. Ao participarem do processo de elaboração da norma,
as Confederações Empresariais estão concordando com as disposições
lá contidas e comprometem-se, ainda que indiretamente, com o seu
real cumprimento. Empresas que não fiscalizarem as condições de
trabalho dos seus colaboradores próprios e terceirizados podem
estar abrindo um grande passível jurídico nos próximos anos.

Conte com o controle de terceiros da


BexUp para estar sempre atualizado com
a Legislação Brasileira e com o foco em
redução de riscos com terceiros.
NOVAS NR
01, 07, 09, 18
Um guia básico e objetivo
do que está por vir
Em 2020 ocorreu a modernização das Normas
Regulamentadoras, extremamente importantes
para o campo de Saúde e Segurança do Trabalho,
e as mudanças mais significativas entrarão vigor no
dia 1º de agosto de 2021 nas NR 01, 09, 07 e 18
A NR 01 – Disposições Gerais, que dava direcionamento às demais
Normas, passou a se chamar Disposições Gerais e Gerenciamento de
Riscos Ocupacionais, mas a mudança vai além do nome.
O Gerenciamento de Risco Ocupacionais (GRO) baseia-se na melhoria
contínua da organização. A ideia é criar uma norma autônoma sobre
gerenciamento de riscos que esteja aliada à ISO 45001 – Sistemas de
Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional.

Para a elaboração do GRO não é determinado um modelo de documento,


mas sim, uma estrutura macro a ser seguida, que irá dar a estrutura para o
gerenciamento e facilitará a sua implementação e melhoria contínua.
Como o GRO vai estar aliado à ISO 45001 e o texto aborda a melhoria
contínua, conclui-se que ele será baseado no conceito do PDCA: Planejar
o que será feito – Desenvolver o que foi planejado – Checar como está o
funcionamento do que foi desenvolvido – Agir para corrigir e melhorar o
processo. Após “Agir”, voltamos ao ponto de “Planejar”, e o ciclo é
retomado.

Dentro do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais a Norma prevê


também, a elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)
que deve conter, no mínimo, os seguintes documentos: Inventário de
Riscos (identificação de perigos, avaliação e classificação dos riscos) e
Plano de Ação.

Os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados sob a


responsabilidade da organização, respeitando as exigências constantes
nas demais Normas Regulamentadoras, datados e assinados. A Norma diz
ainda que qualquer pessoa que saiba identificar os perigos e avaliar os
riscos poderá elaborar o PGR. Porém existem condições quanto a
elaboração do programa se o segmento de trabalho possui uma NR
setorial.

Exemplo: A NR 18 é voltada para a Construção Civil, neste caso,


quando o canteiro tem até 7m de altura e até 10 colaboradores,
obrigatoriamente o profissional elaborador deve ser alguém com
qualificação em segurança do trabalho (técnico ou tecnólogo). Já
para canteiros com mais de 7m de altura e/ou mais de 10
trabalhadores, obrigatoriamente o profissional elaborador deverá ser
o Engenheiro de Segurança do Trabalho.
O QUE ESPERAR DA NOVA NR 01
Nos últimos anos temos percebido uma frequência maior nas atualizações
das leis que regem o controle de riscos de fornecedores. Isto é bom por
um lado, visto que as leis precisam se adequar a realidade do momento
atual, mas gera um desafio gigante para as empresas para se manterem
atualizadas, parametrizar sistemas, controles e monitorar os riscos. Neste
texto abordaremos sobre a NR 01.

Objetivo da NR 01
A Norma Regulamentadora (NR) 01 tem como objetivo
estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos
e definições comuns a todas as NRs relativas à segurança e
saúde no trabalho (SST) bem como as diretrizes e os requisitos
para o gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO).

Atualizações ao longo dos anos


A primeira versão da NR 01 foi publicada em 08 de junho de 1978
através da portaria nº 3.214. Desde sua elaboração até 2019
passou por 4 revisões pontuais sem alterações dos conceitos
definidos inicialmente, que até hoje são os norteadores para a
aplicação das demais normas. Recentemente ela passou por duas
atualizações, sendo a primeira em 2019, que segue vigente no
momento, normatizando a realização de cursos exigidos pelas
demais NRs na modalidade de Ensino a Distância (EaD) e
semipresencial, e trouxe a possibilidade de armazenamento por
meio digital de documentos previstos nas NRs.

O que podemos esperar de novo


Seguindo com o objetivo de modernização das NRs, a NR 01
passou por uma segunda revisão em março de 2020, que deve
entrar em vigor a partir de 1 de agosto de 2021. As principais
atualizações trazidas pela revisão são a inclusão
do gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO), alinhando os
termos a ele relacionados, tratamento especial ao
Microempreendedor Individual (MEI), à Microempresa (ME) e
Empresa de Pequeno Porte (EPP), além do estabelecimento de
requisitos mínimos para utilização da modalidade EaD e
semipresencial nos treinamentos com base nas demais NRs.
&

O PGR irá substituir o Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais (PPRA) e o Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção Civil (PCMAT), causando impacto
direto nas NRs 09 e 18.

A NR 09 passa a se chamar “Avaliação e Controle das Exposições


Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos” e aos poucos
se transforma em uma norma voltada para a Higiene Ocupacional,
estabelecendo requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais
destes agentes. Os resultados das avaliações ambientais devem estar no
Inventário de Riscos do PGR, que é um documento mais amplo
comparado com apenas o Mapeamento de Riscos previstos no atual
PPRA, pois contemplará não apenas os riscos ambientais (Físicos,
Químicos e Biológicos), mas também os operacionais (de Acidente) e
comportamentais (Ergonômicos).

A NR 18 também mudou de nome e passa a se chamar “Segurança e


Saúde no Trabalho na Indústria da Construção”, e o seu texto prevê que
o desenvolvimento do PGR será uma obrigação das
construtoras/tomadoras de serviço e não de seus fornecedores
contratados. Caberá aos fornecedores a responsabilidade de entregar à
contratante principal o Inventário de Riscos de suas atividades, que deverá
ser contemplado no programa. Como funciona isso na prática:

A antiga NR 18 (vigente até o dia 01 de agosto de 2021) indica o seguinte:

“18.3.1. São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos


estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os
aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurança.

18.3.3. A implementação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade


do empregador ou condomínio.”

Ou seja: Em uma mesma obra que houvesse um único tomador de serviço


porém diversos fornecedores trabalhando nela, haveriam diversos PCMATs a
serem seguidos.
Na nova NR 18, quanto ao PGR o texto diz o seguinte:

“18.4.4 As empresas contratadas devem fornecer ao contratante o


inventário de riscos ocupacionais específicos de suas atividades, o
qual deve ser contemplado no PGR do canteiro de obras.”

Então, agora ao invés de haver vários PGRs dos fornecedores, a


contratante elabora o seu próprio PGR, ficando sob a responsabilidade
do fornecedor a entrega do seu Inventário de Riscos (que não é apenas o
Mapeamento de Riscos, porém podendo o Mapeamento de Riscos estar
dentro do Inventário) para que a contratante inclua no seu PGR.

E, enquanto a elaboração do PCMAT era obrigatória apenas para obras


que possuíam acima de 20 trabalhadores, o PGR será obrigatório não
importando a quantidade de trabalhadores.

Atenção: É importante salientar que o PPRA deixará de ser válido,


mesmo que esteja dentro do prazo de vigência, a partir do vigor da nova
NR 01; já os PCMATs vigentes continuam permitidos até a conclusão de
suas respectivas obras.

Outras mudanças importantes:


O PPRA e o PCMAT indicavam os EPIs específicos para a função, no
entanto o PGR deve conter relação de EPIs específicos de acordo com
os Riscos Ocupacionais. O PCMAT e o PPRA deveriam ser revisados a
cada 1 ano; o PGR deverá ser reavaliado a cada 2 anos, quando não
houver mudanças, ou a cada 3 anos quando a empresa possuir
certificações em sistemas de gestão de SST.
O PGR também deve ser reavaliado quando na ocorrência das seguintes
situações:
• Após implementação das medidas de prevenção, para avaliação de
riscos residuais;
• Após inovações e modificações nas tecnologias, ambientes,
processos, condições, procedimentos e organização do trabalho que
impliquem em novos riscos ou modifiquem os riscos existentes;
• Quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias das
medidas de prevenção;
• Na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho;
• Quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis.
Ou seja: Se algo mudar, o PGR deve ser atualizado, não sendo necessário
aguardar 1 ano, como ocorria com o PPRA. É um programa mais
dinâmico.
A NR 7 também foi atualizada para se adequar visando proteger e
preservar a saúde dos empregados em relação aos riscos ocupacionais,
conforme avaliação de riscos do PGR da empresa.

A Norma determina que a organização deve garantir que


o PCMSO descreva os possíveis agravos à saúde relacionados aos riscos
ocupacionais identificados e classificados no PGR (estes possíveis agravos
estarão registrados no Inventário de Riscos), e, caso o médico responsável
pelo PCMSO observe inconsistências no Inventário de Riscos da
organização, deverá reavaliar as inconsistências em conjunto com os
responsáveis pelo PGR.

Quanto aos exames, deixam de existir os exames de Mudança de Função,


passando a serem exigidos exames de Mudança de Riscos Ocupacionais.
Também deixa de existir a distinção de periodicidade de exames para
trabalhadores menores de 18 anos e maiores de 45 anos. Outra mudança
é que foi excluída a necessidade de exame de retorno ao trabalho após
o parto.

Forneci o EPI, mas o
funcionário não usa
QUAIS SÃO OS RISCOS
E O QUE FAZER?

Uma das medidas mais utilizadas para mitigar os


riscos aos quais o trabalhador pode se expor é o
Equipamento de Proteção Individual (EPI). De
acordo com os critérios estabelecidos na Norma
Regulamentadora (NR) – 01, essa é uma das
últimas medidas que devem ser adotadas; ainda
assim – após identificada a necessidade – a NR-06
detalha as obrigações e responsabilidades do
empregador e do empregado quanto ao uso e
conservação dos EPI.
A NR-6 determina que cabe ao empregador
fornecer o EPI adequado, treinar o trabalhador e
exigir a sua utilização. A NR diz ainda que cabe ao
empregado utilizar o EPI e cumprir as
determinações do empregador sobre o uso
adequado. Sabemos que as Normas
Regulamentadoras são oriundas da Consolidação
das Leis Trabalhistas (CLT) e por isso possuem peso
de lei, portanto devem ser cumpridas; também
sabemos que o descumprimento das exigências
definidas nas NR pode gerar uma série de fatores
que comprometerão o trabalhador e também a
empresa.

Mas e se o trabalhador se negar a utilizar os EPI


fornecidos? Antes de tomar qualquer atitude,
primeiro é necessário identificar o motivo pelo qual
o trabalhador se recusa a utilizar o equipamento:

• O trabalhador foi treinado sobre como utilizar o


EPI corretamente?

• É um EPI ergonomicamente adequado?

• Há uma opção melhor, ou equivalente, mais


confortável?

• Está em boas condições de uso e dentro do


prazo de troca?
Se todas estas variáveis não justificarem Este ponto é tão importante que a NR
a recusa do trabalhador em utilizá-lo, 28, que trata sobre Fiscalizações e
podemos de imediato imaginar as Penalidades, define que há penalidade
consequências que serão causadas: em caso de descumprimento da
Riscos de acidentes e agravos à saúde empresa em relação ao item 6.6.1, alínea
do trabalhador em médio e longo prazo; b, da NR-06, que remete justamente
além disso, um trabalhador que não quanto a responsabilidade do
utiliza seus EPI pode comprometer a empregador em exigir o uso do EPI.
empresa em uma fiscalização trabalhista.

Vale a pena lembrar que, de acordo com a CLT, um dos requisitos de caracterização do
vínculo empregatício é a subordinação, ou seja: A obediência do empregado em relação
ao que é estipulado pelo empregador. Por si só, este fator é determinante para que o
trabalhador tenha que cumprir a exigência quanto ao Uso e Conservação do
equipamento, sob pena de ser advertido ou até mesmo, em casos extremos, a
caracterização de ato de indisciplina ou de insubordinação, o que pode levar a uma
demissão por justa causa.

Equipamento de
proteção individual
conjugado vale a pena?

Sobre Equipamento de Proteção Individual ou EPI:

A segurança dos colaboradores no ambiente laboral da empresa é de


suma importância para minimizar os riscos de acidentes de trabalho
ou doenças ocupacionais, e o Equipamento de proteção individual de
um modo geral é uma das medidas protetivas adequadas para esse
fim. Contudo, em determinadas situações de exposição aos riscos,
faz-se necessário o uso combinado de dois ou mais equipamentos
para garantir a máxima segurança. Para esses EPI’s combinados,
damos o nome de Equipamentos Conjugados de Proteção Individual.

Segundo a NR 6, no parágrafo 6.1.1, “entende-se como Equipamento


Proteção Individual Conjugado, todo aquele composto por vários
dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais
riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”.
É importante destacar que simplesmente usar dois dispositivos de proteção ao mesmo
tempo não se configura como equipamento de proteção individual conjugado. Primeiro
é preciso que exista um risco indicado no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)
que não pode ser minimizado com apenas um equipamento. Logo, seria necessário a
combinação de dois equipamentos simultâneos.

Segundo, somente um fabricante responsável pode apontar os EPI’s que foram


elaborados para serem usados juntos, observando todos os pontos necessários
conforme itens 6.8.1 e 6.8.1.1 da NR 06.

Profissionais que precisam usar EPI’s conjugados

As principais profissões que utilizam equipamento de proteção individual


conjugados são os que trabalham sob os riscos mencionados acima, como
exemplo: trabalhadores da indústria de construção civil, de base e de bens
intermediários (mineradores, serralheiros, pedreiros, caldeireiros, soldadores,
eletricistas, montadores, químicos); profissionais de limpeza pública, hospitais e
clínicas; dentre outros.

Cuidados e Manutenção

Conforme item 6.7.1 alínea B da NR 06, cabe ao empregado responsabilizar-se


pela guarda e conservação dos equipamentos, para que tenha uma maior
durabilidade. Deve-se evitar derrubar ou arranhar o equipamento, guarda-lo em
ambiente limpo e protegido, e em caso de qualquer alteração que torne o
equipamento impróprio, deverá comunicar ao empregador (item 6.7.1 alíena c).

Consequências do uso incorreto dos EPI’s conjugados

Como mencionamos, os EPI’s conjugados são utilizados simultaneamente para


proteção dos riscos aos quais o colaborador está exposto. Logo, é necessário que
o equipamento esteja bem ajustado ao membro do corpo do colaborador que
será protegido, evitando toda folga ou brecha que possa haver. Como exemplo,
podemos citar o capacete com protetor auricular. Ambos os EPI’s (capacete –
proteção da cabeça e protetor auricular – proteção dos ouvidos) devem estar
bem ajustados e alocados para que um não anule a eficiência do outro.

Para isso, reforçamos que se observe atentamente a solicitação destes


equipamentos com base nos riscos indicados no PGR e as informações do
fabricante e do Certificado de Aprovação – CA (Item 6.9.3 da NR 06).

Aquisição de Equipamento de proteção individual conjugado

Os EPI’s Conjugados, como qualquer outro EPI, pode ser adquirido nas lojas de
equipamento de proteção individual convencionais e que sejam de sua confiança.
Os mesmos devem estar devidamente registrados pelo órgão nacional
competente em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho, Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), o qual fiscaliza o equipamento e o seu uso, cadastra o
fabricante e emite/renova o CA (Item 6.11.1 da NR 06).
O uso de EPIs, de acordo com a Norma Regulamentadora – 01, é a última medida de
controle de riscos que deve ser adotada pela empresa. Mas – uma vez que é
identificada esta necessidade mesmo após terem sido tomadas as demais iniciativas
prioritárias – a entrega, uso e monitoramento do equipamento deve ser observado de
perto.

O uso e conservação de EPI é tão importante que possui uma norma específica para
tratar deste assunto, a NR-06. Esta Norma fala das responsabilidades estipuladas para
empregadores, empregados e empresas fornecedoras de EPI (fabricantes nacionais ou
importadoras).

Entre algumas das obrigações estipuladas aos empregadores estão as


seguintes:

• adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade (conforme orientação


de profissional do SESMT ou da CIPA);

• fornecer somente EPI aprovado pelo MTE e substituir imediatamente


quando danificado ou extraviado.

E o empregado também possui deveres, tais como:

• Usar o EPI de maneira adequada sempre que necessário durante a


atividade profissional e comunicar ao empregador qualquer alteração
que o torne impróprio para uso.

Já o fabricante nacional ou o importador deverá – entre outras coisas:

• Solicitar a emissão do Certificado de Aprovação (CA) junto ao MTE e a


renovação deste quando vencido o prazo de validade estipulado;

• Comercializar ou colocar à venda somente o EPI que possui CA;

• Fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e


higienização de seus EPI, indicando quando for o caso, o número de
higienizações acima do qual é necessário realizar à revisão ou à
substituição do equipamento, a fim de garantir que mantenham as
características de proteção original.
Como é possível identificar, a norma já dá direcionamentos quanto a isto: O EPI
extraviado, ou que se tornou impróprio para uso, deve ser substituído de maneira
imediata afim de que ocorra a minimização dos riscos ao trabalhador durante a
atividade. Outro ponto interessante de ressaltar é que existem EPIs que são
descartáveis, de modo que deve ser respeitada a instrução de descarte do equipamento,
ainda que o uso tenha sido único.

Porém a NR-06 também fala sobre a validade do CA(Certificado de Aprovação), e


a dúvida em relação a isto foi tanta que o Ministério do Trabalho emitiu a Nota
Técnica 146/15 para explicar se o vencimento do CA torna o EPI impróprio para
uso. A Nota ressalta que a validade do CA não é o mesmo que a validade do
produto em si. O CA é o que autoriza um fabricante ou importador a comercializar
um determinado EPI, e autoriza os empregadores a disponibilizarem este mesmo
EPI aos seus trabalhadores, de acordo com o artigo 167 da CLT.

Já a validade de uso do equipamento é aquela aplicável a qualquer produto.


O Código de Defesa do Consumidor estabelece que todos os produtos
comercializados, inclusive EPI, devem conter em seus rótulos, dentre outras
informações, a indicação do prazo de validade. Esta é a data limite que o
fornecedor garante sua total eficácia e qualidade, desde que sejam seguidas as
instruções de manuseio e armazenamento informadas. As indicações de uso
devem constar no produto mesmo que a indicação do prazo de validade seja
indeterminada.

Sendo assim, é de suma importância que seja realizado o controle interno de três
pontos chave que irão direcionar em relação ao período de troca do EPI:
• A data de validade do equipamento;
• O tempo de vida útil a partir da utilização;
• A estipulação da periodicidade de troca do equipamento orientada
por um profissional do SESMT, caso o EPI tenha prazo de validade
indeterminado.

Na Gestão de Riscos com Terceiros da BexUP a análise dos documentos é


criteriosa para assegurar que todos os documentos apresentados possuem
validade jurídica, garantindo maior segurança para a sua empresa e trabalhadores.
Desde a implantação do eSocial, as
entregas das obrigações acessórias
trabalhistas têm mudado gradativamente.
A mudança mais recente trata das
informações de Segurança e Saúde no
Trabalho – ou SST – cujo envio deve ser
feito obrigatoriamente através do da
plataforma a partir de outubro de 2021.
Esses novos eventos de SST trouxeram
várias dúvidas para os empregadores,
tanto sobre as normas de Segurança e
Saúde no Trabalho quanto sobre os
impactos da obrigatoriedade de transmitir
esses novos eventos.

Afinal, a SST é uma nova obrigação?

Quais os riscos de não entregar os eventos de SST ?

Quem é o responsável pela entrega dos eventos de SST?

Respondemos esses questionamentos a seguir:

O que é o eSocial?
O eSocial é uma ferramenta de registro criada para simplificar a
administração das informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais,
consolidando as declarações acessórias. Esse sistema permite que o
Governo Federal tenha uma base de dados centralizada, além de
tornar os processos contábeis mais ágeis, reduzindo erros de cálculo,
aumentando a segurança das informações e padronizando as
operações.

Ainda, de acordo com o site do Governo Federal, o eSocial é “Uma


medida de desburocratização. O objetivo […] é simplificar a
prestação das informações referentes às obrigações fiscais,
previdenciárias e trabalhistas, reduzindo a burocracia para as
empresas. Esse procedimento vai substituir o preenchimento e a
entrega de formulários e declarações, atualmente entregues de
forma separada a cada órgão.”
O que é a SST?
A SST, regulamentada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é o
conjunto de normas e procedimentos aos quais empresas e
colaboradores devem cumprir a fim de manter o ambiente laboral
seguro para ambas as partes, minimizando os riscos de acidentes
e/ou doenças relacionadas a execução do trabalho. Mesmo em
profissões que não possuem insalubridade ou periculosidade
inerentes, as técnicas de SST devem ser implementadas e
rigorosamente seguidas. Ocupações que aparentemente possuem
quase nenhum risco para a saúde do trabalhador, ainda estão
sujeitos ao surgimento de acidentes e problemas de saúde.

Um tópico que ilustra esse ponto, é a Síndrome de Burnout, que


costuma surgir derivada do alto estresse, excesso de horas
trabalhadas ininterruptamente, entre outros fatores. É importante
lembrar que a saúde mental ganha cada vez mais visibilidade nos
espaços profissionais, e também cabe as empresas fomentar as
práticas de SST com a finalidade de preservar a saúde mental dos
colaboradores tanto quanto a física. Além disso, doenças
ocupacionais físicas também podem surgir em ambientes de baixo
risco, visto que a repetição de diversas atividades diariamente pode
comprometer o desempenho motor ou sensorial.

Uma nova obrigação?


Apesar de a obrigatoriedade do envio dos eventos referentes a SST
no eSocial ter começado recentemente – em 13 de outubro de
2021, para as empresas do primeiro grupo – a legislação que
consolida as normas de segurança e saúde no trabalho está em
vigência desde setembro de 1977. O envio através da plataforma,
assim como para as demais informações trabalhistas, serve como
um facilitador para os empregadores e para o governo,
consolidando obrigações que já existiam anteriormente.

Portanto, nada realmente mudou no que diz respeito às


regulamentações da SST, e é esperado que todas as empresas já
estejam cumprindo as normas, de acordo com o que manda a CLT.
As multas para os empregadores que não cumprirem o envio das
informações de SST podem variar entre R$ 1.201,36 e R$
335.404,32, a depender da infração. Por isso, é de fundamental
importância que o empregador esteja atento aos prazos e
obrigações referentes a Segurança e Saúde no Trabalho.
Quem é responsável pelo envio das
informações de SST no eSocial?

O envio das informações de SST é de responsabilidade da


empresa, que deverá definir quem será o parceiro a auxiliá-la com
essa demanda. Tanto podendo ser uma empresa de consultoria
em segurança no trabalho ou até mesmo o próprio contador,
sendo isso acordado previamente e incluído no escopo dos
serviços. Outra opção é ter um profissional da segurança no
trabalho internamente, realizando todas as ações da SST e
também preenchendo os eventos do eSocial referentes à
segurança no trabalho.

Caso opte por contratar uma empresa de medicina do trabalho ou


profissional técnico em segurança do trabalho, há duas formas de
realizar o envio das informações de SST. Primeiramente, para que
uma empresa ou profissional de Segurança e Saúde no Trabalho
envie eventos de SST, deve ser concedido perfil de procuração
eSocial – Grupo SST, no eCAC. O responsável pelas informações
de SST poderá gerar os arquivos no formato .xml com os dados
dos eventos e então enviá-los para o contador, que transmitirá
com todas as informações, ou o responsável pela SST enviará
diretamente os eventos pelo eSocial e o contador ficará
responsável apenas pela transmissão dos demais eventos.

É necessário enviar os eventos de SST dos


empregados domésticos pelo eSocial?
Os eventos periódicos de Monitoramento da Saúde do
Trabalhador (S-2220) e Condições Ambientais do Trabalho –
Agentes Nocivos (S-2240) não precisam ser enviados pelos
empregadores pessoa física que possuem empregados
domésticos. Porém, o evento não-periódico de Comunicação de
Acidente de Trabalho (S-2210) deve ser enviado até o primeiro dia
útil da data da ocorrência.
Vantagens de seguir as normas
da SST para o empregador

Além do claro benefício para os empregados – que terão sua


saúde preservada –, um ambiente de trabalho livre de
acidentes e com boas práticas de SST também é vantajoso
para os empregadores. Empresas que seguem esses
parâmetros usufruem de benefícios como:
 Maior produtividade;
 Práticas de trabalho mais eficientes;
 Menor quantidade de afastamentos causados por
motivos de saúde;
 Menor risco de receber processos trabalhistas;
 Menor risco de pagar indenizações;

Proporcionar um ambiente profissional adequado também mostra que a


empresa se preocupa com seus funcionários e possui responsabilidade
social, conquistando o respeito não apenas dos colaboradores, mas
também de seus clientes e da comunidade como um todo.
Os eventos do eSocial são conjuntos de informações acerca do empregado,
empregador e da relação de trabalho. Classificado como um meio/canal de
prestação desses dados para os órgãos responsáveis.

Dentre os eventos, são elencados três voltados para SST, são eles:

S-2210 (Comunicação de Acidente de Trabalho),

S-2200 (Monitoramento da Saúde do Trabalhador) e o

S-2240 (Condições ambientais do Trabalho – Agente nocivos).

Tendo como finalidade substituir formulários que são utilizados para enviar PPP
e CAT. Ambos relacionados com Saúde e Segurança do Trabalho.
O Evento S-2200 faz o registro da admissão e ingresso de
trabalhador. Como também cadastramento inicial de vínculos ativos
pela empresa ou órgão público, utilizando informação de cadastro e
informações contratuais de forma atualizada. Sendo utilizada todas as
informações prestadas para formação do RET ou Registro de Eventos
Trabalhistas. O envio de tal evento é feito ainda quando o empregado
for transferido para outra empresa que pertence ao mesmo grupo
econômico, fusão, incorporação ou sucessão.

É de grande importância que contratantes e fornecedores tenham


conhecimento acerca do assunto, visto que é a partir dos eventos do
eSocial que serão prestadas informações as quais posteriormente serão
de acesso para órgãos participantes como o MTE, Receita Federal,
Previdência social. O evento 2200 realiza tanto o registro da admissão,
como o ingresso de trabalhador. Sendo acompanhado a saúde do
trabalhador, utilizando-se dos dados do ASO e exames
complementares. De forma unificada e simplificada, os eventos
também garantem uma prestação de dados de qualidade e
consistente.

Prazos a serem cumpridos:

Até o dia imediatamente anterior ao do início da prestação dos serviços


para os empregados admitidos a partir do dia seguinte ao início da
obrigatoriedade de envio dos eventos não periódicos ao eSocial.

No caso de admissão por transferência, ou se o declarante fizer a opção


de enviar as informações preliminares de admissão por meio do evento
S-2190, o prazo de envio do evento S- 2200 144 é até o dia 15 (quinze)
do mês subsequente ao da sua ocorrência, ou antes da transmissão de
qualquer outro evento não periódico relativo a esse empregado;

Até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da entrada em exercício de


servidor estatutário, independentemente do regime previdenciário ao
qual ele esteja vinculado, ou antes da transmissão de qualquer outro
evento não periódico relativo a esse servidor;

Para os vínculos iniciados até o dia anterior ao do início da


obrigatoriedade dos eventos não periódicos, o prazo é o definido em ato
normativo;

No dia do início da prestação dos serviços para os empregados


admitidos na data do início da obrigatoriedade de envio dos eventos não
periódicos ao eSocial.
O Evento S-2240 registra condições ambientais de trabalho e
indica condições de prestação de serviços pelo Trabalhador. Do mesmo
modo, a exposição aos fatores de riscos e o exercício das atividades.
Estando obrigado o envio da informação o empregador, o OGMO, a
cooperativa, sindicato de trabalhadores avulsos. Tendo como pré-
requisitos o envio do evento S-2190 (em substituição ao S-2200) ou S-
2300. Acesse o link para mais conteúdo sobre o ESocial e a Saúde e
Segurança do Trabalho.

Evento de grande importância, pois é por meio de tal evento que é


possível realizar a prestação das informações das condições ambientais
de trabalho e indicar condições de prestação de serviços pelo
Trabalhador. Nele terá as informações da exposição do trabalhador aos
agentes nocivos. Como ainda deverá ser declarada a existência de EPC
que foram instalados, e os EPI disponibilizados aos trabalhadores.

Prazos a serem cumpridos:

Até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao início da obrigatoriedade


dos eventos de SST ou do ingresso/admissão do trabalhador. No caso de
alterações da informação inicial, deve ser enviado até o dia 15 (quinze)
do mês subsequente à ocorrência da alteração.
Concorrência Contratação Execução Desmobilização

Uma forma proativa de


monitoramento de terceirizados
Entenda como uma boa implementação do processo
de Análise de Mobilização pode ser uma forma
proativa de prevenir ações trabalhistas e mitigar
acidentes de trabalho em sua empresa.

Gerenciar as empresas terceirizadas requer ações de


monitoramento que visam sempre garantir segurança
para o tomador dos serviços quanto ao cumprimento de
obrigações trabalhistas e previdenciárias.

O acompanhamento e monitoramento dessas


empresas precisam estar inserindo num processo
consistente e contínuo durante toda a vigência do
contrato de prestação de serviço de seus trabalhadores
terceirizados, haja vista que em todo esse período, o
contratante poderá ser responsabilizado pela
inobservância das terceirizadas, das leis e normas do
trabalho.
Fases do monitoramento de terceiros
No âmbito do Direito do Trabalho é possível identificar que existem determinadas
obrigações que só serão exigidas do empregador em ocasiões peculiares como início de
contrato, encerramento de contrato, admissão, demissão, férias, etc.

Nessas situações, descumprimento de direitos do trabalhador podem se tornar bem


mais arriscados para a terceirizada e tomador do que uma falha no cumprimento de
alguma obrigação mensal, pois essa última geralmente não envolve quantia tão
considerável, e assim os trabalhadores tendem a questionar mais.

Entendendo o processo de monitoramento de terceirizados como um das fases


do processo de gestão, podemos subdividi-lo em três principais etapas:
1. Controle da mobilização
2. Controle mensal
3. Controle de desmobilização
Cada uma dessas etapas apresentam tipos diferenciados de riscos trabalhistas e
previdenciários para o contratante, e por isso demandam ações de controle específicas.

O que é Análise de Mobilização?


A análise de mobilização é resultado da necessidade do contratante de serviços
terceirizados de realizar um controle proativo em relação a suas contratadas. Esse tipo
de acompanhamento viabiliza ao tomador fiscalizar previamente ao início do projeto se
o prestador de serviço está regular quanto às obrigações legais exigíveis a pessoa
jurídica, muitas delas cadastrais, bem como obrigações iniciais com os trabalhadores.

Como exemplo de itens que podem ser avaliados na análise de mobilização


e monitoramento de terceirizados destacam-se:
Da terceirizada:
Alvarás de funcionamento, certificados, certidões, cadastro CEI, Licenças
ambientais, Registros técnicos, elaboração de programas de segurança e
saúde dos trabalhadores, etc.;

Da terceirizada para com o trabalhador:


Celebração de contrato de trabalho, anotação em CTPS, realização de
exame admissional, disponibilização de EPIs, realização de
cursos/treinamentos específicos, comprovação de qualificação, etc.
Além dos itens mencionados, outros que interessem ao contratante
Conclusão avaliar na Fase de Mobilização podem ser inseridos nessa análise,
que tem como principal diferencial a possibilidade de poder aferir a
regularidade do fornecedor e seus trabalhadores terceirizados antes
que estes iniciem suas atividades.

A partir disso o contratante pode determinar, por exemplo, que


certo fornecedor ou trabalhador só poderá iniciar suas atividades
após ter sua documentação inicial aprovada, e nesse processo
programar sistemas de controle de acessos integrados ao sistema
de Gestão de Terceiros.

Por fim, a análise de mobilização por ser realizada antes da


realização do trabalho, contribui significativamente para a mitigação
de riscos e passivos trabalhistas oriundos de terceiros.
Falando de Mobilização e Controle de acesso, você conhece todo funcionário
terceirizado que entra na sua unidade?

Além de conhecer, você garante que o funcionário realmente tem toda


documentação da forma correta? É para reduzir esse risco que funciona o
projeto mobilização e controle de acesso.

Com o processo de mobilização e controle de acesso, é possível garantir que o


funcionário esteja conforme em dois pontos: De fato ele possui vínculo
empregatício com a empresa e também se ele está apto para executar aquela
função. A mobilização é um processo onde existe muito risco envolvido, então vale
a pena fazer esse acompanhamento bem de perto.

Geralmente esses erros costumam passar despercebido em alguns fluxos de


empresas que enxergamos. Além daqueles mais críticos, ASO vencido, ASO que
não correspondem aos riscos do PPRA e PCMSO, EPIs. Existe uma lista grande de
outros documentos que também são críticos e normalmente não são percebidos.
O primeiro deles se refere ao certificado de treinamento, conforme as NRs, mas
sem as informações profissionais do instrutor.

Boa parte dos certificados de treinamento que analisamos vem apenas com a
informação do nome do instrutor e não traz dados como se ele é técnico ou
engenheiro de segurança do trabalho e qual o seu CREA. Em alguns casos, são
assinados apenas pela secretária da instituição que realizou o treinamento. Boa
parte das normas regulamentadoras exigem essa informação, mas a maioria das
empresas ainda não seguem.

Outro ponto se refere a ficha de EPI sem o número do CA – Certificado de


Aprovação do Equipamento. Muitas empresas enviam a ficha do EPI sem o
certificado de aprovação, o que impossibilita que o nosso analista faça a validação
e comparação das informações. Toda vez que recebemos uma ficha de EPI, ela
deve conter o nome do funcionário, os EPIs que foram entregues, o certificado de
aprovação e deve estar assinada pelo funcionário. Além desses riscos que eu
mencionei, existem vários outros que encontramos no fluxo de mobilização e esse
fluxo é superimportante para garantir que de fato aqueles funcionários
terceirizados estão aptos para executar aquela função.
Saiba o que você deve fazer para atestar
que seus documentos de Saúde e
Segurança possuem validade jurídica
Num mundo cada vez mais digital, e em que a Lei Geral de Proteção de Dados –
LGPD se faz presente, compreender os meios que garantirão a autenticidade dos
documentos é fator determinante para a segurança da sua empresa.

Medida Provisória
Esses cuidados em relação já se consolidaram há duas décadas, em 2001, quando
a Medida Provisória 2.200-2 instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas
Brasileira – ICP-Brasil. Já naquela época, com a distribuição de sinal de internet a
pleno vapor, foi sentida a necessidade da criação da ICP para garantir a
autenticidade, integridade e a validade jurídica de documentos em forma
eletrônica. Um grande passo foi dado graças à publicação da MP.

Saúde e Segurança do Trabalho


Somado a isso, no caso dos documentos de Saúde e Segurança do Trabalho,
muitos deles devem ser reavaliados anualmente e serem guardados por décadas,
mas até recentemente não havia um direcionamento formal e específico para a
SST que instruísse como deveria ser feita a validação destes em formato digital
ou digitalizado. A Nova NR-01, vigente desde 03 de janeiro de 2022, traz em seu
texto o item 1.6 que é totalmente direcionado a fornecer orientações quanto a
prestação de informação digital e digitalização de documentos.

Este item indica que os documentos previstos nas NR – tais como ASO,
programas, laudos, entre outros – podem ser emitidos e armazenados em meio
digital e com certificado digital que esteja de acordo com o estipulado pela ICP-
Brasil. Já os documentos físicos, assinados manualmente – inclusive aqueles que
são anteriores à vigência do novo texto da NR –, podem ser arquivados em meio
digital por período que corresponda ao exigido pela legislação que o
regulamenta, mediante processo de digitalização. O processo de digitalização
deve ser realizado de forma a manter a integridade, a autenticidade e, se
necessário, o sigilo do documento digital, com a utilização de certificado digital
emitido de acordo com requisitos da ICP.

As empresas que optarem pela digitalização de documentos originalmente


físicos devem manter os originais; e devem ainda garantir a preservação de todos
os documentos que são originalmente digitais ou digitalizados por meio de
procedimentos e tecnologias que permitam verificar, a qualquer tempo, sua
validade jurídica em todo território nacional, garantindo permanentemente sua
autenticidade, integridade, disponibilidade, rastreabilidade, irretratabilidade (algo
permanente, não modificado), privacidade e interoperabilidade (que possa ser
validado por diversos sistemas distintos).
Quando levantada a quantidade de
acidentes do trabalho, segundo a
Classificação Nacional de Atividades
571,8 Econômicas (CNAE) do ano de 2020,
obtém-se o total de 445.814 acidentes de
trabalho, que se dividido pelos 365 dias do
445,8 ano, esse valor equivale a 1.222 acidentes
por dia.

Já segundo os dados do Observatório de


Saúde e Segurança do Trabalho
(SmartLab), da OIT e do Ministério Público
do Trabalho (MPT), no ano de 2021 esse
número subiu para 571,8 mil CATs, esses
números representam um acréscimo de
30% em relação ao ano anterior.

Entre 2012 e 2021, foram registradas 6,2 milhões de CATs no mercado formal de
trabalho brasileiro, nestes 22,9 mil casos levaram a mortes.

Por isso é extremamente importante que a saúde e segurança do trabalho sejam


promovidas ao longo de todo o ano, e que o mês de abril seja utilizado como o
reforço de uma cultura prevencionista.

A seguir, você aprenderá algumas estratégias essenciais para fortalecer essa


cultura:
Realize os Diálogos Diários de Segurança
(DDS)
Estes diálogos têm a proposta de ocorrerem no início de cada
turno de trabalho, sendo debatido um tema por dia – de maneira
breve, no máximo 15 minutos – e que estejam relacionados com
os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos e também
com as boas práticas de saúde, segurança e higiene ocupacional.
É interessante que os DDS que serão realizados ao longo da
semana sejam programados previamente e divulgados para todos
da empresa por meio de um material atrativo.

Dica: Cada setor realiza o seu momento de DDS. Dê o


protagonismo aos funcionários. É interessante que exista rodízio de
trabalhadores do setor se responsabilizando por guiar este
momento com os colegas.

Avalie a ergonomia do ambiente


A ergonomia deve ser cuidadosamente pensada para que o
trabalhador tenha conforto no trabalho: Temperatura do
ambiente, postura corporal, ferramentas e equipamentos de
trabalho, sobrecarga mental, iluminação e diversos outros
fatores devem ser avaliados. Caso seja identificado que a
ergonomia está comprometida, deve ser elaborado um plano
de ação com iniciativas de intervenção; assim o trabalhador
conseguirá desempenhar sua função de maneira adequada.

Realize a Semana Interna de Prevenção


a Acidentes de Trabalho (SIPAT)
A SIPAT é prevista na NR 05 como uma atribuição da CIPA em
conjunto com o SESMT e cargos de chefia. É uma semana para
engajar os trabalhadores através de palestras, debates,
gincanas, dinâmicas e materiais informativos sobre diversas
questões que envolvem a segurança do trabalhador.
Preferencialmente, este é um momento de “quebra da rotina”
onde o conhecimento e conscientização serão abordados de
uma forma leve e interessante.
Forneça capacitação periódica
Não só por ser uma obrigação prevista em lei, a capacitação
periódica é essencial para a reciclagem do trabalhador como
forma de reforçar o conhecimento e as boas práticas que o
manterão seguro durante as suas atividades profissionais. Esse
investimento também é bem visto pela equipe, que se sente
valorizada pela organização.

Forneça EPI adequado e estabeleça


prazo de troca
O prazo de troca do EPI deve ser levado muito a sério, mesmo
quando o Equipamento tem validade indeterminada. Esse
assunto já foi tratado de maneira mais detalhada em outro
artigo aqui no blog. Fato é que um EPI adequado irá ser um dos
fatores que reforçarão a segurança do trabalhador e a troca
periódica irá garantir que esta medida se mantenha eficaz.

Faça campanhas de vacinação


Entre em contato com a prefeitura da sua região pedindo o
apoio do SUS, ou contrate fornecedores para vacinar os
colaboradores. Esta ação é importante para seguir o calendário
de vacinação local e também para auxiliar no combate a riscos
específicos da atividade que o trabalhador desempenha.

Programe palestras de conscientização


Esta medida irá proporcionar um processo contínuo
de sensibilização e amadurecimento da equipe. É interessante
que pessoas de fora da organização, mas que possuam
conhecimento sobre o tema, sejam convidadas. Além de
especialistas, é válido que sejam chamados também
profissionais que sejam referência mas atuem na mesma
área/cargo dos trabalhadores; isso faz com que a audiência
perceba essa figura de autoridade como “um dos nossos”, alguém
em quem se espelhar. Essa conexão é uma arma poderosa de
engajamento.
Incentive o reporte de desvios e
incidentes
O trabalhador deve ser o seu maior aliado na identificação de
situações de risco e de pontos de melhoria, afinal é ele que está
cotidianamente exposto aos desafios que irão impactar na
execução da atividade. Uma metodologia eficaz é estimular o
trabalhador a reportar estas situações e até mesmo oferecer
premiações para aqueles que mais contribuírem.

Dica: Crie panfletos que tenham área de preenchimento para que


o trabalhador possa informar seu nome; data e hora; situação
identificada; e sugestão de melhoria. Distribua-os em locais
estratégicos da sua planta. Todos os dias verifique se há novos
preenchimentos e tome iniciativas para correção.

Execute os programas relacionados à


saúde, segurança e bem-estar no
trabalho
Sabemos que há diversas leis, Normas Regulamentadoras,
Normas técnicas e Normas de Higiene Ocupacional que orientam
sobre a elaboração de programas que visam o monitoramento
das condições de saúde e segurança dos trabalhadores. Porém
não adianta elaborar o programa e não se planejar para executar
as iniciativas recomendadas.

Para além do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e


do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO), há outros programas que podem ter
aplicação benéfica para a cultura organizacional, tais
como: Programa de Proteção Auditiva (PCA), Programa de
Alimentação do Trabalhador (PAT), Programa de Proteção
Respiratória (PPR), entre outros. Utilize estes documentos a seu
favor para fortalecer as iniciativas prevencionistas.

Dica: Para que o trabalhador tenha o conhecimento necessário e


possa ter papel ativo na execução, espalhe cópias dos programas
pela empresa para que ele tenha livre acesso a estes documentos
(conforme previsto em normas e leis).
Alinhe a cultura da
empresa com a saúde e
segurança do trabalho
Somos seres sociais e por isso sempre nos
moldamos ao grupo no qual estamos
inseridos. Isso também se aplica ao
ambiente de trabalho. Uma
cultura prevencionista forte deve partir
da alta gestão e se ramificar aos líderes e
demais profissionais da empresa através
do exemplo.

A velha frase “Faça o que eu digo, mas não


faça o que eu faço” se aplicada no
ambiente corporativo – onde ideias e
atitudes devem estar coerentes com o que
a empresa deseja – tende a enfraquece-lo.

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