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Pessoas Normais

Pessoas Normais é um romance de 2018 da autora irlandesa Sally Rooney que foi adaptado
para uma série televisa. Sally Rooney nasceu em 1991 e vive em Dublin. “Pessoas normais”,
“Conversas com amigos” e “Mundo bonito, onde estás” são as obras publicadas pela autora
que receberam mais prémios.

Este livro enfatiza assuntos importantes, como depressão, suicídio, dor emocional e física e
submissão.

O livro segue a complexa amizade e relacionamento entre a Marianne e o Connell, que ambos
frequentaram a mesma escola e mais tarde a mesma faculdade. Na escola eles aparentam não
se conhecer, Connell é popular e adorado por todos enquanto que Marianne é introvertida e
intimidante, mas tudo muda quando a mãe do connell começa a trabalhar na casa da
Marianne, eles tornam-se amigos e começam a ter um relacionamento secreto.

O livro convida-nos a habitar o psicológico do Connell e da Marianne – para nos identificarmos


com eles e sentir a sua dor. Ao longo do livro vamos sentindo a tensão entre o casal e as
consequências de não existir boa comunicação entre eles.

Escolhi este livro porque o titulo e a capa despertaram interesse em mim, na capa do livro
vemos 2 pessoas deitadas, abraçadas dentro de uma lata que simboliza a relação do casal que
é influenciada por eles se limitarem a agir como pessoas normais o que impede que a sua
relação se desenvolva.

O foco da escritora foram jovens adultos e as suas dificuldades na vida. As personagens não
têm a certeza de como querem viver ou o que querem fazer com as suas vidas, como qualquer
pessoa normal. Por isso, acredito que o livro desempenha um papel importante para mostrar a
todos que é normal não nos sentirmos sempre bem e não saber tudo.

Duas citações que me marcaram, “Percebia que Marianne tinha uma vida completamente
livre, enquanto ele estava preso por diversos condicionalismos. Preocupava-se com o que as
pessoas pensavam a seu respeito.” fez me refletir que são raras as pessoas que vivem
verdadeiramente livres porque isso só acontece quando não nos deixamos condicionar pelas
opiniões das outras pessoas.

“Marianne, disse ele, não sou uma pessoa religiosa, mas às vezes penso que Deus
fez-te para mim.
Este é um momento importante, na história, pois, é a primeira vez que o connell confessa o
seu amor por alguém, pois ele sempre teve dificuldades em expressar os seus sentimentos.

Na minha opinião, o livro reflete o quão complexo é a vida e a existência humana e que
ninguém pensa, porque estamos tao absorvidos na nossa vida e nos nossos pensamentos que
por vezes não nos apercebemos que pode estar a acontecer exatamente o mesmo a outras
pessoas pois, cada ser humano é um mundo, cada pessoa tem a sua própria realidade.

Eu gostei do livro porque não é um romance habitual pois fala da complexidade dos
relacionamentos amorosos de forma verdadeira sem tentar impingir uma falsa realidade sobre
estes ou romantiza-los e tbm porque o final é inesperado e mostra-nos que na vida nem
sempre acaba tudo bem como é demonstrado em outros livros.
O único aspeto negativo que tenho a salientar é a forma como a autora escreve, não usa aspas
ou travessões para introduzir os diálogos que ao longo da leitura pode se tornar um pouco
confuso.

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