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A criação da aldeia comunal (1977) e a transformação da “machamba do povo” em cooperativa, o processo de socialização passou a ser “empurrado” pela administração

distrital.
Assim sendo, para impulsionar uma maior produção foram introduzidos “os avanços” uma espécie de salário mínimo pago a cada participante por dia de trabalho na
cooperativa. Este processo de “avanço” foi semelhante em todas as aldeias comunais da região sul, onde tinham

cooperativas foi semelhante188.


Em algumas aldeias, teoricamente, todos os aldeões eram considerados
membros da cooperativa, sendo destacado para o trabalho da cooperativa um
indivíduo por cada família três vezes por semana. A obrigatoriedade do trabalho
coletivo fazia lembrar a muitos aldeões o trabalho obrigatório no período colonial. A
grande preocupação dos aldeões continuava a ser após dois anos de vida na aldeia, o
restabelecimento da sua base econômica. Os campos familiares ficavam longe, os
rendimentos eram precários e a loja coletiva (cooperativa de consumo) não abastecia
com regularidade189. Assim sendo, muitos membros da cooperativa preferem integrar-
se nas empresas estatais como assalariados. Outros, após receber os “avanços” de um
mês, retiram-se á procura de produtos alimentares noutras zonas da região melhor
abastecidas.
A participação dos aldeões nos setores estatais e cooperativo se tivesse
mostrado economicamente pouco rentável, os aldeões faziam as suas escolhas,
privilegiando as atividades produtivas do setor familiar. O atrativo pelo trabalho
assalariado nas empresas estatais também

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