O campo no Brasil
• Com o discurso de combater a fome no mundo →
• Revolução Verde no Brasil → Industrialização das
atividades agropecuárias na década de 60 → campo e
cidade vão se tornando um só.
• Cidades:
• Demandam produtos do campo;
• Oferecem serviços ao setor agrícola:
financiamento, maquinário, consultoria etc.
• Modo de vida urbano-industrial passou a fazer parte do
cotidiano dos trabalhadores agrários → modificações nos
tipos de uso da terra, nas relações de trabalho, na cultura,
nos hábitos e nos costumes característicos do campo.
• Campo tradicional:
• Havia alta dependência da terra para a
produção e subsistência;
• As gerações se mantinham na propriedade e
transmitiam o conhecimento aos descendentes;
• Trabalho era ditado pelo ritmo da natureza;
• Relações de cooperação com os vizinhos
(escambo).
• Campo atual:
• Produção é em grande parte ou totalmente
comercializada;
• Conhecimento tradicional aos poucos é
substituído pelo conhecimento científico.
• Trabalhador rural é empregado por uma grande
empresa + modernização e mecanização dos cultivos = ↑
custo das produções e ↑ demanda por trabalhos
especializados → campo aos poucos é esvaziado +
massas de pessoas migram para as cidades.
• Após Segunda Guerra Mundial, durante a Guerra Fria:
fome na América Latina, Ásia e África → passou a ser
uma preocupação dos países ocidentais desenvolvidos →
pois as tensões desse problema poderiam ser decisivas
para a União Soviética ampliar sua influência.
grandes empresas defendiam o aumento da produtividade
agrícola nos países de Terceiro Mundo, modernizando e
industrializando a agricultura → surge a Revolução Verde.
• Revolução Verde: uso de maquinários, insumos
(fertilizantes, defensivos agrícolas, rações etc.), sistemas
de irrigação e drenagem etc.
• Essas mudanças possibilitaram:
• A exploração de áreas antes não aptas
para a agricultura.
• Tornaram as atividades agropecuárias
intensivas e integradas à produção
industrial.
• No Brasil:
• Estado foi o principal agente na difusão da
modernização no campo iniciada com a Revolução
Verde. Ele fez isso por meio de financiamentos
subsidiados e uma certa aprovação sobre a ação
de grileiros.
• A modernização ocorreu de maneira desigual,
excluindo regiões do país.
• A parcela beneficiada especializou-se
em monocultivo voltada à exportação.
A Revolução Verde e o agronegócio
• Mecanização do campo → tornou as atividades
agrícolas importantes na DIT, pois houve a integração de
diversas cadeias produtivas → pequenos negócios e
famílias foram perdendo as suas terras.
• Agronegócio: cidade determina os ritmos da produção,
distribuição e consumo com diversas tecnologias e
metodologias.
Tecnologia e o agronegócio
• ↑ oferta, ↓ preços, ↓ lucro do produtor, ↑ necessidade
da compra de mais animais ou sementes por parte dos
produtores.

Cidades do agronegócio
• Cidades que se especializam na produção e
beneficiamento de determinados produtos agropecuários.
• Ex: Holambra (flor), Maués (guaraná), Bastos
(ovo), Ribeirão Preto (cana-de-açúcar) e Bento
Gonçalves (uva e vinho).
• Os produtos agropecuários produzidos nestas cidades
podem estar relacionados às condições naturais ou às
condições técnicas.
• Regiões com práticas não adequadas desejam
reproduzir as vantagens econômicas do agronegócio →
problemas ambientais causados por defensivos agrícolas
e fertilizantes → tecnologias para a fiscalização de áreas
plantadas.
Concentração de terras
• Colonização → exploração da terra por meio de
plantation (monocultura, exportação, grandes latifúndios e
mão de obra escrava).
• Coroa portuguesa doava terras aos membros da corte:
• Primeiramente: capitanias hereditárias (Brasil
era dividido em 15);
• Depois: sesmarias (lote de terra doado pela
Coroa).
• Prioridade: gêneros de exportação para a metrópole
(cana-de-açúcar, algodão e café)
• Agricultores livres e escravizados plantavam gêneros
alimentícios em terras arrendadas (“alugadas”).
• ↑ preço dos gêneros de exportação no mercado
mundial, ↓ arrendamento de terras, ↑ ocupação do tempo
dos escravizados, ↑ fome.
• 1820: fim do sistema de sesmarias, ↑ posse ilegal de
terras + fim do tráfico de escravizados = criação da
legislação para regulamentar a posse de terras.
• Lei de Terras (1850): terras devolutas (do Estado) só
poderiam ser adquiridas com pagamento à vista.
• O dinheiro arrecadado financiava a imigração de
colonos europeus;
• ↓ acesso de terra para os trabalhadores livres,
↑ concentração de terras nas mãos da
aristocracia.
A luta pela propriedade da terra
• 1950: inúmeros movimentos para denunciar as tensões
e injustiças vivenciadas pelos trabalhadores do campo.
• Buscavam a reforma agrária (reorganização da
estrutura fundiária);
• Muitos foram silenciados durante a Ditadura
Militar.
• Modernização da agricultura executada pelos governos
militares → ↑ desigualdades no campo → expulsão de
camponeses das suas terras.
• Conflitos camponeses x grileiros (forjadores de
documentos falsos de propriedade).
• 1980: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra
(MST) promove a ocupação de terras ociosas e griladas
que descumprem leis.
• Produz alimentos como arroz, feijão, legumes, proteína
de origem animal e frutas.
• Permitem que grandes empresas agrícolas explorem
essa forma de trabalho, sem a necessidade de
contratação de mão de obra que é assalariada.
• Representam a maior parte dos estabelecimentos
rurais do Brasil.
• Falta de incentivo + dificuldade de acesso à crédito +
baixa renda → membros das famílias buscam formas de
trabalho assalariado.
• Agricultura orgânica: dispensa o uso de defensivos
agrícolas e fertilizantes químicos.
• Agrofloresta: manejo de plantas e animais integrados às
espécies nativas naturais.
• Ecovilas: cooperação para a construir, realizar compras
coletivas ou atuar comunitariamente.
• Cooperativismo rural: união de produtores rurais para
aumentar sua capacidade de competir no mercado.