[1] O condutor apresenta defesa contra uma multa de trânsito por excesso de velocidade, alegando que a foto no auto de infração é ilegível e não permite identificar a placa do veículo. [2] Ele pede que a multa seja convertida em advertência por escrito ou cancelada, já que o auto de infração contém irregularidades. [3] O condutor alega ainda que não cometeu a infração citada e que o auto de infração não preenche os requisitos legais.
Descrição original:
RECURSO DA MULTA MÉDIA. PEDIDO DE CONVERSÃO EM ADVERTÊNCIA.
Título original
RECURSO DA MULTA MÉDIA. PEDIDO DE CONVERSÃO EM ADVERTÊNCIA.
[1] O condutor apresenta defesa contra uma multa de trânsito por excesso de velocidade, alegando que a foto no auto de infração é ilegível e não permite identificar a placa do veículo. [2] Ele pede que a multa seja convertida em advertência por escrito ou cancelada, já que o auto de infração contém irregularidades. [3] O condutor alega ainda que não cometeu a infração citada e que o auto de infração não preenche os requisitos legais.
[1] O condutor apresenta defesa contra uma multa de trânsito por excesso de velocidade, alegando que a foto no auto de infração é ilegível e não permite identificar a placa do veículo. [2] Ele pede que a multa seja convertida em advertência por escrito ou cancelada, já que o auto de infração contém irregularidades. [3] O condutor alega ainda que não cometeu a infração citada e que o auto de infração não preenche os requisitos legais.
ILMO. SR. SUPERINTENDENTE, DA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO
DNIT NO ESTADO DE SERGIPE.
JESUS, inscrito no CPF: -25, residente e domiciliado à Rua, Aracaju/ SE
– CEP: 49.027-190, CNH XXXXXXXX, vem à presença de V. S. A. Apresentar DEFESA DE AUTUAÇÃO com fundamento no art. 5º, inciso XXXIV – alínea a, LIV e LV, da Constituição Federal, art. 267 do Código de Trânsito Brasileiro, Resoluções 568/80 do CONTRAN e demais normas legais aplicáveis, requerendo o definitivo arquivamento do auto de infração, sem mais efeitos, conforme os motivos de fato e de direito em seguida expostos:
I – DOS FATOS E FUNDAMENTOS
O formulário de identificação do condutor foi devidamente protocolado junto a este órgão, isentando assim o proprietário do veículo de qualquer responsabilidade. Para que seja colocada em prática a educação no trânsito temos que observar fatos como o ora apresentado, pois neste caso concreto observamos que o requerente não colocou em risco o trânsito daquele local. Então, confiando na qualidade da análise desta defesa de autuação, deve-se entender como medida mais educativa a do artigo 267 do Código de Trânsito Brasileiro. O requerente, condutor do veículo autuado, recebeu a notificação de autuação na sua residência em junho do ano corrente, autuado por supostamente infringir o art. 218, inc. I, nas redondezas da BR 101 KM 109, 240, por volta das 02:29 do dia 10 de junho de 2021. Prevê o art. 267 do Código de Trânsito Brasileiro a penalidade de advertência por escrito para as infrações de natureza leve ou média, passíveis de serem punidas com multa, desde que sejam observados determinados requisitos, tais condições são: infração de natureza leve ou média; não reincidência específica no período de doze meses; perfil favorável; prontuário sem ocorrências, senão vejamos: “Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa. § 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art. 258, imposta por infração posteriormente cometido. § 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos pedestres, podendo a multa ser transformada na participação do infrator em cursos de segurança viária, a critério da autoridade de trânsito.”
Sendo desta forma, o requerente, protegido pela norma disciplinadora
vigente, requer seja transformada a autuação em uma advertência por escrito. Deixando claro que esta medida educativa lhe servirá para continuar a observar e seguir o que disciplina o Código de Trânsito Brasileiro, e aproveitando esta deixa, garante que fará de tudo para que não aconteça mais nenhum problema no que diz respeito a alguma infração de trânsito. Caso não entendam ser o caso de conversão da multa em advertência, constata-se no auto de infração que a foto encontra-se ilegível, gerando dúvidas quanto a placa do veículo multado. Percebe-se, desta maneira os seguintes erros: A) A foto que consta no Auto de Infração está focada em um ângulo restrito de tal forma que não é possível constatar a placa do veículo que estava na situação; B). Portanto, com isso, paira dúvidas sobre estar transitando no citado local com o referido excesso de velocidade estipulado na notificação de penalidade de multa de trânsito. Cumpre-me esclarecer ao Ilmo Sr., que conforme se verifica na notificação da autuação, a foto juntada não está legível, não sendo possível fazer a correta identificação da placa do veículo, o que importa em flagrante nulidade do auto, nos termos do art. 280, III do CTB, fato este incontestável para cancelamento do Auto de Infração em questão. É bom lembrar que o Código de Trânsito Brasileiro, estipula em seu Art. 280, que ocorrendo infração prevista nesta Legislação, deverá obrigatoriamente ser lavrado um Auto de Infração no qual deverá constar; entre outras exigências, os caracteres da placa de identificação do veículo. O auto de Trânsito tem o dever e a obrigação de ser enviado com imagens que sejam precisas e não gerem dúvidas quanto a identificação do veículo. E esta observância se faz necessário para que o motorista, supostamente autuado, possa exercer o seu amplo direito de defesa. Conforme determina e estabelece o Código de Trânsito Brasileiro, para que a autuação seja considerada consistente, não poderá restar dúvidas de que o veículo autuado seja aquele, o que não é o caso do presente auto de infração, tendo em vista que a foto está ampliada e sem qualquer qualidade, deixando pairar dúvidas quanto a placa do veículo. Assim, verificada a irregularidade formal do Auto de Infração, cumpre seja este anulado, procedendo-se a teor dos artigos 285 e seguintes, aplicáveis, do Código de Trânsito Brasileiro, pois as informações se encontram insubsistentes, inconsistentes e irregulares, conforme Art. 281, parágrafo único, inciso I, levando-a ao seu arquivamento e ao seu cancelamento. É notório e explícito, que a grande maioria dos Autos de Infrações lavrados pelo Órgão Executivo de Trânsito, não preenchem os requisitos exigidos pelos Art. 280 e 281 do Código de Trânsito Brasileiro, demonstrando assim que as imposições de penalidade das multas de trânsito têm sido elaboradas e realizadas em frontal violação a Lei, fato este que em meu ponto de vista, somos injustiçados constantemente e deve ser observada por este Digno (a) Julgador (a), já que a análise de consistência do Auto de Infração deverá ser realizada pela Autoridade competente. Convém ainda salientar, Sr. Julgador, que se tornou explícito a ausência da análise da consistência do Auto de Infração por parte da Autoridade de Trânsito, porém preceitua o artigo 281 do C.T.B. no inciso I que: “Se o Auto de Infração (dos radares ou infrações aplicadas pelos agentes de trânsito) for considerado inconsistente ou irregular, o mesmo deverá ser arquivado e seu registro ser julgado insubsistente. Dessa forma, a multa imposta deve ser cancelada, eis que eivada de nulidades. II – DOS PEDIDOS Diante do exposto e, tendo demonstrado cristalinamente seu direito, requer seja arquivada a Notificação de Autuação retro, sem a cobrança de nenhum valor a título de multa nem tampouco retirado pontos de sua CNH, em atendimento a legislação pátria bem como a jurisprudência dominante. Em entendendo não ser o caso de conversão da multa em advertência, requer o deferimento do presente recurso, combinado com o cancelamento da multa indevidamente imposta, e consequentemente a extinção da pontuação que esta multa pode ter gerado.
Requer-se também o benefício do efeito suspensivo “ex officio” caso
este recurso não seja julgado em até 30 dias da data de seu protocolo conforme, determina o Art. 285, inciso III do C.T.B. Requer-se ainda e, com fundamente dos artigos da Lei supracitados, tais como: o artigo 5º, II LV da Constituição Federal de 1988, o artigo 166 do Código Civil Brasileiro, os artigos do Código de Trânsito Brasileiro e as determinações previstas pelo Contran, que seja julgado procedente o presente pedido, tendo em vista o erro acima mencionado, que, por si só, já fornece o respaldo legal para o cancelamento do citado e viciado Auto de Infração, por uma questão de coerência.
Nestes Termos, Pede Deferimento.
Aracaju/SE, 03 de agosto de 2021.
________________________________________________________ (Nome do (a) requerente)