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Trabalho de
Conclusão do Curso
Trabalho de Conclusão do Curso (2021) de Fisioterapia
Fisioterapia
Rodrigo Anacleto Medeiros1, Carla Porto Lourenço DSc,2 Rachel de Faria Abreu, M.Sc.3
1
Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira
2
Fisioterapeuta especialista em Anatomia Humana, Mestre em Ciências da Reabilitação, Doutora em Ciências da
Reabilitação, docente dos cursos de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira
3
Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia Cardio - Respiratória, Mestre em Fisioterapia Cardio - Respiratória, Docente
do Curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira, Fisioterapeuta do Hospital Central do Exército
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Resumo – Introdução: A síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma das causas mais comuns de dor
musculoesquelética. Um dos possíveis tratamentos para tal é a técnica fisioterapêutica de manipulação
miofascial. Objetivos: Relatar os efeitos da liberação miofascial e autoliberação miofascial em atletas e a
importância de tal, no pré e pós-campeonatos/treinamentos e adquirir conhecimentos sobre o tema abordado.
Métodos: Foi realizado uma pesquisa na base indexadora Google Acadêmico com o intuito de achar resultados
referentes a técnicas de liberação miofascial e seus benefícios. Resultados: Foi possível observar eficácia da
técnica de autoliberação miofascial nos estudos analisados, incluindo melhora na flexibilidade e melhor
condução dos atletas em suas atividades de pré treino e pós treino. Discussão: O estudo teve por objetivo revisar
artigos que verificaram o efeito da LM e ALM em atletas, houve uma predominância sobre o tipo de ferramenta
usada para a execução do tratamento, não sendo a ferramenta mais benéfica, e foi observado diferentes tempos
de aplicação entre os autores dos artigos selecionados.
Conclusões: Conclui-se que a técnica de liberação miofascial é capaz de aumentar a flexibilidade, força e
diminuição da dor tardia em atletas.
Palavras chaves: Liberação miofascial, flexibilidade, dor tardia, força.
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Abstract – Introduction: Myofascial Pain Syndrome (SDM) is one of the most common causes of
musculoskeletal pain. One of the possible treatments for this is the physiotherapeutic technique of myofascial
manipulation.Objectives: Report the effects od myofascial release and myofafascial self-liberation in athletes na
the importace os such, in the pré and post-champions/trainings and acquire knowledge on the topic addressed.
Methods: A search was carried out in the Google Scholar indexing base in order to find results referring to
myofascial release techniques and their benefits. Results: It was possible to observe the effectiveness of the
myofascial self-release technique in the analyzed studies, including improved flexibility and better performance
of athletes in their pre-training and post-training activities. Discussion: The study aimed to review articles that
verified the effect of LM and ALM in athletes, there was a predominance on the type of tool used for the
execution of the treatment, not being the most beneficial tool, and different application times were observed
among the authors selected articles. Conclusions: It is concluded that the myofascial release technique is able to
increase flexibility, strength and decrease late pain in athletes.
Keywords: Myofascial release, flexibility, late pain, strength.
I – Introdução
Fáscia é uma camada visco-elástico do corpo que origina uma matriz funcional de
colágeno tridimensional, é conectada como todos os outros tecidos do corpo,
microscopicamente, de modo que essas matrizes de colágeno são arquitetonicamente
contínuas, sendo assim, fundamentais para fornecer continuidade nos tecidos e melhorar a
2
função, bem como um suporte nos sistemas, englobando todas as estruturas corporais3. A
transmissão de forças da fáscia é importante nas funções proprioceptivas e nociceptivas5.
Relatos sobre o conjunto de fáscias e tecido conjuntivo que revestem todos os tecidos
moles do corpo humano descrevem que, dentre as múltiplas funções da matriz de tecido
conjuntivo, a fáscia une, comprime, protege, envolve e separam tecidos, possuindo função
sensorial e de armazenamento de energia, auxiliando na transmissão de força entre os
segmentos corporais e facilitando o deslizamento dos tecidos uns sobre os outros,
consequentemente, participando ativamente do movimento e estabilidade3.
A síndrome dolorosa miofascial (SDM) é definida como uma desordem muscular
regional, caracterizada pela presença de locais sensíveis nas bandas musculares tensas ou
contraturas palpáveis, os quais são denominados de pontos gatilhos (PGs). Os pontos gatilhos
são pontos hipersensíveis palpáveis presentes em banda tensa, com resposta contrátil e dor
referida. É também uma das causas mais comuns de dor musculoesquelética, acometendo
músculos, tecido conectivo e fáscias, principalmente da região da cervical, cintura escapular e
lombar1.
Por vez, a liberação miofascial (LM) tem sido uma das estratégias utilizadas na(s)
última(s) década(s) com o objetivo de evitar a dor tardia, aumentar a amplitude de movimento
proporcionando também o aumento da circulação local e relaxamento dos músculos
contraídos, levando a um melhor desempenho na execução das atividades da vida diária.
Estudos recentes destacam que o papel da fáscia, tecido conjuntivo de sustentação que
envolve as fibras musculares, é contribuir para transmissão de forças entre os segmentos
corporais. Entretanto, se, por um lado, a tensão dessa rede de tecido fascial é importante para
a coordenação do movimento, a perda de sua elasticidade reduz a capacidade de movimentos
amplos e flexíveis e a circulação de substância no interior da estrutura miofascial 2. Uma das
principais místicas, que envolve as técnicas de terapias manuais é acreditar que as mesmas são
capazes de remodelar os componentes fascias e permitir uma maior complacência do tecido e,
consequentemente, aumento na flexibilidade, entretanto, até o presente momento, a literatura
não sustenta essa afirmativa6.
Atualmente, a autoliberação miofascial (ALM) destaca-se principalmente no meio
esportivo, e basea-se como uma técnica que trata restrições fasciais do tecido conjuntivo, onde
o indivíduo irá exercer uma determinada pressão sobre os tecidos com sua própria massa
corpórea, com auxílio de instrumentos massageadores ou manualmente. Durante a execução,
deve-se realizar uma leve força de tração por um tempo determinado até que ocorra a
3
recuperação tecidual, o que proporciona uma elevação no fluxo sanguíneo da área que está
sendo estimulada, melhorando e moldando a quantidade dos movimentos4.
Preparadores físicos, médicos e fisioterapeutas já utilizam em suas condutas a ALM
nas rotinas dos atletas, incluindo rolos de espumas, barras de massagem, bolas e aquecimento
e também recuperação em treinamentos e competições. Estudos recentes demonstram a
eficácia da técnica no quesito de aumento de desempenho, mais precisamente na força e
flexibilidade 4,7.
O objetivo desse estudo é relatar os efeitos da LM e ALM em atletas e a importância
de tal, no pré e pós-campeonatos/treinamentos e adquirir conhecimento sobre o tema
abordado.
II – Materiais e Métodos
III – Resultados
4
IV – Discussão
O estudo teve por objetivo revisar artigos que verificaram o efeito da LM e ALM em
atletas. O resultado dos estudos analisados sugere que é de grande influência o uso das
técnicas de LM e ALM para a melhora da força, flexibilidade e desempenho nos atletas, não
sendo, entretanto, superior a outras técnicas disponíveis para tais objetivos2.
É notório que houve entre os artigos selecionados uma predominância do tipo de
ferramenta para a execução do tratamento miofascial nos atletas, sendo ela com o rolo de
espuma, não sendo especificamente a ferramenta mais benéfica, e no que diz respeito ao
tempo de aplicação das técnicas da LM, observam-se diferentes tempos de aplicação entre os
autores dos artigos selecionados4.
Ao considerar os resultados desses estudos para a prática, quatro pontos-chave devem
ser observados. Em primeiro lugar, a pesquisa que mede os efeitos da ALM na ADM das
articulações e recuperação muscular pós-exercícios ainda está surgindo. Há diversidade entre
os protocolos de estudo com diferentes medidas de resultados e parâmetros de intervenção
(por exemplo, tempo de tratamento, cadência e pressão). Em segundo, os tipos de
instrumentos usados, sendo eles manual, com bolas, rolos e espumas de massagem usada nos
estudos, variam. Parece que as ferramentas de densidade mais alta podem tem um efeito mais
forte do que a densidade mais suave. Em terceiro, todos os estudos encontraram apenas
benefícios de curto prazo, com as mudanças se dissipando com o passar do tempo pós-teste.
7
V – Conclusão
Esta revisão teve como objetivo analisar e sintetizar as evidências sobre os efeitos da
LM e ALM na ADM, diminuição da dor tardia, força e aumento de fluxo sanguíneo, no
contexto do treinamento físico para amparar os profissionais da Fisioterapia e Educadores
físicos no sentido de identificar, entre tantas abordagens disponíveis, as que de fato
contribuem nesse contexto.
Conclui-se que com base nos resultado do presente estudo, que a LM e ALM foi capaz
de influenciar de forma positiva no aumento da flexibilidade, força e diminuição da dor tardia,
tendo em vista que os resultados são de curto prazo. Entretanto, existe a necessidade de
pesquisas que apontem os resultados da utilização da LM e ALM em outras modalidades
esportivas e de maneira crônica, para que se estabeleça um maior padrão científico para a
utilização dessa técnica no esporte.
- Agradecimentos
REFERÊNCIAS
1 . ANCIOTO et al. O Efeito da manipulação miofascial sobre o limiar doloroso
em atletas durante período competitivo. [acesso 15 abril.2021]. Disponível em: O-
EFEITO-DA-MANIPULAÇÃO-MIOFASCIAL-SOBRE-O-LIMIAR-DOLOROSO-EM-
ATLETAS-DURANTE-PERÍODO-COMPETITIVO..pdf (cienciadotreinamento.com.br)
2 . SACCHI. B.F. Auto-Liberação miofascial no treinamento físico. [acesso 14
abril. 2021]. Dísponível em: 000983782.pdf (ufrgs.br)
3 . BARRETO et al. Liberação miofascial aumenta a flexibilidade muscular em
atletas. [acesso 14 abril. 2021]. Disponível em: LIBERAÇÃO MIOFASCIAL AUMENTA A
FLEXBILIDADE MUSCULAR EM ATLETAS | Barreto | DêCiência em Foco
(uninorteac.com.br)
4 . VIRGÍNIA et al. Efeitos e influência da auto-liberação miofascial na
performance de atletas. [acesso 15 abril. 2021]. Disponível em: EFEITOS E INFLUÊNCIA
DA AUTO LIBERAÇÃO MIOFASCIAL NA PERFORMANCE DE ATLETAS | Plataforma
Espaço Digital (editorarealize.com.br)
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