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MARINHA DO BRASIL

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE GRAÇA ARANHA


CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA MARINHA MERCANTE

ISABELA DE PAULA DIAS DE ARAUJO

NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA

RIO DE JANEIRO
2019
ISABELA DE PAULA DIAS DE ARAUJO

NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA

Projeto de Monografia apresentado como


exigência para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Náuticas do Curso de
Formação de Oficiais de Náutica/Máquinas
da Marinha Mercante, ministrado pelo
Centro de Instrução Almirante Graça
Aranha.
Orientador (a): Prof.ª Dr.ª Claudia Adler

RIO DE JANEIRO
2019
ISABELA DE PAULA DIAS DE ARAUJO

NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA

Projeto de Monografia apresentado como


exigência para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Náuticas do Curso de
Formação de Oficiais de Náutica/Máquinas
da Marinha Mercante, ministrado pelo
Centro de Instrução Almirante Graça
Aranha.
Orientador (a): Prof.ª Dr.ª Claudia Adler

Data da aprovação: ____/____/____

Orientador (a): Prof.ª Drª. Cláudia Adler

________________________________
Assinatura do orientador

RIO DE JANEIRO
2019
SUMÁRIO

1. PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA 5
1.1 TEMA
1.2 PROBLEMA
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
1.3.2 Objetivos intermediários

2 JUSTIFICATIVA 6

3 REFERENCIAL TEÓRICO 7

4 METODOLOGIA 11
4.1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

5 CRONOGRAMA 12

6 REFERÊNCIAS 13
5

1. PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA

1.1 TEMA

Navegação Astronômica

1.2 PROBLEMA
Qual atuação da navegação astronômica nos dias atuais?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Mostrar a importância da navegação astronômica.

1.3.2 Objetivos intermediários

• Definir como ela é;


• Mostrar os seus primórdios;
• Descrever os principais equipamentos;
• Apontar a necessidade de ter tripulantes especializados;
• Apresentar vantagens e desvantagens;
• Identificar as situações mais adequadas para utilizá-las.
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2. JUSTIFICATIVA
Modernamente, a maioria dos navios é equipada com uma aparelhagem de alta
tecnologia que proporciona facilidades à navegação, como por exemplo os Sistemas
Integrados que são compostos por ECDIS, GPS, Radar, Ais e Conning, de acordo com
Aquino (2018).

Apesar disso, esses equipamentos eletrônicos estão sujeitos a avarias


constantemente e diversas vezes são difíceis de serem reparados a bordo. Em contra
partida, a simplicidade da navegação é impressionante. Ainda para Aquino (2018, p.1),
“Basta um sextante confiável, que normalmente não exige manutenção complicada, um
bom cronômetro e um conjunto de Tábuas para determinar sua posição em qualquer ponto
da Terra.”.

Segundo a NORMAM 28 (DPC, p.B-3):

Nos incisos que se seguem é descrita a rotina mínima necessárias à navegação


astronômica, a ser realizada em um período de 24 horas. Esta rotina deve ser
realizada sempre que possível, mesmo havendo disponibilidade de modernos
equipamentos de navegação, em virtude da possibilidade de uma eventual falha
ou codificação dos sinais eletrônicos de auxílio à navegação. A prática da
navegação astronômica deve ser incentivada à bordo.

Este trabalho tem como objetivo ressaltar a eficiência de tais equipamentos, as


situações diversas em que são utilizados e tópicos que explicitam a importância da
astronomia na navegação. E isso é relevante já que trabalhar embarcado requer do
tripulante o máximo de conhecimento e experiência, devido às situações adversas que a
vida a bordo pode proporcionar.
7

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 DEFINIR COMO ELA É


Astronomia é a ciência que estuda os astros e está presente no cotidiano desde os
primórdios da humanidade. Teve seus primeiros conceitos projetados na época em que os
primeiros humanos começaram a entender os fenômenos a sua volta, a partir da
observação do nascer do sol, da passagem das estações do ano, das fases da lua e dos
períodos em que determinadas estrelas estavam visíveis. Dessa forma, os primeiros
astrônomos visualizaram as relações naturais entre o céu e a terra, como escreve Silva
(2014).

A Astronomia é dita, por diversos autores, como a ciência mais antiga. Os


movimentos do Sol, da Lua, das estrelas e dos planetas, dos astros em geral, foram usados
desde os albores da humanidade, como guias para caça, pesca e agricultura, como diz
Miguens (1996).

3.2 MOSTRAR OS SEUS PRIMÓRDIOS

A navegação foi iniciada por meio dos homens primitivos. Um de seus primeiros
atos conscientes foi, provavelmente, regressar para sua caverna, após uma expedição de
caça ou coleta de alimentos, tomando como referência algum objeto ou acidente natural
notável, situado nas proximidades. Assim nasceu a navegação terrestre, que foi, sem
dúvidas, a forma original de navegação, conforme Miguens (1996).
8

Figura 1 – Primórdios da Astronomia

Fonte: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcQDmWQAeEP9FzvCZCJQYqFcmT1R1gWT036ZMuJjGI_
ZbfdnvuCA

A realidade das jornadas do homem pelo do mar é, também, muito arcaica. A


primeira viagem no mar de que se tem registro ocorreu há cerca de 4800 anos e é somente
a primeira que conhecemos. Certamente, ele já vinha viajando pelos mares muito antes
disso. Assim que se tentou dirigir os movimentos da sua embarcação nasceu a navegação
marítima, segundo Miguens (1996).

Pelas linhas de Miguens (1996, p. 541):

Entretanto, a Navegação Astronômica, na forma em que é hoje conhecida,


surgiu somente muito mais tarde, após o homem ter adquirido o conhecimento
dos movimentos dos corpos celestes, embora os astros tenham sido usados
como referência para rumos quase desde o início das aventuras do homem no
mar.

As referências topográficas eram o único método de posicionamento utilizado


quando os homens começaram a navegar. Com o início das Grandes Navegações, os
navegadores precisaram recorrer a pontos que iam além da visão terrestre e, com isso,
surgiu a navegação por observação do céu e das constelações. Dominada pelos gregos no
contexto histórico antes de Cristo, que acreditavam que as estrelas eram pontos fixos no
céu, a evolução do conhecimento humano na astronomia se deu de forma lenta, segundo
Ferreira (2016).
9

Figura 2 – Grandes Navegações

Fonte: https://conhecimentocientifico.r7.com/como-as-grandes-navegacoes-mudaram-o-mapa-do-mundo/

Foi descoberto, ainda antes de Cristo, que os astros não se mantêm na mesma
posição, o que não auxiliaria na navegação, pois era necessário um ponto fixo no céu de
tal forma que os marinheiros pudessem começar a se aventurar pelo mar.

Com o passar do tempo, marujos descobriram a Estrela Polar e os métodos para a


navegação astronômica ficaram mais precisos. A invenção de equipamentos também
pôde aperfeiçoar as marcações de posições durante a época das Descobertas, ainda de
acordo com Ferreira (2016).

Já conforme Miguens (1996), Silva (2014) relata que, no antigo Egito, a cerda de
2000 a.C., os astros eram utilizados como referência para medição do tempo.
Funcionando como um grande calendário celeste, indicavam datas importantes daquela
época como o período da cheia anual do rio Nilo. Séculos após, os chineses descobriram
que o Sol levava 365 dias e 6 horas para completar sua translação anual, aparente em
torno da Terra. Apesar desse fato, foram os gregos que avançaram as barreiras da
concepção do seu período. A civilização helênica sofreu grande influência dos povos da
mesopotâmia e os egípcios no campo da astronomia. Entre os estudiosos notórios da
época, o grego Aristóteles (384-322 a.C.), contribuiu significativamente para o
desenvolvimento da astronomia, além de outras áreas do conhecimento como a
matemática e a filosofia. Ele afirmou que a Terra estava no centro do universo, onde o
sol, a lua e as estrelas se moviam ao redor dela, constituindo a teoria do geocentrismo.

Por Ferreira (2016):


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Até o final do século XX a navegação astronômica era indispensável a bordo,


entretanto com advento dos Sistemas Globais de Navegação por Satélite
(GNDSS), como o Sistema Global de Posicionamento (GPS) que supera outros
sistemas de posição e navegação, os procedimentos de navegação primárias
foram deixados de lado. Todavia, os novos sistemas não são de extrema
confiabilidade, por dependerem de energia e um alto grau de conhecimento,
podendo apresentar falhas que exijam um longo tempo para reparação.

No momento presente, é primordial para um navegante para se guiar pelos astros


de forma segura um bom sextante, um almanaque náutico, um cronômetro, mas
principalmente do conhecimento da astronomia e suas implicações na navegação.
Infelizmente, os poucos conceitos de astronomia que aprendemos nos anos de escola
muitas vezes não são suficientes para auxiliar na arte de navegar, como apresenta Silva
(2014).
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4. METODOLOGIA
Com base no estudo de metodologia de pesquisa de Vergara (2016), quanto aos
fins, este trabalho pode ser classificado como descritivo, já que tem como um dos
objetivos intermediários mostrar os primórdios da Navegação Astronômica. Tendo a
pesquisa descritiva como base para explicações, também pode ser considerada explicativa
porque busca esclarecer a necessidade de haver tripulantes especializados a bordo. Além
disso, será utilizado o método de pesquisa aplicada por comparar os equipamentos que
eram utilizados há anos e os que são utilizados atualmente.

Em relação aos meios, o trabalho será baseado em pesquisas bibliográficas,


material publicado em redes eletrônicas como NORMAM 28 (2011), livros e artigos.

4.1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa falará da importância dos conhecimentos da astronomia a bordo.


Considerando todos os tipos de navio de qualquer lugar do mundo, serão levantadas
comparações, através de livros e materiais publicados em redes eletrônicas nos últimos
25 anos, de como era a feita a navegação na época das Grandes Navegações e nos dias
atuais. Sendo assim, esta pesquisa tem por finalidade atingir o público de profissionais do
ramo de Náutica da Marinha Mercante, de estudantes e recém formados das escolas de
formação ou de cursos de aperfeiçoamento.
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5. CRONOGRAMA

Atividade/perío Fev 21 Mar 21 Ab Mai 21 Ju Jul 21


do r n
21 21
Mostrar projeto X
ao orientador
Pesquisa X X X
bibliográfica
1º objetivo X
intermediário
2º objetivo X
intermediário
3º objetivo X
intermediário
4º objetivo X
intermediário
5º objetivo X
intermediário
6º objetivo X
intermediário
Objetivo geral X X
Introdução X
Resumo X X
Abstract X
Pré textuais X
Referências X X X X
Correção ABNT X X X
Revisão do texto X X X
Encontros com X X X X X X X
orientador
Entrega da X
versão final
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AQUINO, Alberto Pereira. O sextante: A importância da navegação astronômica.
2018. Disponível em: http://centrodoscapitaes.org.br/data/documents/O-Sextante-Maio-
2018.pdf. Acesso em: 25/08/2019.

SILVA, João Paulo de Lima. A IMPORTÂNCIA DA ASTRONOMIA NA


NAVEGAÇÃO. Cabedelo, 2014. 34p. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Técnico
Integrado em Pesca) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba.

FERREIRA, Juliane Thamires Tomas. O CARÁTER INDISPENSÁVEL DA


NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA PARA O OFICIAL DA MARINHA
MERCANTE. Rio de Janeiro, 2016. 33p. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências
Náuticas) – Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante.

DHN. NORMAM 28. 2011. Disponível em:


https://www.marinha.mil.br/dhn/sites/www.marinha.mil.br.dhn/files/normam/normam_
28.pdf. Acesso em: 30/08/2019.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 16


ed. São Paulo. Atlas, 2016.

MINGUENS, Altineu Pires. Navegação: A Ciência e a Arte. 1996. Disponível em:


https://www.docsity.com/pt/a-ciencia-e-a-arte-volume-ii-gacao-astronomica-e-derrotas-
cap16/4831910/. Acesso em: 25/10/2019.

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