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1
I N V E S T I G A Ç Ã O
CONCEPÇÃO GRÁFICA
António Barros
PRÉ-IMPRESSÃO
António Resende
INFOGRAFIA DA CAPA
Carlos Costa
EXECUÇÃO GRÁFICA
Norprint
ILUSTRAÇÃO DA CAPA
ISBN
978-989-8074-42-3
ISBN D
978-989-26-0198-4
DOI
http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0198-4
DEPÓSITO LEGAL
307630/10
• COIMBRA 2010
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................................ 9
PREFÁCIO ........................................................................................................................................................... 11
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 13
CONCLUSÃO..................................................................................................................................................... 505
1. Entrevistas ..........................................................................................................................535
2. Documentação de arquivo ...................................................................................................536
3. Publicações periódicas .........................................................................................................537
4. Artigos e monografias .........................................................................................................541
A GRADECIMENTOS
PREFÁCIO
A obra que, em boa hora, o Doutor João Paulo Avelãs Nunes agora dá à estampa
suscita-me três breves apreciações, que podiam quase assumir a forma de uma nota
de rodapé.
Em primeiro lugar, este O Estado Novo e o volfrâmio (1933-1947). Actividade
mineira, «Grande Depressão» e Segunda Guerra Mundial rompe finalmente com essa
espécie de longa abstenção sobre as temáticas da economia e das políticas económicas
da Segunda Guerra Mundial em Portugal registada na historiografia doméstica desde
os trabalhos de António Telo e os da minha própria autoria editados há 20 anos ou
mais. Salvo abordagens pontuais e dispersas, era tempo de regressar com pesquisas
de fôlego e de qualidade aos problemas da economia, da sociedade e das políticas
públicas na conjuntura doméstica e internacional do segundo conflito mundial. A tese
de doutoramento do João Paulo Avelãs Nunes fá-lo com o rigor, a completude e a
multiplicidade de ângulos de abordagem que caracterizam as investigações de largo
fôlego e elevada exigência científica, confirmando e consolidando um curriculum de
trabalhos do autor sempre com esse teor.
A segunda, é que com este livro o autor relança uma linha de investigação na his-
tória económica e social portuguesa com raros cultores. A do estudo sectorial e vertical
de produtos ou matérias-primas essenciais à economia do país: o trigo, a cortiça, o
algodão, o bacalhau, a lã, o azeite, etc. À excepção das contribuições, aliás de grande
valia, de Manuel Lucena e Luciano do Amaral para os cereais, de Dulce Freire para os
vinhos comuns ou de Álvaro Garrido para o bacalhau, de estudos fundamentais como
o de João Martins Pereira para a siderurgia, ou, num período cronológico mais curto,
a investigação de Ana Paula Pires sobre o trigo e a moagem, o facto é que escasseiam
estudos de fundo sobre esses grandes pontos de apoio da economia agrícola e indus-
trial. Este volfrâmio de João Paulo Avelãs Nunes, estudado desde o último quartel do
século XIX até ao início dos anos cinquenta do século XX, com particular incidência
na conjuntura da II Guerra Mundial, mas aquém e para além dela, vem, portanto,
ajudar a preencher tal lacuna da melhor maneira.
Em terceiro lugar, estamos perante um texto que em muito supera uma visão
estreitamente economicista da história do minério. O volfrâmio e a sua relevância
económica são encarados no quadro do processo social e tecnológico da sua produção
(as técnicas, os empresários, os engenheiros, os trabalhadores e as suas condições de
vida, a influência da Igreja Católica) e, em seguida, no quadro da sua crucial relevância
ANOS 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 Total
contos % contos % contos % contos % contos % contos % contos % contos % contos % contos %
DISTRITOS
Aveiro 46,4 4,6 42,8 4,5 44,6 4,4 47,6 4,3 65,1 5,0 71 4,8 123,4 4,8 127,8 5,0 151,7 5,1 720,4 4,8
Beja 223,4 22,3 186,3 19,8 214,3 21,3 177,9 16,1 205,4 15,7 323,1 21,7 455,1 17,9 430,4 16,7 378,2 12,8 2594,1 17,4
Bragança 41,7 4,2 50,0 5,3 61,1 6,1 86,4 7,8 94,5 7,2 88,5 6,0 145,4 5,7 132,6 5,1 206,9 7,0 907,1 6,1
C. Branco 82,5 8,2 75,7 8,0 105,7 10,5 198,4 17,9 228,6 17,4 258,4 17,4 623,7 24,5 799,7 31,0 802,0 27,1 3174,7 21,3
Guarda 142,3 14,2 136,8 14,5 181,3 18,0 155,6 14,0 166,3 12,7 151,6 10,2 246,3 9,7 169,9 6,6 280,9 9,5 1631 10,9
Porto 152,4 15,2 138,6 14,7 141,1 14,0 135,5 12,2 130,9 10,0 126,3 8,5 135,5 5,3 144,4 5,6 161,7 5,5 1266,4 8,5
Setúbal 124,6 12,4 118,0 12,5 84,4 8,4 66,5 6,0 61,0 4,7 77,6 5,2 92,8 3,6 135,6 5,3 202 6,8 962,5 6,4
Viseu 35,8 3,6 53,2 5,7 56,6 5,6 90,3 8,2 158,3 12,1 145,8 9,8 303,2 11,9 204,3 7,9 246,0 8,3 1293,5 8,7
Portugal
1003,3 6,7 940,9 6,3 1008,0 6,7 1107,6 7,4 1311,6 8,8 1487,3 10,0 2545,7 17,0 2576,4 17,3 2954,1 19,8 14934,9 100,0
continental
Nota: No ano de 1938, os valores relativos ao Couto Mineiro da Gaia, habitualmente contabilizados no distrito da Guarda, foram englobados nos
quantitativos do distrito de Castelo Branco
(6,4% no total, com 12,5% de máximo no ano de 1932 e 3,6% de mínimo no ano
de 1939). Nas oitava e nona posições encontravam-se Bragança (6,1% no total, com
4,2% de mínimo em 1931 e 7,8% de máximo em 1934) e Aveiro (4,8% no total,
com 4,3% de mínimo em 1943 e 5,1% de máximo em 1939).
117
Relevante parece ser, igualmente, a verificação do destaque alcançado no plano
fiscal pelas concessões de grande e média dimensão. Face à existência de várias meto-
dologias possíveis de análise, optou-se por considerar, para os anos de 1931 a 1939,
o comportamento das 10 minas e coutos mineiros mais tributados em 1939. Tal não
significa, no entanto, que as referidas explorações tenham sido os maiores contribuintes
ao longo de todo o período em causa21.
Sublinha-se, em primeiro lugar, a dicotomia entre um elevado grau de dispersão
do tecido produtivo e a hegemonia de um número limitado de médias ou grandes
concessões e empresas: de 49,2% no ano de 1931 a 58,4% da receita do Imposto de
Minas a nível nacional em 1939, passando pelo mínimo de 47,6% no ano de 1932
e pelo máximo de 61,3% em 1938, com 56,1% no total. Referem-se, também, os
61,8% de 1931 e os 58,4% no ano de 1939, passando pelo mínimo de 55,5% em
1935 e pelo máximo de 62,2% no ano de 1937, com 59,7% no total. Confirma-se,
de igual modo, a forte presença de capitais estrangeiros — britânicos e franceses, bel-
gas e norte-americanos — na «elite da indústria extractiva» implantada em Portugal
continental, com a eventual ressalva do subsector do carvão.
Notórias seriam, ainda, as particularmente vincadas oscilações do mercado nacional
do tungsténio. De 2 coutos mineiros entre os 10 maiores contribuintes e de 5,6% do
valor a cobrar através do Imposto de minas nos anos de 1931 e 1932, passou-se para
os 29,7% em 1939 (2 coutos mineiros e 1 mina), com um máximo de 31,2% no ano
de 1937 (3 coutos mineiros e 1 mina). Enquanto o Couto Mineiro da Borralha evoluiu
de um décimo lugar em 1931 (1,6% da receita geral) para a terceira posição em 1938
e 1939 (3,8% e 3,7%) — nono em 1932 e 1933 (1,6% e 1,8%), décimo em 1934
(2,7%), oitavo em 1935 (2,9%), décimo em 1936 (2,4%), sétimo em 1937 (3%) —,
o Couto Mineiro da Panasqueira protagonizou uma ascensão mais fulgurante: sexto e
sétimo lugares nos anos de 1931 e 1932 (4%), quarta posição no ano de 1933 (5,6%),
segundo lugar no ano de 1936 (13%), primeira posição nos anos de 1934, 1935 e
1937 a 1939 (11,5%, 11,8%, 21,5%, 24,1% e 23,5%, respectivamente).
Visto tratar-se de um procedimento indispensável a um reconhecimento do limi-
tado peso da indústria mineira — e, nesta, do subsector do volfrâmio — enquanto
agente gerador de riqueza directamente apropriada pelo Estado português ao longo da
década de 1930, contextualizam-se, agora, os valores obtidos através do Imposto de
minas. Estabelecem-se comparações com os montantes globais dos «Impostos sobre a
produção» (sobre as indústrias em «regime tributário especial»), com todos os «impostos
indirectos internos», com as «receitas fiscais correntes» em geral. Utilizam-se, para o
efeito, séries de dados sistematizados por Eugénia Mata e Nuno Valério22.
De 1930-1931 a 1939 foram cobrados 834,3 milhares de contos em «Impostos
sobre a produção», dos quais apenas 14,9 milhares de contos (1,8%) provieram do
imposto de minas. Cerca de 291 milhares de contos (34,9%) resultaram da tributação
23 Cfr., entre outros, J.C. Allan, 1948; A.F. Almeida, 1934; H. Alves, 2000a; Anuário Estatístico [1938,
1939]; Anuário Estatístico de Portugal [1931-1937]; ADGMSG/Processos de minas […]; Beral Tin and Wolfram,
Ltd. […]; Boletim de Minas [1931-1939]; M.V. Leal, 1945; F.M. Mendes, 1960; F.M. Mendes, 1993; Minas
concedidas […], 1963; A.M. Nogueira, 1939, p. 78-79; A.C. Sá, 1999.
24 Cfr. Boletim de Minas, 1939, p. 197.
FORÇA
MOTRIZ
Motores eléctricos
Motores de Motores eléctricos Perfuradores e
Motores Motores dependentes Geradores de Compressores
combustão dependentes de guinchos a ar Animais
hidráulicos a vapor de centrais energia eléctrica de ar
interna centrais das minas comprimido
não-mineiras
ANOS % % % % % % % % %
21 15 88 12,8 88 9,6 13 4 166 7,1 38 8,1 45 12,1 169 8,9 314 19,2
1931
1690.5 cv 10,7 9132 cv 11,6 4930.5 cv 8 279 kW 6,5 3865 kW 7,7 5740.8 kW 9,6 4926 cv 12,7
18 12,9 791 11,5 83 9,1 15 4,6 147 6,3 28 6 39 10,5 120 6,3 292 17,9
1932
1596.5 cv 10,1 9114 cv 11,6 4692.5 cv 7,6 284 kW 6,6 3648.7 kW 7,3 5085.8 kW 8,5 4444 cv 11,5
13 9,3 75 10,9 76 8,3 16 4,9 157 6,7 38 8,1 38 10,2 117 6,2 62 3,8
1933
1294 cv 8,2 9023 cv 11,4 5189.5 cv 8,4 293 kW 6,9 3527.3 kW 7,1 5859.5 kW 9,8 3822 cv 9,9
19 13,6 70 10,2 85 9,3 16 4,9 181 7,8 42 8,9 36 9,7 185 9,8 317 19,4
1934
1922.5 cv 12,2 8481 cv 10,8 5775.5 cv 9,4 309 kW 7,2 4180.6 kW 8,4 5565 kW 9,3 3665 cv 9,5
19 13,6 68 9,9 82 8,9 20 6,2 222 9,5 52 11,1 32 8,6 192 10,1 268 16,4
1935
1922.5 cv 12,2 8256 cv 10,5 5981.5 cv 9,7 323 kW 7,6 4721.5 kW 9,5 6946.6 kW 11,6 3675 cv 9,5
19 13,6 781 11,4 81 8,8 22 6,8 262 11,2 51 10,9 23 6,2 215 11,3 75 4,6
1936
1922.5 cv 12,2 8532 cv 10,8 6752 cv 10,9 346 kW 8,1 5264.8 kW 10,5 6285.5 kW 10,5 2850 cv 7,4
Fontes: Anuário Estatístico de Portugal [1931-1937]; Anuário Estatístico [1938 e 1939]; Boletim de Minas [1931-1939]
121
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Quadro 15 – Força motriz utilizada em explorações de ou com volfrâmio, em Portugal continental, nos anos de 1931 a 1939
(em cavalos-vapor ou kilowatts)
ANOS % % % % % % % % %
29 1 capataz (16$00 por dia em média), 32 mineiros (8$00), 6 vagoneiros (6$50), 18 safreiros (6$40),
11 trabalhadores (6$40) e 1 rapaz (5$00) na lavra subterrânea; 5 maquinistas (8$30) e 3 bombeiros (7$00)
na extracção e no esgoto; 2 capatazes (11$00), 4 vigilantes (10$00), 60 mineiros (6$80), 30 safreiros (6$40),
49 trabalhadores (6$00) e 8 rapazes (5$00) na lavra a céu aberto; 20 trabalhadores (6$50) e 4 rapazes
(5$50) na remoção; 4 encarregados (10$75), 175 trabalhadores (6$39), 34 rapazes (4$75), 95 mulheres
(4$51) e 9 raparigas (4$06) no tratamento manual de minério; 3 encarregados (23$33) e 54 trabalhadores
(6$09) no tratamento mecânico de minério; 2 encarregados (11$80) e 4 trabalhadores (8$00) na separadora
electromegnética; 1 mestre serralheiro (18$00), 1 mestre carpinteiro (28$00), 1 electricista (20$00) e 1
ajudante (7$50), 4 serralheiros (12$50) e 3 ajudantes (7$00), 2 carpinteiros (12$00) e 2 ajudantes (7$00),
3 serradores (8$67) e 1 ajudante (6$50), 3 ferreiros (7$60) e 3 ajudantes (6$00), 1 trabalhador (6$00) nas
oficinas; 1 mestre de obras (17$00), 4 carpinteiros (10$38), 5 pedreiros (9$00), 2 serventes (4$50),
2 caiadores (10$50), 5 trabalhadores (6$00) e 2 rapazes (4$75) na construção e reparação de edifícios; 2 guardas
(10$25) e 1 motorista (14$00).
205 Cfr. H. Alves, 2000b; P. Guimarães, 1995; J.P.A. Nunes, 2001-2002; F. Rosas, 2000.
206 Cfr. J.L. Cardoso, 2001; A.M. Guedes, s.d.; Mercados externos […], 1938; F. Rosas, 1996b;
L. Trindade, 1998; L. Trindade, 2000.
207 «Eis porque, partindo do princípio de que não será possível ao país aumentar a sua riqueza e progresso
diminuindo simultaneamente as suas importações, se nos afigura que – embora pondo em prática todos os meios
que nos levem a só importar o necessário – não é por aí que resolveremos o nosso problema. Vendendo mais, sim,
é vendendo mais que, com mais lógica e proveito, atingiremos o objectivo que desejamos. É que a base da nossa
política comercial é hoje, como foi ontem e como será amanhã, a mesma.
Detentores de mercadorias privilegiadas de exportação – os vinhos, as conservas, as cortiças, os produtos
coloniais, as madeiras e resinosos, as frutas, os azeites e algumas outras – deve e há-de ser sempre com o que elas
nos rendam que temos de comprar tudo quanto não possuímos ou não podemos produzir em boas condições
económicas. Contra esta verdade evidente, contra esta verdade incontestável, não podem deixar de se esboroar
todos os pruridos de estreitos e ilusórios nacionalismos económicos!» (Cfr. Mercados externos […], 1938, p. 48‑49
– texto de Joaquim Roque da Fonseca).
208 «Cada povo deve viver dentro da sua maneira de ser, dos seus conceitos morais, da sua psicologia — ou,
para dizer à moderna, com a sua tábua de valores e no seu clima espiritual […]. Felizes podem, na realidade
considerar-se os Povos, como os Homens, que conquistam certezas e que, senhores da Verdade, a professam e
proclamam com a mesma fé com que o sacerdote ergue em suas mãos ungidas a hóstia sagrada. A proclamem
sem a imporem! A própria Igreja, que é por definição e por intuito prosélitica, rejeita a imposição da fé. Que
cada povo viva no respeito e, quando for justo, na admiração pelos outros. Assim seja, «no trabalho e na paz,
com honra e com Justiça»!» (Cfr. Mercados externos […], 1938, p. 166-167 — texto de Armando Marques
Guedes).
209 Integrou, nomeadamente, o Cortejo do Trabalho Nacional (Lisboa, 10 de Junho de 1935); uma
sessão de atribuição das «recompensas honoríficas» da «Ordem do Mérito Industrial» a operários, mestres
e engenheiros (Lisboa, 11 de Junho de 1935, Coliseu dos Recreios, contando com a presença do Presidente
da República); uma sessão solene no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa (12 de Junho de 1935).
210 Cfr. 1º Congresso da Indústria Portuguesa […], 1933; Indústria Portuguesa [1931, 1933, 1935, 1939];
J.M.A. Mendes, 1999a; F. Rosas, 1994; F. Rosas, 1996b; F. Rosas, 2000.
211 Cfr. 140 anos. Associação Industrial Portuense […], 1989; A Indústria do Norte [1938-1939]; Indústria
Portuguesa [1931-1939]; J.M.A. Mendes, 1999a; Relatório e contas da Direcção da Associação Industrial
Portuense [1938]; Relatório da Direcção da Associação Industrial Portuguesa [1931-1939]; F. Rosas, 1996b;
F. Rosas, 2000.
212 Cfr. Vasco Bramão, «Carvões fósseis nacionais», 8º Ano, nº 87, Maio de 1935, p. 58-59.
213 Cfr. F. Rosas, 1996b, vol. II, p. 950-951 e, ainda, «Sobreprodução e disciplina da produção»,
5º Ano, nº 56, Outubro de 1932, p. 75-76; «O subsolo português na economia dirigida», 6º Ano, nº 70,
Dezembro de 1933, p. 51-56; «O nosso subsolo como factor económico», 7º Ano, nº 74, Abril de 1934,
p. 29-30; «O aproveitamento do nosso subsolo. O ferro», 7º Ano, nº 79, Setembro de 1934, p. 45-49;
«O nosso subsolo. Cobre, estanho e chumbo», 8º Ano, nº 85, Março de 1935, p. 37-40; «Organização
económica», 8º Ano, nº 86, Abril de 1935, p. 31-40.
214 «Mobilizar essa grande fonte de trabalho é imprimir um novo facies à fisionomia económica portuguesa.
É integrar o País no quadro da produção mundial a que os nossos recursos nos dão um incontestável direito. É acabar
de uma vez para sempre com as fantasias e lendas bordadas ao interesse exclusivista de classes. É dotar a Nação
com uma couraça económica que a torne invulnerável a golpes de adversidades sofridas pela dependência em que
tem vivido do trabalho estrangeiro, alimentado com a alienação de riquezas nossas que, uma vez absorvidas pelo
trabalho nacional, teriam acumulado dentro do País as fortes reservas de capitalização portuguesa, dispersas por
praças estrangeiras à procura de uma segurança e de um rendimento que o trabalho nacional lhes asseguraria,
poupando-nos a crises agudas que temos suportado por reflexo de crises das nações em que capitalizamos ouro e
braços que as nossas fronteiras deviam abrigar.
A precária exploração que fazemos do nosso subsolo bem pode classificar-se, em regra, como um desperdício
de bens, tal é a diminuta valorização com que entregamos ao consumo o seu recheio, simplesmente com o trabalho
mineiro incorporado, e este pago a salário baixíssimo, como o fazem as raças afastadas da civilização no momento
industrial que o mundo atravessa. E essa exploração desfalca um património nacional destinado a criar uma
considerável riqueza quando se faça a industrialização das matérias-primas que ele nos oferece, isto é, quando
a nossa mina for abastecedora das nossas fábricas e estas tenham, sob uma direcção comum, a natural sequência,
de molde a que as matérias-primas do nosso subsolo, em cada ramo industrial que podem alimentar, sejam
entregues ao consumo como produtos industriais, incorporando todo o trabalho que comportam.» (Cfr. Indústria
Portuguesa, 7º Ano, nº 74, Abril de 1934, p. 17).
215 Cfr. Indústria Portuguesa, 12º Ano, nº 141, Novembro de 1939, p. 44.
216 Cfr. «Agrava-se a vida na Alemanha que já não dispõe de mais ouro», Redacção, 7º Ano, nº 78,
Agosto de 1934, p. 17; «A gravíssima situação económica da Alemanha», Redacção, 7º Ano, nº 79, Setembro
de 1934, p. 57; «O Reich em foco. Pontos nos ii sobre a situação financeira alemã», António Lucas, 8º Ano,
nº 83, Janeiro de 1935, p. 31-33; «Política agrária alemã», citado do Diário de Notícias, 8º Ano, nº 83,
Janeiro de 1935, p. 33-34; «Organização económica», Albano de Sousa, 8º Ano, nº 86, Abril de 1935,
sobretudo p. 39-40; «As nossas relações comerciais com a Alemanha e com a França», Redacção, 8º Ano,
nº 87, Maio de 1935, p. 77-78; «A Alemanha quer invadir o mundo com os seus produtos», Redacção, 8º Ano,
nº 91, Setembro de 1935, p. 32; «A economia alemã e os seus reflexos», Redacção, 10º Ano, nº 116,
Outubro de 1937, p. 48-49; «Editorial — A Suíça», Redacção, 11º Ano, nº 124, Junho de 1938, p. 9-10;
«O que bem poderá chamar-se economia de guerra do Terceiro Reich ou aparências… que não iludem»,
Redacção, 11º Ano, nº 124, Junho de 1938, p. 26-27; «Comércio luso-alemão», Nuno Simões, 11º Ano,
nº 126, Agosto de 1938, p. 26; «A presente situação económica da Alemanha leva os dirigentes do III Reich
a atribuírem grande importância à penetração germânica na América do Sul», Redacção, 11º Ano, nº 127,
Setembro de 1938, p. 37-38; «A concorrência comercial que a Alemanha faz à Inglaterra pode vir a constituir
uma ameaça futura aos interesses ingleses», Redacção, 12º Ano, nº 132, Fevereiro de 1939, p. 16;
«As flutuações da economia mundial e a inquietação da Europa promovem a emigração do ouro para os EUA»,
Redacção, 12º Ano, nº 132, Fevereiro de 1939, p. 38-39; «Porque foi possível e é agora impossível um amplo
e forte entendimento comercial anglo-alemão?», Redacção, 12º Ano, nº 134, Abril de 1939, p. 19‑21.
235 Cfr., Dez anos de política externa […], 1974, vol. X, p. 38-39; 1991, vol. XIV, p. 515-516 e,
nomeadamente, L. Caruana de las Cagigas, 2001; Y. Durand, 1990; D.L. Gordon, 1947; W. Grant, 1991;
M. Harrison, 1998; J.H. Kemler, 1949; Ch. Leitz, 2000; A. Louçã, 2000; W.N. Medlicott, 1952-1959;
J.P.A. Nunes, 1999; J.P.A. Nunes, 2000a; F. Peter, 1995; F. Rosas, 1990; J.K. Sweeney, 1970; J.K. Sweeney,
1974; A.J. Telo, 1987; A.J. Telo, 1991; A.J. Telo, 2000; U.S. and Allied efforts to recover and restore gold
[…], 1997-1998; N. Wylie, 2002.
236 Cfr. Dez anos de política externa […], 1974, vol. IX, p. 457-458.
237 Cfr. Despacho do Ministério da Economia, 24 de Março de 1942, COLP, 1º Semestre de 1942,
p. 196; Despacho do Ministro da Economia, 22 de Junho de 1942, COLP, 1º Semestre de 1942, p. 337;
Decreto-Lei nº 32: 104, 25 de Junho de 1942, COLP, 1º Semestre de 1942, p. 331-332; Decreto-Lei
nº 32: 105, 25 de Junho de 1942, COLP, 1º Semestre de 1942, p. 332; Despacho do Ministro da Economia,
22 de Junho de 1942, COLP, 1º Semestre de 1942, p. 337.
238 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 369.
239 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 13-15.
240 Cfr. Dez anos de política externa [...], 1974, vol. XV, p. 13.
241 Cfr., entre outros, L. Caruana de las Cagigas, 2001; J. Catalan, 1995; M.T. Dias, 1997; R. García
Pérez, 1994; D.L. Gordon, 1947; Informe para la Comisión […], 1998; J.H. Kemler, 1949; Ch. Leitz, 1996;
Ch. Leitz, 2000; A. Louçã, 2000; W.N. Medlicott, 1952-1959; J.P.A. Nunes, 1999; J.P.A. Nunes, 2000a;
H. Pacheco, 1998; J.M. Ruiz Morales, 1946; F. Peter, 1995; J.A. Rodríguez Pérez, 1985; F. Rosas, 1990;
K.-J. Ruhl, 1986; J.K. Sweeney, 1970; J.K. Sweeney, 1974; A.J. Telo, 1991; A.J. Telo, 2000; U.S. and Allied
efforts to recover and restore gold […], 1997-1998; A. Vilar, 1998; D.L. Wheeler, 1986.
242 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 17-18, 23-25, 36-37, 127-128.
243 Cfr. Dez anos de política externa […], 1974, vol. IX, p. 331-333; 1974, vol. X, p. 81.
244 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 18.
245 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 139-140.
246 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 179-184.
250 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 288-290.
251 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 364-365, 388-390, 419-421, 432-433.
252Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 292-293, 300-302, 305-309, 310-314,
324-325, 326-329, 329-333, 335-340, 343-345, 351-352. Cfr., ainda, J.P.A. Nunes, 2005, p. 869-870.
253 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 346-347.
254 Cfr., entre outros, J.F. Antunes, 1994; J.I.F.C. Brochado, 1985; M. Caetano, 1984; A. Castro, s.d.;
Correspondência de Pedro Teotónio Pereira […], 1987-1991; M. Loff, 1997; M. Loff, 2004; F. Martins, 2001;
F. Nogueira, 1977-1988; P.A. Oliveira, 1998; F. Peter, 1995; H. Rauschning, 1940; F. Rosas, 1990; F. Rosas,
1996b; A.J. Telo, 1991.
257 Cfr., nomeadamente, D.L. Gordon, 1947; A. Louçã, 2000; F. Martins, 2001; W.N. Medlicott,
1952-1959; I.F. Nunes, 1993; J.P.A. Nunes, 1999; F. Peter, 1995; F. Rosas, 1990; J.K. Sweeney, 1970;
A.J. Telo, 1991; A.J. Telo, 2000; D.L. Wheeler, 1986.
258 Cfr. Dez anos de política externa […], 1993, vol. XV, p. 367-383, 386-394, 506-508, 518-519, 527
e, ainda, A. Louçã, 2005.
Quadro 5 - Minas e coutos mineiros com tungsténio em lavra, em Portugal continental, nos
anos de 1931 a 1939 .....................................................................................................98
Quadro 9 - Valor e destinos das exportações portuguesas de volfrâmio nos anos de 1931 a
1939 (em milhares de escudos) ....................................................................................106
Quadro 11 - Imposto de Minas fixo, proporcional e total a cobrar, para os anos de 1931 a
1939, nas concessões de volfrâmio (em milhares de escudos) .......................................113
Quadro 12 - Peso das explorações com volfrâmio no Imposto de Minas a cobrar, em Portugal
continental, nos anos de 1931 a 1939 (em milhares de escudos) . ................................115
Quadro 13 - Peso relativo dos principais «distritos mineiros» no Imposto de Minas a cobrar,
em Portugal continental, nos anos de 1931 a 1939 .....................................................116
Quadro 17 - Membros efectivos e agregados da Ordem dos Engenheiros nos anos de 1937
a 1945 .......................................................................................................................152
Quadro 18 - Evolução da população activa mineira, em Portugal continental, de 1931 a 1939 . .......163
Quadro 22 - Mão-de-obra empregue nas explorações lusas de volfrâmio entre 1931 e 1939 .............170
Quadro 31 - Peso das vendas de volfrâmio nas exportações de Portugal continental de 1940
a 1947 (em milhares de escudos) ................................................................................395
Quadro 37 - Receitas fiscais do Estado português nos anos de 1939 a 1947 (em milhões
de escudos) . ..............................................................................................................406
Quadro 41 - Origens do ouro adquirido pelo Banco de Portugal nos anos de 1939 a 1945
(em toneladas) .......................................................................................................... 443
Quadro 42 - Peso relativo da Alemanha, do Reino Unido e dos EUA no «comércio especial»
português, sem ouro ou prata, nos anos de 1931 a 1947 ............................................ 446
Quadro 43 - Peso das vendas de volfrâmio português no total das exportações lusas para a
Alemanha e no saldo da balança comercial bilateral durante os anos de 1941
a 1944 (em milhares de escudos) ................................................................................451
Quadro 47 - Produção e exportação de material de guerra pelo Terceiro Reich nos anos de
1938 a 1944 (em milhões de marcos) .........................................................................455
Anexo 2 - Mapa da rede ferroviária de Portugal continental entre 1940 e 1944 . ..............................525
Anexo 3 - Imposto de minas fixo, proporcional e total a cobrar, para os anos de 1931
a 1939, em cada um dos 10 distritos da «zona do volfrâmio» e no conjunto
dos 18 distritos de Portugal continental (em milhares de escudos) ...................................526
Anexo 5 - Produção e «valor à boca da mina» dos mais importantes minérios extraídos,
em Portugal continental, nos anos de 1939 a 1947 .........................................................530
Anexo 6 - Imposto de minas fixo, proporcional e total a cobrar, para os anos de 1940 a
1947, na «zona do volfrâmio» e no conjunto dos 18 distritos de Portugal continental
(em milhares de escudos) .............................................................................................. 531