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Tipos de

pesquisa/Etnografia/Pesquisa ação
Concepções metodológicas Manifestações
nomotéticas (quantitativas) externas ao
fenômeno

(Gaya, 2008)
Concepções metodológicas Interpretações do
ideográficas (interpretativas ou indivíduo sobre a
hermenêuticas) realidade

(Gaya, 2008)
Levantar
Concepções metodológicas de
informações para
intervenção social (sem
tomada de
instrumental específico)
decisões políticas

Investigações participativas
(participatory research)
Pesquisa-ação
(action resarch)
(Gaya, 2008)
Etnografia
• Estudo da cultura em si 1) Tema
mesma; 2) Problema
• Delimitar em uma unidade 3) Constructos e categorias de análise
social particular quais os
componentes culturais e suas 1) Acesso ao cenário
inter-relações de modo que 2) A escolha dos informantes
seja possível fazer inferências 3) Coleta de informações
sobre ela;

Arcabouço da
constituição Documentos
da sociedade

Os
O espírito Observação Depoimentos
imponderáveis
nativo
da vida
(Gaya, 2008)
Etnografia
O olhar investigativo da
etnografia

A etnografia tem como fim situar o pesquisador entre os nativos, sem que para isso
ele tenha a pretensão de tornar-se um deles. O que se pretende é conversar com
eles, alargar o universo do discurso humano (GEERTZ, 1978).
Etnografia
• Compreende e interpreta construindo uma
representação particular do ocorrido,
modificando, muitas vezes, a tradição, a
informação passada de geração para geração
(SILVEIRA, 2007).
Etnografia
• Geertz (1978) acredita que o homem é um animal
amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu e, a
cultura, seria essas teias e a sua análise.

• Não seria uma ciência experimental em busca de leis, mas


uma ciência interpretativa à procura do significado.

• Etnografia:
• 1) conjunto de técnicas que usadas para coletar dados
sobre os valores, os hábitos, as crenças, as práticas e os
comportamentos de um grupo social;
• 2) um relato escrito resultante do emprego dessas técnicas
(ANDRÉ, 1998, p. 27).
Etnografia
O processo de pesquisa
a) Utiliza técnicas variadas para coleta de um maior
número de dados e/ou informações;

b) O pesquisador deve manter-se no campo tempo


suficiente para ter uma profunda interpretação dos
fatos observados;

c) Utiliza-se de teorias e conhecimentos para orientar e


informar as prórias observações, o que foi ouvido,
levantar hipóteses mais específicas e categorias
relevantes.
(Gaya, 2008)
Etnografia
• “Fazer a etnografia é como tentar ler – no
sentido de ‘construir uma leitura de’ – um
manuscrito estranho, desbotado, cheio de
emendas suspeitas e comentários
tendenciosos, escrito não com os sinais
convencionais do som, mas com exemplos
transitórios de comportamento modelado”
(GEERTZ, 1978, p. 20).
Pesquisa-ação
• A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que
é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com
a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os
participantes representativos da situação ou problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 2008,
p. 14).

• O autor afirma que pela pesquisa-ação é possível estudar


dinamicamente os problemas, decisões, ações, negociações, conflitos
e tomadas de consciência que ocorrem entre os agentes durante o
processo de transformação da situação (THIOLLENT, 2008, p. 21).
Pesquisa-ação
• Pesquisa social com base empírica
• Atitude pragmática no âmbito da investigação
A pesquisa é antes de tudo uma
pesquisa-ação e não é
admissível uma ação sem Tipos de ação:
pesquisa Ação reivindicatória;
Ação de caráter
prático;
Ação no contexto
Avanços teóricos e organizacional.
mudanças sociais
(Gaya, 2008)
Pesquisa-ação
• Tipos de ação:
• estudos para implantação de
Ação um serviço. Ex: como posto de
reivindicatória saúde;

Ação de • Efetivar uma ação concreta. Ex:


caráter prático um clube esportivo;

Ação no • Problemas de ordem técnica.


contexto Ex: introduzir uma nova
organizacional tecnologia. (Gaya, 2008)
Pesquisa-ação
• Passos da pesquisa-ação
• Fase exploratória;
Definição: objeto, campo de intervenção, interessados e expectativas

• Definição do tema;
A partir de uma discussão com os participantes
• Definição do problema de pesquisa;
Com vista a alcançar uma transformação dentro do tema definido
• Hipóteses;
Suposições propostas pelo pesquisador em nível observacional
• O seminário. Definição da técnica principal (Gaya, 2008)
Pesquisa-ação
• Planos de ação:
1. Quem são os atores ou as unidades de intervenção?
2. Como se relacionam os atores e as instituições em relação a
convergência, atritos, conflitos?
3. Quem toma as decisões?
4. Quais os objetivos tangíveis da ação e os critérios de sua avaliação?
5. Como dar continuidade à ação, apesar das dificuldades?
6. Como asseguração a participação da população e incorporar suas
sugestões?
7. Como controlar o conjunto do processo e avaliar os resultados?
(Gaya, 2008)
Pesquisa-ação crítica

• “A condição para ser pesquisa-ação crítica é o mergulho na práxis do


grupo social em estudo, do qual se extraem as perspectivas latentes,
o oculto, o não familiar que sustentam as práticas, sendo as
mudanças negociadas e geridas no coletivo” (FRANCO, 2005, p. 486).
Pesquisa-ação crítica
A pesquisa-ação crítica considera:
• a voz do sujeito,
• sua perspectiva,
• seu sentido,
• não apenas para registro e posterior interpretação do pesquisador;
• a voz do sujeito fará parte da tessitura da metodologia da
investigação.
“Nesse caso, a metodologia não se faz por meio das etapas de um
método, mas se organiza pelas situações relevantes que emergem do
processo”. (FRANCO, 2005, p. 486).
Pesquisa-ação
• Quando falamos de pesquisa–ação, estamos nos
referindo a:
• pesquisa na ação;
• pesquisa para a ação;
• pesquisa com ação;
• pesquisa da ação;
• ação com pesquisa;
• ação para a pesquisa;
(FRANCO, 2005, p. 485).
• ação na pesquisa.
Pesquisa-ação crítica

• “A pesquisa-ação, estruturada dentro de seus princípios geradores, é


uma pesquisa eminentemente pedagógica, dentro da perspectiva de
ser o exercício pedagógico, configurado como uma ação que
cientificiza a prática educativa, a partir de princípios éticos que
visualizam a contínua formação e emancipação de todos os sujeitos
da prática” (FRANCO, 2005, p. 483).

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