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TECNOLOGIA ASSISTIVA

BELO HORIZONTE / MG
SUMÁRIO

O QUE É TECNOLOGIA ASSISTIVA .................................................................................. 3


A Tecnologia Assistiva (T.A.)............................................................................................ 3
Os objetivos da T.A ........................................................................................................... 3
CUIDADOS NOS PROCEDIMENTOS DE SELEÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE RECURSOS
.......................................................................................................................................................... 5
PARA ONDE ESTAMOS CAMINHANDO NO ENSINO ....................................................... 6
CAMINHOS QUE FACILITAM A APRENDIZAGEM ............................................................ 8
Conhecimento pela comunicação e pela interiorização........................................................................8
Podemos modificar a forma de ensinar ...............................................................................................9
O DOCENTE COMO ORIENTADOR/ MEDIADOR DA APRENDIZAGEM ..........................10
INTEGRAR AS TECNOLOGIAS DE FORMA INOVADORA...............................................10
Integrar a televisão e o vídeo na educação escolar.......................................................11
Propostas de utilização da televisão e do vídeo na educação escolar ............................................... 11
Algumas dinâmicas de análise da televisão e do vídeo ..................................................................... 12
O COMPUTADOR E A INTERNET.....................................................................................12
Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula? ......................................................................... 14
Equilibrar o presencial e o virtual....................................................................................................... 14
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ................................................................15
MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E USO DA TECNOLOGIA .....................................................15
Introdução.........................................................................................................................15
PROJETOS DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA NUM PARADIGMA EMERGENTE..19
Fases do projeto de aprendizagem colaborativa ............................................................21
1ª fase - Apresentação e discussão do projeto .................................................................................. 22
2ª fase - Problematização do tema.................................................................................................... 22
3ª fase – Contextualização ............................................................................................................... 22
4ª fase - Aulas teóricas exploratórias ................................................................................................ 22
5ª fase - Pesquisa individual ............................................................................................................. 22
6ª fase - Produção individual ............................................................................................................. 22
7ª fase - Discussão coletiva, crítica e reflexiva .................................................................................. 22
8ª fase - Produção, coletiva............................................................................................................... 22
9ª fase - Produção final ..................................................................................................................... 22
10ª fase - Avaliação coletiva do projeto ............................................................................................. 22
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................23
TECNOLOGIA ASSISTIVA

O QUE É TECNOLOGIA ASSISTIVA Auxílios para vida diária


A Tecnologia Assistiva (T.A.)

http://revistaescola.abril.com.br/img/inclusao/011-
Aprendizado-facil04.jpg
Materiais e produtos para auxílio
http://1.bp.blogspot.com/_ZPP0vpeHUvc/TJzxhUqF5F em tarefas rotineiras tais como comer,
I/AAAAAAAAAA8/6r5QdgeYXHo/s1600/ta.jpg cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar
“Qualquer necessidades pessoais, manutenção da casa,
item, peça de etc.
equipamento ou Comunicação Suplementar e Alternativa
sistemas de produtos,
quando adquiridos Recursos, eletrônicos ou não, que
comercialmente, permite a comunicação expressiva e receptiva
modificados, ou feito das pessoas sem a fala ou com limitações da
sob medida, que é mesma.
usado para aumentar,
manter ou melhorar as São muito utilizadas as pranchas de
habilidades funcionais comunicação com os símbolos PCS ou Bliss
do indivíduo com além de vocalizadores e softwares dedicados
limitações funcionais” para este fim.
(Technology-Related
Assistence for Recursos de acessibilidade ao
Individuals with computador
Disabilities Act– Public
100-407) lei municipal
E.U.A. de 1998.
Os objetivos da T.A
É proporcionar à pessoa com
deficiência maior independência, qualidade
de vida e inclusão social, através da
ampliação de sua comunicação, mobilidade,
controle de seu ambiente, habilidades de seu
aprendizado, trabalho e integração com a
família, amigos e sociedade.
É uma área de domínio multidisciplinar http://www.laratec.org.br/Lojatec3.jpg
entre engenheiros de reabilitação, de
computação, biomédicos, elétricos; arquitetos, Equipamentos de entrada e saída
médicos, fisioterapeutas, terapeutas (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de
ocupacionais, fonoaudiólogos, desenhistas acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados
industriais, analistas de sistemas, entre outros. modificados ou alternativos, acionadores,
softwares especiais (de reconhecimento de voz,
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etc.), que permitem as pessoas com deficiência


a usarem o computador.
Sistemas de controle de ambientes
Sistemas de controle de ambientes:
Unidades Computadorizadas que permitem o
controle de equipamentos eletrodomésticos,
sistemas de segurança, de comunicação, de
iluminação, em casa e em outros ambientes.
Projetos arquitetônicos para
acessibilidade

http://1.bp.blogspot.com/_hTNR49xQEvI/TUb8GR6rG
kI/AAAAAAAAAXk/EyucGEo0vlg/s1600/t
ecnologia_assistiva.jpg
Cadeiras de rodas manuais e
motorizadas, bases móveis, scooters de 3
rodas, andadores, bengalas, muletas e qualquer
outro dispositivo utilizado na melhoria da
mobilidade pessoal. Deve ser adequado à
necessidade funcional do indivíduo, avaliando-
se força, equilíbrio, coordenação, capacidades
cognitivas, medidas antropométricas e postura
funcional.
Auxílios para deficientes visuais ou
visão sub-normal e auditivos

http://www.tecnologiaoutonal.com.br/wp-
content/uploads/tec_assist2.jpg
Adaptações estruturais e reformas
na casa, ambiente de trabalho ou públicos
que reduzem as barreiras arquitetônicas como
rampas, elevadores, adaptações em banheiros
entre outras, facilitando a locomoção da pessoa
com deficiência.
Adequação Postural
Adaptações para cadeira de rodas ou
outro sistema de sentar visando o conforto e
distribuição adequada da pressão na superfície http://s2.glbimg.com/XVf_x-
da pele (almofadas especiais, assentos e 5M7ZPi4yxKFkL08ekn6UP_VgZCXcuCyzfkG5lIoz-
encostos anatômicos), bem como HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/og/rg/f/original/20
posicionadores e estabilizadores que propiciam 12/10/04/20121006_universidade_tecas sistiva05-
291x218.jpg
maior estabilidade e postura adequada do corpo
através do suporte e posicionamento de Auxílios para grupos específicos que
cabeça/tronco/membros. inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos
com síntese de voz, grandes telas de
Auxílios de Mobilidade
impressão, sistema de TV com aumento para
TECNOLOGIA ASSISTIVA

leitura de documentos, publicações, alertas _ Como o aluno se comunica, ou


sonoros, etc. seja, ele vocaliza, utiliza gestos, olhares,
expressões faciais etc. Com quem ele se
Adaptações em veículos e comunica?
transportes
O que ele comunica? E em quais
Adaptações em veículos e transportes. situações?
Acessórios e adaptações que Quais são suas habilidades visuais e
possibilitam a condução do veículo, dispositivos auditivas?
para acesso e saída do veículo, como
elevadores de plataformas ou dobráveis, Qual a sua atitude frente à
plataformas rotativas, plataformas sob o veículo, comunicação?
guindastes, tábuas de transferência, correias e Quais são as habilidades motoras?
barras. (função global e fina, mobilidade, postura, etc.)

Baixas Tecnologias Quais os recursos já utilizados para a


comunicação?
Podemos utilizar como baixas
Quais são os parceiros de
tecnologias recursos que são confeccionados
comunicação?
com materiais como: sucatas, fita crepe, e entre
outros. Tais materiais são confeccionados para Qual a rotina do aluno?
ajudar estes alunos na sala de aula, no qual Quais são os centros de interesse?
o próprio professor usa como recurso para que
estes possam desenvolver suas habilidades. Quais as tarefas a serem realizadas?
Como exemplo disso: adaptar lápis para estes Durante o processo de avaliação é
alunos com dificuldades motora, para que importante estar atento ao tempo de atenção
possam adquirir movimento de pinça, jogos dos usuários assim como ao cansaço
adaptados entre outros. demonstrado nas atividades.
CUIDADOS NOS PROCEDIMENTOS No momento de avaliação devemos
DE SELEÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO respeitar as etapas de aprendizagem de
DE RECURSOS símbolos: objeto real, miniatura, fotografias,
desenhos coloridos, desenho em preto e
branco, símbolos gráficos e por fim a escrita.
Durante a avaliação do aluno a
participação da família, escola e/ou instituição é
de fundamental importância para o
levantamento das situações funcionais, ou seja,
do vocabulário inicial a ser desenvolvido no
momento da confecção do recurso. Neste
contexto é importante destacar (DILEBERATO,
S/D):
A seleção do vocabulário é constante.
O objetivo do recurso deve direcionar a
https://encrypted- escolha do vocabulário.
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSldY2q8cIMg
QYJZMaf GmyPUKwEfzHWNKwh84JFkVk4Ob0sOc6 O número de símbolos deve variar de
acordo com a habilidade do sujeito.
Para Deliberato durante o processo de
avaliação, seleção e implementação de recursos Os símbolos selecionados devem ser
de comunicação suplementar e/ou alternativa funcionais.
alguns cuidados são necessários procurando A participação da família é
identificar as habilidades do aluno não- falante. imprescindível nesse momento.
Neste sentido, o professor e demais
profissionais devem estar atentos: O recurso pode e deve ser alterado
de acordo com a necessidade do sujeito.
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O recurso poderá ser confeccionado que leve o indivíduo a realização e contribuição


por meio de frases e/ou tópicos. para a mudança social.
O formato do recurso varia de acordo Educar é transformar a vida em
com as possibilidades e interesse do sujeito. processos permanentes de aprendizagem. É
ajudar os alunos na construção de sua
PARA ONDE ESTAMOS CAMINHANDO
identidade, do seu caminho pessoal e
NO ENSINO?
profissional, mostrar um projeto de vida que
lhes permitam encontrar seus espaços
pessoais, tanto no social como no profissional,
com o objetivo de torná- los cidadãos realizados
e produtivos.
Ensinar é um processo social de cada
cultura com suas normas, tradições e leis, mas
não deixa de ser pessoal, pois cada um
desenvolve seu estilo, aprendem e ensinam. O
aluno precisa querer aprender e para isso,
precisa de maturidade, motivação e de
competência adquirida.
https://encrypted- As dificuldades para mudar na educação
tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQrXBhhq6Os
8sKh_OltUj m2hrCOA_aJxFv-U7BltPZQUCIGf2k As mudanças na educação dependem,
em primeiro lugar de termos educadores
Com as mudanças na sociedade, as
maduros, intelectuais e emocionalmente
formas de ensinar também sofreram alterações,
curiosos, que saibam motivar e dialogar.
tantos os professores como os alunos percebem
que muitas aulas convencionais estão O educador autêntico é humilde e
ultrapassadas. É inevitável a pergunta: Para confiante, mostra o que sabe, porém está
onde mudar? Como ensinar e aprender em uma sempre atento ao novo, ensina aprendendo
sociedade interconectada? a valorizar a diferença, a improvisar. Aprender
por sua vez, é passar da incerteza a uma certeza
Mudanças na educação é importante
provisória, pois dará lugar as novas
para mudar a sociedade. As tecnologias estão
descobertas, não há estagnação no sistema de
cada vez mais em evidência e os investimentos
aprendizagem e descobertas. O novo deve ser
visam ter cada classe conectada à Internet e
questionado, indagado e não aceito sem análise
cada aluno com um notebook; investe-se
prévia. Por isso é importante termos
também em educação à distância, educação
educadores/ pais, com amadurecimento
contínua, cursos de curta duração. Mas só
intelectual, emocional, ético que facilite todo o
tecnologia não basta. “Ensinar é um desafio
processo de aprendizagem.
constante”.
As mudanças na educação dependem
Os desafios de ensinar e educar com também de administradores, diretores e
qualidade coordenadores que atendam todos os níveis do
Preocupa-se hoje mais com ensino de processo educativo.
qualidade do que com educação de qualidade. Os alunos também fazem parte da
Ensino e educação são conceitos diferentes. O mudança. Alunos curiosos e motivados, ajudam
ensino destinase a ajudar os alunos a o professor a educar, pois tornam-se
compreender áreas específicas do interlocutores e parceiros do professor, visando
conhecimento (ciências, história, matemática). um ambiente culturalmente rico.
Educação é um o foco além de A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
conhecimento e ética, reflexão e ação, é ajudar a
integrar todas as dimensões da vida e encontrar
o caminho intelectual, emocional, profissional
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dependendo da bagagem cultural, da idade e


dos objetivos, predominará o processamento
sequencial, o hipertextual ou o multimídico.
Atualmente perante a rapidez que
temos que enfrentar situações diferentes e cada
vez mais utilizamos o processo multimídico. A
televisão utiliza uma narrativa com várias
linguagens superpostas, atraentes, rápidas,
porém, traz consequências para a capacidade
http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/listas/q de compreender temas mais abstratos.
uestoes-ensino-fundamental.jpg
Em síntese, as formas de informação
Conhecer significa compreender todas
multimídia ou hipertextual são mais difundidas.
as dimensões da realidade, captar e saber
As crianças, os jovens sintonizados com esta
expressar essa totalidade de forma cada vez
forma de informação quando lidam com textos,
mais ampla e integral. Pensar e aprender a
fazem-no de forma mais fácil com o texto
raciocinar, a organizar o discurso, submetendo-o
conectado através de links, o hipertexto.
a critérios. O desenvolvimento da habilidade de
raciocínio é fundamental para a compreensão O livro então se torna uma opção
do mundo. Além do raciocínio, a emoção facilita menos atraente. Não podemos, nos limitar em
ou complica o processo de conhecer. uma ou outra forma de lidar com a informação,
devemos utilizar todas em diversos momentos.
A informação dá-se de várias formas,
segundo o nosso objetivo e o nosso universo Há um tipo de conhecimento
cultural. A forma mais habitual é o multimídico de respostas rápidas que é
processamento lógicosequencial, que se importante. É preciso saber selecionar para
expressa na linguagem falada e escrita, na qual o encontrar conexões, causas e efeitos, tudo é
sentido vai sendo construído aos poucos, em fluido e válido, tudo tem sua importância e em
sequência concatenada. pouco tempo perde o valor anterior.
A informação de forma hiper-textual, É uma atitude que se manifesta no
contando histórias, relatando situações que se navegar na Internet, ao deixar-se ficar diante da
interlaçam, ampliam-se, nos mostrando novos televisão, numa salada de dados, informações e
significados importantes, inesperados. É a enfoques. As pessoas não permanecem
comunicação “linkada”. A construção do passivas, elas interagem de alguma forma, mas
pensamento é lógica, coerente, sem seguir uma muitos não estão preparados para receber tal
única trilha, como em ondas que vão variedade de dados e adotam a última moda na
ramificando-se em diversas outras. Hoje, cada mídia ou na roupa, que efêmeros, são
vez mais processamos as informações de forma facilmente esquecidos e/ou substituídos.
multimídia, juntando pedaços de textos de Tornamo-nos cada vez mais
várias linguagens superpostas, que compõem dependentes do sensorial. É bom, mas muitos
um mosaico ou tela impressionista, e que se não partem do sensorial para voos mais ricos,
conectam com outra tela multimídico. Uma mais abertos, inovadores. Muitos dados e
leitura em flash, uma leitura rápida que cria informações não significam necessariamente
significações provisórias, dando uma mais e melhor conhecimento. O conhecimento
interpretação rápida para o todo, através dos torna-se produtivo se o integrarmos em uma
interesses, percepções, do modo de sentir e visão ética pessoal, transformando-o em
relacionar-se de cada um. sabedoria, em saber pensar para agir melhor.
A construção do conhecimento, a partir
do processamento multimídia é mais livre,
menos rígida, com maior abertura, passa pelo
sensorial, emocional e pelo racional; uma
organização provisória que se modifica com
facilidade. Convivemos com essas diferentes
formas de processamento da informação e
TECNOLOGIA ASSISTIVA

CAMINHOS QUE FACILITAM A Aprendemos pelo interesse, pela


APRENDIZAGEM necessidade.
Aprendemos quando percebemos o
objetivo, a utilidade de algo, que nos traz
vantagens perceptíveis.
Aprendemos pela criação de hábitos,
pela automatização de processos, pela
repetição. Aprendemos mais, quando
conseguimos juntar todos os fatores: temos
interesse, motivação clara, desenvolvemos
hábitos que facilitam o processo de
aprendizagem e sentimos prazer no que
estudamos.
Aprendemos realmente quando
conseguimos transformar nossa vida em um
processo constante, paciente, confiante e
afetuoso de aprendizagem.
Conhecimento pela
comunicação e pela
interiorização
A informação é o primeiro passo para
conhecer. Conhecer é relacionar, integrar,
contextualizar, fazer nosso o que vem de fora.
http://static.hsw.com.br/gif/planejamento-ensino-
Conhecer a aprofundar os níveis de descoberta,
medio-4.jpg
é conseguir chegar ao nível de sabedoria, da
Podemos extrair alguma informação integração total.
ou experiência de tudo, de qualquer situação,
O conhecimento se dá no processo
leitura ou pessoa, que nos possa ajudar a
rico de interação externo e interno.
ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o
Conseguimos compreender melhor o mundo e
que já sabemos ou rejeitar determinadas
os outros, equilibrando os processos de
opiniões.
interação e de interiorização.
Um dos grandes desafios para o
Pela interação, entramos em contato
educador é ajudar a tornar a informação
com tudo o que nos rodeia, captamos as
significativa, escolher as verdadeiramente
mensagens, mas a compreensão só se
importantes, a compreendê-las de forma cada
completa com a interiorização, com o processo
vez mais abrangente e profunda.
de síntese pessoal de reelaboração de tudo que
Aprendemos melhor, quando captamos pela interação.
vivenciamos, experimentamos, sentimos,
Os meios de comunicação puxam-nos
descobrindo novos significados, antes
em direção ao externo. Hoje há mais pessoas
despercebidos. Aprendemos mais, quando
voltadas para fora do que para dentro de si,
estabelecemos pontes entre a reflexão e a
mais repetidoras do que criadoras; se
ação, entre a experiência e a conceituação,
equilibrarmos o interagir e o interiorizar
entre a teoria e a prática: quando uma completa
conseguiremos avançar mais e compreender
a outra.
melhor o que nos rodeia, o que somos.
Aprendemos quando equilibramos e
Os processos de conhecimento
integramos o sensorial, o racional, o emocional,
dependem do social, do ambiente onde
o ético, o pessoal e o social.
vivemos. O conhecimento depende
Aprendemos quando interagimos com significativamente de como cada um processa
os outros e o mundo. as suas experiências, quando crianças,
principalmente no campo emocional.
TECNOLOGIA ASSISTIVA

As interferências emocionais, os http://2.bp.blogspot.com/-


roteiros aprendidos na infância, levam as formas z6VhVx8e7AI/TyPX1VFW esI/AAAAAAAAAAw/t
de aprender automatizadas. Um deles é o da
passagem da experiência particular para a 5kJnWRhZ5M/s1600/1298367656_59049868_
geral, chamado generalização. Com a repetição 1-Fotos-de--Aula-particular-para-todos-as-
de situações semelhante à tendência do cérebro
materias-do-ensino-medio-PAS-ou-
é a de acreditar que elas acontecerão sempre do
mesmo modo, e isso torna-se algo geral, vestibular.jpg
padrão.
Cada organização através de seus
Com a generalização, facilitamos a administradores precisa encontrar sua forma de
compreensão rápida, mas podemos deturpar ou ensinar, criando um projeto inovador.
simplificar a nossa percepção do objetivo
focalizado. Para encaminhar nossas dificuldades
em ensinar poderiam ser estas algumas
Esses processos de generalização pistas:
levam a mudanças, distorções, a alterações na
percepção da realidade.  Equilibrar o planejamento
institucional e o pessoal nas organizações
Se nossos processos de percepção educacionais;
estão distorcidos, podem nos levar desde
pequenos a enxergar-nos de forma negativa.  Integrar em planejamento
Um dos eixos de mudança na educação seria flexível com criatividade sinérgica;
um processo de comunicação autêntica e aberta  Realizar um equilíbrio entre
entre professores e alunos, comunidade, flexibilidade, que está ligada ao conceito de
incluindo os funcionários e os pais. Só liberdade, criatividade e a organização;
aprendemos dentro de um contexto
comunicacional participativo, interativo,  Avançar os programas
vivencial. Autoritarismo não vale a pena, pois previstos às necessidades dos alunos,
os alunos não aprendem a ser cidadãos. criando conexões com o cotidiano, com o
inesperado;
As organizações que quiserem evoluir
terão que aprender a reeducar-se em ambientes  Equilibrar: planejamento e
de mais confiabilidade, de cooperação, de criatividade;
autenticidade.  Aceitar os imprevistos,
Podemos modificar a forma gerenciar o que podemos prever e a incorporar
de ensinar o novo;
 Criatividade que envolve
sinergia, valorizando as contribuições de cada
um;
Ensinar e aprender exigem hoje muito
mais flexibilidade, espaço temporal, pessoal e
de grupo, menos conteúdos fixo, mais
pesquisas.
Uma das dificuldades da
aprendizagem é conciliar a extensão das
informações, a variedade das fontes de acesso,
com o aprofundamento da sua compreensão
O papel principal do professor é
ensinar o aluno a interpretar os dados, a
relacioná-los, a contextualizá-los. Aprender
depende também do aluno de que ele esteja
maduro para entender a informação.
TECNOLOGIA ASSISTIVA

É importante não começar pelos Equilibrar a presença e a distância.


problemas, erros, pelo negativo, pelos limites,
INTEGRAR AS TECNOLOGIAS DE
mas sim pela educação positiva, pelo incentivo,
FORMA INOVADORA
pela esperança.
É importante na aprendizagem integrar
O DOCENTE COMO ORIENTADOR/
todas as tecnologias: as telemáticas, as
MEDIADOR DA APRENDIZAGEM audiovisuais, lúdicas, as textuais, musicais.
O professor é um pesquisador em
Passamos muito rapidamente do livro,
serviço. Aprende com a pesquisa com a prática
para a televisão e o vídeo e destes para a
e ensina a partir do que aprende. O seu papel é
Internet sem saber explorar todas as
fundamentalmente o de um orientador/ possibilidades de cada meio. O docente deve
mediador: encontrar a forma mais adequada de integrar as
Orientador/mediador/intelectual: várias tecnologias e os procedimentos
informa, ajuda a escolher as informações mais metodológicos.
importantes, fazendo os alunos compreendê-las
e adaptá-las aos seus conceitos pessoais. Ajuda
Integrar os meios de
a ampliar a compreensão de tudo. comunicação na escola
Orientador/ mediador/ emocional:
motiva, incentiva, estimula.
Orientador/ mediador gerencial e
comunicacional: organizam grupos, atividades
de pesquisas, ritmos, interações. Organiza o
processo de avaliação, é a ponte principal entre
as instituições, os alunos e os demais grupos
envolvidos da comunidade. Ajuda a desenvolver
todas as formas de expressão, de interação de
sinergia, de troca de linguagem, conteúdos e
tecnologias.
Orientador ético: ensina a
http://content-
assumir, vivenciar valores construtivos, portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_18863
individuais e socialmente vai organizando 657876341254.jpg
continuamente seu quadro referencial de
valores, ideias, atitudes, tendo alguns eixos Antes de chegar à escola a criança
fundamentais comuns como a liberdade, a passa por processos de educação importantes
cooperação, a integração pessoal. como o familiar e o da mídia eletrônica e neste
ambiente vai desenvolvendo suas conexões
Alguns princípios metodológicos cerebrais, roteiros mentais, emocionais e
norteadores: linguagem.
Integrar tecnologia, metodologias e A criança aprende a informar-se, a
atividades. conhecer os outros, o mundo e a si mesma. A
Integrar textos escritos, comunicação relação com a mídia eletrônica é prazerosa e
oral, hipertextual, multimídia. sedutora, mesmo durante o período escolar, a
mídia mostra o mundo de outra forma, mais
Aproximação da mídia e das atividades
fácil, agradável. A mídia continua educando
para que haja um fácil trânsito de um meio ao
como contraposto à educação convencional,
outro.
educa enquanto entretém.
Trazer o universo do audiovisual para
Os meios de comunicação
dentro da escola.
desenvolvem formas sofisticadas de
Planejar e improvisar, ajustar-se às comunicação e opera imediatamente com o
circunstâncias, ao novo. sensível, o concreto, a imagem em movimento.
Valorizar a presença e a comunicação O olho nunca consegue captar toda a
virtual. informação, então o essencial, o suficiente é
TECNOLOGIA ASSISTIVA

escolhido para dar sentido ao caos e organizar A fala aproxima o vídeo do cotidiano,
a multiplicidade de sensações e dados. de como as pessoas se comunicam, enquanto o
narrador costura as cenas, dentro da norma
A organização da narrativa televisiva
baseia-se numa lógica mais intuitiva, mais culta, orientando a significação do conjunto. A
conectiva, portanto não é uma lógica música e os efeitos sonoros servem como
convencional, de causaefeito. evocação de situações passadas próximas às
personagens do presente e cria expectativas.
A televisão estabelece uma conexão
aparentemente lógica entre mostrar e A televisão e o vídeo são sensoriais,
demonstrar: “se uma imagem impressiona então visuais as linguagens se interagem não são
é verdadeira”. Também é muito comum à lógica separadas. As linguagens da T.V. e do vídeo
de generalizar a partir de uma situação respondem à sensibilidade dos jovens e de
concreta, do individual, tendemos ao geral. Ex: adultos. Dirigem-se mais à afetividade do que
razão. O jovem vê para compreender a
dois escândalos na família real inglesa e se tira
linguagem audiovisual, desenvolve atitudes
conclusões sobre a ética da realeza como
perceptivas como a imaginação enquanto
um todo. Uma situação isolada converte-se
a linguagem escrita desenvolve mais a
em uma situação padrão.
organização, a abstração e a análise lógica.
Integrar a televisão e o vídeo na
educação escolar Propostas de utilização da
televisão e do vídeo na
educação escolar
Começar com os vídeos mais simples,
próximos a sensibilidade dos alunos e depois
partir para exibição de vídeos mais elaborados.
Vídeo como sensibilização: Um bom
vídeo é interessante para introduzir um novo
assunto, despertando e motivando novos temas.
Para a sala de aula realidades
distantes do aluno.
Vídeo como simulação: É uma
ilustração mais sofisticada, pois pode simular
experiências de química que seriam perigosas
em laboratórios. Pode mostrar o crescimento de
uma planta, da semente até a maturidade.
Vídeo como conteúdo de ensino:
Mostra o assunto de forma direta orientando
e interpretando um tema de foram
indireta, permitindo abordagens diversas deste
http://www.reompa.com.br/public/fotos/produtos/10/23 tema.
0/suporte-para-tv-e-video-sbr1-1de-14-a-21-
brasforma-1817-5637000.jpg Vídeo como produção: Registro de
eventos, estudo do meio, experiências,
Vídeo para o aluno significa descanso entrevistas, depoimentos.
e não aula. Essa expectativa deve ser
aproveitada para atrair o aluno. A televisão e o Vídeo como intervenção: Interferir,
vídeo partem do concreto, do visível, daquilo modificar um determinado programa,
que toca todos os sentidos. acrescentar uma nova trilha sonora ou
introduzir novas cenas com novos significados.
Televisão e vídeo exploram também o
ver, o visualizar, ter diante de nós as pessoas, Vídeos como expressão: Como nova
os cenários, cores, relações espaciais, imagens forma de comunicação adaptada à
estáticas e dinâmicas, câmaras fixas ou em sensibilidade das crianças e dos jovens.
movimento, personagens quietos ou não. Produzem programas informativos feitos pelos
próprios alunos.
TECNOLOGIA ASSISTIVA

Vídeo integrando o processo de Vídeo dramatização: Usar a


avaliação: dos alunos e do professor. representação teatral, pelos alunos, expressar o
Televisão/vídeo – espelho: Os alunos que o vídeo mostrou.
veem-se nas telas, discutindo seus gestos, Comparar versões: Observar os
cacoetes, para análise do grupo e dos papéis de pontos de convergência e divergências do
cada um. Incentiva os mais retraídos e corrige vídeo. Ótimo para aulas de literatura. Comparar
os que falam muito. o vídeo e a obra literária original.
Algumas dinâmicas de análise O COMPUTADOR E A INTERNET
da televisão e do vídeo
Análise em conjunto: O professor
exibe as cenas principais e as comenta junto
com os alunos. O professor não deve ser o
primeiro a opinar e sim posicionar-se depois
dos alunos.
Análise globalizante: Depois da https://encrypted-
exibição do vídeo abordar os alunos a
tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQc7mUNvu
respeito das seguintes questões: 1- aspectos
positivos do vídeo. 2aspectos negativos. 3- NRqrgKzu4aLyayrDJF_NFptjQkvgDCPNwKUMdzY
ideias principais que foram abordadas. 4- o que WiO
eles mudariam no vídeo. Discutir essas
questões em grupos, que são depois relatadas O computador permite cada vez mais
por escrito, o professor faz a síntese final. pesquisar, simular situações, testar
conhecimentos específicos, descobrir novos
Leitura concentrada: Escolher depois conceitos, lugar e ideias. Com a Internet pode-
uma ou duas cenas marcantes e revê-las mais se modificar mais facilmente a forma de
vezes. Observar o que chamou a atenção. ensinar e aprender. Procurar estabelecer uma
Análise funcional: Antes da exibição relação de empatia com os alunos, procurando
do vídeo escolar, alguns alunos para conhecer seus interesses, formação e
desenvolverem algumas funções, anotar perspectivas para o futuro. É importante para o
palavras chaves, imagens mais significativas, sucesso pedagógico a forma de relacionamento
mudanças acontecidas no vídeo, tudo será professor/aluno.
anotado no quadro e posteriormente comentado Descobrir as competências dos alunos
pelo professor. motivá-los para aprender, para participar de
Análise da linguagem: Reconstrução aula-pesquisa e para a tecnologia que será
da história, como é contada a história, que usada entre elas a Internet.
ideias foram passadas, quais as mensagens O professor pode criar uma página
não questionadas, aceitas sem discussão, como pessoal na Internet, um lugar de referência para
foram apresentados à justiça, o trabalho, o cada matéria e para cada aluno. Orientar os
amor, o mundo e como cada participante reagiu. alunos para que estes criem suas páginas e
Completar o vídeo: Pedir aos alunos participem de pesquisas em grupo, discutam
apara modificarem alguma parte do vídeo, criar assuntos em chats. O papel do professor
um novo material, adaptado à sua realidade. amplia-se – do informador transforma- se em
orientador de aprendizagem, em gerenciador de
Vídeo produção: Fazer uma narrativa
pesquisa e comunicação dentro e fora da sala
sobre um determinado assunto. Pesquisa em
de aula.
jornais, revistas, entrevistar pessoas e exibir em
classe. Lista eletrônica/ Fórum
Vídeo espelho: A câmara registra Incentivar os alunos a aprender
pessoas ou grupos e depois se observa e navegar na Internet e que todos tenham seu
comenta-se o resultado. endereço eletrônico (e-mail), e com isso criar
uma lista interna de cada turma que irá ajudar a
criar uma conexão virtual entre eles.
TECNOLOGIA ASSISTIVA

Aulas – pesquisa Ajudar na familiarização com o


computador e no navegar na Internet, na
Transformar uma parte das aulas em
utilização pedagógica da Internet e dos
processos contínuo de informação,
comunicação e pesquisa, equilibrando o programas multimídia. Ensiná-los a fazer
conhecimento individual e o grupal, entre o pesquisa interagindo com o mundo.
professor- coordenador- facilitador e os alunos, Questões que a Internet coloca
participantes ativos. aos professores
Trabalhar os temas do curso Utilizar a Internet para ensinar exige
coletivamente, mas pesquisando mais muita atenção dos professores. Não se deter
individualmente ou em pequenos grupos os diante de tantas possibilidades de informação,
temas secundários. Os grandes temas são saber selecionar as mais importantes. Uma
coordenados pelo professor e pesquisados página bem apresentada, atraente dever ser
pelos alunos. Assim o papel do aluno não é de imediatamente selecionada e pesquisada. A
executar atividades, mas o de co-pesquisador Internet facilita a motivação dos alunos, pela
responsável pelo resultado final do trabalho. novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de
O professor coordena a escolha de pesquisa que oferece.
temas ou questões mais específicas, procura A Internet ajuda a desenvolver a
ajudar a ampliar o universo alcançado pelos intuição, a flexibilidade mental e a adaptação
alunos, a problematizar, a descobrir novos a ritmos diferentes: A intuição porque as
significados das informações. informações vão sendo descobertas por acerto
Construção cooperativa e erro. Desenvolve a flexibilidade, porque as
maiores parte das sequências são imprevisíveis,
A Internet favorece a construção
abertas.
cooperativa, ou seja, o trabalho conjunto de
professor e alunos. Na Internet também desenvolvemos
novas formas de comunicação principalmente
Um modo interessante de
escrita. Escrevemos de forma mais aberta,
cooperativismo é criar uma página dos alunos,
hipertextual, multilinguística; todos se esforçam
um espaço virtual de referência, aonde vai
para escrever bem. A comunicação afetiva, a
sendo colocado o que acontece de mais
criação de amigos em diferentes países é um
importante no curso. Pode ser um site provisório
outro grande resultado, individual e coletivo, dos
ou um conjunto de sites individuais.
projetos.
É importante combinar o que podemos
Alguns problemas no uso da
fazer melhor em sala de aula, conhecer-nos
motivar-nos, reencontrar-nos com o que
Internet na educação
podemos fazer a distância, comunicar-nos, Os dados e informações são muitos, e,
quando necessário e acessar os materiais portanto gera uma certa confusão entre
construídos em conjunto na homepage. informação e conhecimento.
O espaço de trocas de conhecimento Na informação os dados organizam-se
transita da sala de aula para o virtual. dentro de uma lógica, de uma estrutura
determinada.
Preparar os professores para a
utilização do computador e da Internet Conhecimento é integrar a informação
no nosso referencial tornando-a significativa
Tanto o professor como o aluno têm para nós. Alguns alunos estão acostumados a
que estar atentos às novas tecnologias, receber tudo pronto do professor e, portanto não
principalmente à Internet. Para tanto é aceitam esta mudança na forma de ensinar.
necessário que haja salas de aula conectadas e
adequadas para pesquisa, laboratórios bem Também há os professores que não
equipados. Facilitar o acesso de alunos e da aceitam o ensino multimídia, porque parece um
escola aos meios de informática, diminuir a modo de ficar brincando de aula...
distância que separa os que podem e os que Na navegação muitos alunos se
não podem pagar pelo acesso à informação. perdem pelas inúmeras possibilidades de
TECNOLOGIA ASSISTIVA

navegação e acabam se dispersando. fisicamente, em geral no começo e no


Deve-se orientá-los a selecionar, comparar, final de um assunto ou curso.
sintetizar o que é mais relevante, possibilitando
um aprofundamento maior e um conhecimento Equilibrar o presencial e o
significativo. virtual
Mudanças no ensino presencial
com tecnologia

http://enquantoisso.com/wp-
http://www.astroletiva.com.br/escola/imagenscur content/uploads/2011/06/planejamento-
sos/turmavirtual.jpg ensino.jpg

Muitos alunos já começam a Dificuldades no ensino presencial não


serão resolvidos com o virtual. Unir os dois
utilizar o notebook para pesquisa, para
modos de comunicação o presencial e o virtual
solução de problemas. O professor também e valorizando o melhor de cada um é a solução.
acompanha esta mudança motivando os
alunos através dos avanços tecnológicos. As atividades que fazemos no
presencial como comunidades, criação de
Teremos com esta atitude mais ambientes
grupos afins. Definir objetivos, conteúdos,
de pesquisa grupal e individual em cada formas de pesquisas e outras informações
escola; ex: as bibliotecas transformam-se iniciais. A comunicação virtual permite
em espaços de integração de mídias e interações espaçotemporais mais livres,
banco de dados. adaptação a ritmos diferentes dos alunos
Com isto haverá mais participação novos contatos com pessoas semelhantes,
mas distantes, maior liberdade de expressão à
no processo de comunicação, tornando a
distância.
relação professor/aluno mais aberta e
interativa, mais integração entre sociedade Com o processo virtual o conceito de
e a escola, entre aprendizagem e a vida. curso, de aula também muda. As crianças têm
mais necessidade do contato físico para ajudar
Quando vale a pena na socialização, mas nos cursos médios e
encontrar-nos na sala de superiores, o virtual superará o presencial.
aula? Menos salas de aulas e mais salas ambientes,
de pesquisa, de encontro, interconectadas.
Aprendemos e ensinamos com
programas que apresentam o melhor da
educação presencial com as novas
formas virtuais; porém há momentos
que precisamos encontrar-nos
TECNOLOGIA ASSISTIVA

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO A reações que o bom professor/ educador


DISTÂNCIA desperta no aluno são: confiança, credibilidade
e entusiasmo.
Necessitamos de pessoas livres nas
empresas e nas escolas que modifiquem as
estruturas arcaicas e autoritárias existentes. Se
somos pessoas abertas iremos utilizar as
tecnologias para comunicar e interagir mais e
melhor.
Se formos pessoas fechadas,
desconfiadas, as tecnologias serão usadas de
forma defensiva. O poder de interação não está
nas tecnologias, mas em nossas mentes.
Ensinar com as novas tecnologias será válido
se mudarmos os paradigmas convencionais do
ensino que mantém a distância de professores
entre alunos.
Caso contrário conseguiremos dar um
http://enquantoisso.com/wp- verniz de modernidade sem mexer no essencial.
content/uploads/2011/06/planejamento-ensino.jpg
Muitas organizações estão se
limitando a transpor para o virtual, adaptações
do ensino presencial. Começamos a passar dos
modelos individuais para os grupais. A educação
a distância mudará de concepção, de
individualista para mais grupal, de isolada para
participação em grupos. Educação a distância
poderá ajudar os participantes a equilibrar as
necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupospresenciais e virtuais. TEXTO PARA LEITURA:
Alguns caminhos para integrar as MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E USO DA
tecnologias num ensino inovador TECNOLOGIA
Na sociedade informatizada, estamos Marcos T. Masetto.
aprendendo a conhecer a comunicar-nos, Introdução
ensinar, reaprendendo a integrar o humano e o
A discussão que envolve a análise do
tecnológico, a integrar o indivíduo, o grupal e o
uso da tecnologia como mediação pedagógica,
social. É importante chegar ao aluno por todos
pressupõe alguns fatos que envolvem a questão
os caminhos possíveis, experiência, imagem,
do emprego de tecnologia no processo de
som, dramatizações, simulações.
aprendizagem.
Partir de onde o aluno está e ajudá-lo
1. Em educação escolar, não se
a ir do concreto ao abstrato, do vivencial para o
valorizou a tecnologia adequadamente
intelectual. Tanto nos cursos convencionais
visando a maior eficácia do ensino-
como nos cursos à distância teremos que
aprendizagem. O professor é formado para
aprender a lidar com a informação e o
valorizar conteúdos e ensinamentos acima de
conhecimento de formas novas, através de
tudo, e privilegiar a técnica de aula expositiva
muitas pesquisas e comunicação constante.
para transmitir os ensinamentos.
Ensinar não é só falar, mas se
No ensino superior brasileiro, essa
comunicar, com credibilidade, falando de algo
concepção se mantém até hoje valorizando a
que conhecemos e vivenciamos e que contribua
transmissão de informação, experiências,
para que todos avancemos no grau de
compreensão do que existe. As principais
TECNOLOGIA ASSISTIVA

técnicas, pesquisas de um profissional para Por mediação pedagógica,


formação de outros. entendemos a atitude e o comportamento do
professor que se coloca como um facilitador,
Vê-se uma desvalorização da
tecnologia em educação, no entanto há incentivando ou motivando da aprendizagem.
questões tecnológicas que interessam ao Mediação pedagógica em
processo aprendizagem.
técnicas convencionais
2. Dois fatos novos trazem a tona à
discussão sobre a mediação pedagógica e o uso A mediação pedagógica pode estar
da tecnologia: presente tanto nas estratégias convencionais
como nas novas tecnologias.
 O surgimento da informática e
da telemática que proporcionam a  Por técnicas convencionais
oportunidade de entrar em contato com as mais identificamos aquelas que já existem há muito
recentes informações, pesquisas e produções tempo, importantes para a aprendizagem
cientificas do mundo em todas as áreas. presencial. Seu uso não tem sido muito
Desenvolvem-se os processos de aprendizagem frequente talvez porque os professores não as
à distância. conhecem, ou por não dominarem sua
pratica. Mas para muitos professores é uma
 Outro fato novo é a abertura no
forma de dinamizar as aulas.
Ensino Superior para formação de
competências pedagógicas dos professores  Novas tecnologias são aquelas
universitários. que estão vinculadas ao uso do computador, a
informática, a telemática e a educação a
Tecnologia e processo de distancia.
aprendizagem
 As técnicas convencionais, em
A tecnologia apresenta-se como meio geral são usadas para iniciar um curso,
para colaborar no processo de aprendizagem. despertar um grupo, para que os membros do
Ela tem sua importância apenas como um grupo se conheçam em um clima descontraído.
instrumento para favorecer a aprendizagem de Essas técnicas ajudam a expressar expectativas
alguém. Não é a tecnologia que vai resolver o ou problemas que afetam o clima entre eles ou
problema educacional do Brasil. Poderá o desempenho de cada um.
colaborar, se for usada adequadamente.
 Num segundo grupo as
O conceito de ensinar esta mais ligada técnicas permitem que os aprendizes
ao professor que transmite conhecimentos e desenvolvam-se em situações simuladas. Ex.
experiências ao aluno. O conceito de aprender dramatizações, jogos dramáticos, jogos de
está diretamente ligadas ao aluno que produz empresa, estudos de caso, apresentando
reflexões e conhecimentos próprios, pesquisas, estratégias de situações da realidade.
diálogos, debates, mudanças de
comportamento. Numa palavra o aprendiz São técnicas que desenvolvem a
capacidade de analisar problemas e achar
cresce e desenvolve-se, o professor fica como
soluções, preparando para enfrentar situações
mediador entre o aluno e sua aprendizagem. O
reais e complexas.
aluno assume o papel de aprendiz ativo e
participante que o leva a aprender e a mudar - Um terceiro grupo de técnicas coloca
seu comportamento. o aprendiz em contato com situações reais.
Ex. Estágios, excursões, aulas práticas, visita a
Tecnologia e mediação pedagógica obras, indústrias, escolas, enfim em locais
Como fazer para que o uso da próprios das atividades profissionais. É
tecnologia em educação, principalmente nos altamente motivador para a aprendizagem.
cursos universitários de graduação, possa Ajudam a dar significado para as teorias.
desenvolver uma mediação pedagógica.
Mediação pedagógica e as
O que entendemos por mediação
novas tecnologias
pedagógica?
TECNOLOGIA ASSISTIVA

Por novas tecnologias em educação, o professor orientar os alunos, a direcionar o


entende-se o uso da informática, do uso desse recurso para as atividades de
computador, da Internet CD-ROM, da pesquisas, para que não façam cópias de
hipermídia, da multimídia, educação à distância, textos.
chats, listas de discussão, correio eletrônico e
Tecnologia, avaliação e
de outros recursos e linguagens digitais que
podem colaborar para tornar a aprendizagem mediação pedagógica
mais eficaz, cooperam para o desenvolvimento
da educação em sua forma presencial A avaliação tem que ser um
(fisicamente); pois dinamizam as aulas.
processo motivador da aprendizagem
Cooperam também para a aprendizagem a
distancia (virtual), pois foram criadas para Pontos básicos:
atendimento desta nova modalidade de ensino.
São tecnologias, porém exigem eficiência e 1- Considerar a avaliação como um
adequação aos objetivos aos quais se destinam. processo as da aprendizagem que motive e
Entende-se que estas técnicas são ótimas no incentive e não como o conjunto de provas e/ou
ensino a distância, para transmitir informações e de trabalhos realizados em datas previamente
conhecimentos no sentido mais estrito. estipuladas, servindo para aprovar ou reprovar o
aluno.
É importante ressaltar que não se
pode pensar no uso de uma tecnologia sozinha 2- A avaliação normalmente indica o
ou isolada, seja na educação presencial ou na índice de erros ou acentos que o aluno comete
virtual. Requer um planejamento para várias em uma prova. Esta abordagem em geral não
atividades integrem-se em busca de objetivos significa que o aluno aprendeu pouco ou muito,
determinados e que as técnicas sejam e também não colabora para a aprendizagem.
escolhidas, planejadas para que a Para isso acontecer, essas mesmas atividades
aprendizagem aconteça. deveriam se revestir de outras características,
continuidade, variedade de técnicas, revisão.
Alguns itens a serem observados:
3- É importante que se veja a
Teleconferência: caracteriza-se por avaliação como um processo de feedback que
colocar um especialista em contato com traga ao aprendiz informações oportunas no
telespectadores de regiões diversas do planeta. momento que ele precisa para desenvolver sua
Chat ou bate-papo: e um momento em aprendizagem, Informações ao longo do
que todos os participantes estão no ar, ligados e processo de aprendizagem para corrigir erros e
convidados a expor suas ideias. falhas. É a avaliação como um elemento
incentivador e motivador da aprendizagem e
Listas de discussão: cria grupos de
não como uma forma de julgá-lo.
pessoas que possam debater um assunto ou
tema sobre o qual sejam especialistas. Seu 4- Tanto no uso das técnicas
objetivo e avançar os conhecimentos, as presenciais como no uso da tecnologia à
informações ou as experiências. distância, deve-se fazer a avaliação com a
aplicação de algum instrumento que ofereça o
Correio eletrônico: facilita o encontro
feedback ou retro informação.
entre aluno e professor para sanar dúvidas.
Para tanto há a necessidade do professor para 5- Quanto à avaliação, observar a
responder aos e-mails, pois o aluno desmotiva- reação dos alunos para dialogar sobre a
se não sendo atendido em suas dúvidas. informação dada, completando ou fazendo
colocações adicionais ao que foi explicado.
Internet: no ensino de graduação
depara-se com duas dificuldades no incentivo à 6- O feedback que medializa a
leitura e a pesquisa. O aluno prefere apostilas aprendizagem é aquele colocado de forma clara,
ao livro. A informática proporciona oportunidade orientando, ou por meio de perguntas ou de
de sanar essa dificuldade. A Internet é um uma breve sugestão.
recurso dinâmico e atraente, de fácil acesso e 7- Fazer registros juntamente com o
possibilita a obtenção de um número ilimitado feedback contínuo, de todos os aprendizes
de informações. Há, porém a necessidade de
TECNOLOGIA ASSISTIVA

que permita um diálogo e um acompanhamento Na prática esse processo


sobre a aprendizagem com um todo.
de mediação pela expressão
8- Abrir esse processo de avaliação
(feedback), juntamente com os alunos, a e comunicação deverá ser:
respeito do curso, das atividades que estão
sendo avaliadas, se está adaptadas ou não aos Excepcionalmente para transmitir
objetivos pretendidos. informações;
9- Por último, é preciso que as Para dialogar e trocar experiências;
atividades presenciais e a distância permitam Para debater dúvidas e lançar
ao aluno e professor desenvolver sua auto perguntas;
avaliação.
Para motivar o aprendiz e orientá-lo;
O professor como mediador
Para propor desafios e reflexões;
pedagógico Para relacionar a aprendizagem com a
realidade;
O professor que se propõe a ser um
mediador pedagógico desenvolverá algumas Para incentivar o conhecimento junto
características: com o aprendiz;
1. Estar mais voltado para a Para ajudar o aprendiz a comandar a
aprendizagem do aluno; máquina.
2. Professor e aluno constituem- Segundo Almeida (in Valente - 1996-
se como célula básica da aprendizagem; p.164) o professor que trabalha com a
informática na educação, deverá desenvolver
3. Corresponsabilidade e parcerias
uma mediação pedagógica que promova o
são atitudes básicas, incluindo planejamento,
pensamento do aluno, seus projetos,
sua realização e avaliação;
compartilhe seus problemas sem apontar
4. Respeitar todos os participantes, soluções, ajudando o aprendiz a entender,
ênfase nas estratégias cooperativas de analisar, testar e corrigir erros.
aprendizagem, confiança, envolver os
aprendizes num planejamento conjunto de Considerações finais:
métodos e direções curriculares;
A intenção de refletir sobre tecnologia e
5. Domínio profundo de sua área a mediação pedagógica é chamar a atenção
de conhecimento, demonstrando competência para a presença e influência que a tecnologia
e atualização em relação à área; tem na sociedade e na educação escolar e
6. Criatividade para buscar com o informal, tanto na presencial como à distância.
aluno soluções para situações novas; Chamar a atenção para a necessidade
7. Disponibilidade para o diálogo, que de empregar essa tecnologia, se quiser ser
deve ser frequente e contínuo. eficiente no processo educacional.

8. Subjetividade e individualidade. Neste texto, foram discutidas técnicas,


Observar que tanto o professor e o aluno seu uso e objetivos, e percebe-se que estas,
podem estar passando por momentos de apenas poderão colaborar como mediadores,
indisposição e às vezes podem estar usando para o desenvolvimento e crescimento das
uma linguagem mais dura, outra vez mais pessoas.
carinhosa. O aprendiz tem que ser o centro do
9. Comunicação e expressão em processo. Na educação, nota-se um
função da aprendizagem. Usamos a linguagem encadeamento de ideias ao abordar um
para nos comunicar, o professor deverá cuidar assunto, nada é isolado, sempre há um
muito da sua expressão vocal, para ajudar no entrelaçamento com outros, devido à própria
processo de aprendizagem. complexidade educacional, cujo objetivo é
propiciar melhores condições de aprendizagem,
TECNOLOGIA ASSISTIVA

e automaticamente maior gratificação para os depende de uma reflexão crítica do papel da


que se dedicam ao trabalho docente. informática na aprendizagem e benefícios que
a era digital pode trazer para o aluno como
TEXTO PARA LEITURA:
cidadão, tornando-os transformadores e
PROJETOS DE APRENDIZAGEM produtores de conhecimento.
COLABORATIVA NUM PARADIGMA O desafio do professor ao propor sua
EMERGENTE ação docente será levar em consideração e
contemplar as oito inteligências denominadas por
Marilda Aparecida Behrens
Gardner (1994) como espacial; interpessoal,
As perspectivas para o Séc. XXI intrapessoal, cinestésico-corporal, lingüística ou
indicam a educação como pilar para alicerçar os verbal, lógico-matemática, musical e naturalista.
ideais de justiça, paz, solidariedade e liberdade. Além do desenvolvimento das inteligências
As transformações pelas quais o mundo vem múltiplas é fundamental desenvolver a
passando são reais e irreversíveis. inteligência emocional (Goleman 1996) para
desencadear a formação do cidadão.
O advento da sociedade do
conhecimento e a globalização afetam a Na era das Relações (Moraes 1997)
sociedade. Essas mudanças levam a ponderar cabe aos gestores e professores derrubar
sobre uma educação planetária, mundial e barreiras que segregam o espaço e a criatividade
globalizante. O contexto de globalização torna dos professores e dos alunos.
as nações mais interdependentes e inter- A aprendizagem precisa ser
relacionadas e, ao mesmo tempo mais significativa, desafiadora, problematizadora e
dependentes de uma estrutura econômica instigante para mobilizar o aluno e o grupo a
neoliberal. buscar soluções aos problemas. A relação
O advento da economia globalizada e professor/aluno na aprendizagem colaborativa
a forte influência dos avanços dos meios de contempla a interdependência dos seres
comunicação e da informática aliados à humanos.
mudança de paradigma da ciência não Quatro pilares da aprendizagem
comportam um ensino conservador repetitivo e
acrítico nas universidades. colaborativa

A produção do saber nas áreas do O “Relatório para a Unesco da


conhecimento leva o professor e o aluno a Comissão Internacional sobre Educação para o
buscar processos de investigação e pesquisa. Séc. XXI”, coordenada por Jacques Delors
O aluno precisa ser menos passivo e tornar-se (1998) aponta a necessidade de uma educação
criativo, crítico, pesquisador e atuante. O continuada. A aprendizagem ao longo da vida,
professor precisa agir com critério e com visão assentada em quatro pilares:
transformadora.
Aprender a conhecer.
A era digital e a aprendizagem Aprender a fazer.
colaborativa Aprender a viver juntos.
O desafio imposto aos docentes é Aprender a ser.
mudar o eixo do ensinar para os caminhos que Aprender a conhecer - Este tipo de
levam a aprender. aprendizagem visa não um repertório de saberes
Segundo Pierre Lévy (1993) o mas o domínio dos próprios instrumentos do
conhecimento poderia ser apresentado de três conhecimento. Compreender o mundo que o
formas diferentes: a oral, a escrita e a digital. rodeia para viver dignamente e desenvolver
suas capacidades. Com essa visão enfatiza-se
A digital não descarta todo o caminho
ter prazer em descobrir, em investigar, em ter
feito pela linguagem oral e escrita.
curiosidade, em construir o conhecimento.
A abertura de novos horizontes
mais aproximados da realidade
contemporânea, e das exigências da sociedade
TECNOLOGIA ASSISTIVA

Segundo Gadotti aprender a conhecer novas teorias. Por exemplo, Moraes (1997)
implica ter prazer de compreender, descobrir, denomina paradigma emergente a aliança entre
construir e reconstruir o conhecimento. as abordagens vistas construtivas,
O aluno precisa ser instigado a buscar interacionista, sociocultural e transcendente,
o conhecimento, a ter prazer em conhecer, a onde o ponto de encontro entre os autores à
aprender a pensar, elaborar as informações busca da visão da totalidade, o enfoque da
aprendizagem e o desafio de superação da
para aplicá-la à realidade.
reprodução para a produção do conhecimento.
Como segundo pilar Delors apresenta
o “aprender a fazer” - aprendizagem associada Behrens(1999) acredita na
ao aprender a conhecer. necessidade de desencadear uma aliança de
abordagem pedagógica, formando uma teia, da
Aliando aprender a conhecer e visão holística:
aprender a fazer, o professor precisa superar a
dicotomia teórica e pratica, estas devem 1) O ensino com pesquisa – Onde
caminhar juntas. professor e aluno tornam-se pesquisadores e
produtores dos seus próprios conhecimentos.
Todos os seres vivos interagem e são
interdependentes uns dos outros. Buscar a 2) A abordagem progressiva.
superação das verdades absolutas e Instiga o diálogo e a discussão coletiva.
inquestionáveis, do positivismo, da 3) A visão holística ou
racionalidade e do pensamento convergente. sistêmica – busca a superação da
fragmentação do conhecimento.
“A natureza não são blocos isolados,
mas uma complexa teia de relações entre as A aliança, a partir das três
várias partes de um todo unificado” (Capra). abordagens, permite uma prática pedagógica
Visão na qual o mundo é um complicado competente e que dê conta dos desafios da
tecido de eventos, que se interconectam e sociedade moderna.
se combinam, determinando o todo.
Paradigma emergente numa
A escola precisa ensinar os alunos a
refletir sobre a realidade para que possam
aliança de abordagem pedagógica
administrar conflitos, pensamentos divergentes e
Behrens defende o paradigma
respeitar a opinião dos outros; “aprender a
emergente, uma aliança entre os pressupostos
viver juntos”
da visão holística, da abordagem progressiva e
O quarto pilar apresentado refere-se do ensino com pesquisa instrumentalizada.
ao “aprender a ser”. Delors recomenda “A
O ensino com pesquisa, proposto por
educação deve contribuir para o
Paoli(1998) por Demo (1991) e por Cunha
desenvolvimento completo da pessoa; espírito
(1996) defende uma aprendizagem baseada na
e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido
pesquisa para a produção de conhecimento,
estético, responsabilidade pessoal,
superando a reprodução, a cópia e a imitação do
espiritualidade”. Visão que tenta superar a
pensamento newtoniano – cartesiano
desumanização do mundo, dando ao homem
liberdade de pensamento e responsabilidade a- O ensino com pesquisa
sobre seus atos. necessita de um professor que perceba o aluno
como um parceiro. Segundo Demo, ensinar
Paradigma emergente na prática pela pesquisa apresenta fases, progressivas
pedagógica desde a interpretação reprodutiva, até a criação
e descoberta. O ensino com pesquisa leva a
Paradigma emergente é um paradigma acessar, analisar e produzir conhecimentos.
inovador que venha atender aos pressupostos b- A abordagem progressiva
necessários às exigências da sociedade do busca a transformação social. Os
conhecimento. Caracterizar um paradigma
professores progressistas promovem processos
emergente não é tarefa de fácil resposta, mas o
de mudança, manifestando-se contra as
que se pode garantir é que o paradigma injustiças sociais, atitudes antiéticas, injustiças
inovador engloba diferentes pressupostos de políticas e econômicas.
TECNOLOGIA ASSISTIVA

c- A visão holística caracteriza a 3-Encorajar aprendizagem


prática pedagógica num paradigma emergente colaborativa.
aliada ao ensino com pesquisa e à
4- Dar retorno e respostas imediatas.
abordagem progressiva. A proposta da visão
holística propõe uma sociedade com 5- Enfatizar tempo para as tarefas.
indivíduos que se pautam nos princípios 6- Comunicar altas expectativas.
éticos da dignidade humana, da paz, da
7- Respeitar talentos e modos de
justiça, do respeito da solidariedade e da
aprender diferente.
defesa do meio ambiente. Conhecer o universo
como um todo, que leva a interconectividade e O cyberspace é uma rede que torna
inter-relações entre os sistemas vivos. todos os computadores participantes e seus
conteúdos acessíveis aos usuários de qualquer
Tecnologia como ferramenta
computador ligado a essa rede. Possibilitando,
para aprendizagem colaborativa
via Internet, o acesso a bibliotecas do mundo
A tecnologia da informação, pode inteiro, por exemplo: numa viagem virtual.
ajudar a tornar mais acessíveis as políticas
O paradigma emergente e a
educacionais dos países, os projetos
aprendizagem colaborativa baseada em
pedagógicos em todos os níveis, projetos de
aprendizagem, metodologia de ensino. projetos

 A exercitação oferece Os projetos de aprendizagem


treinamento de certas habilidades. colaborativos levam em consideração as
aptidões e competências que o professor
 Os programas tutoriais – blocos pretende desenvolver com seus alunos, cuja
de informação pedagogicamente organizados finalidade é tornar os alunos aptos a atuar como
como se fosse um livro animado em vídeo. profissionais em suas áreas de conhecimento.
 Os aplicativos: programas O professor deve apropriar-se de referências
voltados para funções específicas como utilizadas na sala de aula e fora dela.
planilhas eletrônicas, processadores de textos e Projetos de aprendizagem
gerenciadores de bancos de dados. colaborativa num paradigma emergente
 Programas de autoria e A aprendizagem baseada em projetos
extensão avançada das linguagens de necessita de um ensino que provoque ações
programação, permitem que qualquer pessoa colaborativas num paradigma emergente
crie seus próprios programas, sem que possuam instrumentalizado pela tecnologia inovadora.
conhecimentos avançados de programação. Deve-se contemplar a produção do
 Jogos opção com finalidade de conhecimento dos alunos e do próprio
lazer. professor.

 Simulações – programas que Fases do projeto de aprendizagem


possibilitam a interação com situações colaborativa
complexas. Ex: Simuladores de voo. 1ª fase - Apresentação e
O computador é ferramenta auxiliar discussão do projeto
no processo de “aprender a aprender”. 2ª fase - Problematização do
Tecnologia da informação e o tema
avanço dos procedimentos 3ª fase - Contextualização
Baseada na proposta de Chikering e 4ª fase - Aulas teóricas
Ehrmanm (1999) a tecnologia da informação exploratórias
pode contribuir para:
5ª fase - Pesquisa individual
1- Encorajar contato entre estudantes
6ª fase - Produção individual
e universidades.
7ª fase - Discussão coletiva,
2- Encorajar cooperação entre
crítica e reflexiva
estudantes.
TECNOLOGIA ASSISTIVA

8ª fase - Produção, coletiva dados levantados. Nesse momento os alunos


9ª fase - Produção final estão mais preparados para discutir avanços
e suas dificuldades, suas dúvidas.
10ª fase - Avaliação coletiva do
projeto 8ª fase - Produção, coletiva

1ª fase - Apresentação e Revela a possibilidade de aprender a


trabalhar em parceria; produzir um texto coletivo
discussão do projeto
partindo das produções individuais.
Discutir com os alunos cada fase do
projeto de aprendizagem, valorizando as 9ª fase - Produção final
contribuições dos alunos. É a fase que propicia o espaço para
criar, para buscar um salto maior que os
2ª fase - Problematização do
registrados. Fase que os alunos irão apresentar
tema
a produção já finalizada.
Fase essencial do projeto de
10ª fase - Avaliação coletiva
aprendizagem. Refletir sobre os problemas
relacionados ao tema, levando os alunos a do projeto
buscar referenciais que venham contribuir com O professor deve instigar a avaliação
a construção de algumas soluções. de cada fase do projeto. A avaliação perante
realinhar alguma fase ou atividades
3ª fase – Contextualização
propostas no desencadear do projeto de
Incita a visão holística do projeto. O aprendizagem.
professor precisa ficar atento para que na
contextualização estejam presentes dados da
realidade, aspectos sociais e históricos,
econômicos e outros referentes à problemática
levantada.
4ª fase - Aulas teóricas
exploratórias
O professor apresenta à temática e os
conhecimentos básicos as aulas expositivas
precisam contemplar os temas, os conteúdos e
as informações levando o aluno a perceber
quais são os assunto pertinentes a
problematização levantada.
5ª fase - Pesquisa individual
O aluno de posse desses
conhecimentos precisa buscar, acessar,
investigar as informações que possam
solucionar as problematizações levantadas.
6ª fase - Produção individual
Propor a composição de um texto
próprio construído com base na pesquisa
elaborada pelo aluno e no material
disponibilizado pelo grupo. Tarefa que pode ser
realizada em sala de aula ou fora dela.
7ª fase - Discussão coletiva,
crítica e reflexiva
Acontece quando o professor
desenvolve os textos produzidos
individualmente e provoca a discussão sobre os
TECNOLOGIA ASSISTIVA

BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Portal de
Ajudas Técnicas. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/seesp/index.php?option=
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SEESP/MEC
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