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Curso Técnico Superior Profissional

Maneio de Equinos, Equitação Terapêutica e de Lazer

Contextos da
Deficiência II
Fisioterapeuta Patrícia Silva
6 de Outubro 2023

1
Produtos de Apoio
Produtos de Apoio
PA é qualquer dispositivo, equipamento ou sistema – adquirido
comercialmente, modificado ou personalizado – usado para aumentar,
manter ou melhorar as capacidades funcionais de um indivíduo com
deficiência.

Permite a um indivíduo realizar uma tarefa que não conseguiria


realizar de outra forma, ou que aumenta a facilidade ou segurança com
que a tarefa pode ser realizada.

Ajuda a diminuir a lacuna entre as capacidades de um indivíduo com


deficiência e as exigências colocadas por uma atividade e pelo contexto
em que esta se pretende realizar.
Áreas de intervenção dos
Produtos de Apoio
• Posicionamento - sistemas de posicionamento, ajudas para o controle postural,
ajudas para a manutenção de posturas funcionais, etc.
• Acesso a dispositivos eletrónicos de apoio - computadores, aparelhos para a
comunicação, etc.
• Controle de ambiente - Robótica e Domótica
• Ajudas para a comunicação - escrita, falada, desenho, etc.
• Aparelhos para a audição
• Ajudas para a visão
• Instrução com base no computador - software e hardware
• Ajudas para a mobilidade
• Ajudas para as atividades de recreação e de lazer
• Atividades da vida diária (alimentação, higiene, vestuário)
Produtos de Apoio (INR)
Os Produtos de Apoio são instrumentos e dispositivos
fundamentais que permitem compensar ou atenuar as
limitações funcionais e restrições ao nível da participação
no contexto de vida das pessoas com deficiências e/ou
incapacidades.
O INR coordena o Sistema de Atribuição de Produtos de
Apoio (SAPA) que tem em conta as necessidades e as
características específicas de cada pessoa e o cumprimento
dos normativos e procedimentos estabelecidos legalmente.
Produtos de Apoio (INR)
Catálogo Nacional de Produtos de Apoio
Informação acessível sobre os Agentes Nacionais e Produtos de Apoio
existentes no mercado nacional (classificação internacional ISO
9999:2007);
Informação sobre os diversos tipos de produtos e comparações ao nível
das suas especificações técnicas e funcionais;
Dá resposta a todos os que direta ou indiretamente estão envolvidos na
área dos produtos de apoio, nomeadamente, pessoas com deficiência
ou incapacidade, seus familiares, técnicos de saúde, professores,
estudantes, investigadores e fornecedores de produtos de apoio.
Produtos de Apoio (INR)
O Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA) é composto por
entidades prescritoras, entidades financiadoras e uma entidade
gestora.
As entidades prescritoras, no âmbito de financiamento do Instituto da
Segurança Social, I P (ISS, IP) são os Centros de Saúde e Centros
Especializados (p.ex.: APCC, ARCIL, Rovisco Pais).
Entidades financiadoras:
•Instituto da Segurança Social, IP (ISS);
•Administração Central do Sistema de Saúde, IP (ACSS, IP);
•Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP);
•Ministério da Educação.
Processo dos PA’s
1. Sinalização e/ou referência

2. Avaliação inicial
• Identificação das necessidades
• Avaliação das características da pessoa (sensoriais, motoras, cognitivas,
sociais)
• Características dos fatores ambientais e contextuais
• Características dos produtos de apoio
Processo dos PA’s
3. Prescrição

4. Implementação
• Requisição e montagem
• Entrega e adequação
• Treino

5. Acompanhamento
• Manutenção do equipamento
• Ajustes
• Reavaliação (a longo prazo)
Lista Homologada dos
Produtos de Apoio
Cadeira de rodas manual

CR manual pediátrica Cadeira de rodas elétrica


Cadeira de rodas manual

CR manual desportiva
Os fatores críticos na escolha de uma cadeira de rodas para um dado utilizador
são:
• Perfil do utilizador: incapacidade, idade, prognóstico, tamanho e peso;
• Necessidades da pessoa: atividades, contextos de uso, preferências, meios de
transporte, fiabilidade, durabilidade, custo;
• Capacidades físicas e sensoriais: amplitude de movimentos, controlo motor,
força, visão e perceção;
• Capacidades funcionais: transferência de e para a cadeira, capacidade de
auto propulsionar a cadeira.
Produtos de apoio p/ elevação

Grua de elevação com fundas


Os fatores críticos na escolha de elevador de transferência para um dado utilizador
são:

• quem irá controlá-lo (o próprio utilizador ou o cuidador)


• qual a atividade a que se destina
• qual o contexto em que vai ser utilizado
• aspetos de segurança
• aspetos de fiabilidade e facilidade de manutenção
Acessibilidade vertical

Trepadores de escadas
Acessibilidade vertical

Plataformas Elevatórias para Escadas Cadeiras Elevatórias para Escadas


Acesso a veículos

Rampa elevatória para acesso a veículo


Acesso a veículos

Sistema de transporte de cadeiras de rodas no interior do veículo


Que PA é?
Bengala articulada para invisuais Disco metálico avisador de
fervura
https://www.youtube.com/watch?v=sk5
ukKnKyHc&t=19s
Tábua de banho Disco de transferência
Baloiço para cadeira de rodas
Caso clínico
•Adulto
•Paralisia Cerebral Espástica Bilateral c/ predomínio dos MII
•Sem capacidade de marcha
•Dependente nas AVD’s
•Casa com 2 andares

•Produtos de apoio?
Mobilidade/AVD’s/Adaptações em casa/Acesso a veículos
Acessibilidade
Acessibilidade
A característica de um ambiente, equipamento, produto, objeto ou
serviço que lhe confere a possibilidade de assegurar a todos os seus
potenciais utilizadores uma igual oportunidade de uso, de forma
amigável e com dignidade e segurança (INR);
A possibilidade de qualquer pessoa, independentemente das suas
características e contexto, poder aceder a espaços, produtos e serviços.

IGUALDADE DE OPORTUNIDADE
Acessibilidade
Direito universal

Maior reforço do tecido social

Maior participação cívica

Crescente inclusão social e solidariedade


no estado social de direito.
É incumbência do Estado a adoção de medidas cuja finalidade
seja garantir e assegurar os direitos das pessoas com
necessidades especiais — ou seja, pessoas que se confrontam
com barreiras ambientais, impeditivas de uma participação
cívica ativa e integral, resultantes de fatores permanentes ou
temporários, de deficiências de ordem intelectual, emocional,
sensorial, física ou comunicacional — promovendo deste
modo o bem-estar e qualidade de vida da população e a
igualdade real e jurídico-formal entre todos os portugueses
[alínea d) do artigo 9.º e artigo 13.º], bem como a realização
de «uma política nacional de prevenção e de tratamento,
reabilitação e integração dos cidadãos portadores de
deficiência e de apoio às suas famílias», o desenvolvimento de
«uma pedagogia que sensibilize a sociedade quanto aos
deveres de respeito e solidariedade para com eles» e «assumir
o encargo da efetiva realização dos seus direitos, sem prejuízo
dos direitos e deveres dos pais e tutores» (n.º 2 do artigo
71.º).

(INR)
O Design Universal ou Desenho para Todos visa a conceção de objetos,
equipamentos e estruturas do meio físico destinados a ser utilizados pela
generalidade das pessoas, sem recurso a projetos adaptados ou especializados,
e o seu objetivo é o de simplificar a vida de todos, qualquer que seja a idade,
estatura ou capacidade, tornando os produtos, estruturas, a
comunicação/informação e o meio edificado utilizáveis pelo maior número de
pessoas possível, a baixo custo ou sem custos extras, para que todas as pessoas,
e não só as que têm necessidades especiais, mesmo que temporárias, possam
integrar-se totalmente numa sociedade inclusiva.

O Desenho para Todos assume-se, assim, como instrumento privilegiado para a


concretização da acessibilidade e, por extensão, de promoção da inclusão
social.
A realização de um projeto em Design Universal obedece a 7 princípios básicos:

1. Utilização equitativa: pode ser utilizado por qualquer grupo de utilizadores;


2. Flexibilidade de utilização: engloba uma gama extensa de preferências e
capacidades individuais;
3. Utilização simples e intuitiva: fácil de compreender, independentemente da
experiência do utilizador, dos seus conhecimentos, aptidões linguísticas ou nível
de concentração;
4. Informação percetível: Fornece eficazmente ao utilizador a informação
necessária, qualquer que sejam as condições ambientais/físicas existentes ou as
capacidades sensoriais do utilizador;
5. Tolerância ao erro: minimiza riscos e consequências negativas decorrentes de
ações acidentais ou involuntárias;
6. Esforço físico mínimo: pode ser utilizado de forma eficaz e confortável com um
mínimo de fadiga;
7. Dimensão e espaço de abordagem e de utilização: Espaço e dimensão adequada
para a abordagem, manuseamento e utilização, independentemente da estatura,
mobilidade ou postura do utilizador.
Acessibilidade
Acessibilidade ao meio
edificado e espaço Acessibilidade digital
público
• Via pública • Tecnologias digitais
• Edifícios e
estabelecimentos em
geral
• Edifícios,
estabelecimentos e
instalações com usos
específicos
• Percurso acessível
Acessibilidade digital
O desenvolvimento e expansão das tecnologias digitais ao nível
global veio abrir caminho para o acesso da generalidade das
pessoas com deficiência às Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) e, por esta via, potenciar a sua autonomia,
inclusão e participação social.
Os referidos equipamentos, produtos e serviços deverão ser
concebidos respeitando os princípios do Design Universal, quer ao
nível do Hardware - ou seja, dos instrumentos que produzem,
veiculam e transmitem a informação -, quer do Software – o qual é
constituído pelos programas e aplicações informáticas que tornam
viável todo o circuito da informação.
Acessibilidade digital
Para o efeito e mais especificamente, deverão ser respeitados os seguintes
quatro princípios da acessibilidade digital:
1. Percetível - toda a informação e interface deve ser legível e percebida
por todos;
2. Operável - a navegação e o acesso a todas as funcionalidades deve ser
garantida, independentemente do perfil do utilizador e dos dispositivos
de navegação que utiliza;
3. Compreensível - toda a informação deve ser compreendida por todos e
prever tolerância ao erro;
4. Robusto - deve garantir a interoperabilidade entre sistemas e
compatibilidade tecnológica
https://www.acessibilidade.gov.pt/

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