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Sistema Nacional de Educação - Contribuições da Campanha

Nacional pelo Direito à Educação ao PL 235/2019

RESUMO EXECUTIVO
Seguindo sua tradição de colaborar para o aprimoramento técnico e político da legislação e das
políticas educacionais, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação divulga nota técnica sobre o
Substitutivo do Senador Dário Berger ao Projeto de Lei Complementar 235/2019, de autoria do
Senador Flávio Arns, que institui o Sistema Nacional de Educação, nos termos do art. 23, parágrafo
único, e do art. 211 da Constituição Federal, aprovado no Senado Federal.

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação reconhece a urgência e a importância da aprovação e


implementação do Sistema Nacional de Educação, no entanto, reitera que um maior
aprofundamento do debate é necessário para que os ajustes necessários para a garantia do pleno
direito à educação sejam contemplados, nesse sentido, destacamos TRÊS questões fundamentais
que precisam ser contempladas no texto do PL 235/2019:

1. Financiamento adequado e justo da educação pública brasileira: conforme a Constituição


Federal, a partir da função supletiva e redistributiva da União e dos Estados, devem ser promovidas
medidas de redistribuição dos recursos financeiros para universalização do padrão mínimo de
qualidade, garantindo as condições adequadas de oferta, combate ao analfabetismo, à discriminação
e às demais desigualdades educacionais e apoio aos sistemas de ensino, tendo como referência os
parâmetros do Custo Aluno Qualidade (CAQ). É fundamental que seja garantido um piso salarial
para os profissionais da educação, política de carreira, número adequado de alunos por turma,
biblioteca e sala de leitura, laboratório de ciências, internet banda larga, quadra poliesportiva
coberta, alimentação nutritiva, transporte escolar digno, banheiros, água potável, acesso a
tratamento de água e esgoto, energia elétrica, ventilação adequada. Para garantir a alocação dos
recursos adequados para a manutenção e desenvolvimento do ensino nos entes federados, a função
supletiva e redistributiva da União e dos Estados é condição basilar para o enfrentamento às
desigualdades. Isso não consta do texto de Dário Berger. Ainda, a condicionalidade da
disponibilidade de recursos é uma inversão da lógica do CAQ e do investimento adequado.

2. Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SINAEB): a incorporação do SINAEB foi um


avanço da EC nº 108/2020, uma vez que é um mecanismo que contribui diretamente para a
melhoria das políticas públicas educacionais pois amplia o sentido da avaliação, ao se propor a
avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação básica no país. O foco deixa de ser os
testes padronizados e passa a considerar e analisar a aprendizagem dos alunos, as condições de
oferta do ensino e os territórios onde se localizam as escolas, ou seja, o SINAEB considera as diversas
dimensões que implicam na qualidade da educação na educação básica.
Devem ser princípios do SINAEB:
● o caráter ético, público e republicano nos processos avaliativos;
● o respeito à respeito à identidade e à diversidade dos sistemas e redes de ensino e suas
instituições de educação básica;
● a regularidade na coleta e disponibilização de dados, séries históricas, informações e outros
documentos orientadores produzidos pelo SINAEB;
● a transparência na divulgação dos objetivos, das metodologias e dos resultados das
avaliações;
● a promoção do acesso e do uso das evidências produzidas pelo SINAEB para gestores,
legisladores, órgãos governamentais e sociedade em geral, com vistas ao aprimoramento
das políticas educacionais das diferentes esferas de governo;
● o estabelecimento de formas de colaboração entre os sistemas, redes de ensino e as
instituições de educação básica para a construção de metodologias participativas e
dialógicas para os processos de avaliação, a utilizar dimensões avaliadas, com apoio de
instituições de educação superior, de organizações de pesquisa e da sociedade civil;
● a articulação com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES;
● a articulação com o Custo Aluno Qualidade (CAQ), de modo a fornecer indicadores para a
avaliação dos padrões mínimos de qualidade do ensino. ação das informações produzidas e o
aprofundamento do entendimento dos aspectos e dimensões avaliadas, com apoio de
instituições de educação superior, de organizações de pesquisa e da sociedade civil.

O SINAEB precisa ter como diretrizes:


● Universalização do atendimento escolar
● Melhoria da qualidade do aprendizado
● Valorização dos profissionais da educação
● Gestão democrática
● Superação das desigualdades educacionais

3. Fortalecimento da gestão democrática: O Sistema Nacional de Educação não deve se restringir a


um agrupamento dos sistemas de ensino federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal, pois
assume funções e objetivos que envolvem, de modo mais amplo, os poderes públicos de todas as
esferas de governo, bem como a participação da sociedade. Debates mais aprofundados ainda são
necessários para a construção de um consenso em uma redação que cumpra com os princípios
constitucionais e infralegais, para um Sistema promotor do direito. É preciso aprimorar a
participação tanto nos municípios quanto da comunidade educacional, acadêmica e da sociedade
civil, que não foram consideradas nas instâncias principais de governança no texto aprovado na
Comissão de Educação do Senado Federal. A democracia participativa se fortalece com o
aprimoramento da gestão democrática, seja por meio do reconhecimento e fortalecimento dos
fóruns de educação e do Conselho Nacional de Educação enquanto instâncias autônomas e plurais,
pela elaboração, implementação e monitoramento dos planos de educação em todos os níveis da
Federação, seja pela garantia de realização das Conferências Nacionais de Educação. É fundamental
que no SINAEB a participação social seja garantida, por meio do tripartismo na educação, bem como
o acesso à informação e à transparência com sujeição aos controles interno, externo e social, em
consonância com a Lei 12.527/2011.

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação continuará contribuindo para o melhor texto
legislativo, para garantir os avanços necessários para uma fiel e robusta implementação do Sistema
Nacional de Educação. O projeto de educação pública urge ser fortalecido pois é o sustentáculo de
uma sociedade democrática e promotora de justiça social.

Anexa Nota Técnica com sugestões de emendas.


NOTA TÉCNICA
Substitutivo do Senador Dário Berger ao Projeto de Lei Complementar 235/2019, de autoria do Senador
Flávio Arns, que institui o Sistema Nacional de Educação, nos termos do art. 23, parágrafo único, e do art.
211 da Constituição Federal, aprovado no Senado Federal.
PRINCÍPIOS
O art. 23 da Constituição da República determina a competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em proporcionar os
meios de acesso à educação e, em seu parágrafo único, preceitua o imperativo da elaboração de Leis Complementares que fixem normas de cooperação
entre os entes federativos, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Estas disposições ensejam a pertinência de
edição de Lei Complementar específica da área da educação.

O Art. 193 preceitua a participação da sociedade na formulação, monitoramento, controle e avaliação das políticas sociais, entre elas as educacionais.

O art. 211 da Carta Magna dispõe sobre a organização dos sistemas de ensino em regime de colaboração e o art. 214 situa os vínculos entre o Plano
Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação. Deste modo, na Lei Complementar da área da educação, é coerente que o Sistema Nacional de
Educação seja a base estruturante da cooperação entre os entes federativos, da colaboração entre os sistemas de ensino e da participação social nas
políticas educacionais.

O Sistema Nacional de Educação não se restringe, pois, a um agrupamento dos sistemas de ensino Federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal, pois
assume funções e objetivos que envolvem, de modo mais amplo, os poderes públicos de todas as esferas de governo, bem como a participação da
sociedade.
Substitutivo Apresentado em 23/02/2022 Substitutivo aprovado em 09/03/2022 Sugestão de redação - Campanha Nacional pelo
(Sen. Dário Berger) (Sen. Dário Berger) Direito à Educação

CAPÍTULO I CAPÍTULO I CAPÍTULO I


DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Sistema Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Sistema Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Sistema
Nacional de Educação (SNE) e fixa normas para a Nacional de Educação (SNE) e fixa normas para a Nacional de Educação (SNE) e fixa normas para a
cooperação e a colaboração em matéria educacional cooperação e a colaboração em matéria educacional cooperação e a colaboração em matéria educacional
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, nos termos do art. 23, parágrafo único, do Municípios, nos termos do art. 23, parágrafo único, do Municípios, nos termos do art. 23, parágrafo único, do
art. 211 e do art. 214 da Constituição Federal. art. 211 e do art. 214 da Constituição Federal. art. 211 e do art. 214 da Constituição Federal.

§ 1º O SNE consiste na articulação dos sistemas de § 1º O SNE consiste na articulação dos sistemas de § 1º O SNE consiste na participação social e na
ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos articulação dos sistemas de ensino da União, dos
Municípios, sob a coordenação da União, com vistas à Municípios, sob a coordenação da União, com vistas à Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sob a
integração do planejamento, formulação, integração de planejamento, formulação, coordenação da União, com vistas à integração de
implementação e avaliação de políticas, programas e implementação e avaliação de políticas, programas e planejamento, formulação, implementação e avaliação
ações das diferentes esferas governamentais. ações das diferentes esferas governamentais. de políticas, programas e ações das diferentes esferas
governamentais, bem como ao equilíbrio do
§ 2º Lei específica de cada ente federado instituirá os § 2º Lei específica de cada ente federado instituirá os desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
sistemas estaduais, distrital e municipais de educação, sistemas estaduais, distrital e municipais de educação,
respeitadas as diretrizes estabelecidas nesta Lei respeitadas as diretrizes estabelecidas nesta Lei § 2º Lei específica de cada ente federado instituirá os
Complementar, ressalvados os casos dos municípios Complementar, ressalvados os casos dos municípios sistemas estaduais, distrital e municipais de educação,
optantes por se integrar ao sistema estadual de ensino, optantes por se integrar ao sistema estadual de respeitadas as diretrizes estabelecidas nesta Lei
conforme disposto no parágrafo único do art. 11 da Lei ensino, conforme disposto no parágrafo único do art. Complementar, ressalvados os casos dos municípios
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 11 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. optantes por se integrar ao sistema estadual de
ensino, conforme disposto no parágrafo único do art.
11 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
§ 3º. Para os efeitos desta Lei Complementar
entende-se:
I – como ente da federação: a União, cada Estado, o
Distrito Federal e cada Município;
II – como participação social: processos de
envolvimento de movimentos, sindicatos,
comunidades escolares e outras formas de
agremiações organizadas na formulação,
monitoramento, controle e avaliação das políticas
educacionais;
III – como articulação cooperativa de entes da
federação: expressão que reflete a existência de
instrumentos e de processos participativos vinculantes
ou pactuados de decisão e de implementação de
ações entre entes federados em diferentes dimensões
das políticas públicas educacionais;
IV – como regime de colaboração entre os sistemas de
ensino: expressão que reflete a existência de
instrumentos e de processos democráticos pactuados
de formulação, implementação e avaliação de normas,
políticas e ações educacionais entre sistemas de
ensino.

Art. 2º O SNE será organizado a partir das seguintes Art. 2º O SNE será organizado a partir dos seguintes Art. 2º O SNE será organizado a partir das seguintes
diretrizes: princípios e diretrizes: diretrizes:

I – educação como direito social; I – educação como direito social; I – educação como direito social;
II – igualdade de condições para o acesso e a II – igualdade de condições para o acesso e a II – igualdade de condições para o acesso e a
permanência na escola, inclusive para aqueles que não permanência na escola, inclusive para aqueles que não permanência na escola, inclusive para aqueles que não
tiveram oportunidade na idade própria; tiveram oportunidade na idade própria; tiveram oportunidade na idade própria,
III – equidade na alocação de recursos e na definição de III – equidade na alocação de recursos e na definição independentemente do local de residência ou das
políticas públicas na área educacional; de políticas públicas na área educacional; condições socioeconômicas dos estudantes;
IV – governança com base no princípio da gestão IV – governança com base no princípio da gestão III – equidade na alocação de recursos e na definição
democrática da educação e na negociação e pactuação democrática da educação e na negociação e pactuação de políticas públicas na área educacional, com fins de
entre os gestores da educação, respeitada a autonomia entre os gestores da educação, respeitada a superação das desigualdades educacionais e do
dos entes subnacionais; autonomia dos entes subnacionais; analfabetismo, com ênfase na promoção da cidadania
V – alinhamento do planejamento, por meio de planos V – integração do planejamento, por meio de planos e no combate a todas as formas de discriminação;
decenais de educação dos Estados, do Distrito Federal e decenais de educação dos Estados, do Distrito Federal IV – governança com base no princípio da gestão
dos Municípios, em consonância com o Plano Nacional e dos Municípios, em consonância com o Plano democrática da educação e na negociação e pactuação
de Educação (PNE); Nacional de Educação (PNE); entre os gestores da educação, respeitada a
VI – articulação entre a educação escolar, o trabalho e VI – articulação entre a educação escolar, o trabalho e autonomia dos entes subnacionais;
as práticas sociais; as práticas sociais; V – integração do planejamento, por meio de planos
VII – estabelecimento de padrões nacionais de VII – estabelecimento de padrões nacionais de decenais de educação dos Estados, do Distrito Federal
qualidade para a educação básica, consideradas as qualidade para a educação básica, consideradas as e dos Municípios, em consonância com o Plano
condições adequadas de oferta e, no caso da educação condições adequadas de oferta e, no caso da Nacional de Educação (PNE) e com as Conferências de
básica pública, a adoção, como referência, do Custo educação básica pública, a adoção, como referência, Educação;
Aluno Qualidade (CAQ), na forma do § 7º do art. 211 da do Custo Aluno Qualidade (CAQ), na forma do § 7º do VI – articulação entre a educação escolar, a
Constituição Federal; art. 211 da Constituição Federal; continuidade dos estudos, o trabalho e as práticas
VIII – garantia de políticas educacionais inclusivas para VIII – garantia de políticas educacionais inclusivas para sociais;
os alunos com deficiência, transtornos globais do os alunos com deficiência, transtornos globais do VII – estabelecimento de padrões nacionais de
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, qualidade para a educação básica, consideradas as
bem como para crianças e adolescentes cujos direitos bem como para crianças e adolescentes cujos direitos condições adequadas de oferta e, no caso da
tenham sido ameaçados ou violados; tenham sido ameaçados ou violados; educação básica pública, a adoção, como referência,
IX – atendimento às necessidades específicas das IX – atendimento às necessidades específicas das do Custo Aluno Qualidade (CAQ), na forma do § 7º do
populações do campo e das comunidades tradicionais, populações do campo e das comunidades tradicionais, art. 211 da Constituição Federal;
indígenas e quilombolas, observando em quaisquer indígenas e quilombolas, observando em quaisquer VIII – garantia de políticas educacionais inclusivas para
processos a consulta prévia e informada à respectiva processos a consulta prévia e informada à respectiva os alunos com deficiência, transtornos globais do
comunidade; comunidade; desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
X – definição de base nacional comum curricular, para X – definição de base nacional comum curricular, para bem como para crianças e adolescentes cujos direitos
orientar a composição do currículo e dos processos de orientar a composição do currículo e dos processos de tenham sido ameaçados ou violados;
avaliação educacional; avaliação educacional; IX – atendimento às necessidades específicas das
XI – colaboração intersetorial entre educação e outras XI – colaboração intersetorial entre educação e outras populações do campo e das comunidades tradicionais,
áreas, como saúde, segurança, proteção da criança e do áreas, como saúde, segurança, proteção da criança e indígenas e quilombolas e promoção de políticas para
adolescente, trabalho e emprego, assistência social, do adolescente, trabalho e emprego, assistência a equidade e a superação do racismo, em consonância
previdência, esporte e cultura; social, previdência, esporte e cultura; com as Leis 9.394/1996, 10.639/2003 e 11.645/2008,
XII – valorização e desenvolvimento profissional XII – valorização e desenvolvimento profissional observando em quaisquer processos a consulta prévia
permanente dos profissionais da educação, permanente dos profissionais da educação, e informada à respectiva comunidade;
resguardadas a autonomia e liberdade de atuação do resguardadas a autonomia e liberdade de atuação do X – definição de base nacional comum curricular, para
profissional e a contextualização histórica, política, profissional e a contextualização histórica, política, orientar a composição do currículo e dos processos de
cultural e social do conhecimento; cultural e social do conhecimento; avaliação educacional, assegurada a participação dos
XIII – gestão democrática da educação pública, baseada XIII – gestão democrática da educação pública, sistemas de ensino, da comunidade acadêmica e
na autonomia dos sistemas, estabelecimentos de ensino baseada na autonomia dos sistemas, educacional e da sociedade civil na sua elaboração;
e órgãos educacionais e na participação da comunidade estabelecimentos de ensino e órgãos educacionais e XI – colaboração intersetorial entre educação e outras
educacional e da sociedade civil; na participação da comunidade educacional e da áreas, como saúde, segurança pública, proteção da
XIV – acesso à informação e à transparência, garantida a sociedade civil; criança e do adolescente, trabalho e emprego,
participação social; XIV – acesso à informação e à transparência, garantida assistência social, previdência, esporte e cultura,
XV – promoção dos direitos humanos, da diversidade a participação social; segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento
sociocultural e da sustentabilidade socioambiental; XV – promoção dos direitos humanos, da diversidade agrário;
XVI – redução das desigualdades educacionais, sociocultural e da sustentabilidade socioambiental; XII – valorização e desenvolvimento profissional
promoção da cidadania e valorização da diversidade; XVI – redução das desigualdades educacionais, permanente dos profissionais da educação,
XVII – combate a qualquer tipo de preconceito, promoção da cidadania e valorização da diversidade; resguardadas a autonomia e liberdade de atuação do
discriminação, violência e intimidação sistemática; XVII – combate a qualquer tipo de preconceito, profissional e a contextualização histórica, política,
XVIII – proibição de retrocesso na implementação das discriminação, violência e intimidação sistemática; cultural e social do conhecimento, por meio de
políticas educacionais e na efetivação do direito à XVIII – proibição de retrocesso na implementação das formação inicial e continuada, admissão via concurso
educação; políticas educacionais e na efetivação do direito à público nas redes públicas, cumprimento do piso
XIX – respeito à autonomia universitária e à decisão da educação; salarial, estabelecimento de planos de carreira e
comunidade acadêmica nas consultas para escolha de XIX – respeito à autonomia universitária e à decisão da adequadas condições de trabalho;
dirigentes de instituições públicas de ensino superior. comunidade acadêmica nas consultas para escolha de XIII – gestão democrática da educação pública,
XX – promoção do empreendedorismo e da inovação, dirigentes de instituições públicas de ensino superior. baseada na autonomia dos sistemas,
inclusive por meio de programas e cursos específicos de XX – promoção do empreendedorismo e da inovação, estabelecimentos de ensino e órgãos educacionais e
formação de docentes, visando à conexão entre os inclusive por meio de programas e cursos específicos na participação da comunidade educacional e da
conhecimentos técnicos e científicos e o mundo do de formação de docentes, visando à conexão entre os sociedade civil;
trabalho e da produção. conhecimentos técnicos e científicos e o mundo do XIV – acesso à informação e à transparência, garantida
trabalho e da produção. a participação social, com sujeição aos controles
Parágrafo único. A critério dos sistemas de ensino, no interno, externo e social, em consonância com a Lei
ano letivo afetado por estado de calamidade pública ou Parágrafo único. A critério dos sistemas de ensino, no 12.527/2011;
de emergência de saúde pública, serão desenvolvidas ano letivo afetado por estado de calamidade pública XV – promoção dos direitos humanos, da diversidade
atividades pedagógicas não presenciais: ou de emergência de saúde pública, serão sociocultural e da sustentabilidade socioambiental;
I – na educação infantil, de acordo com os objetivos de desenvolvidas atividades pedagógicas não presenciais: XVI – redução das desigualdades educacionais,
aprendizagem e desenvolvimento dessa etapa da I – na educação infantil, de acordo com os objetivos de promoção da cidadania e valorização da diversidade;
educação básica e com as orientações pediátricas aprendizagem e desenvolvimento dessa etapa da XVIII – proibição de retrocesso na implementação das
pertinentes quanto ao uso de tecnologias da informação educação básica e com as orientações pediátricas políticas educacionais e na efetivação do direito à
e comunicação; pertinentes quanto ao uso de tecnologias da educação, sem nenhuma forma de discriminação;
II – no ensino fundamental e no ensino médio, informação e comunicação; XIX – respeito à autonomia universitária e à decisão da
vinculadas aos conteúdos curriculares de cada etapa e II – no ensino fundamental e no ensino médio, comunidade acadêmica nas consultas para escolha de
modalidade, inclusive por meio do uso de tecnologias vinculadas aos conteúdos curriculares de cada etapa e dirigentes de instituições públicas de educação
da informação e comunicação, cujo cômputo, para modalidade, inclusive por meio do uso de tecnologias superior.
efeitos de integralização da carga horária mínima anual, da informação e comunicação, cujo cômputo, para XX – promoção do empreendedorismo e da inovação,
obedecerá a critérios objetivos estabelecidos pelo efeitos de integralização da carga horária mínima inclusive por meio de programas e cursos específicos
Conselho Nacional de Educação (CNE); anual, obedecerá a critérios objetivos estabelecidos de formação de docentes, visando à conexão entre os
III – na educação superior, vinculadas aos conteúdos pelo Conselho Nacional de Educação (CNE); conhecimentos técnicos e científicos e o mundo do
curriculares de cada curso, por meio do uso de III – na educação superior, vinculadas aos conteúdos trabalho e da produção;
tecnologias da informação e comunicação, para fins de curriculares de cada curso, por meio do uso de XX - respeito às múltiplas formas de ensinar e aos
integralização da respectiva carga horária exigida. tecnologias da informação e comunicação, para fins de diferentes tempos e processos de aprendizagem;
integralização da respectiva carga horária exigida. XXI - garantia de participação dos profissionais da
educação, dos estudantes e dos responsáveis por
estudantes, na elaboração do projeto
político-pedagógico da escola, além de efetiva
cooperação entre estudantes e professores;
XXII - garantia de utilização das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação-TDIC, na educação,
adotando-se os recursos educacionais abertos e em
consonância com legislação de proteção de dados,
conforme previsto na Lei nº 13.709/2018 e na Lei n°
12.965/2014;
XXIII - estímulo à progressiva implementação da
educação integral, de acordo com previsões dos
Planos de Educação, considerando também as
experiências extraescolares como parte do processo
formativo;
XXIV - defesa ativa do princípio constitucional da
laicidade na educação pública;
XXV- fomento de processos de busca ativa de
estudantes excluídos da escola, bem como diferentes
mecanismos de gratuidade ativa para garantir sua
permanência na escola; e
XXVI - fortalecimento dos Fóruns de Educação
enquanto instâncias autônomas e plurais .

Parágrafo único. A critério dos sistemas de ensino, no


ano letivo afetado por estado de calamidade pública
ou de emergência de saúde pública, serão
desenvolvidas atividades pedagógicas não presenciais:
I – na educação infantil, de acordo com os objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento dessa etapa da
educação básica e com as orientações pedagógicas e
pediátricas pertinentes quanto ao uso de tecnologias
da informação e comunicação;
II – no ensino fundamental e no ensino médio,
vinculadas aos conteúdos curriculares de cada etapa e
modalidade, inclusive por meio do uso de tecnologias
da informação e comunicação, cujo cômputo, para
efeitos de integralização da carga horária mínima
anual, obedecerá a critérios objetivos estabelecidos
pelo Conselho Nacional de Educação (CNE);
III – na educação superior, vinculadas aos conteúdos
curriculares de cada curso, por meio do uso de
tecnologias da informação e comunicação, para fins de
integralização da respectiva carga horária exigida.

Art. 3º O SNE tem como objetivos: Art. 3º O SNE tem como objetivos: Art. 3º O SNE tem como objetivos:

I – universalizar o acesso à educação básica de I – universalizar o acesso à educação básica de I – universalizar o acesso à educação básica de
qualidade, assegurando a aprendizagem com equidade; qualidade, assegurando a aprendizagem com qualidade, assegurando a aprendizagem com
II – erradicar o analfabetismo; equidade; equidade, garantindo financiamento público para
III – fortalecer mecanismos redistributivos, de forma a II – erradicar o analfabetismo; escolas públicas, salvaguardada a destinação
garantir padrão mínimo de qualidade educacional com III – fortalecer mecanismos redistributivos, de forma a provisória referida no Art. 213 da Constituição Federal
equalização de oportunidades educacionais mediante garantir padrão mínimo de qualidade educacional com de 1988, para permanência e condições adequadas de
assistência técnica, pedagógica e financeira da União equalização de oportunidades educacionais mediante oferta por meio de padrão mínimo de qualidade na
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos assistência técnica, pedagógica e financeira da União educação;
Estados com relação aos seus Municípios, tendo como aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e II – erradicar o analfabetismo;
referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ); dos Estados com relação aos seus Municípios, tendo III – fortalecer mecanismos redistributivos de recursos,
IV – garantir adequada infraestrutura física, tecnológica como referência o CAQ; de forma a garantir padrão mínimo de qualidade
e de pessoal para todas as escolas públicas, inclusive em IV – garantir adequada infraestrutura física, educacional com equalização de oportunidades
termos de condições sanitárias, de acessibilidade e de tecnológica e de pessoal para todas as escolas educacionais mediante assistência técnica, pedagógica
conectividade; públicas, inclusive em termos de condições sanitárias, e financeira da União aos Estados, ao Distrito Federal e
V – articular níveis, etapas e modalidades de ensino, de acessibilidade e de conectividade; aos Municípios, e dos Estados com relação aos seus
para implementação conjunta de políticas, programas e V – articular níveis, etapas e modalidades de ensino, Municípios, tendo como referência o CAQ;
ações; para implementação conjunta de políticas, programas IV – garantir adequada infraestrutura física,
VI – racionalizar a aplicação dos recursos públicos e ações; tecnológica e de pessoal para todas as escolas
vinculados à educação, coordenando esforços entre os VI – racionalizar a aplicação dos recursos públicos públicas, inclusive em termos de condições sanitárias,
entes federados; vinculados à educação, coordenando esforços entre os de acessibilidade e de conectividade, considerando, ao
VII – zelar pela colaboração das redes pública e privada entes federados; menos os seguintes insumos indispensáveis:
de educação; VII – zelar pela colaboração das redes pública e a) Número adequado de alunos por turma;
VIII – incorporar tecnologias da informação e do privada de educação; b) Valorização dos profissionais da educação básica
conhecimento nas práticas pedagógicas escolares; VIII – incorporar tecnologias da informação e do pública;
IX – assegurar padrão de qualidade das instituições conhecimento nas práticas pedagógicas escolares; c) Biblioteca ou sala de leitura com acervo adequado;
formadoras de docentes, incluindo prática docente IX – assegurar padrão de qualidade das instituições
d) Laboratórios de Ciências e de Informática;
durante o processo de formação; formadoras de docentes, incluindo prática docente
e) Internet banda larga;
X – elaborar e cumprir os planos de educação em todos durante o processo de formação;
os níveis da Federação; X – elaborar e cumprir os planos de educação em f) Quadra poliesportiva coberta;
XI – assegurar a participação democrática nos processos todos os níveis da Federação; g) Acessibilidade;
de planejamento, coordenação, gestão e avaliação; XI – assegurar a participação democrática nos h) Saneamento básico;
XII – promover a valorização e o desenvolvimento processos de planejamento, coordenação, gestão e i) Acesso à luz elétrica;
profissional permanente dos profissionais da educação, avaliação;
j) Acesso à água potável.
considerando ingresso exclusivamente por concurso XII – promover a valorização e o desenvolvimento
V – articular níveis, etapas e modalidades de ensino,
público, remuneração condigna, carreira atrativa, profissional permanente dos profissionais da
para implementação conjunta de políticas, programas
adequadas condições de trabalho, saúde e piso salarial educação, considerando ingresso exclusivamente por
e ações;
profissional nacional para os profissionais da educação concurso público, remuneração condigna, carreira
VI – racionalizar a aplicação dos recursos públicos
básica; atrativa, adequadas condições de trabalho, saúde e
vinculados à educação, coordenando esforços entre os
XIII – assegurar o cumprimento do piso salarial piso salarial profissional nacional para os profissionais
entes federados;
profissional nacional para os profissionais do magistério da educação básica;
VII – integrar as redes pública e privada de educação,
público da educação básica em todas as unidades da XIII – assegurar o cumprimento do piso salarial
assegurando a regulamentação, regulação e avaliação
federação; profissional nacional para os profissionais do
de qualidade do ensino privado e o controle social da
XIV – garantir o acesso à educação básica obrigatória e magistério público da educação básica em todas as
educação nacional;
gratuita de que trata o art. 208 da Constituição Federal, unidades da federação;
VIII – incorporar tecnologias da informação e do
a progressiva universalização do acesso à creche para XIV – garantir o acesso à educação básica obrigatória e
conhecimento nas práticas pedagógicas escolares,
crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos e a educação de gratuita de que trata o art. 208 da Constituição
adotando-se os recursos educacionais abertos e em
jovens e adultos para os que não concluíram a educação Federal, a identificação e o atendimento à demanda
consonância com legislação de proteção de dados,
básica, assegurada a busca ativa; de acesso a creche para crianças de 0 (zero) a 3 (três)
conforme previsto na Lei nº 13.709/2018 e na Lei n°
XV – instituir instâncias permanentes de pactuação anos e a educação de jovens e adultos para os que não
12.965/2014;
federativa para estruturar e desenvolver a cooperação concluíram a educação básica, assegurada a busca
IX – assegurar padrão de qualidade das instituições
federativa em matéria educacional, potencializando a ativa;
formadoras de docentes, incluindo prática docente
função redistributiva e supletiva da União em relação XV – instituir instâncias permanentes de pactuação
durante o processo de formação;
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos federativa para estruturar e desenvolver a cooperação
X – elaborar e cumprir os planos de educação em
Estados em relação aos seus Municípios; federativa em matéria educacional, potencializando a
todos os níveis da Federação, por meio de
XVI – garantir dotações orçamentárias para o função redistributiva e supletiva da União em relação
monitoramento participativos coordenado pelos
financiamento da educação pública, em todos os níveis, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e
fóruns de educação e com realização da Conferência
etapas e modalidades, compatíveis com as metas e dos Estados em relação aos seus Municípios;
Nacional de Educação a cada quatro anos;
estratégias definidas nos planos decenais de educação, XVI – garantir dotações orçamentárias para o
XI – assegurar a participação democrática nos
tendo o CAQ como referência para a consecução do financiamento da educação pública, em todos os
processos de planejamento, coordenação, gestão e
padrão de qualidade no âmbito da educação básica; níveis, etapas e modalidades, compatíveis com as
avaliação;
XVII – avaliar e regulamentar a oferta do setor público e metas e estratégias definidas nos planos decenais de XII – promover a valorização e o desenvolvimento
do setor privado, com transparência e controle social, educação, tendo o CAQ como referência para a profissional permanente dos profissionais da
com vistas a promover a inclusão e a qualidade social da consecução do padrão de qualidade no âmbito da educação, considerando ingresso exclusivamente por
educação; educação básica; concurso público, remuneração condigna, carreira
XVIII – assegurar formação inicial e continuada XVII – avaliar e regulamentar a oferta do setor público atrativa, adequadas condições de trabalho, saúde e
específica aos profissionais da educação na área de e do setor privado, com transparência e controle piso salarial profissional nacional para os profissionais
atuação, de acordo com as diretrizes nacionais em vigor social, com vistas a promover a inclusão e a qualidade da educação básica;
e nos termos da Política Nacional de Formação dos social da educação; XIII – assegurar o cumprimento do piso salarial
Profissionais da Educação, construídas com efetiva XVIII – assegurar formação inicial e continuada profissional nacional para os profissionais do
participação da sociedade; específica aos profissionais da educação na área de magistério público da educação básica em todas as
XIX – garantia de acesso e permanência na escola aos atuação, de acordo com as diretrizes nacionais em unidades da federação;
povos indígenas e quilombolas, cidadãos do campo, vigor e nos termos da Política Nacional de Formação XIV – garantir o acesso à educação básica obrigatória e
pessoas com deficiência, crianças, jovens, adultos e dos Profissionais da Educação, construídas com efetiva gratuita de que trata o art. 208 da Constituição
idosos, e a toda a população historicamente excluída. participação da sociedade; Federal, a identificação e o atendimento à demanda
XIX – garantir o acesso e a permanência na escola dos de acesso à creche para crianças de 0 (zero) a 3 (três)
povos indígenas e quilombolas, cidadãos do campo, anos e a educação de jovens e adultos para os que não
pessoas com deficiência, crianças, jovens, adultos e concluíram a educação básica, assegurada a busca
idosos, e de toda a população historicamente excluída; ativa;
XX – contribuir para a efetiva implementação da Lei nº XV – instituir instâncias permanentes de pactuação
13.935, de 11 de dezembro de 2019, que dispõe sobre federativa para estruturar e desenvolver a cooperação
a prestação de serviços de psicologia e de serviço federativa em matéria educacional, potencializando a
social nas redes públicas de educação básica. função redistributiva e supletiva da União em relação
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e
dos Estados em relação aos seus Municípios;
XVI – garantir dotações orçamentárias para o
financiamento da educação pública, em todos os
níveis, etapas e modalidades, compatíveis com as
metas e estratégias definidas nos planos decenais de
educação, tendo o CAQ como referência para a
consecução do padrão de qualidade no âmbito da
educação básica;
XVII – avaliar e regulamentar a oferta do setor público
e do setor privado, com transparência e controle
social, com vistas a promover a inclusão e a qualidade
social da educação;
XVIII – assegurar formação inicial e continuada
específica aos profissionais da educação na área de
atuação, de acordo com as diretrizes nacionais em
vigor e nos termos da Política Nacional de Formação
dos Profissionais da Educação, construídas com efetiva
participação da sociedade;
XIX – garantir o acesso e a permanência na escola dos
povos indígenas e quilombolas, cidadãos do campo,
pessoas com deficiência, crianças, jovens, adultos e
idosos, e de toda a população historicamente excluída;
XX – contribuir para a efetiva implementação da Lei nº
13.935, de 11 de dezembro de 2019, que dispõe sobre
a prestação de serviços de psicologia e de serviço
social nas redes públicas de educação básica;
XXI - institucionalizar as condições para a
implementação da Lei 9.394/1996 alterada pelas leis
10.639/2003 e 11.645/2008 e para a garantia do
direito à educação escolar indígena e quilombola e de
outros mecanismos de superação do racismo e de
todas formas de discriminação em todas as etapas e
modalidades da educação básica e na educação
superior.

CAPÍTULO II CAPÍTULO II CAPÍTULO II


DAS ATRIBUIÇÕES DOS ENTES FEDERADOS DAS ATRIBUIÇÕES DOS ENTES FEDERADOS DAS ATRIBUIÇÕES DOS ENTES FEDERADOS

Art. 4º No âmbito do SNE, compete à União: Art. 4º No âmbito do SNE, compete à União: Art. 4º No âmbito do SNE, compete à União:
I – coordenar o SNE e efetuar a formulação democrática I – coordenar o SNE e efetuar a formulação I – coordenar o SNE e a formulação democrática da
da política nacional de educação; democrática da política nacional de educação; política nacional de educação, em colaboração com o
II – articular os diferentes níveis e sistemas de ensino; II – articular os diferentes níveis e sistemas de ensino; Fórum Nacional de Educação e o Conselho Nacional de
III – prestar assistência técnica e financeira aos Estados, III – prestar assistência técnica e financeira aos Educação e atendendo às deliberações da Conferência
ao Distrito Federal e aos Municípios, com vistas a Nacional de Educação;
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, com
assegurar a oferta de educação básica pública de II – articular os diferentes níveis e sistemas de ensino;
vistas a assegurar a oferta de educação básica pública
qualidade, tendo como referência o CAQ; III – prestar assistência técnica e financeira aos
IV – fomentar a pactuação entre o Estado e seus de qualidade, tendo como referência o CAQ; Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, com
Municípios, bem como o associativismo municipal; IV – fomentar a pactuação entre o Estado e seus vistas a assegurar a oferta de educação básica pública
V – financiar, coordenar, regular, supervisionar e avaliar Municípios, bem como o associativismo municipal; de qualidade, tendo como referência o CAQ;
as instituições públicas federais de educação superior, V – financiar, coordenar, regular, supervisionar e IV – fomentar a pactuação entre o Estado e seus
assim com as instituições de educação básica, técnica e avaliar as instituições públicas federais de educação Municípios, bem como o associativismo municipal;
tecnológica que compõem a rede de ensino federal; superior, assim com as instituições de educação V – financiar, coordenar, regular, supervisionar e
VI – coordenar o processo de avaliação e básica, técnica e tecnológica que compõem a rede de avaliar as instituições públicas federais de educação
monitoramento do PNE, em colaboração com Estados, superior, assim com as instituições de educação
ensino federal;
Distrito Federal, Municípios e demais instâncias básica, técnica e tecnológica que compõem a rede de
VI – coordenar o processo de avaliação e
previstas nas leis instituidoras dos planos nacionais de ensino federal;
educação; monitoramento do PNE, em colaboração com Estados, VI – coordenar o processo de avaliação e
VII – criar e manter a Comissão Intergestores Tripartite Distrito Federal, Municípios e demais instâncias monitoramento do PNE, em colaboração com Estados,
da Educação (CITE); previstas nas leis instituidoras dos planos nacionais de Distrito Federal, Municípios e demais instâncias
VIII – criar e manter, no âmbito da Cite, a Câmara de educação; previstas nas leis instituidoras dos planos nacionais de
Apoio Normativo (CAN); VII – criar e manter a Comissão Intergestores Tripartite educação;
IX – implementar as políticas de avaliação da educação da Educação (CITE); VII – criar e manter a Comissão Intergestores Tripartite
básica e superior, em colaboração com os Estados, o VIII – criar e manter, no âmbito da Cite, a Câmara de da Educação (COMTE);
Distrito Federal e os Municípios; VIII - criar e manter, no âmbito da COMTE, a Câmara
Apoio Normativo (CAN);
X – manter e gerir o Sistema Nacional de Avaliação da de Apoio Normativo (CAN);
IX – manter, no âmbito da Cite, a Câmara
Educação Básica (SINAEB), o Sistema Nacional de IX – manter, no âmbito da COMTE, a Câmara
Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica Intergovernamental de Financiamento para a
Intergovernamental de Financiamento para a
(SINAEPT) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica de Qualidade (CIFEB);
Educação Básica de Qualidade (CIFEB);
Educação Superior (SINAES); X – implementar as políticas de avaliação da educação
XI – promover a integração entre os sistemas estaduais básica e superior, em colaboração com os Estados, o
e municipais de avaliação da educação básica e o Distrito Federal e os Municípios;
Sinaeb, conduzido pela União, bem como entre o Sinaeb XI – manter e gerir o Sistema Nacional de Avaliação da X – implementar as políticas de avaliação da educação
e o Sinaept; Educação Básica (SINAEB), o Sistema Nacional de básica e superior, em colaboração com os Estados, o
XII – promover a articulação das políticas de Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica Distrito Federal e os Municípios;
desenvolvimento da educação superior, especialmente (SINAEPT) e o Sistema Nacional de Avaliação da X – manter e gerir o Sistema Nacional de Avaliação da
da rede federal de educação superior e tecnológica, com Educação Básica (SINAEB), o Sistema Nacional de
Educação Superior (SINAES);
as das redes estaduais e municipais de educação, bem Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica
XII – promover a integração entre os sistemas
como com a rede privada; (SINAEPT) e o Sistema Nacional de Avaliação da
XIII – promover a articulação das políticas de regulação, estaduais e municipais de avaliação da educação
Educação Superior (SINAES);
supervisão e avaliação da educação superior com as básica e o Sinaeb, conduzido pela União, bem como
XII – promover a integração entre os sistemas
políticas de formação inicial e continuada de entre o Sinaeb e o Sinaept;
estaduais e municipais de avaliação da educação
professores pactuadas na Cite; XIII – promover a articulação das políticas de
básica e o Sinaeb, conduzido pela União, bem como
XIV – manter sistemas de informações e estatísticas desenvolvimento da educação superior, especialmente
educacionais para subsidiar o planejamento da oferta e entre o Sinaeb e o Sinaept;
da rede federal de educação superior e tecnológica,
a pactuação federativa, no âmbito das instâncias XIII – promover a articulação das políticas de
com as das redes estaduais e municipais de educação,
permanentes de pactuação federativa previstas no art. desenvolvimento da educação superior, especialmente
bem como com a rede privada; da rede federal de educação superior e tecnológica,
9º;
XIV – promover a articulação das políticas de com as das redes estaduais e municipais de educação,
XV – cumprir as obrigações pactuadas no âmbito da
Cite; regulação, supervisão e avaliação da educação bem como com a rede privada;
XVI – assegurar a oferta, a manutenção e o superior com as políticas de formação inicial e XIV – promover a articulação das políticas de
desenvolvimento da educação escolar das populações continuada de professores pactuadas na Cite; regulação, supervisão e avaliação da educação
do campo e das comunidades tradicionais, indígenas e XV – manter sistemas de informações e estatísticas superior às políticas de formação inicial e continuada
quilombolas, sem prejuízo das contrapartidas, por parte educacionais para subsidiar o planejamento da oferta de professores pactuadas na Comte;
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. XV – manter e aprimorar sistemas de informações e
e a pactuação federativa, no âmbito das instâncias
estatísticas educacionais para subsidiar o
permanentes de pactuação federativa previstas no art.
planejamento da oferta e a pactuação federativa, no
9º; âmbito das instâncias permanentes de pactuação
XVI – cumprir as obrigações articuladas e acordadas federativa previstas no art. 9º;
no âmbito da Cite; XVI – cumprir as obrigações pactuadas no âmbito da
XVII – assegurar a oferta, a manutenção e o Comte;
desenvolvimento da educação escolar das populações XVII – assegurar a oferta, a manutenção e o
do campo e das comunidades tradicionais, indígenas e desenvolvimento da educação escolar das populações
quilombolas, sem prejuízo das contrapartidas, por do campo e das comunidades tradicionais, indígenas e
parte dos Estados, do Distrito Federal e dos quilombolas, sem prejuízo das contrapartidas, por
Municípios. parte dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

Art. 5º No âmbito do SNE, compete aos Estados: Art. 5º No âmbito do SNE, compete aos Estados: Art. 5º No âmbito do SNE, compete aos Estados:

I – coordenar, regulamentar, avaliar e supervisionar seus I – coordenar, regulamentar, avaliar e supervisionar I – coordenar, regular, avaliar e supervisionar seus
sistemas de ensino, considerando as necessidades dos seus sistemas de ensino, considerando as sistemas de ensino, considerando as necessidades dos
municípios que optem por se integrar ao sistema necessidades dos municípios que optem por se municípios que optem por se integrar ao sistema
estadual de ensino; integrar ao sistema estadual de ensino; estadual de ensino;
II – criar e manter a respectiva Cibe; II – criar e manter a respectiva Cibe; II – criar e manter a respectiva Combe;
III – desenvolver mecanismos específicos para fortalecer III – desenvolver mecanismos específicos para III – desenvolver mecanismos específicos para
a capacidade institucional dos Municípios; fortalecer a capacidade institucional dos Municípios; fortalecer a capacidade institucional dos Municípios;
IV – definir e aplicar metodologia, em colaboração com IV – definir e aplicar metodologia, em colaboração IV – definir e aplicar metodologia participativa, em
os Municípios, para monitorar e avaliar periodicamente com os Municípios, para monitorar e avaliar colaboração com os Municípios, para monitorar e
os planos estaduais de educação, de modo articulado periodicamente os planos estaduais de educação, de avaliar periodicamente os planos estaduais de
com a metodologia adotada para monitorar e avaliar o modo articulado com a metodologia adotada para educação, de modo articulado com a metodologia
PNE; monitorar e avaliar o PNE; adotada para monitorar e avaliar o PNE e atendendo
V – coordenar, em seu território, mediante pactuação V – coordenar, em seu território, mediante pactuação às deliberações da Conferência Estadual de Educação;
com seus Municípios, no âmbito da respectiva Cibe, a com seus Municípios, no âmbito da respectiva Cibe, a V– coordenar, em seu território, mediante pactuação
oferta de educação escolar pública obrigatória; oferta de educação escolar pública obrigatória; com seus Municípios, no âmbito da respectiva Combe,
VI – integrar, no território, a oferta de educação escolar VI – integrar, no território, a oferta de educação a oferta de educação escolar pública obrigatória de
pública com os programas suplementares de material escolar pública com os programas suplementares de qualidade, tendo como referência o Custo Aluno
didático escolar, transporte, alimentação e assistência à material didático escolar, transporte, alimentação e Qualidade (CAQ);
saúde, mediante pactuação na Cite e na respectiva Cibe; assistência à saúde, mediante pactuação na Cite e na VI – integrar, no território, a oferta de educação
VII – prestar assistência técnica e financeira aos respectiva Cibe; escolar pública com os programas suplementares de
Municípios, para promover a equalização de VII – prestar assistência técnica e financeira aos material didático escolar, transporte, alimentação e
oportunidades educacionais, tendo como referência o Municípios, para promover a equalização de assistência à saúde, mediante pactuação na Comte e
CAQ; oportunidades educacionais, tendo como referência o na respectiva Combe;
VIII – desenvolver sistemas próprios de avaliação da CAQ; VII – prestar assistência técnica e financeira aos
educação básica, em articulação com os Municípios; VIII – desenvolver sistemas próprios de avaliação da Municípios, para promover a equalização de
IX – assegurar a integração entre seus sistemas próprios educação básica, em articulação com os Municípios; oportunidades educacionais, tendo como referência o
de avaliação da educação básica e da educação IX – assegurar a integração entre seus sistemas CAQ;
profissional e tecnológica e os respectivos sistemas próprios de avaliação da educação básica e da VIII – desenvolver de modo democrático sistemas
nacionais de avaliação conduzidos pela União; educação profissional e tecnológica e os respectivos próprios de avaliação da educação básica, conforme
X – articular suas políticas de desenvolvimento da sistemas nacionais de avaliação conduzidos pela previsto no Sistema Nacional de Avaliação da
educação superior com as da União, com as da sua rede União; Educação Básica, em articulação com os Municípios;
de educação básica e com as das redes de educação X – articular suas políticas de desenvolvimento da IX – assegurar a integração entre seus sistemas
básica de seus Municípios; educação superior com as da União, com as da sua próprios de avaliação da educação básica e da
XI – cumprir com as obrigações pactuadas no âmbito da rede de educação básica e com as das redes de educação profissional e tecnológica e os respectivos
Cite e da respectiva Cibe. educação básica de seus Municípios; sistemas nacionais de avaliação da educação
XI – cumprir as obrigações pactuadas no âmbito da conduzidos pela União;
Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso VII do Cite e da respectiva Cibe. X – articular suas políticas de desenvolvimento da
caput, respeitada a autonomia dos entes federativos, educação superior com as da União, com as da sua
consideram-se como prioritários, na forma do Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso VII do rede de educação básica e com as das redes de
regulamento, os sistemas de ensino que apresentarem caput, respeitada a autonomia dos entes federativos, educação básica de seus Municípios;
situação crítica de desempenho nos indicadores das consideram-se como prioritários, na forma do XI – cumprir com as obrigações pactuadas no âmbito
avaliações educacionais e maior carência de recursos regulamento, os sistemas de ensino que apresentarem da Comte e da respectiva Combe.
para cumprimento dos padrões mínimos de qualidade. situação crítica de desempenho nos indicadores das XI – exercer função redistributiva em relação às
avaliações educacionais e maior carência de recursos escolas públicas estaduais de educação básica, por
para cumprimento dos padrões mínimos de qualidade. meio de instrumentos e processos transparentes.

Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso VII do


caput, respeitada a autonomia dos entes federativos,
consideram-se como prioritários, na forma do
regulamento, os sistemas de ensino que apresentarem
situação crítica de desempenho nos indicadores das
avaliações educacionais e maior carência de recursos
para cumprimento dos padrões mínimos de qualidade.

Art. 6º No âmbito do SNE, compete aos Municípios: Art. 6º No âmbito do SNE, compete aos Municípios: Art. 6º No âmbito do SNE, compete aos Municípios:

I – coordenar, regulamentar, avaliar e supervisionar os I – coordenar, regulamentar, avaliar e supervisionar os I – coordenar, regulamentar, avaliar e supervisionar os
seus sistemas de ensino, salvo os casos em que optem seus sistemas de ensino, salvo os casos em que optem seus sistemas de ensino, salvo os casos em que optem
por se integrar ao sistema estadual de ensino, conforme por se integrar ao sistema estadual de ensino, por se integrar ao sistema estadual de ensino,
disposto no parágrafo único do art. 11 da Lei nº 9.394, conforme disposto no parágrafo único do art. 11 da Lei conforme disposto no parágrafo único do art. 11 da Lei
de 20 de dezembro de 1996; nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
II – integrar nos respectivos territórios a oferta de II – integrar nos respectivos territórios a oferta de II – integrar no território a oferta de educação escolar
educação escolar pública com os programas educação escolar pública com os programas pública com os programas suplementares de material
suplementares de material didático escolar, transporte, suplementares de material didático escolar, didático escolar, transporte, alimentação e assistência
alimentação e assistência à saúde, de acordo com transporte, alimentação e assistência à saúde, de à saúde, de acordo com pactuação estabelecida na
pactuação estabelecida na Cite e na Cibe acordo com pactuação estabelecida na Cite e na Cibe Comte e na Combe correspondente;
correspondente; correspondente; III – organizar e dimensionar a demanda local, com
III – organizar e dimensionar a demanda local, como III – organizar e dimensionar a demanda local, com apoio do respectivo Estado, como forma de subsidiar o
forma de subsidiar o planejamento regional da oferta de apoio do respectivo Estado, como forma de subsidiar o planejamento regional da oferta de educação escolar
educação escolar pública; planejamento regional da oferta de educação escolar pública;
IV – elaborar o plano municipal de educação com ampla pública; IV - elaborar o plano municipal de educação com
participação de representantes da comunidade IV – elaborar o plano municipal de educação com ampla participação de representantes da comunidade
educacional e da sociedade civil, e em consonância com ampla participação de representantes da comunidade educacional e da sociedade civil, atendendo às
os planos estadual e nacional de educação; educacional e da sociedade civil, e em consonância deliberações das Conferências Municipais de Educação
V – monitorar e avaliar periodicamente o respectivo com os planos estadual e nacional de educação; e em consonância com os planos estadual e nacional
plano municipal de educação, de modo articulado com V – monitorar e avaliar periodicamente o respectivo de educação;
as metodologias adotadas para monitorar e avaliar o plano municipal de educação, de modo articulado com V – monitorar e avaliar periodicamente o respectivo
PNE e o correspondente plano estadual de educação; as metodologias adotadas para monitorar e avaliar o plano municipal de educação, atendendo as demandas
VI – assegurar a integração entre sistemas próprios de PNE e o correspondente plano estadual de educação; das comunidades escolares e as deliberações das
avaliação da educação básica e o Sinaeb, conduzido pela VI – assegurar a integração entre sistemas próprios de Conferências Municipais de Educação e de modo
União; avaliação da educação básica e o Sinaeb, conduzido articulado com as metodologias adotadas para
VII – cumprir as obrigações pactuadas no âmbito da Cite pela União; monitorar e avaliar o PNE e o correspondente plano
e da respectiva Cibe. VII – cumprir as obrigações pactuadas no âmbito da estadual de educação;
Cite e da respectiva Cibe. VI – assegurar a integração entre sistemas próprios de
avaliação da educação básica e o Sinaeb, conduzido
pela União;
VI – cumprir as obrigações pactuadas no âmbito da
Comte e da respectiva Combe;
VII - buscar a cooperação horizontal entre Municípios
e estimular a cooperação horizontal entre suas
escolas.
IX – exercer função redistributiva em relação às
escolas da respectiva rede municipal pública de
educação básica, por meio de instrumentos e
processos transparentes.

Art. 7º É facultado aos entes federados promover Art. 7º É facultado aos entes federados promover Art. 7º É facultado aos entes federados promover
formas de associação federativa para financiar e formas de associação federativa para financiar e formas de associação federativa para financiar e
executar programas, projetos e ações na área da executar programas, projetos e ações na área da executar programas, projetos e ações na área da
educação, observadas as necessidades, especificidades educação, observadas as necessidades, educação, observadas as necessidades,
e identidades educacionais, sociais, econômicas e especificidades e identidades educacionais, sociais, especificidades e identidades educacionais, sociais,
culturais dos envolvidos. econômicas e culturais dos envolvidos. econômicas e culturais dos envolvidos.

Art. 8º Ao Distrito Federal aplicam-se, no que couber, as Art. 8º Ao Distrito Federal aplicam-se, no que couber, Art. 8º Ao Distrito Federal aplicam-se, no que couber,
disposições dos art. 5º e 6º. as disposições dos art. 5º e 6º. as disposições dos art. 5º e 6º.
CAPÍTULO III CAPÍTULO III CAPÍTULO III
DA ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DA ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DE DA ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DE
EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO
Seção I
Das Instâncias Permanentes de Pactuação Federativa Seção I Seção I
Das Instâncias Permanentes de Pactuação Federativa Das Instâncias Permanentes de Pactuação Federativa
Art. 9º São instâncias permanentes de pactuação
federativa: Art. 9º São instâncias permanentes de pactuação Art. 9º São instâncias permanentes de pactuação
federativa: federativa:
I – a Comissão Intergestores Tripartite da Educação
(CITE), instância de âmbito nacional, responsável pela I – a Comissão Intergestores Tripartite da Educação I – a Comissão Intergestores Tripartite da Educação
negociação e pactuação entre gestores da educação dos (CITE), instância de âmbito nacional, responsável pela (Comte), instância de âmbito nacional, responsável
três níveis de governo; negociação e articulação entre gestores dos três níveis pela negociação e pactuação entre gestores e
II – as Comissões Intergestores Bipartites da Educação de governo; comunidade educacional dos três níveis de governo;
(CIBEs), instâncias de âmbito subnacional, responsáveis II – as Comissões Intergestores Bipartites da Educação II – as Comissões IntergestoresBipartites da Educação
pela negociação e pactuação entre gestores da (CIBEs), instâncias de âmbito subnacional, (Combes), instâncias de âmbito subnacional,
educação de Estados e Municípios. responsáveis pela negociação e pactuação entre responsáveis pela negociação e pactuação entre
gestores da educação de Estados e Municípios. gestores e comunidade educacional de Estados e
§ 1º A Cite e as Cibes são os fóruns responsáveis por Municípios.
definir parâmetros, diretrizes educacionais e aspectos § 1º A Cite e as Cibes são os fóruns responsáveis por
operacionais, administrativos e financeiros do regime de definir parâmetros, diretrizes educacionais e aspectos § 1º A Comte e as Combes são os fóruns responsáveis
colaboração, na forma desta Lei Complementar, com operacionais, administrativos e financeiros do regime por definir parâmetros, diretrizes educacionais e
vistas à gestão coordenada da política educacional. de colaboração, na forma desta Lei Complementar, aspectos operacionais, administrativos e financeiros
com vistas à gestão coordenada da política do regime de colaboração, na forma desta Lei
§ 2º A Cite e as Cibes serão criadas por ato do educacional. Complementar, com vistas à gestão coordenada da
respectivo Poder Executivo, resguardadas a participação política educacional, conforme princípios da gestão
e a representatividade das esferas de governo que as § 2º A Cite e as Cibes serão criadas por ato do democrática.
compõem, nos termos desta Lei Complementar. respectivo Poder Executivo, resguardadas a
participação e a representatividade das esferas de § 2º A Comte e as Combes serão criadas por ato do
§ 3º As instâncias permanentes de pactuação federativa governo que as compõem, nos termos desta Lei respectivo Poder Executivo, resguardadas a
deverão instituir espaços de formação inicial e Complementar. participação e a representatividade das esferas de
continuada de seus representantes em relação aos governo e da comunidade educacional que as
temas atinentes à sua esfera de atuação. § 3º As instâncias permanentes de pactuação compõem, nos termos desta Lei Complementar.
federativa deverão instituir espaços de formação
inicial e continuada de seus representantes em relação § 3º As instâncias permanentes de pactuação
aos temas atinentes à sua esfera de atuação. federativa deverão instituir espaços de formação
inicial e continuada de seus representantes em relação
aos temas atinentes à sua esfera de atuação.

Art. 10. As deliberações da Cite e das Cibe serão Art. 10. As deliberações da Cite e das Cibe serão Art. 10. As deliberações da Comte e das Combes serão
tomadas por unanimidade, na forma de seus tomadas por unanimidade, na forma de seus tomadas por unanimidade, na forma de seus
respectivos regimentos internos, respectivos regimentos internos. respectivos regimentos internos.

§ 1º As deliberações das quais resultarem obrigações § 1º As deliberações das quais resultarem obrigações § 1º As deliberações das quais resultarem obrigações
administrativas ou financeiras a ente federado serão administrativas ou financeiras a ente federado serão administrativas ou financeiras a ente federado serão
acompanhadas de estimativas e memória de cálculo do acompanhadas de estimativas e memória de cálculo acompanhadas de estimativas e memória de cálculo
impacto orçamentário-financeiro, que serão publicadas do impacto orçamentário-financeiro, que serão do impacto orçamentário-financeiro, que serão
junto com as atas, na forma do § 2º e do regulamento. publicadas junto com as atas, na forma do § 2º e do publicadas junto com as atas, na forma do § 2º e do
regulamento. regulamento.
§ 2º As deliberações serão registradas em atas
circunstanciadas, lavradas conforme o regimento § 2º As deliberações serão registradas em atas § 2º As deliberações serão registradas em atas
interno de cada Comissão e publicadas nos respectivos circunstanciadas, lavradas conforme o regimento circunstanciadas, lavradas conforme o regimento
sítios eletrônicos. interno de cada Comissão e publicadas nos respectivos interno de cada Comissão e publicadas nos respectivos
sítios eletrônicos. sítios eletrônicos.

Art. 11. Os gestores responsáveis pela política Art. 11. Os gestores responsáveis pela política Art. 11. Os gestores responsáveis pela política
educacional em cada nível de governo compõem a Cite educacional em cada nível de governo compõem a educacional em cada nível de governo e
e as Cibes, de acordo com o disposto nesta Lei Cite e as Cibes, de acordo com o disposto nesta Lei representantes da comunidade educacional compõem
Complementar. Complementar. a Comte e as Combes, de acordo com o disposto nesta
Lei Complementar.
§ 1º A composição da Cite será formalizada em ato do § 1º A composição da Cite será formalizada em ato do
Ministro de Estado da Educação. Ministro de Estado da Educação. § 1º A composição da Comte será formalizada em ato
do Ministro de Estado da Educação.
§ 2º No âmbito da Cite, os representantes dos Estados e § 2º No âmbito da Cite, os representantes dos Estados
dos Municípios devem ser, respectivamente, secretários e dos Municípios devem ser, respectivamente, § 2º No âmbito da Combe, os representantes dos
de Estado de educação e dirigentes municipais de secretários de Estado de educação e dirigentes Estados e dos Municípios devem ser, respectivamente,
educação. municipais de educação. secretários de Estado de educação e dirigentes
municipais de educação.
§ 3º A composição das Cibes será formalizada em ato do § 3º A composição das Cibes será formalizada em ato
secretário de Estado da educação competente. do secretário de Estado da educação competente. § 3º A composição das Cibes será formalizada em ato
do secretário de Estado da educação competente.
§ 4º A participação na Cite e nas Cibes é função não § 4º A participação na Cite e nas Cibes é função não
remunerada de relevante interesse público, e seus remunerada de relevante interesse público, e seus § 4º A participação na Comte e nas Combes, é função
membros, quando convocados, farão jus a transporte e membros, quando convocados, farão jus a transporte não remunerada de relevante interesse público, e seus
diárias. e diárias. membros, quando convocados, farão jus a transporte
e diárias.
§ 5º É facultado às Comissões a criação de grupos de § 5º É facultado às Comissões a criação de grupos de
trabalho e de câmaras técnicas, de acordo com temas trabalho e de câmaras técnicas, de acordo com temas § 5º É facultado às Comissões a criação grupos de
específicos, contando com a participação de específicos, contando com a participação de trabalho e de câmaras técnicas, de acordo com temas
especialistas e representantes da sociedade civil especialistas e representantes da sociedade civil específicos, contando com a participação de
organizada. organizada. especialistas e representantes da sociedade civil
organizada.
§ 6º As despesas da Cite correrão à conta das dotações § 6º No âmbito da Cite, serão instaladas as seguintes
orçamentárias anualmente consignadas ao Ministério câmaras técnicas, sem prejuízo de outras que se § 6º No âmbito da Combe, serão instaladas as
da Educação (MEC), salvo transportes e diárias. fizerem necessárias: seguintes câmaras técnicas, sem prejuízo de outras
I – Câmara de Apoio Normativo (CAN); que se fizerem necessárias:
§ 7º Instâncias das áreas de planejamento, orçamento II – Câmara Intergovernamental de Financiamento I – Câmara de Apoio Normativo (CAN);
ou finanças dos respectivos entes federados deverão ser para a Educação Básica de Qualidade (CIFEB). II – Câmara Intergovernamental de Financiamento
consultadas em questões atinentes à sua esfera de para a Educação Básica de Qualidade (CIFEB).
atuação. § 7º As despesas da Cite correrão à conta das dotações
orçamentárias anualmente consignadas ao Ministério § 7º As despesas da Comte, correrão à conta das
da Educação (MEC), salvo transportes e diárias. dotações orçamentárias anualmente consignadas ao
Ministério da Educação, salvo transportes e diárias.
§ 8º Instâncias das áreas de planejamento, orçamento
ou finanças dos respectivos entes federados deverão § 8º Instâncias das áreas de planejamento, orçamento
ser consultadas em questões atinentes à sua esfera de ou finanças dos respectivos entes federados deverão
atuação. ser consultadas em questões atinentes à sua esfera de
atuação.

Art. 12. Em suas deliberações, as comissões Art. 12. Em suas deliberações, as comissões Art. 12. Em suas deliberações, as comissões
permanentes de pactuação federativa deverão permanentes de pactuação federativa deverão permanentes de pactuação federativa deverão
considerar, à luz da realidade social da União e de cada considerar, à luz da realidade social da União e de cada considerar, à luz da realidade social da União e de cada
Estado, as necessidades específicas das populações do Estado, as necessidades específicas das populações do Estado, as necessidades específicas das populações do
campo e das comunidades tradicionais, indígenas e campo e das comunidades tradicionais, indígenas e campo e das comunidades tradicionais, indígenas e
quilombolas. quilombolas. quilombolas.

Art. 13. Em suas deliberações, a Cite e as Cibes deverão Art. 13. A Cite e as Cibes deverão considerar, em suas Art. 13. A Comte e as Combes deverão considerar, em
considerar as necessidades específicas da educação deliberações, as necessidades específicas da educação suas deliberações, as necessidades específicas da
inclusiva e do atendimento a crianças e adolescentes inclusiva e do atendimento a crianças e adolescentes educação inclusiva e do atendimento a crianças e
cujos direitos tenham sido ameaçados ou violados. cujos direitos tenham sido ameaçados ou violados. adolescentes cujos direitos tenham sido ameaçados
ou violados.

Subseção I Subseção I Subseção I


Da Comissão Intergestores Tripartite da Educação Da Comissão Intergestores Tripartite da Educação Da Comissão Intergestores Tripartite da Educação
(CITE) (CITE) (Comte)

Art. 14. A Cite é composta paritariamente por gestores Art. 14. A Cite é composta paritariamente por gestores Art. 14. A Comte é composta paritariamente por
representantes dos três níveis de governo, da seguinte representantes dos três níveis de governo, da seguinte gestores representantes dos três níveis de governo e
forma: forma: por representantes da comunidade educacional, da
seguinte forma:
I – 5 (cinco) representantes da União e 5 (cinco) I – 5 (cinco) representantes da União e 5
suplentes, sendo 1 (um) representante e 1 (um) (cinco)suplentes, sendo 1 (um) representante e 1 (um) I – 5 (cinco) representantes da União e 5 (cinco)
suplente indicados pelo Ministro de Estado da Economia suplente indicados pelo Ministro de Estado da suplentes, indicados pelo Ministro de Estado da
e 4 (quatro) representantes e 4 (quatro) suplentes Economia e 4 (quatro) representantes e 4 (quatro) Educação, que presidirá a Comissão;
indicados pelo Ministro de Estado da Educação, que suplentes indicados pelo Ministro de Estado da II – 5 (cinco) representantes dos Estados e 5 (cinco)
presidirá a Comissão; Educação, que presidirá a Comissão; suplentes, sendo um de cada região do País, indicados
II – 5 (cinco) representantes dos Estados e 5 (cinco) II – 5 (cinco) representantes dos Estados e 5 (cinco) pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários
suplentes, sendo um de cada região do País, indicados suplentes, sendo um de cada região do País, indicados de Estado da Educação (CONSED);
pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários de pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários III – 5 (cinco) representantes dos Municípios e 5
Estado da Educação (CONSED); de Estado da Educação (CONSED); (cinco) suplentes, sendo um de cada região do País,
III – 5 (cinco) representantes dos Municípios e 5 (cinco) III – 5 (cinco) representantes dos Municípios e 5 indicados pelo presidente da União Nacional dos
suplentes, sendo um de cada região do País, indicados (cinco) suplentes, sendo um de cada região do País, Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME);
pelo presidente da União Nacional dos Dirigentes indicados pelo presidente da União Nacional dos IV -10 (dez) representantes de conselhos de educação,
Municipais de Educação (UNDIME). Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME). de entidades representativas de profissionais da
educação, e de entidades representativas de
§ 1º O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação § 1º O Fundo Nacional de Desenvolvimento da estudantes, conforme princípios da gestão
(FNDE) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educação (FNDE) e o Instituto Nacional de Estudos e democrática, de acordo com os seguintes critérios:
Educacionais Anísio Teixeira (INEP) subsidiarão Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) a) representantes de conselhos de educação
tecnicamente a tomada de decisão no âmbito da Cite, subsidiarão tecnicamente a tomada de decisão no indicados pelo Fórum dos Conselhos Estaduais
sem prejuízo da consulta a outras instituições e órgãos âmbito da Cite, sem prejuízo da consulta a outras e Distrital de Educação (Foncede) e pela União
técnicos. instituições e órgãos técnicos. Nacional de Conselhos Municipais da
Educação (Uncme);
§ 2º A Cite será regida por regimento interno, por ela § 2º A Cite será regida por regimento interno, por ela b) representantes de entidades representativas
elaborado e aprovado de forma unânime. elaborado e aprovado de forma unânime. de profissionais da educação indicados pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
§ 3º A Cite ouvirá entidades representativas da rede § 3º A Cite ouvirá entidades representativas da rede Educação (CNTE), pela Confederação Nacional
privada de educação, quando tratar de matéria afeta a privada de educação, quando tratar de matéria afeta a dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
esse segmento. esse segmento. Ensino (Contee), e pela Associação Nacional
dos Dirigentes das Instituições Federais de
§ 4º A Cite contará com estrutura técnica e § 4º A Cite contará com estrutura técnica e Ensino Superior (Andifes);
administrativa definida em regimento interno, mantida administrativa definida em regimento interno, c) representantes de entidades representativas
pelo MEC. mantida pelo MEC. de estudantes indicados pela União Nacional
dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira
§ 5º A Cite elaborará Normas Operacionais Básicas § 5º A Cite elaborará Normas Operacionais Básicas dos Estudantes Secundaristas (UBES) e pela
resultantes das pactuações realizadas em seu âmbito, resultantes das negociações realizadas no âmbito da Associação Nacional de Pós-Graduandos
de efeito vinculante e cumprimento obrigatório por sua esfera de atuação, de efeito vinculante e (ANPG).
todas as instâncias envolvidas. cumprimento obrigatório por todas as instâncias
envolvidas. § 1º O Fundo Nacional de Desenvolvimento da
§ 6º As decisões tomadas no âmbito da Cite deverão Educação (FNDE) e o Instituto Nacional de Estudos e
estar em consonância com as metas e estratégias do § 6º As decisões tomadas no âmbito da Cite deverão Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)
Plano Nacional de Educação vigente. estar em consonância com as metas e estratégias do subsidiarão tecnicamente a tomada de decisão no
Plano Nacional de Educação vigente. âmbito da Comte, sem prejuízo da consulta a outras
instituições e órgãos técnicos.

§ 2º A Comte será regida por regimento interno, por


ela elaborado e aprovado consensualmente.

§ 3º Caso julgue necessário, a Comte ouvirá entidades


representativas da rede privada de educação qaundo
tratar de matéria afeta a esse segmento, cumpridas as
normas nacionais e internacionais que regulam a
atuação da rede privada na educação.

§ 4º A Comte contará com estrutura técnica e


administrativa definida em regimento interno,
mantida pelo MEC.

§ 5º A Comte elaborará Normas Operacionais Básicas


resultantes das negociações realizadas no âmbito da
sua esfera de atuação, de efeito vinculante e
cumprimento obrigatório por todas as instâncias
envolvidas.

§ 6º As decisões tomadas no âmbito da Comte


deverão estar em consonância com as metas e
estratégias do Plano Nacional de Educação vigente.

Art. 15. Compete à Cite: Art. 15. Compete à Cite estabelecer: Art. 15. Compete à Comte estabelecer:
I – exercer as atribuições estabelecidas no art. 18 da Lei I - a assistência técnica e financeira da União aos I - diretrizes da assistência técnica e financeira da
nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020, com relação ao Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação respeitada a autonomia de cada ente; Municípios, respeitada a autonomia de cada ente;
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação II - as contrapartidas, por parte dos Estados, do II - eventuais contrapartidas, por parte dos Estados,
(FUNDEB); e Distrito Federal e dos Municípios, à assistência técnica do Distrito Federal e dos Municípios, à assistência
II – pactuar: e financeira da União; técnica e financeira da União;
a) a assistência técnica e financeira da União aos III - os parâmetros nacionais de qualidade e de acesso III - os parâmetros nacionais de qualidade e de acesso
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, respeitada para todas as etapas, as modalidades e os tipos de para todas as etapas, as modalidades e os tipos de
a autonomia de cada ente; estabelecimento de ensino da educação básica estabelecimento de ensino da educação básica
b) as contrapartidas, por parte dos Estados, do Distrito pública; pública;
Federal e dos Municípios, à assistência técnica e IV - as diretrizes e a metodologia para a formulação do IV - as diretrizes e a metodologia para a formulação do
financeira da União; CAQ nacional, com base em proposta tecnicamente CAQ nacional, com base em proposta tecnicamente
c) os fatores de ponderação por etapa, modalidade e fundamentada e conforme o § 3º do art. 36; fundamentada e conforme o § 3º do art. 36;
tipo de estabelecimento de ensino do Fundeb; V - as diretrizes para o estabelecimento nas Cibes do V - as diretrizes para o estabelecimento nas Combes
d) os fatores de ponderação fiscal e socioeconômica do valor do CAQ de âmbito estadual, com base em do valor do CAQ de âmbito estadual, com base em
Fundeb; proposta técnica fundamentada, e os valores do CAQ proposta técnica fundamentada, e os valores do CAQ
e) as condicionalidades para a complementação da de âmbito estadual, após análise técnica das propostas de âmbito estadual, após análise técnica das propostas
União prevista na alínea “c” do inciso V do art. 212-A da das Cibes; das Combes;
Constituição Federal, no âmbito do Fundeb; VI - os subsídios para a elaboração das diretrizes VI - os subsídios para a elaboração das diretrizes
f) os parâmetros, as metas e as contrapartidas para a nacionais das carreiras docentes da educação básica nacionais das carreiras docentes da educação básica
realização de transferências obrigatórias e voluntárias pública; pública;
pela União, incluindo os programas suplementares de VII - os subsídios para a elaboração das diretrizes para VII - os subsídios para a elaboração das diretrizes para
material didático-escolar, transporte, alimentação e os processos nacionais de avaliação da educação os processos nacionais de avaliação da educação
assistência à saúde do educando; escolar pública; escolar pública;
g) os parâmetros nacionais de qualidade e de acesso VIII - os subsídios para a elaboração da política de VIII - os subsídios para a elaboração da política de
para todas as etapas, as modalidades e os tipos de formação inicial e continuada de professores, com formação inicial e continuada de professores, com
estabelecimento de ensino da educação básica pública; base em quantificação objetiva da demanda; base em quantificação objetiva da demanda;
h) as diretrizes e a metodologia para a formulação do IX - os subsídios para a elaboração das diretrizes para a IX - os subsídios para a elaboração das diretrizes para a
CAQ nacional, com base em proposta tecnicamente implementação e atualização periódica da base implementação e atualização periódica da base
fundamentada e conforme o caput do art. 36, § 3º; nacional comum curricular; nacional comum curricular;
i) as diretrizes para o estabelecimento nas Cibes do X - as diretrizes para o planejamento regional a ser X - as diretrizes para o planejamento regional a ser
valor do CAQ de âmbito estadual, com base em realizado pelas Cibes; realizado pelas Combes;
proposta técnica fundamentada, e os valores do CAQ de XI - as diretrizes para o fortalecimento da capacidade XI - as diretrizes para o fortalecimento da capacidade
âmbito estadual, após análise técnica das propostas das institucional dos entes subnacionais; institucional dos entes subnacionais;
Cibes; XII - os subsídios para a elaboração das estratégias XII - os subsídios para a elaboração das estratégias
j) os parâmetros para a realização de compras nacionais para a seleção e formação de gestores escolares; para a seleção e formação de gestores escolares;
da área educacional, mediante sistema de registro de XIII - as diretrizes para quantificação, identificação, XIII - as diretrizes para quantificação, identificação,
preços em escala nacional; busca ativa e outras estratégias voltadas a crianças e busca ativa e outras estratégias voltadas a crianças e
k) os subsídios para a elaboração das diretrizes jovens fora da escola; jovens fora da escola;
nacionais das carreiras docentes da educação básica XIV - as diretrizes para cessão, doação e permuta de XIV - as diretrizes para cessão, doação e permuta de
pública; infraestrutura escolar, móveis e servidores públicos; infraestrutura escolar, móveis e servidores públicos;
l) os subsídios para a elaboração das diretrizes para os XV - a matriz de responsabilidades dos entes XV - a matriz de responsabilidades dos entes
processos nacionais de avaliação da educação escolar federativos para a execução das estratégias do PNE federativos para a execução das estratégias do PNE
pública; definidas em lei; definidas em lei;
m) os subsídios para a elaboração da política de XVI - as diretrizes para avaliação e monitoramento do XVI - as diretrizes para avaliação e monitoramento do
formação inicial e continuada de professores, com base PNE; PNE;
em quantificação objetiva da demanda; XVII - a suplementação financeira da União a Estados e XVII - a suplementação financeira da União a Estados e
n) os subsídios para a elaboração das diretrizes para a Municípios, nos termos do art. 40; Municípios, nos termos do art. 40;
implementação e atualização periódica da base nacional XVIII - outros temas relacionados ao planejamento e à XVIII - outros temas relacionados ao planejamento e à
comum curricular; formulação da política nacional de educação básica. formulação da política nacional de educação básica.
o) as diretrizes para o planejamento regional a ser
realizado pelas Cibes; § 1º No estabelecimento das contrapartidas de que § 1º No estabelecimento das contrapartidas de que
p) as diretrizes para o fortalecimento da capacidade trata este artigo, a Cite considerará indicadores de trata este artigo, a Comte considerará indicadores de
institucional dos entes subnacionais; gestão relativos às redes e secretarias de educação. gestão relativos às redes e secretarias de educação.
q) os subsídios para a elaboração das estratégias para a
seleção e formação de gestores escolares; § 2º Os repasses financeiros poderão ser suspensos, § 2º Os repasses financeiros poderão ser suspensos,
r) as diretrizes para quantificação, identificação, busca caso a União identifique o descumprimento das caso a União identifique o descumprimento das
ativa e outras estratégias voltadas a crianças e jovens contrapartidas fixadas pela Cite. contrapartidas fixadas pela Comte.
fora da escola;
s) as diretrizes para cessão, doação e permuta de § 3º Os critérios legais e infralegais para a distribuição § 3º Os critérios legais e infralegais para a distribuição
infraestrutura escolar, móveis e servidores públicos; da assistência financeira da União, incluindo seus da assistência financeira da União, incluindo seus
t) a matriz de responsabilidades dos entes federativos programas suplementares, deverão ter em vista sua programas suplementares, deverão ter em vista sua
para a execução das estratégias do PNE definidas em lei; função redistributiva, privilegiando os entes federados função redistributiva, privilegiando os entes federados
u) a metodologia para avaliação e monitoramento do com piores condições fiscais ou socioeconômicas. com piores condições fiscais ou socioeconômicas.
PNE;
v) a suplementação financeira da União a Estados e (Aqui houve sobretudo uma reorganização do texto)
Municípios, nos termos do art. 38;
w) outros temas relacionados ao planejamento e à
formulação da política nacional de educação básica.

§ 1º Na pactuação da assistência técnica e financeira da


União de que trata o inciso I do caput deste artigo,
compete à Cite:
I – fixar cronograma de repasses e sistema de
monitoramento do cumprimento das contrapartidas;
II – propor alterações dos critérios praticados pelo MEC
em programas e ações existentes anteriormente a esta
Lei Complementar.

§ 2º Na pactuação das contrapartidas de que trata o


inciso II do caput, a Cite considerará indicadores de
gestão relativos às redes e secretarias de educação.
SF/22089.26787-

§ 3º Os repasses financeiros poderão ser suspensos,


caso a União identifique o descumprimento das
contrapartidas fixadas pela Cite.

§ 4º Os critérios legais e infralegais para a distribuição


da assistência financeira da União, incluindo seus
programas suplementares, deverão ter em vista sua
função redistributiva, privilegiando os entes federados
com piores condições fiscais ou socioeconômicas.

Subseção II Subseção II Subseção II


Das Comissões Intergestores Bipartites da Educação Das Comissões Intergestores Bipartites da Educação Das Comissões Intergestores Bipartites da Educação
(CIBEs) (CIBEs) (Combes)

Art. 16. As Cibes são compostas paritariamente por Art. 16. As Cibes são compostas paritariamente por Art. 16. As Combes são compostas paritariamente por
gestores representantes dos governos estaduais e dos gestores representantes dos governos estaduais e dos gestores representantes dos governos estaduais e dos
respectivos governos municipais, da seguinte forma: respectivos governos municipais, da seguinte forma: respectivos governos municipais e por representantes
da comunidade educacional, da seguinte forma:
I – 5 (cinco) representantes do Estado, dentre eles o I – 5 (cinco) representantes do Estado, dentre eles o
Secretário Estadual de Educação, que presidirá a Secretário Estadual de Educação, que presidirá a I – 5 (cinco) representantes do Estado, dentre eles o
Comissão, e 5 (cinco) suplentes; Comissão, e 5 (cinco) suplentes; Secretário Estadual de Educação, que presidirá a
II – 5 (cinco) representantes dos Municípios do Estado e II – 5 (cinco) representantes dos Municípios do Estado Comissão, e 5 (cinco) suplentes;
5 (cinco) suplentes, titulares das secretarias municipais e 5 (cinco) suplentes, titulares das secretarias II – 5 (cinco) representantes dos Municípios do Estado
de educação, indicados pelo presidente da seccional da municipais de educação, indicados pelo presidente da e 5 (cinco) suplentes, titulares das secretarias
Undime no Estado. seccional da Undime no Estado. municipais de educação, indicados pelo presidente da
seccional da Undime no Estado;
§ 1º A composição de cada Cibe será formalizada em ato § 1º A composição de cada Cibe será formalizada em III -10 (dez) representantes de conselhos, de entidades
do Secretário Estadual de Educação competente. ato do Secretário Estadual de Educação competente. representativas de profissionais da educação, e de
entidades representativas de estudantes, conforme
§ 2º Cada Cibe poderá convocar órgãos de pesquisa e § 2º Cada Cibe poderá convocar órgãos de pesquisa e princípios da gestão democrática, de acordo com os
outras instituições do respectivo Estado, a fim de outras instituições do respectivo Estado, a fim de seguintes critérios:
subsidiar tecnicamente a tomada de decisão. subsidiar tecnicamente a tomada de decisão. a) representantes de conselhos de educação
indicados pelo Fórum dos Conselhos Estaduais
§ 3º Cada Cibe elaborará normas operacionais básicas § 3º Cada Cibe elaborará normas operacionais básicas e Distrital de Educação (Foncede) e pela União
resultantes das pactuações realizadas, de efeito resultantes das pactuações realizadas, de efeito Nacional de Conselhos Municipais da
vinculante e cumprimento obrigatório por todas as vinculante e cumprimento obrigatório por todas as Educação (Uncme), garantindo diversidade
instâncias envolvidas. instâncias envolvidas. regional;
b) representantes de entidades representativas
de profissionais da educação indicados pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Educação (CNTE), pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
Ensino (Contee), e pela Associação Nacional
dos Dirigentes das Instituições Federais de
Ensino Superior (Andifes), garantindo
diversidade regional;
c) representantes de entidades representativas
de estudantes indicados pela União Nacional
dos Estudantes (UNE), pela Associação
Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e pela
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
(UBES), garantindo diversidade regional.

§ 1º A composição de cada Combe será formalizada


em ato do Secretário Estadual de Educação
competente.

§ 2º Cada Combe poderá convocar órgãos de pesquisa


e outras instituições do respectivo Estado, a fim de
subsidiar tecnicamente a tomada de decisão.

§ 3º Cada Combe elaborará normas operacionais


básicas resultantes das pactuações realizadas, de
efeito vinculante e cumprimento obrigatório por todas
as instâncias envolvidas.

Art. 17. Cada Cibe será regida por regimento interno, Art. 17. Cada Cibe será regida por regimento interno, Art. 17. Cada Combe será regida por regimento
por ela elaborado e aprovado, de forma unânime, e por ela elaborado e aprovado, de forma unânime, e interno, por ela elaborado e aprovado
publicado em Portaria do Secretário de Estado da publicado em Portaria do Secretário de Estado da consensualmente, e publicado em Portaria do
Educação. Educação. Secretário de Estado da Educação.

Art. 18. Compete às Cibes pactuar, em cada Estado e, no Art. 18. Compete às Cibes pactuar, em cada Estado e, Art. 18. Compete às Combes pactuar, em cada Estado
que couber, no Distrito Federal: no que couber, no Distrito Federal: e, no que couber, no Distrito Federal:

I – o planejamento regional da política de educação do I – o planejamento regional da política de educação do I – o planejamento regional da política de educação do
Estado e de seus Municípios; Estado e de seus Municípios; Estado e de seus Municípios;
II – as diretrizes para o fortalecimento da capacidade II – as diretrizes para o fortalecimento da capacidade II – as diretrizes para o fortalecimento da capacidade
institucional dos Municípios; institucional dos Municípios; institucional dos Municípios;
III – a assistência técnica e financeira do Estado aos III – a assistência técnica e financeira do Estado aos III – a assistência técnica e financeira do Estado aos
Municípios, respeitada a autonomia de cada ente; Municípios, respeitada a autonomia de cada ente; Municípios, respeitada a autonomia de cada ente;
IV – as contrapartidas dos Municípios à assistência IV – as contrapartidas dos Municípios à assistência IV – as eventuais contrapartidas dos Municípios à
técnica e financeira do Estado; técnica e financeira do Estado; assistência técnica e financeira do Estado;
V – os parâmetros, as metas e as contrapartidas para a V – os parâmetros, as metas e as contrapartidas para a V – os parâmetros, metas e eventuais contrapartidas
realização de transferências voluntárias pelo Estado, realização de transferências voluntárias pelo Estado, para a realização de transferências voluntárias pelo
respeitada a autonomia de cada ente; respeitada a autonomia de cada ente; Estado, respeitada a autonomia de cada ente;
VI – a repartição da oferta do ensino fundamental entre VI – a repartição da oferta do ensino fundamental VI – a repartição da oferta do ensino fundamental
o Estado e seus Municípios; entre o Estado e seus Municípios; entre o Estado e seus Municípios;
VII – os subsídios para a elaboração das diretrizes e VII – os subsídios para a elaboração das diretrizes e VII – os subsídios para a elaboração das diretrizes e
estratégias de transição entre etapas, modalidades e estratégias de transição entre etapas, modalidades e estratégias de transição entre etapas, modalidades e
redes de ensino, considerando a equidade de redes de ensino, considerando a equidade de redes de ensino, considerando a equidade de
aprendizagem e a progressão adequada dos estudantes; aprendizagem e a progressão adequada dos aprendizagem e a progressão adequada dos
VIII – a articulação dos calendários escolares do sistema estudantes; estudantes;
estadual e dos sistemas municipais de ensino; IX – os VIII – a articulação dos calendários escolares do VIII – a articulação dos calendários escolares do
parâmetros, metas e contrapartidas, no âmbito sistema estadual e dos sistemas municipais de ensino; sistema estadual e dos sistemas municipais de ensino;
estadual, para a execução compartilhada de programas IX – os parâmetros, metas e contrapartidas, no âmbito IX – os parâmetros, metas e contrapartidas, no âmbito
estaduais de material didático-escolar, transporte, estadual, para a execução compartilhada de estadual, para a execução compartilhada de
alimentação e assistência à saúde do educando; programas estaduais de material didático-escolar, programas estaduais de material didático-escolar,
X – os subsídios para a elaboração de diretrizes e transporte, alimentação e assistência à saúde do transporte, alimentação e assistência à saúde do
estratégias das carreiras docentes da educação básica educando; educando, respeitada a autonomia de cada ente;
pública no âmbito estadual, a partir das diretrizes X – os subsídios para a elaboração de diretrizes e X – os subsídios para a elaboração de diretrizes e
pactuadas na Cite; estratégias das carreiras docentes da educação básica estratégias das carreiras docentes da educação básica
XI – a realização de compras regionais, mediante pública no âmbito estadual, a partir das diretrizes pública no âmbito estadual, a partir das diretrizes
sistema de registro de preços em escala estadual; pactuadas na Cite; pactuadas na Comte;
XII – os procedimentos para cessão, doação e permuta XI – a realização de compras regionais, mediante XI – a realização de compras regionais, mediante
de infraestrutura escolar, móveis e servidores públicos, sistema de registro de preços em escala estadual; sistema de registro de preços em escala estadual;
a partir de diretrizes estabelecidas na Cite; XII – os procedimentos para cessão, doação e permuta XII - os procedimentos para cessão, doação e permuta
XIII – os subsídios para o estabelecimento das formas de de infraestrutura escolar, móveis e servidores de infraestrutura escolar, móveis e servidores
implementação do currículo no território, em públicos, a partir de diretrizes estabelecidas na Cite; públicos, a partir de diretrizes estabelecidas na Comte;
conformidade com a base nacional comum curricular e XIII – os subsídios para o estabelecimento das formas XIII – os subsídios para o estabelecimento das formas
as demais normas nacionais, apoiando a elaboração dos de implementação do currículo no território, em de implementação do currículo no território, em
currículos das redes de ensino e dos projetos conformidade com a base nacional comum curricular e conformidade com a base nacional comum curricular e
pedagógicos das escolas; as demais normas nacionais, apoiando a elaboração as demais normas nacionais, apoiando a elaboração
XIV – os subsídios para a elaboração de diretrizes e dos currículos das redes de ensino e dos projetos dos currículos das redes de ensino e dos projetos
estratégias para a seleção e formação de gestores pedagógicos das escolas; pedagógicos das escolas;
escolares; XIV – os subsídios para a elaboração de diretrizes e XIV – os subsídios para a elaboração de diretrizes e
XV – as dimensões dos sistemas de ensino a serem estratégias para a seleção e formação de gestores estratégias para a seleção e formação de gestores
avaliadas no âmbito de sistemas estaduais de avaliação escolares; escolares;
da educação básica; XV – as dimensões dos sistemas de ensino a serem XV – as dimensões dos sistemas de ensino a serem
XVI – as diretrizes para quantificação, identificação e avaliadas no âmbito de sistemas estaduais de avaliadas no âmbito de sistemas estaduais de
implementação compartilhada de programas de busca avaliação da educação básica; avaliação da educação básica;
ativa e outras estratégias voltadas as crianças e os XVI – as diretrizes para quantificação, identificação e XVI – as diretrizes para quantificação, identificação e
jovens fora da escola; implementação compartilhada de programas de busca implementação compartilhada de programas de busca
XVII – o envio à Cite de proposta de cálculo do CAQ no ativa e outras estratégias voltadas as crianças e os ativa e outras estratégias voltadas a crianças e jovens
âmbito estadual, a partir de metodologia pactuada na jovens fora da escola; fora da escola;
Cite; XVII – o envio à Cite de proposta de cálculo do CAQ no XVII – – o envio à Comte de proposta de cálculo do
XVIII – outros temas relacionados ao planejamento, à âmbito estadual, a partir de metodologia pactuada na CAQ no âmbito estadual, a partir de metodologia
formulação e à execução da política de educação básica Cite; pactuada na Comte;
no Estado. XVIII – outros temas relacionados ao planejamento, à XVIII – outros temas relacionados ao planejamento, à
formulação e à execução da política de educação formulação e à execução da política de educação
Parágrafo único. O planejamento anual da oferta de básica no Estado. básica no Estado.
educação escolar pública no Estado será aprovado em
cada Cibe até o dia 31 de julho de cada exercício, para Parágrafo único. O planejamento anual da oferta de Parágrafo único. O planejamento anual da oferta de
vigência no exercício seguinte. educação escolar pública no Estado será aprovado em educação escolar pública no Estado será aprovado em
cada Cibe até o dia 31 de julho de cada exercício, para cada Combe até o dia 31 de julho de cada exercício,
vigência no exercício seguinte. para vigência no exercício seguinte.

Seção II Seção II Seção II


Da Câmara de Apoio Normativo (CAN) Da Câmara de Apoio Normativo (CAN) Da Câmara de Apoio Normativo (CAN) (VIDE
POSICIONAMENTO PÚBLICO - VÁLIDO PARA TODOS OS
Art. 19. A Câmara de Apoio Normativo (CAN) é instância Art. 19. A CAN é instância consultiva nacional de ARTIGOS QUE TRATAM DA CAN)
consultiva nacional de negociação e pactuação, entre negociação e pactuação, entre representantes dos
representantes dos órgãos normativos dos sistemas de órgãos normativos dos sistemas de ensino dos três Art. 19. A Câmara de Apoio Normativo (CAN) é
ensino dos três níveis de governo, de diretrizes níveis de governo, de diretrizes nacionais normativas instância consultiva nacional de negociação e
nacionais normativas para a educação. para a educação. pactuação, entre representantes dos órgãos
normativos dos sistemas de ensino dos três níveis de
governo, de diretrizes nacionais normativas para a
educação.

Art. 20. A CAN tem as seguintes atribuições: Art. 20. A CAN tem as seguintes atribuições: Art. 20. A CAN tem as seguintes atribuições:

I – prestar assessoria técnico-normativa à Cite; I – prestar assessoria técnico-normativa à Cite; I – prestar assessoria técnico-normativa à Comte;
II – discutir e contribuir com o processo de elaboração II – discutir e contribuir com o processo de elaboração II – discutir e contribuir com o processo de elaboração
de diretrizes nacionais pelo CNE; de diretrizes nacionais pelo CNE; de diretrizes nacionais pelo CNE;
III – apoiar o desenvolvimento de mecanismos de III – apoiar o desenvolvimento de mecanismos de III – apoiar o desenvolvimento de mecanismos de
implementação das diretrizes nacionais nos sistemas implementação das diretrizes nacionais nos sistemas implementação das diretrizes nacionais nos sistemas
federal, distrital, estaduais e municipais de ensino; federal, distrital, estaduais e municipais de ensino; federal, distrital, estaduais e municipais de ensino;
IV – desenvolver mecanismos de fortalecimento dos IV – desenvolver mecanismos de fortalecimento dos IV – desenvolver mecanismos de fortalecimento dos
conselhos de educação estaduais e municipais de conselhos de educação estaduais e municipais de conselhos de educação estaduais e municipais de
ensino; ensino; ensino;
V – apresentar propostas para a elaboração de diretrizes V – apresentar propostas para a elaboração de V – apresentar propostas para a elaboração de
complementares no âmbito dos respectivos conselhos diretrizes complementares no âmbito dos respectivos diretrizes complementares no âmbito dos respectivos
de educação; conselhos de educação; conselhos de educação;
VI – propor a uniformização das normas de competência VI – propor a uniformização das normas de VI – propor a uniformização das normas de
estadual, no que couber, e especificamente as relativas competência estadual, no que couber, e competência estadual, no que couber, e
à certificação para a educação profissional e especificamente as relativas à certificação para a especificamente as relativas à certificação para a
tecnológica. educação profissional e tecnológica. educação profissional e tecnológica.

Art. 21. A CAN é composta por representantes das Art. 21. A CAN é composta por representantes das Art. 21. A CAN é composta por representantes das
instâncias normativas dos três níveis de governo, da instâncias normativas dos três níveis de governo, da instâncias normativas dos três níveis de governo e dos
seguinte forma: seguinte forma: Fóruns de Educação, da seguinte forma:
I – 5 (cinco) representantes do CNE; I – 5 (cinco) representantes do CNE; I – 5 (cinco) representantes do Conselho Nacional de
II – 5 (cinco) representantes dos Conselhos Estaduais de II – 5 (cinco) representantes dos Conselhos Estaduais Educação (CNE);
Educação, assegurada a participação de cada uma das 5 de Educação, assegurada a participação de cada uma II – 1 (um) representante dos Conselhos Estaduais de
(cinco) regiões político-administrativas do Brasil, das 5 (cinco) regiões político-administrativas do Brasil, Educação de cada uma das 5 (cinco) regiões
indicados pelo Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais indicados pelo Fórum Nacional dos Conselhos político-administrativas do Brasil, que serão indicados
e Distrital de Educação (FONCEDE); Estaduais e Distrital de Educação (FONCEDE); pelo Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e
III – 5 (cinco) representantes dos Conselhos Municipais III – 5 (cinco) representantes dos Conselhos Municipais Distrital de Educação (FONCEDE);
de Educação, assegurada a participação de cada uma de Educação, assegurada a participação de cada uma III – 1 (um) representante dos Conselhos Municipais
das 5 (cinco) regiões político-administrativas do Brasil, das 5 (cinco) regiões político-administrativas do Brasil, de Educação de cada uma das 5 (cinco) regiões
indicados pela União dos Conselhos Municipais de indicados pela União dos Conselhos Municipais de político-administrativas do Brasil, que serão indicados
Educação (UNCME). Educação (UNCME). pela União dos Conselhos Municipais de Educação
(UNCME);
§ 1º Para cada um dos representantes referidos nos IV - 5 (cinco) representantes do Fórum Nacional de
incisos I, II e III do caput deste artigo, será designado o Educação (FNE);
respectivo suplente. V - 1 (um) representante dos Fóruns Estaduais de
Educação de cada uma das 5 (cinco) regiões
§ 2º A participação na CAN é função não remunerada político-administrativas do Brasil;
de relevante interesse público, e seus membros, VI - 1 (um) representante dos Fóruns Municipais de
quando convocados, farão jus a transporte e a diárias. Educação de cada uma das 5 (cinco) regiões
político-administrativas do Brasil.
§ 3º As despesas da CAN correrão à conta das
dotações orçamentárias anualmente consignadas ao § 1º Para cada um dos representantes referidos nos
MEC. incisos I, II e III do caput deste artigo, será designado o
respectivo suplente.

§ 2º A participação na CAN é função não remunerada


de relevante interesse público, e seus membros,
quando convocados, farão jus a transporte e a diárias.

§ 3º As despesas da CAN correrão à conta das


dotações orçamentárias anualmente consignadas ao
MEC.
Seção III Seção III
Da Câmara Intergovernamental de Financiamento da Da Câmara Intergovernamental de Financiamento da
Educação Básica Pública de Qualidade (CIFEB) Educação Básica Pública de Qualidade (CIFEB)

Art. 22. A Cifeb é instância responsável por definir, Art. 22. A Cifeb é instância responsável por definir,
acompanhar e monitorar as diretrizes de acompanhar e monitorar as diretrizes de
financiamento estabelecidas no âmbito do Fundo de financiamento estabelecidas no âmbito do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação de Valorização dos Profissionais da Educação
(FUNDEB), nos termos da Lei nº 14.113, de 25 de (FUNDEB), nos termos da Lei nº 14.113, de 25 de
dezembro de 2020. dezembro de 2020.

§1º Compete à Cifeb: §1º Compete à Cifeb:


I - especificar anualmente, observados os limites I - especificar anualmente, observados os limites
definidos na Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de definidos na Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de
2020, as diferenças e as ponderações aplicáveis: 2020, as diferenças e as ponderações aplicáveis:
a) às diferentes etapas, modalidades, duração da a) às diferentes etapas, modalidades, duração da
jornada e tipos de estabelecimento de ensino da jornada e tipos de estabelecimento de ensino da
educação básica, observado o disposto no art. 9º da educação básica, observado o disposto no art. 9º da
Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020, Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020,
considerada a correspondência ao custo médio da considerada a correspondência ao custo médio aluno
respectiva etapa, modalidade e tipo de qualidade da respectiva etapa, modalidade e tipo de
estabelecimento de educação básica; estabelecimento de educação básica;
b) ao nível socioeconômico dos educandos, aos b) ao nível socioeconômico dos educandos, aos
indicadores de disponibilidade de recursos vinculados indicadores de disponibilidade de recursos vinculados
à educação e aos indicadores de utilização do à educação e aos indicadores de utilização do
potencial de arrecadação tributária de cada ente potencial de arrecadação tributária de cada ente
federado, nos termos do art. 10 da Lei nº 14.113, de federado, nos termos do art. 10 da Lei nº 14.113, de
25 de dezembro de 2020; 25 de dezembro de 2020;
II - monitorar e avaliar as condicionalidades definidas II - monitorar e avaliar as condicionalidades definidas
no § 1º do art. 14 da Lei nº 14.113, de 25 de dezembro no § 1º do art. 14 da Lei nº 14.113, de 25 de dezembro
de 2020, com base em proposta tecnicamente de 2020, com base em proposta tecnicamente
fundamentada do Inep; fundamentada do Inep;
III - aprovar a metodologia de cálculo do custo médio III - aprovar a metodologia de cálculo do custo médio
das diferentes etapas, modalidades, duração da aluno qualidade das diferentes etapas, modalidades,
jornada e tipos de estabelecimento de ensino da duração da jornada e tipos de estabelecimento de
educação básica, elaborada pelo Inep, consideradas as ensino da educação básica, elaborada pelo Inep,
respectivas especificidades e os insumos necessários consideradas as respectivas especificidades e os
para a garantia de sua qualidade; insumos necessários para a garantia de sua qualidade;
IV - aprovar a metodologia de cálculo dos indicadores IV - aprovar a metodologia de cálculo dos indicadores
de nível socioeconômico dos educandos, elaborada de nível socioeconômico dos educandos, elaborada
pelo Inep, e as metodologias de cálculo da pelo Inep, e as metodologias de cálculo da
disponibilidade de recursos vinculados à educação e disponibilidade de recursos vinculados à educação e
do potencial de arrecadação tributária de cada ente do potencial de arrecadação tributária de cada ente
federado, elaboradas pelo Ministério da Economia; federado, elaboradas pelo Ministério da Economia;
V - aprovar a metodologia de cálculo dos indicadores V - aprovar a metodologia de cálculo dos indicadores
de atendimento e melhoria da aprendizagem com de atendimento e melhoria da aprendizagem com
redução das desigualdades, nos termos do sistema redução das desigualdades, nos termos do sistema
nacional de avaliação da educação básica, referidos no nacional de avaliação da educação básica, referidos no
inciso III do caput do art. 5º da Lei nº 14.113, de 25 de inciso III do caput do art. 5º da Lei nº 14.113, de 25 de
dezembro de 2020, elaborada pelo Inep, observado o dezembro de 2020, elaborada pelo Inep, observado o
disposto no § 2º do art. 14 da mesma Lei; disposto no § 2º do art. 14 da mesma Lei;
VI - aprovar a metodologia de aferição das VI - aprovar a metodologia de aferição das
condicionalidades referidas no inciso III do caput do condicionalidades referidas no inciso III do caput do
art. 5º da Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020, art. 5º da Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020,
elaborada pelo Inep, observado o disposto no § 1º do elaborada pelo Inep, observado o disposto no § 1º do
art. 14 da mesma Lei; art. 14 da mesma Lei;
VII - aprovar a metodologia de cálculo do indicador VII - aprovar a metodologia de cálculo do indicador
referido no parágrafo único do art. 28 da Lei nº referido no parágrafo único do art. 28 da Lei nº
14.113, de 25 de dezembro 2020, elaborada pelo Inep, 14.113, de 25 de dezembro 2020, elaborada pelo Inep,
para aplicação, pelos Municípios, de recursos da para aplicação, pelos Municípios, de recursos da
complementação-VAAT na educação infantil; complementação-VAAT na educação infantil;
VIII - aprovar a metodologia de apuração e VIII - aprovar a metodologia de apuração e
monitoramento do exercício da função redistributiva monitoramento do exercício da função redistributiva
dos entes em relação a suas escolas, de que trata o § dos entes em relação a suas escolas, de que trata o §
2º do art. 25 da Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2º do art. 25 da Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de
2020, elaborada pelo MEC; 2020, elaborada pelo MEC;
IX - elaborar ou requisitar a elaboração de estudos IX - elaborar ou requisitar a elaboração de estudos
técnicos pertinentes, sempre que necessário; técnicos pertinentes, sempre que necessário;
X - elaborar seu regimento interno, por meio de X - elaborar seu regimento interno, por meio de
portaria do Ministro de Estado da Educação; portaria do Ministro de Estado da Educação;
XI - exercer outras atribuições conferidas em lei. XI - exercer outras atribuições conferidas em lei.

§ 1º Serão adotados como base para a decisão da § 1º Serão adotados como base para a decisão da
Cifeb os dados do censo escolar anual mais atualizado Cifeb os dados do censo escolar anual mais atualizado
realizado pelo Inep. realizado pelo Inep.

§ 2º A existência prévia de estudos sobre custos § 2º A existência prévia de estudos sobre custos médio
médios das etapas, modalidades e tipos de ensino, aluno qualidade das etapas, modalidades e tipos de
nível socioeconômico dos estudantes, disponibilidade ensino, nível socioeconômico dos estudantes,
de recursos vinculados à educação e potencial de disponibilidade de recursos vinculados à educação e
arrecadação de cada ente federado, anualmente potencial de arrecadação de cada ente federado,
atualizados e publicados pelo Inep, é condição anualmente atualizados e publicados pelo Inep, é
indispensável para decisão, pela Cifeb, de promover condição indispensável para decisão, pela Cifeb, de
alterações na especificação das diferenças e das promover alterações na especificação das diferenças e
ponderações referidas no inciso I do § 1º deste artigo. das ponderações referidas no inciso I do § 1º deste
artigo.
§ 3º A Cifeb exercerá suas competências em
observância às garantias estabelecidas nos incisos I, II, § 3º A Cifeb exercerá suas competências em
III e IV do caput do art. 208 da Constituição Federal e observância às garantias estabelecidas nos incisos I, II,
às metas do Plano Nacional de Educação. III e IV do caput do art. 208 da Constituição Federal e
às metas do Plano Nacional de Educação.
§ 4º No ato de publicação das ponderações dispostas
no inciso I do caput deste artigo, a Cifeb deverá § 4º No ato de publicação das ponderações dispostas
publicar relatório detalhado com a memória de cálculo no inciso I do caput deste artigo, a Cifeb deverá
sobre os custos médios, as fontes dos indicadores publicar relatório detalhado com a memória de cálculo
utilizados e as razões que levaram à definição dessas sobre os custos médios, as fontes dos indicadores
ponderações. utilizados e as razões que levaram à definição dessas
ponderações.
§ 5º A deliberação da Cifeb, referente ao indicador de
disponibilidade de recursos vinculados à educação, de § 5º A deliberação da Cifeb, referente ao indicador de
que trata o inciso IV do § 1º deste artigo, ocorrerá até disponibilidade de recursos vinculados à educação, de
o dia 31 de outubro do ano anterior ao exercício de que trata o inciso IV do § 1º deste artigo, ocorrerá até
referência e será registrada em ata circunstanciada, o dia 31 de outubro do ano anterior ao exercício de
lavrada conforme seu regimento interno. referência e será registrada em ata circunstanciada,
lavrada conforme seu regimento interno.
§ 6º Para fins do disposto no § 5º deste artigo, a
metodologia de cálculo do indicador de § 6º Para fins do disposto no § 5º deste artigo, a
disponibilidade de recursos vinculados à educação metodologia de cálculo do indicador de
deverá ser encaminhada à Cifeb com 30 (trinta) dias disponibilidade de recursos vinculados à educação
de antecedência. deverá ser encaminhada à Cifeb com 30 (trinta) dias
de antecedência.

Art. 23. A Cifeb será composta de: Art. 23. A Cifeb será composta de:

I - 5 (cinco) representantes do MEC, incluídos 1 (um) I - 5 (cinco) representantes do MEC, incluídos 1 (um)
representante do Inep e 1 (um) representante do representante do Inep e 1 (um) representante do
FNDE; FNDE;
II - 1 (um) representante dos secretários estaduais de II - 1 (um) representante dos secretários estaduais de
educação de cada uma das 5 (cinco) regiões educação de cada uma das 5 (cinco) regiões
político-administrativas do Brasil indicado pelas seções político-administrativas do Brasil indicado pelas seções
regionais do Consed; regionais do Consed;
III - 1 (um) representante dos secretários municipais III - 1 (um) representante dos secretários municipais
de educação de cada uma das 5 (cinco) regiões de educação de cada uma das 5 (cinco) regiões
político-administrativas do Brasil indicado pelas seções político-administrativas do Brasil indicado pelas seções
regionais da Undime. regionais da Undime;
III -10 (dez) representantes de conselhos, de entidades
§ 1º As deliberações da Cifeb serão registradas em ata representativas de profissionais da educação, e de
circunstanciada, lavrada conforme seu regimento entidades representativas de estudantes, conforme
interno. princípios da gestão democrática, de acordo com os
seguintes critérios:
§ 2º As deliberações relativas à especificação das a) representantes de conselhos de educação
ponderações constarão de resolução publicada no indicados pelo Fórum dos Conselhos Estaduais
Diário Oficial da União até o dia 31 de julho de cada e Distrital de Educação (Foncede) e pela União
exercício, para vigência no exercício seguinte. Nacional de Conselhos Municipais da
Educação (Uncme), garantindo diversidade
§ 3º A participação na Cifeb é função não remunerada regional;
de relevante interesse público, e seus membros, b) representantes de entidades representativas
quando convocados, farão jus a transporte e a diárias. de profissionais da educação indicados pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
§ 4º Para cada um dos representantes referidos nos Educação (CNTE), pela Confederação Nacional
incisos I, II e III do caput deste artigo, será designado o dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
respectivo suplente. Ensino (Contee), e pela Associação Nacional
dos Dirigentes das Instituições Federais de
§ 5º As despesas da Cifeb correrão à conta das Ensino Superior (Andifes), garantindo
dotações orçamentárias anualmente consignadas ao diversidade regional;
MEC. c) representantes de entidades representativas
de estudantes indicados pela União Nacional
dos Estudantes (UNE), pela Associação
Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e pela
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
(UBES), garantindo diversidade regional.

§ 1º As deliberações da Cifeb serão registradas em ata


circunstanciada, lavrada conforme seu regimento
interno.

§ 2º As deliberações relativas à especificação das


ponderações constarão de resolução publicada no
Diário Oficial da União até o dia 31 de julho de cada
exercício, para vigência no exercício seguinte.

§ 3º A participação na Cifeb é função não remunerada


de relevante interesse público, e seus membros,
quando convocados, farão jus a transporte e a diárias.

§ 4º Para cada um dos representantes referidos nos


incisos I, II e III do caput deste artigo, será designado o
respectivo suplente.

§ 5º As despesas da Cifeb correrão à conta das


dotações orçamentárias anualmente consignadas ao
MEC.

Seção III Seção IV Seção IV


Dos Conselhos, das Conferências e dos Fóruns de Dos Conselhos, das Conferências e dos Fóruns de Dos Conselhos, das Conferências e dos Fóruns de
Educação Educação Educação

Subseção I Subseção I Subseção I


Dos Conselhos Dos Conselhos Dos Conselhos

Art. 22. Os Conselhos de Educação são órgãos Art. 24. Os Conselhos de Educação são órgãos Art. 22. Os Conselhos de Educação são órgãos
instituídos por lei específica de cada ente federado, com instituídos por lei específica de cada ente federado, instituídos por lei específica de cada ente federado,
função normativa, deliberativa e de assessoramento com função normativa, deliberativa e de com função normativa, deliberativa e de
técnico ao Poder Executivo, com representatividade do assessoramento técnico ao Poder Executivo, com assessoramento técnico ao Poder Executivo, com
poder público e da sociedade civil, compreendendo: representatividade do poder público e da sociedade representatividade do poder público e da sociedade
civil, compreendendo: civil, compreendendo:
I – o CNE, no âmbito do sistema nacional de educação; I – o CNE, no âmbito do sistema nacional de educação;
II – os Conselhos Estaduais, do Distrito Federal e II – os Conselhos Estaduais, do Distrito Federal e I – o Conselho Nacional de Educação (CNE), no âmbito
Municipais de Educação, no âmbito de seus respectivos Municipais de Educação, no âmbito de seus do sistema federal de ensino;
sistemas de ensino. respectivos sistemas de ensino. II – os Conselhos Estaduais, do Distrito Federal e
Municipais de Educação, no âmbito de seus
§ 1º As atribuições dos Conselhos Estaduais, Distrital e § 1º As atribuições dos Conselhos Estaduais, Distrital e respectivos sistemas de ensino.
Municipais de Educação serão exercidas nos limites das Municipais de Educação serão exercidas nos limites
competências fixadas por suas leis instituidoras e pela das competências fixadas por suas leis instituidoras e § 1º As atribuições dos Conselhos Estaduais, Distrital e
Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional. pela Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional. Municipais de Educação serão exercidas nos limites
das competências fixadas por suas leis instituidoras e
§ 2º Incumbe aos Poderes Executivos assegurar, na § 2º Incumbe aos Poderes Executivos assegurar, na pela Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional.
esfera de sua atuação, a autonomia técnico-pedagógica, esfera de sua atuação, a autonomia
administrativa e financeira dos Conselhos, por meio de técnico-pedagógica, administrativa e financeira dos § 2º Incumbe aos Poderes Executivos assegurar, na
dotação orçamentária própria. Conselhos, por meio de dotação orçamentária própria. esfera de sua atuação, a autonomia
técnico-pedagógica, administrativa e financeira dos
§ 3º É garantida a eleição do presidente da instituição § 3º É garantida a eleição do presidente da instituição Conselhos, por meio de dotação orçamentária própria.
entre os pares dos respectivos Conselhos, na forma do entre os pares dos respectivos Conselhos, na forma do
regulamento. regulamento. § 3º É garantida a eleição do presidente da instituição
entre os pares dos respectivos Conselhos, na forma do
regulamento.

Art. 23. Os Conselhos Estaduais de Educação terão entre Art. 25. Os Conselhos Estaduais de Educação terão Art. 24. Os Conselhos Estaduais de Educação terão
seus conselheiros a representação da Undime no entre seus conselheiros a representação da Undime no entre seus conselheiros a representação da Undime no
respectivo Estado e, na forma do regulamento, dos respectivo Estado e, na forma do regulamento, dos respectivo Estado.
profissionais da educação. profissionais da educação.

Subseção II Subseção II Subseção II


Das Conferências e dos Fóruns de Educação Das Conferências e dos Fóruns de Educação Das Conferências e dos Fóruns de Educação (VIDE
POSICIONAMENTO PÚBLICO PARA
Art. 24. A União promoverá, a cada quatro anos, a Art. 26. A União promoverá, a cada quatro anos, a APRIMORAMENTOS)
realização de conferência nacional de educação, realização de conferência nacional de educação,
precedida de conferências municipais, distrital e precedida de conferências municipais, distrital e Art. 26. A União promoverá, a cada quatro anos, a
estaduais, articuladas e coordenadas pelo Fórum estaduais, articuladas e coordenadas pelo Fórum realização de conferência nacional de educação,
Nacional de Educação. Nacional de Educação. precedida de conferências municipais, distrital e
estaduais, articuladas e coordenadas pelo Fórum
Nacional de Educação.
Art. 25. O Fórum Nacional de Educação, de caráter Art. 27. O Fórum Nacional de Educação, de caráter Art. 27. O Fórum Nacional de Educação, de caráter
permanente, é espaço participativo de mobilização, permanente, é espaço participativo de mobilização, permanente, é espaço participativo de mobilização,
interlocução e consulta à sociedade, com a função de interlocução e consulta à sociedade, com a função de interlocução e consulta à sociedade, com a função de
articular e coordenar as conferências de educação e de articular e coordenar as conferências de educação e articular e coordenar as conferências de educação e
monitorar e avaliar a execução do Plano Nacional de de monitorar e avaliar a execução do Plano Nacional de monitorar e avaliar a execução do Plano Nacional
Educação. de Educação. de Educação.

§ 1º O Fórum Nacional de Educação, instituído e § 1º O Fórum Nacional de Educação, instituído e § 1º O Fórum Nacional de Educação, instituído e
regulamentado por ato normativo do órgão competente regulamentado por ato normativo do órgão regulamentado por ato normativo do órgão
da administração pública federal na área da educação, competente da administração pública federal na área competente da administração pública federal na área
será composto por representantes: da educação, será composto por representantes: da educação, será composto por representantes:
I – do órgão instituidor; I – do órgão instituidor;
I – do órgão instituidor; II – das Secretarias Estaduais, do Distrito Federal e II – das Secretarias Estaduais, do Distrito Federal e
II – das Secretarias Estaduais, do Distrito Federal e Municipais de Educação; Municipais de Educação;
Municipais de Educação; III – dos Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de III – dos Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de
III – dos Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de Educação; Educação;
Educação; IV – de entidades representativas de estabelecimentos IV – de entidades representativas de estabelecimentos
IV – de entidades representativas de estabelecimentos de ensino, públicos e privados, da educação básica e de ensino, públicos e privados, da educação básica e
de ensino, públicos e privados, da educação básica e superior; superior;
superior; V – de entidades representativas dos trabalhadores V – de entidades representativas dos trabalhadores
V – de entidades representativas dos trabalhadores em em educação básica e superior, pública e privada, em educação básica e superior, pública e privada,
educação básica e superior, pública e privada, incluindo incluindo professores e demais servidores, e dos incluindo professores e demais servidores, e dos
professores e demais servidores, e dos trabalhadores trabalhadores em geral, incluindo centrais sindicais; trabalhadores em geral, incluindo centrais sindicais;
em geral, incluindo centrais sindicais; VI – de entidades representativas dos estudantes da VI – de entidades representativas dos estudantes da
VI – de entidades representativas dos estudantes da educação básica e superior; educação básica e superior;
educação básica e superior; VII – de entidades representativas de pais e VII – de entidades representativas de pais e
VII – de entidades representativas de pais e responsáveis pelos estudantes; responsáveis pelos estudantes;
responsáveis pelos estudantes; VIII – de sociedades e associações científicas; VIII – de sociedades e associações científicas;
VIII – de sociedades e associações científicas; IX – de entidades de estudos e pesquisa em educação; IX – de entidades de estudos e pesquisa em educação;
IX – de entidades de estudos e pesquisa em educação; X – de movimentos em defesa da educação e outros X – de movimentos em defesa da educação e outros
X – de movimentos em defesa da educação e outros movimentos sociais; movimentos sociais;
movimentos sociais; XI – de entidades representativas de segmentos XI – de entidades representativas de segmentos
XI – de entidades representativas de segmentos produtivos da sociedade com interface com a produtivos da sociedade com interface com a
produtivos da sociedade com interface com a educação; educação; educação;
XII – de outras entidades relevantes para o XII – de outras entidades relevantes para o XII – de outras entidades relevantes para o
desenvolvimento da educação. desenvolvimento da educação. desenvolvimento da educação.

§ 2º Em cada ente federado será constituído Fórum de § 2º Em cada ente federado será constituído Fórum de § 2º Em cada ente federado será constituído Fórum de
Educação, com atribuições similares, no âmbito de seu Educação, com atribuições similares, no âmbito de seu Educação, com atribuições similares, no âmbito de seu
território, às do Fórum Nacional de Educação. território, às do Fórum Nacional de Educação. território, às do Fórum Nacional de Educação.

§ 3º As entidades, sociedades, associações e § 3º As entidades, sociedades, associações e § 3º As entidades, sociedades, associações e


movimentos referidos no § 1º deste artigo movimentos referidos no § 1º deste artigo movimentos referidos no § 1º deste artigo
contemplarão ao menos os seguintes critérios com contemplarão ao menos os seguintes critérios contemplarão ao menos os seguintes critérios
relação ao seu perfil: com relação ao seu perfil: com relação ao seu perfil:

I – amplo reconhecimento público em, ao menos, um I – amplo reconhecimento público em, ao menos, um I – amplo reconhecimento público em, ao menos, um
segmento da educação escolar ou setor da sociedade, segmento da educação escolar ou setor da sociedade, segmento da educação escolar ou setor da sociedade,
conforme disposto em regulamento; conforme disposto em regulamento; conforme disposto em regulamento;
II – abrangência nacional, tendo atuação em todas as II – abrangência nacional, tendo atuação em todas as II – abrangência nacional, tendo atuação em todas as
regiões geográficas do país na área da educação; regiões geográficas do país na área da educação; regiões geográficas do país na área da educação;
III – atuação efetiva de, no mínimo, quatro anos na área III – atuação efetiva de, no mínimo, quatro anos na III – atuação efetiva de, no mínimo, quatro anos na
da educação; área da educação; área da educação;
IV – comprovação de filiados, associados e pessoas IV – comprovação de filiados, associados e pessoas IV – comprovação de filiados, associados e pessoas
representadas pela sua atuação. representadas pela sua atuação. representadas pela sua atuação.

§ 4º A composição do Fórum Nacional de Educação § 4º A composição do Fórum Nacional de Educação § 4º A composição do Fórum Nacional de Educação
poderá ser alterada, exclusivamente, por decisão do seu poderá ser alterada, exclusivamente, por decisão do poderá ser alterada, exclusivamente, por decisão do
Pleno, em reunião ordinária marcada com esse objetivo, seu Pleno, em reunião ordinária marcada com esse seu Pleno, em reunião ordinária marcada com esse
com presença de, no mínimo, dois terços de seus objetivo, com presença de, no mínimo, dois terços de objetivo, com presença de, no mínimo, dois terços de
membros. seus membros. seus membros.

§ 5° As despesas relativas ao funcionamento ordinário § 5° As despesas relativas ao funcionamento dos § 5° As despesas relativas ao funcionamento dos
dos Fóruns Nacional, Estaduais, Distrital e Municipais de Fóruns Nacional, Estaduais, Distrital e Municipais de Fóruns Nacional, Estaduais, Distrital e Municipais de
Educação deverão ser previstas nos orçamentos anuais Educação deverão ser previstas nos orçamentos anuais Educação deverão ser previstas nos orçamentos anuais
dos respectivos entes da federação, de modo a dos respectivos entes da federação, de modo a dos respectivos entes da federação, de modo a
assegurar adequadas condições de funcionamento. assegurar adequadas condições de funcionamento. assegurar adequadas condições de funcionamento.

§ 6º A participação nos Fóruns de Educação é função § 6º A participação nos Fóruns de Educação é função § 6º A participação nos Fóruns de Educação é função
não remunerada de relevante interesse público, e seus não remunerada de relevante interesse público, e seus não remunerada de relevante interesse público, e seus
membros, quando convocados, farão jus a transporte e membros, quando convocados, farão jus a transporte membros, quando convocados, farão jus a transporte
diárias, bem como a condições adequadas de trabalho. e diárias, bem como a condições adequadas de e diárias, bem como a condições adequadas de
trabalho. trabalho.

Art. 26. Será instituído e regulamentado por ato Art. 28. Será instituído e regulamentado por ato Art. 28. Será instituído e regulamentado por ato
normativo do órgão competente da administração normativo do órgão competente da administração normativo do órgão competente da administração
pública federal na área da educação o Fórum de pública federal na área da educação o Fórum de pública federal na área da educação o Fórum de
Valorização dos Profissionais da Educação, com os Valorização dos Profissionais da Educação, com os Valorização dos Profissionais da Educação, com os
seguintes objetivos: seguintes objetivos: seguintes objetivos:
I – acompanhar a atualização progressiva do valor do I – acompanhar a atualização progressiva do valor do I – acompanhar a atualização progressiva do valor do
piso salarial nacional para os profissionais do magistério piso salarial nacional para os profissionais do piso salarial nacional para os profissionais do
público da educação básica; magistério público da educação básica; magistério público da educação básica;
II – propor à Cite estratégias para a obtenção e a II – propor à Cite estratégias para a obtenção e a II – propor à Comte estratégias para a obtenção e a
organização de informações sobre cumprimento do piso organização de informações sobre cumprimento do organização de informações sobre cumprimento do
pelos entes federativos, bem como sobre os planos de piso pelos entes federativos, bem como sobre os piso pelos entes federativos, bem como sobre os
carreira e remuneração; planos de carreira e remuneração; planos de carreira e remuneração;
III – contribuir para a regulamentação do inciso VIII do III – contribuir para a regulamentação do inciso VIII do III – contribuir para a regulamentação do inciso VIII do
art. 206 da Constituição Federal; art. 206 da Constituição Federal; art. 206 da Constituição Federal;
IV – acompanhar a evolução da remuneração dos IV – acompanhar a evolução da remuneração dos IV – acompanhar a evolução da remuneração dos
profissionais da educação por meio de fontes oficiais de profissionais da educação por meio de fontes oficiais profissionais da educação por meio de fontes oficiais
pesquisa e informação; de pesquisa e informação; de pesquisa e informação;
V – contribuir para a formulação de políticas voltadas à V – contribuir para a formulação de políticas voltadas V – contribuir para a formulação de políticas voltadas
garantia da valorização dos profissionais da educação à garantia da valorização dos profissionais da à garantia da valorização dos profissionais da
básica e superior, pública e privada, com relação à educação básica e superior, pública e privada, com educação básica e superior, pública e privada, com
formação inicial e continuada, carreira, remuneração, relação à formação inicial e continuada, carreira, relação à formação inicial e continuada, carreira,
salário, condições de saúde e relações democráticas de remuneração, salário, condições de saúde e relações remuneração, salário, condições de saúde e relações
trabalho, em sintonia com as metas e estratégias do democráticas de trabalho, em sintonia com as metas e democráticas de trabalho, em sintonia com as metas e
plano decenal de educação vigente; estratégias do plano decenal de educação vigente; estratégias do plano decenal de educação vigente;
VI – contribuir para a formulação de diretrizes nacionais VI – contribuir para a formulação de diretrizes VI – contribuir para a formulação de diretrizes
de carreira e de formação inicial e continuada. nacionais de carreira e de formação inicial e nacionais de carreira e de formação inicial e
continuada. continuada.
§ 1º O Fórum de Valorização dos Profissionais da
Educação terá a seguinte composição: § 1º O Fórum de Valorização dos Profissionais da § 1º O Fórum de Valorização dos Profissionais da
I – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes do órgão Educação terá a seguinte composição: Educação terá a seguinte composição:
instituidor; I – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes do I – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes do
II – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes das órgão instituidor; órgão instituidor;
Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito II – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes das II – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes das
Federal, indicados pelo Consed; Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito
III – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes das Federal, indicados pelo Consed; Federal, indicados pelo Consed;
Secretarias de Educação dos Municípios, indicados pela III – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes das III – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes das
Undime; Secretarias de Educação dos Municípios, indicados Secretarias de Educação dos Municípios, indicados
IV – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes dos pela Undime; pela Undime;
profissionais da educação básica pública, indicados pela IV – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes dos IV – 3 (três) representantes e 3 (três) suplentes dos
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação profissionais da educação básica pública, indicados profissionais da educação básica pública, indicados
(CNTE); pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em
V – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos Educação (CNTE); Educação (CNTE);
servidores federais da educação básica, profissional e V – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos V – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos
tecnológica, indicados pelo Sindicato Nacional dos servidores federais da educação básica, profissional e servidores federais da educação básica, profissional e
Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e tecnológica, indicados pelo Sindicato Nacional dos tecnológica, indicados pelo Sindicato Nacional dos
Tecnológica (SINASEFE); Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e
VI – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos Tecnológica (SINASEFE); Tecnológica (SINASEFE);
trabalhadores técnico-administrativos em instituições VI – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos VI – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos
de ensino superior públicas, indicados pela Federação trabalhadores técnico-administrativos em instituições trabalhadores técnico-administrativos em instituições
de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos de ensino superior públicas, indicados pela Federação de ensino superior públicas, indicados pela Federação
em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil de Sindicatos de Trabalhadores de Sindicatos de Trabalhadores
(FASUBRA); Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino
VII – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos Superior Públicas do Brasil (FASUBRA); Superior Públicas do Brasil (FASUBRA);
docentes do ensino superior, indicados pela Associação VII – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos VII – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos
Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES); docentes do ensino superior, indicados pela docentes do ensino superior, indicados pela
VIII – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior
professores de instituições federais de ensino superior e(ANDES); (ANDES);
de ensino básico técnico e tecnológico, indicados pela VIII – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos VIII – 1 (um) representante e 1 (um) suplente dos
Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de professores de instituições federais de ensino superior professores de instituições federais de ensino superior
Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino e de ensino básico técnico e tecnológico, indicados e de ensino básico técnico e tecnológico, indicados
Básico, Técnico e Tecnológico (PROIFES); pela Federação de Sindicatos de Professores e pela Federação de Sindicatos de Professores e
IX – 1 (um) representante e 1 (um) suplente de entidade Professoras de Instituições Federais de Ensino Professoras de Instituições Federais de Ensino
científica com atuação no campo da formação e Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico
valorização dos profissionais da educação, indicados (PROIFES); (PROIFES);
pela Associação Nacional pela Formação dos IX – 1 (um) representante e 1 (um) suplente de IX – 1 (um) representante e 1 (um) suplente de
Profissionais da Educação (ANFOPE); entidade científica com atuação no campo da entidade científica com atuação no campo da
X – 1 (um) representante e 1 (um) suplente de entidade formação e valorização dos profissionais da educação, formação e valorização dos profissionais da educação,
representativa de profissionais da educação do setor indicados pela Associação Nacional pela Formação dos indicados pela Associação Nacional pela Formação dos
privado, indicados pela Confederação Nacional dos Profissionais da Educação (ANFOPE); Profissionais da Educação (ANFOPE);
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino X – 1 (um) representante e 1 (um) suplente de X – 1 (um) representante e 1 (um) suplente de
(CONTEE). entidade representativa de profissionais da educação entidade representativa de profissionais da educação
do setor privado, indicados pela Confederação do setor privado, indicados pela Confederação
§ 2º As reuniões do Fórum serão registradas em ata Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
circunstanciada, lavrada conforme os dispositivos do seu Ensino (CONTEE). Ensino (CONTEE).
regimento interno.
§ 2º As reuniões do Fórum serão registradas em ata § 2º As reuniões do Fórum serão registradas em ata
§ 3º O órgão instituidor do Fórum de Valorização dos circunstanciada, lavrada conforme os dispositivos do circunstanciada, lavrada conforme os dispositivos do
Profissionais da Educação assegurará as adequadas seu regimento interno. seu regimento interno.
condições para seu funcionamento.
§ 3º O órgão instituidor do Fórum de Valorização dos § 3º O órgão instituidor do Fórum de Valorização dos
§ 4º A participação no Fórum de Valorização dos Profissionais da Educação assegurará as adequadas Profissionais da Educação assegurará as adequadas
Profissionais da Educação é função não remunerada de condições para seu funcionamento. condições para seu funcionamento.
relevante interesse público, e seus membros, quando
convocados, farão jus a transporte e diárias, bem como § 4º A participação no Fórum de Valorização dos § 4º A participação no Fórum de Valorização dos
a condições adequadas de trabalho. Profissionais da Educação é função não remunerada Profissionais da Educação é função não remunerada
de relevante interesse público, e seus membros, de relevante interesse público, e seus membros,
quando convocados, farão jus a transporte e diárias, quando convocados, farão jus a transporte e diárias,
bem como a condições adequadas de trabalho. bem como a condições adequadas de trabalho.

Seção IV Seção V Seção V


Dos Instrumentos do SNE Dos Instrumentos do SNE Dos Instrumentos do SNE

Art. 27. São instrumentos do SNE: Art. 29. São instrumentos do SNE: Art. 29. São instrumentos do SNE:

I – as pactuações da Cite e das Cibes, descritas em I – as pactuações da Cite e das Cibes, descritas em I – as pactuações da Comte e das Combes, descritas
normas operacionais básicas e atas de reuniões lavradas normas operacionais básicas e atas de reuniões em normas operacionais básicas e atas de reuniões
e publicadas; lavradas e publicadas; lavradas e publicadas;
II – o planejamento e a avaliação periódicos e II – o planejamento e a avaliação periódicos e II – o planejamento e a avaliação periódicos e
participativos da educação; participativos da educação; participativos da educação;
III – os planos decenais de educação nacional, estaduais, III – os planos decenais de educação nacional, III – os planos decenais de educação nacional,
distrital e municipais; estaduais, distrital e municipais; estaduais, distrital e municipais;
IV – os mecanismos automáticos de redistribuição de IV – os mecanismos automáticos de redistribuição de IV – os mecanismos automáticos de redistribuição de
recursos, tais como as transferências financeiras legais e recursos, tais como as transferências financeiras legais recursos, tais como as transferências financeiras legais
constitucionais; e constitucionais; e constitucionais, inclusive aquelas supletivas;
V – os consórcios, convênios, acordos de cooperação V – os consórcios, convênios, acordos de cooperação V – os consórcios, convênios, acordos de cooperação
técnica e outras formas de associação federativa técnica e outras formas de associação federativa técnica e outras formas de associação federativa
previstas em lei; previstas em lei; previstas em lei;
VI – as avaliações educacionais; VI – as avaliações educacionais; VI – as avaliações educacionais;
VII – os territórios etnoeducacionais indígenas; VII – os territórios etnoeducacionais indígenas; VII – os territórios etnoeducacionais indígenas e
VIII – a integração de infraestrutura e de plataformas VIII – a integração de infraestrutura e de plataformas quilombolas;
tecnológicas. tecnológicas. VIII – a integração de infraestrutura e de plataformas
tecnológicas.

Parágrafo único. A função supletiva e redistributiva da


União e dos Estados deve promover, na forma da lei, a
partir dos parâmetros do Custo Aluno Qualidade
(CAQ), medidas de redistribuição de recursos
financeiros para universalização do padrão mínimo de
qualidade, garantindo as condições adequadas de
oferta, combate ao analfabetismo, à discriminação e
às demais desigualdades educacionais e apoio aos
sistemas de ensino.

Art. 28. A lei estabelecerá o Plano Nacional de Art. 30. A lei estabelecerá o Plano Nacional de Art. 30. A lei estabelecerá o Plano Nacional de
Educação, de duração decenal, com o objetivo de Educação, de duração decenal, com o objetivo de Educação, de duração decenal, com o objetivo de
articular o SNE, em regime de colaboração, e de definir articular o SNE, em regime de colaboração, e de articular o SNE, em regime de colaboração, e de
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação. implementação. implementação.

Art. 29. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios Art. 31. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios Art. 31. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
estabelecerão em lei seus respectivos planos de estabelecerão em lei seus respectivos planos de estabelecerão em lei seus respectivos planos de
educação, em consonância com as diretrizes, objetivos, educação, em consonância com as diretrizes, educação, em consonância com as diretrizes,
metas e estratégias previstas no PNE, em calendário objetivos, metas e estratégias previstas no PNE, em objetivos, metas e estratégias previstas no PNE, em
articulado ao da discussão e ao da publicação deste calendário articulado ao da discussão e ao da calendário articulado ao da discussão e ao da
Plano. publicação deste Plano. publicação deste Plano.

Art. 30. Os processos de elaboração, monitoramento e Art. 32. Os processos de elaboração, monitoramento e Art. 32. Os processos de elaboração, monitoramento e
avaliação dos planos de educação serão realizados com avaliação dos planos de educação serão realizados avaliação dos planos de educação serão realizados
ampla participação de representantes da comunidade com ampla participação de representantes da com ampla participação de representantes da
educacional e da sociedade civil. comunidade educacional e da sociedade civil. comunidade educacional e da sociedade civil.

Art. 31. Até o final do primeiro semestre do oitavo ano Art. 33. Até o final do primeiro semestre do nono ano Art. 33. Até o final do primeiro semestre do oitavo ano
de vigência de cada PNE, o Poder Executivo de vigência de cada PNE, o Poder Executivo de vigência de cada PNE, o Poder Executivo
encaminhará ao Congresso Nacional, sem prejuízo das encaminhará ao Congresso Nacional, sem prejuízo das encaminhará ao Congresso Nacional, sem prejuízo das
prerrogativas deste Poder, o projeto de lei referente ao prerrogativas deste Poder, o projeto de lei referente ao prerrogativas deste Poder, o projeto de lei,
PNE do período subsequente, fundamentado em PNE do período subsequente, fundamentado em fundamentado em diagnóstico, referente ao PNE do
diagnóstico e avaliação global, elaborados com auxílio diagnóstico e avaliação global, elaborados com auxílio período subsequente, fundamentado em diagnóstico e
do Inep e do FNDE. do Inep e do FNDE. avaliação global, elaborados com auxílio do Inep e do
FNDE.
Parágrafo único. A avaliação global sobre o PNE em Parágrafo único. A avaliação global sobre o PNE em
vigência, que será conduzida pelo MEC, com apoio do vigência, que será conduzida pelo MEC, com apoio do Parágrafo único. A avaliação global sobre o PNE em
Inep, deverá ser publicizada antes do envio do projeto Inep, deverá ser publicizada antes do envio do projeto vigência, que será conduzida pelo MEC, com apoio do
de lei e terá os seguintes componentes, sem prejuízo de de lei e terá os seguintes componentes, sem prejuízo Inep, deverá ser publicizada antes do envio do projeto
outros: de outros: de lei e terá os seguintes componentes, sem prejuízo
I – possíveis razões dos resultados alcançados para as de outros:
I – possíveis razões dos resultados alcançados para as metas e estratégias estipuladas; I – possíveis razões dos resultados alcançados para as
metas e estratégias estipuladas; II – balanço sobre a metodologia de planejamento metas e estratégias estipuladas;
II – balanço sobre a metodologia de planejamento empregada; II – balanço sobre a metodologia de planejamento
empregada; III – eficácia do PNE como instrumento ordenador de empregada;
III – eficácia do PNE como instrumento ordenador de prioridades e orientador das políticas e programas da III – eficácia do PNE como instrumento ordenador de
prioridades e orientador das políticas e programas da União e dos demais entes; prioridades e orientador das políticas e programas da
União e dos demais entes; IV – eficácia da integração do PNE com demais União e dos demais entes;
IV – eficácia da integração do PNE com demais instrumentos de planejamento governamental; IV – eficácia da integração do PNE com demais
instrumentos de planejamento governamental; V – atuação das instâncias e órgãos de controle, instrumentos de planejamento governamental;
V – atuação das instâncias e órgãos de controle, monitoramento, acompanhamento e avaliação do III – atuação das instâncias e órgãos de controle,
monitoramento, acompanhamento e avaliação do PNE. PNE. monitoramento, acompanhamento e avaliação do
PNE.

Subseção I Subseção I Subseção I


Dos Territórios Etnoeducacionais Indígenas Dos Territórios Etnoeducacionais Indígenas e
Dos Territórios Etnoeducacionais Indígenas Art. 34. Os entes federativos organizarão seus sistemas Quilombolas
de modo a garantir regime de colaboração específico Art. 34. Os entes federativos organizarão seus sistemas
Art. 32. Os entes federativos organizarão seus sistemas para a implementação de modalidades de educação de modo a garantir regime de colaboração específico
de modo a garantir regime de colaboração específico escolar que necessitem considerar territórios para a implementação de modalidades de educação
para a implementação de modalidades de educação etnoeducacionais e a utilização de estratégias que escolar que necessitem considerar territórios
escolar que necessitem considerar territórios levem em conta as identidades e especificidades etnoeducacionais e a utilização de estratégias que
etnoeducacionais e a utilização de estratégias que socioculturais e linguísticas de cada comunidade levem em conta as identidades e especificidades
levem em conta as identidades e especificidades envolvida, assegurada a consulta prévia e informada a socioculturais e linguísticas de cada comunidade
socioculturais e linguísticas de cada comunidade essa comunidade. envolvida, assegurada a consulta prévia e informada a
envolvida, assegurada a consulta prévia e informada a essa comunidade.
essa comunidade. § 1º Os territórios etnoeducacionais, construídos com
a participação dos povos indígenas, observada a sua § 1º Os territórios etnoeducacionais, construídos com
§ 1º Os territórios etnoeducacionais, construídos com a territorialidade e respeitadas suas necessidades e a participação dos povos indígenas e quilombolas,
participação dos povos indígenas, observada a sua especificidades, são formas de organização mediante observada a sua territorialidade e respeitadas suas
territorialidade e respeitadas suas necessidades e as quais a União presta apoio técnico e financeiro às necessidades e especificidades, são formas de
especificidades, são formas de organização mediante as ações voltadas à ampliação da oferta da educação organização mediante as quais a União presta apoio
quais a União presta apoio técnico e financeiro às ações escolar às comunidades indígenas. técnico e financeiro às ações voltadas à ampliação da
voltadas à ampliação da oferta da educação escolar às oferta da educação escolar às comunidades indígenas
comunidades indígenas. § 2º A educação escolar indígena será organizada com e quilombolas.
a participação dos povos indígenas, observada a sua
§ 2º A educação escolar indígena será organizada com a territorialidade e respeitadas suas necessidades, § 2º A educação escolar indígena e quilombola serão
participação dos povos indígenas, observada a sua considerando a legislação vigente e as diretrizes organizadas com a participação dos povos indígenas e
territorialidade e respeitadas suas necessidades, nacionais aprovadas pelo CNE. quilombolas, observada a sua territorialidade e
considerando a legislação vigente e as diretrizes respeitadas suas necessidades, considerando a
nacionais aprovadas pelo CNE. § 3º A educação indígena terá processo específico de legislação vigente e as diretrizes nacionais aprovadas
avaliação, a ser regulamentado em instrumento pelo CNE.
§ 3º A educação indígena terá processo específico de próprio.
avaliação, a ser regulamentado em instrumento próprio. § 3º A educação indígena e quilombola terão
§ 4º Serão criados fóruns permanentes de negociação, processos específicos de avaliação, a serem
§ 4º Serão criados fóruns permanentes de negociação, com representantes dos gestores da educação e das regulamentados em instrumentos próprios.
com representantes dos gestores da educação e das comunidades indígenas em cada sistema de ensino,
comunidades indígenas em cada sistema de ensino, para discutir e definir a regulamentação, a pactuação, § 4º Serão criados fóruns permanentes de negociação,
para discutir e definir a regulamentação, a pactuação, a a implementação e a operacionalidade das políticas com representantes dos gestores da educação e das
implementação e a operacionalidade das políticas voltadas aos povos indígenas, com ampla participação comunidades indígenas e quilombolas em cada
voltadas aos povos indígenas, com ampla participação das comunidades, notadamente por meio das sistema de ensino, para discutir e definir a
das comunidades, notadamente por meio das conferências de educação escolar indígena. regulamentação, a pactuação, a implementação e a
conferências de educação escolar indígena. operacionalidade das políticas voltadas aos povos
§ 5º Em quaisquer circunstâncias, no caso dos indígenas e quilombolas, com ampla participação das
§ 5º Em quaisquer circunstâncias, no caso dos estabelecimentos de ensino instalados em terras comunidades, notadamente por meio das
estabelecimentos de ensino instalados em terras indígenas, decisões que envolvam a gestão implicarão conferências de educação escolar indígena e
indígenas, decisões que envolvam a gestão implicarão declaração de anuência subscrita por cacique e quilombola.
declaração de anuência subscrita por cacique e lideranças da comunidade indígena, em respeito aos
lideranças da comunidade indígena, em respeito aos direitos destes povos a uma educação específica, § 5º Em quaisquer circunstâncias, no caso dos
direitos destes povos a uma educação específica, diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue e estabelecimentos de ensino instalados em terras
diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue e comunitária. indígenas e quilombolas, decisões que envolvam a
comunitária. gestão implicarão declaração de anuência subscrita
por cacique e lideranças das comunidades indígenas e
quilombolas, em respeito aos direitos destes povos a
uma educação específica, diferenciada, intercultural,
bilíngue/multilíngue e comunitária.

CAPÍTULO IV CAPÍTULO IV CAPÍTULO IV


DO FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO NACIONAL DO FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO NACIONAL DO FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Seção I Seção I Seção I


Do Financiamento da Educação Básica Do Financiamento da Educação Básica Do Financiamento da Educação Básica

Art. 33. O financiamento da educação básica nacional, Art. 35. O financiamento da educação básica nacional, Art. 32. O financiamento da educação básica nacional,
de responsabilidade da União, dos Estados, do Distrito de responsabilidade da União, dos Estados, do Distrito de responsabilidade da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, além de atender às regras Federal e dos Municípios, além de atender às regras Federal e dos Municípios, além de atender às regras
estabelecidas na Constituição Federal e na legislação e estabelecidas na Constituição Federal e na legislação e estabelecidas na Constituição Federal e na legislação e
normas aplicáveis, será orientado pela pactuação do normas aplicáveis, será orientado pela construção de normas aplicáveis, será orientado pela construção de
padrão mínimo de qualidade do ensino na educação equidade no financiamento dos sistemas públicos de equidade no financiamento dos sistemas públicos de
básica e do CAQ, estabelecida no âmbito da Cite. educação básica, por padrão mínimo de qualidade educação básica, por padrão mínimo de qualidade
pactuado no âmbito da Cite e pelo correspondente pactuado no âmbito da Cite e pelo correspondente
CAQ de que trata o §7º, art. 211 da CF. CAQ de que trata o §7º, art. 211 da CF.

Parágrafo único. O Conselho Deliberativo do FNDE


deverá contar com pelo menos um representante dos
secretários estaduais de Educação indicado pelo
Consed e um representante dos dirigentes municipais
de educação, indicado pela Undime.

Art. 34. A equalização, entre os entes federados, de Art. 36. A equalização, entre as redes públicas de Art. 33. A equalização, entre os entes federados, de
oportunidades na educação básica, será realizada por ensino, de oportunidades na educação básica, será oportunidades na educação básica, será realizada por
meio do Fundeb, de que trata o art. 212-A da realizada por meio do Fundeb, de que trata o art. meio do Fundeb, de que trata o art. 212-A da
Constituição Federal, e por outras fontes alocadas à 212-A da Constituição Federal, e por outras fontes Constituição Federal, e por outras fontes alocadas às
função supletiva da União e dos Estados, nos termos do alocadas à função supletiva da União e dos Estados, funções redistributiva e supletiva da União e dos
art. 75 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. nos termos do art. 75 da Lei nº 9.394, de 20 de Estados, nos termos do art. 75 da Lei nº 9.394, de 20
dezembro de 1996. de dezembro de 1996.
Parágrafo único. As transferências voluntárias da União
aos Estados, ao Distrito Federal e ao Municípios, e dos Parágrafo único. As transferências voluntárias da Parágrafo único. As transferências voluntárias da
Estados a seus Municípios, respectivamente, serão União aos Estados, ao Distrito Federal e ao Municípios, União aos Estados, ao Distrito Federal e ao Municípios,
precedidas de pactuação na Cite e na Cibe de cada e dos Estados a seus Municípios, respectivamente, e dos Estados a seus Municípios, respectivamente,
Estado, que fixarão diretrizes, critérios e contrapartidas serão precedidas de pactuação na Cite e na Cibe de serão precedidas de pactuação na Comte e na Combe
pertinentes, se for o caso. cada Estado, que fixarão diretrizes, critérios e de cada Estado, que fixarão diretrizes, critérios e
contrapartidas pertinentes, se for o caso. contrapartidas pertinentes, se for o caso.

Subseção I Subseção I Subseção I


Do Custo Aluno Qualidade (CAQ) Do Custo Aluno Qualidade (CAQ) Do Custo Aluno Qualidade (CAQ)

Art. 35. Fica estabelecido o CAQ como expressão do Art. 37. Fica estabelecido o CAQ como expressão do Art. 34. Fica estabelecido o CAQ como expressão do
valor nacional por aluno necessário, em cada etapa, valor nacional por aluno necessário, em cada etapa, valor nacional por aluno necessário, em cada etapa,
modalidade e tipo de estabelecimento de ensino, a cada modalidade e tipo de estabelecimento de ensino, a modalidade e tipo de estabelecimento de ensino, a
ano, à garantia do padrão mínimo de qualidade a que se cada ano, à garantia do padrão mínimo de qualidade a cada ano, à garantia do padrão mínimo de qualidade a
referem os §§ 1º e 7º do art. 211 da Constituição que se referem os §§ 1º e 7º do art. 211 da que se referem os §§ 1º e 7º do art. 211 da
Federal. Constituição Federal. Constituição Federal.

§ 1º O CAQ constituirá parâmetro referencial orientador § 1º O CAQ constituirá parâmetro referencial § 1º O CAQ constituirá parâmetro referencial
para a alocação dos recursos disponíveis para orientador para a alocação dos recursos disponíveis orientador para a alocação dos recursos adequados
manutenção e desenvolvimento do ensino nos entes para manutenção e desenvolvimento do ensino nos disponíveis para manutenção e desenvolvimento do
federados. entes federados. ensino nos entes federados.

§ 2º O CAQ em âmbito nacional preverá insumos § 2º O CAQ em âmbito nacional preverá insumos § 2º O CAQ em âmbito nacional preverá insumos
relacionados às seguintes dimensões, sem prejuízo de relacionados às seguintes dimensões, sem prejuízo de relacionados às seguintes dimensões, sem prejuízo de
outras: outras: outras:
I – estrutura física, tecnológica e de pessoal das escolas I – estrutura física, tecnológica e de pessoal das I – estrutura física, tecnológica e de pessoal das
e das redes públicas de educação básica; escolas e das redes públicas de educação básica; escolas e das redes públicas de educação básica:
II – estrutura das carreiras docentes dos Estados, do II – estrutura das carreiras docentes dos Estados, do a) número máximo de alunos por turma para cada
Distrito Federal e dos Municípios, Distrito Federal e dos Municípios, etapa ou modalidade;
III – gestão democrática; III – gestão democrática; b) biblioteca ou sala de leitura com acervo adequado,
IV – programas suplementares de material IV – programas suplementares de material conforme legislação vigente;
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à didático-escolar, transporte, alimentação e assistência c) laboratórios de Ciências e de Informática e/ou
saúde, dentre outros; à saúde, dentre outros; correlatos;
V – indicadores de gestão. V – indicadores de gestão. d) internet banda larga e dispositivos e tecnologias
digitais;
§ 3º Os indicadores de gestão considerarão as seguintes § 3º Os indicadores de gestão considerarão as e) quadra poliesportiva coberta;
dimensões, sem prejuízo de outras: seguintes dimensões, sem prejuízo de outras: f) saneamento básico e água potável;
I – estrutura dos planos de carreira estaduais e I – estrutura dos planos de carreira estaduais e g) acesso à luz elétrica;
municipais, considerando: municipais, considerando: h) estrutura de acessibilidade.
a) a adoção de cargo único de professor; a) a adoção de cargo único de professor; II – estrutura das carreiras docentes dos Estados,
b) a jornada de trabalho; b) a jornada de trabalho; Distrito Federal e Municípios,
c) a dispersão salarial, a amplitude da carreira e os c) a dispersão salarial, a amplitude da carreira e os III – gestão democrática;
critérios de progressão; critérios de progressão; IV – programas suplementares de material
d) a porcentagem de professores temporários ou com d) a porcentagem de professores temporários ou com didático-escolar, transporte, alimentação e assistência
vínculo precário em relação ao total de docentes; vínculo precário em relação ao total de docentes; à saúde, dentre outros;
II – eficiência das redes estaduais e municipais, II – eficiência das redes estaduais e municipais, V – indicadores de gestão.
considerando: considerando:
a) a relação professor-aluno; a) a relação professor-aluno; § 3º Os indicadores de gestão deverão considerar as
b) a relação entre profissionais do magistério em efetivo b) a relação entre profissionais do magistério em seguintes dimensões, sem prejuízo de outras:
exercício e em funções administrativas ou de suporte à efetivo exercício e em funções administrativas ou de I – estrutura dos planos de carreira dos profissionais
docência; suporte à docência; da educação estaduais e municipais, considerando:
c) a relação entre servidores da secretaria de educação c) a relação entre servidores da secretaria de a) a adoção de cargo único de professor;
e o número de matrículas da respectiva rede de ensino; educação e o número de matrículas da respectiva rede b) a jornada de trabalho;
d) o quantitativo de professores afastados, licenciados de ensino; c) a dispersão salarial, a amplitude da carreira e os
ou cedidos a outros órgãos; d) o quantitativo de professores afastados, licenciados critérios de progressão;
e) resultados educacionais, inclusive os relacionados à ou cedidos a outros órgãos; d) a porcentagem de professores efetivos temporários
aprendizagem e ao fluxo escolar, consideradas as e) resultados educacionais, inclusive os relacionados à ou com vínculo precário em relação ao total de
condições socioeconômicas e fiscais do ente federado. aprendizagem e ao fluxo escolar, consideradas as docentes;
condições socioeconômicas e fiscais do ente federado. II – eficiência das redes estaduais e municipais,
§ 4º A definição do CAQ deverá considerar o orçamento considerando:
público anual de cada ente federado e as necessidades e § 4º A definição do CAQ deverá considerar o a) o quantitativo de matrículas por professor a relação
especificidades locais. orçamento público anual de cada ente federado e as professor-aluno;
necessidades e especificidades locais. b) as proporções de a relação entre profissionais do
magistério em efetivo exercício e de profissionais em
funções administrativas ou de suporte à docência;
c) a relação entre o quantitativo de servidores da
secretaria de educação por número de matrículas da
respectiva rede de ensino;
d) a proporção o quantitativo de professores
afastados, licenciados ou cedidos a outros órgãos;
e) resultados educacionais, inclusive os relacionados à
aprendizagem e ao fluxo escolar, consideradas as
condições socioeconômicas e fiscais do ente federado
a consulta às comunidades escolares para a escolha de
diretores;
f) a existência de política de equidade na gestão
educacional da rede pública de ensino, de acordo com
o disposto no § 6º do art. 211 da Constituição Federal.
g) o fortalecimento de instâncias de participação como
o conselho fiscal do Fundeb, o conselho da merenda
escolar, conselhos com função normativa como os de
educação estaduais e municipais, grêmio estudantil e
conselho escolar.

§ 4º A definição do CAQ deverá considerar a receita


disponível para a educação o orçamento público anual
de cada ente federado e as necessidades e
especificidades locais.
5º A receita anual disponível para a educação de cada
ente federado é composta pela receita resultante de
impostos vinculada a manutenção e desenvolvimento
do ensino, a cota do salário-educação, a receita de
programas universais do FNDE e a receita de royalties
pela exploração de petróleo e gás vinculada à
educação.

Art. 36. Compete à Cite definir o CAQ em nível nacional, Art. 38. Compete à Cite definir o CAQ em nível Art. 38. Compete à Comte definir o CAQ em nível
de acordo com as características das etapas e nacional, de acordo com as características das etapas nacional, de acordo com as características das etapas
modalidades de ensino, respeitado o disposto no art. 38 e modalidades de ensino, respeitado o disposto no § e modalidades de ensino, respeitado o disposto no art.
e os seguintes aspectos: 2º do art. 40 e os seguintes aspectos: 26 e os seguintes aspectos:
I – fatores de ponderação do Fundeb, de que trata o art. I – fatores de ponderação do Fundeb, de que trata o I – fatores de ponderação do Fundeb, de que trata o
212-A da Constituição Federal; art. 212-A da Constituição Federal; art. 212-A da Constituição Federal;
II – indicadores de vulnerabilidade social. II – indicadores de vulnerabilidade social. II – indicadores de vulnerabilidade social.

§ 1º Ao Inep compete realizar estudos técnicos com § 1º Ao Inep compete realizar estudos técnicos com § 1º Ao Inep compete, com base nas condições
vistas a subsidiar a definição e atualização do CAQ em vistas a subsidiar a definição e atualização do CAQ em adequadas de oferta por etapa, modalidade e tipo de
âmbito nacional, sem prejuízo da colaboração de outras âmbito nacional, sem prejuízo da colaboração de estabelecimento de ensino definidas pela Comte,
instituições. outras instituições. realizar estudos técnicos com vistas a subsidiar a
definição e atualização do CAQ em âmbito nacional,
§ 2º A definição do CAQ nacional deverá ser precedida § 2º A definição do CAQ nacional deverá ser precedida sem prejuízo da colaboração de outras instituições.
da apresentação de pelo menos uma proposta da apresentação de pelo menos uma proposta
tecnicamente fundamentada, que considere os tecnicamente fundamentada, que considere os § 2º A definição do CAQ nacional deverá ser precedida
impactos administrativos e orçamentários, a ser impactos administrativos e orçamentários, a ser da apresentação de pelo menos uma proposta
elaborada pelo Inep. elaborada pelo Inep. tecnicamente fundamentada, que considere os
impactos administrativos e orçamentários, a ser
§ 3º A metodologia e os cálculos utilizados para § 3º A metodologia e os cálculos utilizados para elaborada pelo Inep.
pactuação do padrão mínimo de qualidade do ensino na pactuação do padrão mínimo de qualidade do ensino
educação básica e do CAQ em âmbito nacional serão na educação básica e do CAQ em âmbito nacional § 3º A metodologia e os cálculos utilizados para
atualizados e publicados até o final de cada ano, com serão atualizados e publicados até o final de cada ano, pactuação do padrão mínimo de qualidade do ensino
validade para o ano subsequente. com validade para o ano subsequente. na educação básica e do CAQ em âmbito nacional
serão atualizados e publicados até o final de cada ano,
com validade para o ano subsequente

Art. 37. Compete às Cibes, considerando a proposta Art. 39. Compete às Cibes, considerando a proposta Art. 39. Compete às Combes, considerando a proposta
técnica elaborada pelo Inep para cada Estado, proporem técnica elaborada pelo Inep para cada Estado, técnica elaborada pelo Inep para cada Estado,
à Cite o CAQ nos respectivos estados, a partir da proporem à Cite o CAQ nos respectivos estados, a proporem à Cite o CAQ nos respectivos estados, a
pactuação acerca da compatibilidade entre o CAQ em partir da pactuação acerca da compatibilidade entre o partir da pactuação acerca da compatibilidade entre o
âmbito nacional e a efetiva disponibilidade de recursos CAQ em âmbito nacional e a efetiva disponibilidade de CAQ em âmbito nacional e a efetiva disponibilidade de
financeiros em cada Estado para aplicação em recursos financeiros em cada Estado para aplicação recursos financeiros em cada Estado para aplicação
manutenção e desenvolvimento de ensino. em manutenção e desenvolvimento de ensino. em manutenção e desenvolvimento de ensino.

Parágrafo único. A Cite aprovará a definição do CAQ de Parágrafo único. A Cite aprovará a definição do CAQ de Parágrafo único. A Cite aprovará a definição do CAQ de
cada Estado, podendo ajustar a proposta da respectiva cada Estado, podendo ajustar a proposta da respectiva cada Estado, podendo ajustar a proposta da respectiva
Cibe, de modo fundamentado, sem prescindir do Cibe, de modo fundamentado, sem prescindir do Cibe, de modo fundamentado, sem prescindir do
atendimento às especificidades regionais e locais, de atendimento às especificidades regionais locais, de atendimento às especificidades regionais locais, de
acordo com os parâmetros de aplicação da metodologia acordo com os parâmetros de aplicação da acordo com os parâmetros de aplicação da
de CAQ definida pela Cibe. metodologia de CAQ definida pela Cibe. metodologia de CAQ definida pela Cibe.

Art. 38. É facultada à União, na forma da lei, a Art. 40. É facultada à União, na forma da lei, a Art. 37. É de responsabilidade da facultada à União, na
suplementação de recursos financeiros aos entes suplementação de recursos financeiros aos entes forma da lei, a suplementação de recursos financeiros
federados cuja disponibilidade de recursos para federados cuja disponibilidade de recursos para aos entes federados cuja disponibilidade de recursos
manutenção de desenvolvimento do ensino não permita manutenção de desenvolvimento do ensino não para manutenção de desenvolvimento do ensino não
assegurar a implementação de padrão mínimo de permita assegurar a implementação de padrão permita assegurar a implementação de padrão
qualidade. mínimo de qualidade. mínimo de qualidade.

§ 1º O valor do CAQ em âmbito nacional será § 1º O valor do CAQ em âmbito nacional será § 1º O valor do CAQ em âmbito nacional e as
progressivamente assegurado a todos os progressivamente assegurado a todos os condições adequadas de oferta serão
estabelecimentos públicos de educação básica do País. estabelecimentos públicos de educação básica do País. progressivamente assegurados a todos os
estabelecimentos públicos de educação básica do País.
§ 2º A suplementação financeira referida no caput: § 2º A suplementação financeira referida no caput:
I - terá como referência o CAQ aplicável à cada ente I - terá como referência o CAQ aplicável à cada ente § 1º A União transferirá complementação adicional ao
federado e a disponibilidade orçamentária anual da federado e a disponibilidade orçamentária anual da Fundeb, de forma a assegurar a equalização nacional
União; União; progressiva do CAQ, na forma do regulamento.
II - será calculada considerando: II - será calculada considerando:
a) os recursos já obrigatoriamente distribuídos pela a) os recursos já obrigatoriamente distribuídos pela § 2º A complementação adicional prevista no § 1º
complementação da União ao Fundeb, nos termos da complementação da União ao Fundeb, nos termos da alcançará, a cada ano, todos os entes federados que,
legislação específica; legislação específica; com recursos vinculados à manutenção e ao
b) os demais recursos da União distribuídos aos entes b) os demais recursos da União distribuídos aos entes desenvolvimento do ensino, considerada a
federados para manutenção e desenvolvimento do federados para manutenção e desenvolvimento do complementação mínima do inciso V do art. 212-A da
ensino e para os programas suplementares de apoio ao ensino e para os programas suplementares de apoio Constituição Federal, não alcançarem, em cada etapa,
estudante da educação básica; e ao estudante da educação básica; e modalidade e tipo de estabelecimento de ensino, o
c) os demais recursos dos Estados, do Distrito Federal e c) os demais recursos dos Estados, do Distrito Federal valor do CAQ em âmbito estadual.
dos Municípios vinculados à educação; e dos Municípios vinculados à educação;
III – será definida pela Cite, respeitada a unanimidade III – será definida pela Cite, respeitada a unanimidade § 3º § 2º A suplementação financeira referida no
prevista no art. 10 e as diretrizes previstas na Lei prevista no art. 10 e as diretrizes previstas na Lei caput:
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de I - terá como referência o CAQ aplicável à cada ente
Responsabilidade Fiscal. Responsabilidade Fiscal. federado e a disponibilidade orçamentária anual da
União;
II - será calculada considerando:
a) os recursos já obrigatoriamente distribuídos pela
complementação da União ao Fundeb, nos termos da
legislação específica;
b) os demais recursos da União distribuídos aos entes
federados para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para os programas suplementares de apoio
ao estudante da educação básica; e
c) os demais recursos dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios vinculados à educação.
III – será definida pela Cite, respeitada a unanimidade
prevista no art. 10 e as diretrizes previstas na Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Seção II Seção II Seção II
Do Financiamento da Educação Superior Do Financiamento da Educação Superior Do Financiamento da Educação Superior

Art. 39. Cabe a cada ente federado assegurar, Art. 41. Cabe a cada ente federado assegurar, Art. 41. Cabe a cada ente federado assegurar,
anualmente, na lei orçamentária, recursos suficientes anualmente, na lei orçamentária, recursos suficientes anualmente, na lei orçamentária, recursos suficientes
para manutenção e desenvolvimento das instituições de para manutenção e desenvolvimento das instituições para manutenção e desenvolvimento das instituições
educação superior por ele mantidas. de educação superior por ele mantidas. de educação superior por ele mantidas.

Art. 40. É facultado à União participar do financiamento Art. 42. É facultado à União participar do Art. 42. É facultado à União participar do
das instituições estaduais e municipais de educação financiamento das instituições estaduais e municipais financiamento das instituições estaduais e municipais
superior, mediante convênios ou consórcios públicos. de educação superior, mediante convênios ou de educação superior, mediante convênios ou
consórcios públicos. consórcios públicos.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, serão
atendidas as seguintes condições: Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, serão Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, serão
I – existência de dotação orçamentária específica; atendidas as seguintes condições: atendidas as seguintes condições:
II – estabelecimento de contrapartidas para a expansão I – existência de dotação orçamentária específica; I - existência de dotação orçamentária específica;
da oferta de vagas e de qualificação dos cursos e II – estabelecimento de contrapartidas para a II - estabelecimento de contrapartidas para a expansão
programas na rede federal de ensino e para a criação de expansão da oferta de vagas e de qualificação dos da oferta de vagas e de qualificação dos cursos e
novos estabelecimentos e cursos de ensino superior, cursos e programas na rede federal de ensino e para a programas na rede federal de ensino e para a criação
observada a existência de dotação orçamentária criação de novos estabelecimentos e cursos de ensino de novos estabelecimentos e cursos de ensino
específica. superior, observada a existência de dotação superior, observada a existência de dotação
orçamentária específica. orçamentária específica.

Art. 41. A União manterá, nos termos da lei, programas Art. 43. A União manterá, nos termos da lei, Art. 43. A União manterá, nos termos da lei,
de assistência estudantil, ação afirmativa e inclusão programas de assistência estudantil, ação afirmativa e programas de assistência estudantil, ação afirmativa e
social para os estudantes matriculados em sua rede de inclusão social para os estudantes matriculados em inclusão social para os estudantes matriculados em
instituições de educação superior e de educação sua rede de instituições de educação superior e de sua rede de instituições de educação superior e de
profissional e tecnológica. educação profissional e tecnológica. educação profissional e tecnológica.

Art. 42. A União manterá, nos termos da lei, programas Art. 44. A União manterá, nos termos da lei, Art. 44. A União manterá, nos termos da lei,
de financiamento estudantil, por meio de subsídios programas de financiamento estudantil, por meio de programas de financiamento estudantil, por meio de
tributários, financeiros ou creditícios, para estudantes subsídios tributários, financeiros ou creditícios, para subsídios tributários, financeiros ou creditícios, para
em situação de vulnerabilidade socioeconômica estudantes em situação de vulnerabilidade estudantes em situação de vulnerabilidade
matriculados em instituições privadas de educação socioeconômica matriculados em instituições privadas socioeconômica, matriculados em instituições
superior. de educação superior. privadas de educação superior.

CAPÍTULO V CAPÍTULO V CAPÍTULO V


DA AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL DA AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL DA AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Art. 43. O processo de avaliação dos sistemas de ensino Art. 45. O processo de avaliação dos sistemas de Art. 45. O processo de avaliação dos sistemas de
compreenderá, entre outras, ações para: ensino compreenderá, entre outras, ações para: ensino compreenderá, entre outras, ações para:
I – realizar processo nacional de avaliação das condições I – realizar processo nacional de avaliação das I – realizar processo nacional de avaliação das
de oferta, condições socioeconômicas dos estudantes e condições de oferta, condições socioeconômicas dos condições de oferta, condições socioeconômicas dos
rendimento escolar, na educação básica e na educação estudantes e rendimento escolar, na educação básica estudantes e rendimento escolar, na educação básica
superior; e na educação superior; e na educação superior;
II – avaliar e divulgar os resultados de projetos e II – avaliar e divulgar os resultados de projetos e II – avaliar e divulgar os resultados de projetos e
experiências educacionais desenvolvidos nas escolas; experiências educacionais desenvolvidos nas escolas; experiências educacionais desenvolvidos nas escolas;
III–- assegurar as condições adequadas para o processo III–- assegurar as condições adequadas para o III – realizar e garantir as condições adequadas para o
de avaliação institucional na educação básica, na processo de avaliação institucional na educação processo nacional de avaliação institucional na
educação profissional e tecnológica e na educação básica, na educação profissional e tecnológica e na educação básica e na educação superior, provendo os
superior, provendo os meios necessários para sua educação superior, provendo os meios necessários meios necessários para sua realização, promovendo a
realização, e promovendo avaliação participativa pelos para sua realização, e promovendo avaliação autoavaliação institucional participativa pelos
membros da comunidade educacional; participativa pelos membros da comunidade membros da comunidade educacional;
IV – organizar, manter e disseminar dados e informações educacional; IV – estabelecer cadastro nacional para armazenar e
sobre avaliação da educação básica, da educação IV – organizar, manter e disseminar dados e integrar informações dos estudantes da educação
profissional e tecnológica e da educação superior, que informações sobre avaliação da educação básica, da básica e superior, garantidos o sigilo das informações e
considerem os recortes de renda, raça/cor, etnia, sexo, educação profissional e tecnológica e da educação o uso dos dados exclusivamente para fins de
idade, identidade de gênero, deficiência, localidade, superior, que considerem os recortes de renda, estabelecimento de políticas públicas, observando-se
região e diversidade sexual; raça/cor, etnia, sexo, idade, identidade de gênero, a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 – Lei Geral de
V – elaborar e divulgar índices para a avaliação dos deficiência, localidade, região e diversidade sexual; Proteção de Dados Pessoais;
sistemas de ensino, de acordo com a legislação vigente; V – elaborar e divulgar índices para a avaliação dos V – organizar, manter e disseminar dados e
VI – avaliar a qualidade das instituições formadoras e sistemas de ensino, de acordo com a legislação informações sobre avaliação da educação básica e da
dos cursos de formação docente; vigente; educação superior, que considerem os recortes de
VII – desenvolver e implementar sistemas de informação VI – avaliar a qualidade das instituições formadoras e renda, raça/cor, etnia, sexo, idade, identidade de
e documentação; dos cursos de formação docente; gênero, deficiência, localidade, região e diversidade
VIII – articular-se com instituições nacionais, VII – desenvolver e implementar sistemas de sexual;
estrangeiras e internacionais, mediante acordos de informação e documentação; VI – elaborar e divulgar índices para avaliação dos
cooperação; VIII – articular-se com instituições nacionais, sistemas de ensino, de acordo com a legislação
IX – desenvolver de modo democrático sistemas e estrangeiras e internacionais, mediante acordos de vigente;
projetos de avaliação institucional da educação. cooperação; VII – avaliar a qualidade das instituições formadoras e
IX – desenvolver de modo democrático sistemas e dos cursos de formação docente;
projetos de avaliação institucional da educação. VIII – desenvolver e implementar sistemas de
informação e documentação;
IX – articular-se com instituições nacionais,
estrangeiras e internacionais, mediante acordos de
cooperação;
X – desenvolver de modo democrático sistemas e
projetos de avaliação e autoavaliação institucional da
educação.

Art. 44. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Art. 46. O Sinaeb, o Sinaept e o Sinaes ficam Art. 46. O Sinaeb, o Sinaept e o Sinaes ficam
Básica (SINAEB), o Sistema Nacional de Avaliação da integrados ao SNE. integrados ao SNE.
Educação Profissional e Tecnológica (SINAEPT) e o
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior Parágrafo único. Nos processos de avaliação de âmbito Parágrafo único. Nos processos de avaliação de âmbito
(SINAES) ficam integrados ao SNE. nacional, a atuação da União se dá em colaboração nacional, a atuação da União se dá em colaboração
com os sistemas que tiverem responsabilidade sobre com os sistemas que tiverem responsabilidade sobre
Parágrafo único. Nos processos de avaliação de âmbito os níveis de ensino avaliados. os níveis de ensino avaliados.
nacional, a atuação da União se dá em colaboração com
os sistemas que tiverem responsabilidade sobre os
níveis de ensino avaliados.

Seção I Seção I Seção I


Do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica Do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica Do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
(SINAEB) (Sinaeb)
Art. 45. O Sinaeb, coordenado pela União, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, constituirá fonte de informação para a Art. 47. O Sinaeb, coordenado pela União, em Art. 44. O Sinaeb, coordenado pela União, em
avaliação da qualidade na educação básica e para a colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
orientação das políticas públicas desse nível de ensino, Municípios, constituirá fonte de informação para a Municípios, constituirá fonte de informação para a
observando o disposto nesta Lei Complementar. avaliação da qualidade na educação básica e para a avaliação da qualidade na educação básica e para a
orientação das políticas públicas desse nível de ensino, orientação das políticas públicas desse nível de ensino,
§ 1º São objetivos do Sinaeb: observando o disposto nesta Lei Complementar. observando o disposto nesta Lei Complementar.
I – aferir o nível e a equidade no acesso escolar e na
aprendizagem dos alunos, bem como a qualidade e a § 1º São objetivos do Sinaeb: § 1º São princípios do Sinaeb:
equidade no padrão de oferta dos sistemas de ensino; I – aferir o nível e a equidade no acesso escolar e na I - caráter ético, público e republicano dos processos
II – produzir e divulgar dados e informações que aprendizagem dos alunos, bem como a qualidade e a avaliativos;
contribuam para o aprimoramento, a transparência e o equidade no padrão de oferta dos sistemas de ensino;
II - respeito à identidade e à diversidade dos sistemas
controle social das políticas educacionais, orientando II – produzir e divulgar dados e informações que
sua formulação e revisão. contribuam para o aprimoramento, a transparência e e redes de ensino e suas instituições de educação
o controle social das políticas educacionais, básica;
orientando sua formulação e revisão. III - regularidade na coleta e disponibilização de dados,
séries históricas, informações e outros documentos
orientadores produzidos pelo SINAEB, garantindo
contínua aferição dos procedimentos avaliativos;
IV - transparência na divulgação dos objetivos, das
metodologias e dos resultados das avaliações;
V - promoção do acesso e do uso das evidências
produzidas pelo SINAEB para gestores, legisladores,
órgãos governamentais e sociedade em geral, com
vistas ao aprimoramento das políticas educacionais
das diferentes esferas de governo;
VI - estabelecimento de formas de colaboração entre
os sistemas, redes de ensino e as instituições de
educação básica para a construção de metodologias
participativas e dialógicas para os processos de
avaliação, a utilização das informações produzidas e o
aprofundamento do entendimento dos aspectos e
dimensões avaliadas, com apoio de instituições de
educação superior, de organizações de pesquisa e da
sociedade civil; e
VII - articulação com o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior - SINAES.
VIII – a articulação com o Custo Aluno Qualidade
(CAQ), de modo a fornecer indicadores para a
avaliação dos padrões mínimos de qualidade do
ensino.

§ 2º São objetivos do Sinaeb:


I – aferir o nível e a equidade no acesso escolar e na
aprendizagem dos alunos, bem como a qualidade e a
equidade no padrão de oferta dos sistemas de ensino;
II – produzir e divulgar dados e informações que
contribuam para o aprimoramento, transparência e
controle social das políticas educacionais, orientando
sua formulação e revisão.

§ 3º São diretrizes do Sinaeb:


I - Universalização do atendimento escolar
II - Melhoria da qualidade do aprendizado
III - Valorização dos profissionais da educação
IV - Gestão democrática
V - Superação das desigualdades educacionais

Art. 46. O Sinaeb será realizado com periodicidade de Art. 48. O Sinaeb será realizado com periodicidade de Art. 45. O Sinaeb será realizado com periodicidade de
no máximo dois anos. no máximo dois anos. no máximo dois anos.

§ 1° O sistema de avaliação a que se refere o caput


produzirá, no máximo a cada 2 (dois) anos, indicadores § 1° O sistema de avaliação a que se refere o caput §1° O sistema de avaliação a que se refere o caput
educacionais referentes às diversas dimensões a serem produzirá, no máximo a cada 2 (dois) anos, produzirá, no máximo a cada 2 (dois) anos,
avaliadas dos sistemas de ensino e das escolas, indicadores educacionais referentes às diversas indicadores educacionais referentes às diversas
incluindo, sem o prejuízo de outras: dimensões a serem avaliadas dos sistemas de ensino e dimensões a serem avaliadas dos sistemas de ensino e
I – o perfil do corpo discente e docente; das escolas, incluindo, sem o prejuízo de outras: das escolas, incluindo, sem o prejuízo de outras:
II – o acesso, a permanência, o nível e a equidade na I – o perfil do corpo discente e docente; I – o perfil do corpo discente e docente;
aprendizagem dos alunos; II – o acesso, a permanência, o nível e a equidade na II – o acesso, a permanência, o nível e a equidade na
III – o desempenho e valorização dos docentes; aprendizagem dos alunos; aprendizagem dos alunos;
IV – o desempenho dos gestores e da gestão escolar; III – o desempenho e valorização dos docentes; III – formação inicial e continuada dos profissionais da
V – a qualidade e equidade do padrão de oferta em IV – o desempenho dos gestores e da gestão escolar; educação;
termos de infraestrutura, instalações, equipamentos e V – a qualidade e equidade do padrão de oferta em IV – carreira e remuneração dos profissionais da
recursos pedagógicos; termos de infraestrutura, instalações, equipamentos e educação;
VI – o nível e equidade no padrão de financiamento; recursos pedagógicos; V - satisfação profissional;
VII – o clima organizacional escolar e comunitário; VI – o nível e equidade no padrão de financiamento; VI – a qualidade e equidade do padrão de oferta em
VIII – a participação e controle social na gestão escolar. VII – o clima organizacional escolar e comunitário; termos de infraestrutura, instalações, equipamentos e
VIII – a participação e controle social na gestão escolar. recursos pedagógicos;
§ 2º O nível e a equidade na aprendizagem dos alunos VII – o nível e equidade no padrão de financiamento;
serão aferidos com base nos exames nacionais de § 2º O nível e a equidade na aprendizagem dos alunos VIII – o clima organizacional escolar e comunitário;
avaliação, aplicados em cada instituição de educação serão aferidos com base nos exames nacionais de IX – a participação e controle social na gestão escolar
básica, com participação de pelo menos 80% dos avaliação, aplicados em cada instituição de educação X - direitos humanos, diversidades e diferenças;
estudantes em cada ano escolar periodicamente básica, com participação de pelo menos 80% dos XI - contexto socioeconômico e espacial;
avaliado. estudantes em cada ano escolar periodicamente XII - intersetorialidade e sustentabilidade.
avaliado.
§ 3º Os indicadores previstos no § 1º serão organizados § 2º O nível e a equidade na aprendizagem dos alunos
por etapas e modalidades da educação básica, § 3º Os indicadores previstos no § 1º serão serão aferidos com base nos exames nacionais de
estabelecimento de ensino, rede escolar, unidade da organizados por etapas e modalidades da educação avaliação, aplicados em cada instituição de educação
Federação e em nível agregado nacional. básica, estabelecimento de ensino, rede escolar, básica, com participação de pelo menos 80% dos
unidade da Federação e em nível agregado nacional. estudantes em cada ano escolar periodicamente
§ 4º Cabe ao Inep a elaboração e o cálculo dos avaliado.
indicadores previstos no § 1º. § 4º Cabe ao Inep a elaboração e o cálculo dos
indicadores previstos no § 1º. § 3º Os indicadores previstos no § 1º serão
organizados por etapas e modalidades da educação
básica, estabelecimento de ensino, rede escolar,
unidade da Federação e em nível agregado nacional.

§ 4º Cabe ao Inep a elaboração e o cálculo dos


indicadores previstos no § 1º.

§ 5º O Inep, respeitando os princípios de livre adesão,


autonomia e gestão democrática, estimulará processo
de autoavaliação participativa das escolas e redes de
ensino, com base em metodologia própria.

Art. 46. O Sinaeb promoverá a integração das avaliações Art. 49. O Sinaeb promoverá a integração das Art. 49. O Sinaeb promoverá a integração das
nacionais e subnacionais, conforme as diretrizes avaliações nacionais e subnacionais, conforme as avaliações nacionais e subnacionais, conforme as
definidas na Cite. diretrizes definidas na Cite. diretrizes definidas na Comte.

Parágrafo único. O Sinaeb assegurará a coerência Parágrafo único. O Sinaeb assegurará a coerência Parágrafo único. O Sinaeb assegurará a coerência
metodológica entre as matrizes de avaliação utilizadas metodológica entre as matrizes de avaliação utilizadas metodológica entre as matrizes de avaliação utilizadas
em âmbito nacional e subnacional. em âmbito nacional e subnacional. em âmbito nacional e subnacional.

Seção II Seção II Seção II


Do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior Superior (SINAES) Superior (Sinaes)

Art. 48. O Sinaes, coordenado pela União, em Art. 50. O Sinaes, coordenado pela União, em Art. 50. O Sinaes, coordenado pela União, em
colaboração com os Estados e o Distrito Federal, nos colaboração com os Estados e o Distrito Federal, nos colaboração com os Estados e o Distrito Federal, nos
termos de lei específica, consiste em processo nacional termos de lei específica, consiste em processo termos de lei específica, consiste em processo
de avaliação das instituições, dos cursos e do nacional de avaliação das instituições, dos cursos e do nacional de avaliação das instituições, dos cursos e do
desempenho acadêmico dos estudantes dos cursos desempenho acadêmico dos estudantes dos cursos desempenho acadêmico dos estudantes da educação
graduação. graduação. superior.

Parágrafo único. O Sinaes, ao promover a avaliação de


instituições, de cursos e de desempenho dos estudantes
dos cursos graduação, assegurará: Parágrafo único. O Sinaes, ao promover a avaliação de Parágrafo único. O Sinaes, ao promover a avaliação de
I – a avaliação institucional, interna e externa, instituições, de cursos e de desempenho dos instituições, de cursos e de desempenho dos
contemplando a análise global e integrada das estudantes dos cursos graduação, assegurará: estudantes do ensino superior, assegurará:
dimensões pedagógicas e de qualidade do ensino; I – a avaliação institucional, interna e externa, I – a avaliação institucional, interna e externa,
II – o caráter público de todos os procedimentos, dados contemplando a análise global e integrada das contemplando a análise global e integrada das
e resultados dos processos avaliativos; dimensões pedagógicas e de qualidade do ensino; dimensões pedagógicas e de qualidade do ensino;
III – o respeito à identidade e à diversidade de II – o caráter público de todos os procedimentos, II – o caráter público de todos os procedimentos,
instituições e de cursos; dados e resultados dos processos avaliativos; dados e resultados dos processos avaliativos;
IV – a participação da comunidade escolar e da III – o respeito à identidade e à diversidade de III – o respeito à identidade e à diversidade de
sociedade civil, por meio de suas representações, na instituições e de cursos; instituições e de cursos;
forma do regulamento. IV – a participação da comunidade escolar e da IV – a participação da comunidade escolar e da
sociedade civil, por meio de suas representações, na sociedade civil, por meio de suas representações, na
forma do regulamento. forma do regulamento.

Seção III Seção III Seção III

Do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Profissional e Tecnológica Profissional e Tecnológica (SINAEPT) Profissional e Tecnológica (SINAEPT)

Art. 49. O Sinaept, coordenado pela União, em Art. 51. O Sinaept, coordenado pela União, em Art. 51. O Sinaept, coordenado pela União, em
colaboração com os Estados e o Distrito Federal, nos colaboração com os Estados e o Distrito Federal, nos colaboração com os Estados e o Distrito Federal, nos
termos de lei específica, assegurará processo nacional termos de lei específica, assegurará processo nacional termos de lei específica, assegurará processo nacional
de avaliação das instituições que oferecem educação de avaliação das instituições que oferecem educação de avaliação das instituições que oferecem educação
profissional e tecnológica, de seus cursos e do profissional e tecnológica, de seus cursos e do profissional e tecnológica, de seus cursos e do
desempenho de seus estudantes. desempenho de seus estudantes. desempenho de seus estudantes.

§ 1º O Sinaept será desenvolvido em articulação com os § 1º O Sinaept será desenvolvido em articulação com § 1º O Sinaept será desenvolvido em articulação com
sistemas nacionais de avaliação da educação básica e da os sistemas nacionais de avaliação da educação básica os sistemas nacionais de avaliação da educação básica
educação superior e produzirá, a cada 2 (dois) anos: e da educação superior e produzirá, a cada 2 (dois) e da educação superior e produzirá, a cada 2 (dois)
I – indicadores específicos do rendimento estudantil na anos: anos:
educação profissional e tecnológica, referentes ao I – indicadores específicos do rendimento estudantil I – indicadores específicos do rendimento estudantil
acesso, permanência e desempenho dos estudantes na educação profissional e tecnológica, referentes ao na educação profissional e tecnológica, referentes ao
apurado em exames nacionais de avaliação; acesso, permanência e desempenho dos estudantes acesso, permanência e desempenho dos estudantes
II – indicadores de avaliação institucional, relativos a apurado em exames nacionais de avaliação; apurado em exames nacionais de avaliação;
características como o perfil do alunado e do corpo dos II – indicadores de avaliação institucional, relativos a II – indicadores de avaliação institucional, relativos a
profissionais da educação profissional e tecnológica, as características como o perfil do alunado e do corpo características como o perfil do alunado e do corpo
relações entre dimensão do corpo docente, do corpo dos profissionais da educação profissional e dos profissionais da educação profissional e
técnico e do corpo discente, a infraestrutura das tecnológica, as relações entre dimensão do corpo tecnológica, as relações entre dimensão do corpo
instituições formadoras, os recursos pedagógicos docente, do corpo técnico e do corpo discente, a docente, do corpo técnico e do corpo discente, a
disponíveis e os processos da gestão, entre outros. infraestrutura das instituições formadoras, os recursos infraestrutura das instituições formadoras, os recursos
pedagógicos disponíveis e os processos da gestão, pedagógicos disponíveis e os processos da gestão,
§ 2º O Sinaept avaliará sistematicamente a articulação entre outros. entre outros.
entre a educação profissional e tecnológica e o mundo
do trabalho. § 2º O Sinaept avaliará sistematicamente a articulação § 2º O Sinaept avaliará sistematicamente a articulação
entre a educação profissional e tecnológica e o mundo entre a educação profissional e tecnológica e o mundo
do trabalho. do trabalho.

CAPÍTULO VI CAPÍTULO VI CAPÍTULO VI


DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 50. A Cite e as Cibes serão criadas no prazo de 90 Art. 52. A Cite e as Cibes serão criadas no prazo de 90 Art. 52. A Comte e as Combes serão criadas no prazo
(noventa) dias, contados da publicação desta Lei (noventa) dias, contados da publicação desta Lei de 90 (noventa) dias, contados da publicação desta Lei
Complementar. Complementar. Complementar.

Art. 51. No prazo máximo de 2 (dois) anos, contados a Art. 53. No prazo máximo de 2 (dois) anos, contados a Art. 53. No prazo máximo de 2 (dois) anos, contados a
partir da aprovação desta Lei Complementar, lei partir da aprovação desta Lei Complementar, lei partir da aprovação desta Lei Complementar, lei
específica de cada ente federado instituirá os sistemas específica de cada ente federado instituirá os sistemas específica de cada ente federado instituirá os sistemas
estaduais, distrital e municipais de educação, estaduais, distrital e municipais de educação, estaduais, distrital e municipais de educação,
respeitadas as diretrizes estabelecidas nesta Lei respeitadas as diretrizes estabelecidas nesta Lei respeitadas as diretrizes estabelecidas nesta Lei
Complementar e o disposto no art. 211 da Constituição Complementar e o disposto no art. 211 da Complementar e o disposto no art. 211 da
Federal, ressalvados os casos dos municípios optantes Constituição Federal, ressalvados os casos dos Constituição Federal, ressalvados os casos dos
por se integrar ao sistema estadual de ensino, conforme municípios optantes por se integrar ao sistema municípios optantes por se integrar ao sistema
disposto no parágrafo único do art. 11 da Lei nº 9.394, estadual de ensino, conforme disposto no parágrafo estadual de ensino, conforme disposto no parágrafo
de 20 de dezembro de 1996. único do art. 11 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de único do art. 11 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996. 1996.
§ 1º Os entes federados que, no momento da aprovação
desta Lei Complementar, já tenham instituído em lei § 1º Os entes federados que, no momento da § 1º Os entes federados que, no momento da
específica seus sistemas estaduais, distrital ou aprovação desta Lei Complementar, já tenham aprovação desta Lei Complementar, já tenham
municipais de educação terão o prazo máximo de dois instituído em lei específica seus sistemas estaduais, instituído em lei específica seus sistemas estaduais,
anos, contados a partir da aprovação desta Lei distrital ou municipais de educação terão o prazo distrital ou municipais de educação terão o prazo
Complementar, para atualizar suas legislações e máximo de dois anos, contados a partir da aprovação máximo de dois anos, contados a partir da aprovação
adequá-las a esta Lei, observando as diretrizes do SNE e desta Lei Complementar, para atualizar suas desta Lei Complementar, para atualizar suas
o disposto no art. 211 da Constituição Federal. legislações e adequá-las a esta Lei, observando as legislações e adequá-las a esta Lei, observando as
diretrizes do SNE e o disposto no art. 211 da diretrizes do SNE e o disposto no art. 211 da
§ 2º O MEC prestará assistência técnica aos entes Constituição Federal. Constituição Federal.
federados para o cumprimento do disposto no caput.
§ 2º O MEC prestará assistência técnica aos entes § 2º O MEC prestará assistência técnica aos entes
federados para o cumprimento do disposto no caput. federados para o cumprimento do disposto no caput.

Art. 52. Durante os primeiros dez anos de vigência desta Art. 54. Durante os primeiros dez anos de vigência Art. 54. Durante os primeiros dez anos de vigência
Lei Complementar, a pactuação de contrapartidas na desta Lei Complementar, a pactuação de desta Lei Complementar, a pactuação de
Cibe será realizada de forma a incentivar: contrapartidas na Cite e nas Cibes será realizada de contrapartidas na Comte e nas Combes será realizada
forma a incentivar: de forma a incentivar:
I – a reestruturação dos planos de carreira e
remuneração dos Estados, do Distrito Federal e dos I – a reestruturação dos planos de carreira e I – a reestruturação dos planos de carreira e
Municípios; remuneração dos Estados, do Distrito Federal e dos remuneração dos Estados, do Distrito Federal e dos
II – o cumprimento do piso salarial nacional do pessoal Municípios; Municípios;
de magistério definido em lei; II – o cumprimento do piso salarial nacional do pessoal II – o cumprimento do piso salarial nacional do pessoal
III – a adoção progressiva de jornada única dos de magistério definido em lei; de magistério definido em lei;
professores, com dedicação exclusiva a uma única III – a adoção progressiva de jornada única dos III – a adoção progressiva de jornada única dos
escola; professores, com dedicação exclusiva a uma única professores, com dedicação exclusiva a uma única
IV – a adoção progressiva da educação em tempo escola; escola;
integral; IV – a adoção progressiva da educação em tempo IV – a adoção progressiva da educação em tempo
V – a implementação de estratégias de formação integral; integral;
continuada em serviço; V – a implementação de estratégias de formação V – a implementação de estratégias de formação
VI – a eficiência na alocação de recursos financeiros; continuada em serviço; continuada em serviço;
VII – a implementação da base nacional comum VI – a eficiência na alocação de recursos financeiros; VI – a eficiência na alocação de recursos financeiros;
curricular; VII – a implementação da base nacional comum VII – a implementação da base nacional comum
VIII – a adequação às normas e legislação aplicáveis curricular; curricular;
acerca das populações do campo e das comunidades VIII – a adequação às normas e legislação aplicáveis VIII – a adequação às normas e legislação aplicáveis
tradicionais, indígenas e quilombolas, bem como da acerca das populações do campo e das comunidades acerca das populações do campo e das comunidades
educação especial; tradicionais, indígenas e quilombolas, bem como da tradicionais, indígenas e quilombolas, bem como da
IX – a eficiência na alocação de recursos financeiros nos educação especial; educação especial;
insumos e indicadores definidos no art. 33. IX – a eficiência na alocação de recursos financeiros IX – a eficiência na alocação de recursos financeiros
nos insumos e indicadores definidos no art. 37. nos insumos e indicadores definidos no art. 37;
VIII - a definição e implementação do Custo Aluno
Qualidade (CAQ).

Art. 53. A suplementação financeira da União a Estados Art. 55. A suplementação financeira da União a Art. 55. A suplementação financeira da União a
e Municípios, nos termos do art. 38, terá início a partir Estados e Municípios, nos termos do art. 40, terá início Estados e Municípios, nos termos do art. 40, terá início
de 1º de janeiro de 2027. a partir de 1º de janeiro de 2027. a partir de 1º de janeiro de 2027.

Art. 54. O art. 8º da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de Art. 56. O art. 8º da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro Art. 56. O art. 8º da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro
1961, passa a vigorar com a seguinte redação: de 1961, passa a vigorar com a seguinte redação: de 1961, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 8º................................................... “Art. 8º ...................................................... “Art. 8º ..............................................
§ 1º A escolha e nomeação dos § 1º A escolha e nomeação dos § 1º A escolha e nomeação dos
conselheiros será feita pelo Presidente conselheiros será feita pelo Presidente da conselheiros será feita pelo
da República, sendo: República, sendo: Presidente da República, sendo:
I – pelo menos a metade, I – pelo menos a metade, I – pelo menos a metade,
obrigatoriamente, dentre os indicados obrigatoriamente, dentre os indicados em obrigatoriamente, dentre os
em listas elaboradas especialmente listas elaboradas especialmente para cada indicados em listas elaboradas
para cada Câmara, mediante consulta a Câmara, mediante consulta a entidades da especialmente para cada Câmara,
entidades da sociedade civil, sociedade civil, relacionadas às áreas de mediante consulta a entidades da
relacionadas às áreas de atuação dos atuação dos respectivos colegiados; sociedade civil, relacionadas às áreas
respectivos colegiados; II – na Câmara de Educação Básica, além de atuação dos respectivos
II – na Câmara de Educação Básica, dos indicados nos termos do inciso I e de colegiados;
além dos indicados nos termos do indicações apresentadas por entidades II – na Câmara de Educação Básica,
inciso I e de indicações apresentadas nacionais que congreguem docentes, além dos indicados nos termos do
por entidades nacionais que estudantes, dirigentes de instituições de inciso I, os seguintes: a) 1 (um)
congreguem docentes e estudantes, os ensino e secretários de educação de representante do Conselho Nacional
seguintes: Municípios, Estados e do Distrito Federal, de Secretários de Educação (Consed);
a) 1 (um) representante do Conselho os seguintes: b) 1 (um) representante da União
Nacional de Secretários de Educação a) 1 (um) representante do Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais
(Consed); Nacional dos Conselhos Estaduais e de Educação (Undime); c) 1 (um)
b) 1 (um) representante da União Distrital de Educação (Foncede); representante do Fórum Nacional
Nacional dos Dirigentes Municipais de b) 1 (um) representante da União dos Conselhos Estaduais e Distrital
Educação (Undime); Nacional dos Conselhos Municipais de de Educação (Foncede); d) 1 (um)
c) 1 (um) representante do Fórum Educação (Uncme). representante da União Nacional dos
Nacional dos Conselhos Estaduais e III - na Câmara de Educação Superior, a Conselhos Municipais de Educação
Distrital de Educação (Foncede); consulta envolverá, necessariamente, (Uncme);
d) 1 (um) representante da União indicações formuladas por entidades III – na Câmara de Educação Superior,
Nacional dos Conselhos Municipais de nacionais, públicas e particulares, e pelas além dos indicados nos termos do
Educação (Uncme); instituições comunitárias de educação inciso I: a) 1 (um) um representante
III – na Câmara de Educação Superior, superior, que congreguem os reitores de da Associação Nacional dos
além dos indicados nos termos do universidades, os diretores de instituições Dirigentes das Instituições Federais
inciso I e de indicações que isoladas, os docentes, os estudantes e os de Ensino Superior (Andifes); b) 1
congreguem docentes, estudantes e segmentos representativos da (um) representante do Conselho
segmentos representativos da comunidade científica. Nacional das Instituições da Rede
comunidade científica, os seguintes: § 2º Os representantes definidos nos Federal de Educação Profissional,
a) 1 (um) um representante da termos dos incisos II do caput serão Científica e Tecnológica (Conif),
Associação Nacional dos Dirigentes das escolhidos a partir de lista tríplice enviada § 2º Os representantes definidos nos
Instituições Federais de Ensino pelas respectivas instituições. termos dos incisos II e III do caput
Superior (Andifes); § 3º A indicação, a ser feita por entidades serão escolhidos a partir de lista
b) 1 (um) representante do Conselho e segmentos da sociedade civil, será de tríplice enviada pelas respectivas
Nacional das Instituições da Rede brasileiros de reputação ilibada, que instituições.
Federal de Educação Profissional, tenham prestado serviços relevantes à § 3º A indicação, a ser feita por
Científica e Tecnológica (Conif), educação, à ciência e à cultura. entidades e segmentos da sociedade
§ 2º Os representantes definidos nos § 4º Na escolha dos nomes que comporão civil, será de brasileiros de reputação
termos dos incisos II e III do caput as Câmaras, o Presidente da República ilibada, que tenham prestado
serão escolhidos a partir de lista levará em conta a necessidade de estarem serviços relevantes à educação, à
tríplice enviada pelas respectivas representadas todas as regiões do país e ciência e à cultura.
instituições. as diversas modalidades de ensino, de § 4º Na escolha dos nomes que
§ 3º A indicação, a ser feita por acordo com a especificidade de cada comporão as Câmaras, o Presidente
entidades e segmentos da sociedade colegiado. da República levará em conta a
civil, será de brasileiros de reputação § 5º Os conselheiros terão mandato de necessidade de estarem
ilibada, que tenham prestado serviços quatro anos, permitida uma recondução representadas todas as regiões do
relevantes à educação, à ciência e à para o período imediatamente país e as diversas modalidades de
cultura. subsequente, havendo renovação de ensino, de acordo com a
§ 4º Na escolha dos nomes que metade das Câmaras a cada dois anos, especificidade de cada colegiado.
comporão as Câmaras, o Presidente da sendo que, quando da constituição do § 5º Os conselheiros terão mandato
República levará em conta a Conselho, metade de seus membros serão de quatro anos, permitida uma
necessidade de estarem representadas nomeados com mandato de dois anos. recondução para o período
todas as regiões do país e as diversas § 6º Cada Câmara será presidida por um imediatamente subsequente,
modalidades de ensino, de acordo com conselheiro escolhido por seus pares, havendo renovação de metade das
a especificidade de cada colegiado. vedada a escolha do membro nato, para Câmaras a cada dois anos, sendo
§ 5º Os conselheiros terão mandato de mandato de um ano, permitida uma única que, quando da constituição do
quatro anos, permitida uma recondução imediata.” (NR) Conselho, metade de seus membros
recondução para o período serão nomeados com mandato de
imediatamente subsequente, havendo dois anos.
renovação de metade das Câmaras a § 6º Cada Câmara será presidida por
cada dois anos, sendo que, quando da um conselheiro escolhido por seus
constituição do Conselho, metade de pares, vedada a escolha do membro
seus membros serão nomeados com nato, para mandato de um ano,
mandato de dois anos. permitida uma única recondução
§ 6º Cada Câmara será presidida por imediata.” (NR)
um conselheiro escolhido por seus
pares, vedada a escolha do membro
nato, para mandato de um ano,
permitida uma única recondução
imediata.” (NR)

Art. 55. A Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020, Art. 57. A Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020, Art. 57. A Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020,
passa a vigorar com as seguintes alterações: passa a vigorar com as seguintes alterações: passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Seção V “Seção V “Seção V
Das Atribuições da Comissão Das Câmara Intergovernamental de Das Câmara Intergovernamental de
Intergestores Tripartite da Educação Financiamento para a Educação Básica de Financiamento para a Educação Básica de
Art. 18. No exercício de suas Qualidade Qualidade
atribuições, compete à Comissão Art. 17. Fica estabelecida, no âmbito da Art. 17. Fica estabelecida, no âmbito da
Intergestores Tripartite da Educação, Comissão Intergestores Tripartite da Comissão Intergestores Tripartite da
instituída na forma de Lei Educação (CITE), nos termos de Lei Educação (Comte), nos termos de Lei
Complementar: Complementar, a Câmara Complementar, a Câmara
............................................... Intergovernamental de Financiamento Intergovernamental de Financiamento
§ 1º Serão adotados como base para a para a Educação Básica de Qualidade para a Educação Básica de Qualidade
decisão da Comissão Intergestores (CIFEB), com atribuição de definir, (CIFEB), com atribuição de definir,
Tripartite da Educação os dados do acompanhar e monitorar as diretrizes de acompanhar e monitorar as diretrizes de
censo escolar anual mais atualizado financiamento estabelecidas no âmbito financiamento estabelecidas no âmbito
realizado pelo Inep. desta Lei.” (NR) desta Lei.” (NR)
§ 2º A existência prévia de estudos ............................................................. .............................................................
sobre custos médios das etapas, “Art. 43. “Art. 43.
modalidades e tipos de ensino, nível .............................................................. ..............................................................
socioeconômico dos estudantes, § 3º Para vigência em 2024, as § 3º Para vigência em 2024, as
disponibilidade de recursos vinculados deliberações de que trata o art. 17 desta deliberações de que trata o art. 17 desta
à educação e potencial de arrecadação Lei, nos termos da lei que instituiu o Lei, nos termos da lei que instituiu o
de cada ente federado, anualmente Sistema Nacional de Educação, constarão Sistema Nacional de Educação, constarão
atualizados e publicados pelo Inep, é de resolução publicada no Diário Oficial de resolução publicada no Diário Oficial
condição indispensável para a decisão, da União até o dia 31 de outubro de 2023, da União até o dia 31 de outubro de 2023,
da Comissão Intergestores Tripartite da com base em estudos elaborados pelo com base em estudos elaborados pelo
Educação, de promover alterações na Inep e pelo Ministério da Economia, e Inep e pelo Ministério da Economia, e
especificação das diferenças e das encaminhados à Câmara encaminhados à Câmara
ponderações referidas no inciso I do Intergovernamental de Financiamento Intergovernamental de Financiamento
caput deste artigo. para a Educação Básica de Qualidade até para a Educação Básica de Qualidade até
§ 3º-A. Comissão Intergestores 31 de julho de 2023.” (NR) 31 de julho de 2023.” (NR)
Tripartite da Educação exercerá suas
competências em observância às
garantias estabelecidas nos incisos I, II,
III e IV do caput do art. 208 da
Constituição Federal e às metas do
Plano Nacional de Educação.
§ 3º-B. As deliberações da Comissão
Intergestores Tripartite da Educação
serão registradas em ata
circunstanciada, lavrada conforme seu
regimento interno.
§ 3º-C. As deliberações relativas à
especificação das diferenças e
ponderações dispostas no inciso I do
caput deste artigo constarão de
resolução publicada no Diário Oficial
da União até o dia 31 de julho de cada
exercício, para vigência no exercício
seguinte.
§ 4º No ato de publicação das
diferenças e ponderações dispostas no
inciso I do caput deste artigo, a
Comissão Intergestores Tripartite da
Educação publicará relatório detalhado
com a memória de cálculo sobre os
custos médios, as fontes dos
indicadores utilizados e as razões que
levaram à definição dessas
ponderações”. (NR)
“Art. 43.
...............................................................
...............................................................
§ 3º Para vigência em 2022, as
deliberações de que trata o
§ 3º-C do art. 18 desta Lei constarão de
resolução publicada no Diário Oficial
da União até o dia 31 de outubro de
2021, com base em estudos
elaborados pelo Inep e encaminhados
à Comissão Intergestores Tripartite da
Educação até 31 de julho de 2021.
.....................................................” (NR)

Art. 56. Revogam-se o art. 17, o inciso X do caput do art. Art. 58. Revogam-se os arts. 18 e 19 da Lei nº 14.113, Art. 58. Revogam-se os arts. 18 e 19 da Lei nº 14.113,
18, o § 3º do art. 18 e o art. 19 da Lei nº 14.113, de 25 de 25 de dezembro de 2020. de 25 de dezembro de 2020.
de dezembro de 2020.

Art. 57. O disposto nos arts. 55 e 56 terá vigência a Art. 59. O disposto nos arts. 22, 23, 57 e 58 terá Art. 59. O disposto nos arts. 22, 23, 57 e 58 terá
partir da data da criação da Cite, nos termos do § 2º do vigência a partir da data de criação da Cite, nos termos vigência a partir da data de criação da Comte, nos
art. 9º e do art. 50 desta Lei Complementar. do § 2º do art. 9º e do art. 52 desta Lei Complementar. termos do § 2º do art. 9º e do art. 52 desta Lei
Complementar.

Art. 58. Esta Lei Complementar entra em vigor na data Art. 60. Esta Lei Complementar entra em vigor na data Art. 60. Esta Lei Complementar entra em vigor na data
de sua publicação. de sua publicação. de sua publicação.

DIRETRIZ DO SINAEB DIMENSÃO DO SINAEB

Universalização do atendimento escolar Acesso e permanência

Trajetória

Infraestrutura

Melhoria da qualidade do aprendizado Aprendizagens

Práticas pedagógicas

Ambiente educativo

Formação para o trabalho e cidadania

Valorização dos profissionais da educação Formação inicial e continuada

Carreira e remuneração

Satisfação profissional

Gestão democrática Financiamento

Planejamento e gestão
Participação

Superação das desigualdades educacionais Inclusão, equidade e enfrentamento às discriminações

Direitos humanos, diversidade e diferença

Contexto socioeconômico e espacial

Intersetorialidade e sustentabilidade

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