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Revisão

O que é Arte?

É uma forma de expressão do ser humano por meio de pintura, escultura,


música, dança, teatro, etc. Utilizando para isso a imaginação, a
criatividade, habilidades, técnicas, coragem e um jeito pessoal. A arte é
uma linguagem que utilizamos para comunicar nossos pensamentos e
sentimentos.

É uma linguagem universal, pois é entendida por todas as idades e


nacionalidades.

A ARTE É INERENTE AO SER HUMANO, OU SEJA, NASCE COM A GENTE, SÓ


PRECISAMOS DESENVOLVÊ-LA.
Expressões Artísticas

• Artes Visuais
• Teatro
• Música
• Dança

Experimentar possibilidades de:

Transformação, experimentação, prazer: CRIAR

Relações desinteressadas com os outros: APRECIAR

Conhecer ideias, culturas, histórias: CONTEXTUALIZAR


Professor de Arte
Arte se ensina e Arte se aprende. Para tanto, o papel do professor
enquanto mediador entre Arte e a criança é de fundamental
importância.
É fundamental que os professores compreendam as formas visuais
produzidas pelas crianças e experienciem como veículos dessa
expressão as possibilidades dos materiais expressivos considerados
como veículos dessa expressão.
Valorizar a obra de arte, enriquecendo o trabalho docente, de modo
que possibilite ao aluno tomar conhecimento das ideias e visões de
épocas e de sociedades, criando situações de construção de
conhecimento e sistematização da aprendizagem.
Orientar o aluno quanto à utilização dos materiais, expor conteúdos
contextualizados, e oportunizar uma pratica significativa, além de
promover a inserção do aluno no que tange à arte e à cultura.
Não existe uma fórmula ou receita prévia para desenvolvermos um
trabalho em arte, do tipo: lista de técnicas e atividades. As técnicas são
meios, não uma finalidade em si. Desenhar sobre lixa não leva
necessariamente à expressão ou a exploração da matéria ou de
instrumentos, por exemplo. Antes de iniciar qualquer trabalho, o
professor deve perguntar a si próprio: que conhecimentos em arte
quero oportunizar a este grupo? Que interesses devo levar em conta?
Como posso sistematizar e avaliar minha proposta?
Avaliação em Arte

• Avaliação como processo: acontece durante todo o desenvolvimento


da experiência artística e também no final, mas não unicamente no
final.
• Avaliando produção/criação: o que e como produz (musica, dança,
teatro, artes visuais)? Utiliza sua poética pessoal para comunicar
ideias?
• Avaliando a percepção e análise: o aprendiz frui arte? É sensível a
ela? Como compreende, reflete, critica, analisa, recria, reinterpreta o
seu trabalho e o dos outros?
• Avaliando o conhecimento da produção artístico-estética: constrói
conceitos sobre arte?
• A avaliação é um diagnóstico dos alunos, do professor e do assunto
tratado, fornecendo um mapa dos interesses e necessidades da
turma.
Estética

Estética deriva da língua grega aisthésis que tem como significado o


ato de perceber, de notar.
“Doutrina do conhecimento sensível” “Percepção, sensação”

Na filosofia estuda a essência da beleza ou do que é belo, estuda,


também, o sentimento que as coisas belas despertam dentro de cada
um.
O prazer estético está intimamente ligado às nossas emoções e
sensações.
A beleza está relacionada às nossas sensações, percepções que são
ligadas à nossa cultura e ao nosso ser, como vivemos, como somos.
Essa emoção artística relacionada à estética depende de onde
vivemos, em qual sociedade estamos incluídos, o tempo em que
vivemos, com quem convivemos.
Assim nos estudos da estética e do que é o belo temos esse
julgamento relativo de valores, o que representa para cada um.
Ensino da Arte no Brasil

Geralmente, quando pensamos sobre o ensino da arte, em qualquer


nível de ensino, surgem dois tipos de concepções:

• Abordagem Espontaneísta ou inatista


• Abordagem Pragmática ou empirista
Abordagem Pragmática
Tendência Pré-Modernista (Tradicional)
O professor acredita que as atividades de expressão gráfico-plástica
devem servir para desenvolver a motricidade, preparar para a escrita
ou aprender a construir formas mais semelhantes ao real.
Os professores priorizam o produto final e não o processo expressivo
que conduziu o aluno àquele resultado, como na espontaneísta.
As intervenções pedagógicas são no sentido de domar os caos dos
emaranhados com exercícios de contenção (recortar sobre linhas,
pintar dentro de formas geométricas ou outras); ou da produção de
registros que visem a resultados realistas referentes aos temas
desenvolvidos (construir uma maquete após trabalhar sobre meios de
transporte); ou de uma aprendizagem feita por meios de conceitos e
não de vivências expressivas.
Abordagem Espontaneísta

Tendência Modernista
O professor parte do pressuposto que cada criança tem capacidade
inata para elaborar a linguagem gráfico-plástico - desse modo, o meio
(intervenções do professor, contato com a linguagem gráfico-plástico e
materiais expressivos não importa no processo da aquisição desses
saberes).
Caberá ao professor encaminhar o processo de criação por meio de
atividades livres, durante as quais disponibilizará materiais e deixará as
crianças criarem livremente suas produções sem nenhuma intervenção
pedagógica ou fazendo-a no sentido de elogiá-las sem critérios. As
crianças desenham, pintam, colam, modelam, constroem com sucatas
durante um espaço de tempo e concluem.
Abordagem Triangular

A Proposta triangular surge a partir dos anos 90, como uma necessidade
de mudar o ensino da Arte nas escolas.
Essa proposta entende que o conhecimento da Arte se constrói com a
interligação entre a contextualização, a experimentação e a fruição da arte
em si.
A metodologia triangular foi desenvolvida pela artista educadora Ana
Mae Barbosa e visa a melhoria do ensino de arte no Brasil, a partir do
momento que é colocado para o aluno não só o fazer a arte ou só o
observar a arte, mas sim uma triangulação entre fazer, contextualizar e
fruir.
Com isso o ensino da arte se torna mais completo e o aluno consegue
compreender melhor as funções da arte e como ela pode contribuir na
vida desse aluno.
A utilização da abordagem triangular não necessita de uma ordem
certa, cabe ao professor verificar qual o melhor caminho a ser tomado
para cada turma.
As Leis sobre Arte na Escola

A LDBEN nº 9.394, promulgada em 20/12/1996, no seu art. 26, §


2º, afirma: “o ensino de arte constituirá componente curricular
obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a
promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. Revogada a
legislação anterior, a denominação “ensino de Arte” é adotada
no lugar de “Educação Artística”, conforme vinha sendo chamada
esta disciplina escolar desde a LDB 5.691/71.
PCNs

Importante nas aulas de arte levar o conhecimento para os alunos


da própria cultura, a cultura do outro, fazendo com que os alunos
compreendam a arte como cultura, produzam e apreciem a arte.
Entender que existem arte em diversas culturas e tempos, que
manifestações artísticas acontecem em diferentes locais e épocas.
Importante trazer para os alunos conteúdos que acrescentem no
conhecimento do aluno para aprofundar e elaborar a
aprendizagem.
• Apontam para melhorias no ensino da Arte. Propõe quatro
modalidades artísticas para todo o ensino fundamental: Artes
Visuais (Artes Plásticas, cinema, Televisão, Histórias em
Quadrinhos, fotografia, artes gráficas, produções com novas
tecnologias,...); Música; Teatro e Dança.

• Esta mudança traz novas demandas em relação à formação de


professores nas diversas linguagens citadas.

• Produção / fruição / reflexão.


BNCC

Na BNCC são propostas seis dimensões de conhecimento que auxiliam


a construção do conhecimento e possibilitam aos alunos conhecerem
manifestações artísticas diversas e os tornam capazes de expressar
pensamentos e emoções.

Essas seis dimensões são:


- Criação
- Crítica
- Estesia
- Expressão
- Fruição
- Reflexão
No Ensino Fundamental, o componente curricular Arte está
centrado nas seguintes linguagens: as Artes visuais, a Dança, a
Música e o Teatro. Essas linguagens articulam saberes
referentes a produtos e fenômenos artísticos e envolvem as
práticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir
sobre formas artísticas. A sensibilidade, a intuição, o
pensamento, as emoções e as subjetividades se manifestam
como formas de expressão no processo de aprendizagem em
Arte. (BNCC, 2017, p. 191).
Artes Visuais

Para Mirian Celeste, “uma obra pode nos atrair, nos repelir, mas
sempre nos inquieta. A obra de arte nos obriga a rever nossos próprios
conceitos, nos leva a pensar, uma obra nos provoca admiração,
surpresa, deleite. A obra de arte nos faz ver através de outras
perspectivas, pontos de vista diversos. Uma obra nos remete a outras
obras”. São vários os possíveis mediadores que podem facilitar um
encontro sensível com a arte num museu ou exposição. A mediação
pode provocar "o interesse e o prazer pelas manifestações artísticas.
Artes Visuais

Nas Artes Visuais é importante trazer aos alunos as técnicas de cada


elemento da arte de uma forma a trabalhar com a abordagem
triangular, permitir que o aluno experimente os materiais, conheça os
contextos históricos e aprecie a arte de outros artistas.
Trabalhar com as diversas técnicas que existem nas artes visuais de
uma maneira significativa para o aluno, desenvolver atividades que
façam sentido para eles e que tragam o conhecimento das mais
diversas artes visuais, como: Pintura, escultura, fotografia,
conhecimento das cores, movimentos artísticos, etc.
Estudo das Cores

A cor não é um fenômeno físico. É um estímulo


orgânico que interpreta o reflexo da luz vinda de
um objeto que foi emitida por uma fonte
luminosa, correspondente ao espectro visível;
Com o estudo das cores temos suas especificidades que são:
• Domínio: É a quantidade de uma cor sobre as outra; cores primárias
sempre são mais dominantes do que as demais.
• Intensidade: é a vibração de uma cor sobre as outras; são aspectos
distintos e devem ser tratados separadamente;
• Matiz: É a característica que define e distingue uma cor, variando entre
as cores vermelha, amarelo ou azul.
• Valor, tom ou luminosidade: É a quantidade de luz presente na cor,
adicionando preto ou branco ao matiz; cores próximas do branco são
consideradas com valor alto; cores próximas do preto são consideradas
com valor baixo.
• Saturação: É o grau de pureza de uma determinada cor; a cor terá mais
intensidade se estiver menos misturada com outras cores em sua
composição cromática;
• Temperatura: Sensação transmitida pela cor: Quentes: Vibração muito
intensa; tendem saltar e vibrar; derivação do laranja, vermelho e
amarelo. Frias: Quando predominam, dá um caráter emotivo a imagem;
tendem a retrair (encolher); derivação do azul, roxo e verde. Neutras:
Não há predomínio de tonalidades quentes ou frias; compostas pela
mistura com o preto, branco, cinza, marrom e bege;
Harmonia das cores

• As cores harmoniosas são aquelas que funcionam bem em


conjunto ou justapostas, e que produzem um esquema de cores
atrativo.
• O circulo cromático ou roda das cores pode ser utilizado de forma
a ajudar na escolha das cores e combinações harmônicas.
• As harmonias existentes são: Harmonia monocromática,
Harmonia análoga, Harmonia complementar, Harmonia triádica ,
Harmonia complementar dividida, Harmonia dubla
complementar, Harmonia acromática.
Dança
• A Dança se constitui como prática artística pelo pensamento e
sentimento do corpo, mediante a articulação dos processos
cognitivos e das experiências sensíveis implicados no movimento
dançado.
• Os processos de investigação e produção artística da dança
centram-se naquilo que ocorre no e pelo corpo, discutindo e
significando relações entre corporeidade e produção estética.
(Base Nacional Comum Curricular)

• A dança é considerada a arte em movimento.


• O movimento é o instrumento básico de adaptação ao meio. Vida
e movimento são inseparáveis- experiências pelas quais o ser
humano realiza um diálogo com seu mundo, assim como consigo
próprio.
O professor deve valorizar os movimentos naturais e expressivos dos
alunos e alunas, respeitando suas individualidades ampliando suas
possibilidades gestuais, sua capacidade de comunicação, criatividade e
sensibilidade.
Trabalhar com dança de acordo com Laban pode explorar nos
movimentos o peso, o espaço, o tempo e a fluência, assim mesmo os
movimentos do cotidiano podem ser feitos de forma performática.
A dança, como todas as artes, contribuem para o desenvolvimento da
criatividade das crianças.
É preciso ressaltar que a criatividade se desenvolve por aprendizagem,
resultante de múltiplas e desafiadoras experiências vividas por ela.
Nada se inventa do nada.
Música
Importante pensar que a Música na educação é para todos, então elaborar
uma aula onde todos podem participar ativamente é o melhor caminho.
Pensar em instrumentos com materiais reciclados nos quais cada aluno
consegue tocar e participar.
• A produção musical ocorre pela criação e reprodução – e garantem três
possibilidades de ação: a interpretação, a improvisação e a composição.
• A interpretação: ligada à imitação e reprodução de uma obra.
• Improvisar: criar instantaneamente orientando-se por alguns critérios. Na
improvisação musical cria se ideias, pensamentos, frases, textos...
• Composição: a criação musical caracterizada por sua condição de
permanência, seja pelo registro na memória, seja pela gravação por meios
mecânicos, seja, ainda, pela notação, isto é, pela escrita musical.
As atividades musicais realizadas na escola não visam a formação de
músicos, e sim, propiciar a abertura de canais sensoriais, facilitando a
expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a
formação integral do ser.
Por isso é importante que se trabalhe essa musicalização de uma
maneira lúdica, utilizando o que os próprios alunos trazem de
contribuição.
Usar o corpo como objeto sonoro, materiais diferentes, elementos da
própria sala de aula, assim a música será trabalhada de uma maneira
mais natural com os alunos.
Na PCN de Arte temos várias especificações de como trabalhar a
música elas são:

• Expressão e comunicação em Música: improvisação, composição e


interpretação.
• Apreciação significativa em Música: escuta, envolvimento e
compreensão da linguagem musical.
• Compreensão da Música como produto cultural e histórico.
Teatro
A necessidade de narrar fatos ou acontecimentos e representar por
meio da ação dramática está presente em rituais de diversas culturas e
tempos.
O ser humano representa, desempenha vários papéis, assume diversas
fisionomias para conseguir o que deseja, representando motivados por
diversas necessidades. Homens e mulheres realizam atividades lúdicas
que partem do imaginário para chegar à verdade.
O Teatro na escola tem como função trabalhar:
- A Expressão e Comunicação
- Produção Coletiva
- Produto Cultural e Apreciação Estética
- Entre outros.
A Arte Cênica é a arte da encenação, do teatro, “[...] uma
sucessão de cenas num determinado tempo e espaço, nos quais
o artista é o próprio veículo de sua obra – voz, gesto, atitude,
emoção, motivação” (SESI/Caderno Artes Cênicas, 2012, p. 15). A
palavra “ator” compreende, aqui, aquele que queira participar
desse jogo e, assim, todos nós podemos atuar, todos somos
atores. O teatro é para todos, democrático.
Jogo Teatral
O jogo teatral é uma ferramenta que estimula a expressão criativa por
meio da autodescoberta e da experiência pessoal; funciona como uma
chave para abrir a capacidade da auto-expressão criativa. Neste jogo,
desafios são lançados aos jogadores, por meio da problematização, que
devem lidar com suas dificuldades. Ou seja, o jogador é desafiado a
resolver um problema dado, de forma cênica, mediante a construção
física de uma ficção (SPOLIN, 1979).
Propor problemas que façam sentido para os alunos e alunas; assim eles
elaboram respostas para estes problemas, por meio do uso de
elementos fundamentais da estrutura dramática: “quem?”, “onde?”, “o
quê?” (personagem, espaço e ação) e, posteriormente, também
“como?”, “por quê?”, “quando?”
Três essências do Jogo Teatral:
• Foco
• Instrução
• Avaliação

Esses jogos, devem adaptados ao universo dos alunos e alunas, após um


levantamento do repertório deles.
E estimula o trabalho coletivo com os alunos e de parceria para a
resolução de problemas em conjunto
Como aplicar um jogo teatral:

• Aquecimento

• Jogo teatral

• Fechamento
Além da respiração o corpo também precisa estar pronto para os
jogos, então alguns alongamentos são interessantes para esse
preparo.
Esse aquecimento é importante não só para os jogos teatrais, mas
para os professores prepararem o corpo e a voz para entrarem em
sala de aula.
O professor trabalha muito com a fala, sempre está em movimento,
então é fundamental que faça sempre um aquecimento antes de
cada dia de trabalho, assim seu corpo inteiro, voz e membros,
estarão preparados para a aula.
Enfim que vibre e viva a arte.

a A r te !
V iva

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